Você está na página 1de 3

Roteiro

cena 01: Carolina indo com a mãe para o trabalho (9anos)

mãe: Filha, estou indo para o trabalho e hoje você vai comigo hoje.
Carolina: tá bom mamãe

cena 02: Elas chegam ao trabalho da mãe e a patroa conversa com Carolina e nota que ela
é bastante inteligente então ela decide colocar a menina na escola. (1923)

Patroa: você é muito inteligente, sabia? Muito curiosa. O que você acha de ir para a escola?
Carolina: não sei se é uma boa escolha, e minha mãe não tem dinheiro para isso
patroa chama carolina
Patroa: o que você acha de colocarmos Carolina na escola?
Mãe: Não sei não em patroa nao tenho dinheiro para isso e alias as escolas daqui
são apenas para ricos.
Patroa: Sua filha é muito inteligente, não se preocupe, com as despesas cuido eu.

cena 03: Mãe leva carolina para a escola e ela sofre preconceito por ser pobre e
preta
Mãe: tchau filha, cuidado viu.
Carolina: tchau mamãe
Beijo e abraço de despedida. Ao entrar na sala todos ficam olhando
para Carolina com olhar rasteiro.
criança 1: Por que você está se vestindo assim?
criança 2: é! você não sabe que essa é uma escola para ricos?
criança 3: aposto que ela nem deve ter o que comer em casa.
criança 4: como você consegue ler tanto?
criança 5: ela passa o dia inteiro lendo, só pode ser uma bruxa
Todos: bruxa bruxa bruxa bruxa...
#Carolina começa a chorar.
#Começam a mexer no cabelo dela e a beliscar.
#Toca o sinal para ir
embora. #A mãe dela
vem buscar.
Mãe: O que ouve parece que você estava chorando.
Carolina: Nada mãe.
Mãe: Vamos diga logo.
Carolina: Eles me bateram e falaram que eu sou uma bruxa
Mãe: você não é uma bruxa meu amor você nunca mais volta nessa escola.
#Carolina começa a chorar.

Cena 04: Carolina e sua mãe são presas por alguns dias pelo fato dela saber ler as
autoridades associaram que Carolina fazia bruxaria
Policial: recebemos uma denuncia que você prática bruxaria
Policial 2: isso mesmo pra que outro motivo uma preta como você saberia ler?
Mãe: o que vocês estão fazendo? Minha filha não é nenhuma bruxa
Policial 3: e você também está presa suas bruxas.
Carolina: me solta, me solta, me solta

Cena 05: Carolina (23anos) (1937) se muda para são Paulo para trabalhar como doméstica
e um ano depois se muda para a favela de Canindé

Carolina: Oh de casa eu venho em busca de trabalho a senhora tem algum serviço pra
mim?

Rita: preciso de alguém para cuidar do meu filho

Carolina: sei muito bem o que fazer.

*Um ano se passa


Rita: Carolina por que você ainda não fez o almoço meu marido está pra chegar, vá embora
sua crioula

Carolina: oh meu Deus eu não tenho para onde ir mas com fé em Deus vou arrumar algum
lugar

#Carolina vai para a favela

Cena 06: Carolina vai para a favela e lá tem seus 3 (vera eunice, João José e José Carlos)
filhos e desde então cata lixo para sustentar sua família e com muito esforço constrói seu
barraco
Vera: mãe eu estou morrendo de fome
José: é mamãe a última vez que comi foi ontem
João: eu também estou com fome mãe

Carolina: meus filhos eu vou procurar algo pra comer.

#carolina sai em busca de comida no lixo, cata uns restos de comida e acha folhas e um
lápis e guarda
Carolina: oba mais um livro e dessa vez papel

Cena 07: Maria chega com a comida, da para seus filhos e depois vai escrever naquelas
folhas que acabaram servindo como diário
Carolina: cheguei meus filhos, comam consegui um pouco de comida

José: obrigado mamãe

Os filhos ficam comendo enquanto Carolina vai escrever


Carolina: Oba mais um livro já tenho mais de 20. vou começar a escrever um pouco no meu
diário o quanto eu sofro preconceito e eu e meus filhos somos invisíveis para a sociedade.

Cena 08: se passam alguns anos e em 1950, publicou um poema em homenagem a Getúlio
Vargas, no jornal O Defensor.
Carolina: tive uma ideia vou fazer um poema em homenagem a Getúlio Vargas e depois vou
publicar no jornal

Cena 09: Em 1958, o jornalista Audálio Dantas (1929-2018) conheceu a autora e descobriu
que ela possuía diversos cadernos (diários) em que dava seu testemunho sobre a realidade
da favela.
Jornalista vem até a favela falar com Carolina.
Jornalista: oh de casa
Carolina: olá
Jornalista: gostaria de falar com a dona Carolina de jesus
Carolina: sou eu mesma.
Jornalista: eu fiquei maravilhado com o poema de sua autoria publicado no jornal.
Carolina: eu gosto de escrever, tenho bastante coisa escrita nos meus diários
Jornalista: quanta coisa, deixe ler
Jornalista: esses relatos não podem ficar desconhecidos, temos que publicar.

Você também pode gostar