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SANTOS, H.S.; GOTO, R. Enxertia em plantas de pimentão no controle da murcha de fitóftora em ambiente protegido.

Horticultura Brasileira, Brasília,


v.22, n.1, p. 45-49, jan-mar 2004.

Enxertia em plantas de pimentão no controle da murcha de fitóftora em


ambiente protegido
Haydée S. Santos ; Rumy Goto
UNESP-FCA, Departo. Produção Vegetal, C. Postal 237, 18603-970 Botucatu-SP; E-mail: haydee@fca.unesp.br

RESUMO ABSTRACT
Avaliou-se a viabilidade de utilização da enxertia em plantas de Sweet pepper grafting to control phytophthora blight under
pimentão (Capsicum annuum, L.), visando o controle da murcha de protected cultivation
fitóftora. A pesquisa foi conduzida de setembro de 2000 a julho de The viability of grafting was evaluated in sweet pepper
2001, na UNESP, Botucatu, em ambiente protegido. Adotou-se o (Capsicum annuum, L) plants to control phytophthora blight. The
delineamento experimental de blocos ao acaso, com 4 repetições e 5 research was carried out during the period of September 2000 to
plantas por parcela. Foram utilizados dois porta-enxertos resistentes July 2001, in Botucatu (Brazil), under protected cultivation. The
a Phytophthora capsici, híbridos F1 de Capsicum annuum, e três experimental design was of randomized blocks with four replication
híbridos comerciais suscetíveis (Elisa, Margarita e Magali-R). A and five plants per plot. Rootstocks resistant to P. capsici, F1 hybrids
enxertia foi realizada quando porta-enxertos e enxertos apresenta- of C. annuum and three susceptible commercial hybrids (Elisa,
vam respectivamente sete e três folhas verdadeiras, pelo método de Margarita and Magali R) were used. The cleft grafting was realized
garfagem fenda simples. Aos 14 dias após o transplante das mudas when rootstocks and grafts showed seven and three true leaves,
foi feita a inoculação do fungo, utilizando sementes de trigo infesta- respectively. The inoculation was done 14 days after transplanting
das pelo patógeno, depositadas ao redor do colo da planta. Quatro the seedlings by depositing wheat seeds infested with the fungus,
dias após a inoculação, e a partir daí a cada 15 dias, foram feitas around the stem of each plant. Evaluations were done each 15 days
avaliações que confirmaram a resistência dos porta-enxertos e a starting four days after the inoculations. A good level of grafting
suscetibilidade das plantas não enxertadas. Observou-se bom nível compatibility in all the combinations, flowering precocity of non
de compatibilidade de enxertia em todas as combinações, precoci- grafted plants, maintenance of the resistance to the disease in grafted
dade de florescimento das plantas não enxertadas, manutenção de plants and variations in height of the plants in some combinations
resistência à doença pelas plantas enxertadas durante todo o período were observed. The physiological characteristics of the hybrids were
e variações na altura das plantas em algumas combinações. Com not influenced by the plants used as rootstocks. Grafting could be
relação à produção, verificou-se que os frutos mantiveram as carac- used as alternative to control phytophthora blight under protect
terísticas fenotípicas de cada híbrido, revelando que não houve in- cultivation.
terferência dos porta-enxertos neste aspecto. Concluiu-se haver via-
bilidade técnica de utilização da enxertia no controle da murcha de
fitóftora em ambiente protegido.

Palavras-chave: Solanaceae, Capsicum annuum, L., Phytophthora Keywords: Solanaceae, Capsicum annuum, L., Phytophthora
capsici, Leonian, cultivo protegido. capsici, Leonian.

(Recebido para publicação em 09 de agosto de 2002 e aceito em 03 de novembro de 2003)

A enxertia em hortaliças iniciou-se


no Japão e na Coréia no final da
década de 1920, em melancia (Citrullus
uma prática utilizada há muito tempo,
para controle da murcha-bacteriana cau-
sada por Ralstonia solanacearum.
Os sintomas típicos da doença cau-
sada por P. capsici em pimentão são a
murcha repentina, necrose de coloração
lanatus) como medida preventiva contra A cultura do pimentão tem na mur- marrom-escura no colo e morte da plan-
patógenos de solo (Lee, 1994). Entretan- cha, causada pelo fungo Phytophthora ta. O sistema radicular fica necrosado e
to, somente a partir de 1955 começou a capsici Leonian, um de seus maiores apodrecido (Matsuoka e Ansani, 1984).
ser praticada mais efetivamente em be- problemas fitossanitários. Este fungo foi Diversas medidas de controle têm sido
rinjela, buscando evitar a murcha-de- descrito inicialmente no Novo México adotadas a fim de impedir que a doença
fusário (Fusarium oxysporium) em 1922 (Leonian, 1922). No Brasil, se estabeleça: rotação de culturas,
(Yamakawa, 1982). No Brasil, acredita- esta doença foi observada pela primeira mulching, solarização, manejo da irriga-
se que a enxertia em hortaliças começou vez, em Ribeirão Preto em 1951, dizi- ção, controle biológico, através do uso de
a ser realizada comercialmente na déca- mando um cultivo dessa solanácea microorganismos antagônicos, controle
da de 80, em cultivo de pepino no estado (Amaral, 1952). Atualmente, a doença genético, com a utilização de cultivares e
de São Paulo, visando o controle de encontra-se distribuída em quase todos híbridos resistentes e o controle químico.
nematóides e obtenção de frutos livres os continentes, em regiões de clima tem- No entanto, cada um desses métodos tem
de cera (Goto, 2001). Existem relatos de perado ou tropical. Apenas no continente apresentado limitações, e a busca de al-
que na Amazônia, em pequenas culturas, Australiano ainda não foi relatada sua ternativas tecnicamente viáveis tem sido
a enxertia de tomateiro em jurubeba é ocorrência (Irwin et al., 1995). constante (Hwang e Kim, 1995).

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H. S. Santos e R. Goto

Em ambiente protegido, os pató- comerciais suscetíveis à Phytophthora lo de três dias. A seguir foram transferi-
genos de solo representam um desafio capsici: ‘Margarita’ (Rogers Syngenta dos para a superfície das sementes três
ainda maior ao cultivo do pimentão, pois Seeds), ‘Elisa’ (Rogers Syngenta Seeds) discos de meio ágar-água de 5,0 mm de
são muito mais agressivos sob condições e ‘Magali-R’ (Sakata Seed Sudamérica). diâmetro com crescimento ativo de P.
de alta umidade e temperatura. Sua ocor- Os híbridos suscetíveis foram utilizados capsici. O patógeno foi incubado duran-
rência é comum em solos de estufa com também como pés-francos. Cada parcela te 15 dias a 24ºC no escuro, agitando-se
problemas de salinização, conduzidos experimental foi constituída de cinco periodicamente os frascos para facilitar
geralmente com manejo inadequado plantas, espaçadas de 1,4 x 0,4 m, sen- a infestação total das sementes.
(Vida et al., 1998). do utilizadas nas avaliações as três plan- A metodologia de inoculação con-
Considerando os fatores acima cita- tas centrais. Foram realizadas 9 colhei- sistiu na deposição de 3 a 5 sementes
dos, a enxertia pode ser uma boa alter- tas dos frutos, com no mínimo 50% de contaminadas ao redor do colo da plan-
nativa para o controle da murcha de maturação. ta, saturando-se em seguida o solo com
fitóftora em ambiente protegido. A A enxertia foi de garfagem fenda água. Os resultados obtidos com este
maior dificuldade de adotar a técnica da simples (Yamakawa, 1982), realizada método são semelhantes aos alcançados
enxertia em pimentão até agora, era a quando porta-enxertos e enxertos apre- quando se utiliza suspensão de
inexistência de porta-enxertos adequa- sentavam, respectivamente, sete e três zoósporos na concentração de 10 4
dos, que, além de não apresentarem bom folhas verdadeiras expandidas. O ponto zoósporos/ml (Marque et al., 1999).
nível de compatibilidade, conferiam de enxertia foi na altura da terceira fo- Para comparar a evolução dos sin-
pouco vigor ao enxerto e transmitiam lha verdadeira do porta-enxerto, quan- tomas da doença nos híbridos não en-
pungência aos frutos, por serem prove- do o caule estava com aproximadamen- xertados, foram avaliados três modelos
nientes de pimentas (Miguel, 1997). te 3 mm de diâmetro. A operação de matemáticos que possibilitam estabele-
Entretanto, este problema está sendo enxertia foi realizada aos 51 dias após a cer uma relação entre proporção da
solucionado com a obtenção de híbri- semeadura dos porta-enxertos e 41 dias doença e tempo (Bergamin Filho, 1995).
dos como porta-enxerto, conforme após a dos enxertos. Constou de um cor- Dentre eles o modelo monomolecular
Kobori (1999). te transversal do caule do porta-enxer- foi o que melhor se ajustou, sendo en-
Avaliou-se nesse trabalho dois dos to, seguido da abertura de uma fenda tão utilizado para esta análise.
porta-enxertos resistentes à murcha-de- atingindo ¾ do seu diâmetro a uma pro- Aos quatro dias após a inoculação e
fitóftora obtidos por Kobori (1999) en- fundidade de aproximadamente 1,5 cm. a partir daí a cada 15 dias, foram feitas
xertando-os com três híbridos comer- As mudas do enxerto, apresentando três as avaliações, nas quais verificou-se a
ciais suscetíveis, verificando assim o ní- folhas verdadeiras foram cortadas em manifestação dos sintomas e severida-
vel de compatibilidade da enxertia e o bisel abaixo das folhas cotiledonares, de da doença, por meio de uma escala
desempenho produtivo das plantas en- sendo encaixadas então na fenda do por- de notas assim estipulada: 1- planta sem
xertadas, a resistência dos porta-enxer- ta-enxerto. sintomas; 2- escurecimento do caule; 3-
tos e a evolução dos sintomas da doen- O transplante das mudas ocorreu aos planta murcha; 4- planta morta.
ça nas plantas não enxertadas. 21 dias após a enxertia. A irrigação foi Foram também avaliadas a precoci-
por gotejamento, com um gotejador por dade de florescimento, expressa pelo
MATERIAL E MÉTODOS linha de cultura. As plantas foram número de dias entre a semeadura e a
tutoradas em espaldeira simples, com antese, a altura das plantas aos 36; 56;
A pesquisa foi conduzida na UNESP condução livre em número de hastes. 101; 136 e 167 dias após a enxertia e o
em Botucatu, São Paulo, de setembro Não se eliminou a primeira flor, e os número de frutos totais e
de 2000 a julho de 2001. As plantas fo- demais tratos culturais foram feitos con- comercializáveis produzidos pelas plan-
ram conduzidas em ambiente protegi- forme as necessidades da cultura. tas enxertadas. Foram também analisa-
do, numa estrutura tipo arco, de 7,0 m Aos 35 dias após a enxertia, quando dos o diâmetro, comprimento e espes-
de largura por 40,0 m de comprimento, as plantas estavam com nove folhas ver- sura da parede dos frutos colhidos.
3,0 m de pé direito, coberta com filme dadeiras, foi feita a inoculação do fun-
de polietileno de 100 µm de espessura, go, em todos os tratamentos. O inóculo RESULTADOS E DISCUSSÃO
e sem controle das condições utilizado foi produzido na UNESP em
ambientais. Botucatu, de acordo com o protocolo O nível de compatibilidade inicial
O delineamento experimental foi de citado por Marque et al. (1999). Utili- (pegamento da enxertia) é muito impor-
blocos ao acaso, com 9 tratamentos e 4 zou-se um isolado de P. capsici (PI 15) tante para que se tenha sucesso na pro-
repetições. Os tratamentos resultaram da do grupo A2, proveniente de Bragança dução de mudas enxertadas. Neste tra-
combinação de dois porta-enxertos, hí- Paulista, São Paulo. Foi preparado um balho, obteve-se 93%, equivalente ao
bridos de Capsicum annuum: AF-2638 substrato orgânico com 50 sementes de que foi alcançado em pimentão por Choe
(linhagem SCM-334 x linhagem AF- trigo em dois frascos Schott Reagent de (1989).
1947) e AF-2640 (linhagem SCM-334 500 ml com 100 ml de água destilada As plantas enxertadas mantiveram-
x linhagem AF1949) (Sakata Seed que receberam duas autoclavagens a se sem sintomas da doença durante todo
Sudamérica) enxertados com 3 híbridos 120ºC por 30 minutos com um interva- o período de condução do experimento.

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Enxertia em plantas de pimentão no controle da murcha de fitóftora em ambiente protegido

As não enxertadas manifestaram os sin-


tomas de maneira diferenciada (Figura
1). Na comparação dos híbridos, verifi-
cou-se que ‘Magali-R’ apresentou me-
nor proporção de plantas doentes aos
quatro dias após a inoculação (DAI),
enquanto ‘Margarita’ e ‘Elisa’ estiveram
com proporções muito próximas. Aos 41
DAI, houve uma acentuada evolução
dos sintomas nas plantas do híbrido
Elisa, que manteve esta tendência até o
final das avaliações. Foi possível a par-
tir daí observar que cada híbrido tem um
comportamento próprio quanto à evo-
lução da doença, no entanto, como es-
perado, todos a desenvolveram.
A precocidade de florescimento foi
verificada, por ser um dos métodos uti-
lizados para classificar o pimentão em
precoce ou tardio, conforme Melo Figura 1. Evolução dos sintomas da doença nos híbridos x tempo em dias após a inoculação.
(1997). Esta análise não objetivou uma São Manuel, UNESP, 2000.
comparação entre os híbridos, visto que
cada um possui características próprias,
mas observar se os porta-enxertos, nas Tabela 1. Médias do número de dias da semeadura até a antese. São Manuel, UNESP, 2000.
diferentes combinações, induziriam
mudanças significativas nesse aspecto,
o que não ocorreu (Tabela 1). Observou-
se apenas que o híbrido Elisa tendeu a
uma precocidade de florescimento quan-
do enxertado em AF-2640. Quanto aos
pés francos, chegaram à antese da pri-
meira flor cerca de 12 dias antes das
plantas enxertadas. Este comportamen-
to foi também observado em plantas de
pepino (Cañizares, 1997), e é previsto
tendo em vista o estresse de enxertia que
as plantas sofreram. Rachow-Brandt e
Kolmann (1992) observaram que so-
mente cinco a sete dias após a enxertia
iniciou-se o transporte de assimilados,
o que vem atrasar a fase de desenvolvi-
mento vegetativo que deve existir antes 1
Dados originais (média de 5 plantas em 4 repetições); 2Colunas seguidas pelas mesmas
do início do florescimento. letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5%; 3Porta-enxerto; 4Pé
franco
Observou-se variações significativas
na altura das plantas, dependendo do
porta-enxerto utilizado (Tabela 2). Ob- ficativa com a variação do porta-enxer- da pelos porta-enxertos, por terem a li-
serva-se que nas combinações de ‘Ma- to. Kobori (1999) relatou que o híbrido nhagem Serrano Criollo de Morellos-
gali-R’ com os dois porta-enxertos, a ‘Magali-R’ não apresentou diferença em 334 como um de seus progenitores, ou
partir dos 136 DAE o porta-enxerto AF- altura quando enxertado nos mesmos por alguma exigência não conhecida no
2638 conferiu maior altura às plantas, porta-enxertos usados neste trabalho, manejo das irrigações e fertilizações. A
entretanto não diferiu significativamente entretanto observou que as plantas en- questão nutricional das plantas de pi-
de AF-2640. O híbrido Elisa durante o xertadas ficaram menores em relação mentão enxertadas deverá ser objeto de
período de 36 aos 101 dias apresentou aos pés-francos. Esta comparação não novos estudos, visto que a enxertia pode
plantas de maior altura quando enxerta- foi feita neste caso, pois as plantas não produzir alterações na absorção e trans-
do em AF-2640 e aos 136 e 167 dias enxertadas morreram após a contamina- porte de nutrientes, o que está direta-
manteve esta tendência. O híbrido ção do fungo. É possível que a menor mente correlacionado com o crescimen-
Margarita não mostrou diferença signi- altura das plantas tenha sido influencia- to da planta.

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Tabela 2. Médias das alturas das plantas de pimentão em centímetros1 , aos 36; 56; 101; 136 e 167 dias após a enxertia (DAE). São Manuel,
UNESP, 2000.

1
Dados originais (média de três plantas em quatro repetições); 2Colunas seguidas pelas mesmas letras não diferem estatisticamente entre si
pelo teste de Tukey a 5%

Tabela 3. Médias do número e peso dos frutos totais (FT), comercializáveis (FC), diâmetro (D), comprimento (CO) e espessura da parede
(EP) de frutos de pimentão obtidos em nove colheitas (95, 121, 134, 141, 148, 204, 218, 231, 247 DAE). São Manuel, UNESP, 2001.

1
Dados originais (média da produção de 3 plantas em 4 repetições e 9 colheitas); 2Colunas seguidas pelas mesmas letras não diferem
estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5%

Verificou-se uma diferença significa- pelos porta-enxertos usados em pimen- estudo não se deteve na questão econô-
tiva na média do peso dos frutos tão na Europa até o presente momento mica, no entanto, considerando a facili-
comercializáveis para a combinação AF- (Miguel, 1997). Por outro lado, estudos dade de produção das mudas enxerta-
2640 x ‘Elisa’, que foram os de maior realizados com estes híbridos em con- das, que não requereram nenhum inves-
peso (Tabela 3). O híbrido Margarita não dições de ambiente protegido, sem timento a mais em instalações, treina-
apresentou diferença em número e peso enxertia, apresentaram produções equi- mento especial do enxertador, além de
dos frutos com a variação dos porta-en- valentes às que foram obtidas neste tra- terem apresentado alto índice de
xertos, e ‘Magali-R’ tendeu a produzir balho (Melo, 1997; Kobori, 1999; Cu- pegamento da enxertia, acredita-se que
frutos comerciáveis de menor peso em nha et al., 2001). a relação custo-benefício seja positiva
combinação com AF-2638. Pode-se no- Conclui-se que existe viabilidade na decisão por adotar esta forma de con-
tar que em todas as combinações em que técnica de utilização da enxertia em trole dos patógenos de solo citados.
se utilizou o porta-enxerto AF-2640, ob- plantas de pimentão conduzidas em
servou-se uma tendência de produção de ambiente protegido, como alternativa de LITERATURA CITADA
frutos comercializáveis de maior peso. controle da murcha causada por P.
Observando-se o número e o peso capsici. Foi comprovada também a to- AMARAL, J.F. Requeima do pimentão. O Bioló-
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Enxertia em plantas de pimentão no controle da murcha de fitóftora em ambiente protegido

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