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º 15 — 22 de janeiro de 2019
3 — O ensino superior politécnico militar, na afirmação 2 — A UPM desenvolve apenas os ciclos de estudos e
da natureza específica das ciências militares, é diferenciado cursos necessários à prossecução das missões cometidas
por ramo das Forças Armadas e GNR. às Forças Armadas e GNR.
Artigo 5.º Artigo 11.º
Definição de áreas de formação
Fiscalização e inspeção
As áreas de formação em que o IUM, através da UPM,
confere o diploma de técnico superior profissional (DTSP), 1 — A UPM encontra-se sujeita aos poderes de fisca-
bem como as áreas de formação e as especialidades em lização do Estado e às visitas de inspeção dos serviços
que a UPM confere os graus académicos de licenciado competentes do ministério responsável pela área do ensino
e de mestre, são aprovadas por despacho do membro do superior que, para o efeito, podem fazer-se acompanhar
Governo responsável pela área da defesa nacional, sob de especialistas nas áreas relevantes.
proposta do Chefe do Estado-Maior-General das Forças 2 — Por razões de segurança, a fiscalização e as visitas
Armadas (CEMGFA), ouvido o Conselho de Chefes de de inspeção estão condicionadas a aviso e autorização
Estado-Maior (CCEM) e o Comandante-Geral da GNR, prévia dos ramos das Forças Armadas e da GNR, no caso
nos casos relativos a ciclos de estudos da GNR, precedida do respetivo departamento politécnico.
de pareceres dos órgãos científicos e pedagógicos com-
petentes da UPM. Artigo 12.º
Artigo 6.º Curso técnico superior profissional
Ciclos de estudos
1 — Aos cursos de formação de sargentos são aplicá-
A organização dos ciclos de estudos ministrados no veis, com as necessárias adaptações e atentas as especi-
âmbito do ensino superior politécnico militar rege-se pe- ficidades das Forças Armadas e da GNR, as disposições
los princípios estabelecidos no Decreto-Lei n.º 74/2006, constantes do Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de março,
de 24 de março, na sua redação atual, sem prejuízo das na sua redação atual.
exigências específicas do ensino superior militar. 2 — Atenta a natureza específica do curso técnico supe-
Artigo 7.º rior profissional ministrado pela UPM, não são aplicáveis
os artigos 40.º-C, 40.º-D, 40.º-E, 40.º-G, 40.º-H, 40.º-S,
Graus académicos e diplomas 40.º-T, os n.os 3 a 5 do artigo 40.º-U, os artigos 40.º-V,
1 — No âmbito do ensino politécnico o IUM, através 40.º-AC e 40.º-AD do Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de
da UPM, confere os graus académicos de licenciado e de março, na sua redação atual.
mestre e o DTSP.
2 — A UPM desenvolve ações de formação de natureza Artigo 13.º
essencialmente militar através de cursos de formação com- Pedido de registo de curso técnico superior profissional
plementar, de promoção, de especialização, de atualização
e de tirocínios e estágios. 1 — Os pedidos de registo de curso técnico superior
3 — A UPM pode associar-se a outras instituições de profissional são apresentados mediante proposta, nos
ensino superior para a realização de ciclos de estudos que termos e prazos fixados por despacho do diretor-geral
não se circunscrevam à área das ciências militares. do Ensino Superior, publicado na 2.ª série do Diário da
República, após cumprimento do procedimento previsto
Artigo 8.º no artigo 5.º
Prosseguimento de estudos 2 — No âmbito do processo de registo da criação dos
1 — O curso técnico superior profissional constitui a base cursos, a Direção-Geral do Ensino Superior pode promover
formativa para o prosseguimento de estudos com vista à con- a realização de visitas.
clusão de um ciclo de estudos de licenciatura ou mestrado.
2 — Tendo em vista o prosseguimento de estudos para Artigo 14.º
a obtenção de grau académico de licenciado ou de mestre, Registo do curso técnico superior profissional
a formação obtida nos cursos estatutariamente definidos é
objeto de creditação nos termos legalmente previstos no No âmbito do registo da criação de cada curso técnico
Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de março, na sua redação superior profissional são analisados, designadamente:
atual. a) A denominação do curso;
Artigo 9.º b) A área de educação e formação em que se insere;
Descentralização do ensino c) O perfil profissional que visa preparar;
d) O referencial de competências a adquirir e a sua
O ensino superior politécnico militar desenvolve-se de articulação com o perfil profissional visado;
forma descentralizada, em articulação com os ramos das e) O plano de estudos e a articulação deste com o refe-
Forças Armadas e a GNR, tendo em conta as necessidades
rencial de competências;
específicas da formação.
f) A estrutura curricular;
Artigo 10.º g) As condições de ingresso;
h) A existência de pessoal docente próprio e qualificado
Avaliação e acreditação
na área;
1 — A UPM encontra-se abrangida pelo sistema geral i) A existência das condições materiais para a minis-
de avaliação e acreditação do ensino superior. tração do ensino.
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com a orientação científica e técnica do ensino superior b) A criação de ciclos de estudos e sobre as propostas de
politécnico, nomeadamente: organização e alteração dos planos dos ciclos de estudos
ministrados;
a) Elaborar o seu regimento; c) Os regimes de avaliação dos alunos;
b) Contribuir para a elaboração do plano de atividades d) Os calendários letivos e os mapas de exames;
da UPM; e) Os regulamentos disciplinares escolares;
c) Emitir parecer sobre a orientação técnico-científica e f) As normas de aproveitamento escolar dos alunos;
a execução das atividades de cooperação técnico-militar; g) A instituição de prémios escolares;
d) Propor medidas de articulação do estudo, do ensino h) Outras questões que, no âmbito das suas compe-
e da investigação que promovam a criação e difusão da tências, lhe sejam colocadas pelos órgãos do IUM ou da
cultura, do saber, da ciência e da tecnologia; UPM.
e) Emitir parecer sobre o nível científico, técnico e
militar do ensino ministrado; Artigo 25.º
f) Propor ou pronunciar-se sobre a instituição de prémios Composição do conselho pedagógico
escolares.
1 — O conselho pedagógico da UPM é constituído por:
Artigo 23.º
a) Diretor, que preside;
Composição do conselho técnico-científico b) Chefes de departamento;
1 — O conselho técnico-científico da UPM é consti- c) Um representante de cada ramo das Forças Armadas
tuído por: e da GNR;
d) Quatro representantes designados de entre os docen-
a) Diretor da UPM, que preside; tes militares efetivos na UPM;
b) Chefes de departamento; e) Quatro representantes designados de entre os docen-
c) Um representante de cada ramo das Forças Armadas tes do Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino
e da GNR; Superior Politécnico na UPM;
d) Quatro representantes designados de entre os docen- f) Doze representantes designados de entre os alunos.
tes militares efetivos na UPM;
e) Quatro representantes designados de entre os docen- 2 — O chefe de departamento mais antigo substitui o
tes do Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino presidente do conselho pedagógico nas suas ausências ou
Superior Politécnico na UPM; impedimentos.
f) Quatro representantes designados de entre os restantes
docentes na UPM.
SECÇÃO IV
2 — Os membros do conselho técnico-científico referi- Departamentos politécnicos
dos nas alíneas d) a f) do número anterior são designados,
equitativamente, de entre as diferentes áreas de formação Artigo 26.º
e departamentos e não podem pronunciar-se sobre os se- Estrutura interna
guintes assuntos:
1 — A UPM é constituída pelos departamentos poli-
a) Atos relacionados com a carreira de docentes com técnicos da Marinha, do Exército, da Força Aérea e da
categoria superior à sua; GNR.
b) Concursos ou provas em relação aos quais reúnam 2 — Cada um dos departamentos previstos no número
condições para serem opositores. anterior articula-se, na sua atuação, com o respetivo ramo
das Forças Armadas e com a GNR.
3 — O conselho técnico-científico é integrado por uma 3 — O regulamento interno da UPM é aprovado pelo
maioria de membros não inferior a dois terços de detentores CEMGFA, ouvido o CCEM e o Comandante-Geral da
do grau académico de doutor ou de especialista de reco- GNR, e homologado pelo membro do Governo responsável
nhecido mérito e competência profissional, não podendo pela área da defesa nacional, no prazo de 180 dias a contar
ultrapassar o número total de 25 membros. da data da entrada em vigor do presente decreto-lei.
4 — O chefe de departamento mais antigo substitui o 4 — O regulamento referido no número anterior deve
presidente do conselho técnico-científico nas suas ausên- conter, entre outras, as seguintes matérias:
cias ou impedimentos.
a) A autonomia dos departamentos politécnicos, nas
Artigo 24.º suas diferentes vertentes;
b) A participação de docentes da UPM nas matérias de
Conselho pedagógico natureza científica e pedagógica;
1 — O conselho pedagógico é o órgão competente para c) A participação dos alunos nas matérias de natureza
dar parecer, elaborar estudos e propostas sobre os assuntos pedagógica;
relacionados com a orientação pedagógica, a avaliação da d) O processo de autoavaliação dos departamentos po-
formação e o rendimento escolar dos alunos, no âmbito litécnicos;
do ensino politécnico. e) Direitos e deveres dos alunos;
2 — Ao conselho pedagógico compete pronunciar-se f) Aproveitamento escolar, vida interna e administração
sobre: dos alunos e formandos;
g) Ingresso dos alunos;
a) A definição da orientação e métodos pedagógicos a h) Condições de frequência e de avaliação dos alunos;
seguir nos diversos cursos e atividades; i) Direitos e deveres do pessoal docente.
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