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7o ANO
2 TERMO
Nos Cadernos do Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho são indicados
sites para o aprofundamento de conhecimentos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados e
como referências bibliográficas. Todos esses endereços eletrônicos foram verificados. No entanto, como a
internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência,
Tecnologia e Inovação não garante que os sites indicados permaneçam acessíveis ou inalterados, após a
data de consulta impressa neste material.
*Constituem “direitos autorais protegidos” todas e quaisquer obras de terceiros reproduzidas neste material que não estejam em domínio
público nos termos do artigo 41 da Lei de Direitos Autorais.
Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho: Arte, Inglês e Língua Portuguesa: 7o ano/2o termo
do Ensino Fundamental. São Paulo: Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia
(SDECT), 2012.
il. (EJA – Mundo do Trabalho)
1. Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Ensino Fundamental 2. Artes – Estudo e ensino 3. Língua Inglesa –
Estudo e ensino 4. Língua Portuguesa – Estudo e ensino I. Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência
e Tecnologia II. Título III. Série.
CDD: 372
FICHA CATALOGRÁFICA
Sandra Aparecida Miquelin – CRB-8 / 6090
Tatiane Silva Massucato Arias – CRB-8 / 7262
Geraldo Alckmin
Governador
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
Herman Voorwald
Secretário
Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação
Sumário
Arte.......................................................................................................................................... 7
Unidade 1
Arte como expressão da história de um povo 9
Unidade 2
Arte e formação cultural do povo brasileiro 33
Unidade 3
A cultura indígena na formação cultural do povo brasileiro 55
Unidade 4
A cultura afro-brasileira 73
Inglês................................................................................................................................. 97
Unit 1
Sport, work and global events 99
Esporte, trabalho e eventos globais
Unit 2
Culture and entertainment 109
Cultura e entretenimento
Unit 3
My world, my neighborhood 121
Meu mundo, meu bairro
Unit 4
Professional profile 131
Perfil profissional
7o ANO
2o TERMO
Caro(a) estudante,
Nessas unidades, você poderá estudar as relações entre a vida e a arte, explo-
rando as temáticas dos artistas, bem como os respectivos processos de criação.
Quais experiências de vida os artistas levam para a arte? Como isso acontece?
E você, quais aspectos de sua vida pode levar para as experiências artísticas?
Bons estudos!
1 Arte como expressão da
história de um povo
Para iniciar...
Ao entrar em um museu, você tem a oportunidade de apreciar as
obras de arte ali expostas. Mas pense no seguinte exemplo:
• O que ocorreria se você deparasse com pinturas, esculturas,
músicos, fotografias, dançarinos e malabaristas pelo seu caminho –
na rua, no metrô, na praça? Na sua opinião, isso também é arte?
9
Arte – Unidade 1
Como naquela época a fotografia ainda não tinha sido inventada, o desenho
e a pintura eram importantes formas de registro, como as obras do holandês
Albert Eckhout (1610-1666). Ele chegou ao Brasil em 1637, com a expedição de
Maurício de Nassau, que trouxe também os artistas Frans Post (1612-1680) e
Georg Marcgraf (1610-1644).
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Arte – Unidade 1
Arte pública
Fica a dica
O mundo está cheio de obras de arte expostas nas ruas e que nunca Leia mais sobre
ficaram em galerias ou museus. Elas foram planejadas para exibição em artes visuais na
Enciclopédia Itaú
lugares públicos, de modo permanente ou temporário. Cultural de Artes Visuais.
Disponível em: <http://
A arte pública é fisicamente acessível pelas pessoas que transitam em www.itaucultural.org.br>.
espaços públicos, abertos ou fechados, e modifica a paisagem do lugar Acesso em: 26 maio 2012.
Fica a dica
Um possível passeio
pela cidade de São Paulo
pode ser feito pelo site:
<http://www.sp360.
com.br> (acesso em:
26 maio 2012), que
oferece uma viagem
virtual e panorâmica,
mostrando passeios,
cultura, lazer e arte.
11
Arte – Unidade 1
© Fabio Praça
Clóvis Graciano. História do desenvolvimento paulista, 1969. Painel em azulejos na Avenida Rubem Berta, São Paulo (SP).
© Instituto Tomie Ohtake
Tomie Ohtake. Monumento aos 80 anos da imigração japonesa, 1988. Escultura em concreto armado pintado, 40 metros de comprimento.
Avenida 23 de Maio, São Paulo (SP).
12
Arte – Unidade 1
© Paulo Savala
[Art_7o_U1_007]
Maria Bonomi. Epopeia paulista, 2004. Painel em concreto pigmentado, 300 cm x 7 300 cm. Estação da Luz, São Paulo (SP).
13
Arte – Unidade 1
[Art_7o_U1_008]
Maria Bonomi. Epopeia paulista (detalhe), 2004. Painel em concreto pigmentado, 300 cm x 7 300 cm.
Estação da Luz, São Paulo (SP).
14
Arte – Unidade 1
Maria Bonomi. Epopeia paulista (detalhe), 2004. Painel em concreto pigmentado, 300 cm x 7 300 cm.
Estação da Luz, São Paulo (SP).
15
Arte – Unidade 1
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Arte – Unidade 1
Construção da matriz para o painel de Epopeia paulista. Oficina no anexo do Museu de Arte Contemporânea da USP, São Paulo (SP).
17
Arte – Unidade 1
Momento cidadania
A arte urbana pública, isto é, a arte que está na cidade, nas praças, em parques e
locais de circulação de pessoas, não o faz pensar que a cidade tem variadas funções?
A cidade tem a função de ser local de trabalho, de moradia e de passagem, mas também
é local de lazer, cultura, contemplação.
Você estudou no 6o ano/1o termo que a convivência com outras pessoas, no trabalho
e na família, transforma sua maneira de ser e de viver. A vida na cidade também. Con-
templar a cidade, observar seus moradores, a história marcada em sua arquitetura e em
sua arte faz com que você aprenda sobre a cidade e transforme seu ponto de vista.
Alguns urbanistas lançam mão dessa função cultural da cidade para trabalhar com o
conceito de “direito à cidade” – o direito que todos possuem de fruir a cidade e de que
ela seja, além de útil, significativa.
A linguagem da gravura
A obra de Maria Bonomi utiliza o procedimento da gravura. A
gravura é uma forma de criar uma imagem e repeti-la diversas vezes; é
um jeito, portanto, de produzir várias cópias de uma mesma imagem.
Trata-se de uma linguagem visual obtida pela impressão de uma matriz
em um papel. Na história ocidental, a primeira forma de reprodução de
imagem foi a xilogravura, que gerou a edição de livros, folhetos e jornais.
Técnicas de gravura
A xilogravura (gravura em madeira) provavelmente se originou
Goivas na China, sendo conhecida desde o século VI. No Ocidente, surgiu
na Idade Média, quando era usada para estampar cartas de baralho
Fotos: © Paulo Savala
18
Arte – Unidade 1
Ruth Tarasantchi. Ibirapuera, 2010. Xilogravura, 20 cm x 15 cm. Coleção particular (acima matriz).
19
Arte – Unidade 1
Albrecht Dürer. Os quatro cavaleiros do apocalipse, 1498. Xilogravura, 39 cm x 28 cm. Coleção particular.
Você sabia que uma das mais famosas xilogravuras de Albrecht Dürer é Os quatro cavaleiros do apocalipse?
A obra foi produzida em 1498, e cada um dos cavaleiros representa a guerra, a fome, a peste e a morte, que devassavam a
região da Alemanha na época.
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Arte – Unidade 1
M.C. Escher, Outro Mundo, 1947. Xilogravura colorida, 31, 8 x 26 cm. Museu Escher, Haia, Holanda.
21
Arte – Unidade 1
Newton Mesquita. Sem título, anos 1980. Litogravura. Coleção particular (acima matriz).
22
Arte – Unidade 1
M.C. Escher, Relatividade, 1953. Litogravura, 27,7 x 29, 2 cm. Museu Escher, Haia, Holanda.
23
Arte – Unidade 1
Ruth Tarasantchi. Praia de Fortaleza, 2007. Calcogravura, 15 cm x 11 cm. Coleção particular (acima matriz).
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Arte – Unidade 1
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Arte – Unidade 1
© Estúdio Aldemir Martins
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Arte – Unidade 1
Matriz de memórias
Materiais necessários
• Papelão.
• Papel de seda.
• Cola líquida.
• Tinta guache.
• Rolinho de pintor.
• Pequenos objetos pessoais com formas e tamanhos diferentes.
Procedimentos
• Na superfície do papelão, organize os objetos que você escolheu e cole-os com a cola
líquida. Deixe secar bem.
• Depois que estiver bem seco, espalhe a tinta guache com o rolinho de pintor, cobrindo
os objetos.
• Em seguida, coloque a folha de papel de seda por cima da matriz, pressione bem todos
os objetos, retire o papel, e está pronta a gravura de suas memórias.
• Se quiser tirar mais cópias, é só passar tinta novamente e imprimir.
27
Arte – Unidade 1
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Arte – Unidade 1
Gravura
Materiais necessários
• Suporte da matriz (placa de papelão, bandeja de isopor • Tinta guache (na cor de sua preferência).
ou embalagem longa-vida). • Rolinho de pintor.
• Objeto cortante adequado ao suporte (palito de • Folhas de papel sulfite ou similar.
churrasco ou de dente, prego, agulha ou tampa
• Régua ou colher.
de caneta).
Procedimentos
• Use um rolinho de pintor para passar tinta guache; tire o excesso com uma
folha de papel, para não entupir os sulcos. Assegure-se de que a tinta se
espalhará de modo uniforme.
• Coloque uma folha de papel sobre a matriz com tinta e a pressione com a
mão, com uma régua ou colher, obtendo assim a cópia.
• Após imprimir cópias da sua gravura, assine, coloque a data e o número de série.
1/100 Carlos
29
Arte – Unidade 1
A literatura de cordel
A literatura de cordel é uma manifestação cultural por meio da
qual, lançando mão de texto e imagem, são contadas histórias, poe-
mas e cantigas. A xilogravura é a técnica utilizada na ilustração das
histórias de cordel. Para compreender como surgiu a literatura de cor-
del, leia o texto a seguir.
30
Arte – Unidade 1
31
Arte – Unidade 1
Você estudou
Pense sobre
Na cidade em que você mora, onde existe arte? Que histórias essas
obras contam?
32
Arte e formação cultural
2 do povo brasileiro
Para iniciar...
• Na sua família, ou entre seus amigos, existem imigrantes?
• De onde vieram? Há quanto tempo?
• Por que decidiram deixar o lugar onde nasceram? Que profissões
exercem aqui no País?
Momento cidadania
Sair de um país e ir para outro – emigrar – oferece muitos desafios, entre eles a acei-
tação no país de destino.
Os emigrantes que chegaram ao Brasil após a 1a e a 2a Guerra Mundial enfrentaram,
em alguns casos, preconceito e até mesmo xenofobia.
Xenofobia é o ódio aos estrangeiros e a tudo aquilo que vem de fora do país. Carac-
teriza um pensamento e um comportamento de intolerância. Constitui-se como crime,
assim como o racismo, que também se aplica no caso de discriminação a migrantes, isto
é, à população que muda de estado dentro do mesmo país.
Segundo o art. 1o da Lei federal no 7.716, de 5 de janeiro de 1989: “Serão punidos,
na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor,
etnia, religião ou procedência nacional”.
33
Arte – Unidade 2
A pintura Navio de Emigrantes foi feita entre 1939 e 1941, quando se iniciava a
Segunda Guerra Mundial. Sua grande dimensão reflete a amplidão do tema abordado,
mostra um convés de navio, onde as pessoas da terceira classe se acomodam para
uma longa viagem. Muitas dessas pessoas parecem olhar para a terra que estão
deixando, mas o navio segue rumo ao encontro de um destino incerto.
Museu Lasar Segall. Material didático, 2005, p. 49. Disponível em: <http://www.museusegall.org.br/
img%5Cupload%5CPDFs%5CMD_MLS2005.pdf>. Acesso em: 26 maio 2012.
Em sua opinião:
• Por quais motivos as pessoas deixam seu país de origem?
• Que aspectos são os mais difíceis em um novo país: a língua,
o clima ou os hábitos e costumes?
34
Arte – Unidade 2
Acervo do Museu Lasar Segall-IBRAM/MinC Lasar Segall, 1891 Vilna - 1957 São Paulo
Lasar Segall. Navio de emigrantes, 1939-1941. Óleo com areia sobre tela, 230 cm x 275 cm. Museu Lasar Segall, São Paulo (SP).
35
Arte – Unidade 2
Você sabia que os primeiros a utilizarem a colagem nas artes visuais foram Picasso e Braque?
Esses artistas produziram imagens por meio da colagem de papéis recortados de livros, jornais, revistas etc., agrupando-os
por padrões de estampas ou cores. Essa técnica ficou conhecida como papier collé.
© Album/akg-images/Latinstock ©Succession Pablo Picasso/Autvis, 2012
Pablo Picasso. Guitarra, 1913. Colagem, Georges Braque. Copo e Garrafa (Peles), 1913-1914. Colagem, 48 cm x 62 cm.
66,5 cm x 49,5 cm. Museu de Arte Moderna Coleção particular.
(Moma), Nova Iorque (EUA).
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Arte – Unidade 2
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Arte – Unidade 2
In: MATTOS, Claudia Valadão de. Lasar Segall. São Paulo: Edusp, 1997, p. 173.
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Arte – Unidade 2
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Arte – Unidade 2
© Romulo Fialdini
Anita Malfatti. A boba, 1915-1916. Óleo sobre tela, 61 cm x 50,6 cm. Museu de Arte Contemporânea
da Universidade de São Paulo (SP).
Anita Malfatti nasceu em São Paulo, em 1889. Foi pintora, desenhista, gravadora, ilus-
tradora e professora. Começou seu aprendizado artístico com a mãe. Tinha uma atrofia
Acervo da família
congênita na mão direita, por isso utilizava a esquerda para pintar e desenhar.
Morou na Alemanha entre 1910 e 1914, onde frequentou a Academia Imperial de
Belas-Artes em Berlim.
Em 1914, realizou sua primeira exposição individual em São Paulo, no Mappin Stores.
De 1915 a 1916, morou em Nova Iorque (EUA) e estudou na Arts Students League of
New York, uma escola de arte independente.
Em 1922, participou da Semana de Arte Moderna, expondo 20 trabalhos – entre eles, O homem amarelo.
Em 1933, Anita conquistou a grande medalha de prata do Salão de Belas-Artes em São Paulo. Outra realização
importante foi a participação na 1a Bienal Paulista, em 1951.
Morreu em São Paulo, em 1964.
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Arte – Unidade 2
Edvard Munch. O grito, 1910. Óleo, têmpera e pastel em cartão, 83,5 cm x 66 cm. Munch Museu, Oslo, Noruega.
Sua vida familiar foi conturbada: a mãe e uma das irmãs morreram quando ainda era
jovem; a outra irmã tinha problemas mentais; e o pai era um fanático religioso.
Munch estudou Artes Plásticas no Liceu de Artes e Ofícios da cidade de Oslo, capital
da Noruega. Em 1885, viajou para Paris e teve contato com vários movimentos artísticos,
tendo ficado muito atraído pela arte de Paul Gauguin.
De 1892 a 1908, viveu na cidade de Berlim (Alemanha).
Em 1893, pintou sua obra de maior destaque: O grito. Essa obra tornou-se um dos símbolos do Expressio-
nismo e em 2012, foi vendida em um leilão por quase 120 milhões de dólares. Em 1896, começou a fazer gravuras
e apresentou várias inovações nessa técnica artística.
Entre as décadas de 1930 e 1940, teve uma grande decepção, quando o governo nazista ordenou a retirada
de todas as suas obras dos museus da Alemanha por considerá-las esteticamente imperfeitas e não valorizarem
a cultura alemã.
Morreu em 1944, na cidade de Ekely, próximo a Oslo.
41
Arte – Unidade 2
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Arte – Unidade 2
Anita Malfatti. Tropical, 1917. Óleo sobre tela, 77 cm x 102 cm. Pinacoteca do Estado de São Paulo (SP). © Romulo Fialdini
© Romulo Fialdini
Anita Malfatti. O farol de Monhegan, 1915. Óleo sobre tela, 46,5 cm x 61 cm. Museu de Arte Moderna
do Rio de Janeiro (RJ).
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Arte – Unidade 2
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Arte – Unidade 2
© Romulo Fialdini
Anita Malfatti. Retrato de Mário de Andrade, 1922. Carvão e pastel sobre papel, 36,5 cm x 29,5 cm.
Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo – IEB/USP
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Arte – Unidade 2
Arquiteto
Atividade 5 Arquitetura e arte
Profissional responsável
1. Observe as quatro imagens a seguir, relativas a diferentes vistas
pelo projeto, pela
supervisão e do Museu de Arte de São Paulo (Masp).
pela execução de
obras de arquitetura O Masp é um dos museus mais conhecidos do Brasil. Foi projetado
e de edificações. por uma artista que veio de Roma para morar no País: a arquiteta
Lina Bo Bardi.
de Roma, trabalhou em Milão com o arquiteto Gio Ponti (1891-1979), líder do movi-
mento em defesa do artesanato italiano.
Durante a 2a Guerra Mundial, participou ativamente da resistência à ocupação
alemã e colaborou, como militante, com o Partido Comunista italiano.
Ao final da guerra, em 1946, Lina se casou com o historiador de arte Pietro Maria
Bardi, e os dois viajaram ao Brasil, onde decidiram fixar residência.
No País, atuou como arquiteta, designer, cenógrafa, editora e ilustradora. Após
uma temporada na Bahia, e depois do golpe militar de 1964, sua obra passou por uma
transformação radical, baseada na simplificação de sua linguagem artística.
Morreu em São Paulo, em 1992.
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© G. Evangelista/Opção Brasil Imagens
© Danilo Verpa/Folhapress
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© Alexandre Tokitaka/Pulsar Imagens © G. Evangelista/Opção Brasil Imagens
Arte – Unidade 2
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Arte – Unidade 2
© Lula Sampaio/Opção
Brasil Imagens
e reduziram-se os elementos estruturais a apenas três peças. Assim, a cadeira
pesa apenas 4 kg; dobrável, tem fácil transporte e armazenamento.
Coleção Instituto Lina Bo e P.M. Bardi. Salvador, 1986
Lina Bo Bardi. Cadeira Frei Egídio, 1986. Madeira araucária, 84,5 cm x 44 cm x 44,5 cm.
Colaboradores: Marcelo Ferraz e Marcelo Suzuki. Coleção: Instituto Lina Bo e P. M. Bardi,
São Paulo.
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Arte – Unidade 2
Dança da taquara na festa dos 50 anos do Parque Indígena do Xingu – Aldeia da etnia kamayurá. Local: Querência (MT). Data: 06/2011.
50
Arte – Unidade 2
© Fernando Favoretto
Street dance.
Heitor dos Prazeres. Forró de baião, 1965. Óleo sobre tela, 55 cm x 65 cm. Coleção particular.
51
Arte – Unidade 2
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Arte – Unidade 2
Flip book
Materiais necessários
• 30 pedaços de papéis cortados no tamanho de 8 cm x 6 cm.
• Lápis grafite.
• Lápis de cor.
Procedimentos
Prenda os papéis com um grampeador, formando um bloquinho.
Observando atentamente o painel com colagens criado no Exercício 2 da Atividade
anterior, escolha uma delas para iniciar o flip book.
Copie o movimento do corpo de quem está dançando. Esse será o primeiro desenho, que
deverá ser feito no lado direito da folha.
Sucessivamente, tendo como referência o desenho anterior, faça pequenas alterações
nas figuras, em pernas, braços, cabeças etc., folha a folha, até completar o trabalho com o
último desenho.
Para ser mais fácil manter as características de um desenho para o seguinte, coloque-os
sobre o vidro de uma janela, para obter maior transparência dos papéis.
Se folhear os desenhos do flip book lentamente, vai perceber cada desenho de modo
individual, analisando os movimentos um a um. Mas, se folheá-los com rapidez, terá a
sensação de que os desenhos estão vivos, em pleno movimento.
Fotos: © Paulo Savala
53
Arte – Unidade 2
Você estudou
Durante as aulas desta Unidade, você analisou as contri-
buições dos artistas imigrantes para nossa formação cultural.
Além disso, verificou o processo inverso: como a cultura brasi-
leira influenciou os pensamentos e a produção desses artistas.
Você aprendeu também o que significa deformação expres-
siva e o que foram o movimento expressionista e a Semana de
Arte Moderna.
Viu ainda diversos tipos de dança, principalmente como
manifestações culturais, percebendo como cada dança conta a
história de um povo.
Pense sobre
Paratodos
Chico Buarque
O meu pai era paulista Creia, ilustre cavalheiro Tome Noel, Cartola, Orestes
Meu avô, pernambucano Contra fel, moléstia, crime Caetano e João Gilberto
O meu bisavô, mineiro Use Dorival Caymmi Viva Erasmo, Ben, Roberto
Meu tataravô, baiano Vá de Jackson do Pandeiro Gil e Hermeto, palmas para
Meu maestro soberano Vi cidades, vi dinheiro Todos os instrumentistas
Foi Antonio Brasileiro Bandoleiros, vi hospícios Salve Edu, Bituca, Nara
Foi Antonio Brasileiro Moças feito passarinho Gal, Bethania, Rita, Clara
Quem soprou esta toada Avoando de edifícios Evoé, jovens à vista
Que cobri de redondilhas Fume Ari, cheire Vinícius O meu pai era paulista
Pra seguir minha jornada Beba Nelson Cavaquinho Meu avô, pernambucano
E com a vista enevoada Para um coração mesquinho O meu bisavô, mineiro
Ver o inferno e maravilhas Contra a solidão agreste Meu tataravô, baiano
Nessas tortuosas trilhas Luiz Gonzaga é tiro certo Vou na estrada há muitos anos
A viola me redime Pixinguinha é inconteste Sou um artista brasileiro
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3 A cultura indígena na
formação cultural
do povo brasileiro
Para iniciar...
• O que você conhece sobre os índios do Brasil?
55
Arte – Unidade 3
g
rin
Be
SIBÉRIA
de
ALASCA
Estreito
ÁSIA
EUROPA AMÉRICA
DO
NORTE
OCEANO
DESERTO PACÍFICO OCEANO
DO SAARA ATLÂNTICO
ÁFRICA
OCEANO
ÍNDICO AMÉRICA
DO
SUL
Fonte: A aurora da humanidade. Rio de Janeiro: Time-Life/Abril, 1993 (adaptado; meramente ilustrativo; suprimidas as coordenadas geográficas).
56
Arte – Unidade 3
57
Arte – Unidade 3
• Como se vestem?
58
Arte – Unidade 3
Jean-Baptiste Debret. Família de um chefe camacã preparando-se para uma festa, 1834. Litografia de C. Motte, 32 cm x 20,4 cm, constante da
obra Viagem pitoresca ao Brasil, vol. 1.
Jean-Baptiste Debret. Caboclos ou índios civilizados, 1834. Litografia de C. Motte, 33,3 cm x 23,2 cm, constante da obra
Viagem pitoresca ao Brasil, vol. 1.
59
Arte – Unidade 3
Momento cidadania
60
Arte – Unidade 3
61
Arte – Unidade 3
Caneta de bambu
Material necessário
Para construir essa caneta, você
precisa de um bambu pequeno ou,
© Paulo Savala
se não tiver, pode ser um galho de
árvore fino.
Procedimentos
• Lixe bem a superfície do bambu
ou do galho com uma lixa fina.
• Em seguida, faça um corte
diagonal em uma das pontas, Canetas feitas com bambu.
usando um objeto de corte.
Está pronta sua caneta para usar com tinta nanquim ou de tinteiro, ou ainda uma tinta
bastante líquida feita com pigmentos naturais. Você pode experimentar suco de beterraba
ou pó de café com água, entre outras possibilidades.
Fonte: MUNDURUKU, Daniel. Coisas de Índio. São Paulo: Callis, 2004, p. 11.
62
Arte – Unidade 3
© Rosa Gauditano/StudioR
dos para uso em rituais, cerimônias
e também como enfeite. São formas
de comunicação e podem representar
idade, sexo, posição social e cargo
político. Com as plumas podem ser
confeccionados mantos, máscaras,
cocares e braceletes.
63
Arte – Unidade 3
© Fabio Colombini
Arte plumária Rikbaktsa. Acervo Memorial da América Latina. Indígena com cocar e colar. Tribo indígena kalapalo – Aldeia
Aiha, 2011. Parque Indígena do Xingu (MT).
64
Arte – Unidade 3
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Arte – Unidade 3
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Arte – Unidade 3
© Fabio Colombini
Indígena saterê-maué fazendo artesanato. Aldeia Inhãa-bé, 2009. Igarapé do Tiú, Manaus (AM).
67
Arte – Unidade 3
A tapeçaria pode ser feita com algodão, sisal, juta e fibras, entre
outros materiais.
A artista brasileira Regina Gomide Graz se interessou pelo traba-
lho de tapeçaria dos indígenas e viajou ao Amazonas para conhecer
melhor a técnica.
Regina Graz atuou como pintora, decoradora e tapeceira, sendo
uma das artistas mais produtivas no meio artístico nacional durante
as décadas de 1920 a 1940. Dedicou-se principalmente à decoração
de interiores, trabalhando com tapeçarias em veludo, panneaux e
Panneaux almofadas, criando motivos que se aproximam da abstração geomé-
Palavra francesa que
designa pano, tecido,
trica. Outros artistas também se dedicaram à arte da tapeçaria, como
tapeçaria decorativa. Norberto Nicola e Jacques Douchez.
Acervo Instituto John Graz
Regina Graz. Sem título, 1930. Tapeçaria, petit point tecido a mão, 97 cm x 134 cm. Instituto John Graz, São Paulo (SP).
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Arte – Unidade 3
© Everton Ballardin
69
Arte – Unidade 3
Tatiana Blass. Penélope, 2011-2012. Tear e lã vermelha. Site specific, Capela do Morumbi, São Paulo (SP).
70
Arte – Unidade 3
1. Sabe aquelas camisetas que já cansou de usar? Pois bem, você fará
fios com ela, cortando-a em tiras da mesma largura no sentido
horizontal. Depois de cortadas as tiras, estique-as, para que se
enrolem como um fio de novelo.
Tear de papelão
Materiais necessários
• Tesoura.
• Régua.
• Lápis grafite.
• Um papelão com medida aproximada de 35 cm x 40 cm.
Procedimentos
• Risque uma margem de 2 centímetros nos quatro lados do papelão.
• Faça furos com distância de 1 centímetro das bordas superior e inferior do papelão.
• Prepare uma agulha dobrando um pedaço de arame ao meio e cobrindo as pontas com
fita-crepe.
• Coloque uma tira de fio na agulha e passe de um furo a outro, no sentido vertical, até
que todos estejam preenchidos. Caso precise emendar os fios, é só dar um nó.
• Comece a tecer, passando um fio por cima e outro por baixo. A cada fio tecido, ajeite o
trabalho com os dedos para que fiquem bem juntinhos.
• Amarre, de duas em duas, as sobras lateriais das tiras, para que o trabalho não se
desfaça.
• Ao terminar, recorte as margens do papelão e retire a peça.
Com essa peça, você pode fazer uma bolsinha, um suporte para telefone ou inventar
outras utilidades.
© Paulo Savala
71
Arte – Unidade 3
Você estudou
Nesta Unidade, você conheceu a variedade de povos e cultu-
ras indígenas espalhados pelo Brasil, percebendo o olhar estran-
geiro, o nosso e o do próprio indígena.
Pense sobre
Há na cidade em que você mora alguma aldeia indígena? Será que
entre seus amigos e parentes há alguém que saiba trançar, fazer cro-
chê ou usar um tear?
72
4 A cultura afro-brasileira
Para iniciar...
• O que você conhece sobre o continente africano?
• Você se lembra desta imagem?
© FIFA
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Arte – Unidade 4
Lasar Segall. Encontro, 1924. Óleo sobre tela, 66 cm x 54 cm. Museu Lasar Segall, São Paulo (SP).
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• Por que você acha que o artista mudou a cor da sua pele no
autorretrato apresentado na página anterior? Retrato de Lasar Segall, 1920.
Cópia em papel, emulsão
de gelatina e sais de prata
com viragem sépia,
21,6 cm x 17,2 cm.
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Africanos no Brasil
Fica a dica
Se você vive em
A história dos africanos no Brasil teve início há muito tempo, por
São Paulo, ou se estiver volta de 1530, quando os portugueses começaram a trazer à força do
na cidade, visite o continente africano pessoas para trabalhar como escravos nas terras
Museu Afro Brasil, no
Pavilhão Manoel da da colônia portuguesa da América. E o tráfego perdurou até os anos
Nóbrega, que fica no de 1850 aproximadamente – mesmo após ter sido proibido, em 1830.
Parque do Ibirapuera.
Você também pode As pessoas eram trazidas para a nova terra em embarcações cha-
conhecer mais sobre o
museu e o material lá
madas navios negreiros. As condições dessas viagens eram péssimas.
exposto consultando Os negros vinham amontoados nos porões dos navios, sem luz nem ali-
o site do museu,
disponível em: <http://
mentação, por isso muitos morriam no meio do caminho e eram atira-
www.museuafrobrasil. dos ao mar. Quando chegavam ao Brasil, os sobreviventes eram comer-
org.br/>. Acesso em: cializados nos mercados da Bahia, do Rio de Janeiro, do Maranhão e de
26 maio 2012.
Pernambuco, onde a mão de obra escrava era empregada na lavoura, na
mineração, na pecuária ou em trabalhos domésticos.
© Sciences Po
Brésil – la diversité comme identité. 2ème édition. Paris: Atelier de Cartographie de Sciences Po.
Luchas contra la Esclavitud, Unesco, 2004.
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Arte – Unidade 4
Serradores –
Jean-Baptiste Debret.
Serradores, 1834.
Litografia de C. Motte,
32 cm x 20,4 cm,
constante da obra
Viagem Pitoresca ao
Brasil, vol. 1.
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Arte – Unidade 4
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Arte – Unidade 4
Vendedoras – Jean-Baptiste
Debret, Banha de cabelos bem
cheirosa, 1827. Aquarela sobre
papel, 15,8 cm x 21,9 cm. Museus
Castro Maya, Rio de Janeiro, Brasil.
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Arte – Unidade 4
Momento cidadania
Segundo a Fundação Seade, em 2004, dos jovens brancos de 15 a 17 anos que fre-
quentavam o Ensino Médio na idade correta, 70,6% eram brancos, e 57,6% eram negros.
Esses e muitos outros dados demonstram que não superamos a questão racial no
Brasil. Embora tenham os mesmos direitos, os negros tendem a ser excluídos, o que se
reflete em acesso à educação e ao trabalho, em renda inferior e em um padrão de vida
mais baixo do que a maior parte dos brancos.
Ações afirmativas para neutralizar a questão seriam políticas que visassem à inclusão
de afrodescendentes em universidades ou outras resoluções semelhantes, no intuito de
compensar uma desigualdade socialmente estabelecida ao longo de muitos anos e valori-
zar toda a cultura e as pessoas afrodescendentes. Seria uma oportunidade para que cada
vez mais a população negra participasse de ambientes dos quais em geral está excluída,
obtendo, com isso, um leque maior de opções na vida.
Para conhecer mais sobre o debate racial, visite o site do Instituto Geledés: Disponível
em: <http://www.geledes.org.br/racismo-preconceito>. Acesso em: 26 maio 2012.
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Arte – Unidade 4
© Werner Forman/Corbis/Latinstock
© The Bridgeman Art Library/Keystone
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Arte – Unidade 4
Máscara baule, Costa do Marfim, final do século XIX. Museu de Israel, Jerusalém.
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Arte – Unidade 4
© Print Collector/Diomedia
© Succession Pablo Picasso/AUTVIS, 2012
Pablo Picasso. Amizade, 1908. Óleo sobre tela, 151,3 cm x 101,8 cm. Museu Hermitage, São Petersburgo, Rússia.
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Arte – Unidade 4
© The Bridgeman Art Library /Keystone
Máscara fang em madeira, século XIX. Universidade da Ânglia Oriental, Norfolk, Inglaterra.
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Arte – Unidade 4
© Album/Lessing/Latinstock
© Succession Pablo Picasso/AUTVIS, 2012
Pablo Picasso. Les Demoiselles d’Avignon, 1907. Óleo sobre tela, 243,9 cm x 233,7 cm. Museu de Arte Moderna (Moma), Nova Iorque (EUA).
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Arte – Unidade 4
3. Agora você vai criar uma máscara com inspiração nas imagens
de máscaras africanas vistas anteriormente e nas obras de Picasso
(veja no quadro a seguir)
Máscara africana
Materiais necessários
• Tiras de papelão e de jornal • Fita-crepe.
(com aproximadamente 4 cm de largura). • Grampeador.
• Tesoura. • Tinta guache.
• Cola líquida. • Adereços (palha, botões, tecidos...).
Procedimentos
• Com uma tira de papelão, contorne seu rosto para registrar a medida dele.
• Grampeie as duas pontas das tiras. Essa será a base de sua máscara.
• Corte mais tiras de papelão da mesma medida e grampeie duas no sentido horizontal da máscara e duas no sentido vertical.
• Sobre as tiras grampeadas, cole tiras de jornal previamente mergulhadas em cola líquida diluída com um pouco de água.
Aplique mais duas camadas de tiras de jornal sobre a base da máscara.
• Espere secar.
• Desenhe sobre a máscara o rosto que você desejar. Coloque olhos, boca e nariz inspirados nos modelos africanos.
• Pinte com tinta guache na cor escolhida.
• Cole outros adereços, como palha, botões ou tecidos, para dar o efeito desejado na sua produção “africana”.
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Arte – Unidade 4
A arte da escultura
Com muito talento, negros
© Alex Salim
Aleijadinho. Imagem de São João da Cruz, século XVIII. Igreja de Nossa Senhora do
Carmo, Sabará (MG).
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Pedra-sabão
Aleijadinho, Antônio Francisco Lisboa, nasceu bastardo
Acervo do Museu Mineiro
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Frei Jesuíno do Monte Carmelo, Teto da Capela Mor da Igreja da Ordem Terceira do Carmo (detalhe),
1784-1794. Óleo sobre madeira. Itu (SP).
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Procedimentos
• Forre o local de trabalho com jornal.
• Utilizando um lápis, faça um leve esboço das principais partes do projeto de sua
escultura diretamente no sabão.
• Pegue uma faquinha ou um palito e comece a raspar pequenas porções da barra de
sabão. Use o garfo para criar texturas, caso seja necessário.
• Para deixar partes do sabão mais macias, use os dedos. O calor de suas mãos vai ajudar a
amolecê-lo, tornando mais fácil criar uma superfície lisa.
• Você pode reparar pequenas fissuras na escultura de sabão usando um palito molhado
para umedecer a superfície e, em seguida, usar os dedos para fechar as fissuras.
A capoeira
A capoeira, uma das maiores expressões culturais afro-brasilei-
ras, foi trazida ao Brasil por escravos africanos. Era usada tanto para
defesa pessoal quanto para diversão.
Os movimentos ágeis de ataque e defesa eram usados por escravos
em brigas e fugas, mas também como brincadeira ou jogo nas horas
de descanso.
Ao praticar a capoeira, os escravos se uniam em grupos, o que
fortalecia sua identidade cultural. A união incomodava donos e feito-
res, por isso a prática da capoeira foi proibida.
Hoje a capoeira expressa, em primeiro lugar, ancestralidade, valo-
res culturais e memória dos povos africanos no Brasil.
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Arte – Unidade 4
© Fundação Pierre Verger
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© Marcos Peron/Kino
© Fernando Favoretto/Criar Imagem
Berimbau Caxixi
© Rachel Canto/Opção Brasil Imagens
Agogô
Atabaque
© Stockbyte/Getty Images
Pandeiro Reco-reco
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Você estudou
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Pense sobre
Desde o século 19, o Brasil procura fazer um levantamento, por meio do censo,
da cor da população. Na semana passada, pela primeira vez na história, o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou que mais da metade dos bra-
sileiros é formada por pessoas com a cor de pele parda ou preta (50,6%).
O dado é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e se baseia
na autodeclaração ou “autoclassificação”, como prefere dizer Ana Lúcia Saboia,
chefe da Divisão de Indicadores Sociais do instituto.
O critério de autoclassificação é recomendado internacionalmente e apontado
como alternativa menos subjetiva para definir a cor de uma pessoa. [...]
COSTA, Gilberto. Negro é uma construção social, afirma especialista do IBGE. Agência Brasil, 27 set. 2009.
Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2009-09-27/negro-e-uma-
-construcao-social-afirma-especialista-do-ibge>. Acesso em: 26 maio 2012.
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