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A Semana Santa

“É espantosamente doloroso o trabalho que o Cristo Íntimo tem que realizar


dentro de nossa própria psique. Escrito está: “Deus ajuda quem cedo madruga”.
Também está escrito: “Se ajude que eu te ajudarei”. Na verdade, nosso Mestre
Interior deve viver toda sua via crúcis no fundo de nossa própria alma.”

Samael Aun Weor


Trecho do livro de “A Grande Rebelião”

As simbologias da Semana Santa

A Semana Santa é tempo de fazer profundas reflexões sobre o que é este


maravilhoso Drama, apresentado por Deus feito homem, que nos ensinou como o homem
nasce e cresce através de uma lei mecânica natural, mas que depois de ter uso da razão
necessita realizar grandes mudanças a nível Físico, Psicológico e Mental para poder modificar
seu destino e conduzir a vida até o Despertar da Consciência e a Conquista do Ser.

Este magno evento Cósmico sucede-se em todos os planetas de nosso Sistema


Solar, pois é um Drama do Cristo Sol, e consequentemente, também se sucederá dentro do
homem, em seu mundo físico e em seus mundos internos, para que os corpos ou veículos
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que conformam a constituição interna desse homem se transformem, tornando-se aptos e


preparados para o Advento do Ser.

O Cristo Cósmico, criador deste maravilhoso Drama, vive e palpita no coração de


todos nós e de acordo ao trabalho espiritual que estejamos fazendo, nascerá, crescerá, se
fará Homem e nos libertará, dando-nos uma resposta clara e precisa de que o Cristo não
pertence a um Ontem, nem a um Amanhã, senão que a um Eterno Agora.

Todo Cristão deve fazer da Semana Santa, um período de Meditação, de Reflexão,


para compreender o profundo significado que tem no íntimo de cada um, a presença daqueles
“Doze Discípulos”, Santos Homens, Apóstolos que acompanharam ao Mestre em todo o
Drama, daquelas Santas Mulheres que se fizeram presentes na Cruz para presenciar como o
Homem vence a morte com a morte, daquelas palavras pronunciadas pelo Mestre na Cruz, as
quais, cada uma delas tem íntima relação com o trabalho que cada um deve realizar para que
o Cristo Íntimo carregue sua Cruz de Redenção e possa conduzir todo ser humano à sua
Liberação Final.

Há mais de 2020 anos, milhões de pessoas têm repetido com entusiasmo a história
de um acontecimento Cósmico como foi a Morte e Ressurreição de Nosso Senhor o Cristo,
mas poucos refletiram que esse acontecimento não foi só para a pessoa de Jesus, senão, do
Cristo, que é Universal, vibra e palpita no coração de toda a Humanidade.

O Grande Mestre Jesus tornou público o caminho de todo homem que busca sua
redenção e união com Deus, deixando esculpido na Cruz esse lindo Drama e com
suas ternas e sábias palavras que disse no momento de sua Crucificação.

O Drama Cósmico

A semana santa representa o que cada pessoa deve viver para recuperar o
estado paradisíaco perdido. São processos iniciáticos que o Cristo viveu em carne e
osso para ensinar-nos aquilo que nossa alma deve realizar internamente.
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A Semana Santa tem raízes esotéricas muito profundas, porque é um processo


que toda pessoa consciente sente a necessidade de viver

Tudo o que está escrito nos Evangelhos dizem respeito a um processo


iniciático que culmina com a Semana Santa, onde acontece o religare.

Quando o iniciado faz chegar o Kundalini do Corpo Astral até o coração, então
passa pela simbólica morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo. Nos mundos
internos, o iniciado vive todo o Drama do Gólgota.

O iniciado deve trabalhar nas forças lunares e nas forças de Mercúrio, de


Vênus, do Sol, de Marte, de Júpiter e de Saturno. O Logos se desenrola em sete
regiões e de acordo com os sete planetas do sistema solar.

A chama deve aparecer no corpo físico, depois avançar no corpo vital, deve
continuar seu caminho no caminho astral, deve continuar sua jornada pelo mundo da
mente, deve atingir a esfera de Vênus no mundo causal, deve continuar sua jornada
pelo mundo da mente, ele deve alcançar a esfera de Vênus no mundo Búdico ou
intuitivo e, finalmente, no sétimo dia, ele alcançará o mundo do Atman, o mundo do
espírito. Então o Mestre receberá o batismo de fogo, que o transformará radicalmente.

Obviamente, todo o drama cósmico, como está escrito nos quatro Evangelhos,
deve ser vivido dentro de nós, aqui e agora. Isso não é algo meramente histórico, é
algo para se viver aqui e agora!
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No caminhar da Semana Santa vamos percorrer o caminho de Jesus o Cristo,


desde a sua entrada messiânica em Jerusalém. Passando pela flagelação, pela
Morte na Cruz e sua Ressurreição

Entrada Triunfal em Jerusalém

No Evangelho de Mateus encontramos a narração da entrada do Cristo em


Jerusalém e isso possui uma grande simbologia. Significa passar além do corpo, dos
afetos e da mente, ou seja, dominar a mente, conquistar o céu de Mercúrio, para
depois conquistar o mundo do Espírito. Vejamos em Mt 21:1-17:

“E, quando se aproximaram de Jerusalém, e chegaram a Betfagé, ao Monte das


Oliveiras, enviou, então, Jesus dois discípulos, dizendo-lhes: de à aldeia que está
defronte de vós, e logo encontrareis uma jumenta presa, e um jumentinho com ela;
desprendei-a, e trazei-nos. E, se alguém vos disser alguma coisa, direis que o Senhor
os há de mister; e logo os enviará. Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o
que foi dito pelo profeta, que diz: Dizei à filha de Sião: Eis que o teu Rei aí te vem,
manso, e assentado sobre uma jumenta. E sobre um jumentinho, filho de animal de
carga. E, indo os discípulos, e fazendo como Jesus lhes ordenara, trouxeram a
jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram as suas vestes, e fizeram-no assentar
em cima. E muitíssima gente estendia as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam
ramos de árvores, e os espalhavam pelo caminho. E a multidão que ia adiante, e a
que seguia, clamava, dizendo: Hosana ao Filho de Davi; bendito o que vem em
nome do Senhor. Hosana nas alturas!
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E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, dizendo: Quem é este? E a


multidão dizia: Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia. E entrou Jesus no
templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou
as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas; E disse-lhes: “Está
escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em
covil de ladrões.” E foram ter com ele no templo cegos e coxos, e curou-os.

Vendo, então, os principais dos sacerdotes e os escribas as maravilhas que fazia, e os


meninos clamando no templo: Hosana ao Filho de Davi, indignaram-se, E disseram-
lhe: Ouves o que estes dizem? E Jesus lhes disse: Sim; nunca lestes: Pela boca dos
meninos e das criancinhas de peito tiraste o perfeito louvor? E, deixando-os, saiu da
cidade para Betânia, e ali passou a noite.”

A Última Ceia: O Grande Pacto com os 12 Apóstolos

O Evangelho de Lucas narra esse misterioso evento, na passagem Lc 22:7-30:

“Finalmente, chegou o dia dos pães sem fermento, no qual devia ser sacrificado o
cordeiro pascal. Jesus enviou Pedro e João, dizendo: "Vão preparar a refeição da
Páscoa". "Onde queres que a preparemos?", perguntaram eles. Ele respondeu: "Ao
entrarem na cidade, vocês encontrarão um homem carregando um pote de água.
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Sigam-no até a casa em que ele entrar e digam ao dono da casa: o Mestre pergunta:
Onde é o salão de hóspedes no qual poderei comer a Páscoa com os meus
discípulos? Ele lhes mostrará uma ampla sala no andar superior, toda mobiliada.
Façam ali os preparativos.”

Eles saíram e encontraram tudo como Jesus lhes tinha dito. Então, prepararam a
Páscoa. Quando chegou a hora, Jesus e os seus apóstolos reclinaram-se à mesa. E
disse-lhes: "Desejei ansiosamente comer esta Páscoa com vocês antes de sofrer. Pois
eu digo: Não comerei dela novamente até que se cumpra no Reino de Deus".

Recebendo um cálice, ele deu graças e disse: "Tomem isto e partilhem uns com os
outros. Pois eu digo que não beberei outra vez do fruto da videira até que venha o
Reino de Deus".
.
Tomando o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: "Isto é o meu
corpo dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim". Da mesma forma,
depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: "Este cálice é a nova aliança no meu sangue,
derramado em favor de vocês. "Mas eis que a mão daquele que vai me trair, está com
a minha sobre a mesa. O Filho do homem vai como foi determinado; mas ai daquele
que o trair!”.

Eles começaram a perguntar uns aos outros qual deles iria fazer aquilo. Surgiu
também uma discussão entre eles, acerca de qual deles era considerado o maior.
Jesus lhes disse: "Os reis das nações dominam sobre elas; e os que exercem
autoridade sobre elas são chamados benfeitores. Mas vocês não serão assim. Ao
contrário, o maior entre vocês deverá ser como o mais jovem, e aquele que governa,
como o que serve.

Pois quem é maior: o que está à mesa, ou o que serve? Não é o que está à mesa?
Mas eu estou entre vocês como quem serve. Vocês são os que têm permanecido ao
meu lado durante as minhas provações. E eu designo a vocês um Reino, assim como
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meu Pai o designou a mim, para que vocês possam comer e beber à minha mesa no
meu Reino e sentar-se em tronos, julgando as doze tribos de Israel.”

A última Ceia é uma cerimônia mágica de imenso poder. Algo muito


semelhante à Arcaica Irmandade do Sangue. A tradição dessa Irmandade diz que se
duas ou mais pessoas mesclam seu sangue num copo e depois o bebem ficam
irmanadas eternamente pelo sangue. Os veículos astrais dessas pessoas associam-se
então intimamente para toda a eternidade

O Povo Hebreu atribui ao sangue características muito especiais. A Última Ceia


foi uma Cerimônia de Sangue. Cada um dos Apóstolos trouxe em sua taça, gotas de
seu próprio sangue e verteram no Cálice do Cristo Jesus. Nesse Cálice o Cristo havia
vertido também o seu Sangue Real. Desse modo, no Santo Graal mesclou-se o
sangue do Cristo Jesus com o sangue de seus apóstolos.

Conta a tradição, além disso, que Jesus deu de comer aos seus discípulos
partículas infinitesimais de sua própria carne. “E tomando o pão, havendo dado graças
partiu-o e deu-o a eles, dizendo: „Este é o meu Corpo que por vós é dado; fazei
isso em memória de mim‟.” Do mesmo modo, após a Ceia, tomou o Cálice, dizendo:
“Este Cálice é o novo pacto em meu sangue que por vós se derrama”. Assim se
firmou o pacto. Todo pacto se firma com sangue.

O astral do Cristo Jesus ficou associado, unido aos seus discípulos e a toda a
humanidade, pelo pacto de sangue. O Adorável é o Salvador do Mundo. Esta
Cerimônia de Sangue é tão antiga como o infinito. Todos os grandes Avataras a
verificaram desde os antigos tempos.

Toda Unção Gnóstica, seja qual for o Culto, Crença, Seita, ou Religião está
associada, intimamente unida, à Última Ceia do Cristo pelo pacto de sangue

Quando ritualizamos a Cerimônia, repete-se nos Sete Grandes Planos


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Cósmicos. Quando ritualizamos abre-se um canal que nos conecta com o Cristo
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Cósmico. Os Átomos Crísticos descem desde o alto, do Sol Central, e se acumulam


no Pão e no Vinho. Quando comemos o Pão e bebemos o Vinho estamos de fato
associados à Última Ceia do Cristo pelo pacto de sangue.

Os Átomos Crísticos difundem-se por todo nosso organismo e penetram em


nossos Corpos Internos para despertar nossas faculdades internas e trabalhar por
nossa Cristificação, para o bem da grande humanidade.

A Cerimônia do Lava Pés

O Gnosticismo moderno considera essa ritualística sagrada e está relacionada


à limpeza e purificação dos canais energéticos e especificamente do centro sexual. É
um ritual poderoso, mágico e de grandes benefícios anímicos e espirituais para
aqueles que o recebem.

A Igreja Ortodoxa e
as Igrejas Católicas
Orientais realizam o Lava-
pés também durante a
Quinta-Feira Santa, de
acordo com seus rituais.

A cerimônia pode ser


realizada tanto pelo bispo lavando os pés de doze sacerdotes ou por um abade.
lavando os pés de doze membros da irmandade em seu mosteiro. A cerimônia é
realizada ao final da chamada Divina Liturgia.

O rito do lava-pés também é observado pelas igrejas ortodoxas orientais


durante a Quinta-Feira Santa. Na Igreja Ortodoxa Copta, o serviço é realizado pelo
padre paroquial e não apenas por um bispo ou abade. Ele bispo abençoa a água com
a cruz, exatamente como ele faz para benzer água benta e lava os pés da
congregação inteira. Na Igreja Ortodoxa Síria, este serviço é realizado apenas pelo
bispo e de forma bastante cerimonial, pois ele acontece no meio da leitura do
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evangelho (evangelion).
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Doze pessoas pré-selecionadas, leigos e clérigos, são colocadas no local da


cerimônia e o bispo lava as mãos e beija os pés dos doze. Em seguida, o mais antigo
dos padres lava os pés do bispo, demonstrando que o rito não é uma mera
dramatização do evento passado.

Finalmente, é feita uma oração através da qual a congregação toda lava e se


limpa de seus pecados.

Para quem desejar saber mais sobre a nobre e tradicional cerimônia, ela é
descrita com riqueza de detalhes no livro de João, na passagem Jo 13:1-35

A Quinta Feira Santa nos lembra o Lava Pés. Esse rito simboliza lavar,
desintegrar as maldades e outros males do passado, com isso ficamos limpos e
puros. Isso naturalmente representa a santificação ou cristificação total, mais tarde
vem a transfiguração, e então, o Corpo Astral resplandece de glória.

Ninguém poderá chegar ao Monte da Transfiguração sem haver passado pelo


Lava Pés: nas linhas dos pés estão escritas nossas passadas reencarnações. O
Cristo nos lava os pés com as águas seminais.

O Chacra Prostático exerce controle sobre as vesículas seminais. Estes são


os mistérios da Terceira Iniciação dos Mistérios da Fé.

“Lavareis vossos pés nas águas da renúncia.”

Samael Aun Weor


Décimo Mandamento da Era de Aquário

Jesus e os três traidores: Judas, Pilatos e Caifás

Os três traidores que crucificam o Cristo, que o levam à morte, estão dentro de
nós: Judas, Pilatos e Caifás.

Judas é o demônio do desejo, que nos atormenta. Pilatos é o demônio da


mente, que tem desculpas por tudo. Caifás é o demônio da má vontade, que prostitui
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o altar.
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Esses são os três traidores que entregam o Cristo por trinta moedas de prata.
As trinta moedas representam todos os vícios e paixões da humanidade:

Eles vendem o Cristo pelas garrafas na cantina, vendem o Cristo pelo bordel
ou pela cama de Prostibulo. Eles trocam Cristo por dinheiro, por riquezas, por vida
sensual. Eles o vendem por trinta
moedas de prata.

Lembre-se que as
multidões pedem a crucificação
do Senhor. Todas aquelas
multidões que gritavam Crucifica!
Crucifica!, não são os de 2020
anos atrás. Aquelas pessoas que
pedem a crucificação do Senhor
estão dentro de nós mesmos, repito, aqui e agora! São os agregados psíquicos
desumanos que carregamos dentro de nós, são todos aqueles elementos psíquicos
indesejáveis que carregamos dentro, os demônios vermelhos de Seth, uma
personificação viva de todos os nossos defeitos psicológicos.

São eles que gritam: Crucifica! E o Senhor é entregue à morte. Quem o


açoita, não são todas as multidões que carregamos dentro de nós? Quem colocou a
coroa de espinhos sobre Ele, não são todos aqueles que geram o inferno que
criamos?

O Gólgota
O Evento da História Cristã não é ontem, é agora, está presente, não é
meramente um passado, como acreditam os ignorantes esclarecidos. Mas aqueles
que entendem trabalharão pela sua Cristificação.

O Cristo é elevado ao Calvário, e no pico majestoso do Calvário Ele dirá:


“Quem crê em mim nunca andará nas trevas, mais terá a luz da vida. Eu sou o
pão da vida, eu sou o pão vivo, quem come minha carne e bebe meu sangue terá
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a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Quem come minha carne e bebe
meu sangue habita em mim e eu
nele”.
O Senhor não guarda rancor
por ninguém. Observemos as
Ferramentas de Trabalho do Gólgota,
o Monte das Caveiras: as Provas, a
Cruz, os Cravos, a Lança, a Vara com
a Esponja embebida de vinagre e fel,
as Caveiras aos Pés da Cruz, o Pano
de Verônica, a Escada do Galo da
Paixão, a Coroa de Espinhos, o Látego com que Jesus fora flagelado, o Martelo que
golpeia os Cravos.

O mundo deve aprender a manejar essas ferramentas do Trabalho do Gólgota, o


Iniciado deve aprender a maneja-las se é que quer chegar a Cristificação. Assim,
pois examine vocês toda a simbologia do Calvário: Aqui não há belas teorias,
aqui há apenas um sacrifício sangrento. Se desejam a autorrealização teorizando
formosamente, obviamente irão pelo caminho do erro e fracassarão, infelizmente

Paixão e Morte de Jesus

Qual o significado desse Mistério de Paixão e Morte referente à Semana


Santa? O que é a Paixão referida aqui? E o que é esta Morte assinalada nesse
período? Quem vive o Drama de paixão e morte? Somente Jesus? Ou todos nós
também o vivemos em algum aspecto em nossa jornada espiritual? Qual a razão de
Jesus ter passado por todo esse Drama?

Qual o ensinamento silencioso que está sendo passado com todas as cenas
que são mostradas nessa caminhada realizada por este grande Mestre? Carregar uma
Cruz? Qual o significado oculto por trás desta cena? Ser humilhado pela multidão que
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pede a crucificação de uma pessoa que representa Deus? Qual o sentido esotérico

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de tudo isso? Qual a mensagem passada para cada um de nós presente em todo esse
drama?

Quando vemos Jesus levando a sua Cruz para ser crucificado vemos que
nessa jornada está representado o Drama que devemos viver dentro de nosso mundo
interior. Este grande Mestre está nos ensinando os passos de como realizar a Obra
Espiritual.

Quando falamos de Jesus Cristo, cabe ressaltarmos que a palavra Cristo


refere-se a uma força Divina. Esta força é a vida e a substância que anima tudo que
há. É Deus dentro do homem. E essa força está latente dentro de cada um de nós
esperando ser germinada.

Na história da humanidade existiram vários sábios que se integraram com esta


força por meio de uma transformação e regeneração interior. E Jesus foi mais um
desses grandes seres que atingiu a perfeição através de uma mudança de
comportamento e regeneração interna, culminando o seu trabalho espiritual com a
integração desta força Cristo dentro de si.
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O Drama de Paixão e Morte é a representação da jornada espiritual que temos


que percorrer para que também possamos nos integrar com esta Força. Aos que
desejam estudar mais acerca dessa temática, nos capítulos 18 e 19 do Evangelho
de João encontramos a narrativa da Paixão e Morte de Jesus na íntegra.

A Gnosis nos ensina que temos que eliminar de nosso interior todos os
defeitos que temos. Os vários defeitos que possuímos nos faz pessoas inconstantes,
egoístas, escravas de falsos conceitos e vítimas das circunstâncias. E é esse conjunto
de defeitos presente em nosso interior que representa a “Paixão”, o Ego que
carregamos dentro. Esses defeitos são representados no Drama da Semana Santa
pela multidão que pede a crucificação de Jesus. E assim acontece dentro de nós, pois
os nossos defeitos pedem a crucificação de nosso Cristo Íntimo, da divindade que
temos latente em nosso interior.
A “Morte” neste Drama significa
o papel que temos de eliminar todos
os defeitos psíquicos que temos para
nos integramos com a Divindade que
possuímos – o nosso real SER. Drama
este que temos que viver a cada dia,
para buscar a real mudança dentro de
nós. Dessa forma, aprendemos a não
reagir e não nos identificar com os
problemas diários.

Assim, fica claro porque Jesus levava a sua cruz sem reclamar e sem
questionar diante aos insultos que eram direcionados a ele. Reclamar e esbravejar de
tudo aquilo que sofremos seja por causa de uma situação financeira, familiar ou diante
da ofensa vinda do outro, somente faz com que alimentemos os egos e assim os
eventos voltam a ocorrer. Até que tiremos todo o sumo de aprendizado que tivermos
que ter para nosso crescimento.
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“Pai, nas tuas mãos confio o meu espírito”. Quando essa grande palavra é
dita, nada além de raios e trovões será ouvido no meio de grandes cataclismos
interiores. Uma vez que esta Obra do Espírito seja realizada no corpo, o Cristo ou o
Crestos, o Christus, Vishnú, que entra em seu túmulo místico, serão depositados. E
digo em nome da Verdade e da Justiça que, no terceiro dia, após o terceiro ato, ele
será ressuscitado, ressuscitado no iniciado, para transformá-lo em uma criatura
perfeita.
Samael Aun Weor

Quem Somos?
O Instituto GNOSIS BRASIL é uma organização sem fins lucrativos baseada nos
ensinamentos gnósticos deixados pelo V.M. Samael Aun Weor, a partir da
segunda metade do século XX. Fazemos parte da Federação Internacional
Gnóstica e estamos presentes em mais de 30 países no mundo, com destaque à
América Latina, especialmente na Colômbia, Venezuela, Argentina, e Brasil.
Temos sedes em países como Estados Unidos, Canadá, México, Chile, Paraguai,
Uruguai, Espanha, França, Itália, entre outros. No Brasil contamos com 110
centros de estudos, distribuídos por todos os estados brasileiros.
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