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Espírito de Verdade

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Legenda: ‘ :Textos livros


: Comentário pessoal

Texto Evangelho Segundo o Espiritismo – capítulo VI – O Cristo Consolador

Consolador prometido

3. Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de
que fique eternamente convosco: – O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e
absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. – Porém,
o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará
recordar tudo o que vos tenho dito. (S. JOÃO, 14:15 a 17 e 26.)

4. Jesus promete outro consolador: o Espírito de Verdade, que o mundo ainda não conhece, por não estar maduro
para o compreender, consolador que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para relembrar o que o Cristo há
dito. Se, portanto, o Espírito de Verdade tinha de vir mais tarde ensinar todas as coisas, é que o Cristo não dissera
tudo; se ele vem relembrar o que o Cristo disse, é que o que este disse foi esquecido ou mal compreendido.

Interessante notar nas palavras de Cristo “...eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que
fique eternamente convosco...”, outro Consolador e também que fique eternamente convosco; entendo que o
Consolador não é o Cristo; também diz “...O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e
absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós...”

Revista Espirita 1868 – Fevereiro – Os Messias do Espiritismo

Se o Messias de que falam essas comunicações não é a personalidade de Jesus, é o mesmo pensamento. É aquele
que Jesus anunciou, quando disse: “Eu vos enviarei o Espírito de Verdade, que deve restabelecer todas as coisas”,
isto é, reconduzir os homens à sã interpretação de seus ensinamentos, porque ele previa que os homens se
desviariam do caminho que lhes havia traçado.

Aliás, era preciso completar o que então não lhes havia dito, porque não teria sido compreendido. Eis por que uma

multidão de Espíritos de todas as ordens, sob a direção do Espírito de Verdade, veio a todas as partes do mundo e
a todos os povos, revelar as leis do mundo espiritual, cujo ensino Jesus havia adiado, e lançar, pelo Espiritismo, os
fundamentos da nova ordem social.

Quando todas as bases estiverem postas, então virá o Messias, que deve coroar o edifício e presidir à reorganização,
auxiliado pelos elementos que tiverem sido preparados.

Mas não creiais que esse Messias esteja só; haverá muitos que abraçarão, pela posição que cada um ocupará no

mundo, as grandes partes da ordem social: a política, a religião, a legislação, a fim de as fazer concordar com o
mesmo objetivo.

Além dos Messias principais, Espíritos de escol surgirão em todas as partes e que, como lugar-tenentes animados
da mesma fé e do mesmo desejo, agirão de comum acordo, sob o impulso do pensamento superior.

Lacordaire – Paris, 1862

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Grifei alguns trechos por serem muito interessantes e diz num dos trechos “...Além dos Messias principais...”; pode
nos levar a interpretação de que Jesus é um desses Messias, assim como o Espirito de Verdade ( atentar para as
palavras do texto “...não é a personalidade de Jesus, é o mesmo pensamento...”).

Abaixo anexo um trecho do texto Exilados da Capela de Edgard Armond – capítulo XVIII – Os quatro povos

Como narra Emmanuel:

- "Tendo ouvido a palavra do Divino Mestre antes de se estabelecerem no mundo, as raças adâmicas, nos seus
grupos isolados, guardaram as reminiscências das promessas do Cristo, que, por sua vez, as fortaleceu no seio das
massas, enviando-lhes, periodicamente, seus missionários e mensageiros"

Sim: Rama, Fo-hi, Zoroastro, Hermes, Orfeu, Pitágoras, Sócrates, Confúcio e Platão (para só nos referirmos aos mais
conhecidos na história do mundo ocidental) ou o próprio Cristo planetário em suas diferentes representações
como Numu, Juno, Anfion, Antúlio, Krisna, Moisés, Buda e finalmente Jesus, esses emissários ou avatares crísticos,
em vários pontos da Terra e em épocas diferentes, realmente vieram, numa sequência harmoniosa e uniforme,
trazer aos homens sofredores os ensinamentos necessários ao aprimoramento dos seus espíritos, ao alargamento
da compreensão e ao apressamento dos seus resgates, todos falando a mesma linguagem de redenção, segundo a
época em que viveram e a mentalidade dos povos em cujo seio habitaram.

Quando eu li os Exilados de Capela, fiquei curioso a respeito do “Cristo Planetário” e também da informação
colocada pelo Edgard conforme o texto acima. Procurei na Internet por este termo e entre diversos links que dizem
mais ou menos a mesma coisa, achei este q ue me trouxe uma informação aparentemente mais completa, a meu
ver.

Deixo ao encargo dos amigos toda e qualquer interpretação, discussão, etc.

“Cristos são os espíritos que ao longo da jornada evolutiva atingiram tal nível evolutivo que não possuem mais corpos
com princípio material, ou seja, corpos materiais ou semimateriais, como por exemplo, o perispírito ou ainda em
estudos mais aprofundados dentro do espiritualismo, os corpos astral e mental inferior, ambos conhecidos como
"corpos inferiores" por ainda possuírem princípio material na sua contextura.

Os Cristos são espíritos que se manifestam apenas com corpos superiores, ou seja, corpos formados pelo fluido
universal, são espíritos que não podem mais encarnar, não podem mais ficar circunscritos a corpos materiais ou
semimateriais, em suma, não possuem mais perispírito.

Considerando essa definição, facilmente concluímos que Jesus não atingiu ainda o patamar de Cristo, patamar esse
que o Messias assim como todos nós um dia atingiremos na jornada evolutiva. Jesus encarnou há aproximadamente
2 mil anos, ou seja, pouco tempo atrás ainda podia manifestar-se em um corpo físico e ainda manifesta-se com um
perispírito, ou seja, em um corpo semimaterial.

Jesus certamente é o governador da Terra, quem dirige e organiza junto com consciências superiores os diversos
ciclos e processos evolutivos da humanidade terrestre. Entretanto, quem sustenta energeticamente a vida no planeta
e permite toda a renovação energética na Terra, mantendo a capacidade vital nas diversas dimensões ou planos
existentes no planeta, assim como os ciclos vitais dos seres e dos ecossistemas são as entidades conhecidas como
Cristos.

Incontáveis espíritos deste quilate evolutivo unem-se ao redor do planeta, em planos superiores e irradiam sua
energia e sua força mental para dentro do planeta, criando no centro da Terra a egrégora vital que sustenta todo o
Globo e que é conhecida por muitos médiuns como "O Cristo" ou a entidade que sustenta a vida no planeta.

Através dessa egrégora é que a Terra recebe o fluido universal que desce vibratoriamente da Fonte, emanado por
Deus e que chega após inúmeras reduções aos Cristos planetários da Terra, que, por sua vez, são ajudados pelo
governador da Terra (Jesus) e seus milhões de prepostos que atuam nos planos mais densos, como o físico, o astral e
também o mental

Mas esses inúmeros Cristos planetários ainda não atingiram o ápice da sua evolução, mesmo organizando-se em
poderosas egrégora que trabalha pelo planeta, pois existem ainda acima dos chamados Cristos Planetários os Cristos

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Solares, que cuidam da manutenção da vida em sistema planetários inteiros, acima destes os Cristos Galácticos que
cuidam da manutenção da vida em galáxias inteiras e ainda mais acima os Co Criadores Divinos, que com a sua mente
vigorosa abarcam todo o Universo e conseguem "enxergar" a face de Deus.

Jesus caminha evolutivamente para um dia alcançar o patamar de um Cristo Planetário, estágio que nós também um
dia nós alcançaremos, mas o Messias que encarnou como homem há poucos séculos ainda está muito longe de atingir
o nível de um Cristo Planetário e mais ainda de um Cristo Solar, sendo compreensível que nós cristãos e entre eles os
espíritas, o enxerguemos como supremo modelo a ser seguido e sem dúvida, foi o espírito mais evoluído a encarnar
na Terra, mas muito distante do nível evolutivo de incontáveis espíritos que vivem e trabalham dentro do nosso
sistema solar.”

Espero que tenham achado útil esta informação (acima).

Revista Espírita 1867 – Setembro – Caráter da Revelação Espírita (viria a ser o 1º capitulo de a Gênese)

26. – Entretanto, o Cristo acrescenta: “Muitas das coisas que vos digo ainda não as compreendeis e
muitas outras teria a dizer, que não compreenderíeis; por isso é que vos falo por parábolas; mais
tarde, porém, enviar-vos-ei o Consolador, o Espírito de Verdade, que restabelecerá todas as coisas e vo-las explicará
todas.”
Se o Cristo não disse tudo quanto poderia dizer, é que julgou conveniente deixar certas verdades na
sombra, até que os homens chegassem ao estado de compreendê-las. Como ele próprio o confessou,
seu ensino era incompleto, pois anunciava a vinda daquele que o completaria; previra, pois, que
suas palavras não seriam bem interpretadas, e que os homens se desviariam do seu ensino; em suma,
que desfariam o que ele fez, uma vez que todas as coisas hão de ser restabelecidas: ora, só se restabelece
aquilo que foi desfeito.
27. – Por que chama ele Consolador ao novo messias?
Este nome, significativo e sem ambiguidade, encerra toda uma revelação. Assim, ele previa que os
homens teriam necessidade de consolações, o que implica a insuficiência daquelas que eles
achariam na crença que iam fundar. Talvez nunca o Cristo fosse tão claro, tão explícito, como nestas
últimas palavras, às quais poucas pessoas deram atenção bastante, provavelmente porque evitaram
esclarecê-las e aprofundar-lhes o sentido profético.
Espero que as informações acima possam ajudar à questão de Jesus, Espírito de Verdade e o
Consolador.
Obrigado
José Carlos

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