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Agradecimentos
Minha gratidão a todos os amigos que influenciaram minha iniciação espiritual, os quais
seriam impossíveis de enumerar, embora estejamos todos ligados pelo pensamento e, em
especial, ao nosso inesquecível Francisco Candido Xavier, a quem tanto devemos.
Prefácio
Há cerca de dois mil anos, quando arquitetava a formação do grupo mais chegado que o
seguiria, Jesus resolveu escolher, dentre os homens simples da região da Galiléia, onze dos
seus doze apóstolos, à exceção de Judas que era originário da Judéia — região da qual
surgiram os homens mais ilustres de Israel.
Com o desenvolvimento do apostolado, outros homens e mulheres da Galiléia foram se
aproximando de Jesus, tornando-se seus discípulos. Se os primeiros formavam um grupo mais
fechado de doze, estes últimos representavam mais de uma centena de pessoas que
costumavam seguir o Mestre amado sempre que lhes era possível.
Foram tempos maravilhosos, porém, difíceis. Conviver com alguém que, apesar de humano,
apresentava um comportamento celestial, era aspecto até então desconhecido para os que
tiveram o privilégio de tê-lo por perto nas estradas do aparente destino. Por curta que tenha
sido a convivência, muito foi semeado pelo Mestre naqueles que o rodeavam.
E por ser ele quem cultivou, com o próprio suor, as terras áridas dos nossos corações, e com a
habilidade amorosa que marcava as suas atitudes plantou diversas sementes que, conforme
fossem adubadas pelo esforço e méritos pessoais, a seu turno, começariam a produzir frutos
esclarecedores.
Estes ajudariam a compor o quadro maior da sua intenção de deixar como legado uma
súmula cósmica, possível de ser entendida por qualquer ser humano, porque entronizava o
amor como a Lei maior a ser vivenciada.
Ao longo das vidas, trabalhos substanciais já foram feitos pelos discípulos daquela primeira
hora. Contudo, vivemos agora a última hora, antes da renovação dos tempos, e urge, portanto,
mais uma vez, que os trabalhadores bem intencionados dediquem o melhor dos seus esforços
para facilitar a compreensão dos que vivem neste mundo, quanto aos aspectos daqueles dias,
pois que, ainda não compreendidos.
O apóstolo João costumava dizer, em conversas com alguns dos discípulos do Mestre
amado — que após a crucificação passaram a seguir João — que não seria possível, por mais
que fosse registrado, narrar tudo o que Jesus havia feito em tão pouco tempo de ministério
público. Na verdade, deixou essa observação registrada no seu próprio evangelho, como se a
apontar para a posteridade, o contínuo e necessário esforço no campo do esclarecimento em
torno de Jesus e do seu legado.
É nesse contexto que a presente obra se insere.
Aqui está ofertado mais um painel sobre o Mestre Jesus e as circunstâncias que o envolveram,
ao longo da sua passagem por este mundo. Que possa, pois, alimentar os nossos espíritos, na
necessária e sempre renovada reflexão sobre o Amigo Maior.
Introdução.
O conteúdo deste livro é provocador. Trata-se de instigante desafio para as mentes de tantos
quantos se encontrem livres de compromissos religiosos e de algemas limitadoras do
pensamento, a ponto de querer buscar outras respostas para antigas perguntas, guardadas, de
forma simbólica ou dogmática, pela tradição cristã.
Seu conteúdo, tenta desmistificar dogmas evangélicos e interpretar alegorias nele narradas a
luz da razão, baseando-se em revelações espirituais fidedignas consoantes com as hipóteses
científicas, mostrando novos cenários que permitem ver Jesus com outros olhos.
O mundo intelectual de hoje é formado por universos de informações complexas. Raras são
as doutrinas, com capacidade de penetrar no inconsciente coletivo ao mesmo tempo em que
satisfazem a razão, como acontece com a Doutrina formulada pelos Espíritos e codificada pelo
emérito professor francês Rivail, aliás, Allan Kardec, mais tarde suplementada pelas obras
recebidas pela incólume psicografia do reconhecido médium brasileiro Francisco Candido
Xavier, mais conhecido como Chico Xavier.
Alem destas obras, existem outras tantas, que inspiradas pelo mundo maior constitui o
Espiritismo, ou o conhecimento da vida dos espíritos, e fazem parte do processo das
revelações gradativas da espiritualidade humana consoante o desenvolvimento de todo o
conhecimento humano, para que este não se perca num labirinto de informações
desencontradas.
Os espíritos nos ensinam que se os homens de fé não acompanharem o desenvolvimento das
ciências esta caminharia sozinha, a revelia dos movimentos religiosos e, em muitos casos isto
vem acontecendo, fazendo com que o iluminismo que dirige o mundo caminhe a frente do
sentimento religioso, quando na realidade ambos deveriam crescer juntos.
Como todos sabemos dogmas e alegorias sem significado na vida real não aceleram o
progresso do conhecimento nem ampliam a consciência das criaturas para o melhor
desempenho do seu papel na existência terrena. É que nos evangelhos a vida espiritual e
cósmica anunciada por Jesus ficou eclipsada pelos interesses imediatistas dos homens.
Por estas razões, damos ouvidos aos preciosos avisos de Jesus, quando disse que se o sal não
salgar todo o alimento este ficaria sem sabor e, se o fermento não levedar a massa toda ela
não cresceria. – Ide, pois, e pregai, dizendo que é chegado o reino dos céus.
Em obediência às recomendações dos espíritos, optamos, na composição deste livro, em
não nos omitirmos, frente às novas idéias que se evidenciam no campo da pesquisa e da
investigação, na certeza de que, o mal não cresce só com a ignorância, mas também com o
comodismo e incessantemente buscamos associar os avanços tecnológicos ao conhecimento
doutrinário, ressaltando-lhes o sentido de evolução e de amor.
Com este objetivo, compusemos este livro como um documentário endereçado indistintamente
a todos, que se encontram prontos a pesquisar o evangelho por outro prisma, mesmo correndo
os riscos da incompreensão.
Neste estudo investigamos as causas ou motivos, que levaram a História a transformar alguns
dos reais eventos bíblicos em relatos alegóricos ou dogmas inexplicáveis; e ainda, especular o
porquê de alguns eventos a respeito da vida de Jesus, relatados no livro sagrado, foram
interpretados como milagres, ficando sem sustentação no raciocínio e na lógica.
Partindo do princípio que premissas erradas levam a conclusões erradas, chegaríamos a
conclusão de que ou os evangelhos mentiram ao retratar alguns fatos, levando os estudiosos
às mais dispares e inconseqüentes buscas pela verdade, ou então, os relatos são autênticos,
mas as interpretações ainda não atingiram o ponto de satisfazer a inteligência do homem
moderno.
Assim sendo, reunimos informações por meio de pesquisas em diversas fontes, a respeito da
evolução da vida no planeta, procurando conciliá-las com as revelações trazidas pelos
espíritos. À luz dessas informações interpretamos os fenômenos evangélicos, objetivando a
unificação conceitual que servirá de base, aos esforços de quantos estejam buscando respostas
diferentes para os fatos obscuros ou fantásticos da revelação Cristã.
Não se trata, pois, de fazer sincretismo de credos, mas sim, de provocar novas ilações acerca
dos fatos narrados no evangelho aceitos como reais, frente a novas descobertas cientificas,
antes inexistentes ou ignoradas.
Não se teve a intenção de dar a última palavra, nem tão pouco fazer polêmica. Seria
arrogância e demasiada pretenção achar que possuímos alguma verdade desconhecida o que
seria um absurdo imperdoável.
No entanto, temos a certeza de que se deixássemos esparsas as informações existentes, elas só
serviriam para alimentar facções e ódio, de um grupo contra outro que se acham detentores da
verdade, quando, no fundo temos plena ciência de nada sabermos.
Trabalhamos, assim, no sentindo da conciliação e da fraternidade, embora reconheçamos ser
este um esforço complicado, sujeito a interpretações dúbias.
Pedimos aos leitores, a caridade de não julgar as deduções contidas neste livro como
afirmações doutrinárias, pois tratam se apenas de insinuações resultantes de pesquisa e
investigação, naturalmente imperfeitos.
Neste ensaio sugerimos possíveis respostas a partir da associação de novas idéias, que podem
fomentar novas reflexões que satisfaçam as necessidades do homem mais bem informado
deste nascente terceiro milênio.
Enfatizamos que as afirmações contidas neste livro a respeito das interpretações religiosas já
conhecidas, não são críticas e nem mesmo refletem a opinião pessoal do autor desta obra, pois
todas as religiões merecem o maior respeito. São sim, apenas referencias a acontecimentos do
passado histórico, registrado por outros autores, e que, fazem parte do nosso próprio passado.
Este livro não se destina exclusivamente aos espíritas, mas a todos que se acham partícipes de
algo maior que a nossa restrita existência neste mundo, motivo pelo qual desejamos contribuir
para a expansão da consciência espiritual dos leitores, não nos importando sua forma de
raciocínio religioso, filosófico ou materialista, e procurar construir conceitos que não venham
a ferir sentimentos e crenças pessoais.
Quisemos, ainda, sacudir a rotina em que muitos movimentos religiosos mergulharam,
acomodados que ficaram ao status quo adquirido, o que já não condiz com a realidade do
conhecimento atual; embora não estejamos certos de sermos ouvidos e compreendidos.
Paciência, nem Jesus conseguira, há seu tempo...
Convém ressaltar que este volume dedica-se exclusivamente a focalizar os conceitos
transcendentais que envolvem a personalidade incrivelmente atual de Jesus, o Mestre Divino,
o Enviado de Deus, não sendo, portanto, uma revisão histórica nem dos evangelistas nem dos
livros considerados sagrados.
Os primeiros capítulos nos remetem à gênese planetária, tão somente com o objetivo de
encontrar o papel que Jesus teria desempenhado no processo de criação, antes da
concretização propriamente dita, de acordo com as revelações espirituais.
Explicações complementares
Em parênteses queremos ressaltar que ao fazermos esta edição para ebook, atualizada e
revista, à luz das revelações mais recentes advindas depois da publicação da primeira edição,
em 2006, sentimos a necessidade de fazer um briefing introdutório, a fim de dar melhor
consistência e embasamento ao texto anterior.
O que se revelou agora é uma versão gnóstica da criação diante do contexto científico atual de
multiversos ou universos paralelos e não apenas de um único universo, respaldada pelos
tratados de evangelhos perdidos que foram achados em Nag Hammadi, no século passado.
Neste contexto, a criação deste universo em que vivemos é apenas um apêndice mal feito de
outro universo do qual este surgiu pela força de vontade de uma divindade pertencente àquele
universo. (a árvore da vida, Alfredo Nahas)
A divindade que a engendrou esta obra cometeu erros de cálculo na formulação da matériae o
que era para ser algo menor e restrito dentro de um ambientemais sutil, adquiriu densidade e
peso especifico insuportável para a realidade na qual foiconcebido.
A criação indevida caiu para fora, como um apêndice abaixo do seu universo de origem e ao
cair no vazio, explodiu gerando uma nova criação no espaço recém-criado.
A explosão fez com que a matéria se dispersasse expandindo descontroladamente o espaço
rarefeito no qual surgiu..
Este processo iniciou-secom o big ban, no ponto que se tornou o centro deste universo, há 13,8
bilhoes de anos luz de distancia da Terra..
O criador, ao ver que o universo que ele criou explodiu e saiu de controle mergulhou ou caiu
dentro de sua obra para tentar sustar a expansão descontrolada que houve mas, ficou
aprisionado no universo em crise que surgiu da sua criação.
No processo desencadeado, o espírito do criador, a centelha divina do Pai, separou-se do seu
ego astral aprisionado na obra em decomposição e voltou para seu universo de origem.
Desta separação pressupõe-se o criador do universo que ficou aqui aprisionado é, na
realidade,apenas um ego dotado de um corpo mental que existe, no intuito de controlar a obra
descontrolada. Ou seja, o ego do criador ficou aqui tentando controlar a obra a partir de si
mesmo, porém, alienado do seu espírito,
O universo assim surgido não pode mais ser recuperado ou destruído sem destruir com ele o
corpo astral do criador nele aprisionado. Era preciso controlar o universo para libertar seu
ego, para que ele se reunisse de novo ao seu espírito ou, então, esperar o universo se
estabilizar, quando,, então, seu espírito poderá voltar para assumir o comando do seu ego e
conduzir o universo.
A energia começou a se expandir para mais longe daquele ponto e começou a formar sistemas
e galáxias em tempos distintos cada vez mais distantes, ficando as mais antigas mais perto do
centro do universo e as mais recentes mais distantes daquele ponto.
Para tentar controlar o processo de energias desencadeadas o ego do criador decaído começou
a criar, a partir do seu DNA, seres biológicos astrais feitos a sua imagem e semelhança, para
tentar estabilizar cada sistema novo que se formava a partir do plano astral.
Neste sentido, as formas de vida que surgiram no universo em expansão que resultou da
criação desta divindade decaída, alienada do seu espírito, é apenas uma máquina de geração
espontânea, reprodutora hermafrodita de seres biológicos, semelhante a um grande
computador cósmico, operado por sistemas automáticos.
Entretanto, outras divindades também mergulharam neste universo imperfeito e de futuro
incerto para tentar ajudar o criador a controlar sua obra.
Estabeleceu-se um conflito entre divindades propondo soluções diferentes para redefinir e
reorganizar o universo, até então comandado por um ego idolatra, sem essência espiritual, que
criava e se multiplicava sem parar.
Desta dissenção de poder controlador, as divindades também começaram a criar deuses
menores na tentativa de por ordem no caos que se estabeleceu no plano astral do universo.
Estas entidades distintas atuaram na esfera semimaterial deste universo por bilhões de anos,
conforme registram as diversas mitologias, guerreando entre si pela dominação da matéria,
mas, desgastaram suas forças sem conseguir conter as forças telúricas desencadeadas para
dar estabilidade ao universo.
Devido ao fracasso da tentativa de controlar o universo a partir do plano astral, as entidades
que vieram de fora também foram decaindo vibratoriamente até surgirem aprisionadas na
superfície dos planetas, materializados junto com os seres biológicos.
A encarnação na matéria passou a ser o destino das entidades astrais decaídas do seu estado
de semideuses, para surgirem encarnados em corpos fisiológicos, autodestrutíveis, nos quais
passaram a criar espécies distintas, na tentativa de dominar as demais espécies pré-existentes.
O universo se desenvolveu de modo inteligente, mas sem consistência, por que não
contemplou a existência de espíritos nas suas entranhas.
Assim sendo, por faltar nele o elemento espiritual aglutinador e os cuidados do amor, o
universo continuou a replicar a criação até que se encontre uma fórmula para estabilizá-lo.
Neste contexto, os seres que habitam os planetas mais recentes, como a Terra, que está na
periferia do universo, distante do seu centro, são os que ficaram mais vulneráveis às
influencias dos seres criados pelas divindades e sofreram mais enxertias genéticas sejam por
mistura de genes de divindades diferentes como de cruzamento de raças originárias de
mundos mais antigos onde habitavam seres biológicos mais evoluídos de acordo com os
padrões das divindades decaidas.
Desta configuração, os seres biológicos semeados nos planetas situados na periferia do
universo são aqueles que menos sofrem a influencia da força dos genes originais do criador,
em virtude do fato de que as criações mais recentes são aquelas que são mais manipuladas por
outras divindades que atuam no universo.
Estes cenários de lutas e trabalho foram descritos nas mitologias dos povos antigos e agora
resgatados e reordenados por Jan Val Ellam.
(o livro dos vedas e os upanishades hindus, o livro egípcio dos mortos, o crepúsculo dos
deuses de Erick von Danniken; o ciclo dos deuses de Bernard Werber)
Entretanto, o Pai Celestial, criador de todos os espíritos, não abandona nenhum de seus filhos,
e sempre ajudou o criador deste universo a consertar sua obra.
Para isto, enviou espíritos recém-criados, ou seja, centelhas divinas filiais Dele, para habitar
os corpos clonados do criador material e de outras divindades, com a missão de ajudá-los a
dar sentido às suas existências, a fim de tentar consertar a obra a partir das criaturas e não
das divindades.
As criações biológicas passaram a receber espíritos que nelas se acoplaram donde surgiram as
primeiras organizações e sociedades de espíritos encarnados, adquirindo tecnologias
avançadas advindos da suprema inteligência do criador, sempre no intuito de controlar as
demais formas de vida neles surgidas.
Neste processo o espírito do criador, que havia se afastado do seu ego no inicio da criação,
também mergulhou neste universo a fim de conduzir o trabalho dos espíritos enviados pelo Pai
Celeste que para aqui vieram encarnar nos seres biológicos da criação clonada feita pelo seu
ego.
Sendo a Terra um planeta novo e os seres aqui residentes estarem semiconscientes permitiu a
Jesus semear neles genes mais sutis e delicados, diferentes dos genes endurecidos e frios do
criador material, presentes nos seres extraterrestres habitantes dos mundos mais
desenvolvidos que existiam bilhões de anos antes da Terra surgir.
O experimento visava gerar, a partir da Terra, um ser pensante que poderia mantar contato
com as esferas superiores do mundo espiritual e assimilar as virtudes e qualidades espirituais,
sobretudo do amor, em sua alma, para ser levado a sociedade e depois ao restante do universo.
Só depois que semeou genes fisiológicos mais sutis e influenciáveis é que Jesus projetou sua
encarnação na Terra para semear as faculdades espirituais e as virtudes do amor ainda
inexistentes neste universo super inteligente que o criador originou.
Somente encarnado no planeta Jesus poderia fazer esta semeadura de amor gerando um novo
estilo de vida que poderia modificar o modo inteligente, porém, sem futuro que o universo
vinha sendo administrado.
Para isto, Jesus encarnou naTerra num outro corpo gerado em outra realidade, onde seria
possível ensinar as leis evolutivas do amor aos seres ainda insipientes contagiando as
divindades ou anjos caídos que aqui foram exilados.
O amor seria o fertilizante para despertar os espíritos que estavam adormecidos nos corpos dos
clones e dos seres biológicos aqui viventes podendo desenvolver outras faculdades, como as
mediúnicas, por exemplo, que permitem estabelecer contato espiritual com o reino celeste,
criando assim um canal de comunicação entre universos e realidades diferentes desta que está
condicionada a existir sempre da mesma forma inteligente, porém sem visão espiritual.
A terra se tornou o celeiro destas espécies diferentes, que foram se aperfeiçoando de acordo
com a evolução decorrente da habilidade de pensar e sentir, a fim de tentar constituir uma
sociedade baseada no amor.
Estes seres humanizados acabaram por chamar a atenção do criador por instituir formas de
tratamento e comportamento incondizentes com a rigidez de suas determinações no espaço
que visavam controlar o universo através da força mental dos seus clones.
Só depois de convencer o criador das possibilidades evolutivas do amor Jesus poderia
reaacoplar seu espírito ao seu ego criador e governá-lo, para solucionar os problemas desta
absurda realidade cósmica.
Percebendo que seu espírito estava se situando nas cercanias da Terra o criador saiu do
centro do universo e veio se instalar nas cercanias da Terra nas bordas do universo, para
observar o trabalho dos espíritos encarnados, cuja vida amorosa semeada pelo espírito crístico
distoava do restante do universo.
Estava em curso um programa de rebeldia do amor contra as leis do criador, mitificadas na
história de Adão e Eva, que o criador gostaria de estancar.
Porém ao longo dos milhões de anos decorridos o processo de controlar a obra universal e
sustar os processos de rebeldia, acabou por esgotar também as forças do criador Javé
chegando aos tempos em que vivemos, quando o criador reconhece sua falência e
incapacidade de continuar no comando das entidades que ele criou para fazer cumprir as suas
leis materiais, entregando-se ao socorro e auxilio espiritual.
Estando o Cristo, espírito cósmico do criador próximo do seu ego demoníaco alienado, acham-
se ambos em crise existencial a fim de encontrar um meio de se entenderem quando ao
sistema que deve vigorar na Terra, antes de ser levado para o restante do universo.
O regime escolhidoserá replicado no futuro, para todo o universo anteriormente criado, até o
centro deste.
Há por isto um conflito de autoridade neste universo entre o modo autoritário e determinístico
com que o ego do criador e seus clones governam o mundo, ao contrário daquele modo de
pensar e sentir apresentado pelos espíritos guiados pelo amor do Cristo divino que para aqui
vieram a fim de ajudar o criador.
Assim sendo, é desta reintegração do espírito lúcido do Cristo com o seu próprio ego cego para
recompor a divindade criadora original, é que pode surgir um governo conjunto com outras
divindades para orientar os espíritos do Pai aqui encarnados a fim de fazer surgir uma nova
realidade para o universo em expansão desordenada e este é um dos aspectos de que trata a
revelação cósmica.
Até que esta reintegração se consuma, convém refletirmos sobre os acontecimentos que
marcaram o desenrolar teológico no ocidente e possamos compreender os equívocos impostos
pela religião dominante, a fim de abarcar a teologia oriental em consonância com a
atualização científica, de multiversos.
Nosso objetivo é tentar esclarecer o papel das divindades na criação deste universo, a fim de
descobrirmos quem somos nós os espíritos que aqui nos encontramos, se somos espíritos novos
recém-criados pelo Pai, simples e ignorantes, ou, se somos espíritos muito antigos que já
vivemos em muitos outros orbes onde o amor não havia chegado ainda e aqui viemos banidos
pelo criador para colonizar a Terra ou, ainda, se somos divindades caídas que fracassaram no
plano astral, e aqui buscamos nossa redenção.
Só assim podemos compreender e decidir o papel que nos cabe desempenhar no contexto
futuro do universo e nos tornarmos agentes da mudança e do progresso espiritual na solução
dos problemas do mundo em que vivemos e por consequência, a partir daqui, do universo todo.
Assim sendo procuremos nos situar na história ocidental depois do advento de Jesus e de
como os acontecimentos e as circunstancias religiosas deturparam ou modificaram as
verdades celestes semeadas por Jesus em nossos espíritos.
O PRAZER DE SERVIR - Gabriela Mistral
"Toda a natureza é um anelo de servir.
Serve a nuvem, serve o vento, serve a chuva.
Onde haja uma árvore para plantar, planta-a tu;
onde haja um erro para corrigir, corrige-o tu;
onde haja um trabalho e todos se esquivem, aceita-o tu.
Sê o que remove a pedra do caminho, o ódio entre
os corações e as dificuldades do problema.
Há a alegria de ser puro e a de ser justo;
mas há, sobretudo, a maravilhosa,
a imensa alegria de servir.
Que triste seria o mundo se tudo se encontrasse feito,
se não existisse uma roseira para plantar, uma obra para se iniciar!
Não te chamem unicamente os trabalhos fáceis.
É muito mais belo fazer aquilo que os outros recusam.
Mas não caias no erro de que somente há méritos
nos grandes trabalhos; há pequenos serviços
que são bons serviços;
adornar uma mesa arrumar teus livros,
pentear uma criança.
Aquele é o que critica;
este é o que destrói:
sê tu o que serve.
O servir não é faina de seres inferiores.
Deus que dá os frutos e a luz, serve.
Seu nome é: "Aquele que serve".
Ele tem os olhos fixos em nossas mãos e
nos pergunta a cada dia: Serviste hoje?
A quem? A arvore? A teu irmão? A tua Mãe?”.
2 - O condomínio cósmico.
As respostas às questões sobre a nossa origem extraterrestre, remetem-nos à idéia de Universo
equivalente a enorme condomínio cósmico, constituído de muitas moradas planetárias,
coexistindo e evoluindo juntas, habitadas por famílias que embora heterogêneas convivem em
harmonia e são dirigidas por leis justas e espíritos sábios.
Nesta visão poderíamos traçar grosseira analogia do Universo com os condomínios
habitacionais terrestres.
Metaforicamente, se tivermos um dos nossos condomínios, com uma comunidade já
estruturada e organizada por meio de um estututo e um regulamento interno, portanto com
um conjunto de leis que regulam a convivência entre os moradores e nesta comunidade surja
um morador desequilibrado e arruaceiro, que insista em não cumprir as regras de educação e
harmonia estabelecidas para a comunidade, prejudicando o bom andamento da vida social,
chamando a atenção dos vizinhos para seus maus hábitos, é esperado que seja advertido e até
mesmo isolado por apresentar tal comportamento.
Se mesmo assim os abusos se repetem, os vizinhos reclamam a presença do síndico, como
autoridade eleita, para estabelecer limites e medidas corretivas para este morador rebelde,
impondo prazo para seu reajustamento.
Se nem assim, o desajustado morador aceita as intervenções, continuando a se comportar de
forma imprópria e deste modo colocando em cheque a autoridade do síndico, então, decorrido
certo prazo a assembléia de moradores deve ser consultada.
A assembléia decidirá o que fazer com este condomínio por voto da maioria, punindo ou
mesmo expulsando o imprudente vizinho, o que resultará em melhoria na qualidade de vida
dos outros moradores.
Não seria isto que aconteceu com nossa estadia no planeta Terra?...
Nesta analogia, considerando que a Terra faz parte de um gigantesco condomínio cósmico,
não seremos nós, os terrestres, como aquele vizinho incômodo, que insiste em ignorar a
presença de vida nos outros mundos? Aqueles que promovem todo tipo de experiência
negativa, baseados em sua própria cultura isoladora, ignorante, dominadora, arrogante e
colonialista? Não estaríamos, desta forma, prejudicando a harmonia do conjunto habitacional
planetário da qual fazemos parte? Ameaçando novamente a paz e o progresso dos astros a que
estamos relacionados, logo agora, que estamos começando a entrar de novo nos mistérios da
criação...
Os espíritos nos informam que os seres de outros mundos que aqui aportaram conheceram da
árvore do bem e do mal, e, de certo modo isto significa que fizeram experiências de todo tipo,
inclusive genéticas, que resultaram em seres com poderes descomunais mas sem as
necessárias qualidades morais, resultando no seu exílio dos seus mundos superiores, para
evitar males maiores.
Vem daí as informações bíblicas de seres de fora que viveram junto com os autóctones da
Terra, nos primórdios da civilização, alcançando idades de mais de setecentos anos, e por isto
mesmo fizeram construções duradouras como as pirâmides para abrigar um tipo de vida tão
extenso, pois que tinham uma constituição genética mais avançada, na época, mas que
utilizadas gradativamente por espíritos grosseiros, fazendo mau uso de seus corpos, acabaram
se exaurindo em vícios, passando a ter ciclos de vida, reencarnatórios, cada vez mais curtos.
Estamos nós agora vivendo o mesmo drama, ouvimos no passado as reclamações dos nossos
vizinhos planetários, através das advertências dos seus enviados, os Profetas, Avatares e
Médiuns que transitaram pela Terra, para que nos modificássemos e nos transformássemos
em criaturas mais amorosas. E o que fizemos? Desprezamos ou dogmatizamos suas sublimes
advertências, ocultando sob símbolos, suas mensagens de renovação e mudança e progresso.
Já recebemos as leis de amor como exigência básica de Jesus, o síndico planetário, para nossa
reintegração ao Reino dos Céus, ou seja, à comunidade cósmica, em um determinado prazo.
Mas como ainda não as praticamos, é justo que soframos agora as conseqüências caso não
nos readaptemos até o final destes tempos chegados em que estamos vivendo, conforme nos
informam os mensajeiros do alto.
Por termos expulsado os profetas que por aqui passaram, crucificado o nosso síndico
planetário, e considerando que o prazo que Ele nos deu para ajustamento às leis divinas está
se esgotando; não estará agora acontecendo uma assembléia para resolver o que deve ser feito
conosco?
Não serão os sinais luminosos que se observam nos céus do nosso mundo, em todos os
quadrantes, os avisos preciosos de que estamos sendo observados e analisados, por outros
seres em suas naves, a fim de sermos selecionados com vistas a um melhor aproveitamento e
aprendizado?
Até quando perturbaremos assim o cenário da vida que nos cerca? Até quando o planeta
suportará a violência dos relacionamentos humanos, os atentados do homem contra seus
semelhantes e as agressões à natureza, destruindo seu próprio meio de progresso e elevação?
Ate quando as autoridades cósmicas tolerarão, pacientemente, nossas experiências
autodestrutivas?
Segundo nos ensinam os espíritos chegaram os tempos em que a Terra deve deixar de ser um
planeta de expiação e provas para se tornar um planeta de regeneração das criaturas que aqui
vivem. E qual a diferença que isto faz se a Terra já passou por tantos estágios evolutivos e
tantas civilizações nasceram e se consumiram nos ciclos dos séculos passados?
É que até agora, o planeta Terra, ainda muito atrasado, abriga um grupo de espíritos
primitivos, simples e ainda ignorantes e, outro grupo de espíritos inferiores ou rebeldes,
oriundos de outros planetas que não mais os puderam suportar.
Assim o planeta Terra tem servido como local de aprendizado e experiência para os grupos
selvicolas e, também, lugar de exílio, penitenciária, ou hospital, destes espíritos rebeldes, e por
ser assim, só se libertam dos seus limites vibratórios, os espíritos que melhoram sua condição
evolutiva, e por isso merecem ir para mundos superiores, ou aqueles que se regeneram o
suficiente para voltar para seus mundos mais felizes, verdadeiros paraísos perdidos, dos quais
foram expulsos.
Por isto sempre permaneciam na Terra os espíritos simples e ignorantes que recebiam por
companhia rebeldes de outros mundos, com os quais precisavam se relacionar, a fim de
aprender mutuamente com a convivência a compreender os frutos do bem.
Entretanto, o planeta está se transformando em um local de regeneração. Um mundo onde as
condições estão melhorando, seja pelas novas descobertas tecnológicas, ou pela percepção da
necessidade de melhorar a qualidade de vida, ou ainda, pelo início da busca por vida em
outras dimensões e mundos.
Um planeta regenerado acha-se naturalmente ao abrigo das autoridades cósmicas
estabelecidas, onde vigoram leis justas e equânimes para todos, onde não há privilégios nem
injustiças.
A Terra é hoje um mundo onde a Ciência e a Tecnologia podem ser usadas para ajudar o
progresso, e não apenas para servir aos interesses de alguns, podendo enfim, tornar-se lugar
de abrigo a seres mais educados, evoluídos e, portanto mais responsáveis.
A Terra deixará de ser um mundo confinado e isolado, abrindo-se gradativamente para o
intercambio com outras civilizações planetárias, isto por que seus habitantes serão seres
melhores, espiritualmente mais educados.
De agora em diante são os desajustados que devem deixar o planeta, na condição de banidos e
não mais os que se elevaram por seus méritos.
Não é por acaso que o apocalipse de João fala de uma segunda morte. Não seria a primeira
“morte” o exílio da Capela para a Terra e a segunda “morte” o banimento da Terra para
mundos ainda mais inferiores.
Imaginemos o desconforto que foi a vinda de seres evoluídos para a Terra cohabitar com seres
ainda no estagio dos primatas. E como será a vida dos sofisticados homens da Terra, ao ir
conviver com seres que ainda estão no periodo da pedra lascada, em outros mundos. Ter de
descobrir as propriedades da materia a partir da natureza, e formular leis morais de
convivência para fins de progresso destes mundos.
De acordo com as revelações espirituais, somente ficarão neste mundo os espíritos fraternos,
capazes de novos relacionamentos com diferentes comunidades universais, abertos à
assimilação de novos conhecimentos, e generosos o suficiente para ensinar suas experiências
aos outros.
Este compartilhamento de aprendizado, até então, era impedido pelos espíritos infames que
dominavam o mundo, e que mantinham todos os outros na ignorância do contato espiritual e
extraterrestre, pela imposição do medo.
Sem a presença dos espíritos inferiores, que estão sendo gradativamente retirados da Terra, o
planeta poderá ingressar em novos estágios evolutivos...
2 - DIANTE DA TERRA
Diante da luta humana, o espírito que amadureceu o coração, sente-se cada vez mais só, mais
desajustado e menos compreendido.
Por vagas crescentes de renovação, gerações diferentes surgem no caminho, impondo-lhe
conflitos sentimentais e lutas acerbas. Estranha sede de harmonia invade-lhe a alma
Habitualmente, identifica-se por estrangeiro na esfera da própria família. Ilhado pela
corrente escura das desilusões, a se sucederem, ininterruptas, confia-se ao tédio infinito,
guardando enrijecido o coração.
Essa, porém, não é a hora da desistência ou do desânimo.
O fruto amadurecido é a riqueza do futuro.
Quem se equilibra no conhecimento é o apoio daquele que oscila na ignorância. Que será da
escola quando o aluno, guindado à condição de mestre, fugir do educandário, a pretexto de
não suportar a insipiência e a rudeza dos novos aprendizes? E quem estará assim tão
habilitado, perante o infinito, a ponto de menoscabar a oportunidade de prosseguir na
aquisição da Sabedoria?
A Terra é a venerável instituição onde encontramos os recursos indispensáveis para atender
ao nosso próprio burilamento.
Milhões de vidas formam o pedestal em que nos erigimos e, alçando o grande entendimento,
cabe-nos auxiliar as vidas iniciantes, por nossa vez.
Por isso, na plenitude do discernimento, reclamamos uma fé que nos reaqueça a alma e nos
soerga a visão, a fim de que a madureza de espírito seja reconhecida por nós como o mais belo
e o mais valioso bem de nossa romagem no mundo, ensinando-nos a agir sem apego e a servir
sem recompensa.
Situados no cimo da grande compreensão, não prescindimos da grande serenidade.
Se, com o decurso do tempo, registramos o nosso isolamento íntimo, quando alimentamos pelo
ideal superior, depressa observamos a nossa profunda ligação com a humanidade inteira.
Informamo-nos pouco a pouco, de que ninguém é tão indiferente que não possa concorrer
para o progresso comum e tomamos, com firmeza, o lugar que nos compete no edifício da
harmonia geral, distribuindo fragmentos de nós mesmos, no culto da fraternidade bem vivida.
Valendo-nos da ressurreição de hoje para combater a morte de ontem, encontramos na luta o
esmeril que polirá o espelho de nossa consciência, a fim de nos convertermos em fiéis
refletores da beleza divina.
O Mundo, por mais áspero, representará para o nosso espírito a escola da perfeição, cujos
instrumentos corretivos bendiremos um dia.
Os companheiros de jornada que o habitam, conosco, por mais ingratos e impassíveis, são as
nossas oportunidades de materialização do bem, recursos de nossa melhoria e de nossa
redenção, e que, bem aproveitados por nosso esforço, podem transformar-nos em heróis.
Não há medida para o homem, fora da sociedade em que ele vive. Se for indubitável que
somente o nosso trabalho coletivo pode engrandecer ou destruir o organismo social, só o
organismo social pode tornar-nos individualmente grandes eu miseráveis.
A comunidade julgar-nos-á sempre pela nossa atitude dentro dela, conduzindo-nos ao altar do
reconhecimento, ao tribunal da justiça ou à sombra do esquecimento.
O espiritismo, sob a luz do Cristianismo, vem ao mundo para acordar-nos.
A Terra é o nosso temporário domicílio.
A Humanidade é a nossa família real.
Todos estamos destinados por Deus à gloriosa destinação
Em razão disso, Jesus, o Divino Emissário do Amor para todos os séculos, proclamou com a
realidade irretorquível: - "Das ovelhas que meu Pai me confiou nenhuma se perderá".
3 - Os sumérios
A primeira grande civilização terrena dos Capelinos foi a dos Sumérios, os quais registraram
em pedras cuneiformes sua história e a dos seus ascendentes cosmogônicos. Além de
descreverem pela primeira vez a Gênese, narraram o dilúvio universal, possivelmente a visão
espiritual que tiveram do desaparecimento da Lemúria.
É muito provável que Abraão tenha se apropriado do legado dos sumérios, o conhecimento
ancestral posteriormente inscrito por Moises na sua gênese registrando o legado capelino na
história do povo hebreu, codificados sob o romance de Adão e Eva.
Dentre as primeiras ramificações dos Sumérios surgiram os povos cuja capital era a
Babilônia, cujo primeiro rei Hamurabi entronizou o mais antigo tratado de leis disciplinares
que se tem notícias, o Código de Hamurabi, e que regulamentava o comportamento entre as
pessoas e manteve vivas as tradições dos ascendentes espirituais que os trouxeram para a
terra, revelando por estas leis que se tratava de um povo complicado e rebelde, precisando de
muita disciplina.
Este código estabelecia os princípios muito rígidos de justiça necessários para a época, cuja
máxima era o dente por dente e olho por olho, a qual mais tarde Moises incorporou ao
Judaísmo.
À medida que a população aumentava, as tribos começaram a se ramificar, dando origem às
outras raças de origem branca, ou derivadas desta, por miscigenação, do período histórico ora
conhecido.
Mas como eram geralmente espíritos muito inteligentes, porém de índole má, agrupavam-se de
acordo com suas tendências e inclinações, começando também as brigas por terras e poder
entre suas ramificações de Assírios, Babilônios e Caldeus.
Jesus então influenciou para que ocorresse a dispersão dos Sumérios, em grupos afins,
separando aqueles mais voltados para a Filosofia que iriam para a Índia, constituindo os
povos Hindus, os mais religiosos iriam para a região da palestina constituindo os povos
Judeus, os mais voltados para o uso da lógica e da razão, iriam para a Europa, e os mais
espiritualizados para o Egito.
Tal propósito atenderia a necessidade de experiência e progresso de todos, reduzindo o nível
de atrito entre as tendências de cada grupo em particular.
Tal parece ser a formula de programar as experiências enriquecedoras dos espíritos ao longo
da história. Toda vez que um grupo não consegue evoluir coeso, dá-se a sua dispersão.
Assim, não são os mundos que acabam para destruir a civilização e tão pouco é o espírito que
morre para acabar com o mal.
Em verdade, como ensina Allan Kardec, na sua Gênese, capitulo XI, quando não e possível
evoluir para o bem ou no bem, quando a inteligência predomina sem o necessário
acompanhamento moral, faz-se necessária a dispersão do povo, e a fragmentação da
sociedade, para diminuir a importância da inteligência e fazer evoluir a moral, até que ambos
evoluam juntos.
Por que é possivel evoluir em inteligência sem a evolução moral, mas quando isto ocorre há
predomínio do mal sobre o bem. Quando a moral evolui mais, há o predomínio do bem sobre o
mal. O ideal é que ambos progridam juntos.
Segundo Kardec, foi atendendo a estes princípios que ocorreram os movimentos migratórios
de um planeta para outro, e é também por esta razão, que o plano superior também promove a
união dos povos ou a sua dispersão, nos ciclos civilizatórios. Deste modo, quando estas
possibilidades se esgotam num planeta, a dispersão se dá em planetas diferentes. Foi assim
que os movimentos migratórios se sucederam de uma planeta para outro.
É talvez, por isto, que em nosso dias a possibilidade de se processar os ajustes da moral com a
inteligência estejam ficando tão difíceis, que a dispersão da humanidade terrestre esteja
começando a se dar entre planetas diferentes.
Naquela época, os Sumerios ainda puderam ser dispersos, por que o planeta ainda era
inóspito e pouco habitado, e os grupos remanescentes permaneceram ainda por muito tempo
na Mesopotâmia, fazendo surgir depois os Persas, Assírios, os Árabes, os Fenícios, e os
Cretenses. Neste ambiente surge Zaratrusta, o primeiro avatar a sinalizar para o povo sua
herança ancestral cósmica e anunciar a vinda de um Messias a unir os povos no futuro.
4 - Os hindus
5 - Os Egípcios.
Cerca de 5 mil anos antes de Cristo, começou a segunda grande migração dos Sumérios desta
vez no sentido Leste-oeste.
Este ramo era constituído dos seres mais evoluídos dentre os povos Capelinos, e que
colonizaram de modo superior às raças do norte da África, criaram um grande império, nesta
época constituído pelas terras que uniam a Europa às Américas e à África e abarcavam o
desaparecido território da Atlântida.
Curiosamente, entre as dinastias politeístas dos faraós, existiu um que se fez chamar
Akhenathon, o qual introduziu a crença num Deus único, depois de um contato inexplicado
com um disco de luz, a qual foi simbolizada num sol de adoração, ( Seria este disco um UFO?)
e do qual um Deus que dizia se chamar Athom, dita-lhe uma série de instruções para criar
uma nova ordem nas dinastias egipcias. A partir daí Akhenathorm deixou a adoração do
Deus Amom para adorar o Deus Athon. (Seria este ser um extraterrestre?) Não sabemos,
trata-se de especulação.
Desta brilhante civilização, a humanidade herdou todas as boas influências filosóficas,
científicas e religiosas, gravadas em papiros de origem vegetal, que mais tarde foram
incorporadas às culturas de todos os povos progressistas da humanidade, principalmente no
Ocidente, através da Grécia, até nossos dias, e provavelmente ainda chegará ao oriente médio.
Iniciação espiritual à vida imortal, comunicação com os mortos, contatos extraterrestres,
telepáticos e por naves, fizeram parte do legado superior deste povo, cujos conhecimentos
acham-se registrados de maneira simbólica ou evidente nas pirâmides do Egito, que na
realidade eram mais do que tumbas, sendo templos mediúnicos segundo os espiritualistas e de
transporte intergaláctico, segundo as crenças esotéricas e ufológicas místicas.
Como realizaram com sucesso seu papel redentor na Terra, puderam voltar para seus planetas
de origem, no sistema da Capela, deixando seu legado para as outras culturas da Terra.
Possivelmente, o plano espiritual promoveu o segundo dilúvio, extinguindo ou ocultando os
vestígios mais evidentes da altamente evoluída tecnologia dos Egípcios, para que povos ainda
bárbaros não se utilizassem destes conhecimentos para destruir outros povos, ficando os
registros alegóricos da sua sabedoria gravado nas pirâmides.
O segundo dilúvio separou o continente Europeu do africano, formando o Mar Mediterrâneo,
e separou as Américas da África e Europa, formando o Oceano Atlântico, com vistas ao
progresso do ariano indo-europeu.
Os indo-europeus que se espalharam pela Europa tiveram como maior mérito o de se
confraternizarem com os autóctones, compartilhando sua sabedoria adquirida através de
experiências dolorosas de povo altamente inteligente, exilado na terra por força dos seus
erros, com um povo ainda ignorante do ponto de vista espiritual, mas afeito às intempéries e a
sobrevivência num meio hostil.
6 - Antecedentes do judaísmo
Os Judeus, de certa forma, foram os que melhor souberam manter nos seus documentos
históricos, embora de forma elegórica, os ascendentes dos Capelinos sobre a história humana,
herdada dos Sumérios, embora adaptada de modo exclusivista para os de sua raça.
No entanto, é preciso que se diga, que os fatos narrados na Bíblia, anteriores ao aparecimento
de Abraão, como principal ascendente dos Judeus, na realidade são alegorias que precisam
ser mais bem explicadas, porque, em verdade, são relatos e referências de todos os povos
Capelinos que habitavam o planeta, justamente por serem anteriores a fixação dos Judeus
como um povo, em Israel.
As referências históricas do Velho Testamento, bem como as datações das genealogias das
tribos, remontam um período aproximado de dois mil e quinhentos anos, enquanto que os
paleontólogos encontram referências históricas e civilizações cientificamente datadas de mais
de dez mil anos.
Portanto, as alegorias de Adão e Eva expulsos do paraíso, na realidade foram referências a
milhares de Capelinos expulsos do sistema Capela e que formaram vários povos na Terra, não
só Judeus, e dão a idéia ou a prova de que sabiam da vida em outros mundos.
Neste sentido os capelinos haviam construído em seu planeta de origem, uma civilização
maravilhosa cuja reminiscência mais importante era a de um jardim, o do Edem, ou Jardim
de Adão, um verdadeiro paraíso.
Assim os espíritos que não mereceram ficar na Capela foram banidos de lá, vindo para a
Terra, onde foram recebidos por Jesus que lhes preparou programas redentores, que, se
fossem seguidos, permitiriam sua volta para casa.
A história de Noé e sua Arca no mínimo deixam margens às mais diversas interpretações,
seria realmente um navio ou nave, como querem os ufólogos místicos?
As digressões culturais relativas à história de Caim, o agricultor, que matou Abel, o pastor, na
verdade simbolizam períodos históricos, em que a civilização agrícola sucedeu à pastoral.
Assim como a civilização industrial sucedeu a civilização agrária.
Do mesmo modo que a civilização atual, da informação e do conhecimento vai substituindo
aos poucos a era industrial.
Provavelmente a civilização atual, será substituída pó outra em que a era do espírito e da
reinserção da Terra às sociedades cósmicas sucederá a era do conhecimento e da informação.
São apenas retratos das ondas do progresso geral, registrados de maneira simbólica, na
história do planeta.
Os códigos de conduta destinados a manter a pureza racial, na verdade foram conceitos
relativos, não só aos Judeus, mas a todos os povos Capelinos que antecederam a saída de
Abraão da Caldeia, e que, perversamente, serviram para constituir os privilégios das castas,
das aristocracias, das elites, de todos os ramos dos poderosos Capelinos que dominaram a
Terra.
Os homens poderosos que usaram e continuam usando sua inteligência para o mal, para
mandar e dominar deveriam se envergonhar de ainda permanecerem no planeta a despeito de
todas as oportunidades de evolução espiritual, quando já deveriam ter aprendido as leis de
amor, redimindo-se e voltado para seus planetas familiares. Mas é que preferem ser os
poderosos entre os fracos a ajudar o progresso entre os fortes.
7 - O povo Hebreu
Após amalgamar no seio da sua raça os melhores símbolos da sua origem interplanetária, os
Judeus foram os últimos a emigrar da região da Suméria, para o oeste, cerca de dois mil anos
antes de Cristo.
O plano superior estabeleceu com Abraão um compromisso, chamado de Aliança, através da
qual seus descendentes de obrigariam a manter um determinado grau de pureza espiritual, em
troca de uma assistência constante, até que se consolidassem com um povo, supostamente
eleito para receber o salvador.
Tal pacto rezava que quando seguissem as premissas superiores seriam vencedores e quando
traíssem os princípios da lei seriam punidos. Este compromisso de Abraão com Yahvé só pode
ter sido feito por algum ser adiantado, mas não um Deus. Não se pode conceber um Deus
criador de todos os seres, sendo parcial, privilegiando um povo em detrimento de outro.
NA - Os atuais conhecimentos cósmicos nos dão conta de que Javé é de fato o criador do
universo, tendo se manifestado aos povos antigos na figura de Zoroastro, depois Brahma,
depois Javé, a mais tarde como Alah. Contudo sempre escolhe dentre os povos os seus eleitos
aos quais transfere poder e tecnologia para dominar o restante da população e quiça dos
demais povos no intuito de formar um único governo sobre a Terra.
Para este deus não pode haver outro criador, cabendo exclusivamente a ele comandar o
universo, combatendo toda espécie de rebeldia., as quais devem ser condenadas e suprimidas,
a fim de que seu poder seja o único.
O criador do universo porém precisa admitir que o pai Celestial, criador de todos os espíritos,
semeou em cada ser biológico resultante da criação material um espiritio para habitar cada
ser, e estes espíritos não criação deste deus material.
Assim sendo, a premissa por trás da estratégia é a de dominar o povo que despertou seu
espirito imortal detro de si e depois recebeu as sementes do amor do Cristo em suas almas e
desejam ser livres para cooperar com amor nas obras da edificação de um mundo melhor.
Tal aliança entre o criador e seus eleitos, no entanto existia entre todos os ramos capelinos
que se separaram, razão pela qual todos os povos antigos se acham eleitos, em detrimento dos
outros povos chamados de ímpios. É por isto que cada civilização queria impor sua cultura aos
outros povos, achando que só a sua era de origem divina.
A intolerância do criador inteligente para com o amor e a independência espiritual é a causa
da dualidade existencial e consequentemente de todo mal e de toda discórdia.
A epopéia dos Judeus é por demais conhecida. Tanto viajaram e tanto forma escravizados que
ficaram conhecidos como hebreus, que quer dizer povo errante.
Sua historia foi dividida em períodos; o dos patriarcas, de Abraão até Moises, o dos profetas,
nos períodos de cativeiro, o dos juizes, entre eles Sansão precedendo ao dos reis, Saul, David, e
Salomão onde conheceram o apogeu da sua civilização.
Dentre os patriarcas o simbolismo da escada de Jacó mostrando a migração de almas entre
diversos planos de vida, dão bem a dimensão do nível de entendimento da realidade espiritual
vivida por este povo.
No período dos profetas as passagens narrando intercâmbio com o Plano Astral são ricas
demais para serem traduzidas como simples visões. Além disto, as previsões da vinda de um
Messias salvador, ou seria do libertador daqueles que já não tivessem mais culpas, eram
sistematicamente repetidas e esperadas.
A subida aos céus de Zacarias numa roda de ou num carro de fogo, no mínimo era um relato
de algo extraordinário, alem das possibilidades tecnológicas humanas da época.
Depois de ocupar posição subalterna no Egito onde provavelmente adquiriram conhecimentos
superiores entre os Egípcios, foram libertados por Moises, dono de tão extraordinários
atributos mediúnicos, que impressionaram o Faraó, negociando a libertação de seu povo.
Ao sair do Egito, uma nuvem, da qual saiam vozes e luzes, guiou Moises e os Judeus através
do deserto e abriu o Mar Vermelho somente para eles passarem fechando-se para os egípcios.
Que fenômenos espetaculares seriam estes? Foram milagres? Milagres existem? Ou será que
alguma tecnologia superior, quem sabe de origem extraterrestre, ainda desconhecida para
nós, interferiu para guiar os Judeus e separar as águas? Seriam os extraterrestres seres que
ainda obedecem o criador cegamente por não terem ainda despertado seus espíritos para o
amor e para a fraternidade?
No Sinai, Moises subiu a montanha, entrou numa nuvem, que o chamava, e desapareceu por
40 dias. Depois voltou com os 10 mandamentos! Nuvens que falam ou que nelas se entram,
não seriam naves? Ou apenas fenômenos espirituais inexplicados?
Então qual a razão de se atribuir valor sagrado à Arca da Aliança, o escrínio onde estariam
guardadas as Tábuas da Lei, a não ser que estes documentos provavelmente feitos de algum
material desconhecido, porque escrito em outros dimensões e trazidos como prova de contatos
interdimensionais, e que por isto tivessem que ser guardados como tesouros ou relíquias de
adoração, superiores a quaisquer outros documentos humanos. Documentos estes que
arqueólogos do mundo inteiro sonham encontrar, não só pelo seu valor histórico ou
financeiro, mas por razões de fé.
Moises reuniu em pergaminhos, oriundos de pele animal, o conhecimento, a cultura, a
religião, a economia do povo Hebreu e a sua saga pelo mundo, no Pentateuco Judaico, a
Tora, depois incorporada na Bíblia, como sendo o Velho Testamento. O Velho Testamento,
no entanto, é indevidamente chamado de sagrado, porque embora respeitável, no fundo é a
História de um povo, dentre tantos outros tão admiráveis quanto eles, com seus erros e
acertos, que ajudaram a construir a civilização em que vivemos.
Moises morre no deserto, mas seu povo entra na palestina onde iniciam o reino Judaico. De
volta à terra prometida, inauguraram o período dos reis. Mas os reis instituíram uma
injustificável aristocracia judaica entre os povos da palestina.
Apesar de terem sido dominados pelos Babilônios, Assírios, Persas, Gregos e Romanos
nenhum povo conseguiu, tanto quanto os Judeus, manter tanta união entre si, baseada na
crença num deus único, valores estes que lhes garantiam a proteção deste deus.
Mesmo assim, os Judeus mais ortodoxos e aristocráticos, não conseguiram se confraternizar
com os povos regionais, não souberam compartilhar com outros povos suas qualidades mais
belas, mantidas dentro de um orgulho racial injustificável.
Heroicamente, se tornaram os mais dignos dentre os povos representantes do monoteísmo na
Terra, sendo este talvez o seu maior mérito, dentre outros.
8 - Os Indo-europeus.
Os Hindus também criaram um sistema injusto que dava palácios suntuosos às classes
favorecidas e ao povo a miséria da escravidão.
Cerca de mil e quinhentos anos antes de Cristo, muitos Capelinos descontentes deste grupo,
chamados de Arias, migraram para o nordeste, indo se espalhar pela Europa ainda inóspita,
de clima extremo e desafios sem fim que desenvolveram acima dos outros a inteligência e a
criatividade do indo-europeu.
Eslavos, Medos, Persas, Etruscos, Gauleses, e tantos outros agrupamentos foram o resultado
dos diversos ramos em que se distribuíram os Indo-Europeus, pelas terras da Europa,
organizando-se de acordo com suas afinidades lingüísticas, acrescentando habilidades para se
adaptar às intempéries e ao terreno muitas vezes árido das regiões onde foram se fixando e
construindo suas aldeias.
9 - Os Gregos
10 - Os Romanos
Roma iniciou a construção do seu grande império, provavelmente com os gregos dissidentes
das Guerras entre atenienses e espartanos, dos quais herdaram os melhores recursos
científicos e artísticos, fundindo-os numa sociedade humana baseada na família.
Enquanto os Gregos desenvolveram a Democracia com amplos poderes aos habitantes das
Cidades Estados, os Romanos enfatizaram a República, em primeiro lugar, com distribuição
do poder entre entidades do Estado.
O grande mérito de Roma foi constituir um só império para o mundo, unificando a geografia
e a política, mas sabendo respeitar as religiões e crenças dos povos conquistados, aliás,
renovando-as e disseminando-as pelo Império.
Criaram um estilo de vida próprio e uma filosofia de viver que influenciaria todos os povos da
humanidade. Pela primeira vez se experimentava a diversidade dentro de uma unidade, que é
um principio universal.
Não fora os abusos a loucura pelo poder absoluto, os desmandos de vencedores sobre
vencidos, as intrigas palacianas, os desvios da moral e os exageros da luxuria e do fastio por
só receber sem dar, talvez o império tivesse se mantido incólume para absorver o Cristianismo.
11 - Experiências renovadoras
Os leitores devem ter percebido, por esta rápida síntese, muito superficial e imperfeita, que
o objetivo foi apenas mostrar como todas as grandes civilizações do passado, em cerca de
mais de 10 mil anos de História, viviam em um mundo mágico, repleto de fenômenos e
experiências multidimensionais, espirituais e extraterrestres.
Suas atividades eram intensas e intimamente relacionadas com o mundo espiritual através das
comunicações com os chamados mortos, e profícuas no sentido de desenvolver as ciências das
sociedades da época, através dos contatos extraterrestres, fossem por meio de naves ou
influências diretas em fenômenos físicos revelando um fecundo intercâmbio, com provável
transferência de tecnologia.
Esta incrível tecnologia superior utilizada, principalmente nas construções, justifica a
grandiosidade das pirâmides em um tempo tão antigo, assombrando os modernos engenheiros
e arquitetos dotados dos melhores recursos da atualidade.
As civilizações antigas, construídas pelos Capelinos, entretanto, não conseguiram realizar o
ideal emanado do Cristo de Deus, ao recebê-los na Terra que os acolhia, de se
confraternizarem com os autóctones com vistas ao progresso comum, objetivando alcançar
sua redenção e desenvolver uma sociedade melhor para os autóctones.
Apesar das grandes conquistas dos povos antigos, em matéria de ciência, filosofia e religião,
era preciso unificar os esforços e vitórias de todos os povos a fim de construir uma sociedade
única, um só rebanho e um só pastor, capaz de lançar o homem à grandiosa aventura do
cosmos.
Por estas razões, as civilizações construídas pelos diversos ramos e tendências dos Capelinos
entraram em decadência, encerrando o período de contatos com mundos superiores,
fechando-se num casulo isolado, envolto em sombras, qual lagarta, para descobrir e absorver
novas qualidades morais intrínsecas e desenvolver as virtudes do espírito, que permitissem
libertar a criatura, individualmente, assim como seus povos, coletivamente, para as novas
experiências de aprendizado renovador, transformando-os mais tarde em novas borboletas.
Este mergulho nas trevas acabou amalgamando dominadores e dominados, vitimas e algozes
numa redoma regenerativa em que o Planeta se tornou, em repetições cíclicas, através das
reencarnações, perdurando até nossos dias, onde somente as concessões dos bons valores de
uns para com os outros poderão libertá-los da clausura que criaram para si mesmos.
12 - O projeto de Jesus
Segundo Emmanuel, Jesus é o governador espiritual da Terra e está por trás de todos os
fenômenos mediúnicos transformadores da sociedade terrena, inclusive por meio dos seus
Emissários enviados ao Planeta, com vistas da realização do seu projeto de unificação da
civilização e da inserção da humanidade na convivência com outras comunidades do universo.
Um projeto de reintegração multidimensional a ser realizado pelos homens, tanto para a sua
própria redenção individual, libertando cada criatura da dependência da matéria, quanto
coletiva, realizando o progresso material e espiritual da civilização, inserindo o planeta no
contexto das comunidades luminosas do universo, libertando-o da sua condição de
penitenciária provisória para ser agente do progresso geral.
Dada a heterogeneidade dos habitantes do nosso planeta, muitos vindos de planetas distantes,
há etapas na consecução deste projeto, sendo as mais difíceis à pacificação das relações
humanas, implicando na educação individual através da transformação intima, assim como
na harmonização na família através dos resgates cármicos, e entre os povos, visando à
unificação planetária em torno de objetivos e progresso comuns.
Cada vez que este projeto almejado pelo Cristo de Deus não foi alcançado, motivou a
desestruturação das civilizações primitivas fragmentando seus valores em grupos menores
viabilizados individualmente, para reencetarem depois o objetivo maior da globalização.
Algumas coletividades souberam melhor do que outras absorver o conhecimento anterior,
embora fragmentado, transformar e aprimorar a sabedoria adquirida e vivenciá-la
transmitindo às outras comunidades o seu aperfeiçoamento. Estes núcleos naturalmente
lideraram os processos de reunificação e as novas tentativas de integração humana numa
única civilização.
Por estes motivos, é fácil inferir que trabalhar por estes objetivos superiores
desinteressadamente pode ser, ainda hoje, o caminho mais curto para o homem redimir-se,
libertar-se e encontrar a felicidade verdadeira.
O que parece utopia, constituir uma só nação e um só governo na terra, ou com disse Jesus,
um só rebanho e um só pastor, já foi tentado pelos obreiros do espaço em outras épocas e
oportunidades.
Acredita-se, portanto, que há um sistema de governo espiritual na Terra, comandado
amorosamente por Jesus, dirigindo todos os momentos determinantes da humanidade,
inclusive a dosagem das mais recentes transformações e descobertas científicas, que visam
libertar o ser humano dos grilhões da matéria e das velhas instituições.
Deve haver também uma espécie de alfândega, regulando as fronteiras entre as diversas
dimensões da vida e das relações entre os mundos habitados.
Tolice, pois, temer que a Terra possa ser invadida por seres alienígenas, ou até mesmo
atingida por cataclismos que não estejam dentro das alternativas previstas ou programadas
pelo plano maior visando o progresso humano.
De acordo com estes princípios, os Espíritos nos ensinam que a nossa civilização foi
influenciada por Jesus não somente a partir da sua reencarnação no planeta, fato este que só
se deu uma única vez, mas principalmente na qualidade de Co-Criador planetário e na
condição de governador espiritual da Terra agindo muitas vezes através dos seus enviados.
A luta que se trava entre os espíritos despertados pelo amor do Cristo e aqueles que obedecem
cegamente ao deus criador material é o maior obstáculo a convivência humana, pois que o
criador luta para dominar os homens enquanto o Cristo luta para libertar as almas.
Não obstante, é preciso entender que Jesus ensinou ao homem usar seu livre arbítrio para
aprender com a experiência, e com liberdade de ação, para errar ou acertar, podendo analisar
e interpretar sobre sua própria origem e existência, como se fora um grande Enigma a ser
paulatinamente solucionado.
Por isto, não é sem motivo que bilhões de pessoas se interessem por Jesus, não tanto pelo que
contam os evangelistas, mas porque antes de reencarnar cada criatura toma conhecimento
espiritual da Sua existência e do Seu imenso poder transformador da vida e da visão espiritual
da humanidade, renovando conceitos e princípios.
Assim é que muita gente confia Nele mesmo sem se lembrar que assumiu com Ele um
compromisso espiritual antes de reencarnar e não apenas porque adotou esta ou aquela
religião.
Um compromisso de aproveitar a experiência no corpo físico que nos foi dado por empréstimo,
pelo criador material, para encarnar num mundo que não nos pertence, para ajudar o seu
progresso e contribuir para aproximar o homem físico do homem espiritual, e materializar no
mundo o reino dos céus anunciado por Jesus.
Compromisso este em que muitos fracassam, outros desistem no meio do caminho e uns
poucos agüentam até o fim, razão pela qual o espiritismo busca colocar Jesus acima dos cultos
religiosos, porque em última instância é a Ele que iremos todos recorrer.
13 - Unificação planetária
Cerca de cinco séculos antes de Cristo, o plano superior começou um movimento de
reaproximação das civilizações terrestres, que haviam se dispersado da Suméria, enviando
mestres superiores a cada povo, verdadeiros avatares que galvanizavam as atenções do povo
comum, unificando conceitos esparsos para preparar a reunificação das raças.
Foi assim que surgiram, quase que contemporaneamente, no seio dos diversos povos que
compunham o mundo desenvolvido da época, estes ídolos do povo, na Grécia; Sócrates e
Platão, na Índia; o Buda, na China; Lao Tsé e Confúcio e estes começaram a preparar o
espírito humano para as novas formas de relações humanas, baseadas na filosofia de um novo
estilo de vida, numa nova era para a humanidade que seria inaugurada por Jesus.
O momento histórico da vinda de Jesus representava a maioridade terrestre, ou seja, o
momento de maturidade intelectual para a compreensão das leis superiores que governam a
vida cósmica, portanto, o momento ideal para aglutinar as forças do progresso em torno de
um objetivo comum, a Unificação planetária, um só rebanho e um só pastor, sob a égide de
Jesus e não mais sob a égide de Javé.
A maior oportunidade de unificação das nações em torno de um governo espiritual,
lamentavelmente, foi perdida há dois mil anos, durante a vinda de Jesus, encarnando entre os
homens, quando podia ter reunido num só contexto; a filosofia, a ciência e a religião, que
sempre havia predominado no espírito dos povos mais espiritualizados, representando as
maiores correntes dos agrupamentos humanos de acordo com suas tendências, sejam elas
intelectuais, práticas ou íntimas.
Naquela época o Império Romano reinava absoluto sobre o mundo como se a Terra fosse uma
só nação politicamente diversificada, pluriracial, com regras e costumes diversos tolerados ou
assimilados, contribuindo para a riqueza cultural do império. Apesar da diversidade reinava a
Paz Romana.
O Império Romano simbolizava a Ciência da época, mantendo a soberania tecnológica,
econômica, militar, política e geográfica da civilização onde os valores do evangelho poderiam
frutificar, ditando aos outros povos os rumos do progresso a alcançar.
Os Gregos, cuja sabedoria anteriormente absorvida dos Egípcios, dominava as artes diversas,
disseminando conceitos e princípios filosóficos que valorizava a sensibilidade da alma,
mostrando seu predomínio sobre a brutalidade, e que foram prodigamente assimiladas pelo
Império, criando uma filosofia de vida profundamente influente no estilo de vida do Império
Romano. A Grécia representava a Filosofia.
Faltava apenas uma Religião espiritualizada que pudesse se universalizar dentro do Império.
Ela existia e era praticada pelos Judeus, entre seus membros. Israel representava a Religião.
Mas equivocadamente os Judeus confundiam Javé com o Pai celestial, embora sejam
criadores diferentes, o Pai cria espíritos e Javé cria seres fisiológicos. A religião deveria ser a
do espírito e não a dos corpos.
Jesus encontrou finalmente o momento da maioridade terrestre em que as grandes conquistas
do intelecto humano podiam se encontrar com as revelações divinas, por meio do amor,
consubstanciando uma sabedoria mais completa, permitindo aos homens se religar ao seu
criador espiritual, encontrando o sentido mais profundo para sua própria existência.
Enfim um povo que podia andar com os próprios pés, sem precisar de todo o aparato
assistencial extraterrestre. E mais, entrar em um período de ouro, pois uma civilização
unificada na paz poderia ser reintegrada a comunidade universal, realizando um salto
quântico na sua vida de relações comunitárias cósmicas.
Os espíritos inferiores, entretanto sempre governaram a Terra a partir do criador material e
seu lema sempre foi o de dividir para reinar. Fomentar a discórdia, o ciúme, o rancor e o ódio,
para se alimentar de energias negativas que os satisfazem.
E por esta razão que o primeiro ato de Jesus, antes de iniciar sua missão publica foi o de
encontrar-se com o espírito de Lúcifer, o príncipe das trevas, travando com ele no deserto o
incrível dialogo entre o poder do mal sobre o mundo e o poder do amor sobre o espírito.
14 - Oportunidade perdida
No Império Romano de há dois mil anos, o mundo ardia por uma solução que apaziguasse os
ânimos dentro de uma situação politicamente consumada, que justificasse o progresso de
todos.
Muito embora o povo Judeu aristocrático devesse ser o representante intelectual mais
adequado para receber a mensagem do Cristo, a verdade é que o povo mais simples e humilde
da Galiléia foi quem melhor assimilou as suas lições, levando-a posteriormente para o resto da
humanidade.
No fundo a intransigência da aristocracia Judaica, quanto aos ensinos de Jesus, e a sua
relutância em abrir sua religião para o mundo apenas fez retardar a grande unificação da paz
no mundo.
Até hoje todos os povos Cristãos que estudam o Evangelho buscam um culpado e uma razão
justa para a condenação do Cristo, e esta culpa já recaiu sobre os sacerdotes Judeus da época,
sobre os Romanos, donos do poder e mais particularmente sobre Judas, o traidor, ficando suas
verdadeiras causas sem resposta.
Na realidade, o início do processo contra Jesus partiu das autoridades religiosas Judaicas,
ciosas de não verem sua crença do no criador material que lhes outorgava poder, se dispersar
entre gentios, considerados infiéis por quererem ser espiritualmente livres.
As pessoas livres sempre foram tidas como filhos do demônio, quando na realidade é o
contrario, os que estão submetidos ao demônio é que gostam de ter poder para dominar e
reinar sobre criaturas livres.
Para evitar esta possibilidade a inteligência Judaica reverteu o processo de Jesus, de religioso
para político, envolvendo os Romanos na sentença condenatória, mantendo assim o “status
quo” dos poderosos, pois só estes podiam sancionar a condenação à morte.
No final todo o povo foi envolvido, por conseguinte todos tiveram sua parcela de
responsabilidade pela morte do Cristo. O que agora se sabe é que por trás da condenação de
Jesus estava o criador do mundo material o próprio deus Javé.
JAVÉ não aceitava que Jesus o traísse, por que ele havia anunciado que Jesus viria governar
em seu nome. Mas Jesus veio anunciar a existência do criador espiritual o Pai Celeste, acima
de Javé. Javé não admitia outro criador além dele próprio, então ou ele era o pai ou, então,
Jesus o estava traindo ou era um impostor. Por isto, fez com que seus seguidores o mandassem
crucificar.
Na realidade Jesus logo percebeu que não adiantaria ficar mais tempo entre os homens pois
eles não estavam entendendo sua mensagem. Por isto permitiu que o plano de divulgação da
boa nova fosse suspenso, para dar ênfase à exemplificação do amor incondicional através do
sacrifício pessoal, antecipando sua saída deste mundo, para comprovar em espírito a
imortalidade da alma, através da ressurreiçao.
No entanto, tudo poderia ter sido diferente. O mundo seria outro se a humanidade tivesse
compreendido que Jesus estava abrindo as portas do planeta Terra para o acesso ao reino
cósmico dos céus. É bem provável que se assim acontecesse Jesus poderia ter ficado mais
tempo conosco, ensinando e exemplificando o diálogo com os seres de fora, e as relações
espirituais e interplanetárias.
Porém, todos fizeram ouvidos moucos, ninguem quis, como até hoje são poucos os que
realmente querem, fazer parte de um outro reino que não o da Terra. Para a maioria o que
move o mundo é o poder através do dinheiro e do sexo. Mas um dia saberemos todos que o que
de fato move o mundo é o amor divino do Pai celestial.
Com raras exceções, caso de Lívia, esposa de Públio Lêntulus, que intercedeu
diplomaticamente por Jesus, junto a Pilatos, pagando muito caro a ousadia, todos os demais
se calaram, até porque, quase ninguém estava disposto a suportar o flagelo de tomar
semelhante defesa.
Todos os responsáveis, no entanto pagaram caro a ingratidão espiritual para com o Mestre
Divino. Jerusalém caiu sob Tito e o Templo foi destruído, e Pompéia e Herculano,
submergiram sob o Vesúvio com tantos aristocratas romanos, que abalou a estrutura
hierárquica do Império.
Já é tempo de colocarmos em evidência, algumas alternativas para os acontecimentos que
marcaram a época de Jesus, com vistas a livrarmos Sua personalidade das limitações,
paradoxos e contradições em que sua história ficou envolvida, e além disto, voltar a ter uma
visão de conjunto, vista do alto, ainda que imperfeita, da evolução da vida na Terra. E este é o
assunto para a segunda parte deste livro.
Na terceira parte abordaremos o cristianismo primitivo e sua transformação no catolicismo
romano, recordando os desvios que levaram o plano espiritual a mudar mais uma vez os
rumos da historia.
Depois dos eventos que marcaram a vinda de Jesus ao planeta, e os desdobramentos da
epopéia divina, com as religiões derivadas do cristianismo, a humanidade perdeu outras
oportunidades de reunificação social e política, até chegar à oportunidade atual, na realidade
dos nossos dias, quando o quadro existencial da época de Jesus se repete, com vistas a uma
reintegração cósmica, e isto será o assunto da terceira parte desta obra.
CAPITULO 2 - JESUS, um novo paradigma para a evolução humana.
Na primeira parte deste volume procuramos criar uma imagem fugidia do que poderia ter sido
a história da humanidade, a luz das revelações dos espíritos superiores, trazidas pelas obras de
kardec e de Francisco Candido Xavier, cuja leitura facilitaria em muito a compreensão das
idéias que estão contidas neste volume.
Isto sem nos aprofundarmos nos eventos cósmicos que promoveram a escolha da Terra como
planeta de expiação para os rebeldes estelares, assunto tão bem abordado na obra de Jan Vall
Ellam às quais remetemos o leitor.
Aqui procuramos mostrar como pode ter sido a personalidade do cidadão Jesus, o Cristo que
tanto amamos, à luz das novas concepções científicas, corroborando a visão que os seus
contemporâneos tiveram Dele, como um ser que, apesar de homem, era muito superior aos
demais, apresentando um comportamento divino diante de homens rudes, na condição de
mestre incompreendido.
Sempre houve pessoas que achavam que imitar o Cristo, copiando seus milagres suas atitudes
e palavras estariam automaticamente na mesma condição do Mestre. Mas nada disto adianta
se a alma não compreendeu o seu próprio papel na existência física e tenha aprendido a
testemunhar com seus próprios recursos, sua crença nos mundos superiores.
Jesus não queria mudar a constituição física do homem, porque a natureza não dá saltos,
embora a alma humana possa acelerar ou retardar sua evolução.
Por isto, o que Jesus fez foi encarnar-se na matéria para que o homem pudesse enxergar
melhor seus atributos e potencialidades espirituais, sobretudo o poder do amor, frente a outros
tipos de poder... Enfim Jesus se fez pequeno para que todos pudessem enxergá-lo e admirar
sua luz.
Os ensinamentos de Jesus não eram endereçados ao corpo perecível, nem atendiam aos
interesses da matéria, mas, aos do espírito.
Sua linguagem e suas lições se dirigiam à mente do homem, mostrando-lhe o equivoco de
basear-se no materialismo para estabelecer as normas de comportamento humano, que
geraram tantos conflitos e tantos sentimentos de culpa na alma humana.
É preciso, pois, nos abstrairmos de sua personalidade humana, embora o consideremos ser
encarnado, e observarmos Seu caráter espiritual, para entender-Lhe as mensagens.
Não se trata de encontrar um paradigma humano, mas sim espiritual. Descobrir a psicologia
de sua alma generosa, que se sacrificou para descer ao ponto mais baixo da evolução
consciente, para levantar a alma do homem, da sua condição animal para a sua condição
espiritual e cósmica.
Procuramos, neste estudo, abrir uma janela de onde possamos observar um pouco deste Cristo
cósmico, Espírito puro, e o caráter do sentimento que Ele nutre pelos homens...
Dizia Ele; Eu vos nomeio irmãos e amigos, por serem estes os maiores títulos a identificar na
Terra aqueles que se amam como eu vos amei.
2 -O Legado do Cristo
Neste ensaio, procuramos reunir numa única obra, sempre através de hipóteses integrativas,
como podem ter sido os eventos que marcaram a vinda do Cristo de Deus a este mundo.
E mais, analisar as conseqüências de Sua passagem por aqui, numa tentativa de conciliar os
escritos da Bíblia com os ensinos dos espíritos e mais ainda com as novas descobertas
cientificas, à luz das novas concepções sobre a criação, corroborando, talvez, a visão que os
seus contemporâneos tiveram Dele, certamente bem diferente daquela que passou para a
historia, procurando mostrar um ser espiritual que, apesar de habitar um corpo humano,
estava bilhões de anos à frente de seu tempo.
Tem sido um pouco cômodo dizer que tudo aquilo que não se encaixava nas concepções
naturais vigentes, o famoso senso comum, tratavam-se apenas de equívocos teológicos, ou
inserções e adulterações da Bíblia, quando hoje já há farto material investigativo e cientifico,
que podem dar novas interpretações aos eventos narrados no Evangelho, sob uma nova ótica,
quem sabe até validando as narrativas bíblicas, ao invés de negá-las.
Pouca gente percebeu que na realidade Jesus veio nos mostrar o futuro de onde ele veio e
para onde talvez um dia mereçamos ir...ou voltar...
Por isto, o que Jesus fez ao encarnar-se na matéria foi para que o homem pudesse enxergar
suas potencialidades espirituais e compará-las com àquelas que possui no contexto e no
âmbito da sua própria vivência. Não se tratava de uma comparação social, mas moral. O novo
paradigma a ser estabelecido era espiritual.
Os ensinamentos de Jesus não eram endereçados a sustentação da vida comum, do corpo
perecível, nem atendiam aos interesses da matéria, mas aos do espírito.
Enquanto que as espécies fisiológicas são mais ou menos estáticas, não se alterando senão por
intervenção externa, a alma se transforma de acordo com a aceleração que o espírito lhe
imprime, ou seja, de moto próprio, ou seja pela própria vontade..
O homem lamentavelmente só aceita como verdadeiro a realidade concreta, física,
mensurável, visível, palpável.
Mas o espiritismo vem cumprindo um inestimável papel, reavivando a memória das lições de
Jesus, não só pelo seu papel consolador para as dores morais e alivio para as misérias
humanas, mas, sobretudo, desempenhando uma missão reveladora de realidades maiores,
mais abstratas aos olhos humanos e ainda invisíveis para a maioria dos mortais, mas que as
ciências humanas, cada vez mais vem confirmando.
É preciso, pois, nos abstrairmos de sua personalidade humana, embora o consideremos ser
encarnado, e observarmos Seu caráter espiritual, para entender-Lhe as mensagens.
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3 - A ORIGEM DE JESUS
Pesquisa bibliográfica
Na literatura espiritualista ainda não há referências definitivas sobre a origem espiritual de
Jesus e a forma pela qual Ele evoluiu, nem sobre o local espiritual ou planeta de onde Ele
veio. Nem tão pouco há referências a quem Ele era realmente, nem, sequer, a forma como
veio ou foi trazido a este planeta.
Ate agora, por que já estão surgindo os primeiros títulos devassadores desta realidade oculta...
Confirmando que não há nada oculto que um dia não seja revelado, disse Ele...(1) Neste
campo, por enquanto, pode-se apenas especular ou fazer digressões. Kardec se recusou a
fazê-lo, provavelmente porque a revelação da verdade teria sido chocante demais para a
época, podendo mesmo ter corrido o risco de embargar o restante da obra, que já era de
enorme importância para a humanidade, se tivesse avançado mais..
Para não sermos repetitivos, recomendamos, por ser de grande importância, a leitura atenta
da introdução do livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, com as explicações mais do que
convincentes da inoportunidade, em sua época, de se avançar nas questões transcendentais e
históricas, sobre a vida de Jesus, até porque as questões morais e éticas eram e ainda são
prioritárias, ao passo que as demais ainda são polemicas.
Em que pese os abusos morais da época em que vivemos, com exacerbação dos extremos, há
que se convir que nunca houve tanta abertura para as investigações metafísicas, e nunca o
homem procurou tanto por respostas para as suas questões transcendentais da vida, como em
nosso tempo.
Por isto mesmo, quem sabe agora pelo menos seja possível começar a investigar e especular
sobre o assunto, quando as mentes humanas estão mais abertas.
Isto posto, verifica-se que não é possível, de acordo com os informes das escrituras, constatar
que Jesus pertencesse ao plano espiritual da própria Terra, muito menos tenha feito sua
evolução no nosso planeta.
Mas, de acordo com a lógica da doutrina espírita e de acordo com a as concepções da justiça
divina, onde não pode haver privilégios, Jesus com certeza deve ter sido criado como todas as
criaturas, isto é, simples e ignorante.
Além disto, Jesus deve ter feito sua evolução tanto através das experiências, como do
conhecimento, em outros mundos muito mais antigos, que existissem ou existiram, antes que a
Terra existisse. Num mundo que ainda não nos é dado conhecer, que, possivelmente, nem
mais pertencente à escala evolutiva dos planetas materiais, tendo ingressado em outras
dimensões de espaço e de luz, onde segundo Emmanuel, em A Caminho da Luz, habitam
espíritos puros que trabalham como co-criadores, nos processos de expansão do universo.
Neste contexto cósmico e na concepção espírita, Jesus é o criador da Terra e seu governador
planetário. Portanto, antes da Terra existir, Jesus já tinha passado por todos os estágios
evolutivos das criaturas em geral, cumprido seu destino evolutivo, e deixando de ser criatura
para ser Criador, ao unificar-se a Ele, ou seja, já era um Espírito Co-Criador em grau maior,
junto com Àquele que concebeu o Universo e todas as formas de vida.
Transformando-se, de criatura em co-criador, Jesus se capacitou a ajudar o Criador na
expansão do Universo e ampliar as modalidades de evolução da vida, e dentre suas obras,
importa-nos a da criação da Terra e descobrir as razões do Seu nascimento neste mundo.
A rebelião de LÚCIFER. ( J.J.Benitez), e a reintegração cósmica ( Jan vall Ellan))
Contam as lendas das tradições dos mundos superiores que, que Jesus é o governador não só
da Terra mas de uma vasta região do cosmos congregando uma quantidade considerável de
planos espirituais relativos a mundos habitados, como se Ele fosse o síndico cósmico de um
vasto condomínio cósmico.
A sede de onde emanam as leis desta região dos cosmos situa-se na estrela Alpha da
constelação do Cocheiro, chamada Capela.
Há cerca de 600 milhões de anos atrás, segundo estas tradições, uma parte dos condôminos,
liderados por um espírito muito elevado da assessoria do Mestre se rebelou contra as leis
emanadas de Jesus, contraindo por isto, uma estranha vibração que distoava do ambiente
elevado daquela região.
Apresentando vibração desequilibrada em relação aos demais, começou a influenciar os
espíritos sobre os quais exercia ascendência, reunindo vasta quantidade de bilhões de espíritos
que resolveram se isolar daquela região, a fim de viverem de acordo com as leis que julgavam
ser melhor para a comunidade que se formava.
Neste contexto escolheram cerca de 19 planetas para se distribuírem, a fim de ali formarem
civilizações ao seu molde.
Estas experiências acabaram não dando certo como previam, e muitos seres subordinados à
rebelião, começara a migrar de volta para a região da Capela, esvaziando a Rebelião.
Tempos depois vários daquele mundos acabaram se reintegrando à comunidade Capelina.
Os líderes da rebelião, foram então reduzindo os remanescentes seus liderados, cada vez em
numero menor, em planetas cada vez mais distantes e inabitados por uma civilização
avançada, até que a Rebelião se resumiu há uma comunidade menor de cerca de 20 bilhoes
de almas que resolveram adotar a Terra como seu último refugio.
Aqui constituíram grandes colônias no plano espiritual da Terra, e grande parte destes
espíritos jamais encarnaram na Terra. Uma parcela porém resolveu submeter seus espíritos a
encarnação em corpos primitivos dos homens das cavernas, começando um processo
civilizatório através do qual poderiam exercitar suas habilidades evolutivas, aprimorar a
genética existente e também tentar corrigir a doença vibratória que haviam contraido em
tantas experiências na rebeldia estelar.
Ao que consta nas lendas espirituais, Jesus teria autorizado o processo redentor, aguardando
os milênios necessários para a redenção daqueles que se tornariam no futuro os filhos
pródigos da sociedade capelina, os espíritos reencarandos na Terra ao longo dos últimos 150
mil anos.
Aqui fundaram as civilizações Lemurianas, Atlantidas, e depois de se reciclarem no plano
astral muito tempo, iniciaram as civilizações oriundas dos sumérios.
Como já visto anteriormente, neste trabalho, estas civilizações se dispersaram até alcançar o
amadurencimento necessário, para poder absorver de novo a mensagem de Jesus como seu
governador cósmico e reaprender a seguir as leis cósmicas dele emanadas para o bem estar da
sua comunidade que ficou conhecida na Terra como reino dos Céus.
Neste ponto e que surpreendentemente Jesus resolveu se sacrificar para descer ao nivel dos
homens encarnados, para atrair para o seu coração os últimos focos da rebelião e seus
principais lideres, Lúcifer e Satã, possibilitando a cura dos demais seres a eles vinculados,
para um dia todos se reintegrarem a comunidade do Mestre.
O nascimento de Jesus neste mundo ficou marcado por acontecimentos transcendentais para
que a sua mensagem ficasse inequívoca no coração dos homens por toda a eternidade, a fim
de que em qualquer que fosse o tempo futuro haveria a chance e a oportunidade de se
redimirem.
A verdade é que Jesus se fez presente na realidade deste planeta com sua coorte de ministros
responsáveis pela harmonia e estabilidade desta região da Galáxia e programou sua
encarnação como evento inesquecível para os tempos futuros do planeta.
A partir deste ponto vamos estudar quase que didaticamente o que ficou registrado nas
escrituras terrenas consideradas como livros que retrataram o passado da humanidade
comparando com os fatos que presumivelmente devem ter acontecido, segundo as revelação
que chegaram a um reduzido número de médiuns sob os auspícios de Francisco Cando
Xavier.
Segundo Jesus,
Há muitas moradas na casa de meu pai.
Muitos de vocês também não são deste mundo.
Irei antes vos preparar um lugar.
Desde que a astronomia moderna começou a devassar o infinito, muitas galáxias, sistemas
planetas, nebulosas buracos negros, etc, foram descobertas, revelando para o homem de hoje
aquilo que Jesus já dizia há dois mil anos, e que na Revista Espírita Kardec já levava ao
publico, as manifestações dos espíritos sobre a vida em outros mundos. Camille Flamarion,
integrando a equipe de Kardec, desvendou para o mundo a vida nestes universos diversos.,
Infelizmente ninguém estuda.
Mas não é so o universo físico, mensurável e catalogado cientificamente que foi descoberto,
há que se abordar também o plano espiritual, redivivo pela literatura espírita, unindo-o ao seu
aspecto cósmico.
Pode chocar a descoberta, mas a planta de Nosso Lar, revelada por André Luiz, no livro Nosso
Lar, psicografado por Chico Xavier, revelam avenidas simétricas partindo de um centro
comum e fechado por um círculo, lembra muito o formato de uma nave gigantesca de formato
circular. Muitos médiuns ufólogos canalizadores, sem nenhum vinculo com o espiritismo,
descrevem naves-mãe gigantescas, com ate cem Kilometros de extensão, que mais parecem
cidades, das quais saem naves menores em direção a Terra.
Sabemos também pelos relatos de André Luiz, da existência de veículos aéreos nas dimensões
espirituais, que descem de Nosso Lar, para prestar serviço assistencial na Crosta planetária. O
próprio Lar de Fabiano de Cristo, descrito em Obreiros da Vida Eterna, mais se assemelha a
uma nave que se desloca com facilidade, entre realidades materiais diferentes, do que
propriamente apenas uma casa com propriedades especiais.
Podem nos chamar de loucos, pretensioso sincretista, herege espírita, ou deturpador das
verdades doutrinarias, mas quem quer que tenha pesquisado um pouco de ufologia séria,
inclusive em congressos com renomados cientistas e estudado os relatos de abduzidos sob
hipnose, terá lido e ouvido milhares de depoimentos semelhantes, em todas as latitudes e
longitudes do planeta, descrevendo como fenômenos ufológicos exatamente o que André Luis
descreve, apenas com outra linguagem e nomenclatura, talvez ate por desconhecerem o
espiritismo.
Não é, segundo Kardec, a concordância o melhor referencial para se confirmar uma teoria
como verdadeira? Como então desprezar relatos concordantes que vem de varias fontes e
origens diferentes.
São freqüentes os relatos de naves-mãe, de onde saem naves menores em direção a crosta
material. Mais do que isto, estas naves são sempre invisíveis aos olhos normais e quase sempre
só são vistas quando eles permitem ou quando há fenômenos mediúnicos relacionados.
Os seres que aparecem também variam, às vezes são humanos com feições muito belas e às
vezes são humanóides, comumente chamados de extraterrestres, por não haver semelhança
direta, com os encarnados. Suas naves porem são de uma tecnologia desconhecida e muito
superior as da Terra, por permitir manobras e evoluções impossíveis pelas aeronaves
terrestres. Não obstante, ao que tudo indica, as naves extraterrestres, assim chamadas,
mantém intimo e freqüente contato, com as cidades ou naves espirituais.
A conclusão a que se chega é muito clara, de que o plano espiritual terrestre faz parte da
realidade extraterrestre, estando na mesma faixa vibratória e nas mesmas condições de
matéria sutil dos extraterrestres, vindo de mundos superiores, em que a matéria através da
qual eles se movem é muito semelhante à matéria do nosso mundo espiritual.
Tudo leva a crer que os mundos superiores de onde vem estes seres, poderiam estar nas
mesmas condições e semelhanças com o plano espiritual superior terrestre. Ou seja, o plano
espiritual da Terra encontra-se na mesma realidade de espaço tempo da realidade
extraterrestre mais evoluída. Ou seja, o que para nos é já o plano espiritual para os
extraterrestres é o equivalente ao seu plano material.
De fato, o mundo dos encarnados é que surge diferente, por ser mais pesado, ou seja, quem
esta fora de contexto universal somos nos os espíritos encarnados por que os desencarnados já
estão libertos e se comunicam livremente com seres de outras paragens do universo, se tiverem
méritos para isto.
Por que será que no apocalipse João disse que a Jerusalém libertada desceria dos céus a
Terra.
Pergunta 172 do Livro dos Espíritos - O homem evolui somente na Terra? Resposta dos
espíritos - Não, o homem evolui em diferentes mundos, a existência neste mundo e das mais
materiais e mais distantes da perfeição.
Tudo isto que acabamos de estudar foi apenas um intróito para especularmos sobre uma nova
possibilidade de constituição física para o espírito de Jesus
Partindo destas premissas, e à luz das possibilidades científicas da atualidade, e de acordo com
relatos de experiências recentes, fartamente documentadas em congressos ufológicos, por
ilustres cientistas e grandes personalidades do mundo cientifico, torna-se possível fazer outras
ilações, alem das já mencionadas, e especular sobre hipóteses instigantes, só agora possíveis,
sobre a concepção de um corpo para Jesus.
Uma visão naturalmente abstrata ou imaginada, a qual ninguém precisa acreditar, por ser
fruto talvez da alucinação de alguém que quer aparecer, como se costuma dizer, porém,
possibilidade real para o mundo espiritual e plenamente factível para aqueles que crêem em
algo mais além desta vida e que andam atualizados com as ciências de plantão.
Evidentemente, para o meio racional trata-se apenas de possibilidade científica, especulação
sobre teorias e hipóteses, suposição instigante do raciocínio, à luz de teses acadêmicas, e quem
sabe, nos meios espiritualistas mais modernos, revelação inspirada por algum anjo. Mas que,
de alguma forma, satisfaz as condições do texto sagrado e corresponde ao que está narrado de
forma elegórica na Bíblia.
Teriam os historiadores estatura moral e espiritual superior para negar a Bíblia e imporem
suas concepções antropomórficas, ou caberia aos livres pensadores a ousadia de superar as
concepções vigentes e sugerir novas hipóteses.
Como o assunto mexe com crenças e religiões, questionando conceitos atavicamente
arraigados a longos milênios, no inconsciente dos religiosos de todo o planeta, ninguém quer
por a imaginação para funcionar para não ferir suscetibilidades e nem provocar cismas nem
perseguições por heresias.
Por isto mesmo ninguém deve levar a sério a hipótese sobre a qual aqui se cogita, isto deve ser
levado em conta como delírio, arrogância pretensiosa de algum espírita que enlouqueceu, ou
coisa parecida. Enfim uma bobagem.
Mesmo assim, por ousadia ou loucura, embora possível à luz das ciências modernas, poderia
se supor, sempre hipoteticamente, que Jesus, embora tivesse um corpo fisiologicamente
semelhante ao do homem comum, poderia este corpo ter sido gerado diferentemente dos
moldes genéticos usuais, ou naturais, por meios só agora constatados como possíveis à luz da
Ciência, veiculados por pesquisadores e cientistas.
Tais suposições não só trariam novas luzes sobre as afirmações da Bíblia, a respeito da
virgindade de Maria, mas também sobre outros desdobramentos da narrativa evangélica,
talvez autenticando, ao invés de repudiar os conceitos do livro sagrado. Poderia ate derrogar
interpretações religiosas arraigadas e seculares, porem não estariam contra, mas apenas
corroborando o texto sagrado.
Poderíamos, nesta elucubração mirabolante, imaginar que Anjos, considerando-os como
espíritos de Luz, ou quem sabe Extraterrestres, considerando-os seres de outros planetas mais
evoluídos e dotados de uma tecnologia muito mais avançada que a nossa, anunciaram a vinda
do Messias à Maria.
Suponhamos que Eles poderiam, por sofisticados processos de abdução, segundo o jargão
ufológico, ter retirado um óvulo de Maria, e tê-lo fecundado por meios desconhecidos aos
humanos, talvez com um gene cósmico de Jesus, obtido no Plano Astral ou Cósmico, e
realizado a concepção física “in vitro” ou “in nave”, por meio de fecundação artificial ou
clonagem, nos laboratórios do espaço.
No período de gestação, Maria poderia ter apresentado os sintomas de uma gravidez
psicológica, a fim de vincular o seu destino ao de Jesus. Estando Maria consciente desta
realidade, poderia ter sossegado Jose, razão pela qual consta dos evangelhos a aprovação de
Jose ao trabalho dos Espíritos, não demonstrando ele ciúmes, repulsa ou rejeição a Maria,
pelo fato dela estar grávida.
Deve-se notar que os casos de abdução e gravidez entre humanos e extraterrestres são
fartamente documentados em congressos sérios de ufologia, com pessoas da alta patente
militar ou cientifica, que teimosamente muitos espíritas insistem em não estudar, já imitando
os dogmas da antiga inquisição que condenou Galileu, só que em roupagem nova, que no
fundo não passa de intransigência e intolerância religiosa a qual os espíritos fizeram questão
de condenar.
Remetemos o leitor espírita às questões 883 e seguinte do Livro dos Espíritos, através das
quais Kardec afirma a morte do espiritismo, quando deixar de existir a liberdade de expressão.
7. O óvni de Belém
No íntimo de muitas criaturas palpita a intrigante questão do que seria a Estrela de Belém,
esta outra grande e admirável incógnita do Evangelho, que atrai a atenção das pessoas, sem
explicação ou resposta convincente.
Como pode uma estrela, por mais próxima que seja, que hoje sabemos fica a milhares de anos
luz da terra, poder guiar viajantes, localizar um lugar específico na paisagem de uma
pequenina aldeia da Judéia de há dois mil anos e para assombro da modernidade, parar sobre
um determinado lugar, apontando para um objetivo definido, justamente no momento do
nascimento de Jesus. Lugar este predestinado pelas profecias para receber o Salvador, a bela
Belém de Judá, próxima a Jerusalém onde muito tempo antes havia nascido o primeiro rei dos
Judeus, Davi.
Qual das estrelas do Céu pode parar por um instante que seja, sobre algum local,
desrespeitando impunemente as leis da natureza. Como pode parecer pueril para o homem do
século vinte e um, que a humanidade tenha acreditado em semelhantes afirmações por quase
dois mil anos.
A presença de uma "estrela” (1) que caminha pelas estradas do mundo, guiando pessoas e
pára num determinado lugar, seguramente não pode ser uma estrela, na acepção da palavra,
mas algum veiculo, nave, ou seja, lá o que for, mas com ação inteligente, guiada pela vontade
de alguém. Ou seja, é um veiculo que obedece a inteligência e não uma forma de matéria que
deveria seguir as imutáveis leis da mecânica celeste.
Esta hipótese alternativa, apesar de chocante, não pode ser descartada, à luz dos
conhecimentos e de relatos de experiências científicas e ufológicas de hoje.
Nem tampouco desconhecida dos espíritas, que já leram sobre a Casa Transitória Fabiano de
Cristo, e se emocionaram com uma “casa” que se desloca, voa, leva e trás pessoas, só falta
dizer que é uma nave. Talvez não tenha sido dito para não chocar mais do que já chocava a
revelação em si.
Qual a resposta para a descrição do comportamento da Estrela de Belém senão a de ela era
uma nave. Uma nave, que à luz dos conhecimentos desta ciência em formação que é a
ufologia, pode tranqüilamente ter trazido Jesus do cosmos para a Terra, já acondicionado em
seu novo invólucro de carne, fruto da engenharia genética espacial, donde três astronautas,
rebatizados mais tarde como três reis magos, desceram para colocá-lo no colo de Maria.
Acaso estaria assim tão destituída de crédito esta hipótese, ou alucinante teoria, de que Jesus
tivesse recebido um corpo físico, concebido numa outra dimensão, por processos avançados de
inseminação não uterina, de um óvulo de Maria e depois de gestado, nalgum equipamento,
algum tipo de útero artificial, ou mesmo no ventre de algum ser superior, até o momento o seu
nascimento previsto na Terra, e enfim, trazido por meio de uma nave, vista por tantas pessoas,
até ser colocado no seu colo. Seria assim tão mirabolante esta possibilidade extraterrena,
quando o próprio homem já consegue fazer algo parecido? E foi assim que ficou narrado nas
escrituras esperando que seu enigma fosse desvendado no futoro. Portanto a escolha de Belém
não foi ao acaso mas premeditada pelos trabalhadores do alto para cumprir as profecias.
Não será esta hipótese especulativa apenas a visão alegórica da verdade que Maria transmitiu
aos evangelistas, tendo o seu relato sofrido cortes posteriores, resultando na Vulgata apenas o
que interessava fixar como dogma.
Não teria sido este o processo que contribuiu para confirmar as afirmações do Novo
Testamento de que José aceitou o propósito superior, da maternidade espiritual de Maria, sem
maiores questionamentos.
Não seria o bebë Jesus recém-nascido de mulher, mas o menino Jesus das estrelas, de quem
falam as escrituras?
Porque será que Herodes mandou matar crianças de até dois anos de idade, se Jesus era
recém nascido? Tais teses, embora malucas para quem já perdeu a capacidade de sonhar e
raciocinar livremente, na realidade constituem hipóteses perfeitamente factíveis a luz das
atuais experiências humanas, mas que confirmam literalmente a Bíblia.
Confirmam também as palavras de Jesus ao dizer que Ele não era deste mundo o que equivale
dizer que, também, não fora gerado neste mundo. Corroboram também Jesus quando afirmou
que há muitas moradas na casa do Pai de todos nós.
Não será comodismo, ou simplesmente mais fácil, desacreditar quaisquer outras hipóteses que
chocam os dogmas vigentes de uma única existência e de uma única forma de concepção da
vida humana a não ser a relação sexual entre homem e mulher da Terra, para justificar a
família como a conhecemos, enquanto que Jesus falava de uma família universal, unida pelos
laços do amor indondicional, e de um pai Criador para todas as almas tornando-as irmãs
umas das outras?.
Ou tudo que Jesus disse não se aplicaria um dia à vida humana? Porque será que os Espíritos
Superiores, afirmam no livro dos Espíritos que existem duas espécies de famílias; a espiritual
e a humana, e que aquela precede a esta, e se dá pelos laços de afinidade ou seja, a família
espiritual e a única permanente e verdadeira, enquanto que a família física é apenas
transitória, sobrevivendo somente enquanto perduram os laços de sangue, por que atendem a
finalidades especificas e temporárias.
Do mesmo modo os espíritos também separaram a justiça divina da justiça humana, porque o
conhecimento espiritual é claramente diferente e superior ao do ser humano encarnado.
Foi pois intromissão nos desígnios superiores separar a hierarquia celeste da dos homens a
fim de evitar o contato entre as duas realidades para poder submeter a vida de Jesus aos
dogmas asfixiantes e limitados dos homens encarnados, apenas para justificar um poderio de
alguns homens sobre outros, para atender interesses escusos de dominação.
Cabe a cada um escolher diante de alternativas complexas e até paradoxais, até pouco tempo
consideradas heréticas, fictícias, anti-religiosas, absurdas ou loucas, de diferentes formas de
concepção para o corpo físico. Alias como tantas outras revelações ou profecias que depois se
tornaram verossímeis e materializadas.
O ponto que queremos chegar, porém, é outro.
Por que é mais importante perceber que, à luz da Ciência atual, a Criação pode ser
manipulada, sob a égide do plano maior, dando ao homem evoluído um poder criador, sem
cair em contradição com as revelações ou crenças espirituais, desde que se esteja aberto para
aceitar o que vem por ai...
Se eventualmente até Jesus pode supostamente ter passado pela experiência da concepção
artificial, porque os homens só podem ser considerados humanos se nascerem congenitamente
de homem e mulher e se limitarem eternamente à este tipo concepção genética familiar.
Ou seja, o epirito so pode encarnar se seu corpo for produzido da forma formalmente aceita?
Mas afinal não são os laços genéticos os maiores impeditivos ao congraçamento e a
fraternidade universal, anunciados por todos os espíritos superiores que vieram ao planeta.
Não seria a descoberta de uma nova maneira de dar vida corpórea aos espíritos uma forma de
abrandar os laços das posses e valorizar os laços de fraternidade? Realmente, é preciso
desdomatizar também a criação fisiológica.
Conclui-se, em concordância com a ciência atual, que a vida pode ser gerada diferentemente
das condições primárias, animais, até agora conhecidas, admitindo-se que as atuais
experiências, já em curso, podem não só explicar fatos evangélicos ocultos em dogmas, como
também sancionar o progresso da ciência na área da genética, dilatando os horizontes da vida
para além da vida como a conhecemos.
Tais assertivas corroboram também a Bíblia quanto diz que o processo de gestação humana
na Terra é um processo de punição, segundo a sentença proferida por Deus a Eva e que já
estava em desuso nas civilizações mais avançadas, das quais ela foi banida.
E aceitar isto já seria um grande avanço, para romper com os paradigmas em que a
concepção da vida ficou estacionada, por tantos séculos, até que o espírito humano
amadurecesse, para aceitar humildemente sua pequenez e inferioridade diante do universo
infinito e poder receber o avanço cientifico que permite fazer o homem ingressar no
emocionante mundo da criação.
Nota-se também a enorme quantidade de pessoas que não querem mais se casar e nem mesmo
ter filhos... Talvez já se preparando para novas formas de relacionamentos familiares e
também de concepção, no futuro.
9 - Um grande equívoco
Investigação histórica
Como explicar então, na estruturação da Bíblia mais de 300 anos depois de Jesus, a junção do
velho ao novo testamento? Porque unir a história de um único povo crente num deus
sanguinário e autoritário, com a vida cósmica e universal de Jesus, que se dizia filho do Pai
Celestial que é só amor? Como entender que o povo “eleito” tenha enviado seu salvador para
a crucificação romana?
Se este povo não reconheceu seu salvador, então não era o povo eleito. O salvador não
elegeria um povo que não O reconheceria.
Então, qual a razão, afinal, de se atribuir a Jesus uma família heráldica, como descendente
aristocrático de um Rei Judeu, Davi, e ao mesmo tempo repudiá-lo e condená-lo como um
Galileu gentio.
Trata-se de uma incoerência absurda transformar Jesus num produto do Judaísmo, que não
O reconheceu e ainda O condenou, quando na realidade o povo para o qual ele viera era bem
outro, que o amou e também morreu por Ele, na divulgação de sua mensagem para a
humanidade inteira.
Ou os evangelistas cometeram um lamentável equivoco, ou os historiadores pós-cristianismo
conduziram a humanidade a um perverso engodo, induzindo-a ao mais lamentável sofisma,
idolatrando um descendente de um Rei judaico, condenado por heresia, que obviamente Jesus
nunca foi, fatos estes inseridos na história por interesses escusos que procuraremos estudar
adiante.
A verdade é que Jesus foi Galileu por excelência, não Judeu. E morreu por desafiar as leis
humanas de sua época e desvendar para o homem a imensidão do Universo, a casa do pai e
suas infinitas moradas... Jesus foi crucificado por querer integrar a Terra ao reino dos céus. E
para os Judeus os melhores representantes da Terra eram os próprios Judeus. Não podiam
aceitar uma autoridade de fora no seio de sua raça, e alem disto o orgulho intelectual da
aristocracia romana e judaica não podiam aceitar um reino maior que o deles. Era muita
humilhação alguém se arvorar em superioridade ao mais altos escalões da aristocracia da
época.
Por isto, Jesus não era um Profeta nem Salvador, mas o Cristo, que quer dizer Enviado Divino
para a humanidade, não alguém que almejava ser líder de um único povo, muito menos para
declarar a supremacia de uma raça sobre as demais.Jesus veio representar o criador junto às
suas criaturas, e anunciar à elas o momento de seu ingresso no reino dos céus, ou seja, fazer
parte do contexto dos mundos habitados como comunidade digna, reintegrar os rebeldes
remanescentes ao cosmos.
De fato, tinha uma mensagem diferente de acordo com a necessidade de cada povo, sem
pertencer a nenhum deles.Apenas queria que se amassem uns aos outros. Jesus não veio
fundar religião alguma, nem tão pouco ratificar a superioridade de um determinado culto
religioso sobre outro.
O que Jesus veio fazer foi mostrar que existe vida além desta vida, existe um reino dos céus,
diferente do dos homens, exultante de vida, com muitas moradas, dentre as quais a terra é
apenas uma delas, muito atrasada.
Tanto é assim que, reiteradas vezes, quando recomendava aos seus discípulos que fossem
pregar, deviam dizer que era chegado o reino dos céus.
Nunca disse que era chegado o reino dos homens ou a salvação dos Judeus. Nem recomendou
dizer que haveria hegemonia espiritual de um povo sobre os outros.
Para chegar ao reino dos céus, não era preciso pertencer a esta ou aquela instituição, nem
defender este ou aquele rótulo, mas apenas aceitar a paternidade divina e manter-se conectado
a Ela através do pensamento elevado e de atitudes e obras dignificantes da vida. Ou seja,
fazendo o bem incondicionalmente.
Em realidade este era o foco principal da mensagem de Jesus, anunciar o reino dos céus.
Infelizmente ninguém quis saber, ninguém entendeu nada. Como podia aquele povo rude e
desprovido de recursos espirituais pretender entrar num reino celestial. Como conciliar o
comportamento quase animal dos homens da época com os exemplos celestiais de Jesus.
Cedo o Mestre percebeu que sua missão não seria reconhecida seus ensinos não estavam
sendo compreendidos, ninguém estava entendendo seu recado e sendo assim, era preciso
mudar os seus planos, modificando as lições que deveriam ficar para a posteridade, já que
naquela época, infelizmente, nada mudaria.
A verdade é que a historia da civilização poderia ser outra se tivéssemos reconhecido Jesus
como Mestre naquela época e aceitado seu convite amoroso para nos reintegrarmos ao seu
reino. Era tão fácil, e ninguém quiz.
Por isto Jesus deixou que se escrevessem estas palavras que Ele mesmo disse a seu respeito;
Tudo passará, menos as minhas palavras.
Vós também sois Deuses
Fareis o que faço e muito mais.
É-vos preciso nascer de novo
Eu sou o caminho a verdade e a vida,
Ninguém vai ao pai senão por mim.
Eu sou a água da vida aqueles que bebem desta fonte terão vida eterna.
Ao homem bom nada de mal acontece.
Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.
O meu jugo é suave.
Estarei convosco todos os dias de suas vidas até o fim dos tempos.
A cada vez que fizerdes o bem a um destes pequeninos é a mim que o fazeis.
Sempre que duas ou mais pessoas se reunirem em meu nome eu aí estarei.
Mais tarde enviarei o consolador que vos dirá tudo aquilo que por ora não vos posso dizer.
Destas afirmativas podemos tirar várias conclusões:
Se pensarmos que Jesus foi gerado fora do contexto terrestre, porém com uma eugenia
humana, sua existência pertenceu a uma realidade multidimensional e as relações de espaço-
tempo foram diferentes para Ele, permitindo, ao Seu tempo, ver o presente, o passado e o
futuro da humanidade. Não estaria Ele, portanto sujeito aos bloqueios que o arcabouço físico
empôe à consciência dos fatos.
Se somos deuses, na concepção desenvolvida por Jesus ou se fomos criados a semelhança de
Deus, é que de alguma forma somos deuses, possuindo em nós a Centelha Divina, Semente do
Criador, com os germens dos Seus atributos criadores em desenvolvimento.
Assim sendo, em algum momento das nossas existências como espíritos imortais que somos,
deixaremos de ser criaturas para nos tornarmos criadores. Teremos aprendido o necessário
para criar. E novamente tornar a aprender, para recriar cada vez melhor.
As faculdades mediúnicas reveladas por Jesus, são na realidade aquelas que o homem do
futuro possuirá naturalmente por conquista inalienável, como fruto dos seus esforços e
realizações, no campo do bem incondicional. E não apenas privilégio de alguns médiuns, que
vem com a missão de provocar os sentidos espirituais dos encarnados.
A vidência, a audiência, a desmaterialização e a rematerialização, a transfiguração e o diálogo
com os Espíritos de Luz, a visão a distancia, a visão do passado e do futuro, o dom de curar e
reconstruir a vida, serão faculdades intrínsecas, tal qual hoje o são o tato, o olfato, a visão, a
audição, e a capacidade se sentir e pensar...
Não podemos esquecer que o homem é responsável por tudo o que cria colhendo aquilo que
plantar. Se não alcançamos ainda a plenitude destas faculdades exercitadas por Jesus, é tão
somente por que não soubemos entender as suas lições. Por que para nos voltarmos para o
cosmos, não seria possível viver mais só da matéria Terrestre.
Por isto mesmo Jesus interrompeu sua existência neste mundo, deixou que se apressasse sua
morte. Poderia ter vivido muito mais tempo entre nós, mas iriam coroá-lo rei, desvirtuar suas
lições, transformar a Terra em sede do reino. Mas como? Seria uma inversão total de valores
o planeta mais atrazado se tornar sede do reino. Seria o ultimo golpe dos rebeldes estelares.
Assim Jesus se retirou antes que a loucura tomasse conta dos poderosos, mas estaria com a
humanidade em espírito com sua assistência desvelda e incessante ao longo dos milênio do
porvir aguardando o momento oportuno para regressar, conforme suas promessas, a fim de
separar o joio do trigo.
Era pois aos homens necessário nascer de novo, continuar a escala evolutiva através das
reencarnações ate que se esgotassem as experiências indispensaveis para entender o recado
que Jesus veio trazer naquela época. Intronizar nos espíritos suas lições de amor
incondicional. Por isto tudo passaria, menos as suas palavras.
A ascensão de Jesus aos céus, assim como a de Maria, num fenômeno inexplicável, de subida
às nuvens, ou seriam naves?; E ralmente algo revelador de mais que um simples
desaparecimento. Havia certamente todo o contexto de uma outra realidade por trás destes
acontecimentos, naturalmente imperceptível aos olhos dos simples mortais daquela época, mas
hoje explicáveis à luz do espiritismo moderno ou da ufologia.
12 - retrato de Jesus
Em Roma, no arquivo do Duque de Casadinis, foi encontrada uma carta de Públio Lêntulos,
legado da Galiléia, do Imperador Romano, Tibério César. Eis a carta que é um retrato de
Jesus.
"Existe em nossos tempos um homem, o qual vive atualmente de grandes virtudes, chamado
Jesus, que pelo povo é inculcado profeta da verdade, e, os seus discípulos dizem que é filho de
Deus, Criador do Céu e da Terra e de todas as coisas que nelas se acham e que nela tenham
estado.
Em verdade, cada dia se ouvem coisas maravilhosas desse Jesus; ressuscita os mortos, cura os
enfermos.
Em uma só palavra: é um homem de justa estatura e é muito belo no aspecto. Há tanta
majestade no rosto, que aqueles que o vêem são forçados a amá-lo ou temê-lo.
Tem os cabelos da cor da amêndoa bem madura, distendidos até as orelhas e das orelhas até
às espáduas, são da cor da terra, porém mais reluzentes. Tem no meio da fronte uma linha
separando os cabelos, na forma em uso pelos Nazarenos.
O seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno, nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face de
cor moderada; o nariz e a boca são irrepreensíveis. A barba é espessa, mas semelhante aos
cabelos, não muito longa, mas separada ao meio.
Seu olhar é muito especioso e grave; tem olhos graciosos e claros; o que surpreende é que
resplandecem no seu rosto como os raios do sol, porém ninguém pode olhar fixo o seu
semblante, porque quando resplende, apavora, e quando ameniza faz chorar. Faz-se amar e é
alegre com gravidade. Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas, antes, chorar.
Tem os braços e as mãos muito belos; na palestra contenta muito, mas o faz raramente e,
quando dele alguém se aproxima, verifica que é muito modesto na presença e na pessoa.
É o mais belo homem que se possa imaginar, muito semelhante a sua mãe, a qual é de rara
beleza, não se tendo jamais visto, por estas partes, uma donzela tão bela...
De letras, faz-se admirar de toda a cidade de Jerusalém; Ele sabe todas as ciências e nunca
estudou nada.
Ele caminha descalço e sem coisa alguma na cabeça. Muitos se riem vendo-o assim, porém
em sua presença, falando com ele, tremem e admiram.
Dizem que um tal homem nunca fora ouvido por estas partes. Em verdade, segundo me dizem
os hebreus, não se ouviram, jamais, tais conselhos, de grade doutrina, como ensina este Jesus;
muitos judeus o têm como Divino e muitos me querelam, afirmando que é contra a lei de tua
Majestade.
Diz-se que este Jesus nunca fez mal a quem quer que seja, mas, ao contrário, aqueles que o
conhecem e com ele tem praticado, afirmam ter dele recebidos grandes benefícios e saúde".
Públio Lêntulus.
14 - A Mensagem de Jesus
Há muita informação que os apóstolos não puderam narrar, ou então seus informes se
perderam nas varias transcrições do Evangelho, ou ainda foram excluídas ou modificadas, no
texto sagrado.
Apesar disto, basta uma analise um pouco mais acurada para se compreender que Jesus
deixou oculta nas parábolas que legou a humanidade o contexto cósmico simplificado em
metáforas simples e compreensíveis ao senso comum de todos os tempos.
Nestas parábolas Jesus transformou Deus nosso pai, em "rei", ''senhor de terras'', ''pai
misericordioso'', etc., e o reino dos céus, ou seja as diversas moradas, em
''fazendas'',''vinhas'', e o juizo final, em: ''não julgueis, para não serdes julgados'' e ''muitos
os chamados e poucos os escolhidos" e ele mesmo se traduziu por um ''semeador''.
É nas interpretações das parábolas que se verifica a enorme sabedoria de Jesus, deixando
oculto seus ensinamentos, para que um dia sua mensagem fosse redescoberta, apesar de todos
os desvios a que seu evangelho seria submentido.
Nosso amado extraterrestre estava nos ensinando que havia outras civilizações e comunidades
em outros mundos muitos mais antigos que o nosso, em outras esferas de vida, das quais Ele
viera para nos ensinar sobre suas existências e ditar os padrões e novos paradigmas para se
alcançá-las.
Nos seus sermões maravilhosos, enunciou e depois exemplificou também os pré-requisitos
necessários para fazermos parte deste contexto maior, deste maravilhoso Universo exterior e
ainda infelizmente desconhecido, sem desprezar a Terra que nos acolheu a qual já deveria
fazer parte conjunta deste contexto mais amplo.
Jesus estava decretando a maioridade da humanidade terrestre, para se inserir noutras
realidades de vida, delegando responsabilidades aos aprendizes amadurecidos, ao fim de longo
estágio de aprendizado.
Na realidade, sua grande paixão foi o povo anônimo, onde sua mensagem podia ser semeada
em solo fértil e não a aristocracia cristalizada nos sofismas que as prendem ao poder e à
matéria.
Sua mensagem era universal e se dirigia a todos os corações de boa vontade, não somente aos
poderosos e efêmeros governantes e nem tão pouco aos pobres revoltados.
Como Ele dizia; Eu vim para os que estão perdidos da casa de meu pai. Eu vim para os
doentes, os aflitos, os indefesos, para os que estão em conflito, não para os sãos.
Jesus sabia que somente o povo tinha massa crítica suficiente para mover o mundo noutra
direção.
Jesus trabalhou intensamente para trazer para o convívio social criaturas que estavam
rejeitadas e excluídas,
Deixou muito claro também o critério de julgamento com o qual seremos todos julgados um
dia, antes de entrarmos no reino dos céus. A concessão de nosso passaporte dependeria de
como responderíamos às perguntas simples e objetivas, que nos serão feitas, após o
desencarne; Você vestiu o nu?, deu de beber a quem tinha sede?, deu de comer a quem tinha
fome?, consolou os tristes?, levantou os caídos? Então o universo quer sua presença útil.
Caso contrario....
15 - Lições inesquecíveis
É sempre importante notar que as melhores lições e exemplos práticos da vida espiritual de
Jesus foram dadas em momentos decisivos, para servir de ícones de comportamento universal,
diante das situações para as quais o referencial humano estava equivocado.
Suas lições contrariavam todas as recomendações vigentes. Afrontavam todos os princípios
das leis humanas instituídas pela aristocracia. Aliás, se até hoje é muito difícil aceitar suas
atitudes e comportamento, que se dirá de suas palavras?
Das situações mais terríveis Jesus extraia a essência das suas mais lindas lições de amor ao
próximo e até ao inimigo. Lições estas que se tornaram os paradigmas para qualquer pessoa
utilizar nas situações mais difíceis.
Perdoou uma mulher casada que cometeu adultério, por ser este o pecado humano até hoje
mais difícil de perdoar, e justificou sua atitude, porque ninguém está isento deste pecado, pelo
menos espiritualmente, desmascarando a hipocrisia vigente.
Trouxe para o seu círculo de aprendizes uma meretriz porque seu sofrimento simbolizava o
esforço supremo de sobrevivência e progresso, em situações mais adversas. Um mal menor
diante de tantos que se suicidam.
Recomendou a renúncia àqueles que gostariam de segui-lo, mas ainda não podiam porque
tinham pendências a serem resolvidas.
Mandou Dar a César o que é de César, mostrando que o trabalho espiritual não desobriga
ninguém do trabalho material, mostrando que ambos são importantes, cabendo a criatura
dosá-los com inteligência e sentimento, sem misturá-los ao longo da vida.
Perdoou seus algozes, do alto da cruz, mostrando que esta é a mais alta lição para lidar com
pessoas difíceis e ignorantes, porque geralmente não sabem o que fazem.
Revelou que a maior causa das doenças psíquicas da humanidade é a ansiedade, e que não
vale a pena afligir-se por uma situação que ainda não aconteceu, porque muitas das nossas
aflições jamais acontecem. Não vos aflijais pelo dia de amanhã, disse Jesus, ou seja, vivendo
cada problema por sua vez, confiando que conseguirá resolvê-los aos poucos, sem pressa.
Mostrou toda a beleza das maravilhosas leis universais que governam a vida humana, através
de sermões simples, de conceitos acessíveis a qualquer inteligência mediana.
Profetizou o futuro ao inserir conhecimentos profundos para a posteridade, através de
parábolas maravilhosas e sublimes a serem interpretadas em tempo oportuno, pela posteridade
dos nossos dias.
Afirmou que há muitas moradas na casa do seu Pai, entre as quais uma outra seria preparada
para os homens de boa vontade, equivale a dizer que Ele tinha um plano de ação, que deveria
ser cumprido, presumivelmente em dois mil anos, para que Ele avaliasse os resultados.
Mostrava assim que o universo é semelhante a um imenso condomínio, no qual comunidades
diversas vivem como famílias no mesmo conjunto, naturalmente regido por leis sábias e justas
ditadas por conselheiros e dirigentes experientes. É evidente que num condomínio todos
precisam seguir as regras básicas de convivência.
Nada, no entanto se compara a realização de suas promessas com relação à humanidade, que
sustentou e sustenta ainda todas as religiões Cristãs.
Estarei convosco todos os dias da suas vidas.
Cada vez que fizerdes o bem a um destes pequeninos é a mim que o fareis.
Sempre que duas ou mais pessoas se reunirem em meu nome Eu aí estarei.
Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.
Prometeu que no terceiro dia ressuscitaria dos mortos - e ressuscitou mesmo.
E voltou para seu reino de luz.
São lições inesquecíveis, que nos fariam refletir por longos anos sobre nossos erros, equívocos
e ambições, lutando pela posse de uma vida efêmera, enquanto nos aguarda uma imortalidade
vitoriosa, no reino do espírito ou encarnados em outros mundos.
De que valeria ao homem ganhar o mundo e perder a sua alma?
Jesus sabia que estava promovendo uma profunda revolução no seio dos espíritos mais
amadurecidos.
Não uma revolução armada como imaginava o povo comum, e que levou Judas a cometer um
grande equivoco de interpretação, embora tendo cumprindo um papel decisivo que interessava
aos planejadores divinos de demonstrar a imortalidade da alma.
Na realidade Jesus chocava os conceitos das leis Judaicas e provocava os sacerdotes que
estabeleciam leis de falsa pureza, a pretexto de segregar as pessoas inconvenientes aos
interesses do Sinédrio Judaico.
Dentre as maiores ofensas à lei se destacam os fatos dele admitir um publicano, considerado
traidor do povo, entre seus discípulos, compartilhar suas preleções com pecadores, prostitutas
e gentios, eleger um samaritano, (parábola do bom samaritano) considerado pertencente ao
povo herege, como aquele que realmente fazia a vontade de Deus, curar enfermos, perdoar
pecados, trabalhar aos sábados, amar os inimigos.
Tais fatos confrontavam violentamente os preceitos das leis judaicas, integrando à sociedade
pessoas que de outra forma estariam para sempre repudiadas e excluídas.
Naturalmente que as leis eram falhas, porque, além de serem humanas, partiam do preceito de
uma única vida, as pessoas que nasciam em condições inferiores ou que contrariavam as leis
de pureza judaicas, estavam condenadas por Deus e por isto mereciam as penas que estavam
sofrendo, sendo motivo de vergonha para seus familiares que muitas vezes os abandonavam.
Jesus desafiou assim o poder vigente devolvendo estas pessoas à vida e a sociedade, o que até
hoje pode ser um escândalo em certas circunstâncias, mas enquanto houver exclusão, haverá
uma estratificação injusta da humanidade.
Quando Jesus foi condenado à morte pelos rabinos do Sinédrio, esta condenação acima de
tudo foi conseqüência de Jesus contrariar os aspectos humanos das suas leis, que
diferenciavam as criaturas de acordo com a classe a que pertenciam e por causa da forma
como agia.
Ou os sacerdotes Judeus condenaram Jesus pelo fato dele ser um profeta heráldico
descedendente de David, e por esta razão não poderia se comportar como fez, igualando as
criaturas perante o Pai, tornando-se herege à sua descendência, ou então, o Sinedrio o
condenou por ser gentio, a ai pretender ser o Messias esperado pelos Judeus já era demais
para alguém da Galileia.
Ele mostrava que perante Deus somos todos iguais, não podendo haver privilégios, portanto,
não contrariava os preceitos da Lei Divina. .
Assim, além de enfurecer o Sinédrio desafiando suas leis, Jesus se tornava perigoso demais ao
atrair os excluídos para a sociedade.
Não é por acaso que o Sumo Sacerdote Caifas sentenciou que era preferível que morresse um
só do que muitos. Pela sua imaginação fértil o objetivo de Jesus era arregimentar gente para
sua causa e promover uma revolução para derrubar o poder do Sinédrio, como intermediário
entre o povo e Deus provocando uma guerra civil.
Naturalmente Jesus estava pacificamente rompendo as barreiras entre os homens e Deus,
eliminando o poder humano de submeter os seguidores e mostrando que os interpretes das leis
divinas deveriam é ser servidores do povo, encaminhando-os para Deus e não o contrário.
Muitos dos seguidores de Jesus, incluindo alguns dos seus discípulos tinham a ilusão de que
Jesus poderia mudar as relações de poder entre as autoridades da época, mas Jesus havia
escolhido outro caminho, o da redenção da alma.
Em verdade o motivo maior de Jesus ter sido condenado foi por ter mostrado ao homem a sua
pequenes diante do universo, por ter aberto ao homem a visão cósmica, mostrado ao homem
que ele fazia parte de algo maior.
Para ser grande no Ceu era preciso ser pequeno na Terra.
Para os poderosos, descobrir um reino maior que o deles é algo insuportável. Por isto, só com
muita humildade e às vezes passando por louco conseguem os bons espíritos manter acesa a
chama da fé na vida após a vida.
Alias, nem para os discípulos mais leais Jesus deixou esta ilusão.
Qunao Ele anunciou na santa Ceia , que sua missão havia acabado e que ele deveria partir,
que a sua mensagem não fora entendida, e que seria martirizado por confundir os poderosos,
os discípulos ficaram indignados. Como podia ser isto? Ele havia entrado em Jerusalém
coberto de Gloria e sairia dali assassinado? Mas sua utoridade era inconfundível.Nao havia
como negar.
Passou pela cabeça dos discípulos o estranho apelo de saber qual dentre eles os apóstolos
estaria mais apto para liderar o gurpo. Qual deles seria o escolhido por Jesus para ser seu
sucessor quendo ele se fosse?
Percebendo o que se passava, Jesus tomou de uma toalha e fazendo como os escravos,
começou a lavar os pés dos apóstolos.
Sem compreender os apóstolos começaram a retorquir com Jesus o que significava aquilo.
Então veio a maior de todas as suas lições,
“Voces dizem que sou o Mestre e realmente o sou. E se assim é vos lavo os pés é para que sirva
de exemplo de como deveis vos tratar uns aos outros. Por que quem quizer ser o maior no
reino dos céus, seja o menor entre os homens”
Fazia referencia a outra parábola; a de não procurar os primeiros lugares nos banquetes,
para que o anfitrião não o convidasse a tomar outro lugar, e que era melhor esperar ser
convidado para ocupar seu rmerecido lugar; por que “quem se exaltar será humilhado e
quem se humilhar será exaltado”
Ate hoje os que seguem a Jesus, são considerados pelo mundo como perdedores. Mas ninguém
sabe como os perdedores deste mundo chegam ao reino dos céus.
17 - A MENSAGEM CRISTÃ
Emmanuel - Roteiro
Não se reveste o ensinamento de Jesus de quaisquer fórmulas complicadas.
Guardando embora o devido respeito a todas as escolas de revelação da fé com os seus
colégios iniciáticos, notamos que o Senhor desce da Altura, a fim de libertar o templo do
coração humano para a sublimidade do amor e da luz, através da fraternidade, do amor e do
conhecimento.
Para isso, o Mestre não exige que os homens se façam heróis ou santos de um dia para outro.
Não pede que os seguidores pratiquem milagres, nem lhes reclama o impossível.
Dirige-se a palavra d'Ele à vida comum, aos campos mais simples de sentimento, à luta vulgar
e às experiências de cada dia.
Contrariamente a todos os mentores da Humanidade, que viviam, até então, entre mistérios
religiosos e dominações políticas, convive com a massa popular, convidando as criaturas a
levantarem os santuários do Senhor nos próprios corações.
Ama a Deus, Nosso Pai - ensinava Ele - com toda a tua alma, com todo o teu coração e com
todo o teu entendimento.
Ama o próximo como a ti mesmo.
Perdoa ao companheiro quantas vezes se fizerem necessárias.
Empresta sem aguardar retribuição.
Ora pelos que te perseguem e caluniam.
Ajuda aos adversários.
Não condenes para que não sejas condenado.
A quem te pedir a capa cede igualmente a túnica.
Se alguém te solicita à jornada de mil passos, segue com ele dois mil.
Não procures o primeiro lugar nas assembléias, para que a vaidade te não tente o coração.
Quem se humilha será exaltado.
Ao que te bater numa face, oferece também a outra.
Bendize aquele que te amaldiçoa.
Liberta e serás libertado.
Dá e receberás.
Sê misericordioso
Faze o bem ao que te odeia.
Qualquer que perder a sua vida por amor ao apostolado de redenção ganha-la-á mais perfeita,
na glória da eternidade.
Resplandeça a tua luz.
Tem bom ânimo.
Deixa aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos.
Se pretendes encontrar-me na luz da ressurreição, nega-te a ti mesmo, alegra-te sob o peso da
cruz dos próprios deveres e segue-me os passos no calvário de suor e sacrifício que precede os
júbilos da aurora divina!
E, diante desses apelos, gradativamente, há vinte séculos, calam-se as vozes que mandam
revidar e ferir!... E a palavra do Cristo, acima de editos e espadas, decretos e encíclicas, sobe
sempre e cresce cada vez mais, na acústica do mundo, preparando os homens e a vida para
soberania do Amor Universal.
CAPITULO 3 - O CRISTIANISMO
Em seguida, viajaremos pela história pós Jesus para observarmos de que forma seus ensinos
foram desvirtuados e como agiu a misericórdia divina, para mostrar ao homem seu equivoco e
traçar em cada época novas coordenadas evolutivas.
Chegarmos ao ponto em que a evolução do conhecimento espiritual se encontra nos dias de
hoje, a caminho de novas e fascinantes descobertas.
Não é por acaso que depois de Jesus o mundo tenha mudado tanto. Os cristãos de todas as
épocas, aos poucos foram compreendendo as lições de Jesus e comprometidos ou não com as
religiões vigentes e tomaram iniciativas apostólicas baseadas do exemplo do Cristo:
Criaram hospitais e escolas de enfermagem; para atendimento aos doentes antes
abandonados; construíram centros de educação estrutudadas na pedagogia do Mestre
motivando o respeito de uns pelos outros; Criaram as faculdades de ensino das ciências que
convergiram para a busca da confirmação do reino dos céus; inspiraram a criação das
instituições da caridade, tanto as pessoais, como as coletivas como os asilos, para abrigar os
desvalidos; as casas de recuperação dos que estava desviados da verdade; das penitenciarias
que livraram os condenados à morte para serem reeducados através do amor e do perdão.
Foram tantas outras obras de compaixão e misericórdia, principalmente para com os pobres e
excluídos, que nasceram da visão cósmica que o Cristo legou aos homens que foram
constituindo a brilhante civilização ocidental em que vivemos, e que ora se espraia pelo
mundo antigo.
A decodificação das palavras dos bárbaros que dominaram o mundo romano, na idade média,
transformando-as em línguas cultas, e a catequese consequente com o objetivo de torna-las
cristas,
O desenvolvimento das artes e da música em todo o ambiente cultural do mundo ocidental,
devido a representaçao simbólica por meio de sons para ilustrar os textos bíblicos nas igrejas e
palácios.
A divulgação da Bíblia por todo o mundo civilizado, após a invenção da imprensa, instituindo
regras mínimas de moral nas relações humanas. E o fim da ingnorancia e da escravidão,
baseadas nas máximas de liberdade pensamento e do fim das algemas espirituais que prendem
os homnes às religiões, pregadas pelo mestre do amor e do perdão.
O impacto do cristianismo sobre a economia mundial, através do não furtaras, e do
fortalecimento das instituições econômicas através da justificação do daí a César o que de
César e a Deus o que é de Deus.
Que seria deste mundo se Jesus não tivesse existido?
Ainda hoje apesar de todos os desvios da humanidade, para sermos justos, todo o progresso
que hoje desfrutamos é inteiramente devido a Jesus.
Emmanuel lembra que quem depois curou a cegueira de Saulo foi o próprio Ananias,
convertido de vítima em salvador.
Mais tarde, após a conversão de Saulo; do Judaísmo ao Cristianismo, tomou o nome de Paulo
emprestado de Paulo Sergio, que Saulo havia convertido ao Cristianismo.
Paulo inicia a saga da pregação do Cristianismo primeiro entre os seus compatriotas Judeus
que não o aceitaram. Depois, Paulo se voltou para os Gentios, ou povos não Judeus, e se
tornou o maior disseminador da boa nova entre os povos da Ásia e da Europa, pois era o mais
culto, letrado, fluente e arrebatado dentre os que se tornaram apóstolos de Jesus.
As perseguições que Paulo iniciara contra os cristãos, no entanto tomaram vulto, quando
perceberam que o próprio Saulo havia se tornado cristão. E o principal alvo destas
perseguições foram os próprios apóstolos. Começou então a diáspora dos apóstolos. Pedro vai
para Roma, juntamente com Marcos e familiares. Depois lhe seguem os passos em Roma
Paulo e Lucas.
Marcos está enterrado em Veneza, na praça São marcos, Tiago Menor na Igreja de Santiago
de Compostela, Tiago Maior em Jerusalém, onde fora apedrejado ou talvez decapitado. Supõe-
se assim que os apóstolos levaram o evangelho para bem longe de Jerusalém, muito antes da
diáspora Judaica.
Mais tarde, muitos outros Judeus se convenceram da veracidade da mensagem do Galileu,
mas a maioria deles só passou a divulgar sua mensagem após a diáspora, que se seguiu à
invasão de Jerusalém, em 70, pelas tropas do general Tito, posteriormente imperador romano.
As igrejas fundadas por Paulo funcionavam nos moldes cristãos, quase sempre separando o
que era de Jesus do que era de Moises, aliás, como o havia feito Jesus. Até por que o deus de
Moises era cruel e vingativo enquanto que o de Jesus era bom e misericordioso.
Moises proibira a comunicação com os mortos, que o pentecostes sancionara novamente.
Estas igrejas funcionavam como centros de estudo do evangelho, assistência espiritual e
amparo fraternal, além das curas. O que as sinagogas antigas não faziam.
Para poder orientá-las utilizavam-se de epístolas. Com ele o evangelho conquistou corações
em toda a Ásia, chegando a Capital do Império.
Os estudiosos do Cristianismo, principalmente aqueles críticos, que acham que Paulo lançou
as bases para um catolicismo helênico, diferente, enganam-se por não estudarem as cartas de
Paulo, e o seu evangelho, escrito por Lucas, abstraindo-as do Judaísmo, onde visivelmente,
Paulo fazia questão de separar o Cristianismo do Judaísmo.
O cristianismo nascente se sustentou e cresceu, mesmo sob as perseguições Judaicas, porque
se disseminava no ambiente familiar, dentro das casas, mas, sobretudo por sua mensagem
universal e cósmica, e não por enaltecimento de determinados eleitos.
A força da sua mensagem de alto conteúdo espiritual colocava a alma e suas virtudes acima
das vitórias materiais e o reino dos céus acima do reino dos homens, como Jesus queria,
levando o homem à compreensão do seu destino conhecendo a causa do seu sofrimento e a
esperança numa vida melhor no futuro, justificando todos os sacrifícios e todas as renúncias.
Divulgado por Paulo e seus seguidores, o Cristianismo primitivo difundiu-se por toda a Ásia,
chegando a Roma, e solapando as bases do Império Romano.
Muito antes dos bárbaros dominarem Roma, o Cristianismo já o havia feito, desestimulando a
violência, as lutas, o revide, enfraquecendo as forças negativas que sustentavam o Império à
base da violência.
Há que se fazer uma distinção entre os objetivos dos Judeus e os dos Cristãos. A estas alturas
o Cristianismo já era um movimento eclético, fora do controle judaico, pois entre suas hostes
já figuravam Romanos, inclusive simpatizantes pertencentes as hostes do Império, Gregos
ilustres, e toda sorte de infelizes e necessitados de todas as procedências que haviam se
beneficiado das pregações de Paulo e mais tarde também de Pedro, em Roma.
O aumento da consciência coletiva para uma visão mais dilatada da vida e do universo fazia
dos poderosos, criaturas inferiores e frágeis, aos olhos do povo. Apesar da crueldade dos seus
déspotas, o povo do Império já era outro, movido pelas idéias Cristãs.
Era, pois, preciso barrar o avanço do Cristianismo.
No ano 64, o imperador Nero incendiou parte de Roma para realizar seu projeto de
reurbanização da cidade. Mas o incêndio se descontrolou consumindo milhares de vidas.
Para achar um culpado, Nero acusou os Cristãos, iniciando um longo e doloroso processo de
perseguições romanas aos cristãos, que perdurariam até o ano 300.
Mesmo assim o cristianismo avançava, a revelia das forças do império, pois já havia
conquistado as massas anônimas e sofredoras, relegadas ao sofrimento pelos poderosos de
todas as raças.
3 - Do cristianismo ao catolicismo
Até o ano 300 o cristianismo era um movimento simples, de consolo e assistência aos
desvalidos, por meio de assembléias de estudos dos textos dos apóstolos, em casas de famílias
cristãs e sessões de curas em albergues destinados a estes fins, tolerados pela sociedade pelo
seu caráter benemerente.
As reuniões públicas não eram toleradas, se davam nas catacumbas, os cemitérios
subterrâneos de Roma, por serem considerados os locais dos mortos e respeitados pelos
exércitos romanos.
Até esta época acreditava-se, entre os cristãos, na imortalidade da alma, na pluralidade dos
mundos habitados, na reencarnação, fosse na terra ou em outros mundos, e também na
comunicação com os mortos, valores estes que sustentaram a fé dos mártires cristãos nos
circos romanos, contagiando crentes de todas as raças e legando o Cristianismo para a
posteridade.
O universo era a casa de Deus, condomínio onde moravam tantas famílias divinas.
Os Cristãos eram na maioria pessoas simples e pobres muitos deles escravos, soldados e
gladiadores, das classes de onde se originavam os encarregados de sustentar o poder militar
romano perante os inimigos.
Porem, estes, ao se tornarem cristãos já não queriam lutar inclinando-se à fraternidade
inclusive com os povos dominados.
O Imperador Constantino foi o primeiro a perceber que o Império estava diante de um inimigo
mais poderoso que ele, difícil de vencer, que o enfraquecia gradativamente de dentro para fora
das suas próprias hostes; Era preciso assimilar o Cristianismo.
A mensagem espiritual do cristianismo primitivo minava as forças do império, desautorizando
as lutas por conquista e dominação.
As forças bárbaras ameaçavam as fronteiras do império, mas os soldados preferiam serem
cristãos, e buscar a confraternização, enfraquecendo seu poder.
Além disto, as lutas pelo poder dividiam o império em facções, e os costumes decadentes da
sociedade afrouxavam as virtudes e a vigilância. Era preciso agir e os bárbaros agora eram o
pretexto.
O imperador Constantino que era um brilhante estrategista militar lançou mão do célebre
conceito; - "Se não posso com meu inimigo, é melhor aliar-me a ele". Era preciso revigorar
as forças do Império e para isto era preciso o apoio dos soldados cristãos.
Constantino encontrou um pretexto Divino para justificar sua "conversão" ao Cristianismo e
depois torná-lo uma força do Império...
Curiosamente foi uma visão que ele e seus soldados tiveram antecedendo uma batalha vencida
por ele; uma enorme cruz que cintilava no céu lhe enviou uma mensagem; "In Hoc Signo
Vinces" - Sob este sinal vencerás - Parece uma entidade de luz ou uma formação de naves
espaciais. Afinal é preciso ter vida inteligente para passar uma mensagem.
Mais tarde Constantino descobre que sua mãe Helena era também cristã o que faz
Constantino tornar-se também simpatizande da doutrina do Nazareno.
Daí à tolerância, abrindo Constantino as portas do poder para as religiões perseguidas.
Em 313, faz publicar o Édito de Milão, permitindo a liberdade de cultos religiosos e abrindo
caminho para tornar o cristianismo aliado do Estado romano. Em 321, foi permitido o
descanso aos domingos.
Em 324, o Império Romano foi reunificado, com a vitória de Constantino sobre Magêncio,
começando-se a cogitar de uma religião única para o império que contivesse os axiomas das
religiões vigentes ou aceitas. Estavam dados os passos iniciais para a criação do futuro
Catolicismo, que na realidade viria a ser um sincretismo entre o Cristianismo, o Judaísmo e os
rituais pagãos aos deuses romanos, sob a égide do Estado Romano.
O cristianismo naquela época estava disseminado por vários povos e com interpretações
diversas sobre o evangelho de Jesus. E, para que tantas versões diferentes fossem melhor
aceitas pelo espírito mais culto da aristocracia que agora poderia apreciar o Cristianismo,
Constantino resolveu convocar uma reunião dos instrutores do evangelho para as varias
comunidades diferentes, para fazer uma unificação conceitual do imenso legado do
Cristianismo.
Assim se constituiu o que ficou depois conhecido como Concilio de Nicéia, uma pequena
cidade da atual Turquia, perto de Constantinopla, de onde Constantino podia acompanhar o
desenrolar das atividades dos instrutuores, então chamados de bispos.
Este concilio foi convocado em 325, entre outras coisas para combater o cisma de Ário, um
pregador da Ásia que não se conformava com a idolatria à figura de Jesus e dos espíritos que
se manifestaram no pentecostes, avocando uma natureza mais humana para Jesus.
O Concílio decretou a igualdade da natureza de Jesus com a do Pai. Portanto, Jesus não era
uma criatura criada como todas as outras mas um ser divino criador como Deus. Não chegou
a Deus por seus méritos mas tinha intrinsecamente o poder de Deus desde sempre.
“Jesus é Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro gerado por Deus verdadeiro, consubstancial ao
pai e não apenas criatura divina”.
Fixou a data da páscoa na primeira lua cheia da primavera no hemisfério norte. A páscoa
Judaica comemorava a libertação dos Judeus do cativeiro Egípcio e a páscoa Católica
comemora a libertação de Jesus do jugo da matéria, simbolizados na sua morte e ressurreição.
Estabeleceu uma hierarquia entre as igrejas cristãs, pela ordem; Roma, Alexandria, Antioquia
e por último Jerusalém.
Estavam dados os primeiros passos para a estruturação hierárquica dos representantes de
Deus na Terra, em graduação de poder e hierarquia. Era o fim do “fazei aos outros o que
queres que vos façam”, no âmbito do Cristianismo, pois era preciso primeiro obedecer às
regras do poder instituído.
Depois de organizado os textos que iriam servir de base para a elaboração futura do novo
testamento, Constantino pediu ao concilio que fizesse um resumo ou súmula que deveria ser
aceita por todos os futuros cristãos, como sendo o seu voto de fé e razão principal da sua
crença em Jesus.
Assim após longas discussões o Concilio estabeleceu o que ficou conhecido como O Credo
Cristão, o ato oficial em que o seguidor do cristinismo faz a sua declaração de adepto da fé
crista.
CREDO –
Cremos em um só Deus, Pai, todo poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas
visíveis e invisíveis.
E em um só Senhor Jesus Cristo, filho único de Deus, gerado do pai antes de todos os tempos,
luz da luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro, gerado e não criado, consubstancial ao Pai,
por quem todas as coisas foram feitas, o qual por nós homens e para nossa salvação desceu do
Céu, e encarnou pelo espírito santo e da virgem Maria, e se fez homem e por nossa causa foi
crucificado sob Poncio Pilatos, e padeceu e foi sepultado, e ressurgiu de novo ao terceiro dia,
segundo as escrituras, e subiu ao Céu e está sentado à mão direita do Pai, e virá de novo em
sua glória para julgar os vivos e os mortos, e cujo reino não terá fim.
E no espírito santo, senhor que dá a vida que procede do pai e do Filho, e que com o Pai e o
filho é adorado e glorificado, e que falou pelos profetas,
E numa igreja una, santa, católica e apostólica.
Confessamos um só batismo para a remissão dos pecados, e esperamos na ressurreição dos
mortos e na vida do mundo que há de vir.
Amem.
Recitado com tanta freqüência nas cerimônias religiosas de adesão ao catolicismo e mais
tarde em todas as religiões oriundas do catolicismo; romana, ortodoxa, anglicanas e
protestantes que aceitaram o mesmo credo como voto de fé cristã, pouca atenção se deu ao
significado do Credo.
È interessante notar e vale a pena identificar no credo as revelaçãoes mais importantes que
Jesus fez a humanidade, no seu tempo.
Na síntese formulada pelo Credo Jesus ensina que o Criador absoluto de toda a criação è
Deus, e
o principal co-criador para tudo o que é conhecido pela humanidade é Jesus que também
ajuda o criador em toda a sua obra, pois que esta consubstanciado a Ele.
Mas se atentarmos para o restante do Credo, percebe-se que ali ficou implícito que o Espírito
Santo também faz parte do poder criador do universo.
Ora, como sabem os espíritas e espiritualistas a alma evolui dos seres simples e ignorantes
criados em tempos diferentes para um dia se tornarem também co-criadores em grau menor.
O que equivale dizer que todos os seres vivos são também criadores, ou sejam, somos todos
deuses, conforme enunciou Jesus.
O Credo também identifica a principal razão para os cristãos seguirem os preceitos da fé, os
bons atos serão recompensados no juízo final, por ocasião da volta de Jesus, no final dos
tempos, para julgar os vivos e os mortos.
Pois todos sabemos que os tempos são chegados, de acordo com as revelações espirituais do
Consolador prometido por Jesus, que já veio avisar desde o o século dezenove, que o fim dos
tempos está próximo.
Então, alem do fato de ficarmos sabendo que somos responsaveis pela criação e pela
manutenção do universo, na categoria de espíritos santos ou co-criadores, responderemos pelo
mau uso que fizermos da nossa capacidade de criar, pois que jamais fomos privados do nosso
livre arbítrio.
Então, aquilo que ficou explicito no credo cristão esta se cumprindo neste exato tempo de
nossas vidas atuais em que estamos respondendo pelos resultados das nossas criações ao
longo do tempo em que ficamos aguardando a volta de Jesus.
Em 354, foi abolido o paganismo, sendo proibidas práticas que não fossem aprovadas pela
Igreja, criando as condições e oportunidade para unificação dos credos e dos cultos, com
conseqüente formação de um sincretismo religioso.
14 - Origem da Bíblia
Só em 397 o Concílio de Cartago afinal estabeleceu o Cânone oficial, com as diretrizes
eclesiásticas da Teologia Romana, unindo o Velho ao Novo Testamento ou a Velha Aliança do
povo com Deus à Nova Aliança, de Jesus com a Igreja.
Paradoxalmente a Teologia ficou intimamente atrelada ao sistema de leis políticas e
administrativas do império que a havia perseguido.
Tanto é assim que no novo testamento a ênfase do contexto histórico se concentra na páscoa
judaica e na paixão e morte de Jesus, evidentemente um processo político, e não na
personalidade ou na mensagem de Jesus.
Fica claro que a igreja interferiu na escolha dos livros, incluindo a história dos Judeus à vida
de Jesus, de forma a dar a Jesus uma descendência heráldica de um rei Judeu, David, e para
justificar esta atribuição, anexou à Vulgata Latina os Livros do Pentateuco Judaico.
O Velho Testamento é uma obra humana, embora de caráter moral e espiritual, mas sem
vínculo com o Novo Testamento, a não ser no que se refere às profecias sobre a vinda do
Messias.
Estas profecias, por sua vez, não eram exclusividade das tradições Judaicas, mas de tantos
outros povos contemporâneos. É que dentre eles o povo Judeu era o mais necessitado.
Para ser fiel a verdade teriam que ser anexados todos os Testamentos de todas as raças que
previam a vinda de um Messias. Quantas as Bíblias tão ou mais importantes que a Judaica
foram preteridas, ou não deveriam ser uma única Bíblia para a humanidade inteira.
Ha que se lembrar também, dos grandes incêndios criminosos que queimaram as grandes
bibliotecas da humanidade apagando da memória humana os ascendentes extraterrestres e os
referenciais aos anjos caídos, hoje redivivos pela literatura espírita.
Alexandre o Grande queimou toda a sabedoria Persa e dos demais povos da mesopotâmia,
quando incendiou toda a cidade de Persepolis, sede do reino e do conhecimento da época.
Não podemos esquecer também do grande incêndio que aniquilou o sagrado conhecimento da
antiguidade dos egípcios e dos gregos, quando da destruição da biblioteca de Alexandria.
Assim foram poucos os povos que conseguiram guardar sua historia pregressa e seu passado
espiritual e extraterrestre, entre eles os Judeus conseguiram manter os registros da sua
cultura oral, no Pentateuco, e os Hindus, nos livros dos Vedas. Fora isto, são poucos os livros
remanescentes, mas com certeza todos faziam referencias aos mesmos ascendentes espirituais,
apenas foram destruídos pelo próprio homem.
Desse modo, Jesus não pode ser o Messias de um povo apenas. Ele é a autoridade suprema
deste mundo, e ninguém pode ir além senão por Ele.
Além disto, o Velho Testamento abarca cerca de 2/3 da Bíblia, predominando em importância
sobre o Novo Testamento, a fim subordinar o Novo Testamento e torná-lo apenas uma
continuidade do Velho.
A vida de Jesus se resume praticamente a somente 40 paginas da Bíblia. Diminui a
importância de Jesus, que se torna apenas um profeta Judeu equivocado, apesar dos seus
feitos.
Os textos em grego de Paulo e Lucas predominaram sobre os dos apóstolos contemporâneos
de Jesus, como Matheus e João.
Prevalece em importância a religião Judaica os Atos e as Epístolas dos apóstolos, sobretudo as
de Paulo.
Sobrepõe-se a cultura grego-romana sobre a Vulgata Latina, tornando-se esta apenas a
unificação do que era de interesse do Estado.
Apenas a igreja ortodoxa, ainda hoje mantém restrições aos textos helênicos, mantendo os
originais hebraicos.
A vida de Jesus ficou obscura, confusa, envolta em fatos sobrenaturais inexplicáveis, como se
fosse um romance de um personagem fracassado que só foi descoberto depois da morte.
Foram mal colocadas ou mal interpretadas as visões daqueles que privaram com Jesus e
procuraram relatar o que viram. Alem disto a mensagem de Jesus perdeu importância, frente
ao contexto histórico.
Enfim, para satisfazer as profecias Jesus tinha de ser a manifestação de um ser humano e
mudar as coisas a força. Sem alternativa, Ele preferiu testemunhar o amor incondicional.
O fato de Jesus suportar todas as humilhações, torturas e martírios, sem nenhuma
manifestação de revolta ou condenação, foi a forma escolhida por ele para exemplificar o seu
amor incondicional, aos homens, suprimindo para sempre quaisquer justificativas de lutas por
poder, como sendo esta a condição essencial para libertar o espírito do cipoal dos sofismas,
mentiras e ilusões do materialismo.
Mesmo assim ficaram muitas contradições e incongruências entre o que pregava os interesses
da igreja e os mandamentos do Cristo.
O Catolicismo então se configurava e se consolidava, não mais como o Cristianismo primitivo,
mas como um grande sincretismo de tudo o que fortalecia o poder da Igreja Estatal, perante
os homens, adotando-se os rituais pagãos e a idolatria aos santos, tal qual o faziam aos deuses
romanos.
Desmitificando a Bíblia
Descobre-se a partir destes conhecimentos que não foi a Bíblia que salvou a humnidade nem
foi ela que transformou a sociedade em antes e depois de Jesus. Muito antes da bíblia surgir
Jeus já tinha modificado o mundo. O seu Evangelho de amor já ahavia conquistado a alma do
povo simples.
Na realidade a Bíblia, da forma como expõe, limitadamente os ensinos de Jesus emoldurando-
o com as historias do velho testamento, apenas confundem o leitor desavisado, distraindo-o da
essência dos ensinos do Mestre que era revelar aos homens o seu reino o Reino dos Céus,
sendo esta a boa nova que deveria ser pregada. So que ninguém se lembra disto, Ninguém
pergunta o que era a boa nova ou o reinos dos céus. Este passou para a historia como um
lugar de decanso eterno e inútil. Oras. Será o universo algo assim tão inútil. Ou, como diria
Carl Seagan, um tremendo desperdício.
17 - A LENDA DO PODER
Irmão X - Estante da Vida
A assembléia familiar comentava a difícil situação dos Espíritos revoltados que se habituam
ao azedume crônico por vasta fieira de reencarnação sucessivas, quando João de Kotchana,
experimentado instrutor de cristão desencarnados, nas regiões da Bulgária, contou-nos, entre
sensato e otimista:
- Temos nós antiga lenda que adaptarei ao nosso assunto para a devida meditação...
Dizem que Deus, quando começou a repartir os dons da vida, entre os primeiros homens dos
primeiros grandes agrupamentos humanos constituídos d Terra, decretou fosse concedido aos
Bons o Poder Soberano.
Informados de que o Supremo Senhor estava fazendo concessões, os Corajosos acudiram
apressados à Divina presença, solicitando o quinhão que lhes seria adjudicado.
- Que desejais filhos meus? - Indagou o Eterno
- Senhor, queremos o poder soberano.
- Essa atribuição - explicou o Todo Misericordioso - já concedi aos Bons; eles unicamente
conseguirão governar o reino dos corações, o território vivo do espírito, onde se exerce o poder
verdadeiro.
- Ah! Senhor, e nós? Que será de nós, os que dispomos de suficiente ousadia para comandar
os distritos da existência e transformá-los?
- Não posso revogar uma ordem que expedi - observou o Onipotente -; entretanto, se não vos
posso confiar o Poder Soberano, concedo-vos um encargo dos mais importantes, a Autoridade.
Ide em paz.
Espalhou-se a notícia e vieram os Intelectuais ao Trono Excelso.
O Todo-Poderoso inquiriu quanto ao propósito dos visitantes e a resposta não se fez esperar:
- Senhor, aspiramos à posse do Poder Soberano.
- Impossível! Essa prerrogativa foi concedida aos Bons. Só eles lograrão renovar as outras
criaturas em meu nome.
-E porque os Intelectuais perguntasse respeitosamente com que recurso lhes seria lícito
operar, Deus entregou-lhes o domínio da Ciência.
Veio, então, a vez dos Habilidosos. Com vasta representação, surgiram diante do pai e, como
fossem questionados quanto ao que pretendiam, responderam veementemente:
- Senhor, suplicamos para nós o Poder Soberano.
O Todo-Bondoso relacionou a impossibilidade de atender, mas deu-lhes o Engenho.
Depois, acorreram os Imaginosos ao Sagrado Recinto e esclareceram que contavam para eles
a mesma cobiçada atribuição.
O Todo-Amoroso respondeu pela negativa afetuosos; no entanto, brindou-os com a luz da
Arte.
Logo após, os Devotados chegaram ao Augusto Cenáculo e rogaram igualmente se lhes
conferisse a faculdade do mando, e recolheram a mesma recusa, em termos de extremado
carinho; contudo o Todo-Misericordioso outorgou-lhes o talento bendito do Trabalho.
Em seguida os revoltados, que não procuravam senão defeitos e problemas transitórios na
obra da Vida - os problemas e defeitos que Deus sanaria com o apoio do Tempo, de modo a
não ferir os interesses dos filhos mais ignorantes e mais fracos -, compareceram perante o
Supremo Doador de Todas a Bênçãos e, em vista de se mostrarem com agressiva atitude, a voz
do Pai se fez mais doce ao perguntar-lhes:
- Que desejais filhos meus?
Os Revoltados retrucaram duramente:
- Senhor, exigimos para nós o Poder Soberano.
- Isso pertence aos Bons - disse o Todo-Sábio-, pois somente aqueles que dispõem de suficiente
abnegação par esquecer os agravos que se lhes façam, prosseguindo infatigáveis no cultivo do
bem aos semelhantes, guardarão consigo o poder de governar os corações... No entanto, meus
filhos, tenho outros dons para conceder-vos...
Antes, porém, que o Supremo-Senhor terminasse, os ouvintes gritaram intempestivamente:
-Não aceitamos outra coisa que não seja o Poder Soberano. Queremos dominar... Fora do
poder, o resto e miséria.
O Onipotente fitou cada um dos circunstantes, tomado de compaixão, e declarou, sem alterar-
se:
- Então, meus filhos, em todo o tempo que estiverdes na condição de Revoltados, tereis
convosco a miséria...
E, desde essa ocasião, rematou Kotchana, todo espírito enquanto rebelado, não tem para si
mesmo senão o azedume da queixa e a penúria do coração.
Justiniano casou-se com Teodora uma ex-atriz e meretriz dona de um vasto bordel com mais
de 100 concubinas que serviam aos poderosos da época. Depois de se tornar imperatriz,
Teodora mandou matar todas as meretrizes do bordel e passou a exercer forte infoencia sobre
o imperador.
Assessorado por sua mulher, Justiniano articula a retomada do ocidente, iniciando suas
batalhas por conquistas, as quais, embora efêmeras, eram articuladas com as Igrejas do
Ocidente, por meio das quais a posse exercia um poder temporal.
O caminho das batalhas era árduo, mas o caminho das igrejas era mais fácil. Por isto mesmo
as igrejas católicas submissas ao papado de Constantinopla, seguiam uma estratégia
exemplar.
Nesta época a igreja, já habituada à política do poder e usando sua habitual hipocrisia já
havia se fortalecido, mantendo o poder alcançado, em paralelo ao poder dos bárbaros,
estabelecendo com eles o diálogo das sombras para oprimir e escravizar o povo.
26 – O Catolicismo proíbe a crença na reencarnação.
Até então, e mesmo assim, algumas importantes premissas cristãs ainda sobreviviam no
contesto dos cultos religiosos cristãos, dentre elas a da reencarnação das almas em existências
corpóreas sucessivas.
As citações relativas à reencarnação são recorrentes e até claramente identificáveis na Bíblia.
João Batista era reencarnação de Elias, dissera Jesus. Era preciso nascer de novo, disse Jesus
a Nicodemus, para que a justiça divina pudesse se manifestar à consciência do pecador
arrependido que buscasse a redenção após am morte.
Haveria o momento do desencarne para o espírito meditar e refletir sobre seus erros, havendo
tempo para o arrependimento e estabelecer novo roteiro redentor em futuras reencarnações.
Haveria também um tempo no plano espiritual para a alma se refazer estudar e se preparar
para novas vidas na matéria.
A Reencarnação era um conceito vigente em certas camadas da população e fora tolerado ate
o final do império Romano do Ocidente. Origenes pregador cristao discipulo de s.Clemente de
Alexandria afirmava serem cristâs a doutrina do carma e do renascimento.
O primeiro questionamento à reencarnação só foi colocado no segundo concilio de
Constantinopla, pelo imperador Justiniano, num acerto com sua mulher Teodora, que
repudiava o tema. Pois os reencarnacionistas diziam que ela deveria morrer assassinada 500
vezes em vidas futuras, para pagar o carma de ter mandado matar as 500 prostitutas suas
companheiras de profissão.
Devido aos crimes que cometera para se tornar Imperatriz, e pela forma que exercia o poder,
Teodora nada temia, daí alguns pregadores do oriente passarem a advertí-la sobre a
possibilidade dela ter de pagar por tantos abusos em uma vida futura noutra reencarnação,
ideia que ela abominava.
Daí passou a influenciar o clero para retirar do contexto do catolicismo a idéia da
reencarnação.
Por outro lado, a noção de reencarnação também enfraquecia a Igreja, pois dava tempo
demais para o arrependimento do pecador, e o pretexto de Teodora, de certa forma vinha ao
encontro dos interesses da Igreja.
O Clero entao passou a influenciar o Papa para exprobrar e retirar do Catolicismo o conceito
e a crença na reencarnação, convocando um Concílio para resolver a questão.
Assim, em 553, foi realizado o 2,0 concilio de Constantinopla, precedido de uma reunião
arranjada e com a bula Papal já definida, no qual se ratificou a Santíssima Trindade como
fonte de todo o poder da criação e a criatura teria uma única existencia. A alma nasceria com
o corpo e sobreviveria a morte, mas ficaria numa especie de limbo aguardando o juizo final,
onde seria decidida sua destinação, se para o ceu ou para o inferno eterno. Como
consequencia disto, ficava proibida a crença na reencarnação, sob pena de condenação por
heresia.
O decreto dizia que – todo aquele que defender a doutrina mística da preexistencia da alma e a
consequente assombrosa opiniao de que ela retorna, seja anátema –
Fazia crer que a expiação pelos erros de cada criatura não arrependida se daria no inferno
eterno e a vitória, pelos atos bons seriam gozadas no paraíso eterno, mas isto só depois do
juízo final, que todos aguardariam, num lugar que não se sabe onde.
Até que isto aconteça presume-se que estão juntando as almas em algum lugar, para aguardar
o juiz , Jesus, segundo o apocalipse de Joao) Será que neste suposto lugar, no plano espiritual,
não prevaleceria os privilégios e a escravidão, ou seja, os crimes sem castigo?
Instituiu-se o arrependimento em vida como forma de alcançar o perdão pelos próprios erros e
a pena para a absolvição dos pecados seria imposta pela própria igreja, no decurso da única
existencia na carne.
Sendo única a existência, justificava-se a violência para fazer a alma se arrepender enquanto
estava viva, subjugando as criaturas ao poder do catolicismo e da Igreja que a salvaria, pois
era melhor sofrer punicção em vida do que a alma aguardar para ser condenada no Juízo
final.
Instituiu-se o Crê ou morre, porque era melhor morrer antes de fazer o mal. Ou pagar em
espécie pela absolvição, o que era um mal menor. Que bela fonte de renda foi criada, num
mundo quase que só de pecadores.
Bem, os mais espertos perceberam que era melhor pecar a vida inteira e se arrepender um
pouco antes da morte que a criatura estava salva, enganando a justiça de Deus.
22 - Celibatarismo e castidade
Em 1123 o Concílio de Latrão I, confirma o celibato sacerdotal e o fortalecimento da
disciplina eclesiástica.
No século XVI, o concílio de Trento, que durou muitos anos, tentou amenizar a devassidão
dos clérigos e sacerdotes, confirmando o celibatarismo e atribuindo aos papas o título de
Vigários do Cristo.
A partir daí, estes não eram mais apóstolos de São Pedro, mas sim representantes do Deus
Vivo, o Cristo.
O principal intuído do celibatarismo, na verdade, era evitar que os padres tivessem herdeiros,
para que a Igreja não tivesse que dividir seus bens com descendentes de padres.
Publicamente, no entanto, foi adotado o pretexto de que a castidade era sinônima de pureza.
Procurou-se então dar ao celibatarismo um cunho de superioridade moral, ou seja, sendo
celibatários, portanto castos, os padres eram puros, que segundo a crença eram os únicos
acessíveis ao Divino, o que os qualificava a serem interpretes da vontade de Deus, sendo assim
superiores aos homens comuns, que praticavam o sexo e eram, pois impuros, não podendo
interpretar teologicamente.
A conseqüência disto foi atribuir ao sexo, criação divina, uma coisa impura, errada ou
inferior e má.
É como se Deus tivesse colocado no ser humano um atributo pernicioso criando um conflito
existencial sem fim. Porque ou se tinha vida sexual normal, mas se era impuro, ou se anulava
o sexo, para se elevar espiritualmente.
O sexo, considerado pecado, fez inúmeros mártires da moral, equivocadamente. As tragédias
sentimentais e afetivas nos bastidores do celibatarismo do clero católico de padres e freiras são
por demais conhecidas e só em nossos dias vem recebendo alguma compreensão por parte da
Igreja. Aliás, a igreja acaba de pedir mais uma vez desculpas, desta vez pelos abusos cometidos
pelos sacerdotes contra fieis indefesas.
Só na atualidade moderna o sexo, apesar dos abusos, vem sendo desmistificado e visto como
parte normal da criação no ser humano, requerendo entendimento e controle, mas não
repressão.
Mas, não foi só com o sexo que a igreja lançou peso sobre a consciência das pessoas. Os sete
pecados capitais, também foram objeto de tantos traumas e sentimentos de culpa. Tão somente
por alguém sentir inveja de outrem, ou irar-se, ou sonhar com a luxuria, ou ter fome
exagerada uma ou outra vez, já era considerado pecado.
No final das contas, qualquer desejo menos puro, tão comum e natural para espíritos ainda
em evolução, era motivo de culpa e arrependimento obrigando-a a fazer penitência. A Igreja
então instituiu as penas para a absolvição dos pecados, dentre elas as chamadas Taxas
sagradas, ou seja, para cada pecado havia uma preço.
Dentre as penas aplicadas, a pior delas, imposta em segredo, durante as confissões, era a de
fazer o fiel rezar, como se a prece fosse um castigo divino, o que fez as pessoas se afastarem de
Deus.
Daí a prece ter se tornado algo vergonhoso, levando as criaturas a afastar-se deste hábito, ou
só faze-la às escondidas, ou então somente nas igrejas dirigidas pelos padres, levando muita
gente a descrença, ou a só orar em casos desesperadores.
A prece, no entanto, deveria ser a expressão maior da confiança das criaturas no seu Criador,
integrando-as na mesma sintonia.
A ausência da oração sincera e pura religando o homem a Deus foi a maior razão para a
decadência religiosa, numa tentativa inútil de fortalecimento da Igreja como intermediária
entre a criatura e o Criador.
23 - Outros desvios.
No período mais negro do poderio da Igreja o homem foi até proibido de pensar, a fé tinha de
ser cega e em obediência aos dogmas introduzidos por bulas papais que jamais podiam ser
contestados.
A Igreja temeu o avanço das ciências, e com o seu poder, legislando por decretos, condenou a
Humanidade a viver na ignorância.
Em 1166 foi proibido o estudo da física, que começava a desbravar novas fronteiras do
conhecimento.
Em 1179, o Concílio de Latrão II, vetou o exercício da medicina e da advocacia pelo clero,
rejeitou a usura e o lucro. Como explicar que hoje o Vaticano tenha até banco para
administrar seus bens.
Em 1182, surgiu a primeira inquisição, para descobrir os hereges infiltrados no catolicismo.
Em 1198 o Papa Inocêncio III instituiu as Taxas Sagradas para a absolvição dos pecados e
oficializou a perseguição aos Judeus, considerados hereges, por não aceitar Jesus como
salvador.
Em 1209, o Papa Inocêncio se humilhou no Vaticano, diante de Francisco de Assis, numa
atitude política que ficou célebre por sua hipocrisia, pois a intenção do Papa foi apenas de
agradar o povo que admirava o doce Francisco.
O Apóstolo dos Humildes, considerado pelo povo mais digno de Jesus do que o próprio papa,
devido aos seus exemplos de virtude, viera justamente para tirar dos claustros da igreja o
Evangelho de Jesus, para ser praticado nas ruas e nas praças.
Em 1215, o Concílio de Latrão IV, declarou verdadeira a existência do demônio, que, embora
criados por Deus, se tornaram maus por sua própria vontade. Determinou a nova cruzada
para libertar o Santo Sepulcro. Instituiu a transubstanciação ou a profissão de fé na
Eucaristia e a obrigação de confissão e da comunhão, pelo menos anuais.
Em 1227, o papa Gregório instituiu o Santo Ofício e começou a perseguir os críticos da Igreja.
Consolida-se a Inquisição como forma de se obter confissões dos hereges.
Em 1305, o Papa Clemente desvinculou o poder espiritual e permanente da Igreja do poder
material e temporal do Estado.
Em 1311, o Concílio de Viena suprimiu a Ordem dos Templários, condenou o modo de vida na
pobreza dos Franciscanos e condenou o franciscano Pedro Oliví por admitir no ser humano o
elemento intermediário entre a alma e o corpo. (perispírito e mediunidade)
Em 1.380 a Igreja proibiu o estudo da química. Um médico chamado Versúlio, hoje
considerado o pai da anatomia, que estudava medicina por meio da dissecação de cadáveres,
foi condenado por descobrir que não faltava uma costela ao homem, não podendo por isto,
Eva ser derivada de Adão, pois eram iguais, do ponto de vista morfológico da criação.
A ciência distanciou-se da religião. Os que questionavam as imposições bíblicas tornaram-se
hereges ou agnósticos.
23 - As reformas protestantes.
Entre 1414 e 1418 o concílio de Constança condenou a doutrina de João Hus, João Wiclef e
Jerônimo de Praga, precursores de Lutero.
Em 1464, a igreja instituiu o carnaval e os corsos como forma de abrandar a truculência das
suas instituições.
Grandes descobertas a partir de 1450, começam a dar forma ao renascimento cultural da
Europa, a partir da Itália, revivendo as obras clássicas dos antigos gregos e romanos,
acrescidas das novas experiências liberais.
Em 1492 Colombo, guiando-se por instrumentos e estrelas, mas, sobretudo pela intuição vinda
de espíritos superiores, descobriu a América, mas, por influência da Igreja, Américo Vespúcio,
italiano, levou a fama, dando nome ao novo continente.
Em 1516, Thomas Moore, inspirado, escreveu a sua Utopia que, como ele mesmo definiu, era
um local bom, porém, imaginário. Uma antevisão, talvez, do plano espiritual, mais tarde
desvendado pelo espiritismo.
Em 1517, Lutero descobriu que era falso o documento, atribuído a Constantino, que permitia
à igreja nomear imperadores, invalidando as nomeações papais.
Revoltou-se também contra a cobrança das Sagradas Taxas da Igreja, para a absolvição dos
pecados e salvação das almas, iniciando as Reformas protestantes, provocando dissidências na
igreja católica, dando origem à religião protestante, que depois se ramificou em vários cultos
diferentes.
É lícito lembrar que o dízimo era uma taxa, geralmente ofertada espontaneamente, para a
manutenção do templo de Jerusalém, prática Judaica que Jesus combateu, não havendo Ele
instituído nenhuma forma de taxa, culto ou prescrição para funcionamento da fé, embora de
certa forma tenha sancionado a cobrança dos tributos do estado romano, talvez porque fossem
úteis ao progresso, na construção de estradas, aquedutos, prédios públicos, praças e
monumentos.
Assim sendo, os dízimos eram taxas diferentes dos impostos sobre a produção, cobrados pelo
império romano.
Curioso é que as reformas protestantes tornaram-se dissidentes da Igreja Católica justamente
por contestarem a cobrança de taxas e, no entanto, hoje, alguns dos seus ramos mais
proeminentes, são os que mais ostensivamente cobram os dízimos, a pretexto de consertar a
vida das pessoas e livrá-las da dor e da miséria com base em artigos da Bíblia, que antes
condenara.
Os papeis das Igrejas Católica e os de alguns ramos das Igrejas Protestante, no caso das taxas,
apenas se inverteram.
Em 1542, a inquisição, sob o papa Paulo III, se voltou contra a dissidência promovida pela
reforma Luterana iniciando o movimento de perseguição que perdura até hoje em algumas
regiões, como a Irlanda.
Não obstante, o protestantismo revelou-se um grande progresso em relação ao Catolicismo.
Basta constatar que na atualidade as nações mais ricas do planeta, Estados Unidos, Inglaterra
e Alemanha, são paises de maioria protestantes, mais liberais em relação ao progresso
material.
É que eles soberam identificar na sabedoria de Jesus que é melhor dar a César o que é de
César e a Deus o que é de ra preciso conciliar o progresso espiritual com o progresso material.
Surge sob a égide dos espíritos a economia moderna, alavancada pelos protestantes. O que os
católicos chamavam de usura, portanto pecado, o fato da pessoa guardar dinheiro, tornou-se
poupança nas mãos dos protestantes, gerando investimentos e progresso.
As nações que abraçaram o protestantismo, geralmente de origem germânicas, lograram um
progresso cientifico e tecnológico maior. Suas sociedades não são tão afetadas pelas
diferenças entre as diversas classes sociais, porque a mobilidade social é maior, não havendo,
por exemplo, classes estanques com relação a descendentes, como o clero, por exemplo, nem
uma aristocracia formulada pela Igreja.
Sua moderação nos costumes gerou povos mais disciplinados e mais afeitos ao trabalho,
tornando-se as nações mais prósperas e produtivas do planeta, levando o progresso e o bem
estar social aos seus povos, liderando a escalada democrática da civilização atual.
Ao contrário, as nações que permaneceram fiéis ao Catolicismo, predominantemente latinas,
arraigaram-se aos hábitos das cortes, aos costumes perdulários e enriquecimento fácil, dando
pouco valor ao trabalho e ao dinheiro, empobrecendo seus povos.
Dos povos do ocidente Cristão, as nações de maioria Católica são as mais pobres, ou as que
revelam maiores discrepâncias na distribuição de renda e concentração de riqueza nas mãos
de poucos, mais espertos.
No campo religioso ativeram-se ao - Fora da Igreja não há salvação -, em contraposição ao -
Fora da Caridade Não há Salvação.
Vinculados à Igreja pelo batismo, pelo Crisma, e pelo matrimônio religioso, o Católico vê-se
numa armadilha teológica, não raras vezes se tornando ambíguo em relação a sua religião.
Não sai dela, mas não a pratica. Geralmente concilia com outras formas de religiosidade.
Ainda assim, dentre tantas suas virtudes, se destacaram as artes e a música, a literatura, quase
todas esta formas de expressões espirituais se basearam no seu início, na tentativa de traduzir
a inspiração do cristianismo.
As pinturas dos grandes mestres, assim como a arquitetura e a escultura, foram em sua
maioria retratos da vida crista. A musica teve sua estruturação, permitindo a sua composição
em partituras, formulada dentro dos mosteiros. A arquitetura experimentou avanços
extraordinários na construção de templos e catredais.
Mudança de rumos
Muda a estratégia dos espíritos para fomentar o progresso e restabelecer a ordem de
superioridade espiritual sobre a matéria.
Apesar das cruzadas, da Inquisição, e dos abusos do poder, os saques e os espólios dos povos
dominados fortaleceram as Cidades-Estados, que se organizaram dando origem aos Estados
modernos, ainda aí atendendo às afinidades lingüísticas e espirituais, atendendo os designios
do Cristo para uma nova dispersão e posterior reunificaçao.
O espírito belicoso e expansionista de Esparta reencarnou na Rússia e na Alemanha.
O espírito cultural, das artes, do teatro e da música, da escultura e da arquitetura de Atenas,
ressurgiu na França e na Itália.
Os povos das águas, os navegadores fenícios, ressuscitaram em Portugal e na Espanha, dos
descobrimentos marítimos.
A poderosa águia romana reapareceu no Império Britânico e depois se transportou para os
Estados Unidos da América do Norte.
E o espírito religioso de Israel se transportou para Brasil, cujas letras, menos uma, compõem
o mesmo nome Israel/Brasil.
Curiosamente, em pleno século vinte e um, católicos e protestantes, Islamitas e Cristãos se
aventuram em novas cruzadas cada um acusando ao outro de infiel, cada um avocando para
si a razão.
Quem estará certo; o Deus Mamom, do dinheiro e do poder, do ódio e do revide, ou o Deus de
amor, do perdao, da tolerancia, da misericordia e da caridade... Não se pode servir a dois
senhores ao mesmo tempo, disse Jesus, pois se aborrecerá a um para contentar o outro.
O espírito é imortal, mas o corpo morre. Um é permanente, outro efêmero. Qual a nossa
preferência?
A sabedoria Hindu diz que devemos cuidar do corpo como se fossemos viver eternamente e
cuidar da alma como se fossemos morrer hoje. Porque será que insistimos em fazer o
contrário?
De 1545 a 1563, a igreja viveu sob Concílio de Trento, talvez o de mais longa duração, para
equacionar velhas pendências da Igreja.
Condenou a Reforma de Lutero, declarou a Vulgata latina isenta de erros teológicos,
reafirmou o pecado original, os sacramentos e as missas, a invocação dos santos, a Eucaristia,
o purgatório, as indulgências e o pecado original, Depois foram acrescentaodos os pecados
mortais e veniais.
A noção do pecado original é algo que instiga o raciocínio, pois parte do pressuposto que
tendo Adão e Eva pecado e por isto terem sido expulsos do Paraíso, tornou a todos nós, os seus
descendentes, pecadores por natureza.
Ou seja, por sermos todos filhos de pecadores, a Igreja como intermediária divina, instituiu
um evento purificador, o Batismo, para livrar o nascituro do pecado original.
Algo aí nos diz que o pecado original nada mais é que a noção simbólica que representa o
fracasso da legião de Capelinos que foram exilados na Terra, e, neste caso a redenção não é
algo que se obtém pelo Batismo, mas sim pelas boas obras.
Quanto aos outros pecados, em que pese os Dez Mandamentos serem uma norma de conduta
emanada do Alto com sustentação racional e lógica, os chamados pecados mortais e veniais,
instituídos pelo clero são pecados contra a Igreja, e não contra Deus que ama suas criaturas
incondicionalmente. No fundo são o que são, pecados contra a Igreja, não necessariamente
contra as leis espirituais que governam a vida no mundo.
O pecado da gula, por exemplo, era uma forma de evitar que o povo faminto provocasse uma
revolução.
O pecado da inveja era no fundo uma forma de abafar a insatisfação da criatura com a sua
situação de penúria.
O pecado da ira era uma foram de abafar a revolta do povo frente à indignação contra uma
situação de dominação e subserviência.
O pecado da luxuria servia para justificar a superioridade da castidade e a pureza sacerdotal,
dando aos padres o exclusivo direito de acessar o divino e explicar teologicamente o
sofrimento das criaturas. Algo que o espritismo moderno desmistificou porvando que a
mediunidade é recurso disponível para todos que querem perceber outras realidades de vida.
O pecado do orgulho, na realidade era uma maneira de dizer à criatura que tudo o que ela
fazia não tinha valor, para que ninguém pudesse exaltar suas virtudes. Algo que a propaganda
moderno aprendeu a modelar.
O pecado da usura, baseado no fato de Jesus ter expulsado os vendilhões do Templo,
portanto, sugerindo um condenação ao comercio e ao dinheiro, na realidade, é uma farsa.
Pois Jesus coerentemente estava, mais uma vez, mostrando ao homem que as coisas do
espírito vem de graça e devem serem dadas de graça, enquanto que as da matéria, por
requerem esforço e trabalho deviam ser compensadas por alguma forma de renda.
Alem disto, a tradução do evangelho afirmando que Jesus tomou de um chicote para
amaldiçoar os vendilhões, não esta correta. Os textos primitivos falam que Jesus usou da
palavra como um chicote, ou seja, os evangelistas usaram uma metáfora para explicar a
veemência com que Jesus mostrou sua indignação para com a transformação de um lugar de
preces e adoração a Deus em um lugar de comercio. Mas isto não significa que Jesus tenha
justificado qualquer uso de violência para corrigir eventuais equívocos do sacerdócio
organizado.
Desiludam-se, pois, aqueles que acham que Jesus condenou o dinheiro ou a riqueza, que são
ferramentas do progresso e o sangue da civilização. Jesus apenas queria, como ainda deve
querer que o homem civilizado não se esqueça de sua origem divina, quando se reportar às
coisas do espírito, mas que mantenha cautela com as coisas materiais. Pura sabedoria.
Foi assim com Joana D’Arc, Giordano Bruno, Galileu Galilei, e tantos outros.
A pouco se tem visto gestos de humildade da Igreja, pedindo desculpas para erros lamentáveis
contra a Humanidade, como a condenação de Galileu e o a omissão no holocausto Judeu.
Mas a Igreja de hoje é outra e sabe daqueles desvios de outrora. Quantos equívocos a Igreja já
tem consciência que cometeu naquele passado obscuro, mas ainda não chegou o momento de
pedir desculpas, talvez porque isto a diminuiria no conceito dos seus adeptos, dada a
contradição que isto representaria diante de tantas religiões e tantas ciências que afirmam o
contrário.
Apesar disto, uma invenção, a imprensa de Gutenberg, foi talvez a maior revolução gerada no
ambiente doloroso do final da Idade Média, pois permitiu a milhares de pessoas o acesso ao
conhecimento.
Foi o marco inicial do renascimento, quando grandes almas começaram a reencarnaram para
iniciar um novo ciclo de civilização e progresso na terra, sob a égide de Jesus.
Iniciou-se novo ciclo de progresso; a terra era redonda, os planetas giravam em torno do sol,
formando sistemas; O sol não era mais a única estrela.
O nosso planeta agora era apenas um grão de areia diante da grandiosidade do universo, não
era mais o centro do Universo, apenas fazia parte de algo muito maior.
As estrelas pertenciam a constelações e estas a galáxias, compondo a sinfonia perfeita e
maravilhosa que é o universo vivo.
28 - As profecias.
A maioria das profecias feitas no passado, quando vistas do futuro, não aconteceram da forma
profetizada. Praticamente todas tiveram que ser reinterpretadas, principlamente nos eventos
em que foram estabelecidas datas. Geralmente as profecias são frutos da observação de
tendências vigentes dentro de um determinado contexto, as quais se contituarem na mesma
direção desembocarão num evento final previsível.
Desta forma qualquer pessoa que tenha conhecimento da história poderá prever o desfecho de
fatos que estão em andamento, a menos que alguns dos eventos não aconteçam, mudando a
ordem dos fatores ou alterando a composição dos fatos, modificando a conclusão.
Ora, por mais que se façam profecias, nenhuma delas pode ser fatal, pela simples razão de que
o homem é dotado de livre arbítrio. Este poder intrínseco ao ser humano, permite que ele
modifique a qualquer momento os rumos dos acontecimentos, bastando para isto adotar uma
atitude diferente da prevista, num determinado evento. Uma mudança de uma variável
prevista, altera o curso futuro de todas as outras variáveis envolvidas.
Então, o nosso futuro não depende das previsões que se façam a nosso respeito, nem
individual, nem coletivamente, mas sim das decisões que tomamos a cada momento e do nosso
comportamento diante dos fatos, na vivencia de nossas existências na carne.
Neste sentido o futuro será sempre o resultado das escolhas que estamos fazendo neste exato
momento. Assim como o nosso presente é fruto das escolhas que fizemos realmente no
passado.
Mesmo que nosso comportamento seja previsível, escolhendo sempre o mesmo caminho dentre
alternativas diversas. nossas escolhas não são obrigatórias por que no momento que
desejarmos poderemos agir de outra forma.
Deste modo e fácil verificar como antigamente era muito mais fácil fazer previsões tendo em
vista serem poucas as opções. Mas, a medida em o número de alternativas aumenta, seja pela
conquista de novos conhecimentos ou pela descoberta de novas opções, torna-se mais difícil
afirmar ou profetizar que determinado comportamento se manterá automaticamente e como
conseqüência dele um acontecimento previsto se tornará fatalmente realizado.
Neste sentido, se, por exemplo, todos as pessoas e todos os paises estão sempre se armando,
fica fácil profetizer que vá acontecer em algum momento um grande guerra. Se no entanto,
surge uma intervenção neste processo, evitando a continuidade da corrida armamentista, a
profecia é frustrada. Neste caso ela funcionou como um aviso que foi ouvido, e colheu-se os
frutos benignos de uma mudança de postura.
As profecias geralmente são draconianas, isto é, quse sempre prevêem tragédias, exatamente
por isto, para funcionarem como advertências do mal que pode acontecer se continuar a
caminhar numa determindada direção. Se nada muda, as profecias se concretizam.
Por outro lado, há grandes mudanças que nunca foram profetizadas, como, por exemplo, as
grandes mudanças sociais do século passado, quando a pílula anticoncepcional, o divórcio e a
inserção da mulher no mercado de trabalho alteraram profundamente a estrutura familiar, e a
condição da mulher perante a sociedade, e estas mudanças nunca foram profetizadas antes,
por que as condicionates destas mudanças não eram previsíveis, pois dependiam de
descobertas e inovações comportamentais, que rompiam com o automatismo.
Profecias feitas por Jesus à João no apocalipse.
Dentre estas profecias em primeiro lugar surge a da volta de Jesus a este mundo para a
consumação do juízo final, o julgamento dos vivos e dos mortos, a ocorrer após sucessivos
períodos de calamidades e transformações.
É preciso lembrar que, no contexto do evangelho, a profecia da volta de Jesus não se firma
somente no apocalipse, mas em varias passagens da narrativa evangeilca feita pelos
evangelistas, segundo alguns historiadores por mais de trezentas vezes Jesus falou que
voltaria a este mundo e não mais para sofrer nas mãos dos homens, mas para avaliar e
reconduzir as almas.
No entanto, parece pouco crível que Jesus fizesse isto, de repente, num ato isolado, que
marcasse a vida de todas as pessoas num único momento histórico, tendo em vista que as
pessoas se encontram em graus variados de evolução, recebendo o impacto de um avistamento
deste tipo, de maneira desigual e com conseqüências diferentes para cada criatura.
Em decorrência do raciocínio anterior, parece mais plausível supor que uma aparição de
Jesus, em nosso tempo, serviria mais para fixar o ponto de inflexão na curva do mal que
domina a Terra, para um movimento de predomínio do bem, marcando afinal o momento da
conversão da Terra, de planeta de expiação e provas para um planeta de regeneração,
segundo as crenças espíritas, mas a vida continuaria na dependência das decisões de cada um,
colhendo cada criatura, no futuro, o resultado de suas próprias escolhas, a partir deste novo
evento.
Quanto à volta de Jesus, só ele o sabe, pois que ele foi o autor desta previsão, e também é
preciso perguntar a todos os homens se há consenso de que eles realmente aspiram a Sua
volta, e aliem disto, precisaríamos saber se a humanidade merece, tal advento. Como a
porfeica foi feita por Jesus so nos resta reconhecer que este é um evento que não depende da
vontade dos homens, mas Dele, e por isto é um evento que so acontecerá quando ele quiser, de
nada adiantando aos profetas marcarem a data, pois que só Ele decidirá e só Ele sabe quando,
independentemente dos das previsões humanas que não detêm o controle dos movimentos de
Jesus.
A questão não é o cumprimento da promessa de uma segunda vinda de Jesus, mas o objetivo
desta vinda, que segundo se anuncia é de apavorar, pois viria para julgar e separar os bons
dos maus, dando o céu aos primeiros e os infernos aos segundos.
Que dizer de uma mãe que tivesse seu filho destinado aos infernos e ela ao céu. Preferiria ela
ficar no paraíso, gozando da inutilidade do espírito ou ir para o inferno tentar salvar o seu
filho? Que o digam as mães. Como ninguém está preparado ainda é melhor adiar o advento.
É de se observar que Jesus jamais julgou ou condenou alguém. Ele disse que era o caminho a
verdade e a vida e que ninguém iria a Deus, senão por Ele.
2 - Os ascendentes do espiritismo
Muita gente ainda confunde o Espiritismo com outras correntes do movimento espiritualista
ou esotérico. Entretanto, ele não pode ser confundido com nenhuma delas, possuindo corpo
próprio de doutrina.
Não pode ser confundido também com as religiões de origem africanas, como o candomblé e a
Umbanda, tão comuns no Brasil, e que chegaram ao país juntamente com o movimento
escravagista, há mais de 300 anos.
A umbanda ainda padeceu de um sincretismo com a Igreja Católica, imposto durante o
colonialismo português que exigia dos escravos a submissão aos rituais do catolicismo.
Por esta razão, a Umbanda Brasileira se tornou uma simbiose entre os orixás da Umbanda
Africana e os santos da Igreja católica, tornando-se uma crença única no mundo.
Possivelmente, por evidenciar o intercâmbio mediúnico estas religiões se intitulam espíritas,
ou são assim chamadas por alguma razão ou interesse, talvez forçando uma vinculação destas
ao movimento espírita Kardecista, com o objetivo de favorecer as religiões mais ortodoxas, que
tem preconceito em relação a umbanda e querem transferir esta rejeição ao espiritismo.
Sem embargo para quaisquer doutrinas espiritualistas, já que são todas respeitáveis, e quase
todas elas apoiadas no mediunismo, que não é privilégio dos espíritas Kardecistas, cada uma
cumprindo seu papel no contexto religioso brasileiro, cabe lembrar que o espiritismo,
diferentemente, surgiu na França em meados do século dezenove, como fruto das pesquisas e
investigações que Allan Kardec fez de fenômenos e de manifestações físicas provocadas pelos
espiritos que ocorriam intensamente, na Europa, naquela época.
Pela forma inusitada que surgiu, é interessante estudar o contexto social e político da França
no momento do advento do espiritismo, e perceber que sua revelação faz parte de um plano
traçado nas esferas superiores, dentro de um processo ainda em curso.
Neste sentido é sempre bom separar a doutrina espírita, que é uma criação dos espíritos
superiores que ajudam o Cristo no governo espiritual da terra, do movimento espírita, que é
uma experiência humana suscetível a erros e falhas, inerentes ao livre arbítrio do homem.
Por isto mesmo, o movimento espírita pode mudar de curso segundo os ditames do Plano
espiritual, embora o conteúdo doutrinário permaneça o mesmo, tal qual ocorreu com as lições
de Jesus.
É comum pessoas se entusiasmarem com as revelações espirituais, mas chamadas à
responsabilidade pelo conhecimento adquirido, para trabalhar em favor do próximo, logo
começam a questionar a doutrina, mudando de lado, de postura ou de religião, quando não
começam a criticar a doutrina, por não se enquadrar nos seus ensinamentos.
A maturidade é fruto do tempo, mas a ignorância é o mal mais demorado de se extirpar.
Na verdade não é fácil ser espírita autêntico!
Como se sabe no meio espírita, as primeiras manifestações de espíritos, dentro de um
movimento coordenado no plano espiritual, para despertar a humanidade para as
investigações dos fenômenos espirituais, iniciaram-se nos Estados Unidos, primeiramente pela
manifestação de espíritos indígenas no meio das comunidades que ficaram conhecidas por
“shaquers” e posteriormente por meio das famosas experiências das irmãs Fox.
O movimento iniciado em 1830, em Hidesville se deu pela comunicação comprovada, de um
espírito desencarnado por homicídio com as irmãs Fox, numa sucessão de experiências em
várias ocasiões, constatadas por pessoas fidedignas.
O processo, vastamente comentado na literatura espírita, acabou arquivado pelo congresso
americano, na época de maioria protestante, que viu nas experiências mediúnicas das irmãs
Fox, a recepção de revelações incontroláveis e inconvenientes para o sistema religioso vigente.
Provavelmente, se a experiência tivesse vingado os Estados Unidos poderiam ter se tornado os
primeiros receptores da revelação da Doutrina Espírita.
Quantas surpresas não se revelariam através dos depoimentos respeitáveis, se os Estados
Unidos reabrissem o processo das Irmãs Fox.
4 - A codificação espírita
A Doutrina Espírita é um corpo de postulados básicos verdadeiros, porém não dogmáticos,
acompanhando o progresso científico, filosófico e religioso alcançado pela sociedade, sendo,
pois, evolucionista.
Sua abrangência abarca praticamente todos os aspectos da vida humana, sendo natural que
em cada contexto histórico determinado ramo do conhecimento avance mais do que outro,
cabendo aos seus estudiosos reverem seu posicionamento sobre os problemas surgidos e
acompanhar o fluxo do progresso, mantendo o equilíbrio conceitual.
Por esta razão, falham aqueles que buscam dogmatizar a doutrina, pois premissas falsas ou
superadas levam a conclusões erradas, estagnando o movimento.
Segundo os Espíritos a grande virtude das revelações espíritas é a de poderem ser
comprovadas cientificamente, incorporando-se ao conhecimento humano, como verdades
relativas a cada grau de adiantamento da sociedade, tendo por objetivo a busca gradativa da
verdade absoluta, ainda inacessível.
Deve-se notar que, na essência, os conceitos básicos da codificação espírita fazem parte do
escopo de várias religiões, embora fragmentados em cada uma delas, muitas vezes encobertos
por dogmas e rituais próprios de cada culto religioso ou imiscuídos com questões meramente
temporárias.
Deduz-se daí que nenhuma religião ou ciência possui um conhecimento absoluto, concluindo-
se que o conhecimento é relativo ao contexto histórico, tendendo sempre a ser superado ou
ampliado.
Desse modo, na obra de Kardec os espíritos trataram de segregar o que de verdadeiro havia
nos diversos segmentos religiosos integrando-os num conjunto único e consistente, aberto à
análise racional e crítica, mas abstraindo-os do que não tinha respaldo espiritual.
Assim sendo, na estruturação da Doutrina Espírita os espíritos codificaram o que havia de
verdadeiro e útil, no contexto histórico religioso do planeta, em sua época, em linguagem do
seu tempo, separando-os dos dogmas e sofismas, além do que explicaram as alegorias e as
parábolas do Evangelho, antes ocultas por simbolismos.
Com a obra psicografada por Chico Xavier os espíritos ampliaram a obra de Kardec,
evidenciando um outro contexto existencial, mostrando um cenário ampliado e aprofundado
do mundo espiritual, como molde ou matriz da sociedade em que vivemos.
Revelaram as implicações do nosso comportamento durante a existência na matéria e seus
reflexos no plano espiritual, fatos estes que a ciência atual também vem corroborando.
Apesar deste conhecimento doutrinário, os mensageiros da revelação avisaram que estavam
apenas levantando a ponta de um véu através da qual se descortinava toda uma outra
realidade da vida.
Lançaram as bases conceituais para sustentar o homem nesta dolorosa fase de transição por
que passa a civilização, tal qual já ocorreu em outras eras, ajudando-o na preparação dos vôos
mais altos do Espírito, mas sem desobrigar ninguém de estudar e trabalhar, utilizando seu
livre arbítrio no esforço de se manter atualizado e progredir.
Isto significa que, se nos restringirmos somente ao conhecimento e ficarmos sem obras, isto é,
sem a prática, sujeita a erros e acertos, implicando em novas associações mentais, teremos
apenas ferramentas para progredir, mas, ficaremos estacionários e seremos superados.
De fato, isto acontece porque o Plano Espiritual só revela a verdade que o homem pode
suportar e que ainda não conseguiu descobrir sozinho depois de esgotados todos os seus
esforços.
Daí os espíritos não revelarem antecipadamente uma verdade maior; primeiro porque o
homem não suportaria e também porque tiraria deste o mérito pela conquista de semelhante
conhecimento.
E para que não se percam os frutos do esforço de investigação e estudo, de análise e trabalho,
é necessário o exercício constante da ação no bem, desenvolvendo faculdades espirituais, em
consonância com o conhecimento adquirido, fixando na alma as verdades celestes, fazendo o
homem gradativamente mais responsável e merecedor do seu próprio crescimento espiritual.
Por isto, as religiões ortodoxas terrestres não deveriam temer o espiritismo, porque ele não é
uma doutrina proselitista, não disputando adeptos com nenhuma corrente religiosa.
De fato, aqueles que estudarem esta doutrina maravilhosa, compreenderão melhor sua
religião de origem, tornando-se adeptos mais convictos e produtivos delas mesmas.
A doutrina espírita não é, tão pouco, representação de perigo a nenhum poder material ou
interesse financeiro de quaisquer instituições, por que não sustenta seus multiplicadores, que
devem manter-se por si mesmos, razão pela qual são muitos perseguidos pelas trevas que não
desejam o progresso espiritual da humanidade.
Os materialistas, por outro lado, também se beneficiam pela compreensão mais justa do seu
papel na sociedade, melhorando o significado do dinheiro e o destino das fortunas em suas
mãos.
Na verdade, os críticos do espiritismo ou são preconceituosos, falando de algo que não
conhecem ou então são críticos apenas de alguns espíritas, mas não propriamente da
doutrina.
Por isto, é preciso lembrar que não se pode julgar a doutrina espírita pelo que fazem seus
adeptos, senão pelo seu conteúdo doutrinário porque nenhum ser humano pode se arvorar em
seu autor já que ela não pertence a nenhum ser encarnado, sendo autoria dos espíritos que a
revelaram a humanidade.
O objetivo maior da doutrina espírita é estimular o ser humano a se recriar incessantemente
através da vivência do bem incondicional, conjugando-se às forças que movem a evolução da
vida e o progresso da sociedade, por meio da divulgação de conceitos amigáveis, trazidos por
Jesus, que auxiliam a todos, e em particular àqueles que passam por provações e aflições
cujas causas não sabem identificar, garantindo saltos quânticos na sua concepção de vida.
Dotadas de fé raciocinada, a alma se encontra sustentada pela lógica podendo libertar suas
emoções mais nobres, permitindo às pessoas serem mais úteis e produtivas para com seus
semelhantes, por serem livres de preconceitos de qualquer espécie, por terem conhecimento de
causa, sendo diferente dos demais, por não terem vergonha de serem taxadas de ingênuas ao
praticar o bem porque o fazem por uma causa maior.
Ademais, com uma visão ampliada da vida encontra-se uma maneira prática e objetiva de ver
a história por um prisma diferente, englobando-se a história passada como uma seqüência da
gênese, com suas conseqüências no presente e diante das possibilidades futuras como
conseqüência do que se está fazendo agora.
Ao codificar a doutrina, Leon preferiu adotar o nome de Allan Kardec, que segundo as
revelações do plano espiritual, era seu nome em reencarnação anterior com sacerdote Druida,
entre os Celtas, Antes de Cristo.
Há inúmeros livros relatando a origem do espiritismo e o método adotado por Kardec para a
unificação dos ensinos dos espíritos, não sendo objeto deste volume abordar o que tão bem já
foi feito.
Nesta síntese, apenas convém lembrar que em toda a Europa, proliferavam as famosas
experiências das mesas girantes.
Nas grandes festas e bailes da corte, a certa altura cessavam com a agitação e as pessoas se
concentravam no centro dos salões para verem os magnetizadores fazerem levitar pequenas
mesas, ou banquetas, que passavam a se comunicar com os presentes por meio de batidas
sobre um alfabeto colocado sob ela.
Naturalmente eram sessões realizadas com o único intuito de divertir a platéia quando
espíritos brincalhões davam notícias verídicas sobre os presentes, sem nenhum conteúdo
moral ou doutrinário.
Posteriormente, alguém introduziu um lápis ao pé da mesa, e esta passou a escrever.
O processo evoluiu até a incorporação de médiuns por espíritos.
Kardec várias vezes foi convidado a participar destas experiências, que julgava ser algum tipo
de prestidigitação, até que, depois de muito relutar, acabou aceitando o convite para assistir
uma destas reuniões.
Depois de muito observar, Kardec chegou à conclusão que o assunto merecia melhor
investigação, pois havia ali um fenômeno com causas inteligente por trás daqueles efeitos.
Kardec começou por usar o método experimental, largamente utilizado pelas ciências em
geral, para repetir experiências, catalogar e classificar os fenômenos que observava, chegando
a brilhante conclusão de que era possível manter contato, repetido experimentalmente em
condições semelhantes, com outra realidade da vida por meio de médiuns, e com comprovação
científica.
Espírito investigativo, de sólida formação religiosa, católica por nascimento e protestante por
educação, Kardec questionou os espíritos com as questões bíblicas.
Fazia as perguntas aos espíritos, através dos médiuns, e os espíritos respondiam também
através dos médiuns, por várias modalidades mediúnicas, como a incorporação ou a
psicografia.
Começou a perguntar pelas questões decorrentes da Bíblia, relativas ao Criador, a Gênese
espiritual e a evolução da alma.
Insatisfeito com as respostas submeteu as mesmas questões a outros médiuns em diversos
países, para ver se havia concordância nas respostas.
As respostas foram extremamente semelhantes em todas as pesquisas, mostrando-se
consistentes e conclusivas, o que levou Kardec a adotar o método da concordância,
sistematicamente, para confirmar as revelações espirituais.
Até hoje este é o melhor critério para avaliação da qualidade e do teor das revelações de
origem espiritual.
Ou seja, se para uma mesma questão houver sempre respostas iguais ou parecidas em vários
locais diferentes, sem que as fontes das respostas se comuniquem, à concordância das
respostas torna-se o atestado de veracidade das mesmas.
Além de confirmar as respostas verdadeiras, este método comprova a unidade do movimento
espiritual, que o dirige do plano superior.
Por meio dos seus estudos e pesquisas, apoiado neste método cientifico de investigação,
Kardec criou o movimento que revelou à humanidade o espiritismo.
O primeiro livro surgido deste processo foi o Livro dos Espíritos. Seguiu-se, O livro dos
Médiuns, o Evangelho segundo o Espiritismo, a Gênese, o Céu e o Inferno, e a Revista
espírita. Mais tarde Obras póstumas.
O livro básico da codificação foi o dos Espíritos, constituído de 1031 perguntas a respeito da
criação, as causas e conseqüências da existência terrestre e suas relações com o plano
espiritual.
Nos demais livros da codificação kardequiana, existem respostas sobre todas as questões
cientificas, religiosas e filosóficas, sobre a origem do homem, de onde viemos, o que fazemos
aqui e para onde vamos.
Porém, nem tudo foi desenvolvido por Kardec, pois os espíritos não podiam naquele momento
revelar toda a verdade, pois, como ele mesmo disse, o movimento teria de se desenvolver no
futuro, anos mais tarde.
E as razões para isto, são explicáveis.
Na época de Kardec, qualquer livro para ser publicado em França, tinha que ter o “Publique-
se” da Academia Francesa de Letras, que era dirigida por padres católicos.
Por isto os autores espirituais trataram de excluir da codificação, tudo aquilo que poderia ser
censurado ou glosado pelos padres.
Mesmo assim, o elevado grau de liberdade de pensamento vigente, no tumultuado ambiente
político da Europa, na época, com penetração das correntes religiosas orientais, portanto
reencarnacionistas, no seu ambiente espiritual, permitiram a Kardec avançar nestas questões.
Mas os espíritos não trouxeram maiores explicações sobre a vida no plano espiritual,
colocando-as numa espécie de “erraticidade”, apenas avisando que mais tarde a obra
continuaria.
Daí a importância para os espíritas, de ampliarem a noção simplista de erraticidade, constante
da obra de Kardec, por que foi apenas um artifício do plano espiritual para garantir a
publicação da obras.
Chegou o tempo de concluir que a erraticidade, na realidade, são as vastas regiões e esferas e
dimensões de vida exuberante, existentes no mundo espiritual, mormente através da obra
psicografada por Chico Xavier, particularmente pelo espírito de André Luis, evidentemente,
uma continuação da codificação.
Este conceito deverá ser ampliado, ainda mais, pelas noções cientificas a respeito do Universo,
e da vida em outros planetas, abrindo para o homem as perspectivas do universo cósmico,
alias previstas e enfocadas por Kardec, na revista Espírita.
Nela encontram-se relatos surpreendentes sobre a vida em outros planetas, como Marte,
Júpiter e Saturno, aliás, pouco difundidos pelos espíritas.
Nas suas expressões de avisos para os pósteros, que haveriam de estudar a doutrina revelada
pelos espíritos, o codificador também deixou claro que tudo o que havia sido revelado na
realidade era apenas a ponta de um iceberg e que ainda havia muito a ser descoberto,
preparando o homem para nova oportunidade de reunificação.
10 - A missão do espiritismo
Na última ceia de Jesus com os apóstolos, houve um desfecho surpreendente para todos, pois
Jesus, ao contrário das expectativas dos apóstolos, anunciou que não seria coroado rei, nem
seria reconhecido como o Messias tão esperado, mas que, seria repudiado, execrado,
condenado e morto.
Jesus preveniu que sua obra seria deturpada, no futuro, desviada das suas finalidades e
aproveitada com interesses escusos, por homens perversos.
Mas Ele procurou grafar sua obra no coração dos homens de boa vontade, com vistas ao
futuro.
Ele prometeu que enviaria um Consolador para desfazer os equívocos do julgamento humano,
que tiraria todas as dúvidas daqueles que se sentiram enganados pelos desvios que os
poderosos e ignorantes fariam das suas virtudes e do seu roteiro de amor.
E mais, acrescentaria tudo aquilo que Ele não podia ainda revelar ao homem do seu tempo, de
coração impermeável a luz e a verdade, preenchendo o vazio espiritual da humanidade no
futuro contexto planetário.
Como se percebe o espiritismo preenche os requisitos que atestam ser ele o Consolador
prometido por Jesus.
Sua missão é gigantesca, primeiramente como consoladora do sofrimento humano, com
penetração nas camadas mais simples da estrutura psicológica da população, cumprindo um
papel em que fracassaram as religiões dogmáticas, revivendo o espírito do cristianismo
primitivo.
Mas isto não é tudo, cabe ao espiritismo dar sentido proveitoso e útil para as ciências
humanas sustentando a evolução espiritual.
Por isto Kardec não estabeleceu dogmas, tão pouco criou definições conclusivas a respeito da
natureza divina, nem mesmo deu a última palavra sobre as ciências da época, mostrando que
em tudo há um contexto evolutivo que cabe ao homem ir descobrindo gradativamente, cem
cessar, indefinidamente e infinitamente, num processo de equilíbrio dinâmico.
Na atualidade, o espiritismo reúne no seu corpo doutrinário todas grandes premissas das mais
importantes correntes religiosas do planeta, as orientais e as cristãs.
A doutrina espírita é reencarnacionista como crêem os Budistas, Confucionistas, Hinduístas, e
até alguns ramos do islamismo Muçulmano, que embora não sejam seguidores de Jesus, e até
desprezem os Cristãos.
Por outro lado, a doutrina espírita é também Cristã, embora os cristãos das várias correntes
religiosas não sejam reencarnacionistas.
Mas a Doutrina Espírita e também evolucionista, em concordância com todas as ciências e
apóia os avanços científicos, procurando dar sentido útil às descobertas e inovações.
Portanto, o espiritismo reúne hoje as qualidades doutrinárias para conciliar as grandes
vertentes religiosas do planeta, as reencarnacionistas e as cristãs, sustentando-as em bases
científicas.
O espiritismo, entretanto, não é o próprio Cristo, como gostariam alguns espíritas, mas Seu
precursor, tal qual João Batista, que pregava a verdade, antecipando a vinda de Jesus, que é o
Amor.
Não é à volta de Jesus, mas a rota de correção dos desvios do cristianismo, para entender o
Mestre e restabelecer a verdade, preparando seu retorno ao planeta.
13 - A fé raciocinada
Fica hoje evidente o desvio, porque a ciência tratou de provar que muitos conceitos errôneos e
sofismas inseridos pelos homens à mensagem evangélica do amor e da imortalidade acabaram
por serem desmascaradas.
As grandes verdades ocultas por símbolos, em meio a Bíblia, hoje são corriqueiramente
discutidas e analisadas a luz da ciência, ampliando seus conceitos e retirando o espírito da
letra que mata.
Até o final do século vinte o homem viveu o difícil e conflituoso dilema tendo de optar entre a
FÉ CEGA dos cultos religiosos, calcados nas imagens dos Santos projetadas pelos homens, e a
CIENCIA cada vez mais crescente em descobertas das verdades espirituais, embora
caminhando vagarosamente pelos questionáveis meios do método experimental.
Não se trata de crítica a ciência que iluminou o brilhante século vinte, mas sim pela deficiente
instrumentalização do homem para constatar a vida nas suas várias dimensões, pois nossos
aparelhos mal captam a vida fisiológica a uma certa distância.
Tal qual acontece com nossos astronautas superequipados que ao chegarem ao espaço e
focalizam seus poderosos instrumentos para a Terra não são capazes de afirmar que há vida
no nosso próprio planeta.
Ao revelar a verdade sobre a evolução da vida e os desdobramentos da vida inteligente no
planeta, o espiritismo deixa de ser uma crença para ser verdadeira Religião Universal
ensinando as leis que governam os destinos dos homens, restabelecendo o que Jesus havia
ensinado e, sobretudo religando o homem a Deus.
CONCLUSAO
Durante milênios fomos levados a acreditar que A santíssima trindade, bem como os espíritos
puros, ou se quisermos chamá-los Anjos, faziam parte de uma outra realidade que, alem de ser
diferente da dos homens também lhes era inacessível e impossível de atingir, por ser de outra
natureza diferente da do homem.
No entanto começamos a compreender que, do ponto de vista espiritual, todos fazemos parte
integrante da mesma realidade eterna, por enquanto na condição de criaturas, mas,
futuramente atingiremos o estagio em que hoje se encontram os espíritos co-criadores,
portanto integrados à falange dos espíritos superiores, puros, e também contribuiremos, de
alguma forma, para com o processo criador e expansionista do universo, em cumprimento às
leis evolutivas.
O fato de estamos encarnados, nos faz esquecer momentaneamente esta condição, submetidos
que ficamos as leis da matéria que nos governam o veiculo físico. O acrisolamento do espírito
na carne, porem, atende a objetivos evolucionistas, que nos hão de transformar, um dia, de
criaturas que temos sido em espíritos bons, capazes de amar incondicionalmente, Tal qual a
lagarta que se transforma em borboleta, permitindo-nos ingressar nos mundos mais felizes,
processo este que só agora começamos a compreender, o que não é pouco.
Deste modo estamos percebendo que ao invés de sermos um produto da matéria, somos na
realidade, cada um de nós, uma criação espiritual, imortal, fazendo parte de uma outra
realidade que não é a da matéria.
O grande fator extraterrestre, não é, como seu supõe, a existência de seres físicos de outros
planetas, mas sim o fato de espíritos, estes sim extraterrestres, estarem encarnados na matéria,
influenciando sua configuração.
Pertencemos, pois, todos, a uma família de espíritos de alguma forma aparentados de Jesus,
que seria um nosso irmão mais velho e mais sábio, cujos irmãos estão distribuídos por diversos
planetas, atendendo as suas necessidades evolutivas peculiares, mas ligados uns aos outros
pelo pensamento, fato este só percebido por aqueles que ampliaram sua consciência para alem
da matéria.
Esperamos assim ter alcançado o objetivo deste trabalho, desejando a todos aqueles que
perceberam que fazem parte integrante de algo maior, o mundo cósmico e espiritual,
trabalharem por um mundo melhor na Terra, ajudando q construir uma sociedade mais justa
e mais fraterna, baseada na renuncia e desprendimento, sem as ilusões da posse da matéria,
que não nos pertence e que em algum momento teremos que deixar.
No fundo pertencemos-nos uns aos outros e somos, por isto, responsáveis uns pelos outros e
pelo bem estar de todos, embora nenhuma coisa material nos pertença, pois que todas são
perecíveis, enquanto que o espírito, ao contrário, é imortal.
Alem disto como estamos vivendo o período dos tempos chegados, o do julgamento dos vivos e
dos mortos, o da separação dos bons dos maus, convém verificarmos que é, por isto, que tenha
de vir uma falange de espíritos, dirigida por Jesus, para fazer a seleção daqueles que podem e
daqueles que não podem mais ficar no planeta diferente em que a Terra vai se transformando.
É verdade que as profecias que anunciam a volta de Jesus a este mundo se repetem desde o
inicio da era crista, e de forma mais alarmista desde o final do primeito milênio,
aterrorizando as pessoas.
Mas Jesus disse que quando fosse chegado o tempo de processar este julgamento, haveriam
sinais claros, evidenciando estes acontecimentos, assim como a árvore que apresenta seus
galhos tenros cheios de folhas novas e de flores, vocês sabem que é chegado o verão, assim
também pelos sinais, perceberão que é chegada a hora da volta do filho do homem.
Quando pois, virem que há discordâncias dentro da própria família, pondo irmão contra
irmão, filho contra pai, doenças inexplicáveis, fome, guerras, e também sinais nos céus,
compreenderão que e chegado o momento.
Tais sinais estão todos presentes e até em grande evidência em nosso tempo, só que agora, há
indícios de que a humanidade atingiu um estagio de maturidade de conhecimento que permite
compreender o processo seletivo de forma menos contundente e imediata, mas pelo contrário,
dentro de um contexto lógico e racional, em que colhemos paulatinamente e sucessivamente,
ao longo das nossas reencarnações os frutos de nossas próprias escolhas. Portanto nos é que
nos escolhemos, para o bem ou para o mal.
Portanto, em nosso dias, não há pessoa que possa nos julgar definifivamente, pela simples
razão de que nenhuma pessoa, por mais inteligente que seja, nenhuma igreja, seita, ou
religião, por mais espiritualizada que se diga, e nem mesmo qualquer vertente cientifica, por
mais sofisticada tecnologicamente que seja, teria condições de julgar espírito algum, por que
todos os juízos estão voltados para a aparência física, enquanto que Jesus esta preocupado
com os atributos da alma e as obras que elas sejam capazes de produzir.
Assim sendo, somente alguém de fora, um ser muito superior, que visse o espírito de cada
criatura com completa isenção e de acordo com critérios que o homem não possui, poderia
julgar cada criatura de acordo com seu histórico passado e suas obras cotejadas no tempo,
pois que o homem já não tem mais a condição de julgar seu semelhante. Fica claro, assim,
que só agora podemos sermos julgados espiritualmente.
Chegaram os tempos em que a volta de Jesus, conforme Ele mesmo profetizou, esteja em vias
de se concretizar.
Outra conseqüência direta destes estudos é que depois de uma seleção espiritual naturalmente
seriam dados destinos diferentes a cada criatura ou grupo de almas afins, de acordo com suas
conquistas espirituais e merecimento pelo resultado de suas escolhas.
Neste sentido, e possível que muitos espíritos inferiores já estejam migrando da Terra para
outros mundos, sob a égide de outros espíritos superiores, num processo que que não tem
prazo fixo para terminar.
Outros em condições de melhor aproveitamento devem estar sendo preparados para sustentar
o progresso espiritual e material da Terra em novo estágio evolutivo.
Entretanto, aqueles que pretendem ou supõem merecer a volta para seus planetas de origem
devem contar com surpresas, de vez que a situação destes mundos, hoje, deve estar muito
diferente daquela em que foi deixado, por ocasião do exílio. Antigas estruturas e convenções
devem ter evoluído para novas formas materiais e concepções de vida e conhecimento,
inimagináveis para quantos de nos que temos feito o aprendizado na Terra, tornando estes
planetas completamente estranhos para quantos pensem encontrar ali seu passado estático e
igual, aguardando a volta das ovelhas perdidas ou dos filhos pródigos.
Por isto mesmo o merecimento que julgamos suficiente para voltar a uma situação anterior,
talvez não seja suficiente para voltar para o mesmo planeta, porem, que muito já se
adiantou...
Assim, é mais fácil supor que as condições em que seus planetas se encontravam na época do
exílio, há seiscentos mil anos atrás, sejam mais facilmente encontradas aqui na Terra mesmo,
num modelo futuro que nos cabe construir...
Paz e amor
Alfredo Nahas
Email
alfredonahas@gmail.com
*Do mesmo autor
2002 - A Evolução da alma
2005 - O sentido da Vida
2006 – Jesus, o Mestre, visto com outros olhos.
2013 – Meu tributo a Francisco Candido Xavier
2014 – A árvore da vida I
2014 – A árvore da vida II
2014 – Jesus, o Mestre, visto com outros olhos (segunda edição, ebook)
Bibliografia
A Bíblia - Os Evangelhos e os Atos dos Apóstolos
O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec
A Gênese - Allan kardec.
Breve Historia do Tempo - Stephen Hawking
O Livro de Ouro da Historia
Se Jesus não tivesse nascido D. James Kennedy
A historia do Futuro - David Wilson
Que é Deus – Eliseu f. da Mota Filho
Reintegração cósmica – Jan vall Ellan
Recado Cósmico – Jan Vall Ellan
Analise da inteligência do Cristo – Augusto Jorge Cury
Um extraterrestre na galileia – C.P.Wells