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No Livro: Utynko
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IDE.Qt:Ó(}l.\.;lqO 't,IVRO' Dll)ÁTICOÇ.+ Àna .13úci8.G,= de
Faria
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Canse//zoedlforla/.'Antonio Joaquim Severino, Casemiro dos
Reis Filho, Dermeval Saviani, Gilberta S. de Martino
Jannuzzi, Joel Marfins, Maurício Tragtenberg Moacir Ga-
dotti, Miguel de La I''uente,
Puente, Milton
Milton (le
de Niii'anda
Miranda ee Walter
Gârcia. ''1' F
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SUMÁRIO
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Proa"ção.laia;Ü/.:/h.t(jóiadá?aulasn$á~
Revisão. Vilson Fontana Ramos
INTRODUÇÃO !'q: $f}'.{Ú.2{$Bjl?!FI
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Capa.' Jeronimo Oliveira a t 'x-fi.i ob lí ia lg !il mâ3
0 "TRABALHO" NO LIVRO.iDIDÁTICO.i'i#
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Q;4qpe, .#;:p).Jçpbplbe ,:po lixwoãdááéo? Para
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Quem tuba a?
q A divisão do trabalho 'irai!({ié]]
Conclusão .2-r?.iÍ ).,..Ç)+*S
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zszo!)nübruj ê ílâijün'l - zo: à1li!) zol/jJ
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: êÕN$ipEitAÇÕES FiNAis
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Nenhumaparte destaobra poderá ser reproduzidaou duplicada
sem autorização expressa dq autora e dos editores.
q BIBLIOGRAFIA
Copyright da autora
l?i)=Í..ir aÊ? fb3 ! i!!oio bí : eo {JI bib ztjl'/j.l Íi!$18 .!
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84-0384 370. 19
às professoras
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inteliêêõêíâ:'i; ' EfnbotÊi 'i 81''dista?éb :'ãa?aEi;iadÉá:'\ãel'origem' I'
zs'\ob;::
operária ou burguesa seja igual, pois a ideologia domi-
i.il'$\ Zá:3\\l'\xi Zi'
naHté é Éelnpre dã'elãêse dominante, como diz a Autora,
a criança pobre realiza uma 'acomodação' de sua vivência.
diferente da rica, através do discurso do 'esforço pessoal',
do mérito. l NTRODU ÇÃO
Mostra a Autora que os livros didáticos concebem o
fraga/Ao de forma extra-histórica, não diferenciam o
írabalAo como valor de uso (nas comunidades primitivas)
do rraba/&o como valor de troca (na sociedade atual)'. Preocupada com o processo de transformação social,
Supervalorizam o frabaJÃo intelectual desvalorizandoo pretendo conhecer melhor o papel da educação nesta
manllal. Daí sua pergunta: "um escultor faz trabalho ma- sociedade, na sociedade capitalista.
n.ual ou intelectual."? (p. 58). Por que Educação?
O livro didático agua como difusor de preconceíras. Estudar Educação é importante como estudar qual-
O índio é visto como 'selvagem', desconhecendo o 'pro- quer outro campo do conhecimento, qualquer prática
gresso', 'nu e enfeitado cóm cocares'; a mulher é valori- social, desde que se leve em conta o processo global da
zada enquantomãe, doméstica,ou bordadeira, costureira sociedade. Este tipo de estudo permite antwipar, pla-
baba. Igualmente o caboclo brasileiro é desvalorizado. nejar uma ação, refletir a prática do educador e seu pa-
qualificado de 'caipira' pejorativamente. Isso ocorre em
pel na transformação desta sociedade.
muitos movimentos sindicais ou políticos onde o traba-
Educar é transmitir idéias, conhecimentos que atra-
]hador comum, por nãc conhecer o 'jarrão' dos 'chefes',
visto como 'massa atrasada'. vés de uma prática podem transformarou corisewar a
t-ealidade. A educação, portanto, é mediação entre teo-
Que fazer? Para a Autora não se trata somentede ria e prática.
mudar o livro didático, mas também o professor. Que
ele use linguagem acessível ao aluno, leve-o à reflexão ;A teoria em si. . . não transforma o mun-
crítica,à pesquisa
e à criatividade.Não há escolaso- do. Pode contribuir para sua transformação,
mente crítica ou reprodutora; a condição do professor de, mas para isso tem que sair de si mesma, e, em
senvolverum ensino crítico se dá na medida em que ele primeiro lugar, tem que ser assimilada pelos que
reproduz, ao mesmo tempo, idéias e pessoas que ocupem vão ocasionar, com seus ates reais, efetivos, tal
papéis. sociais. A maneira com que o farão depende da
dinâmicada mudançasocial e não de sua vontadesub. transformação. . . uma teoria é prática na me-
]etiva. dida que materializa,através de uma série de
mediações, o que alz/es só existia idealmente,
Em conclusão,é um livro de leitura obrigatóriade como conhecimento da realidade ou antecipação
estudantes, professores e os interessados na dimensão se.
cial e política do ensino; nesse sentido, é insubstituível. idem/de sua frans/armação"(VASQUEZ, 1968).
byrgÚE!#líg).ídçl#'igqBI)'o@5Ml% vsilblqao ole©R) Tdêladhüi 'inteljgentest .í$élps: vaidosos. qyereBi diçar lEiGos. aIOs }pre-
(vede em anexo o roteiro da entrevisl8)vR fiion dd)pçiste. tos,.faqbém pclçbm .41içqfarjQos,rppçsar i#e-lo .b[4ncQster
rionnente comparar a visão :delas,,gom 8..H+pão,.dgilivro mais .façílidqt:íç: pOlI-naFÉgmaX;
:-iemplegõ.nq:Quémlíganha
didático e tentar alguma evidência' sol;Çe a *l;ficiência des- .pçnçlq ç.: pord+lç! ;pãqÊtÇabajhê.idirçjlQõdENem:: semptê 'com
te recurso didático. Esta entre+büaimdõgsg !iiúã { uma Q.,}fa+#ljp..{d41.para;sÇkarÍ].dcQi preci$a=i:trnbalhar$muito.
;Não 14ç4;naco {qyem,:pãoeÊçllnçsludiosanocTOa pâttãoaé ;mais
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exigênci:aimçtoflolpgic4 ,já .que nao,;intefé$Éatií$enlg cóns-
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lidado onde se atua e o contato';tilhkáglêriánêãssÊHqcon. #q:da)prçlEisqãor V49alugndoíiÉ, quem:: :nãa iJtlrabalhadlB Rido
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dade de. .São. PauJo. .;A .busca çlestesod8K:UÍ)8g d: escola áteüÉãê.llàã .jjí]lap. pala tç!., ]ln+a.: boa. prof+!sãQÍI para :ltlg-
deveu-sés;ão:i;iâjêjr (#aêilídàdê .[lê;cêlitoH$jãi!!iêlialÍças de bbahaj'4jü.bç)ii)]nõlegà.lf: gànbprbasRRç%HQuem:i®o
=H: ]W;;n$JÜUã=ÊE! fnã= ::. tens;bqgl brofiwão*,,para:!:ficar ,!iço: lprççjga; fazer «hora
extili( guardam dinhçjro :Jla caderneta: ..dq.:poupança.', Quan-
dais e não sobre o tipo de escdEálbi03 0c dal.féi}.'pÉlrg\t#tád;é.âç.qlRpedi:$% fjc#çyrjçai disser
.13
eu não, pois meu patrão me paga pouco. Tem P várias profissõesporque cada uma serve para uma coisa.
outras pessoas que não podem ficar ricas porque A escola e a mãe ensinam; brincando também se apren-
gastam todo dinheiro no aluguel e com comida de. O patrão ensina o empregado, e a mãe ensina a se
e nãa guardam dinheiro para quando precisa- comportar. A escola ensina a ser inteligente, é a que
rem mais ensina, é a que dá a profissão, Tem profissões que
não precisam estudar; "qualquer um sabe mexer em uma
Pobre é quem pede esmola, preguiçoso. (Estas crian- máquina"; para recolhero lixo não precisa estudar.
.ças não se consideram pobres.)
Podemos notar nesta síntese do discurso das crianças
Para as crianças entrevistadas da escola particular, da escolaparticular, o seu preconceitoe até desprezoao
o trabalho é uma espécie de esporte, trabalha-se para si; pobre e ao trabalho manual. O trabalho para elas só
uns trabalham por dinheiro, outros só por vontade; o tem o aspecto positivo e, no fundo, é pobre quem quer
trabalho da criança é o estudo. O melhor trabalho éo ser, quem gasta muito dinheiro à-toa. Ser rico, ser pa-
mais.fácil. Lixeiro é um dos piores. Trabalho de mulher trão e ser inteligente é quase a mesma coisa. Mas o di-
é mais leve, pois elas não têm muita experiência. Os nheiro não é tudo, não com aquela visão cristã, mas, nem
mendigosnão trabalhamporque não sabem falar direito. sempre, o dinheiro é poder e parece que as crianças já
não têm profissão, não sabemfazer nada, bebem, man- (querem) percebem isto.
dam os filhos pediremelsmolas,
não têm dinheiropara Apesar de a mãe tet um papel na educação, o mais
o filho estudar; se parassem de beber, arrunlariam em- destacado para esta função foi a escola. Pobre não es-
prego. Mesmo a mulher pobre trabalha: ela se mexe. faz tuda, por isso é pobre. As boas profissões são ensinadas
força arrumandoa casa e cuidandodos filhos. Uns não nas escolas.
trabalhamporque têm muita riqueza. Trabalha-se para A sua visão do mundo e seu estilo de vida coinci-
o chefe, para sustentar a casa e para o progresso do
dem. A vivência com a(s) empregada(s) doméstica(s)
pais. O trabalho não deixa ficar muito rico. Alguns fundamentoumuitas das respostas. Este é um trabalho
ganhampouco, têm que pagar a]ugue],compram perfu-
inferior em relação àquele desenvolvidopelos seus pais.
me, poupas,,.dão dinheiro para os parentes; por isso não
=i':=B';:/;i.l\l&sá
O que fica evidente é que o discurso tanto das
crianças de origem burguesa quanto o discurso das crian-
ças de origemoperária é bastanteparecido. Isto não é
vez mais i'ico porque sabe guardar dinheiro, tem muitos surpresa, na medida que a ideologia burguesa é a domi-
nante na nossa sociedade.
negócios, vende carro etc., nem todos os empregados
No entanto, a vivência das crianças é diferente e as
crianças de origem operária, já desde pequenas, tentam
acomodar a contradição realidade x discurso com justi-
ro, pensandoque vão ."ficar o maioral", mandar em tu. ficativas individuais próprias do discurso liberal bur-
do -- mas tem gente rica que não manda em nada. Tem guês -- a ideologia do esforço pessoal.
14
15
"Se estudarmosmuito,. poderemosaté. ser.,pro- F
crianças. Por fim, nas considerações
finais, frenteàs
U fessora mais tarde. item que prestar muita ater constataçõesque vierem à tona através da análise, po-
der-se-á refletir sobre alternativas para o livro didático
ção na aula";a
e refletir sobre o papel da .educação na sociedade capi-
"se - êlau economizasse poderia. ficar bica"; :)'
çà$ ; apa11éçerá?.:.' 'Quã:] .!gi'á].: êntãq, ' b;'llap:l ,qõ p11õíegÊér ) ;';ll 'l:''T
}
ü'íioríiilq çli c ?:11iBÍ!; (:'!i(?r3';j'tÇ (l f'!i:íi3 ] r:':;:i5.:f:' :
pata cada "üma das' élagééá sbciâis . já' (ilúé'p'oisúéín.bóia obn!:,!FJ ,:)t/i:) i [€1l' o:?!:]í;b:i .]!} 3 (;' /ii l ii\l: [a:i t:!:lrq;ril
vivência diferente? .ir;ir ol) siD à $'\\ loi hnlili,: 3 .;iá{ ? i:: h f3 3 ',b Õ ziç\t lo3
O livro didáticoda 2.', 3.' e 4.' sériesdo l.' Grau (Abelha conversando çom Mimosa, a bezerrinha
dedica-semuito ao tema trabalho. De forma mais explí- +'
que)
cita, os livros de Estudos Sociais e Educação Moral e
tnunca tinha ouvido falar em trabalho. Resol-
Cívica apresentam capítulos inteiros sobre o assunto:
veu trabalhar. Pensoutambém em tirar mel das
falam dos tipos de trabalho, sua finalidade etc. flores
Já nos livros de Comunicação e Expressão, encon-
tramos poucos textos explicitamentesobre o Trabalho: (Já que a abelha, fazendo o mesmo, disse estar tra
este tema permeia muitas estórias que são dos mais di- bailando:)
versos assuntos.
Não fique triste, Mimosa. Cada um
Dado o caráter genérico dos objetivos estabelecidos no mundo tem que saber fazer uma coisa. As
pela lei ' para o ensino destas disciplinas, acreditamos abelhas tiram mel; você vai crescer, ter filhotes,
dar leite para eles e para as pessoas também.
1. Esta será a referênciaao livro didáticocitado. O primeiro Esse será o seu trabalho" (313, p. 32).
número refere-se ao livro(vede código de referência na biblio-
Não só o homem e os animais, mas tambémtodo ser
grafia), e o segundonúmero refere-seà página de onde foi
retirada a citação. Quando o primeiro algarismodo primeiro vivo trabalha, já que o trabalho é uma mera ATIVIDA-
número for zún, o livro é de Educação Moral e Cívica, quando +
DE, é o fazer alguma coisa.
for doü é de Estudos Sociais e quando for /rês é de Comuni- 'As plantas também trabalham. Produzem
cação e Expressão. Os outros algarismosreferem-se(arbitra- frutos indispensáveis à nossa alimentação. Ou-
riamente) a numeração dos livros de cada disciplina. tras nos dão flores que enfeitame perfumam
2.(Regulamento do Decreto-lei H.o 869, de 12-09-69e Resolu- nossas casas. Além disso, purificam o ar'' (31,
riamente) à numeração dos livros de cada disciplina. P. 32).
18 19
"0 humus trabalha nã transformação:de alimen. ,figa. a natureza para- o bem de outras homens
' ! }li',)
tos para as plantas" (22;d$: 109}:' para elesr.ençontrafem sempre: um)mundo.. me
1 ! 'T .rt i+ r ''} f'+r\ n: ':+ ; CLp : f
hdãâ:'.'(MAltX;] 971a,
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L':.;:,.i.
obra ãbühdante:'j:. Daí não : existir tíifelença:' ehf;ê';ó tra-
balho humano ê ''á átividade "ddé 'outros 'será'' Çi& .;l.'ITra- ..É icom ,o desenvolvimento :históriaocique o ;h'abalho
ta-se do emprego da energia e do despender força.' assume características especiais.
Tanto a$1homeósr:comóí: óg-ãnimãié"ltrabalhàM ! para A história )do; homem Btual: 'é-o'ipfocésio de:xóbjeti-
manter a natureza em equilíbrio, o produto do( ti'àballió' vação do, trabalho: quç .tem. origem nas púmeiras mani-
é a garantÀg.:,4a$gbrey4yênçi$,,dêl..sçr..igual para qual- festações.da ditisãó dó trabalho:' 'Estudar' esta divisão é
quer ser viyoa,:$gg aparecepi :qualquer ..4'eferência.-.sobre estudar ã híÉtóriâl kla "Éoêiedadé: á' história' d:às Ititas de
classe
a capacidailei df?''hé411çp i antççipar'l:pa iRqQtq.- suq.i .ação
para tçanlfQi.máf. .<'lêalidade... É. CQnjo .sp -ç) .hamemi :pro- cada .ç.tpp.a dp diyi$ãQ do :jrabalJxo ;determi-
duzissem éom13/i$ 'áilim4íç,'.pela. ;pecessidadç. ..física :'ime- na : .também; as= relações dos, indivídt4os entre si,
diata. No ii'ütõ*dídáiiéÉ); ambos modifi:am' a ' natureza. noi !ocante ao.,.material, ao instrumento e..po :pro-
O esforço é?'óífqüe : caracterizar, o'trabalho ~líumànó: '(já ci- duto do trabalho"l'' (MARX e .tNG.el.s: ,i.g72,
tado 24, pC' ] 14); e ;õ: :qüe '&'dá :É uma niüdánça :de fdi: P: 2.0-21).
ma para o bem-estardos homeàÉ. Não: léxisté''uha fina: â Nç çntaDto* of:liWQ: 4idátiço néo.:Jçva nada..disso em
lidado .aptçf?irada .que determina ;q:moçlQ: fde,agir do ho-
mem. .,:íO qu&.:( .qptecíp4dQ, 'pu. mçlhQçp, ;b ,quç.:Nem a consideração,.,=..Quando ;Qle expbç% j Q,trabalho j daf mesma
priori .é, l)euf, forma! tanto para o homem quanto para .QS..animais e as
plantas, revela a ignorância do processo histórico..
''A':nátureza}é obiá ;de Deus.; O hoheü' O :,çonceitQ:,de , trabalho..adotado é; a-histórico, assim
trabalha pela sua conservação. O homem medi:- como todosíjosioutros conceitos. O. livro didátiço.volati-
21
liza o processo de trabalho assim como todo o processo
histórico (CERQUEIRA FILHO, G. e NADER, 1978)
O fato de o trabalho ser uma categoria antediluvia-
na não significaque semprefoi igual, pois
r A partir daí, além do trabalho manual, o
homem começou a desenvolver cada vez mais
o trabalho intelectual". (ll, p. 37).
e produtosda caça e pesca. Porém, com o depender, portanto, de qualquer forma dessa
vida. sendo antes comum a todas as suas formas
aumento da população, houve necessidade de
uma maior quantidade de alimentos. sociais'' (MARX, 1975a, p. 208).
O homem descobriu que deveria plantar e O nível de abstraçãoque se dá ão trabalho dispen-
não só tirar da terra aquilo que necessitava sa que se fale da relação entre os trabalhadores,da orga-
para sobreviver. nização da sociedade.
Desta forma, surgiu a agricultura, primeira Sem esquecer do papel revolucionário desempenha-
atividade económica organizada pelo homem. do pela burguesia,hoje, é a-historicamente
que ela con-
Além da agricultura, o homem começou a orga- cebe o mundo. E é justamente assim que é reproduzi-
nizar rebanhos, surgindo assim a criação ou pe- da sua ideologia. Desta forma, consegue-se acomodar
cuária. as contradiçõese tudo tem uma explicação. Não se
Mais tarde, graças ao desenvolvimento de consegue supera-las, justifica-se tudo. Tudo é natural,
sua inteligência, o homem criou a indústria. Obedecendoas leis da natureza, as leis de Deus.
22 23
O trabalho, .farda de'b homem dominar;'ã nature- é conhecida diretamente?.pelo trabalhador, - é- um estra-
za e constituir sua . existência:' não-.é'visto pelo livro di- nho a ele. ' A negação do trabalho:não aparece-'!Fala-se
dático como categoria. 'Tela:é apénaÊ''uma atividãde com sempre no caráter subjetivo do .trabalho, jamais na sua
o.:eím . de. :çriaçi yabç-. 4e ;uso : (Habalhç) concrçtg),, onde o objetivaçãa'.
c ..,áleF! subjetjvo.;.:,pt4.. ,gFmpfe : pfg$çpB., tonto:.#gr ;qye,.se Sendo assim, não se falando;'ae''aliênáçãOddt'tr%-
"felç.,}s M'?'t&8çicl;;:ílb :irai;ü;ldÜ ; qqótç, :Zl;Ú.;;= banho, não : se fala' também ;na' libertação :büt 'ele,(ha ne-
ticipaçãq. % domínio,:de,: tpdq. proçesêq. ,: .f. : -. ' - ,;*.:.l ''
gação da negaçãoi
Este nível de generalidade é característico«!d&..:todo Qtlahdõ' ge fala : 'dêí;'ãificüldãdeüüb;]ti'ã$álhõl:'dt) 'fato
livro didétic5?4,. ; !j, ,; i11Pq:,gqP ,; {qçgçgp.. .da,. jnlç1lprçtação de ele ser penoso, cansativo, na;'verdade':iê ;dita::VàloFi-
Tg«ésadó :duàdÓI'dÓ'libé;iiil:Úbl''"
iA'':iÜillã:lã=;'ã; zandg..o. ,çrabalbagol, :pq11
. :!rat)jül!?!::
trabalho para. esta concepção do mundo é :ãpêbas' um
produz' do pensamento uma Ve2 :que'não sê leva em íGàtüiaráÉ,ó fãd üciM:o: $tióftüó/ftÜ rosto'" (.l l,
conta''a História:,': o ptocegso; histórico. . Não; . há conde P: J41) .
iões- de perceber blue 'Que afã! já todos de pé! :
:lg tj4bal+iS);gli'torlibip.::D;ãç)
.sçi.'no;;plano, dais.cõtê:: Ruidosos tagarelando
gonaq, nuas pa próp.ria repjidadç, .um feio: de
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Vão os colonosem bando
®'B Para os talhões do. café.
cliêll a riquç4a. :em:gerêJ:.F: dei2çou,;çnqq4htç) de. '.!'t ;} !T J
Coúeçá"b tiídê;:tÉàbalhõ
terminação, de constituir um todo;çQD.Qs: índiví: .}?i'$
Q:. bWO .;çüdáticq,:só;lÍBIa do ca;átçj: ,positivo. .do tra- mesmo . tempos::é umas; Btividade Gansatjvêln penosa, infe-
rior, :..manuaj#,.,que )lé valorizada ) moralmente« . .pelo. JJivro
balho,.. a .hum+lilliz4çã9.
:.d4 sature;a : pelo.,trabalho. didátiçoz:visando bollçonformismo, !aJ.obediência, : eira ! xe-
'0 homem 'bóm a Éüa 'inteligência, ' ó; :gêü stgnaçao, M a :-::::::.:. EM M
trabalho:, e com q.. emprego: .de:.máquinas ,:.pode 3jüa ..'!CD6
}'Nãb= padehdg;''ébdós j'gêf Péài)itães} têmõs
aproveitar. e. modificar o :meia ; nqUral , dQ.:lugar . '- !'\ '
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uma produção : colêtiva. ' Que o ;produto'ao trabalho nãd perde
24
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é! " (3 18, p.a8o)melhorpossível, aquilo que você Em nossa realidade, o trabalhador já foi despojado
dos meios de produção, que são propriedadeprivada do
capitalista; ele não produz uma mercadoria.
o que elefé icealmenteabalho. Ele é explicado ocultando "SÓ o produto coletivo dos trabalhadores
parciais transforma-se em mercadorias" (MARX,
;::.:'::..«:':WI,$
:i;lg H
1975, P. 407).
O resultado da produção coletiva é a criação de uma
mercadoria. Seu objetivoé o comércio,visando a acu-
mulação de capital. O parcelamento das tarefas serve
' Mas o sucesso de uma agricultura precisa
ao aumento da produtividade. É a subsunção formal do
de outras providências: adubo no solo, boas se-
trabalho ao capital. O capital domina a circulação e
mentes e, principalmente, homens com força e
saúde para plantar. '"' '''' parcialmente a produção; produz-se para o comércio e
explora-se a mais-valia absoluta do trabalhador.
Não adianta cuidar da terra e esquecer o
homem" (25, P. 72). Com a revolução industrial, nova divisão ocorre no
trabalho. É a dominação real do capital sobre o trabalho.
É o aguçamento da contradi.ção forças produtivas
x relações de produção. O capitalista detém os meios
de produção, e o trabalhador vende sua força de traba-
lho. Ambos alienados,já que o primeirose apropria
do que não produziu, e o segundonão se apropria do
que produziu. A produção é coletiva, e a apropriação
é individual.
O trabalho assalariado, em última instância, carac-
teriza a subsunção real do trabalho ao capital, na medi-
da que torna também a força de trabalho uma mercado-
ria que é alugada para aquele que detém os meios de
produção. Estas condiçõespermitema exploraçãoda
\
28
Inicia-se um período de incerteza em re- Desde que todos estejam unidos e se esforçando, a
laçãoà economiae à política(governode Jogo sociedade está em harmonia. O que dá a entender é
que a vida é boa, os homensé que a fazem ficar ruim.
Goulart). Greves e conflitos sucedem-se. A 31
de março de 1964 houve a Revolução" (215. SÓ que são todos os homens,uma vez que não existem
P. 56). classes sociaispara o livro dídático. De vez em quando,
Antes (de 1964), a ameaça de revoltas, homem desliza e daí ocorre um desequilíbrio. Portanto,
lutas de classe, a discórdia semeada entre os esta harmonia depende da disponibilidade humana in-
brasileiros'' (22, p. 118). dividual.
O operário não aparece em nenhuma região. A divisão do trabalho no livro didático é, portanto,
O trabalhador é um herói! O livro didático super- UHa divisão de tarefas. Não existem as classes sociais,
valorizao trabalhador.Ele é um resignado.É pobre, o burguêse o proletário,o dono dos instrumentos
de
mora em barracos, seu trabalho é difícil, cansativo, até produção e o dono e vendedor da força de trabalho. Tch
na sua folga ele trabalha (26, p. 40). Quando este tra- dos trabalham! AÍ está a ideologiadominantecamuflan-
balhador abandona seu meio e vai para as cidades em do a realidade. A ênfase no indivíduo enquanto res-
busca de melhores condições de vida. ponsável pelo seu sucesso reforça esta dissimulação.
72
CONSIDERAÇÕES FINAIS
MARX,
K.
Paulo, Global.
(1978).
K. e ENGEIS,
Teor/a da
F. (1972).
Ã/ais-relia: Ox Fisfocrafai.
88 89
315. NEVES, Débora Pádua Melão (s.d.). Porfzig êx Ã/oderno.
4.a série.
210. NEVES, Débora Pádua Melão (s.d.). Estados Sociais e
T ANEXO
Ciência.s. 2.a série.
211. NEVES, Débora Pádua Melão (s.d.). Esfzídos Sociais e
Ciências. 3.a série. ROTEIRO DO DIÁLOGO COM AS CRIANÇAS
212. NEVES, Débora Pádua Melão (s.d.). Esfzidoi Sociais e
Cíê/leias. 4.a série.
Tema: O TRABALHO
BLOCH EDITORES
316. BECHARA, Evanildo e outros(1974). Hora de .Apren O que é trabalho? Para que serve? É bom trabalhar?
der. 2.a série. 3, 4 As crianças devem trabalhar? Por quê? Como? Com
317 BECHARA, Evanildo e outros (1975). /lota de .'4pren- que idade?
der. 3.a série,2.a ed.3,4 As mulheres devem trabalhar? Por quê? Como? Quando?
318 BECHARA, Evanildo e outros (1975). flora de ''lpren- O que é profissão? Para que serve?
der. 4.a série, 3.a ed. 3,4 O que se ganha com o trabalho?
213 OLIVEIRA, Anna e outros (1974). Conhecendo ai Co- O salário dá para viver?
mulzídacíei. 2.a série. 4 O trabalho é importante? Por quê?
214 OLIVEIRA, Anca e outros (1977). "A Cidade e Sua Por que uns ganham mais do que outros?
História". Co/z/legenda as Comzi/zídadex. 3.a série,: 2. ed. a, 4 Quem trabalha? Quem não trabalha?
215 OLIVEIRA, Anna e outros (1977). Con/legando as
Para quem se trabalha?
nfdades. 4.a série.
Dá para ficar rico com o trabalho?
Por que tem gente que trabalha e está sempre pobre?
Os negrostrabalham?Tem negrorico? Por quê?
Qual é o melhortrabalho?Por quê?
É melhor ser patrão ou empregado?Por quê?
O patrão é bom?
Quem é melhor: o mais inteligenteou o mais forte? Por
quê?
Por que o patrão fica cada vez mais rico e o empregado
1. Foram analisadosos Manuais do Professorque trazemos cada vez mais pobre?
exercícios feitos e orientação para a utilização do livro. Você acha feio ser preguiçoso?
2. Código de referência. Por que as pessoas querem ficar ricas?
3. Em convênio
como MEC. Por que tem várias profissões?
4. Encontrados na relação do PLIDEF. Se você quiser ser médico você consegue?
90 91
Como se faz para ter uma profissão? 2.' parte
Precisa estudar para todas as profissões que elas querem?
Quem ensina mais: a família ou a escola? O que é trabalho?
Para que serve a escola? Para que serve o trabalho?
Onde mais se aprende? Qual é o melhor trabalho?
Se aprende brincando? Trabalhando? Quem costuma trabalhar?
Quem estuda arranja empregosmelhores? Por que tem gente que não trabalha?
O trabalho é bom? Por quê?
Que trabalhovocê gostariade ter?
IDENTIFICAÇÃO DAS CRIANÇAS '
92 93