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Data: 08/0112019 Fls. 't.-2,
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA AOMINISTRATIVA
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I TÃ
Parecer nO 01/2019 - ASA P.A. nO. E-14/001.000285/2019
LE
S
RE
SUBMISSÃO DA CEDAE, ENQUANTO
EMPRESA ESTATALINDEPENDENTE,AO
OR
PLANO DE RECUPERAÇÃO FISCAL
APROVADO PELO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO.
IT
RELEVÂNCIA DA
AN
INDEPENDÊNCIA DA ESTATAL PARA A LEI
COMPLEMENTAR FEDERAL N° 101/2000,
-I
FEDERAL N° 159/2017.
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1- A CONSULTA.
48
pelo Exmo. Sr. Subprocurador-Geral do Estado Dr. Sérgio Luiz Barbosa Neves,
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002, á fI. 03, assinado pelo Auditor Geral do Estado e endereçado aos titulares
de Órgãos e Entidades da Administração Pública Direta e Indireta, solicitando
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SERViÇO PÚBUCO ESTADUAL
CGRYN O) I
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SERVIÇO PÚBLlCO ESTADUAL
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Processo 1'12: E-14/001.00028S/Z019
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Data, 08/01{2019
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PROCURADORIA ADMINISTRATIVA
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Ato contínuo, a promoção instruiu os autos juntando documentação
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pertinente à questão, a saber:
I
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-Lei Complementar nO 159, de 19 de maio de 2017, que institui o
Regime de Recuperação Fiscal dos Estados e do Distrito Federal e
S
altera as Leis Complementares nO 101, de 4 de maio de 2000, e n"
RE
156, de 28 de dezembro de 2016 (fls. 15/20);.
OR
-Lei nO 7.629 de 09 de junho de 2017, que dispõe sobre o Plano de
Recuperação Fiscal do Estado do Rio de Janeiro e dá outras
IT
providências (fls. 21/22);
AN
"Plano de Recuperação Fiscal do Estado do Rio de Janeiro -
período de 2017/2020 (fls. 23/47);
-I
bem mais ampla daquela tratada originalmente no PA, qual seja, a necessidade
de obediência ou não ao Ofício Circular CGE/AGE nO 002, à fI. 03, endereçado
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SERViÇO PÚBLICO ESTADUAL
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Processo o., E-14/001.,(l00285/2º1~
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, Data, 0810112019 fls, :
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PROCURADORIA ADMINISTRATIVA
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Estado do Rio de Janeiro, vigendo também para a situação o brocardo pas de
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tutelle sans texfe, pas de tutelle au-delá tu fex/e,' assim expressado pelo
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Conselho de Estado francês: "a tutela não se possui, ao contrário do poder
LE
hierárquico, de pleno direito, automaticamente, sendo necessário um texto
S
(inexiste tutela sem texto); e esse texto deve precisar-lhe a extensão"2,
RE
Não é esta, porém, a consulta formulada pelo Exmo, Subprocurador-Geral
OR
do Estado, sita na questão geral de as empresas estatais independentes estarem
ou não sujeitas ao Regime de Recuperação Fiscal, ultrapassada a mera
IT
indagação quanto à obrigação de fornecimento de informações que
AN
originalmente foi proposta à Assessoria Jurídica da CEDAE,
Nesse viés, têm-se que, para uma completa análise do tema, em primeiro
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SERViÇO PÚBUCO ESTADUAL
Data: ill!I9l!2019
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Processo n": E-14/001,00028S/Z019
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Data:Q§[91/2019 Fls. *~
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURAOORIA AOMINISTRATlVA
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Neste tópico serão esmiuçados os precedentes trazidos na Promoção nO
10/2019 - CCF, quanto à sua pertinência temática ou não à questão em tela, a
I
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saber:
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Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro S.A., empresa estatal
não dependente, não se sujeitava aos decretos estaduais que
OR
disciplinam licitações e contratos administrativos, vez que a lei que
instituiu a empresa em questão dispunha que esta deveria elaborar
IT
regramento próprio para suas licitações, conforme o art, 7° da Lei
AN
Estadual nO 3,517/2000; e,
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discutido,
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SERViço PÚBliCO ESTADUAL
FI•. <::;.º-.
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA AOMINISTRATIVA
Tal fato pode ser demonstrado a partir da leitura dos seguintes excertos
destacados do Parecer nO 18/2010-HBR:
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA ADMINISTRATIVA
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(...)
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o único caminho para a INVESTE RIO deixar de sujeitar-se às
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normas da Lei nO 8.666/1993 e aos decretos regulamentadores
das leis sobre licitação - sem, contudo, deixar em hipótese
alguma, de obedecer aos princípios licitatórios ., é a edição de
S
regulamento próprio, conforme previsto no art. 7" da Lei Estadual
RE
nO 3.517/2000, que autorizou a criação da INVESTE RIO, Registra-
se, porém, que a constitucionalidade dos regulamentos próprios das
empresas estatais sobre licitações é matéria polêmica, que está sob
OR
apreciação do Supremo Tribunal Federal. (Grifou-se),
IT
Desse modo, verifica-se que o raciocínio utilizado na argumentação do
AN
Parecer guarda direta relação com as normas concessivas da autonomia
financeira da empresa e sobretudo com a aplicação do artigo 7° da Lei Estadual
-I
se da presente discussão.
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CEDAE, tendo em vista que esta estaria caracterizada como empresa estatal f7J\
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Data: 03101/2019 Fls.
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PROCURADORIA GERAI. DO ESTADO
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ou de capital, ressalvado aqueles provenientes de aumento de
participação acionário.
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Portanto, a Secretaria da Fazenda, que detém as informações
orçamentárias do Estado poderá melhor definir a situação fática atual
da CEDA E, como recebedora ou não de recursos do Estado, para fins
S
de seu enquadramento como estatal dependente ou não dependente.
RE
(.)
Dessarte, confirmado pela Secretaria de Fazenda a situação .da
OR
CEDAE como empresa controlada não dependente, levando"se
em conta sua situação atual, com a ausência de previsão de gastos
em favor da CEDA E no orçamento de 2017, assim como a ausência
IT
de repasse de verbas de custeio e capital no ano de 2016,
confirmando-se as condições fátícas que levaram à declaração de não
AN
dependência econômica da CEDAE pelo Exmo. Govemadordo
Estado no ano de 2014, o parecer é no sentido da não aplicação
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(Grifou-se).
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SERViÇO PÚBLICO ESTADUAL
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PROCUAADOR'A GERAL DO EsTADO
PROCURADORIA ADMINISTRATIVA
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a fim de integrar o conjunto de medidas do Programa de Estabilidade Fiscal _
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PEF, em meio ao contexto do processo inflacionário, vivenciado no final dos anos
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o déficit público e sedimentar um ambiente fiscal mais favorável, por meio.do
estabelecimento de diretrizes principio lógicas de uma gestão fiscal responsável.
OR
A Lei Complementar Federal nO 101/2000, portanto, constitui um
compromisso perene com o equilíbrio futuro das contas públicas,
IT
entendido esse como um bem coletivo e como condição necessária para o
AN
desenvolvimento4.
-I
3 É importante ressaltar que neste contexto histórico: "a desigual descentralização promovida
pela Constituição de 1988, ao concentrar a competência legislativa na União e não definir
57
eleitores e dos credores irão mover-se rapidamente em direção ao ente central, e não para os
governos locais, em busca de soluções" (ECHEVERIA. Andrea de Quadros Dantas; RIBEIRO,
Gustavo Ferreira: "O Supremo Tríbunal Federal como árbitro ou Jogador? As crises fiscais dos
ÃO
oportunista dos Estados. Tal mudança seria realizada pela aprovação de uma nova legislação
fiscal, focada especialmente na necessidade de reduzir o acesso dos entes subnacionais a
LE
recursos públicos e de vetar a possibilidade de resgate por parte da União" (ECHEVERJA, Andrea
de Quadros Dantas; RIBEIRO, Gustavo Ferreira: "O Supremo Tribunal Federal como árbitro ou
Jogador? As crises fiscais dos estados brasileiros e o jogo do resgate". Revista Estudos
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Processo o., E-14tOOl,QQ028S/2019
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, D.ta, OS{Ol/2019 Fls. Õ>( I
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remetendo para a ideía de prudência na
administração financeira e patrimoniaiS.
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No mesmo entendimento, podem ser destacados os ensinamentos da
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doutrina de Weder de Oliveira:
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Os objetivos da Lei de Responsabilidade Fiscal
OR
qualificam-se como macroeconômicos, financeiros e
orçamentários. Visam à prevenção de déficits
"imoderados e recorrentes" (na expressão da
IT
mensagem ministeríaQ e do controle da dívida
pública. O propugnado equilíbrio intertemporal das
AN
finanças públicas encontra expressão normativa, no
§1° de seu art. 1°, explicitado como pressuposto da
responsabilidade na gestão fiscal: ( ..)
-I
5fV10TTA, Carlos Pinto Coelho; FERNANDES, Ulisses Jacoby: 'Responsabilidade Fiscal: Lei
Complementar 101 de 04/05/2000', 2ed Belo Horizonte: Del Rey, 2001. p,26.
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SERViÇO PÚBLICO ESTADUAl
Processo 0 2 : F~14/001.0º-º785!2019
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S OLIVEIRA, Weber de. Curso de responsabilidade fiscal: direito, orçamento e finanças públicas.
Belo Horizonte: Fórum, 2013. v.1. p. 49,
7 A titulo exemplificativo, destacamos os seguintes casos do direito norte-americano, discutidos
na obra de Eduardo da Silva Mattos: (ij primeiramente foi analisada a cidade de Stockton, na
Califórnia que "foi atingida de maneira forte pela crise financeira de 2008 e suas contas sentiram
o baque - e, segundo o juiz do caso, também em razão do crescimento desarrazoado dos
vencimentos de servidores e aposentados públicos. Ou seja, tratou-se de um choque externo,
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Data; O${Ol!2019 Fls.
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Os instrumentos americanos advêm, em grande
medida, do Capitulo 9 da Lei de Falências americana
e possuem uma rica história de tentar proteger o
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indivíduo lesado pejo Estado devedor, balancear a
liberdade dos estados com um poder federal (Ashton
v. Cameron County Water Improvement Dist. No.
S
1; United States v. Bekins) e permítír que entes
RE
públicos possam coletivamente se reorganizar em um
arranjo economicamente mais eficiente que· a
OR
execução individualizada (Flushing National Bank v.
Municipal Assistance Corp) (. ..)
IT
O Capítulo 9 da Lei americana prevê, grosso modo,
um concurso de credores quando do protocolado
AN
pedido de recuperação pelo ente público,
suspendendo execuções contra o devedor
(mecanismo conhecido como automatic stay). Trata-
-I
70
citado o caso da cidade de Cenlral Falls. em Rhode Island, que "teve problemas financeiros em
razão do subfinanciamento de pensões públicas por longo período de tempo - pessoas recebiam
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mil dólares anuais, A díFiculdade econômica foi combatida com uma reforma econômica (redução
da cobertura estatal) e não só com prazos e renegociações"; (íii) por fim. foi discutido o caso da
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cidade de Delrolt, Michigan, que foi célebre da história recente dos Estados Unidos, no qual: "O
município possui uma estrutura para aproximadamente dois milhões de pessoas - a cidadeloi
pensada e ampliada durante o auge da indústria automobiHstica e do Rust Bel! nos anos 1940 e
ÃO
que iriam usá-Ia, Acredita-se, também, que os aposentados da cidade receberam beneficios
bastante generosos considerando o respectivo nlvel de contribuição. Aqui. tem-se um problema
LE
sério de dificuldade econômica (nova ordem econõmica que diminuiu a importãncia da indústria
local e um Estado que fornecia garantias que não tinha condiçôes de arcar), Tanto assim que,
mesmo após uma redução sensível via renegociação, a cidade não consegue se reerguer: In:
ES
MATTOS, Eduardo da Silva. Bail-out público? Falência, Direito & Economia e a experiência
a
americana. Disponlvel em: <https://www,jota,ínfolpaywall?redirecUo=//www.jota,infolopinlao·
eanaliselartigoslbail-out-publico-20012017>. Acesso em: 25 de fev, de 2019,
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SERViÇO PÚBLICO ESTADUAL
"Ibidem.
9 José MaurícIo Cooti nos lembra que: "um dos requisitos para aderir ao Regime de Recuperaçao
Fiscal é que as despesas liquidadas com pessoal correspondam a um mínimo de 70% da RCl
(artigo 3", 11, LC 159/201n Uma situaçao que nao deveria ler ocorrido, pois é (ou deveria ser)
precedida de uma série de medidas preventivas, como alertas emitidos pelos tribunais de Contas
(artigo 59, parágrafo 1°, inciso 11, LRF), proibições de conceder aumentos, reajustes, de criar
novos cargos, de admitir pessoal, de contratar horas extras (artigo 22, parágrafo (mico, lRF)
quando atingir 95% do limite, multas aplicadas ao governador, pelos tribunais de Contas por
terem eles deixado de ordenar ou de prornover a execução de medidas para a redução do
montante da despesa total com pessoal (artigo 5°, inciso IV, lei 10,028/2000)" CONTI, José
Mauricio, Um salve pela recuperação financeiro do estado do Rio de Janeiro, Disponível
em: <https:llwww.conjur.com.br/2017 -jun-27/contas-vista-salve-recu peracao-financeira-estado-
rio-janeiro> Acesso em: 27 de lev, 2019.
10 BRASIL. Exposição de Motjvos da Lei Complementar Federal nO 159 de 19 de maio de 2017.
Disponlvel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivíL03/ProjetoslExpMotiv/MF/20 17/16Nm>,
Acesso em: 26 de lev de 2019.
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA ADMINISTRATIVA
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ser um excelente instrumento para implementar um sistema de disciplina fiscal,
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pois obriga o gestor a tomar medidas impopulares que não teria condições de
I
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fazer em outras circunstâncias, facilitando as negociações com os credores"11,
S
RE
conjunto de disposições que visam o reequilíbrio fiscaP2, Acerca do tema, cabe
ressaltar o entendimento de Marcus Abraham:
OR
o Regime de Recuperação Fiscal envolve a ação
planejada, coordenada e transparente de todos os
IT
Poderes, órgãos, entidades e fundos dos Estados e
do Distrito Federal para corrigir os desvios que
AN
afetaram o equilíbrio das contas públicas, por meio da
implementação das medidas emergenciais e de
-I
11 CONTI, José Mauricio, Um salve pela recuperação financeiro do estado do Rio de Janeiro,
Disponível em: <https://www.conjur.com.brI20 17-jun-27/contas-vis!a-salve-recuperacao-
-0
beneficios a entes superendividados, como é atualmente o caso do Rio de Janeiro e outros enles
da federação, é o chamado 'risco moral' (moral hazard). Aqueles que se comportaram
adequadamente, foram gestores responsáveis e fizeram os sacrifícios no tempo e forma devidos,
IT
agora se veem na condição de arcar com o ônus de dividir as despesas com aqueles menos
diligentes e responsáveis, Mas esse risco não é significativo, como demonstra David Skeel. Um
LE
financeiro do estado do Rio de Janeiro, p, 2, Ver: SKEEL Jr., David A, State Bankrup/cy from de
Ground Up, in CONTI-BROWN & SKEEL Jr, When S/ales Go Broke, Cambrige, 2012,
13 ABRAHAM, Marcus: "Curso de Direito Financeiro Brasileiro". 5° ED. Rio de Janeiro: Forense,
RR
2018, p 431.
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SERViÇO PÚBLICO ESTADUAL
14ABRAHAM, Marcus: "Curso de Direito Financeiro Brasileiro". 5° ED. Rio de Janeiro: Forense,
2018. p 431"
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA ADMINISTRATIVA
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Fiscal - LC nO 101/2000". Concluiu, por conseguinte que dessa forma, a
abrangência da Lei de Recuperação Fiscal estaria atrelada aos ditames da Lei
I
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de Responsabilidade Fiscal e, por tal razão, a empresa estatal não dependente
estaria excluída do Regime de Recuperação Fiscal, já que a LC nO 101/2000 em
S
determinadas disposições se dirige apenas às estatais dependentes.
RE
Entretanto, conforme vislo anteriormente, as legislações em questão
OR
não se confundem e possuem objetivos e destinatários distintos. Não se poderia
transpassar os ditames de uma lei especifica, com destinação e objetivo
IT
particulares, a outra legislação, de forma automática sem que essas façam. a
AN
congregação dos pensamentos entre si e sem a construção de uma cadeia de'
pensamento que solidifique tal teoria.
-I
prazo final previsto para a sua vigência, o encerramento ocorrerâ por meio de ato do Presidente
da República.
§ 2" O ato a que se refere o § 1Q deste artigo será precedido de parecer do Ministério da Fazenda.
ÃO
Art. 13. São causas para a extinção do Regime de Recuperação Fiscal o descumprimento pelo
Estado:
I - das vedações de que trata o Capítulo V;
IT
de que tratam os arts. 90 e 10, com o retorno das condições contratuais das dividas a que se
refere o art. 90 aquelas vigentes antes da repactuação e do recélculo do passiVo do Estado com
RR
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SERViÇO PÚBLICO ESTADUAL
vedação pelo ente federativo, nenhuma delas dizendo respeito ao fato de o Ente
ter voltado ao cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal - LC nO 101/2000.
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SERViÇO PÚBLICO ESTADUA~ I
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Processo n
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: E-14/001.000285~~ I
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Data: OB{01/2019 Fls. "- ')
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verificar se este é maior que as disponibilidades de caixa e equivalentes de caixa
de recursos sem vinculação.
I
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De igual forma, o Art. 8°, traz as vedações ao Estado durante a vigência
do Regime de Recuperação Fiscal, e em seu inciso VIII, estabelece que o Estado
S
RE
não deve adotar medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da
variação anual do lndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (lPCA), ou
OR
de outro que vier a substituí-lo, ou da variação anual da receita corrente líquida,
que deverá ser apurada na forma do inciso IV do art. 2° da LC n° 101/2000,
IT
valendo-se do que for menor mediante o caso concreto. Ou seja, mais uma vez,
AN
observa-se que a Lei de Responsabilidade Fiscal foi apontada como critério
aritmético para cálculo.
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101/2000,
ÃO
de uma série de dispositivos da LC nO 10112000, tais como: (i) art. 23, ressalvado
o disposto no inciso I do § 30; (ií) alíneas "a" e "c" do inciso IV do § 10 do art. 25,
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SERViÇO rústico ESTADUAL
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Processo n': e-14(OQ1,OO028S(2019
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Data: 08(01(2019 Fls,
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PROCURAOORíA ADMINISTRATIVA
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exigidos para a contratação com a União, inclusive os dispostos no art, 32 da l,C
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nO 101/2000.
I
LE
Assim, verifica-se que as relações entre as Leis de Responsabilidade
Fiscal e de Recuperação Fiscal, demonstradas pelas referências legislativas
S
RE
acima elencadas, se limitam ao uso de critérios matemáticos para apuração de
contas ou, o que é até mais relevante para a presente consulta, constituem
OR
exceção à própria aplicação da LRF, não o seu reforço ou sua
complementariedade, como dá a entender o citado parecer da CEDAE. Em
IT
nenhum momento a Lei Complementar nO 159/2017 estabelece que suas
AN
disposições devam seguir um objetivo de alcançar a ratio da Lei Complementar
nO 101/2000 e nem mesmo de que esta deve ser aplicada subsidiariamente às
-I
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SERViÇO PÚBLICO ESTADUAL
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SERViÇO PÚBLICO ESTADUAL
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Processo n2: E~~4/001.ü00285/2Q19
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Data: 08/01l201~ fl •. ~
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
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medidas impopulares que não teria condições de
fazer em outras circunstâncias, facilítando as
negociações com os credores. Aumentar tributos,
I
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cortar gastos, reduzir beneficios fiscais e outras
medidas de arrocho financeiro dificilmente são
tomadas 'voluntariamente' por um político que
S
precisa de apoio da população que o elegeu e
RE
poderá voltar a fazê-Io na próxima eleição. (Grifou-
se)1S
OR
Portanto, perante uma situação de grave desequilíbrio das contas
IT
públicas, os mecanismos e instrumentos previstos no Regime de Recuperação
AN
Fiscal devem ser abrangentes, a fim de que se consiga não somente conter as
despesas que integram a dívida pública, como também favorecer o aumento de
-I
," CONTL José Maurício. Um salve pela recuperação financeira do estado do Rio de Janeiro l
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~._--~~-----_ ..
SERViÇO PÚBLICO ESTADUAL
17MERCÊS, Guilherme; FREIRE, Nayara. Crise fiscal dos estados e o caso do Rio de Janeiro.
Disponível em: <https:lldoLorg/1Q,12957/geouerj.2017.32070>, Acesso em: 20 de fev, 2019,
I)
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SERViÇO PÚBUCO ESTADUAL
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Processo 02: E~14/001.90028512019
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O.t.: 08/01/2019 Fls.
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA ADMINISTRATIVA
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Logo, percebe-se que alguns desses mecanismos demonstram que há
uma preocupação para além da mera redução de despesas, possibilitando
I
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também o aumento de receitas. Isto porque, tal qual visto acima, o Art, 2°, §1°
da LC nO 159/2017 expressa uma série de medidas de ajustes que deverão ser
S
implementadas no Plano de Recuperação, visando também ao aumento de
RE
receitas, haja vista as disposições dos incisos I e 111 do referido artigo,
OR
o inciso I, do art, 2°, §1° dita que deverá ser implementada a autorização
de prívatização de empresas dos setores financeiro, de energia, de saneamento
IT
e outros setores, objetivando com isso, que os recursos adquiridos com a
AN
privatização possam ser utilizados para quitação de passivo, Verifica-se, desta
forma, que a partir do momento em que há uma autorização para privatização
-I
em que a alienação das ações da estatal gerará recursos financeiros que serão
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de passivos, com base nos critérios definidos pelo Ministério da Fazenda. Assim,
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cumpre destacar que os referidos critérios foram definidos por meio da Portaria
Ministerial nO 381/2017, segundo a qual as privatizações devem ocorrer em
ÃO
empresas estatais com patrimônio líquido positivo, o que por sua vez deverá ser
comprovado por meio da verificação do Balanço Patrimonial do último exercício
IT
da empresa,
LE
que uma das medidas que deverá ser implementada no Plano de Recuperação
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SERViÇO PÚBLICO ESTADUAL
,. De forma crítica a doutrina de direito financeiro reflete que "a divida pública funciona como um
mecanismo de gestão dos recursos públicos, fazendo frente a déficits momentâneos, ou ainda,
financiando despesas que beneficiarão várias gerações (... ) Há determinados gastos públicos
cujos encargos podem ser equitativamente distribuídos ao longo de várias geraçiies. 1:': o caso,
v.g., de investimentos ou despesas de capital, que, por corresponderem â aquisiçãO de um ativo
ao patrimõnio público, podem gerar recursos, utilidades e benefícios para gerações futuras, O
endividamento é, assim, um importante instrumento para se distribuir adequadamente no tempo
as encargos relativos a tais gastos e fazer com que concorram para a despesa pública todos
aqueles que dela irão se beneficiar. Isso não significa que as gerações futuras deverão cust",ar
os atuais gastos públicos. O nível da dívida deve ser adequado para distribuir os encargos das
despesas entre diferentes gerações, não podendo o endividamento ser utilizado apenas como
meio de se transferir a gerações futuras o ônus das despesas atuais" (ANDRADE, Cesar
Augusto Seijas de. O controle do endividamento público e a autonomia dos entes :da
federação, 2012. Dissertação (MestradO em Direito Econômico e Financeiro) - Faculdade de
Direilo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. doi:10.11606!D.2.2012tde-06062013-
141952. Acesso em: 2019-02-28. p.43!44) .1:': exatamente esse o espírito da LC 159/2017, que
persegue um equillbrio geracional equitativo da despesa, ou nas palavras de Ricardo Lobo
Torres: "a equidade entre gerações significa que os empréstimos públicos e as despesas
governamentais não devem sobrecarregar as gerações futuras, cabendo ã própria geração que
delas se beneficia arCar com o ônus respectivo". (TORRES, Ricardo Lobo apud ANDRADE,
Cesar Augusto Seijas de, O controle do endividamento público e a autonomia dos entes da
federação. 2012. Dissertação (Mestrado em Direito Econômico e Financeiro) - Faculdade de
Direito, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. doi:10.11606/D.2.2012.tde·06062013-
141952. Acesso em: 2019-02-28. P 44)
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Ptocess.o n1?: E-14/001.00028512019
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Data, 08/0112019 FIS.1J:2:L.
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v - TELEOLOGIA AMPLA DA LC N° 159/2017 -INDISTINÇÃO DO CARÁTER
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NÃO DEPENDENTE DA EMPRESA ESTATAL PARA A SUBMISSÃO AO
REGIME DE RECUPERAÇÃO FISCAL.
S
RE
OR
Dos ensinamentos de Karl Larenz é possível extrairmos que o ato de
interpretar é "uma atividade de mediação, pela qual. o interprete traz à
IT
compreensão o sentido de um texto que se lhe torna problemátíco"19. De forma
AN
semelhante, Martin Heidegger20 e Hans Georg Gadamer21 apontam que a
interpretação representa, acima de tudo, uma compreensão pautada na ideia de
-I
o
48
qualquer outro membro da comunidade jurldica. Na idéia de uma ordem judicial supõe ..se o fato
de que a sentença do juiz nào surja de arbitrariedades imprevisiveis, mas de uma ponderação
RR
justa de conjunto" (GADAMER, Hans.. Georg: "Verdade e método', Tradução de Flávio Paulo
Meurer. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1997. p 489),
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Dat.: OS/Olt2019
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Processo n': E-14/001.0Q028S/2019
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Data: 08/01/2019 Fls.-l\22-
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Do mesmo modo, Tércio Sampaio Ferraz Junior, ao estudar a
I
LE
interpretação teleológica, adotou posicionamento semelhante e demonstrou que
o movimento interpretativo deste método hermenêutico estimula a participação
S
do intérprete na configuração do sentido da norma, de forma que: ué como se o
RE
intérprete tentasse fazer com que o legislador fosse capaz de mover suas
OR
próprias previsões, pois as decisões dos conflitos parecem basear-se nas
previsões de suas próprias consequêncías"25
IT
Nesse sentido, cumpre ressaltar que o presente parecer adota o referido
AN
método hermenêutico com vistas a alcançar o espírito do Regime de
Recuperação Fiscal, a fim de que se possa responder à questão proposta neste
-I
legal, haja vista que: "o espírito da norma há de ser entendido de modo que o
77
preceito atinja completamente o objetivo para o qual a mesma foi feita, porém
dentro da letra dos dísposítívos"26.
48
26 MAXIMILIANO, Carlos. "Hermenêutica e aplicação do direito"~ 20'. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2011. p, 125.
27 Acerca da interpretação teleológica, cabe mais uma vez ressaltar os doutos ensinamentos de
IT
Carlos Maximiliano: "Algumas regras servem para completar a doutrina acerca do emprego do
LE
elemento teleológico: eis as principais: a) as leis conformes no seu fim devem ter idêntica
execução e não podem ser entendidas de modo que produzam decisões diferentes sobre o
mesmo objeto. 8) Se o fim decorre de uma série de leis, cada uma há de ser, quanto possível,
compreendida de maneira que corresponda ao objetivo resultante do conjunto. C) Cumpre
ES
atribuir ao texto um sentido tal que resulte haver a lei regulado a espécie a favor, e não er;n
prejuízo de quem ela evidentemente visa a proteger. D) Os títulos, as epígrafes, o preâmbulo e
RR
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todas as forças do Estado se somem para que o ente federativo volte a' ser
economicamente equilibrado.
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Da,a: 08[01/2019 FIS.~
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Visando então a recuperação financeira do Estado
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que se encontre enquadrado nos requisitos objetivos
definidos na leí (art. 3"), foram dispostas medidas a
I
serem tomadas, e prerrogativas a serem exercidas de
LE
forma a propicíar recuperação que não seria
igualmente possível sem este regime. (. ..)
S
Com esse grupo de medidas, espera-se que após
RE
o término do Plano de Recuperação o Estado
tenha reconduzido os montantes de sua dívida
OR
consolidada, de despesa como pessoal, dos seus
restos a pagar e das suas operações de créditos
para dentro dos limites estabelecidos em Lei,ou
IT
em Resolução do Senado Federal, mas que
principalmente tenha trazido estes montantes
AN
para valores compatíveis com a capacidade do
Estado de gerar receitas e realizar investimentos
produtivos, sem os quais não poderá haver
-I
comento. (Grifou-se)28.
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Data: 08/0112019
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O.ta, 08{Ol{2019 Fls. ~)JL.L
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define em seu artigo 2°, inciso 111, conceituando-o como aquela sociedade que é
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controlada pela Administração e cujos débitos com pessoal ou com custeio em
I
geral ou de capital (excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento
LE
de participação acionária) são realizados com recursos financeiros do ente
S
controlador. Cumpre destacar ainda a definição de Carlos Ari Sundfeld e de
RE
Rodrigo Pagani de Souza que caracterizam empresa estatal dependente da
seguinte maneira:
OR
Empresa estatal dependente é aquela que recebe
recursos financeiros do seu controlador para a
IT
cobertura de seus déficits. Está é a noção essencial
de uma empresa estatal dependente. (. . .)
AN
A empresa estatal dependente, ante o déficit em suas
-I
controlador. 30
77
48
30 SUNDFELD, Carlos Ari; SOUZA, Rodrigo Pagani de. "A superação da condição de empresa
LE
es/alal dependente". Revista de Direito Público de Economia - RDPE. Belo Horizonte, ano 3, nO
12, oul./dez. 2005.
31 Sobre o tema, cumpre mais uma vez destacar os ensinamentos de Carlos Ari Sundfeld e de
Rodrigo pagani de Souza, que demonstram de forma veemente que: "A consequência desta
ES
qualificação como empresa estatal dependente é que a sua gestão fiscal fica sujeita a uma série
de limitações, previstas na LRF, que não recaem sobre a totalidade das empresas controladas
(fi.
RR
pelo ente federado. De fato, a LRF faz distinção entre empresas estatais controladas
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as de algumas de suas disposições. Contudo, conforme já visto anteriormente
no tópico 111, este diploma legal não se confunde com as disposições do Regime
S
de Recuperação Fiscal, que não contemplam distinções desse jaez.
RE
OR
VI ~ CONCLUSÕES.
IT
Tivemos como objetivo analisar a questão de consulta apresentada pelo
AN
',- Exmo. Sr. Subprocurador-Geral do Estado Dr. Sérgio luiz Barbosa Neves,
acerca da influência do caráter não dependente de uma empresa estatal para a
-I
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Com efeito, é bom frisar que das conclusões deste parecer - submissi.'jo
das estatais independentes ao Regime de Recuperação Fiscal - não pode ser
inferida automaticamente a submissão a uma imperial e genéríca tutela
adminístrativa~ A cada caso concreto, e isto para as entidades da Administração
Indireta em geral34, a tutela administrativa que se pretender impor só será
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admissível se possuir esteio nonnativo :específico, seja na lei instituidora da
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entidade, nas normas de direito organizácional·;geral do Estado ou nos diplomas
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federais ou estaduais do Regime de Recüpera~ão Fiscal.
S
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entidades, com a Administração Direta possuindo por exemplo poucos poderes de tutela sobre
RR
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a ratio do referido diploma legal.
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4. A submissão ao Regime de Recuperação Fiscal não significa, contudo, uma
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autorização geral de intervenção e tutela administrativa em entidades da
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Administração Pública indireta. A capacidade do ente central de intervenção
está limitada por lei, e o regime especial para sanar as contas do Estado não
S
modifica isso. É preciso, por conseguinte, considerar a lei instituidora da
RE
entidade, como também as normas de organização geral do ente federativo ou
OR
diplomas federais ou estaduais específicos do Regime de Recuperação Fiscal.
IT
Em suma: a CEDAE, como as demais empresas públicas e sociedades de econômica
mista não dependentes estão inseridas no plano de recuperação fiscal e no seu regime :peculiar.
AN
Sem embargo, tal regime não implica a instituição de espécie de estado de exceção. O controle
-I
das contas públicas permanece possível nos limites das leis que regem o instituto e dos poderes
70
que definem a relação entre entidades e órgãos administrativos. Isso vale para toda a
Administração Pública. Inclusive empresas estatais não dependentes do erário. Logo, o
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exercício de poderes pelo ente central que almeje aplicar o RRF deve ser não só motivado,
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~ \'Odriguê~tnQ
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Procud4or do Es do
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Procuradof-Chefe v iPG-17
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
GABINETE DO PROCURADOR-GERAL DO ESTADO