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15/06/2022 16:23 Lei Ordinária 5348 2008 de Canoas RS

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LEI Nº 5348 de 17 de novembro de 2008


DISPÕE SOBRE A IMPLANTAÇÃO DOS CONSELHO S ESCOLARES NOS


ESTABELECIMENTOS DE ENSINO DA REDE MUNICIPAL DE CANOAS E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O Prefeito Municipal de Canoas. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte, LEI:

TÍTULO I

DOS CONSELHO S ESCOLARES

Art. 1º Ficam instituídos os Conselho s Escolares, em cumprimento ao disposto na Constituição Federal, art. 206, na LDBEN, art.
3º inciso VIII, 14 e 17, na Lei Orgânica Municipal , art. 241 (243NR), bem como, art. 5º, inciso VII e art. 30, inciso II, da Lei 5.021 de
novembro de 2005, do Sistema Municipal de Ensino.

TÍTULO II

DA COMPOSIÇÃO

Art. 2º As Escolas da Rede Municipal de Ensino contarão com os Conselho s Escolares, constituídos pela direção da escola e
representantes da comunidade escolar.

Parágrafo Único - Entende-se por comunidade escolar, para efeito desta Lei, o conjunto de alunos regularmente matriculados,
pais ou responsáveis por alunos, servidores públicos municipais do quadro do magistério e funcionários, em efetivo exercício nas
suas unidades escolares de lotação.

Art. 3º Os Conselho s Escolares exercerão funções mobilizadora, consultiva, deliberativa e fiscalizadora, constituindo-se no órgão
máximo de discussão ao nível da escola, nos limites da Legislação Nacional em vigor e compatíveis com as diretrizes e políticas
educacionais traçadas pelo Sistema Municipal de Ensino, da seguinte forma:

I - Mobilizadora, buscando a participação e integração da comunidade escolar;

II - Consultiva, em planos e programas administrativos pedagógicos;

III - Deliberativa, em questões financeiras;

IV - Fiscalizadora, em questões administraivo-pedagógicas e financeiras.

Art. 4º O Conselho Escolar será composto por número ímpar de Conselheiros, respeitando composição numérica, dentro da
seguinte tipologia:

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I - Unidade de Ensino, categoria D, abaixo de centro e cinqüenta alunos: mínimo 5 (cinco) membros e máximo 9 (nove)
membros titulares;

II - Unidade de Ensino, categoria C, entre cento e cinqüenta a trezentos alunos: mínimo 5 (cinco) membros e máximo 9 (nove)
membros titulares;

III - Unidade de Ensino, categoria B, entre trezentos e quinhentos alunos: mínimo 5 (cinco) membros e máximo 13 (treze)
membros titulares;

IV - Unidade de Ensino, categoria A, com mais de quinhentos alunos: mínimo 7 (sete) membros e máximo 13 (treze) membros
titulares.

Parágrafo Único - Para fins desta Lei, a constituição numérica dos Conselho s Escolares das Escolas Municipais de Educação
Infantil será, obrigatoriamente, de 1 (um) funcionário, 1 (um) professor, 2 (dois) representantes do segmento pais ou responsáveis
por aluno e o Diretor da Escola.

TÍTULO III

DAS COMPETÊNCIAS

Art. 5º Compete ao Conselho Escolar:

I - Elaborar seu Regimento Interno e levar à aprovação por todos os segmentos da Comunidade Escolar;

II - Criar, propiciar e fortalecer os mecanismos de participação efetiva e democrática da comunidade escolar, bem como
viabilizar a execução dos projetos político-administrativo-pedagógicos da escola;

III - Participar da elaboração dos projetos da escola;

IV - Aprovar os Planos de Aplicação Financeira da Escola;

V - Apreciar, para fins de aprovação, a prestação de contas da unidade escolar relacionadas às questões financeiras;

VI - Divulgar informações referentes à aplicação dos recursos financeiros, resultados obtidos e qualidade dos serviços
prestados;

VII - Participar, em conjunto com a direção da escola, do processo de discussão, elaboração ou alteração do regimento escolar;

VIII - Convocar assembléia-gerais dos segmentos da comunidade escolar;

IX - Encaminhar, quando for o caso, à autoridade competente, proposta de instauração de sindicância para os fins de
destituição do Diretor da escola, em decisão tomada pela maioria de seus membros e com razões fundamentadas e registradas
formalmente;

X - Consultar o Conselho Municipal de Educação quando necessário;

XI - Recorrer a instâncias superiores sobre decisões a que não se julgar apto a decidir, conforme o regimento escolar;

XII - Analisar os resultados da avaliação institucional da escola, propondo alternativas para a melhoria de seu desempenho;

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XIII - Analisar e emitir pareceres às questões escolares, quando submetidos à sua apreciação;

XIV - Apreciar e emitir parecer sobre desligamento de um ou mais membros do Conselho Escolar, quando do não
cumprimento das normas estabelecidas em Regimento e/ou procedimentos incompatíveis com a dignidade da função,
encaminhando tal documento à Secretaria Municipal de Educação e Cultura;

XV - Acompanhar o processo de eleição de diretor da unidade escolar, conforme legislação vigente;

XVI - Participar na definição do Calendário escolar, no que compete à unidade escolar, observada as normas estabelecidas pela
Secretaria Municipal de Educação e Cultura;

XVII - Acompanhar e fiscalizar as obras de ampliação, pequenos reparos e reformas do prédio escolar;

XVIII - Zelar para que os recursos sejam aplicados segundo normas e procedimentos estabelecidos pela Secretaria Municipal
de Educação e Cultura, Ministério da Educação ou entidade conveniada;

XIX - Zelar pelo cumprimento à defesa dos direitos e deveres da criança e adolescente, com base na Lei 8.069/90.

Art. 6º Cabe ao(s) Conselheiros(s) Escolares(es) representar seu segmento, discutindo, formulando e avaliando internamente
propostas, a fim de serem apresentadas nas reuniões de Conselho Escolar.

TÍTULO IV

DA REPRESANTATIVIDADE

Art. 7º A direção da escola integrará o Conselho Escolar, representada pelo seu diretor, como membro nato, e, em seu
impedimento, pelo vice-diretor, ou representante.

Art. 8º Todos os segmentos existentes na comunidade escolar deverão estar representados no Conselho Escolar, assegurado sua
proporcionalidade de 50% (cinqüenta por cento) para o conjunto dos segmentos de pais e alunos e de 50% (cinqüenta por cento)
para o conjunto dos segmentos do magistério e servidores municipais.

§ 1º No impedimento legal de membros dos alunos para compor a representação estabelecida no caput deste artigo, o
percentual será composto, respectivamente por representantes de pais.

§ 2º Na falta de segmentos de servidores, o percentual será composto, respectivamente por representantes dos membros do
magistério ou vice-versa.

Art. 9º É obrigatória a participação do diretor ou seu representante nas reuniões do Conselho Escolar.

TÍTULO V

DA ORGANIZAÇÃO E DO FUNCIONAMENTO

Art. 10 O funcionamento do Conselho Escolar dar-se-á da seguinte forma:

I - O mandato de cada membro do Conselho Escolar terá a duração de 2 (dois) anos, sendo permitida apenas uma
recondução;

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II - O mandato dos representantes eleitos para o primeiro Conselho Escolar constituído, poderá ter duração diferente do
previsto no caput deste artigo, a fim de que as eleições subseqüentes respeitem os prazos definidos.

Art. 11 O Conselho Escolar deverá reunir-se ordinariamente a cada 2 (dois) meses e, extraordinariamente, quando for necessário,
devendo ser convocado:

I - Pelo seu Presidente;

II - Por solicitação do Diretor da Unidade Escolar;

III - Por requerimento da metade mais 1 (um) de seus membros;

IV - Com 72 (setenta e duas) horas de antecedência, com pauta definida na convocatória.

Art. 12 As decisões nas reuniões do Conselho Escolar terão validade somente com quorum mínimo de metade mais 1 (um) dos
seus membros.

Art. 13 A vacância da função de conselheiro, dar-se-á por conclusão do mandato, renúncia, aposentadoria, desligamento da
Unidade Escolar ou destituição.

§ 1º O não comparecimento injustificado do membro do Conselho a 02 (duas) reuniões ordinárias consecutivas ou 03 (três)
reuniões extraordinárias alternadas, também implicará vacância da função de conselheiro.

§ 2º O pedido de destituição de qualquer membro só poderá ser aceito pelo Conselho , se aprovado em assembléia geral do
segmento e venha acompanhado de assinatura de, no mínimo, metade mais 1 (um) de seus membros.

§ 3º No prazo mínimo de 15 (quinze) dias, preenchidos os requisitos do § 1º, o Conselho convocará uma assembléia geral do
respectivo segmento escolar, quando os pares, ouvidas as partes, deliberarão sobre o afastamento ou não do membro do
Conselho Escolar, que será destituído se a maioria dos presentes à assembléia assim o decidir.

Art. 14 Cada um dos segmentos da comunidade escolar terá 1 (um) suplente, a quem competirá substituir o titular em caso de
impedimento ou completar o mandato do titular, em caso de vacância.

Parágrafo Único - Caso algum segmento da comunidade escolar venha ter sua representação diminuída, o Conselho Escolar
providenciará, em até 30 (trinta) dias, a eleição de novo representante.

Art. 15 Cabe ao Suplente:

I - Substituir o titular em caso de impedimento;

II - Completar o mandato do titular em caso de vacância.

TÍTULO VI

DA ELEIÇÃO E DO DIREITO AO VOTO

Art. 16 A eleição dos representantes da comunidade escolar que integrarão o Conselho Escolar, bem como a dos respectivos
suplentes, se realizará na escola, por segmentos, por votação direta e secreta, nominata(s) ou por chapa(s), na mesma data,
observado o disposto nesta Lei.

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Parágrafo Único - A forma da candidatura e composição da suplência por nominata(s) ou por chapa(s) será definida em cada
segmento, através de Assembléia Geral.

Art. 17 É vedado aos conselheiros escolares qualquer tipo de remuneração pelo exercício do mandato.

Art. 18 A posse do primeiro Conselho Escolar será dada pela direção da escola e as seguintes pelo próprio Conselho Escolar, no
prazo a ser determinado em regimento próprio.

Art. 19 Os estabelecimentos da Rede Municipal de Ensino, deverão eleger o seu Conselho Escolar, no prazo máximo de até 04
(quatro) meses, a partir da data da publicação desta Lei.

Art. 20 Deverá ser constituída uma Comissão Eleitoral para dirigir o processo de eleição, a qual será paritária com 1 (um) ou 2
(dois) representantes de cada segmento que compõe a comunidade escolar.

Art. 21 A comissão eleitoral será instalada no primeiro semestre e, em qualquer época, quando da organização do primeiro
Conselho Escolar.

Art. 22 A comissão eleitoral convocará cada segmento para Assembléia Geral da Comunidade Escolar, com a finalidade de definir o
regimento eleitoral.

Parágrafo Único - Os membros da comissão eleitoral serão eleitos em assembléias gerais dos respectivos segmentos,
convocados pelo diretor da escola, e pelo próprio Conselho Escolar, na sua existência.

Art. 23 O Conselho elegerá seu presidente e vice-presidente, entre os membros que o compõem, maiores de 18 anos.

Art. 24 Terão direito a votar na eleição para o Conselho Escolar:

I - Os alunos regularmente matriculados na escola, a partir dos 10 (dez) anos de idade, ou cursando a 4ª série do Ensino
Fundamental;

II - O pai ou a mãe, ou o responsável pelo estudante até 18 (dezoito) anos;

III - Os membros do Magistério e os demais servidores públicos lotados na Escola, excetuando-se aqueles que estejam em
licença não remunerada.

Parágrafo Único - Ninguém poderá votar mais de uma vez no mesmo estabelecimento de ensino, ainda que seja pai, mãe ou
responsável por mais de um aluno na respectiva escola, ou represente segmentos diversos ou acumule cargos ou funções.

Art. 25 Os membros da comissão eleitoral não podem candidatar-se ao Conselho Escolar.

TÍTULO VII

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 26 Os estabelecimentos de Ensino Público do Município, que forem criados a partir da data de publicação desta Lei, deverão
constituir seus Conselho s Escolares, entrando em funcionamento no prazo máximo de 1 (um) ano, contado da data da publicação
do ato de autorização de seu funcionamento.

Art. 27 Fica instituído um período de transição de 6 (seis) meses, destinado à adequação do disposto no Art. 3º desta Lei que

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transforma os Conselho s Escolares devidamente regularizados em entidades com funções mobilizadora, consultiva, deliberativa e
fiscalizadora na administração dos recursos financeiros repassados às Escolas da Rede Municipal de Ensino, ficando o Círculo de
Pais e Mestres com suas demais atribuições inalteradas.

Art. 28 As peculiaridades do Conselho Escolar de cada unidade deverão ser especificadas em regimento próprio, a ser elaborado
pelo Conselho Escolar e aprovado em assembléia.

Art. 29 O disposto nesta Lei se aplica a todas as Escolas Públicas Municipais ou administradas pelo Poder Público Municipal .

Art. 30 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando a Lei Municipal nº 5.225, de 07 de novembro de 2007.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CANOAS, dezessete de novembro de dois mil e oito. (17.11.2008)

MARCOS ANTONIO RONCHETTI

Prefeito Municipal

NELSON FERNANDO OTTO

Secretário Municipal de Desenvolvimento e Gestão de Recursos Humanos

ADEMIR ZANETTI

Secretário Municipal de Educação


Nota: Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial.

Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 19/11/2008

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