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Art. 1º Fica instituída a gestão democrática no âmbito das unidades escolares da rede
pública estadual de educação básica do Acre.
CAPITULO I
Dos Princípios e Diretrizes
CAPITULO II
Das Definições
CAPÍTULO III
Da Composição e Organização da Gestão Escolar
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e) secretário escolar.
II – conselho escolar; e
III – comitê executivo.
CAPÍTULO IV
Da Direção Escolar
Seção I
Do Processo de Escolha e Provimento dos Membros da Direção Escolar
Art. 5º Haverá eleição, prévia à designação, para o exercício da função de diretor escolar.
Art. 7º O regimento da eleição, único para todas as escolas da rede pública estadual de
educação básica do Acre, será elaborado por comissão paritária, a ser designada pela SEE.
Parágrafo único. A comissão paritária será constituída por representantes dos seguintes
segmentos:
I – dois representantes da SEE;
II – um representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre - SINTEAC;
III – um representante do Sindicato dos Professores do Acre - SINPROACRE;
IV – um representante do Sindicato dos Servidores Administrativos da SEE – SINTAE;
V – um representante do Conselho Estadual de Educação – CEE;
VI – um representante do Colegiado de Diretores de Escolas Públicas Estaduais –
CODEP; e
VII – um representante das Entidades Estudantis.
Art. 8º Para efeito da eleição de diretores das unidades escolares somente terão direito a
voto:
I – os professores efetivos, com vínculo temporário ou atuando em regime de permuta;
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II – os servidores não-docentes, efetivos ou em regime de permuta;
III – os alunos matriculados a partir do 6º ano do ensino fundamental ou com idade
mínima de treze anos de idade e com frequência mínima de setenta e cinco por cento; e
IV – os pais, e na ausência destes, o responsável pela matrícula.
Art. 9º O processo de eleição em cada escola será convocado pelo conselho escolar, por
edital público afixado em locais visíveis, no qual constará a designação de uma comissão, com
representação paritária dos membros da comunidade escolar.
§ 1º A comissão de cada escola será acrescida de uma pessoa indicada por cada
candidato inscrito e escolherá, dentre os seus membros, exceto os indicados pelos candidatos, seu
presidente, vice-presidente, 1º e 2º secretários.
Subseção I
Do Provimento da Função de Diretor das Unidades Escolares
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§ 2º O candidato à função de diretor que desejar concorrer em unidade escolar diferente
da sua unidade de lotação poderá exercer o seu direito de voto, ainda que não seja lotado na
respectiva escola.
Art. 14. Os candidatos aprovados terão que renovar suas certificações na primeira etapa
ao término integral de cada mandato, para poderem participar de novo processo de eleição.
Art. 16. Os candidatos habilitados no processo de certificação, mas que não lograrem
êxito na eleição, comporão um cadastro de reserva para substituir futuras vacâncias, respeitando a
classificação obtida no processo de certificação.
Art. 19. Em caso de empate, será considerado vencedor o candidato com maior média de
aproveitamento na fase de certificação. Persistindo o empate, o critério para definir o vencedor será o
de maior tempo de serviço em efetivo exercício do magistério.
Art. 20. O mandato do diretor é de quatro anos, com direito a uma reeleição consecutiva.
Art. 21. As eleições para indicação ao exercício da função de diretor das unidades
escolares ocorrerão no mês de dezembro, com posse no primeiro dia útil de fevereiro do exercício
subsequente.
Art. 22. O candidato escolhido deverá afastar-se das funções de sua lotação original trinta
dias antes da posse, devendo, no período, coordenar o processo de transição para a nova gestão.
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§ 3º Em caso de afastamento do diretor ocasionado por laudo médico ou férias superiores
a quinze dias, a SEE nomeará interinamente o coordenador de ensino e, onde não houver, um dos
coordenadores pedagógicos, para substituição temporária.
Subseção II
Do Provimento da Função de Coordenador de Ensino
Art. 24. O coordenador de ensino será indicado pelo diretor e designado pelo secretário
da SEE, dentre os servidores docentes do quadro efetivo, com formação mínima de nível superior, e
que não tenha sido condenado ou sofrido qualquer espécie de penalidade administrativa em
sindicância ou processo administrativo disciplinar nos últimos cinco anos.
Subseção III
Do Provimento da Função de Coordenador Administrativo
Art. 26. O processo de certificação, que deverá ser realizado até o segundo semestre do
ano da eleição, será composto das seguintes etapas:
I – curso de formação para coordenador administrativo envolvendo, no mínimo, as
seguintes temáticas:
a) gestão de pessoas, processos e recursos financeiros;
b) legislação educacional;
c) instrumentos de comunicação e expressão escrita; e
d) noções de licitação e pregão.
Art. 27. Poderão participar da etapa prevista no inciso I do art. 25 todos os servidores
administrativos que atendam aos seguintes critérios:
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I – ter ensino médio completo;
II – fazer parte do quadro efetivo de pessoal não-docente da SEE, com o mínimo de três
anos de vínculo funcional; e
III – não ter sido condenado ou sofrido qualquer espécie de penalidade administrativa em
sindicância ou processo administrativo disciplinar nos últimos cinco anos.
Art. 29. Os candidatos aprovados terão que renovar suas certificações, na primeira etapa
no término integral de cada mandato, para poderem participar de novo processo eletivo.
Subseção IV
Do Provimento da Função de Coordenador Pedagógico
Art. 30. Os coordenadores pedagógicos serão indicados pelo diretor e designados pelo
Secretário da SEE dentre os servidores docentes do quadro efetivo, com formação de nível superior,
na área de licenciatura em pedagogia para as séries iniciais do ensino fundamental; ou licenciatura em
qualquer área de formação para as séries finais do ensino fundamental e ensino médio, e que não
tenham sido condenados ou sofrido qualquer espécie de penalidade administrativa em sindicância ou
processo administrativo disciplinar nos últimos cinco anos.
Subseção V
Do Provimento da Função de Secretário Escolar
Art. 31. O secretário escolar será indicado pelo diretor e designado pelo Secretário da
SEE, dentre os servidores não-docentes do quadro efetivo, com formação mínima de nível médio, e
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que não tenha sido condenado ou sofrido qualquer espécie de penalidade administrativa em
sindicância ou processo administrativo disciplinar nos últimos cinco anos.
Seção II
Das Atribuições da Direção Escolar
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XII – articular-se com a família e a comunidade, criando processo de integração da
sociedade com a escola.
Subseção I
Das Atribuições do Diretor da Unidade Escolar
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XII – participar das reuniões pedagógicas, cursos, formações promovidas pela escola de
gestores e encontros promovidos pelos órgãos centrais do sistema estadual de educação,
compartilhando as informações recebidas nas unidades escolares;
XIII – ser responsável pela organização, execução e monitoramento de toda oferta de
matrículas do ensino na unidade escolar, nos diferentes níveis, segmentos, modalidades e programas;
XIV – submeter à apreciação da direção escolar as ocorrências de infrações disciplinares
cometidas por docentes e demais servidores lotados na escola, conforme a legislação vigente; e
XV – encaminhar ao CEE o PPP da escola, para fins de reconhecimento dos cursos,
autorização de funcionamento e credenciamento das unidades escolares.
Subseção II
Das Atribuições do Coordenador de Ensino
Subseção III
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Das Atribuições do Coordenador Administrativo
Subseção IV
Das Atribuições dos Coordenadores Pedagógicos
Subseção V
Das Atribuições do Secretário Escolar
CAPÍTULO V
Do Conselho Escolar
Art. 38. Em todas as unidades escolares da rede pública estadual de educação básica
funcionará um conselho escolar, órgão deliberativo, consultivo e fiscalizador máximo da escola, nos
termos e limites da legislação em vigor.
§ 1º Nas unidades escolares com mais de cem alunos o conselho escolar será composto
por, no mínimo, três e, no máximo, nove membros.
§ 2º Nas unidades escolares com menos de cem alunos o conselho escolar será
composto por três membros.
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§ 5º Em escolas em que houver um único servidor, efetivo ou temporário, que já ocupar
assento no comitê executivo, impedido de tomar assento no conselho escolar, por força do disposto no
art. 51, § 4º, desta lei, este será composto apenas pela representação de pais e alunos.
Art. 39. O conselho escolar elegerá, por maioria de votos, o seu presidente e secretário,
dentre seus membros.
Art. 40. As reuniões ordinárias do conselho escolar devem ocorrer bimestralmente, com
apresentação da pauta por escrito, aos conselheiros, com quarenta e oito horas de antecedência.
Art. 41. O exercício da função de membros e dirigentes do conselho escolar terá caráter
voluntário, não podendo ser remunerado.
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Art. 42. Serão válidas as deliberações do conselho escolar tomadas por metade mais um
dos votos dos presentes à reunião, desde que não conflitem com a legislação vigente e estejam na
pauta de convocação entregue aos conselheiros, conforme art. 40, § 1º, desta lei.
Seção I
Do Provimento da Função de Conselheiro Escolar
Art. 44. Para efeito da eleição dos membros dos conselhos escolares, somente terão
direito a voto:
I – os professores efetivos, com vínculo temporário ou atuando em regime de permuta;
II – os servidores não-docentes, efetivos ou em regime de permuta;
III – os profissionais terceirizados;
IV – os alunos matriculados a partir do 6º ano do ensino fundamental ou com idade
mínima de treze anos de idade e com frequência mínima de setenta e cinco por cento; e
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V – os pais, e na ausência destes, o responsável pela matrícula.
Art. 45. A constituição do conselho escolar dar-se-á por votação direta e secreta,
uninominalmente, em cada segmento da comunidade escolar, observando o disposto nesta lei.
Art. 46. O mandato dos conselheiros terá duração de quatro anos, permitindo-se uma
reeleição.
§ 1º Para cada titular, o segmento escolherá um suplente, que assumirá em suas faltas e
vacâncias.
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§ 2º Cabe ao suplente de conselheiro escolar:
I – substituir o titular em casos de impedimento; e
II – completar o mandato do titular, em caso de vacância.
Art. 47. As eleições dos conselhos escolares ocorrerão sempre no mês de março, em
todas as unidades escolares.
§ 1º A coordenação geral das eleições ficará a cargo de uma comissão nomeada pela
SEE.
Art. 48. A posse dos membros do conselho escolar ocorrerá imediatamente após a
eleição.
Seção II
Das Atribuições do Conselho Escolar
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CAPÍTULO VI
Do Comitê Executivo
Art. 50. Em todas as unidades escolares da rede pública estadual de educação básica
poderá funcionar um comitê executivo, instituído no âmbito da entidade de direito privado, sem fins
lucrativos, constituída por profissionais da educação, pais e alunos, que atuará na condição de unidade
executora e de apoio à direção e ao conselho escolar, com a finalidade exclusiva de receber, executar
e prestar contas dos recursos destinados às referidas escolas.
Seção I
Do Provimento da Função de Membro do Comitê Executivo
§ 3º Nas unidades escolares onde não houver alunos maiores de idade, a vaga destinada
à representação discente será ocupada por um pai de aluno.
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§ 4º Os membros do comitê executivo não poderão tomar assento, como membros, no
conselho escolar.
Seção II
Das Atribuições do Comitê Executivo
CAPÍTULO VII
Da Classificação das Unidades Escolares e da Gratificação dos Diretores
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Art. 54. O vencimento dos membros da direção escolar, incluídos os coordenadores
administrativos de consórcios escolares, de que tratam os arts. 55 a 59 desta lei, e os coordenadores
de centros educacionais e de aperfeiçoamento, de que trata o art. 60, será regulamentado por lei
complementar que dispuser sobre plano de cargos, carreira e remuneração dos profissionais do quadro
efetivo da SEE.
CAPÍTULO VIII
Das Disposições Finais
Parágrafo único. Fica autorizado o repasse direto de recursos para os comitês executivos
das escolas públicas, constituídos mediante consórcio de unidades escolares, na forma da lei.
Art. 56. Os consórcios de que trata o art. 55 poderão contemplar até cinco unidades
escolares, desde que essas atendam, no mínimo, os seguintes requisitos:
I – possuir menos de cem alunos; ou
II – não possuir servidor do quadro efetivo lotado na unidade.
Art. 57. O consórcio das unidades escolares será representado por um conselho escolar,
eleito pelas consorciadas e auxiliado por um comitê executivo, ao qual competirá a execução dos
recursos financeiros destinados às escolas públicas.
§ 2º A escolha dos membros do conselho escolar dar-se-á por votação direta e secreta.
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§ 4º A composição do conselho escolar dos consórcios deverá assegurar a
representatividade dos segmentos da comunidade escolar: professores, servidores, pais e alunos.
Art. 58. Nos comitês executivos constituídos mediante consórcio de unidades escolares,
bem como nos comitês executivos próprios das unidades escolares, cuja quantidade de matrículas seja
superior a noventa e nove alunos, mas que não possuir lotação de servidor do quadro efetivo, a função
de tesoureiro será exercida por servidor do quadro efetivo da SEE, eleito pelo conselho escolar e, na
ausência do conselho, designado pela SEE, dentre os servidores lotados nas suas respectivas
representações.
Art. 59. As unidades escolares com menos de cem alunos, ou com mais de cem, mas que
não possuam diretor, e também no caso de consórcios, serão administradas pela SEE, que designará
um servidor do seu quadro efetivo como responsável pela unidade escolar e, na ausência deste, um
servidor temporário, lotado nas unidades escolares ou nos núcleos de educação da SEE.
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Parágrafo único. Entende-se por centros educacionais e de aperfeiçoamento, para efeito
desta lei, as unidades destinadas à formação continuada ou aperfeiçoamento de alunos e de
profissionais da educação, bem como aquelas destinadas ao público da educação especial, nos termos
de seus respectivos atos de criação.
Art. 61. No caso de cometimento de alguma infração funcional, por parte de algum dos
membros da gestão escolar ou descumprimento das atribuições previstas nesta lei, deverão ser
aplicadas as sanções previstas na Lei Complementar n. 39, de 29 de dezembro de 1993.
Art. 62. Além das hipóteses previstas no artigo anterior, a destituição do coordenador de
ensino, coordenador administrativo, coordenadores pedagógicos e do secretário escolar, dar-se-á por
solicitação do diretor da unidade escolar.
Art. 63. Fica vedada a devolução de servidores, de que trata o art. 32, IX, aos órgãos
hierarquicamente superiores à unidade escolar, no decorrer do ano letivo, sem o devido registro da
advertência escrita e relatório contendo justificativa.
Art. 64. O processo de escolha de diretores e membros da gestão escolar das unidades
escolares indígenas será objeto de legislação específica.
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Art. 65. Ficam revogadas as Leis ns. 1.201, de 23 de julho de 1996; 1.513, de 11 de
novembro de 2003 e suas alterações posteriores; 2.139, de 23 de julho de 2009 e 2.529, de 29 de
dezembro de 2011.
TIÃO VIANA
Governador do Estado do Acre
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