Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Projeto INEX
Projeto INEX
Porto, 2019
Ficha de Catalogação:
V
Ao F.C. Infesta que foi uma das primeiras instituições que me brindou
uma oportunidade profissional, ao Mister Miguel Fernandes pela possibilidade
de fazer parte da sua comissão técnica. Agradeço pela constante partilha de
conhecimentos, pelos diferentes momentos vivenciados durante a temporada
que sem dúvida foram uma grande contribuição para a minha formação humana
e profissional.
VI
ÍNDICE GERAL
Agradecimentos ................................................................................................. V
Abstract ........................................................................................................... XV
1. Estudo 1 ................................................................................................... 9
2. Estudo 2 ................................................................................................. 31
Capítulo III – Discussão ................................................................................... 49
Conclusões ............................................................................................. 57
Capítulo V – Referências ................................................................................. 59
Referências ............................................................................................ 61
VII
VIII
ÍNDICE DE FIGURAS
Estudo 1
IX
X
ÍNDICE DE QUADROS
Estudo 1
Estudo 2
XI
XII
RESUMO
O presente estudo pretendeu indagar os indicadores relativos ao desempenho
tático, técnico e físico mais determinantes para o sucesso no jogo reduzido
GR+4x4+GR de jovens futebolistas. Avaliaram-se 107 jovens futebolistas
divididos em dois grupos em função do desempenho tático no jogo. Com alto
desempenho tático analisaram-se 53 jogadores, enquanto que 54 futebolistas
apresentaram baixo desempenho tático no jogo. Para a avaliação do
comportamento tático utilizou-se o Sistema de Avaliação Tática no Futebol (FUT-
SAT). O desempenho técnico foi avaliado através do Protocolo de Avaliação de
Habilidades de Futebol da Universidade de Queensland. O teste T (agilidade),
teste de velocidade 30 metros (velocidade) e o salto horizontal (força dos
membros inferiores) foram utilizados para avaliar o desempenho físico dos
jogadores. Houve diferenças estatisticamente significativas na idade dos
jogadores em função dos grupos de baixo e alto desempenho tático, tendo o
grupo de alto desempenho menor média de idade. Também se verificaram
diferenças nas quatro variáveis táticas entre os grupos de baixo e alto
desempenho tático. As variáveis técnicas e físicas não apresentaram diferenças
entre grupos. Concluiu-se que os jogadores de alto desempenho tático eram
mais jovens, defenderam e atacaram melhor e foram mais eficazes na realização
dos princípios táticos relativamente aos jogadores de baixo nível tático.
Encontrou-se uma forte correlação positiva entre o Índice de Performance Tático
(IPT) ofensivo e o IPT de jogo, moderada correlação positiva entre o Percentual
de acerto dos princípios táticos com o IPT de jogo, fraca correlação positiva entre
o IPT defensivo e o IPT de jogo e fracas correlações negativas entre o
desempenho no passe e remate e o IPT de jogo. Os jogadores mais jovens com
melhor desempenho tático ofensivo, mais eficazes na realização dos princípios
táticos e com maior impulsão no salto horizontal foram mais propensos a
pertencer ao grupo de alto desempenho tático. Concluiu-se que o desempenho
in situ dos jogadores de futebol no teste de GR+4x4+GR não pode ser previsto
pelo desempenho na bateria de testes técnicos e físicos, consideradas tarefas
descontextualizadas do jogo.
XIII
XIV
ABSTRACT
The present study aimed to investigate the indicators that probably predict the
tactical, technical and physical success performance in the GR+4x4+GR small
sided game. A total of 107 young soccer players were divided into two groups
according to their tactical performance in the game. With high tactical
performance 53 players were analyzed, while 54 showed lower tactical
performance. To assess tactical performance, the Football Tactical Assessment
System (FUT-SAT) was applied. Technical performance was assessed through
the University of Queensland Football Skills Assessment Protocol. The T test
(agility), speed test 30 meters (speed) and horizontal jump (lower limb strength)
were used to evaluate the physical performance of the players. There were
statistically significant differences in the age of the players regarding the low and
high tactical performance groups, also the high tactical performance group had
lower average age. There were also differences in the four tactical variables
between the low and high tactical performance groups. The technical and
physical variables showed no differences between groups. It was concluded that
the players in the high tactical performance group were younger, defended and
attacked better and were more effective in achieving tactical principles than low
tactical players. A strong positive correlation was found between offensive
Tactical Performance Index (TPI) and match TPI, moderate positive correlation
between Tactical Principles Hit Percentage and match TPI, weak positive
correlation between Defensive TPI and TPI and poor negative correlations
between passing and shooting performance and the game TPI. Younger players
with better offensive tactical performance, more effective in achieving tactical
principles, and better in horizontal jumping thrust were more likely to belong to
the high tactical performance group. It was concluded that the in-situ performance
of soccer players in the GR+4x4+GR test cannot be predicted by the performance
in the technical and physical tests battery, considered as decontextualized tasks
of the game.
XV
XVI
LISTA DE ABREVIATURAS
Abreviatura Nome
CM Centímetros
DP Desvio Padrão
DT Desempenho Tático
GR Guarda Redes
m Metros
M Média
min Minutos
OR Odds Ratio
XVII
XVIII
Capítulo I – Introdução Geral
1
2
1. Introdução Geral
3
isso, numa bateria de testes utilizada incluíram-se varáveis antropométricas,
fisiológicas e psicológicas (Huijgen et al., 2014).
No entanto, verifica-se que a identificação e seleção dos melhores
jogadores das academias tem sido ligada a uma avaliação subjetiva e pré-
concebida da imagem do jogador ideal por parte dos treinadores e dos
observadores de jovens jogadores (Williams & Reilly, 2000). Entretanto, os
estudos na área da identificação de talento no futebol buscam oferecer uma
abordagem mais holística realizando avaliações prioritariamente assentes no
desempenho físico, fisiológico, antropométrico, psicológico e técnico,
observando-se assim uma ausência da avaliação da componente tática, em
particular ao nível da criação e gestão do espaço de jogo (Keller et al., 2016;
McDermott et al., 2015; Padrón-Cabo et al., 2019).
Considerando-se os múltiplos fatores que o Futebol apresenta, a
identificação do nível de desempenho individual e coletivo, bem como a
identificação do desempenho entre diferentes idades de jogadores de futebol
não se afigura uma tarefa fácil. Historicamente a literatura científica tem-se
baseado prioritariamente na avaliação de variáveis fisiológicas (le Gall et al.,
2010), antropométricas (Gil et al., 2007), psicológicas (Williams & Reilly, 2000) e
técnicas (Figueiredo et al., 2009). Com isto, verifica-se escassez na literatura
relativamente à avaliação das variáveis da interação espaço – tempo, ou seja,
que se foquem na dimensão tática do jogo.
4
2013), sub -14 e sub -15 (Brito et al., 2015), sub 11-13-15-17 (Bueno Américo et
al., 2016), sub 13-15-17 (Borges et al., 2017), sub 11-13-15-17-20 (Teoldo et al.,
2010) e sub 13-15-17-19 (Teoldo et al., 2010).
Em relação ao desempenho técnico e físico de jogadores de futebol
diversos autores buscaram fazer comparações entre diferentes níveis
competitivos assim como em diferentes escalões de formação (Póvoas et al.,
2016; Guerra et al., 2019; Vieira et al., 2018). A literatura científica aponta um
melhor desempenho nessas variáveis para os jogadores de elite comparado com
os não-elite (Jovanovic et al., 2011; Le Moal et al., 2014; Paul et al., 2016; Rebelo
et al., 2013; Reilly et al., 2000).
Entretanto, são escassos os estudos que compararam o desempenho
multivariado dos jovens futebolistas na perspectiva tática, técnica e física em
contexto de jogo. Especificamente, verifica-se ausência de estudos que avaliem
o desempenho tático dos jovens jogadores em função de diferentes níveis de
desempenho, bem como a avaliação do desempenho tático em geral, isto é,
levando em consideração a eficiência, o local onde são realizados os princípios
e o resultado das ações coletivas.
2. Objetivos
5
- Identificar os indicadores do desempenho tático, técnico e físico que
explicam o alto desempenho de jovens futebolistas em situação de jogo reduzido
GR+4x4+GR.
3. Estrutura da Dissertação
A presente dissertação encontra-se dividida em cinco capítulos:
6
Capítulo II – Estudos de investigação
7
8
1. Estudo 1
Título:
Serão os índices de performance tática, agilidade, velocidade, força dos
membros inferiores, passe, remate e condução de bola diferentes em jovens
futebolistas de alto e baixo nível de desempenho tático? Projeto INEX.
Title:
Are tactical performance indexes, agility, speed, lower limb strength, passing,
shooting and ball dribbling different in high- and low-level young soccer players?
The INEX Project.
9
Resumo
10
Abstract
This study aimed to compare the tactical, technical and physical performance of
young soccer players with different levels of reduced game performance GR +
4vs4 + GR. Participants were 107 young soccer players aged 13-15 years divided
into two groups according to the level of tactical performance: 1) 53 players with
high tactical performance (M = 13.36; SD = 0.78); 2) 54 players with poor tactical
performance (M = 14.77, SD = 0.54) participating in regional and national level
competitions. Tactical, technical and physical tests were applied. The
Kolmogorov-Smirnov test was used to verify the distribution pattern of the
samples and the Student t test to compare the tactical, technical and physical
performances as a function of the tactical performance level in the game,
adopting a significance level of p <0.05. There were statistically significant
differences in the age of the players, and the high tactical performance group had
lower average age. There were also significant differences in all four tactical
variables (offensive TPI, defensive TPI, game TPI, and hit percentage) between
the low and high tactical performance groups. The technical and physical
variables showed no significant differences between the two groups. It was
concluded that the players in the low-performance tactical high-performance
group GR+4x4+GR were younger, defended and attacked better and were more
effective in achieving tactical principles than the players in the low tactical
performance group.
11
Introdução
12
no desenvolvimento de sequências ofensivas que os jogadores menos
experientes. Assim, no processo da busca da excelência de futebolistas afigura-
se fundamental avaliar a componente tática nas categorias de formação, para se
perceber as diferenças no comportamento tático de jovens jogadores com
diferentes níveis de desempenho.
Por sua vez, é reconhecida uma grande importância às habilidades
motoras específicas do Futebol no desenvolvimento de jovens futebolistas,
justificando-se a sua avaliação. Conhecem-se propostas de baterias de testes
que objetivam a avaliação das competências técnicas de futebolistas (Caicedo
et al., 2008; Kirkendall et al., 1987; Rosch et al., 2000; Soares et al., 1994; Van
Rossum & Wijbenga, 1993), nomeadamente o controle da bola, cabeceamento,
drible, passe curto e passe longo, precisão e distância do remate, entre outras.
Borges et al. (2015) referem que as informações provenientes dos diferentes
testes podem auxiliar os profissionais a direcionar o processo de formação, pelo
que devido a mudanças constantes nos jovens futebolistas ao longo do processo
de formação desportiva, a respetiva monitorização torna-se fundamental para
seguir a respetiva evolução.
Reilly et al. (2000) aplicaram uma bateria de testes técnicos em jovens
jogadores com o objetivo de distinguir os grupos de elite e de sub elite. Com este
processo estabeleceram dados de referência para jovens jogadores que são
selecionados em programas de desenvolvimento especializados. Já Seabra et
al. (2001) indicam que os resultados médios obtidos na aplicação de uma bateria
de testes técnicos evidencia em todas as habilidades motoras específicas do
Futebol uma superioridade dos futebolistas em relação aos não futebolistas.
Não obstante o grau de importância que as dimensões tática e técnica
possuem na evolução dos jovens jogadores, diversos estudos realizados no
contexto da análise do jogo e do treino de jovens futebolistas tem priorizado a
utilização de variáveis físicas e maturacionais (Castagna et al., 2002; D'ottavio &
Castagna, 2001). A literatura evidencia que a maturidade somática influencia as
capacidades funcionais devido às alterações hormonais e fisiológicas, sendo um
fator determinante na evolução do desempenho motor (Borges et al., 2008;
Tourinho Filho & Tourinho, 1998). Rommers et al. (2019), analisando jovens
jogadores de futebol das categorias sub-10 a sub-15, concluíram que existem
diferenças significativas quando comparadas as várias categorias sucessivas de
13
idade em todos os grupos de testes. Por exemplo, velocidade e agilidade são
características de desempenho físico frequentemente usadas na identificação de
talentos, verificando-se que estas variáveis parecem ser as mais influenciadas
pelo timming maturacional em favor dos jogadores que amadureceram mais
cedo.
Apesar de se verificar a existência de investigação sobre as dimensões
tática, técnica e física, os estudos que estabelecem a relação entre as variáveis
relativas às diferentes dimensões do rendimento em Futebol parecem ser
escassos e apresentarem conclusões impresumíveis (Borges et al. (2015);
Sousa et al. (2017). Por sua vez, a literatura revela que o desempenho físico de
jovens jogadores é sensível ao nível de desempenho tático, pelo que jogadores
de elite apresentam melhor desempenho na componente física que jogadores
não elite (Rebelo et al., 2013; Vaeyens et al., 2006; Visscher et al., 2006). Seabra
et al. (2001) refere que jovens futebolistas evidenciaram resultados superiores
na componente da aptidão física que os não futebolistas.
Considerando a necessidade de se obterem resultados que possam
contribuir para estabelecer dados de referência para programas de
desenvolvimento na procura da excelência desportiva, no presente estudo
pretendeu-se comparar o desempenho tático, técnico e físico de jovens
futebolistas com diferentes níveis de desempenho tático no jogo GR+4x4+GR.
Métodos
Participantes
14
jogadores de alto desempenho (M=13.36; DP=0.78); 2) 54 jogadores de baixo
desempenho (M=14.77, DP=0.54), que participam em competições de nível
regional e nacional. Definiram-se os seguintes critérios de inclusão: (i) estarem
inscritos em programas sistemáticos de formação desportiva com no mínimo três
sessões de treino por semana e competição; e (ii) não estarem lesionados ou
terem estado lesionados há menos de três meses.
Instrumentos e Procedimentos
A análise tática tem por base os dez princípios táticos fundamentais do jogo de
futebol (Teoldo et al., 2009), divididos em ofensivos: (i) penetração, (ii) cobertura
ofensiva, (iii) espaço, (iv) mobilidade e (v) unidade ofensiva; e defensivos: (vi)
contenção, (vii) cobertura defensiva, (viii) equilíbrio, (ix) concentração, (x)
unidade defensiva. Este sistema de avaliação também considera a qualidade da
ação realizada, a localização da ação no terreno de jogo e o resultado dessa
ação.
16
de 61,2m. Cada jogador teve três tentativas na tarefa com 2,5 minutos
de descanso entre cada uma. A tentativa mais rápida foi considerada
como o desempenho final. Cada jogador começou com a bola atrás do
primeiro cone e avançou pelo circuito o mais rápido possível. O tempo
foi parado quando tanto o jogador quanto a bola cruzaram a linha de
chegada.
17
c. Salto Horizontal: utilizou-se para avaliar a força dos membros inferiores
(Loturco et al., 2015) O jogador coloca-se com os pés juntos e com as
pontas dos pés na linha correspondente ao zero (da fita métrica). Com a
ajuda do movimento dos membros superiores o jogador deve saltar o
mais longe possível e estabilizar a receção na posição de pé. O ponto
de marcação da distância de salto é na extremidade do calcanhar que
ficou mais recuado. Deve repetir-se a prova 2 vezes e considerar-se o
melhor valor em cm. este teste. A força dos membros inferiores é um
parâmetro importante no futebol já que é uma modalidade com séries
intermitentes de atividade que requerem diferentes componentes
fisiológicas, e que o salto é um parâmetro muito relevante.
18
arquivo “avi.” através do software Format Factory Video Converter. Inc. Para o
tratamento das imagens e análise dos jogos foi utilizado o software Soccer
Analyser®; 3) Após intervalo de 150 minutos com recuperação passiva
aplicaram-se os testes físicos.
Análise Estatística
Resultados
19
variáveis técnicas e físicas não apresentaram diferenças significativas entre os
dois grupos (Quadro 1).
Quadro 1. Valores médios e desvio padrão do Índice de Performance Tática (IPT), Técnica:
passe, remate e condução de bola; e Físico: velocidade (T30), agilidade e salto horizontal,
obtidos pelos grupos de baixo e de alto desempenho tático (DT).
Baixo DT Alto DT Effect Size ƞ2
Idade Mês 14.78 (.55)** 13.36 (.79)** .526
IPT Ofensivo 40.57 (8.11)** 53.02 (9.03)** .349
IPT Defensivo 28.51 (7.49)* 31.87 (7.16)* .051
IPT Jogo 34.54 (2.44)** 42.44 (4.23)** .573
% Acerto 64.05 (11.48)** 73.86 (10.69)** .166
Passe 20m 4.58 (1.04) 4.23 (1.14) -
Remate 20m 3.80 (.92) 3.53 (1.15) -
Condução de bola 2.45 (.17) 2.51 (.19) -
T30 (seg) 5.25 (.47) 5.16 (.43) -
Agilidade (seg) 9.60 (.69) 9.57 (.77) -
Salto Horizontal (cm) 181.30 (24.73) 185.09 (22.90) -
*Diferenças estatisticamente significativas (p<0,05), **(p<0,01)
Figura 1: Valores médios e desvio padrão do desempenho tático obtido pelos grupos de baixo e
alto desempenho tático (DT).
Discussão
20
desempenho tático em jogo reduzido GR+4x4+GR. Encontraram-se diferenças
estatisticamente significativas na idade dos jogadores em função dos dois
grupos — baixo e alto desempenho tático —, sendo que o grupo de alto
desempenho tático apresentou menor média de idade.
Quando comparados os desempenhos tático, técnico e físico dos jovens
jogadores, separando-os em grupos de baixo e alto desempenho tático no jogo,
encontraram-se diferenças estatisticamente significativas entre os grupos na
variável tática. Ou seja, verificaram-se diferenças significativas em todas as
variáveis táticas entre os grupos de baixo e alto desempenho, nomeadamente
no IPT ofensivo, IPT defensivo, IPT de jogo e percentual de acerto dos princípios.
Os resultados encontrados no presente estudo corroboram,
parcialmente, os de Cardoso et al. (2019), que observaram que jogadores com
maior desempenho tático eram mais jovens e realizavam menor esforço
cognitivo para tomar decisões em ações de jogo de futebol. Cardoso et al. (2019)
compararam o desempenho tático em função dos constrangimentos ao nível do
indivíduo (i.e. nível competitivo, nível de desempenho) ou da interação destes
constrangimentos com os da tarefa, (i.e. manipulação no número de jogadores,
dimensões do campo) (Almeida et al., 2013; Silva et al., 2014; Silva et al., 2014).
Apesar de não termos recolhido informação acerca de outras variáveis
(e.g. maturacionais e psicológicas), parece que os jogadores mais jovens ao se
depararem com constrangimentos relacionados com a maturação física dos
adversários mais velhos, buscaram criar soluções táticas para obterem êxito nas
ações ofensivas, defensivas, e consequentemente no jogo como um todo, o que
sugere a realização de novos estudos com o objetivo de verificar a influência de
tais variáveis no desempenho dos jovens jogadores.
Também, apesar de não termos evidências científicas, através de
observação dos jogos avaliados percebeu-se que os jogadores mais jovens
evitavam o contacto físico com o adversário, o que pode sugerir também que
eles apresentavam uma maior variabilidade na execução dos princípios táticos
na tentativa de evitar o contacto físico. Sugere-se verificar se os jogadores mais
jovens e com melhor desempenho tático realizam uma maior variabilidade de
princípios táticos do que seus pares.
Os resultados do presente estudo corroboraram os de Silva et al. (2014),
que observou que os jogadores de nível superior foram mais sensíveis a
21
modificações de dimensão do campo e exibiam maior variabilidade do que
jogadores de nível inferior nos campos pequenos e intermédios. Ao contrário dos
resultados encontrados no presente estudo, Almeida et al. (2013) não
encontraram efeitos de interação no desempenho ofensivo entre o nível
competitivo em função do formato de jogos reduzidos (3x3 e 6x6 mais guarda
redes). Além disso, neste estudo não se encontraram diferenças significativas
na precisão do passe, remate e velocidade de condução de bola entre os grupos
de baixo e alto desempenho tático realizados em testes específicos de passe
fora do contexto de jogo. Ao contrário dos nossos resultados, alguns estudos
mostram diferenças no desempenho técnico quando comparados jogadores de
diferentes níveis competitivos (Le Moal et al., 2014; Rebelo et al., 2013; Vaeyens
et al., 2006). Assim, Le Moal et al. (2014) mostraram diferenças significativas
entre elite, sub-elite e não-elite na precisão do passe avaliado em teste apenas
de passe. Em outro estudo, cujo objetivo foi comparar características
antropométricas, físicas e técnicas, os resultados mostram diferenças entre os
dois grupos elite e não elite nas três categorias de características (Rebelo et al.,
2013).
Relativamente ao desempenho físico, não se encontraram diferenças no
desempenho da velocidade, agilidade e força de membros inferiores entre os
grupos de baixo e alto desempenho tático realizados em testes específicos para
a componente física. Os resultados diferem dos existentes na literatura (e.g.
Seabra et al., 2001; Vaeyens et al., 2006; Rebelo et al., 2013), que mostram
diferenças significativas no desempenho físico dos jogadores em função dos
diferentes níveis de competição.
No estudo de Seabra et al. (2001) os resultados apontam que na
componente da aptidão física os futebolistas evidenciaram resultados superiores
aos não futebolistas. Vaeyens et al. (2006) indica que no desempenho físico os
jogadores de elite apresentaram melhores resultados que os jogadores não elite.
Rebelo et al. (2013) concluíram também que os jogadores diferiram em
características antropométricas e aptidão física por nível competitivo em
posições de jogo. Dugdale et al. (2018) realizaram uma pesquisa procurando
discriminar os jogadores como identificados ou não identificados para uma
carreira de jogador profissional por meio de testes físicos. Entre os resultados,
22
encontraram diferenças estatisticamente significativas entre os três níveis de
competição (amador, desenvolvimento e performance).
Sousa et al. (2017) analisaram a correlação entre a capacidade aeróbica
e a eficácia tática em jovens jogadores de futebol e concluíram que as duas
variáveis não possuem correlação. Borges et al. (2015) analisaram jogadores
sub-15 e sub-17 e verificaram que as variáveis funcionais, maturacionais e de
conhecimento tático processual (CTP) encontram-se correlacionadas. Os
resultados apontam que tanto a capacidade aeróbica quanto o tempo de corrida
em 50 metros são importantes atributos na manifestação do CTP e da tomada
de decisão no futebol.
Entretanto, no presente estudo o nível competitivo foi determinado
através da avaliação individual em desempenho tático coletivo em jogo reduzido,
enquanto que geralmente a literatura avalia o nível competitivo que a equipa
coletivamente apresenta.
Conclusões
23
diferentes categorias; e iii) existe ausência de jogadores de seleções distritais ou
nacionais, ou seja, de nível superior.
24
Referências
25
compared to those who did not. Psychology of Sport and Exercise, 13(3),
349-352.
Garganta, J. (2004). Conhecimento e acção nos jogos desportivos. Revista
Portuguêsa de Ciências do Desporto, 4(2), 15-102
Víllora, S. G., Olivares, J. S., Vicedo, J. C. P., & Da Costa, I. T. (2015). Review
of the tactical evaluation tools for youth players, assessing the tactics in
team sports: football. Springer Plus, 4(1), 663.
Helsen, W. F., Starkes, J. L., & Hodges, N. J. (1998). Team sports and the theory
of deliberate practice. Journal of Sport and Exercise Psychology, 20(1),
12-34.
Jinshan, X., Matsumoto, M., Xiaoke, C., & Yamanaka, K. (1991). Analysis of the
goals in the 14º Word Cup. In A. Stibbe; J. Clarys; T. Reylly (Eds), Science
and Football II. Proceedings of the Second World Congress of Science
and Football. Eindhoven, Netherlands, 1991. London. E & F.N. Spon
Kirkendall, D. R., Gruber, J. J., & Johnson, R. E. (1987). Measurement and
Evaluation for Physical Educators: Human Kinetics Publishers.
Le Moal, E., Rué, O., Ajmol, A., Abderrahman, A. B., Hammami, M. A., Ounis, O.
B., Kebsi, W., & Zouhal, H. (2014). Validation of the Loughborough Soccer
Passing Test in young soccer players. The Journal of Strength &
Conditioning Research, 28(5), 1418-1426.
Loturco, I., Pereira, L. A., Abad, C. C. C., D'Angelo, R. A., Fernandes, V.,
Kitamura, K., Kobal, R., & Nakamura, F. Y. (2015). Vertical and horizontal
jump tests are strongly associated with competitive performance in 100-m
dash events. The Journal of Strength & Conditioning Research, 29(7),
1966-1971.
Rampinini, E., Impellizzeri, F. M., Castagna, C., Coutts, A. J., & Wisloff, U. (2009).
Technical performance during soccer matches of the Italian Serie A
league: Effect of fatigue and competitive level. Journal of Science and
Medicine in Sport, 12(1), 227-233.
Raya, M. A., Gailey, R. S., Gaunaurd, I. A., Jayne, D. M., Campbell, S. M., Gagne,
E., Manrique, P. G., Muller, D. G., & Tucker, C. (2013). Comparison of
three agility tests with male servicemembers: Edgren Side Step Test, T-
Test, and Illinois Agility Test. Journal of Rehabilitation Research &
Development, 50(7), 951-960.
26
Rebelo, A., Brito, J., Maia, J., Silva, M. C., Figueiredo, A., Bangsbo, J., Malina,
R. M., & Seabra, A. (2013). Anthropometric characteristics, physical
fitness and technical performance of under-19 soccer players by
competitive level and field position. International Journal of Sports
Medicine, 34(4), 312-317.
Reilly, T., Williams, A. M., Nevill, A., & Franks, A. (2000). A multidisciplinary
approach to talent identification in soccer. Journal of Sports Sciences,
18(9), 695-702.
Rommers, N., Mostaert, M., Goossens, L., Vaeyens, R., Witvrouw, E., Lenoir, M.,
& D’Hondt, E. (2019). Age and maturity related differences in motor
coordination among male elite youth soccer players. Journal of Sports
Sciences, 37(2), 196-203.
Rosch, D., Hodgson, R., Peterson, L., Graf-Baumann, T., Junge, A., Chomiak, J.,
& Dvorak, J. (2000). Assessment and evaluation of football performance.
The American Journal of Sports Medicine, 28(5), 29-39.
Sayers, M. (2000). Running techniques for field sports players. Sports Coach,
23(1), 26-27.
Seabra, A., Maia, J., & Garganta, R. (2001). Crescimento, maturação, aptidão
física, força explosiva e habilidades motoras específicas. Estudo em
jovens futebolistas e não futebolistas do sexo masculino dos 12 aos 16
anos de idade. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, 1(2), 22-35.
Silva, P., Aguiar, P., Duarte, R., Davids, K., Araújo, D., & Garganta, J. (2014).
Effects of pitch size and skill level on tactical behaviours of Association
Football players during small-sided and conditioned games. International
Journal of Sports Science & Coaching, 9(5), 993-1006.
Silva, P., Duarte, R., Sampaio, J., Aguiar, P., Davids, K., Araújo, D., & Garganta,
J. (2014). Field dimension and skill level constrain team tactical behaviours
in small-sided and conditioned games in football. Journal of Sports
Sciences, 32(20), 1888-1896.
Sousa, R. B., Praça, G. M., & Greco, P. J. (2017). Avaliação de jogadores de
futebol: relação entre a capacidade aeróbica e eficácia tática. Revista
Brasileira de Futsal e Futebol, 9(33), 190-196.
27
Teoldo, I., Garganta, J., Greco, P. J., Mesquita, I., & Maia, J. (2011a). Sistema
de avaliação táctica no Futebol (FUT-SAT): Desenvolvimento e validação
preliminar. Motricidade, 7(1), 69-84.
Teoldo, I., Garganta, J., Greco, P.J., Mesquita, I., Silva, B., & Müller, E. (2010).
Análise da performance táctica de futebolistas de quatro escalões de
formação. Lecturas Educacíon Física y Deportes, 15(144).
Thomas, K. T., & Thomas, J. R. (1994). Developing expertise in sport: The
relation of knowledge and performance. International Journal of Sport
Psychology, 25, 295-312.
Tourinho Filho, H., & Tourinho, L. (1998). Crianças, adolescentes e atividade
física: aspectos maturacionais e funcionais. Revista Paulista de
Educação. Física, 12(1), 71-84.
Vaeyens, R., Lenoir, M., Williams, A. M., Mazyn, L., & Philippaerts, R. M. (2007).
The effects of task constraints on visual search behavior and decision-
making skill in youth soccer players. Journal of Sport and Exercise
Psychology, 29(2), 147-169.
Vaeyens, R., Malina, R. M., Janssens, M., Van Renterghem, B., Bourgois, J.,
Vrijens, J., & Philippaerts, R. M. (2006). A multidisciplinary selection model
for youth soccer: the Ghent Youth Soccer Project. British Journal of Sports
Medicine, 40(11), 928-934.
Van Rossum, J., & Wijbenga, D. (1993). Soccer skills technique tests for youth
players: construction and implications. Science and football II, 313-318.
Visscher, C., Gemser, M. E., & Lemmink, K. (2006). Interval endurance capacity
of talented youth soccer players. Perceptual and motor skills, 102(1), 81-
86.
Ward, P., & Williams, A. M. (2003). Perceptual and cognitive skill development in
soccer: The multidimensional nature of expert performance. Journal of
Sport and Exercise Psychology, 25(1), 93-111.
Wilson, R. S., James, R. S., David, G., Hermann, E., Morgan, O. J., Niehaus, A.
C., Hunter, A., Thake, D., & Smith, M. D. (2016). Multivariate analyses of
individual variation in soccer skill as a tool for talent identification and
development: utilising evolutionary theory in sports science. Journal of
Sports Sciences, 34(21), 2074-2086.
28
Wisloff, U., Castagna, C., Helgerud, J., Jones, R., & Hoff, J. (2004). Strong
correlation of maximal squat strength with sprint performance and vertical
jump height in elite soccer players. British Journal of Sports Medicine,
38(3), 285-288.
29
30
2. Estudo 2
Título:
Quais os preditores do desempenho tático, técnico e físico que explicam uma
performance superior de jovens futebolistas em jogo GR+4x4+GR? Projeto
INEX.
Title:
Which predictors of tactical, technical and physical performance that can explain
the superior performance of young players in the game? The INEX Project.
31
32
Resumo
33
Abstract
This study aimed to verify the relationships between technical and physical
variables in relation to tactical performance, as well as to examine how well in
situ performance in a reduced soccer game could be predicted using technical
and physical batteries tests. We evaluated 107 players divided into two groups
according to the level of performance in the game. In the high-performance group
there were 53 players (M = 13.36; SD = 0.78) and in the low tactical performance
group 54 players (M = 14.77, SD = 0.54). Tactical, technical and physical tests
were applied. For statistical analysis we used the correlation and logistic
regression test. A significance level of p <0.05 was adopted. We found a strong
positive correlation between offensive tactical performance and game
performance, weak positive correlation between defensive tactical performance
and tactical game performance, moderate positive correlation between defensive
tactical performance and principle hit percentage, and weak negative
correlations. between in-game performance and 20-meter pass test performance
and 20-meter shot taken outside the game context. Regression results indicate
that younger players (OR = 0.20, p <0.001) with better offensive tactical
performance (OR = 1.191, p <0.002) were more effective in achieving tactical
principles (OR = 1.090, p < 0.042) and with greater horizontal jump thrust (OR =
1.061, p <0.018) were more likely to belong to the high tactical performance group
in the game. We conclude that the in-situ performance of soccer players in the
5x5 test cannot be predicted by the battery performance of decontextualized
physical and technical tests of the game.
34
Introdução
35
No contexto do alto rendimento os comportamentos e execuções
durante o jogo acontecem de uma forma cada vez mais rápida e dinâmica.
Assim, Silva et al. (2011) sustentam que a forma rápida como as ações
acontecem evidencia a influência positiva que a capacidade tática exerce no
desempenho, assim como a capacidade aeróbica assume um papel importante
para a performance dos jogadores de futebol (Helgerud et al., 2001; Hoff et al.,
2002).
Clemente et al. (2016) pesquisaram sobre as associações entre
variáveis físicas, técnicas e táticas de jovens jogadores sub-14. Os resultados
indicam que correlações pequenas e moderadas entre o desempenho físico,
técnico e os níveis táticos de proeminência foram encontradas. Na tentativa de
identificar se indicadores técnicos e físicos influenciam o desempenho no jogo,
Feltrin e Machado (2009) verificaram que as habilidades técnicas não explicam
o desempenho no jogo. Como principais preditores aparecem o salto vertical e o
VO2 máximo. Os resultados de Maarseveen et al. (2016) apontam que o
desempenho in situ de jogadores de futebol não pode ser previsto pelo seu
desempenho nos testes de habilidades perceptivo-cognitivos.
Os resultados diversificados mostram a contribuição ainda controversa
das avaliações de indicadores de desempenho fora do contexto de jogo. Desta
forma, pensando no processo de identificação e desenvolvimento de talentos e
a importância de avaliações em contexto de jogo na formação, objetivou-se
neste estudo verificar as relações entre as variáveis técnicas e físicas em relação
ao desempenho tático, assim como de examinar se o desempenho in situ em um
jogo reduzido de futebol poderia ser previsto usando testes técnicos e físicos
descontextualizados do jogo.
Métodos
36
intitulado INEX (Em busca da excelência. Um estudo longitudinal-misto em
jovens desportistas).
Participantes
Instrumentos e Procedimentos
Desempenho Tático
37
Desempenho Técnico
Desempenho Físico
A aplicação dos testes foi dividida em três etapas distintas sendo que teve a
seguinte ordem:
38
solicitado aos jogadores que jogassem de acordo com as regras oficiais do jogo,
com exceção da regra de fora-de-jogo. Foram concedidos 30 segundos para a
familiarização dos jogadores com o jogo, previamente a cada teste. As imagens
foram gravadas por uma câmera de vídeo (Action Cam, Rollei AC 425, Rollei
GmbH & Co. KG, Norderstedt, Germany) posicionada na diagonal em relação às
linhas de baliza e lateral. No final o material de vídeo foi introduzido em formato
digital num computador portátil (HP pavilion dv4 1430us) via cabo USB, e
convertido em arquivo “avi.” através do software Format Factory Video
Converter. Inc. Para o tratamento das imagens e análise dos jogos foi utilizado
o software Soccer Analyser®;
Análise Estatística
Resultados
39
Quadro 1: Valores da correlação entre os indicadores táticos, índice de performance tático
(IPT) ofensivo e defensivo, percentual de acerto dos princípios (% acerto), precisão nos testes
de passe e remate 20 metros (passe 20m, remate 20m).
IPT Jogo Valor de p
IPT ofensivo ,747** <0,001
IPT defensivo ,345** <0,001
% Acerto ,529** <0,001
Passe 20m -,224* <,022
Remate 20m -,220* <,024
Quadro 2: Regressão Logística Binária dos indicadores táticos, técnicos e físicos por grupos.
β S.E. Valor Odds Ratio (95% IC) Nagelkerke R2
de p
Idade -3.889 1.107 .000 .020 (.002-.179)
IPT .175 .057 .002 1.191 (1.065-1.333)
ofensivo
.837
% acerto .086 .042 .042 1.090 (1.003-1.184)
Salto .059 .025 .018 1.061 (1.010-1.113)
Horizontal
Discussão
40
tático ofensivo com o desempenho em jogo, fraca correlação positiva entre o
desempenho tático defensivo e o desempenho tático no jogo, moderada
correlação positiva entre o desempenho tático defensivo e o percentual de acerto
dos princípios. E ao contrário do esperado encontramos fracas correlações
negativas entre o desempenho no jogo com o desempenho nos testes de passe
de 20 metros e remate 20 metros realizado fora do contexto de jogo.
Os resultados deste estudo foram similares aos da pesquisa de Aquino
et al. (2016) quando examinou as associações entre o conhecimento tático
ofensivo e o desempenho das habilidades motoras específicas do futebol.
Concluíram que houve uma fraca associação entre as habilidades técnicas e o
conhecimento tático ofensivo. Igualmente no estudo de Rubajczyk e Rokita
(2015) os resultados apontam correlações baixas a moderadas entre testes
específicos e avaliações de habilidades relacionadas a jogos. Por sua vez, Praça
et al. (2015) observaram uma correlação de baixa intensidade entre os Índices
de Performance Tática ofensivo e defensivo e o desempenho nos testes de
remate, passe e condução, como uma baixa correlação entre condução,
penetração e espaço com bola e remates à baliza.
Os resultados de Sousa et al. (2017) diferiram dos resultados
encontrados neste estudo sendo que não houve correlação entre os parâmetros
físicos e táticos analisados. Os resultado de Clemente et al. (2016) diferiram
parcialmente dos resultados do presente estudo, já que estes autores
encontraram correlações moderadas entre os indicadores físicos e táticos.
Entretanto os resultados da pesquisa citada acima corroboram os resultados
deste estudo sendo que encontraram fracas correlações entre os indicadores
técnicos e táticos. Vale ressaltar que nessa pesquisa a variável tática foi avaliada
com recurso à dispositivos de localização por satélite (GPS), e os indicadores
táticos referem-se aos padrões coletivos e na nossa pesquisa utilizamos valores
individuais de desempenho tático.
Ré et al. (2016) acharam correlações fracas e moderadas nos
indicadores técnicos e físicos com o envolvimento da bola (qualquer situação em
que o jogador estivesse em contato físico com a bola ou sob pressão direta sobre
um oponente na posse da bola, penetração e contenção) durante um jogo 5x5.
Já na previsão (regressão)os resultados apontam que os jogadores mais
jovens (OR=0.20), com melhor desempenho tático ofensivo (OR=1.191), mais
41
eficazes na realização dos princípios táticos (OR=1.090) e com maior impulsão
no salto horizontal (OR=1.061) eram mais propensos a pertencer ao grupo de
alto desempenho tático no jogo. Ou seja, nenhum dos indicadores de
desempenho técnico ou físico utilizados neste estudo pode predizer o
desempenho de jogo in situ em um jogo reduzido de futebol.
Nesse sentido Maarseveen et al. (2016) realizaram um estudo com o
objetivo de examinar quão bem o desempenho in situ em jogo de futebol de
pequeno porte poderia ser previsto usando testes de habilidades perceptivos
cognitivos baseados em vídeo, ou seja, fora do contexto de jogo. Os autores
encontraram que os resultados do desempenho in situ de jogadores de futebol
não pode ser previsto pelo seu desempenho nos testes de habilidades percepto-
cognitivos, o que vai de encontro com os resultados da nossa pesquisa.
Feltrin & Machado (2009) acharam resultados parecidos aos desta
pesquisa quando encontraram correlação do salto vertical e o VO2 máximo com
o desempenho no jogo. Concluíram que as habilidades técnicas não foram
preponderantes para o desempenho de jogo enquanto a aptidão física mostrou-
se capaz de explicar boa parte do desempenho esportivo.
Baterias de testes técnicos e físicos avaliados fora do contexto de jogo
parecem não ser bons indicadores para prever o desempenho dos jogadores de
futebol em jogo, já que no futebol exige-se a execução de muitos aspectos da
habilidade em um contexto dinâmico. Embora existam algumas "habilidades
fechadas" (por exemplo, execução de bolas paradas), o futebol é
predominantemente um jogo de "habilidade aberta" (Knapp, 1963). Essa
diferença implica que as ferramentas de avaliação devem se adaptar e ter
sucesso para avaliar o desempenho da ação em seu contexto real, isto é, com
oposição (Collet et al., 2011; Teoldo et al., 2011b; Prudente et al., 2004) ou em
contextos controlados e predeterminados (Ali et al., 2008; Figueiredo et al., 2011;
Mor & Christian, 1979).
Conclusões
42
o Percentual de acerto dos princípios táticos com o IPT de jogo, fraca correlação
positiva entre o IPT defensivo e o IPT de jogo e fracas correlações negativas
entre o desempenho nos testes de passe e remate à 20 metros e o IPT de jogo.
De acordo os resultados da regressão observamos que jogadores mais
jovens, com melhor desempenho tático ofensivo, mais eficazes na realização
dos princípios táticos e com maior impulsão no salto horizontal eram mais
propensos a pertencer ao grupo de alto desempenho tático no jogo. Desta forma,
respaldado pelos resultados de esta pesquisa concluímos que o desempenho in
situ dos jogadores de futebol no teste de GR+4x4+GR não pode ser previsto pelo
desempenho na bateria de testes técnicos e físicos descontextualizados do jogo.
Estes resultados mostram a necessidade de refletir sobre o uso de testes
para avaliar habilidades técnicas e físicas em esportes coletivos, uma vez que
eles não levam em conta a variabilidade e imprevisibilidade das ações do jogo e
desconsideram as necessidades inerentes de avaliar o desempenho dessas
habilidades no jogo
O estudo apresenta as seguintes limitações: i) ausência de nível
competitivo mais distantes (nível competitivo mais alto e mais baixo da
categoria), visto que a pesar da diferença no desempenho os jogadores da nossa
amostra pertencia a um mesmo nível competitivo; ii) recolher os dados de
maneira que sejam evitados conflitos entre a avaliação e o período de treinos
dos jogadores.
Para futuras pesquisas sugere-se verificar se os indicadores técnicos e
físicos desempenhados pelos jogadores durante o jogo podem predizer o nível
de desempenho no jogo. Isto pode ser realizado a traves de análise notacional
para as variáveis técnicas e análise do padrão de deslocamento utilizando GPS.
43
Referências
Ali, A., Foskett, A., & Gant, N. (2008). Validation of a soccer skill test for use with
females. International Journal of Sports Medicine, 29(11), 917-921.
Aquino, R., Marques, R., Petiot, G., Gonçalves, L., Moraes, C., Santiago, P., &
Puggina, E. (2016). Relationship between procedural tactical knowledge
and specific motor skills in young soccer players. Sports, 4(4), 52.
Christensen, M. K. (2009). “An eye for talent”: Talent identification and the
“practical sense” of top-level soccer coaches. Sociology of Sport Journal,
26(3), 365-382.
Clemente, F. M., Figueiredo, A. J., Martins, F. M. L., Mendes, R. S., & Wong, D.
P. (2016). Physical and technical performances are not associated with
tactical prominence in U14 soccer matches. Research in Sports Medicine,
24(4), 352-362.
Cobley, S., Schorer, J., & Baker, J. (2013). Identification and development of
sport talent: A brief introduction to a growing field of research and practice.
In J. Baker, S. Cobley & J. Schorer (Eds.), Talent Identification and
Development in Sport (pp. 21-30): London: Routledge.
Collet, C., Nascimento, J. V. d., Ramos, V., & Stefanello, J. M. F. (2011).
Construction and validation of a technical-tactical performance evaluation
instrument in volleyball. Revista Brasileira de Cineantropometria &
Desempenho Humano, 13(1), 43-51.
Teoldo, I., Garganta, J., Greco, P. J., Mesquita, I., & Maia, J. (2011a). Sistema
de avaliação táctica no Futebol (FUT-SAT): Desenvolvimento e validação
preliminar. Motricidade, 7(1), 69-84.
Teolado, I., Garganta, J., Greco, P. J., Mesquita, I., & Maia, J. (2011b). Sistema
de avaliação táctica no Futebol (FUT-SAT): Desenvolvimento e validação
preliminar. Motricidade, 7(1).
Silva , C. J. A. D. M., & Greco, P. J. (2010). Cognição & ação nos jogos esportivos
coletivos. Ciências & Cognição, 15(1), 252-271.
Feltrin, Y., & Machado, D. (2009). Habilidade técnica e aptidão física de jovens
futebolistas. Revista Brasileira de Futebol, 2(1), 45-59.
44
Figueiredo, A., Coelho e Silva, M., & Malina, R. (2011). Predictors of functional
capacity and skill in youth soccer players. Scandinavian Journal of
Medicine & Science in Sports, 21(3), 446-454.
Garganta, J., Maia, J., & Marques, A. (1996). Acerca da investigação dos fatores
do rendimento em futebol. Revista Paulista de Educação Física, 10(2),
146-158.
Greco, P. J. (2007). Tomada de decisão nos jogos esportivos coletivos: o
conhecimento tático-técnico como eixo de um modelo pendular. Revista
Portuguesa de Ciências do Desporto, 7(1), 16.
Helgerud, J., Engen, L. C., Wisloff, U., & Hoff, J. (2001). Aerobic endurance
training improves soccer performance. Medicine and science in sports and
exercise, 33(11), 1925-1931.
Hoff, J., Wisloff, U., Engen, L. C., Kemi, O. J., & Helgerud, J. (2002). Soccer
specific aerobic endurance training. British Journal of Sports Medicine,
36(3), 218-221.
Höner, O., & Votteler, A. (2016). Prognostic relevance of motor talent predictors
in early adolescence: A group-and individual-based evaluation considering
different levels of achievement in youth football. Journal of Sports
Sciences, 34(24), 2269-2278.
Jinshan, X., Matsumoto, M., Xiaoke, C., & Yamanaka, K. (1991). Analysis of the
goals in the 14º Word Cup. In A. Stibbe; J. Clarys; T. Reylly (Eds), Science
and Football II. Proceedings of the Second World Congress of Science
and Football. Eindhoven, Netherlands, 1991. London. E & F.N. Spon
Knapp, B. (1963). Skill in sport: the attainment of proficiency: Routledge & K.
Paul.
Little, T., & Williams, A. G. (2006). Effects of differential stretching protocols
during warm-ups on high speed motor capacities in professional soccer
players. Journal of Strength and Conditioning Research, 20(1), 203-207.
Loturco, I., Pereira, L. A., Abad, C. C. C., D'Angelo, R. A., Fernandes, V.,
Kitamura, K., Kobal, R., & Nakamura, F. Y. (2015). Vertical and horizontal
jump tests are strongly associated with competitive performance in 100-m
dash events. The Journal of Strength & Conditioning Research, 29(7),
1966-1971.
45
Mor, D., & Christian, V. (1979). The development of a skill test battery to measure
general soccer ability. North Carolina Journal of Health and Physical
Education, 15(1), 30.
Praça, G., Soares, V., Matias, C., Teoldo, I., & Greco, P. (2015). Relação entre
desempenhos tático e técnico em jovens jogadores de futebol. Revista
Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, 17(2), 136.
Praça, G. M., Soares, V. V., Matias, C. J. A. d. S., Teoldo, I., & Greco, P. J.
(2015). Relationship between tactical and technical performance in youth
soccer players. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho
Humano, 17(2), 136-144.
Prudente, J., Garganta, J., & Anguera, M. T. (2004). Desenho e validação de um
sistema de observação no Andebol. Revista portuguesa de Ciencias do
Desporto, 4(3), 49-65.
Rampinini, E., Impellizzeri, F. M., Castagna, C., Coutts, A. J., & Wisloff, U. (2009).
Technical performance during soccer matches of the Italian Serie A
league: Effect of fatigue and competitive level. Journal of Science and
Medicine in Sport, 12(1), 227-233.
Raya, M. A., Gailey, R. S., Gaunaurd, I. A., Jayne, D. M., Campbell, S. M., Gagne,
E., Manrique, P. G., Muller, D. G., & Tucker, C. (2013). Comparison of
three agility tests with male servicemembers: Edgren Side Step Test, T-
Test, and Illinois Agility Test. Journal of Rehabilitation Research &
Development, 50(7), 951-960.
Ré, A. H. N., Cattuzzo, M. T., Henrique, R. d. S., & Stodden, D. F. (2016).
Physical characteristics that predict involvement with the ball in
recreational youth soccer. Journal of Sports Sciences, 34(18), 1716-1722.
Rubajczyk, K., & Rokita, A. (2015). Relationships between results of soccer-
specific skill tests and game-related soccer skill assessment in young
players aged 12 and 15 years. Trends Sport Sciences, 4(22), 197-206.
Sayers, M. (2000). Running techniques for field sports players. Sports Coach,
23(1), 26-27.
Silva, M. V., Ré, A. H. N., Silva, C. J. A. D. M., & Greco, P. J. (2011). Estratégia
e tática no futsal: uma análise crítica. Caderno de Educação Física e
Esporte, 10(19), 75-84.
46
Sousa, R. B., Praça, G. M., & Greco, P. J. (2017). Avaliação de jogadores de
futebol: relação entre a capacidade aeróbica e eficácia tática. Revista
Brasileira de Futsal e Futebol, 9(33), 190-196.
Van Maarseveen, M. J., Oudejans, R. R., Mann, D. L., & Savelsbergh, G. J.
(2016). Perceptual-cognitive skill and the in situ performance of soccer
players. The Quarterly Journal of Experimental Psychology, 1-17.
Wilson, R. S., James, R. S., David, G., Hermann, E., Morgan, O. J., Niehaus, A.
C., Hunter, A., Thake, D., & Smith, M. D. (2016). Multivariate analyses of
individual variation in soccer skill as a tool for talent identification and
development: utilising evolutionary theory in sports science. Journal of
Sports Sciences, 34(21), 2074-2086.
Wisloff, U., Castagna, C., Helgerud, J., Jones, R., & Hoff, J. (2004). Strong
correlation of maximal squat strength with sprint performance and vertical
jump height in elite soccer players. British Journal of Sports Medicine,
38(3), 285-288.
47
48
Capítulo III – Discussão
49
50
Discussão Geral
51
encontraram efeitos de interação no desempenho ofensivo entre o nível
competitivo em função do formato de jogos reduzidos (GR+3x3+GR e
GR+6x6+GR). Já no estudo de Silva, et al. (2014a) observa-se que os jogadores
de nível superior foram mais sensíveis a modificações de dimensão e exibiam
maior variabilidade no seu comportamento do que jogadores de nível inferior em
campos pequenos e intermédios.
A literatura científica tem buscado comparar o desempenho tático em
função do nível competitivo e nível de desempenho (Cardoso et al., 2019), e
também em função da interação do nível competitivo com constrangimentos da
tarefa, (i.e. manipulação no número de jogadores, dimensões do campo)
(Almeida et al., 2013; Silva, et al., 2014a; Silva, et al., 2014b). Alguns estudos
mostram diferenças no desempenho técnico quando comparados jogadores de
diferentes níveis competitivos (Le Moal et al., 2014; Rebelo et al., 2013; Vaeyens
et al., 2006). Por sua vez, Le Moal et al. (2014) mostraram diferenças
significativas entre elite, sub-elite e não-elite na precisão do passe avaliado em
teste apenas de passe. Estes estudos contrariam os resultados encontrados no
presente estudo.
Seabra et al. (2001) referem que na componente da aptidão física os
futebolistas evidenciaram resultados superiores aos não futebolistas. Também
Vaeyens et al. (2006), em relação ao desempenho físico, indicam que os
jogadores de elite apresentam melhores resultados que os jogadores não elite.
Igualmente, Rebelo et al. (2013) concluíram que os jogadores diferiram em
características antropométricas e aptidão física por nível competitivo e quanto ao
estatuto posicional. Dugdale et al. (2018) realizaram uma pesquisa procurando
discriminar os jogadores como identificados ou não identificados para uma
carreira de jogador profissional por meio de testes físicos. Entre os resultados,
encontraram diferenças estatisticamente significativas entre os três níveis de
competição (amador, desenvolvimento e performance).
Relativamente aos objetivos de verificar as relações entre as variáveis
técnicas e físicas em relação ao desempenho tático, encontraram-se correlações
fortes e positivas, moderadas e positivas e fracas e negativas, sendo elas: forte
correlação positiva entre o IPT ofensivo com o IPT de jogo; fraca correlação
positiva entre o IPT defensivo e o IPT de jogo; e moderada correlação positiva
entre o IPT defensivo e o percentual de acerto dos princípios. Encontraram-se
52
também fracas correlações negativas entre o IPT de jogo e o desempenho nos
testes de passe de 20 metros e remate 20 metros realizados fora do contexto de
jogo. Também se encontrou que os jogadores mais jovens, com melhor
desempenho tático ofensivo, mais eficazes na realização dos princípios táticos
e com maior impulsão no salto horizontal, eram mais propensos a pertencer ao
grupo de alto desempenho tático no jogo. Ainda de acordo com os resultados,
parece que os indicadores de desempenho técnico e físico não são preditores
de desempenho tático de jogo in situ em um jogo reduzido de futebol.
Os resultados deste estudo foram similares aos da pesquisa de Aquino
et al. (2016), que encontraram uma fraca associação entre as habilidades
técnicas e o conhecimento tático ofensivo. Igualmente, Rubajczyk & Rokita
(2015) encontraram resultados que reportam correlações baixas a moderadas
entre testes específicos e avaliações de habilidades relacionadas com jogo. No
estudo de Praça et al. (2015), os autores observaram uma fraca correlação entre
os IPT ofensivo e defensivo e o desempenho nos testes de remate, passe e
condução, como uma fraca correlação entre condução, penetração e espaço
com bola e remates à baliza.
Outros estudos diferiram dos resultados encontrados na presente
pesquisa, tal como Sousa et al. (2017) que observaram a ausência de correlação
entre os parâmetros físicos e táticos analisados. Os resultado de Clemente et al.
(2016) diferiram parcialmente dos resultados do presente estudo, pois
encontraram correlações moderadas entre os indicadores físicos e táticos.
Entretanto, os nossos resultados corroboram os de Clemente et al. (2016) uma
vez que encontraram fracas correlações entre os indicadores técnicos e táticos.
O desempenho in situ parece não poder ser previsto através do
desempenho em testes realizados fora do contexto de jogo, pois tais testes
acabam por isolar e descontextualizar uma ação que poder ser realizada em
jogo, mas que não tem previsão de ocorrer, quer seja de tempo, quer da forma.
Os resultados encontrados corroboram os de Maarseveen et al. (2016) pois
encontraram que os resultados do desempenho in situ de jogadores de futebol
não pode ser previsto pelo seu desempenho nos testes de habilidades percepto-
cognitivos e avaliados através de testes de vídeo.
Encontrou-se que os indicadores físicos, e força de membros inferiores,
foram capazes de predizer o nível de desempenho no jogo, corroborando Feltrin
53
& Machado (2009), que encontraram uma correlação da força de membros
inferiores e a capacidade aeróbica com o desempenho no jogo. Os autores
também concluíram que as habilidades técnicas não foram preponderantes para
o desempenho de jogo enquanto que a aptidão física mostrou-se capaz de
explicar boa parte do desempenho desportivo.
54
Capítulo IV – Conclusões
55
56
Conclusões
57
(nível competitivo mais alto e mais baixo da categoria); e iii) recolher os dados
de maneira que sejam evitados conflitos entre a avaliação e o período de treinos
dos jogadores.
É importante ressaltar a possibilidade de futuros estudos relacionadas
com os comportamentos táticos dos jogadores recolhendo-se informação sobre
a qualidade e tempo de prática, bem como um conjunto de indicadores sobre a
infraestrutura do clube onde são desenvolvidos os treinos. Também, sugere-se
verificar se os indicadores técnicos e físicos identificados nos jogadores durante
o jogo podem predizer o nível de desempenho no jogo. Isto pode ser realizado
através de análise notacional para as variáveis técnicas e análise do padrão de
deslocamento utilizando a ferramenta GPS.
58
Capítulo V – Referências Bibliográficas
59
60
Referências
Ali, A., Foskett, A., & Gant, N. (2008). Validation of a soccer skill test for use with
females. International Journal of Sports Medicine, 29(11), 917-921.
Almeida, C. H., Ferreira, A. P., & Volossovitch, A. (2013). Offensive sequences
in youth soccer: effects of experience and small-sided games. Journal of
Human Kinetics, 36(1), 97-106.
Américo, H. B., Machado, G. F., & Teoldo, I. (2013). Comparação do
comportamento tático de jogadores de futebol entre categorias sub-11 e
sub-17. Revista Mineira de Educacao Fisica, 9, 715-721.
Aquino, R., Marques, R., Petiot, G., Gonçalves, L., Moraes, C., Santiago, P., &
Puggina, E. (2016). Relationship between procedural tactical knowledge
and specific motor skills in young soccer players. Sports, 4(4), 52.
Bezerra, E. S., Machado, J. C. B. P., Netto, J. M. A., & Domingues, W. J. R.
(2011). Processo seletivo no futebol de campo sub-17: interrelação dos
aspectos físicos e técnicos. Journal of Physical Education, 22(1), 47-55.
Borges, F. S., Matsudo, S. M., & Matsudo, V. K. (2008). Perfil antropométrico e
metabólico de rapazes pubertários da mesma idade cronológica em
diferentes níveis de maturação sexual. Revista Brasileira de Ciência e
Movimento, 12(4), 7-12.
Borges, P. H., Avelar, A., & Rinaldi, W. (2015). Conhecimento tático processual,
desempenho físico e nível de maturidade somática em jovens jogadores
de futebol. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 23(3), 88-96.
Borges, P. H., Guilherme, J., Rechenchosky, L., Costa, L. C. A., & Rinadi, W.
(2017). Fundamental Tactical Principles of Soccer: a Comparison of
Different Age Groups. Journal of human kinetics, 58(1), 207-214.
Brito, R., Soares, V. D. O. V., Praça, G. M., Silva Matias, C. J. A., da Teoldo, I.,
& Greco, P. J. (2015). Avaliação do comportamento tático no futebol:
princípios táticos fundamentais nas categorias sub-14 e sub-15. Revista
Brasileira de Ciência e Movimento, 23(2), 59-65.
Américo, H. B., Silva, F. L. C., Machado, G., Andrade, M. O. C., Resende, E. R.,
& Teoldo, I. (2016). Analysis of the tactical behaivor of youth academy
soccer players. Revista da Educação Física, 27(1).
61
Cabo, A. P., Rey, E., Ferreirós, A. P., & Kalén, A. (2019). Test–Retest Reliability
of Skill Tests in the F-MARC Battery for Youth Soccer Players. Perceptual
and Motor Skills, 126(5) 1006-1023.
Caicedo, J. G., Matsudo, S. M., & Matsudo, V. K. (2008). Teste específico para
mensurar agilidade em futebolistas, e sua correlação com o desempenho
no passe em situação real de jogo. Revista Brasileira de Ciencia e
Movimento, 7(2), 7-15.
Cardoso, F. D. S., Víllora, S. G., Guilherme, J., & Teoldo, I. (2019). Young Soccer
Players With Higher Tactical Knowledge Display Lower Cognitive Effort.
Perceptual and Motor Skills, 126(3), 499-514.
Castagna, C., Abt, G., & D'ottavio, S. (2002). Relation between fitness tests and
match performance in elite Italian soccer referees. Journal of Strength and
Conditioning research, 16(2), 231-235.
Christensen, M. K. (2009). “An eye for talent”: Talent identification and the
“practical sense” of top-level soccer coaches. Sociology of Sport Journal,
26(3), 365-382.
Clemente, F., Couceiro, M. S., Martins, F. M., & Mendes, R. (2012). The
usefulness of small-sided games on soccer training. Journal of Physical
Education and Sport, 12(1), 93.
Clemente, F. M., Figueiredo, A. J., Martins, F. M. L., Mendes, R. S., & Wong, D.
P. (2016). Physical and technical performances are not associated with
tactical prominence in U14 soccer matches. Research in Sports Medicine,
24(4), 352-362.
Cobley, S., Schorer, J., & Baker, J. (2013). Identification and development of
sport talent: A brief introduction to a growing field of research and practice.
In J. Baker, S. Cobley & J. Schorer (Eds.), Talent Identification and
Development in Sport (pp. 21-30): London: Routledge.
Collet, C., Nascimento, J. V. d., Ramos, V., & Stefanello, J. M. F. (2011).
Construction and validation of a technical-tactical performance evaluation
instrument in volleyball. Revista Brasileira de Cineantropometria &
Desempenho Humano, 13(1), 43-51.
Costa, B. R. S., de Almeida, R. F., & Teoldo, I. (2015). Estudo comparativo do
comportamento tático desempenhado por jogadores de futebol das
62
categorias sub-13 e sub-15. Journal of Physical Education, 26(4), 557-
566.
D'ottavio, S., & Castagna, C. (2001). Analysis of match activities in elite soccer
referees during actual match play. The Journal of Strength & Conditioning
Research, 15(2), 167-171.
Davids, K., Araújo, D., Correia, V., & Vilar, L. (2013). How small-sided and
conditioned games enhance acquisition of movement and decision-
making skills. Exercise and Sport Sciences Reviews, 41(3), 154-161.
Dugdale, J. H., Arthur, C. A., Sanders, D., & Hunter, A. M. (2018). Reliability and
validity of field-based fitness tests in youth soccer players. European
Journal of Sport Science. 19(6),745-756.
Feltrin, Y., & Machado, D. (2009). Habilidade técnica e aptidão física de jovens
futebolistas. Revista Brasileira de Futebol, 2(1), 45-59.
Figueiredo, A., Silva, M.C., & Malina, R. (2011). Predictors of functional capacity
and skill in youth soccer players. Scandinavian Journal of Medicine &
Science in Sports, 21(3), 446-454.
Figueiredo, A. J., Gonçalves, C. E., Silva, M. J. C., & Malina, R. M. (2009).
Characteristics of youth soccer players who drop out, persist or move up.
Journal of Sports Sciences, 27(9), 883-891.
Ford, P. R., & Williams, A. M. (2012). The developmental activities engaged in by
elite youth soccer players who progressed to professional status
compared to those who did not. Psychology of Sport and Exercise, 13(3),
349-352.
Garganta, J. (2004). Conhecimento e acção nos jogos desportivos. Revista
Portuguêsa de Ciências do Desporto, 4(2), 15-102
Garganta, J., Maia, J., & Marques, A. (1996). Acerca da investigação dos fatores
do rendimento em futebol. Revista Paulista de Educação Física, 10(2),
146-158.
Garganta, J. (1997). Modelação táctica do jogo de futebol: Estudo da
organização da fase ofensiva em equipas de alto rendimento. Faculdade
de Ciências do Desporto e de Educação Física da Universidade do Porto,
Porto, 312.
63
Giacomini, D. S., & Greco, P. J. (2008). Comparação do conhecimento tático
processual em jogadores de futebol de diferentes categorias e posições.
Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, 8(1), 126-136.
Gil, S., Ruiz, F., Irazusta, A., Gil, J., & Irazusta, J. (2007). Selection of young
soccer players in terms of anthropometric and physiological factors.
Journal of Sports medicine and Physical Fitness, 47(1), 25.
Gonçalves, E., & Teoldo, I. (2013). Análise do conhecimento tático processual
de jogadores de futebol sub-13 e sub-15. Revista Mineira Educação Física
(9), 828-833.
Gonzalez, F. (1999). Influência do nível de desenvolvimento cognitivo na tomada
de decisão durante jogos motores de situação. Movimento, 5(10), 3-14.
Greco, P. J. (2007). Tomada de decisão nos jogos esportivos coletivos: o
conhecimento tático-técnico como eixo de um modelo pendular. Revista
Portuguesa de Ciências do Desporto, 7(1), 16.
Helgerud, J., Engen, L. C., Wisloff, U., & Hoff, J. (2001). Aerobic endurance
training improves soccer performance. Medicine and Science in Sports
and Exercise, 33(11), 1925-1931.
Helsen, W. F., Starkes, J. L., & Hodges, N. J. (1998). Team sports and the theory
of deliberate practice. Journal of Sport and Exercise Psychology, 20(1),
12-34.
Hoff, J., Wisloff, U., Engen, L. C., Kemi, O. J., & Helgerud, J. (2002). Soccer
specific aerobic endurance training. British Journal of Sports Medicine,
36(3), 218-221.
Höner, O., & Votteler, A. (2016). Prognostic relevance of motor talent predictors
in early adolescence: A group-and individual-based evaluation considering
different levels of achievement in youth football. Journal of Sports
Sciences, 34(24), 2269-2278.
Huijgen, B. C., Gemser, M. T. E., Lemmink, K. A., & Visscher, C. (2014).
Multidimensional performance characteristics in selected and deselected
talented soccer players. European Journal of Sport Science, 14(1), 2-10.
Jinshan, X., Matsumoto, M., Xiaoke, C., & Yamanaka, K. (1991). Analysis of the
goals in the 14º Word Cup. In A. Stibbe; J. Clarys; T. Reylly (Eds), Science
and Football II. Proceedings of the Second World Congress of Science
and Football. Eindhoven, Netherlands, 1991. London. E & F.N. Spon
64
Jovanovic, M., Sporis, G., Omrcen, D., & Fiorentini, F. (2011). Effects of speed,
agility, quickness training method on power performance in elite soccer
players. The Journal of Strength & Conditioning Research, 25(5), 1285-
1292.
Keller, B. S., Raynor, A. J., Bruce, L., & Iredale, F. (2016). Technical attributes of
Australian youth soccer players: Implications for talent identification.
International Journal of Sports Science & Coaching, 11(6), 819-824.
Kirkendall, D. R., Gruber, J. J., & Johnson, R. E. (1987). Measurement and
Evaluation for Physical Educators: Human Kinetics Publishers.
Knapp, B. (1963). Skill in sport: the attainment of proficiency: Routledge & K.
Paul.
Le Gall, F., Carling, C., Williams, M., & Reilly, T. (2010). Anthropometric and
fitness characteristics of international, professional and amateur male
graduate soccer players from an elite youth academy. Journal of Science
and Medicine in Sport, 13(1), 90-95.
Le Moal, E., Rué, O., Ajmol, A., Abderrahman, A. B., Hammami, M. A., Ounis, O.
B., Kebsi, W., & Zouhal, H. (2014). Validation of the Loughborough Soccer
Passing Test in young soccer players. The Journal of Strength &
Conditioning Research, 28(5), 1418-1426.
Little, T., & Williams, A. G. (2006). Effects of differential stretching protocols
during warm-ups on high speed motor capacities in professional soccer
players. Journal of Strength and Conditioning Research, 20(1), 203-207.
Loturco, I., Pereira, L. A., Abad, C. C. C., D'Angelo, R. A., Fernandes, V.,
Kitamura, K., Kobal, R., & Nakamura, F. Y. (2015). Vertical and horizontal
jump tests are strongly associated with competitive performance in 100-m
dash events. The Journal of Strength & Conditioning Research, 29(7),
1966-1971.
Machado, G., Gonçalves, E., & Teoldo, I. (2013). Comparação entre o
comportamento tático de jogadores de futebol das categorias sub-11 e
sub-13. Revista Mineira de Educacao Fisica, 9, 701-707.
McDermott, G., Burnett, A. F., & Robertson, S. J. (2015). Reliability and validity
of the loughborough soccer passing test in adolescent males: Implications
for talent identification. International Journal of Sports Science &
Coaching, 10(2-3), 515-527.
65
Mor, D., & Christian, V. (1979). The development of a skill test battery to measure
general soccer ability. North Carolina Journal of Health and Physical
Education, 15(1), 30.
Paul, D. J., Gabbett, T. J., & Nassis, G. P. (2016). Agility in team sports: Testing,
training and factors affecting performance. Sports Medicine, 46(3), 421-
442.
Póvoas, S. C., Castagna, C., Soares, J. M., Silva, P. M., Lopes, M. V., & Krustrup,
P. (2016). Reliability and validity of Yo-Yo tests in 9-to 16-year-old football
players and matched non-sports active schoolboys. European Journal of
Sport Science, 16(7), 755-763.
Praça, G., Soares, V., Matias, C., Teoldo, I., & Greco, P. (2015). Relação entre
desempenhos tático e técnico em jovens jogadores de futebol. Revista
Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, 17(2), 136.
Praça, G. M., Soares, V. V., Matias, C. J. A. D. S., Teoldo, I., & Greco, P. J.
(2015). Relationship between tactical and technical performance in youth
soccer players. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho
Humano, 17(2), 136-144.
Prudente, J., Garganta, J., & Anguera, M. T. (2004). Desenho e validação de um
sistema de observação no Andebol. Revista portuguesa de Ciencias do
Desporto, 4(3), 49-65.
Rampinini, E., Impellizzeri, F. M., Castagna, C., Coutts, A. J., & Wisloff, U. (2009).
Technical performance during soccer matches of the Italian Serie A
league: Effect of fatigue and competitive level. Journal of Science and
Medicine in sport, 12(1), 227-233.
Raya, M. A., Gailey, R. S., Gaunaurd, I. A., Jayne, D. M., Campbell, S. M., Gagne,
E., Manrique, P. G., Muller, D. G., & Tucker, C. (2013). Comparison of
three agility tests with male servicemembers: Edgren Side Step Test, T-
Test, and Illinois Agility Test. Journal of Rehabilitation Research &
Development, 50(7), 951-960.
Ré, A. H. N., Cattuzzo, M. T., Henrique, R. d. S., & Stodden, D. F. (2016).
Physical characteristics that predict involvement with the ball in
recreational youth soccer. Journal of Sports Sciences, 34(18), 1716-1722.
Ré, A. H., Cattuzzo, T. M., Santos, F. M., & Monteiro, C. B. (2014).
Anthropometric characteristics, field test scores and match-related
66
technical performance in youth indoor soccer players with different playing
status. International Journal of Performance Analysis in Sport, 14(2), 482-
492.
Rebelo, A., Brito, J., Maia, J., Silva, M. C., Figueiredo, A., Bangsbo, J., Malina,
R. M., & Seabra, A. (2013). Anthropometric characteristics, physical
fitness and technical performance of under-19 soccer players by
competitive level and field position. International Journal of Sports
Medicine, 34(4), 312-317.
Reilly, T., Williams, A. M., Nevill, A., & Franks, A. (2000). A multidisciplinary
approach to talent identification in soccer. Journal of Sports Sciences,
18(9), 695-702.
Rommers, N., Mostaert, M., Goossens, L., Vaeyens, R., Witvrouw, E., Lenoir, M.,
& D’Hondt, E. (2019). Age and maturity related differences in motor
coordination among male elite youth soccer players. Journal of Sports
Sciences, 37(2), 196-203.
Rosch, D., Hodgson, R., Peterson, L., Graf-Baumann, T., Junge, A., Chomiak, J.,
& Dvorak, J. (2000). Assessment and evaluation of football performance.
The American Journal of Sports Medicine, 28(5), 29-39.
Rubajczyk, K., & Rokita, A. (2015). Relationships between results of soccer-
specific skill tests and game-related soccer skill assessment in young
players aged 12 and 15 years. Trends Sport Sciences, 4(22), 197-206.
Guerra, S. R. A., Rey, E., Kalén, A., & Peñas, C. L. (2019). Age‐related physical
and technical match performance changes in elite soccer players.
Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports. (29), 1421-1427.
Sayers, M. (2000). Running techniques for field sports players. Sports Coach,
23(1), 26-27.
Seabra, A., Maia, J., & Garganta, R. (2001). Crescimento, maturação, aptidão
física, força explosiva e habilidades motoras específicas. Estudo em
jovens futebolistas e não futebolistas do sexo masculino dos 12 aos 16
anos de idade. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, 1(2), 22-35.
Silva , C. J. A. D. M., & Greco, P. J. (2010). Cognição & ação nos jogos esportivos
coletivos. Ciências & Cognição, 15(1), 252-271.
67
Silva, M. V., Ré, A. H. N., da Silva Matias, C. J. A., & Greco, P. J. (2011).
Estratégia e tática no futsal: uma análise crítica. Caderno de Educação
Física e Esporte, 10(19), 75-84.
Silva, P., Aguiar, P., Duarte, R., Davids, K., Araújo, D., & Garganta, J. (2014).
Effects of pitch size and skill level on tactical behaviours of Association
Football players during small-sided and conditioned games. International
Journal of Sports Science & Coaching, 9(5), 993-1006.
Silva, P., Duarte, R., Sampaio, J., Aguiar, P., Davids, K., Araújo, D., & Garganta,
J. (2014). Field dimension and skill level constrain team tactical behaviours
in small-sided and conditioned games in football. Journal of Sports
Sciences, 32(20), 1888-1896.
Soares, E., Matsudo, V., Ferreira, M., Figueira, A., & Leandro de Araujo, T.
(1994). Relationship among agility tests in junior high soccer players. In
Proceedings of the XIX Simposio Internacional de Ciencias do Esporte. p.
135. Sao Caetano, São Paulo: Centro de Estudos do Laboratorio de
Aptidao Fisica de Sao Caetano do Sul.
Sousa, R. B., Praça, G. M., & Greco, P. J. (2017). Avaliação de jogadores de
futebol: relação entre a capacidade aeróbica e eficácia tática. Revista
Brasileira de Futsal e Futebol, 9(33), 190-196.
Souza, P. R. (1999). Proposta de avaliação e metodologia para o
desenvolvimento do conhecimento tático em esportes coletivos: o
exemplo do futsal. I Prêmio INDESP de Literatura Esportiva, 289-340.
Teoldo, I., Garganta, J., Greco, P. J., & Mesquita, I. (2009). Princípios táticos do
jogo de futebol: conceitos e aplicação. Motriz.15(3), 657-668.
Teoldo, I., Garganta, J., Greco, P. J., Mesquita, I., & Maia, J. (2011a). Sistema
de avaliação táctica no Futebol (FUT-SAT): Desenvolvimento e validação
preliminar. Motricidade, 7(1), 69-84.
Teoldo, I., Garganta, J., Greco, P.J., Mesquita, I., Silva, B., & Müller, E. (2010).
Análise da performance táctica de futebolistas de quatro escalões de
formação. Lecturas Educacíon Física y Deportes, 15(144).
Teoldo, I., Garganta, J., Greco, P. J., Mesquita, I., & Afonso, J. (2010).
Assessment of tactical principles in youth soccer players of different age
groups. Rev Port Cien Desp, 10(1), 147-157.
68
Teoldo, I., Guilherme, J., & Garganta, J. (2015). Para um futebol jogado com
ideias: Concepção, treinamento e avaliação do desempenho tático de
jogadores e equipes. Vila Mariana: Appris editora.
Thomas, K. T., & Thomas, J. R. (1994). Developing expertise in sport: The
relation of knowledge and performance. International Journal of Sport
Psychology, 25, 295-312.
Tourinho Filho, H., & Tourinho, L. (1998). Crianças, adolescentes e atividade
física: aspectos maturacionais e funcionais. Revista Paulista de
Educação. Física, 12(1), 71-84.
Vaeyens, R., Lenoir, M., Williams, A. M., Mazyn, L., & Philippaerts, R. M. (2007).
The effects of task constraints on visual search behavior and decision-
making skill in youth soccer players. Journal of Sport and Exercise
Psychology, 29(2), 147-169.
Vaeyens, R., Malina, R. M., Janssens, M., Van Renterghem, B., Bourgois, J.,
Vrijens, J., & Philippaerts, R. M. (2006). A multidisciplinary selection model
for youth soccer: the Ghent Youth Soccer Project. British Journal of Sports
Medicine, 40(11), 928-934.
Van Maarseveen, M. J., Oudejans, R. R., Mann, D. L., & Savelsbergh, G. J.
(2016). Perceptual-cognitive skill and the in situ performance of soccer
players. The Quarterly Journal of Experimental Psychology, 1-17.
Van Rossum, J., & Wijbenga, D. (1993). Soccer skills technique tests for youth
players: construction and implications. Science and Football II, 313-318.
Vieira, L. H., Cunha, S. A., Moraes, R., Barbieri, F. A., Aquino, R., Oliveira, L. D.
P., Navarro, M., Bedo, B. L., & Santiago, P. R. (2018). Kicking
performance in young U9 to U20 soccer players: assessment of velocity
and accuracy simultaneously. Research Quarterly for Exercise and Sport,
89(2), 210-220.
Víllora, S. G.,Olivares, J. S., Vicedo, J. C. P., & Teoldo, I. (2015). Review of the
tactical evaluation tools for youth players, assessing the tactics in team
sports: football. SpringerPlus, 4(1), 663.
Visscher, C., Gemser, M. E., & Lemmink, K. (2006). Interval endurance capacity
of talented youth soccer players. Perceptual and motor skills, 102(1), 81-
86.
69
Ward, P., & Williams, A. M. (2003). Perceptual and cognitive skill development in
soccer: The multidimensional nature of expert performance. Journal of
Sport and Exercise Psychology, 25(1), 93-111.
Williams, A. M., & Reilly, T. (2000). Talent identification and development in
soccer. Journal of Sports Sciences, 18(9), 657-667.
Wilson, R. S., James, R. S., David, G., Hermann, E., Morgan, O. J., Niehaus, A.
C., Hunter, A., Thake, D., & Smith, M. D. (2016). Multivariate analyses of
individual variation in soccer skill as a tool for talent identification and
development: utilising evolutionary theory in sports science. Journal of
Sports Sciences, 34(21), 2074-2086.
Wisloff, U., Castagna, C., Helgerud, J., Jones, R., & Hoff, J. (2004). Strong
correlation of maximal squat strength with sprint performance and vertical
jump height in elite soccer players. British Journal of Sports Medicine,
38(3), 285-288.
70