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FACULDADE DE QUIRINÓPOLIS

AGRONOMIA 7° PERIODO
BIOLOGIA E MANEJO DE PLANTAS DANINHAS
PROF. ENG. AGR. MÁRCIO S. DE OLIVEIRA

CONCEITOS
Erva daninha é o termo utilizado para descrever uma planta, muitas
vezes, mas não sempre, exótica, que nasce espontaneamente em local e
momento indesejados, podendo interferir negativamente na agricultura. O
conceito é considerado por biólogos como antropocêntrico, por considerar a
utilidade das plantas para o uso humano apenas. Por sua vez, é considerado
correto para que não seja confundido com o conceito de espécie invasora, já que
muitas plantas daninhas à agricultura muitas vezes são originárias do
lugar enquanto a atividade humana, esta sim é a invasora.
Em geral, é conhecida com diferentes sinônimos, que podem ter
significado negativo: planta daninha, peste, inço, mato. Podem também aparecer
com significações positivas: planta espontânea, planta indicadora, que sugerem
uma certa possibilidade de convivência com as culturas comerciais. Entretanto,
essa conceituação pode diferir conforme a ideologia (agricultura
convencional e agricultura agroecológica) dos profissionais em ciências agrárias.

- Características mais comuns:

 Crescem rápido: usam uma alta eficiência de água;


 Excelente adaptação climática;
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 Apresentam um curto intervalo entre floração e germinação;
 Perenes, geneticamente poliploides (número de cromossomos alterados) e
facultativamente auto compatíveis (fecundar com próprio pólen);
 Apresentam estruturas para dispersão, e germinam em quase todos os
substratos úmidos sem uma fertilização específica;
 Alta dormência;
 Alta longevidade;
 Alta produção, produção contínua;
 Considerada como praga;
(Mato competição por água, nutrientes e luz).

- Tipos de Ervas Daninhas


As ervas daninhas são classificadas com base no formato das folhas, em seu
ciclo de vida e em sua preferência por um clima ou estação.

 De folhas largas ou gramíneas. As folhas das ervas daninhas têm uma


infinidade de formatos, mas as gramíneas, de folhas estreitas e longas, se
distinguem claramente, sendo que todas as demais pertencem ao grupo de
folhas largas, As ervas daninhas de folhas largas têm sementes com um par
de órgãos de armazenamento os quais, após a germinação, se transformam
nas primeiras ‘folhas’, na verdade, os cotilédones – daí o outro nome usado
com frequência: dicotiledôneas.

 As gramíneas são monocotiledôneas. Há algumas exceções nas quais uma


monocotiledônea incomum pode ter folhas largas, como as ervas daninhas
do gênero Commelina (figura a baixo), importantes região tropical. Outra
classe semelhante às gramíneas com relativamente poucos membros são os
caniços. Elas são importantes porque são difíceis de controlar. Na verdade,
a tiririca, junça ou "barba de bode" (Cyperus rotundus) já foi chamada de "pior
erva daninha do mundo".

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 Tiririca, junça ou "barba de bode": um caniço perene (Cyperus rotundus).
Anuais ou perenes. As anuais germinam, florescem e produzem sementes
em uma só estação. As perenes têm órgãos de armazenamento
subterrâneos, geralmente rizomas, que possibilitam seu crescimento por
muitos anos. Elas podem se reproduzir tanto através de sementes quanto
pela extensão do rizoma, do qual crescem plantas filhas. Um terceiro tipo
germina em uma estação e floresce na outra. São as chamadas bianuais. O
inverno as faz ‘soltar’ um ramo alto florescente.

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 Estação fria ou estação quente, etc. As ervas daninhas evoluíram para
crescer melhor em temperaturas e duração do dia específicas. Isso tende a
definir o tipo de lavoura onde são encontradas e também em que época
germinam, por exemplo, anuais de inverno ou anuais de verão. Além disso,
em climas tropicais com estações secas e chuvosas, algumas espécies
tendem a predominar mais em uma estação do que na outra. A sua doação
de pólen é carregada pelo vento, animais e insetos.
Planta daninha pode ser definida como toda planta cujas vantagens não têm
sido ainda descobertas ou como a planta que interfere com os objetivos do
homem (Fisher, 1973). Ashton & Mônaco (1991) definem planta daninha como
sendo a planta que cresce onde não é desejada. Assim, uma planta de algodão,
por exemplo, é considerada planta daninha num plantio de mamona.

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Erva_daninha
https://pt.slideshare.net/aulasdotubao/semi-reino-vegetal

HISTÓRICO
Os cientistas das plantas daninhas não são historiadores, mas se um
cientista de plantas daninhas pensar um pouco na história de seu trabalho, ele
provavelmente assume que a história é semelhante à história de outros grupos
de cientistas da área de Ciências Agrárias. No meu entender assumir esta
similaridade é um erro. Embora tenha 25 anos de experiência em Ciência das
Plantas Daninhas é evidente que o relato a seguir pode ser considerado
incompleto quando outras pessoas experientes da área o lerem. Poucos
cientistas das plantas daninhas têm pesquisado a história da Ciência das Plantas
Daninhas. Embora as histórias relatadas na literatura seja minuciosa e rica em
detalhes, todas elas estão relacionadas exclusivamente a história do controle
químico das plantas daninhas. Upchurch (1969) diz que “um enfoque para estudo
do surgimento do controle das plantas daninhas é examinar como surgiram os
primeiros herbicidas”. Ele está correto, mas é interessante observar que este
enfoque é aquele usado comumente pelas pessoas que descrevem a história da
Ciência das Plantas Daninhas. Muitos historiadores citam que os primeiros
trabalhos desenvolvidos por Boley em Dakota do Norte nos Estados Unidos da
América do Norte (USA), e praticamente todos os demais trabalhos
desenvolvidos na mesma época foram também com controle químico das
plantas daninhas.
Cada um destes homens usou soluções de sais de cobre para o controle
seletivo de plantas daninhas em cereais; e mais tarde sulfato de ferro e ácido
sulfúrico foram usados. Trabalhos subseqüentes na Europa observaram o efeito
seletivo de herbicidas a base de soluções de sais metálicos ou ácidos em
culturas de cereais. Mais recentemente as sinopses históricas apontam sempre
o surgimento do 2,4-D por Pokorny em 1941 (citado em 1941), a descoberta de
sua propriedade de regulador de crescimento (Zimmerman & Hitchcock, 1942) e
os primeiros relatos de sua ação herbicídica no campo.
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2, 4-Dichlorophenoxyacetic

O trabalho foi desenvolvido também na Inglaterra ao mesmo tempo com


o herbicida MCPA, um produto similar quimicamente ao 2,4-D (Slade et al.,
1945). O primeiro trabalho científico relatando o uso de produtos não derivados
dos fenoxiacéticos foi por Bucha e Todd (1951) que descreveram as
propriedades herbicida do herbicida orgânico monuron, que depois de
diversificaram outras feniluréias.

Quando um livro texto ou trabalho científico na área da Ciência das


Plantas Daninhas discute a história, denota-se que as plantas daninhas têm
estado com o homem desde que a agricultura começou a ser praticada pelo
homem. Smith & Secoy (1976) relatam que os efeitos maléficos das plantas
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daninhas já foram observados desde os primórdios da história do homem e cita
a evidência de enxadas e equipamentos de capina que tem sido encontrado em
épocas remotas da origem do homem. Eles também encontraram que quase
todos os livros, desde Theophrastus “(372 aC – 287 aC)”, até os tempos
modernos, têm mencionado as plantas daninhas e seus efeitos maléficos ao
homem. Não é difícil encontrar exemplos da batalha do homem com as plantas
daninhas. A parábola do semeador (Mat. 13:18-23), e outras existentes na Bíblia,
estão entre as primeiras referências. O controle das plantas daninhas tem
progredido desde o arranquio manual das plantas daninhas, que depois passou
a ser feito por ferramentas primitivas também manuais, depois por implementos
tracionados por animais. A Ciência das Plantas Daninhas e o controle planejado
das plantas daninhas começou depois da segunda Guerra Mundial com a
descoberta das propriedades herbicidas do 2,4-D.

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O Agente laranja é uma mistura de dois herbicidas: o 2,4-D e o 2,4,5-T.
Foi usado como desfolhante pelo exército dos Estados Unidos na Guerra do
Vietnã. Ambos os constituintes do Agente Laranja tiveram uso na agricultura,
principalmente o 2,4-D vendido até hoje em produtos como o Tordon. Por
questões de negligência e pressa para utilização, durante a Guerra do Vietnã,
foi produzido com inadequada purificação, apresentando teores elevados de um
subproduto cancerígeno da síntese do 2,4,5-T:
a dioxina tetraclorodibenzodioxina. Este resíduo não é normalmente encontrado
nos produtos comerciais que incluem estes dois ingredientes, mas marcou para
sempre o nome do Agente Laranja, cujo uso deixou sequelas terríveis na
população daquele país e nos próprios soldados norte-americanos.
Desta forma, esta nova Ciência das Plantas Daninhas é, e tem sido por
concepção, uma ciência pragmática. Nós somos solucionadores de problemas
que as plantas daninhas causam. Existem herbicidas depois do 2,4-D, mas
nenhum foi tão barato, efetivo, ou seletivo. Crafts (1960) descreveu um histórico
do desenvolvimento dos herbicidas citando trabalhos desde antes de 1920
quando foi descoberto que uma solução de arsenito de sódio controlava algumas
espécies de plantas daninhas de forma seletiva. No estado do Colorado (USA),
trabalhos publicados revelam a aplicação de bisulfato de carbono como
fumigante de solo para o controle uma doença (Phylloxera) causadora de
podridão de raízes em videiras. No entanto, foi observado que uma certa espécie
perene de planta daninha era controlada eficientemente por este fumigante de
solo, que subseqüentemente foi usado em áreas extensivas (mais de 300.000
acres) no estado de Idaho (EUA). Crafts (1960) também descreveu trabalhos nos
primórdios da história da Ciência das Plantas Daninhas com cloreto de sódio e
arsenito de sódio. Sendo assim, fica evidente que a história do controle das
plantas daninhas tem sido apresentada, e é entendida como a história do
controle químico.
Embora outros métodos foram amplamente utilizados. A necessidade do
controle das plantas daninhas na agricultura tem sido reconhecida desde há
muito tempo, mas a introdução de métodos de controle seletivo das plantas
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daninhas proporcionou um estímulo para o desenvolvimento de o que nós
chamamos de Ciência das Plantas Daninhas. Timmons (1970) notou que de
1860 a 1900 praticamente não existiam publicações na área de extensão rural
nos EUA relativo a plantas daninhas. Poucas outras foram incluídas até os anos
50. O assunto controle de plantas daninhas foi sempre uma parte pouco
significativa da agronomia, botânica, horticultura e fisiologia vegetal até os anos
50. Nos EUA a revista científica Weeds (agora denominada Weed Science) foi
fundada em 1951 e a Weed Science Society of America foi fundada em 1959. A
primeira revista científica européia, Weed Research, foi fundada em 1961.
Através deste breve histórico podemos observar que o conhecimento da Ciência
das Plantas Daninhas não é centrado de prestígio acadêmico, mas tem grande
praticidade para a agricultura. Nossa opinião é de que é uma ciência dominada
pelo pragmatismo.
Prof. Assoc. Pedro Jacob Christoffoleti – Material de leitura para a disciplina – LPV 5713
- Biologia de Plantas Daninhas – PPG em Fitotecnia.

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4182069/mod_resource/content/13/1%20-
%20Artigo%201%20-%20Reflexoes%20sobre%20plantas%20daninhas.pdf

(Pragmatismo é uma doutrina filosófica cuja tese fundamental é que a ideia que temos
de um objeto qualquer nada mais é se não a soma das ideias de todos os efeitos imaginários
atribuídos por nós a esse objeto, que passou a ter um efeito prático qualquer.)

ORIGEM E DANOS CAUSADOS PELAS PLANTAS DANINHAS


A Ciência que estuda as plantas daninhas ainda não tem nome definido.
Alguns autores e a Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas a
denominam Ciência das Plantas Daninhas. Outros autores a denominam
Herbologia, o qual não seria um conceito totalmente apropriado devido ao termo
herbo referir-se à erva (do hábito herbáceo – ver descrição do hábito de
crescimento no capítulo 4) e ao fato de que nem toda planta daninha apresenta
hábito herbáceo. Outros a denominam Matologia, ou seja, estudo do mato.
(LEONARDO BIANCO DE CARVALHO – 2013)
De maneira geral, planta daninha causa impacto negativo em alguma
atividade humana, seja ela agrícola, florestal, pecuária, ornamental, náutica,
produção de energia etc. Os principais impactos negativos causados por plantas
daninhas estão descritos a seguir.
1 - Redução da produtividade e do valor da terra
A presença de plantas daninhas em áreas cultivadas resulta em redução
da produtividade devido à interferência ........ causada pelas plantas daninhas.
As perdas variam conforme a espécie e podem, inclusive, inviabilizar a colheita.
Nesse sentido, dependendo da espécie e da densidade de indivíduos na área, o
valor potencial da terra pode ser reduzido. Em áreas agrícolas, espécies de difícil
controle, como tiririca (Cyperus spp.), grama-seda (Cynodon dactylon) etc.,
podem reduzir o valor da terra. Em áreas de pecuária, a presença de plantas
tóxicas, como guanxuma (Sida spp.), mio-mio (Baccharis coridifolia), maria-mole
(Senecio brasiliensis) etc., também podem reduzir o valor da terra. Em áreas de
prática de esportes náuticos e criação de peixes, a presença de altas densidades

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de plantas aquáticas, como aguapé (Eichornia crassipes), entre outras, também
pode causar o mesmo problema.

grama-seda

Guanxuma - Vassorinha

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Mio-mio; Falso alecrim

maria-mole ou Flor das Almas Guapé

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Santa Luzia (Foto: Zilmar Soares)

2 - Perda da qualidade do produto agrícola


A presença de restos vegetais de plantas daninhas, por ocasião da colheita,
além das impurezas, pode resultar em aumento no teor de água do produto,
favorecendo a ocorrência de podridão. Além disso, há a questão de
contaminação de lotes de sementes. Um exemplo é a presença de arroz-
vermelho (Oryza sativa) em lotes de sementes de arroz, entre outros, sendo que
existe Legislação específica (Decreto 24.114 de 12/04/1934) para controlar a
qualidade do lote de sementes no Brasil. Em áreas de produção de algodão e
criação de ovelhas para lã, a presença de capim-carrapicho (Cenchrus
echinatus), carrapicho-de carneiro (Acanthospermum hispidum) e picão-preto
(Bidens spp.) pode causar problemas na produção e no beneficiamento do
algodão e da lã, depreciando a qualidade do produto.

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Arroz-vermelho Capim-carrapicho

Carrapicho-de carneiro Picão preto

3- Disseminação de pragas e doenças


As plantas daninhas são potenciais hospedeiras de pragas, doenças,
nematoides, ácaros, bactérias e vírus, sendo, portanto, fonte de inóculo desses
organismos em culturas de interesse comercial. As guanxumas - Vassourinha
(Sida spp.) são hospedeiras de pulgões (Aphis spp.) e da mosca - branca
(Bemisia tabaci), vetores do mosaico dourado em culturas como feijão, soja,
algodão e outras. O leiteiro ou amendoim-bravo (Euphorbia heterohylla) é
atacado pelo vírus mosaico anão; as guanxumas (Sida spp.) são atacadas pelo
vírus mosaico crespo, doenças transmitidas pela mosca-branca. O capim
massambará (Sorghum halepense) hospeda o vírus-do-mosaico da cana-de-
açúcar. O capim-marmelada ou papuã (Urochloa plantaginea) hospeda a
bactéria da estria-vermelha da cana-de-açúcar. Outro problema potencial refere-
se aos nematoides. Muitas plantas daninhas hospedam nematoides, como:
carurus (Amaranthus spp.) que hospedam Pratylenchus brachiurus e

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Meloidogyne incognita; tiririca (Cyperus rotundus) que hospeda Meloidogyne
incognita,

Guanxuma ou Vassourinha Aphis spp

mosca - branca (Bemisia tabaci) Mosaico dourado

Amendoim-bravo Planta de Fumo com virose


Meloidogyne javanica, Pratylenchus brachiurus e Pratylenchus zeae; capim-arroz
(Echinochloa crus-galli) que hospeda Meloidogyne incognita, Pratylenchus zeae e
Pratylenchus coffea; leiteiro (Euphorbia heterophylla) que hospeda Meloidogyne
incognita e Pratylenchus coffea; entre outras.

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Raiz atacada por nematoide Nematoide

4- Maior dificuldade e custo do manejo agrícola


Logicamente, uma lavoura com alta presença de plantas daninhas é mais
difícil de ser manejada que outras com poucas plantas daninhas. Além disso, o
custo de controle das plantas daninhas acarreta aumento no custo de produção
da área. Em lavouras convencionais, há necessidade de preparo do solo mais
intenso e cultivos adicionais. Em plantio direto, o uso de herbicidas pode ser
maior. A presença de plantas daninhas, por ocasião da colheita, pode trazer
transtornos operacionais, retardando o processo de colheita e, por
consequência, aumentando as perdas e o custo de produção.
5 - Problemas com manejo e perda de água
Plantas daninhas aquáticas causam prejuízos a canais de irrigação,
represas de hidroelétricas, lagos de produção de peixes etc. A perda de água e
o consumo de oxigênio são elevados na presença de aguapé (Eichornia
crassipes), devido à alta evapotranspiração, podendo levar à morte de peixes,
diminuição da quantidade de água dos reservatórios etc. Plantas aquáticas
submersas, de difícil controle, podem causar muitos danos a hidroelétricas, pois
podem entupir grades e danificar turbinas, reduzindo a produção e o
fornecimento de energia. Outra espécie importante é a taboa (Typha
angustifolia), entre outras, cuja presença em lagos e represas limita as
dimensões do espelho d’água, causando problemas no uso da água.
6 - Danos à vida e à saúde do ser humano
Nas atividades agrícolas, plantas com espinhos (Solanum viarum (Joá),
Acacia plumosa (Monjoleiro), etc.) ou com diásporos dotados de estruturas
pontiagudas (Cenchrus echinatus (Timbete), Bidens pilosa (Picão pretoetc.),
plantas tóxicas ou irritantes (Conium maculatum (Salsão Bravo), Ricinus
communis (Mamona), Mucuna pruriens (Feijão selvagem), etc.), entre outras,
podem trazer transtornos na colheita manual e outras atividades de manejo
agrícola. Além disso, em meio às plantas daninham podem ficar alojados animais
peçonhentos, expondo o ser humano a perigos quando estiver exercendo
alguma atividade de manejo.
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Taboa Represa em assoreamento por vegetais

Joá Monjoleiro

Feijão Selvagem

7 - Danos a outras áreas de atividade humana


A presença de plantas daninhas em outras áreas de interesse humano,
não-agrícolas, também se constitui em sério problema, sendo que muitos dos
aspectos negativos já discutidos podem ocorrer em áreas como jardins, parques,

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campos de futebol, terrenos-baldios, beira de rodovias e ferrovias, gramados e
outras áreas urbanas etc.
ASPECTOS POSITIVOS
A presença de plantas daninhas como cobertura vegetal traz efeitos
benéficos ao solo, podendo melhorar a estruturação do solo, manter a umidade
e evitar a perda de água por evaporação, diminuir o potencial de escorrimento
superficial (reduzindo a erosão) etc. Além disso, as plantas daninhas podem
hospedar inimigos naturais de alguma praga ou patógeno da cultura de
interesse, favorecendo o controle biológico natural. Outra maneira de se utilizar
de algum benefício da presença de plantas daninhas pode ser através do seu
uso em ornamentação (cordas-de-viola – Ipomoea spp. e Merremia spp. são
usadas como trepadeiras) ou na farmacologia. Muitas plantas daninham
apresentam propriedades medicinais, como flor-das-almas (Senecio
brasiliensis), mamona (Ricinus communis), melão-de-são-caetano (Momocardia
charantia), mentruz (Lepidium virginicum), fedegoso (Senna obtusifolia), entre
muitas outras. Algumas plantas daninhas são usadas, ainda, na alimentação
humana e/ou animal. É o caso de carurus (Amaranthus spp.), jitirana (Merremia
spp.), trevos (Trifolium spp.), azevém (Lolium multiflorum) etc. No caso do caruru,
há, inclusive, plantações para colheita de grãos, sendo, portanto, nesse caso,
uma planta cultivada.
(http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/fitossanidade/leonardobian
codecarvalho/livro_plantasdaninhas.pdf)

jitirana (Merremia spp.) Jitirana Cabeluda

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Azevém (Lolium multiflorum) - Joio

CLASSIFICAÇÃO
-QUANTO AO GRUPO DE PLANTAS

a) Folhas largas – são plantas com limbo foliar largo e nervação peninérvea, incluindo as
eudicotiledôneas;

b) Folhas estreitas – são plantas com limbo foliar estreito e nervação paralelinérvea,
incluindo as monocotiledôneas.

-QUANTO AO HABITAT

As plantas daninhas podem apresentar hábito terrestre ou aquático, sendo assim classificadas
como plantas terrestres e plantas aquáticas, respectivamente. Podem ainda desenvolver-se
tanto no solo quanto na água, sendo, assim, classificadas como plantas daninhas indiferentes
(caso do arroz-vermelho – Oryza sativa). As plantas terrestres podem ainda ser classificadas
como plantas de baixada, ou seja, adaptadas a solos úmidos e com alto teor de matéria orgânica
(sete-sangrias – Cuphea carthaginensis, tripa-de-sapo – Alternanthera philoxeroides etc.). Há
diversas classificações sobre as plantas daninhas aquáticas. As plantas daninhas aquáticas serão
divididas em quatro grandes grupos:

-plantas marginais (de talude);-algas (unicelulares e pluricelulares);-plantas submersas;-


macrófitas (flutuantes livres, flutuantes ancoradas e emergentes), como a seguir:

a) Marginais (ou de talude) – ocorrem às margens de corpos d’água (capim-fino – Urochloa


purpurascens, tiririca – Cyperus spp. etc.);
b) Emergentes – ocorrem em locais com lâmina d’água estreita, com as folhas acima da
superfície e as raízes ancoradas ao fundo do corpo d’água (capim-arroz – Echinochloa spp., taboa
– Typha angustifolia etc.);
c) Flutuantes livres – ocorrem com as folhas na superfície e as raízes não ancoradas ao fundo do
corpo d’água (aguapé – Eichornia crassipes, alface-d’água – Pistia stratiotes, salvínia – Salvinia
auriculata etc.);
d) Flutuantes ancoradas – ocorrem com as folhas na superfície e as raízes ancoradas ao fundo
do corpo d’água (vitória-régia – Victoria amazônica, sagitária – Sagittaria spp. etc.);
e) Submersas livres – ocorrem com as folhas abaixo da superfície e as raízes não ancoradas ao
fundo do corpo d’água (algas verdes);
f) Submersas ancoradas – ocorrem com as folhas abaixo da superfície e as raízes ancoradas ao
fundo do corpo d’água (elódea – Egeria densa, pinheirinho-d’água – Myriophyllum aquaticum
etc.).

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-QUANTO AO HÁBITO DE CRESCIMENTO

Quanto ao hábito de crescimento, as plantas daninhas podem ser classificadas como:

a) Herbáceas – são plantas de pequeno porte, eretas ou prostradas; em geral, apresentam caules
ou colmos não lignificados. Constituem a maioria das plantas daninhas de importância agrícola.
São exemplos: mentrasto (Ageratum conyzoides), caruru (Amaranthus spp.), espérgula
(Spergula arvensis), gramíneas, ciperáceas (substantivo feminino plural Família de plantas
monocotiledôneas do porte das gramíneas, mas de caule cheio e sem nós. (Ex.: junça,
carriço, junco.)), entre outras;

Ciperácias; Papiro Egipcio Capim Barba de Bode

b) Arbustivas e Subarbustivas – são plantas de médio porte, com caule lignificado e ramificado
desde a base. Constituem algumas plantas daninhas importantes em plantio direto,
reflorestamento e pastagem. São exemplos de plantas daninhas subarbustivas: cheirosa (Hyptis

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suaveolens), fedegoso (Senna obtusifolia), entre outras. Fruta-de-lobo, lobeira (Solanum
lycocarpum), por sua vez, é exemplo de planta daninha arbustiva;

Cheirosa, meloso (Hyptis suaveolens) fedegoso (Senna obtusifolia

lobeira (Solanum lycocarpum)

c) Arbóreas – são plantas eretas de grande porte, com caule lignificado e ramificações acima da
base do caule. Constituem algumas espécies importantes em áreas de reflorestamento e
pastagem. A embaúba (Cecropia peltata) é um exemplo de planta daninha arbórea;

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d) Trepadeiras – são plantas que crescem sobre outras, utilizando-as como suporte. Podem ser
divididas em:

Volúveis – sobem por enrolamento, como a corda-de-viola (Ipomoea spp.), o cipó-de-viado


(Polygonum convolvulus) etc.;

corda-de-viola (Ipomoea spp.) cipó-de-viado (Polygonum convolvulus)

Cirríferas – prendem-se por meio de gavinhas, como o balãozinho (Cardiospermum


halicacabum), o melão-de-são-caetano (Momocardia charantia) etc.;

balãozinho (Cardiospermum halicacabum) melão-de-são-caetano (Momocardia charantia

e) Parasitas – plantas que se utilizam dos fotoassimilados da planta hospedeira. Parasitas da


parte aérea podem ser holoparasitas (não contém clorofila e vivem exclusivamente do
parasitismo, como o cipó-chumbo – (Cuscuta racemosa) e hemiparasitas (contém clorofila,
fazem fotossíntese, mas parasitam o hospedeiro, como a erva-de-passarinho – (Struthanthus
spp.). Parasitas do sistema radicular não foram registradas no Brasil, mas as mais comuns são a
erva-de-bruxa (Striga spp.) e a orobanche (Orobanche spp.);

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cipó-chumbo – (Cuscuta racemosa) erva-de-passarinho – (Struthanthus spp.

f) Epífitas e Hemiepífitas – são plantas de hábito semelhante ao das parasitas, porém


não utilizam os fotoassimilados da planta sobre a qual se desenvolve.
Epífita
Enquadram-se nesta categoria as espécies que completam todo o seu ciclo de vida
sobre uma planta hospedeira. Como sabemos as epífitas não parasitam a planta
utilizada como suporte. Entre as epífitas existem as formas de crescimento reptante
(rasteira-baixa), rosulada (folhas próximas) e pendente. Orquideaas.

Hemiepífita
As hemiepífitas se caracterizam pelo desenvolvimento sobre outras plantas durante boa
parte de sua existência. Podem originalmente estarem conectadas com o solo e depois
subir no forófito (que serve de suporte) ou vice-versa. Anturios

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-QUANTO AO CICLO DE VIDA

Quanto ao ciclo: Anuais, bienuais, perenes:

Anuais: germinam, desenvolvem, florescem, produzem sementes e morrem dentro de um ano.


Propagam por frutos e sementes. Melhor época de controle - antes de produzir sementes. Ex.:
carurú (Amaranthus hibridus);

Bianuais: plantas cujo completo desenvolvimento se dá em 2 anos. No primeiro germinam e


crescem. No segundo, p

roduzem flores, frutos, sementes e morrem. Devem ser combatidas no 1º ano. Podem ser anuais
em uma região e bianuais em outra. Ex.: Rubim (Leonurus sibiricus), flor das almas, carrapichão.

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Carrapição - Triumfetta bartramia

Cordão de frade - Rubim (Leonurus sibiricus)

Perenes (ou vivazes): podem dar flores e frutos durante anos consecutivos. Reproduzem por
sementes e por meios vegetativos. São melhor controladas através de herbicidas sistêmicos
pois, sistema mecânico de controle fazem com que se multipliquem ainda mais através de suas
partes vegetativas. Ex.: guaxuma ou vassourinha (Sida rhombifolia).

Dentro das perenes, tem-se:

Perenes simples – reproduzem apenas por sementes. De fácil controle. Ex.: Guanxuma,
cuscuta ou cipó chumbo.

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Perenes complexas – órgãos subterrâneos, superficiais. Ex. grama seda, sapé.

Perenes rizomatosas - produzem caule subterrâneo (rizoma) que se propaga e se


reproduz à certa distância da planta mãe. Controle através de herbicida sistêmico. Ex.:
capim massambará (Sorghum halepense).

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Perenes estoloníferas - produzem estólons, os quais emitem nós e daí raízes e a nova
planta. Ex.: capim angola (Brachiaria purpuracens).

Perenes tuberosas - reproduzem basicamente por tubérculos (ou batatinhas). Ex.:


tiririca (Cyperus rotundus).

Lenhosas: perene, de porte maior. Infestam normalmente pastagens. Ex.: assa-peixe


(Vermonia ferruginea).

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- TAXONÔMICA
Ciência que lida com a descrição, identificação e classificação dos organismos,
individualmente ou em grupo, quer englobando todos os grupos (biotaxonomia) de
grande importância e eficiência, quer se especializando em algum deles, como ocorre
no caso da fitotaxonomia e da zootaxonomia.
http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/fitossanidade/leonardobiancodecarvalh
o/livro_plantasdaninhas.pdf
Como citado anteriormente, a classificação taxonômica é a mais importante, tendo
intuito de identificar corretamente as espécies de plantas daninhas para que se possa
escolher a melhor estratégia de controle das plantas daninhas que compõem as
comunidades infestantes. A classificação taxonômica baseia-se no agrupamento de
plantas com características semelhantes.
Essas características podem ser apenas morfológicas (Morfologia vegetal é a parte da
Botânica que estuda as formas e estruturas dos organismos vegetais.) (sistemas de
Engler-Wettstein e Cronquist) ou mesmo filogenéticas (Em biologia, filogenia (ou
filogênese) é o estudo da relação evolutiva entre grupos de organismos (por exemplo,
espécies, populações), que é descoberto por meio de sequenciamento de dados
moleculares e matrizes de dados morfológicos.) (sistema APG). Ainda hoje, o sistema
mais usado é o de Cronquist, porém a adoção ao sistema APG tem sido crescente,
principalmente entre os botânicos.
O sistema de Cronquist é um antigo sistema de classificação para as plantas com flor
(angiospermas). Este sistema foi desenvolvido por Arthur Cronquist (1919-1992). O
sistema de Cronquist coloca as plantas com flor em duas classes amplas,
monocotiledóneas e dicotiledóneas. As ordens relacionadas estão colocadas em
subclasses.
O esquema ainda é bastante utilizado, tanto na sua forma original ou em versões
adaptadas, mas muitos botânicos estão a adoptar a classificação Angiosperm
Phylogeny Group (APG) para as ordens e famílias das plantas com flor: APG O sistema
APG III um sistema de taxonomia vegetal moderno utilizado na classificação de plantas
com flor. Foi publicado em 2009 pelo Angiosperm Phylogeny Group (APG).

O sistema de Cronquist começou a ser descrito em 1968, sendo publicado pela primeira
vez em 1981. O sistema APG é mais recente, surgindo em 1998, sendo sucedido pelo
sistema APG II (2003) e APG III (2009). As diferenças entre os sistemas não serão
30
tratadas nesta obra, pois não é objeto de estudo. O fato é que o sistema APG envolve
estudos avançados em genética, sendo que a diferenciação entre famílias e espécies
não é feita baseada em características morfológicas, o que torna o sistema muito pouco
usual, ou praticamente não usual, em condições de campo (onde é necessário para o
estudo e identificação das plantas daninhas).
Além disso, a classificação filogenética passou a agrupar algumas plantas
morfologicamente tão diferentes na mesma família, que torna a diferenciação a campo
muito difícil, como é o caso do caruru (Amaranthus spp.) e da beterraba (Beta vulgaris).
No caso específico das plantas daninhas, a identificação, na quase totalidade das vezes,
ocorre baseada em características morfológicas e, principalmente, através de
comparações visuais com outras plantas previamente identificadas por meio de fotos,
exsicatas (Exsicata é uma amostra de planta prensada e em seguida seca numa estufa
(herborizada), fixada em uma cartolina de tamanho padrão acompanhadas de uma
etiqueta ou rótulo contendo informações sobre o vegetal e o local de coleta, para fins de
estudo botânico.), imagens etc.
Para alguns gêneros podem ser encontradas chaves dicotômicas; para outros, alguns
trabalhos auxiliam na identificação, sugerindo diferenças que vão desde diferenciação
na morfologia de folhas, flores e mesmo frutos e/ou diásporos. (Em botânica, diáspero é
uma unidade de dispersão das plantas composta por
uma semente ou esporo mais quaisquer tecidos adicionais que ajudem à dispersão).
Portanto, a diferenciação por meio de características morfológicas predomina na
identificação das espécies de plantas daninhas, embora também se possa adotar a
classificação (não a identificação) em APG III.
O mais usual, ainda, é dividir as plantas daninhas em duas Classes, segundo o sistema
de Cronquist: Magnoliopsida (eudicotiledôneas) e Liliopsida (monocotiledôneas). A
partir da Classe, a classificação em Ordem e Família é feita, muitas vezes, e
dependendo do pesquisador, tanto em Cronquist como em APG III. Resumindo, não há
consenso para esse tipo de classificação das plantas daninhas.
Também é comum, destacar, dentro das monocotiledôneas, as plantas daninhas
ciperáceas (Significado de Ciperáceas. substantivo feminino plural Família de plantas
monocotiledôneas do porte das gramíneas, mas de caule cheio e sem nós. (Ex.: junça,
carriço, junco.), em função da diferença e da dificuldade de controle dessas plantas em
relação às outras monocotiledôneas.
Seguindo a classificação, o que mais importa para o estudioso de plantas daninhas é
identificar a Espécie para adotar a melhor estratégia de controle; quando não for
possível, ao menos o Gênero. Muitas vezes, a identificação da espécie é difícil em
função da plasticidade (que pode ser moldada) fenotípica das plantas daninhas.
Diferenças morfológicas muitas vezes não expressam espécies distintas, sendo apenas
expressão da adaptação da planta a diferentes ambientes, o que pode confundir o
identificador. Além disso, há variabilidade genética muito grande em populações de
plantas daninhas, o que, com o fluxo gênico, permite, ainda, o surgimento de biótipos
realmente diferentes.
Há ainda a questão da existência de subespécies, o que não está totalmente esclarecido
pela comunidade científica. Enfim, a questão da classificação taxonômica e identificação
correta das espécies de plantas daninhas é, ainda, problemática, porém se busca, da
melhor maneira, identificar corretamente a planta daninha, analisando características
ecobiológicas (principalmente tipo de reprodução e ciclo de vida) e morfológicas
(principalmente as estruturas de reprodução sexuada e assexuada), para que se possa
traçar a melhor estratégia para seu controle. Na lista a seguir estão listadas algumas
das principais espécies de plantas daninhas que ocorrem no Brasil, divididas nas

31
Classes das eudicotiledôneas (Magnoliopsida) e das monocotiledôneas (Liliopsida) e
subdivididas em Famílias.
RECORDANDO
A classificação básica dos seres vivos é, em ordem decrescente:
Reino;
Filo;
Classe;
Ordem;
Família;
Gênero;
Espécie.
Em muitos casos, há tantas especializações que esta classificação não é suficiente.
Por isso foram criadas algumas subdivisões dentro de ordem, classe, e espécie.

32
Classificação do Reino Vegetal

O Reino Vegetal é composto de plantas vasculares (pteridófitas, gimnospermas e


angiospermas) que possuem vasos condutores de seiva, e plantas
avasculares (briófitas), destituídas desses vasos.

Briófitas

Briófitas

As briófitas são plantas de pequeno porte que não recebem luz direta do sol, uma vez que
habitam locais úmidos, por exemplo, os musgos.
A reprodução desse grupo ocorre através do processo de metagênese, ou seja, possui uma fase
sexuada, produtora de gametas, e outra assexuada, produtora de esporos.
Ademais, não possuem vasos condutores de seiva, o que as torna distintas dos outros grupos
vegetais. Sendo assim, o transporte de nutrientes ocorre mediante um processo vagaroso de
difusão das células.

Pteridófitas

As pteridófitas apresentam mais variedade que as briófitas. Elas são plantas que, em
sua maioria, são terrestres e habitam locais com grande umidade. Alguns exemplos
desse grupo: samambaias, avencas e xaxins.
Apresentam vasos condutores de seiva, raiz, caule e folhas e, da mesma maneira que
as briófitas, a reprodução desses vegetais ocorre mediante uma fase sexuada e outra
assexuada.
Quando o caule das pteridófitas é subterrâneo, denomina-se de rizoma. Já
as epífitas são plantas que se apoiam em outras plantas, todavia, sem causar-lhes
danos, como as samambaias e os chifres-de-veado.

33
Chifre-de-veado

Gimnospermas

Araucária
34
O grupo das gimnospermas é composto por uma grande variedade de árvores e
arbustos de diversos portes.
São plantas vasculares (presença de vasos condutores de seiva), que possuem raiz,
caule, folha e sementes. Alguns exemplos de gimnospermas: sequoias, pinheiros,
araucárias, dentre outras.
A reprodução das Gimnospermas é sexuada. A fecundação ocorre nos órgãos femininos
pelo pólen, que é produzido pelos órgãos masculinos e transportado com o auxílio da
natureza através de vento, chuva, insetos e pássaros.
O que as difere do grupo das Angiospermas são principalmente suas sementes, visto
que apresentam as chamadas sementes nuas, ou seja, não envolvidas pelo ovário.

Angiospermas

Angiospermas

As angiospermas são plantas vasculares, ou seja, possuem vasos condutores. Elas


habitam diferentes ambientes e representam um grupo muito variado, composto de
vegetais de pequeno e grande porte.

As angiospermas caracterizam o maior grupo do reino vegetal, com aproximadamente


200 mil espécies.
São distintas das Gimnospermas na medida em que suas sementes são guardadas no
interior do fruto. Sua reprodução é sexuada e a fecundação ocorre com a presença do
pólen masculino.

35
Lista de algumas plantas daninhas de importância

Classe Magnoliopsida (eudicotiledôneas)


Magnoliopsida é a designação de uma classe de angiospérmicas, isto é, de plantas com
flor. Este termo é utilizado muitas vezes como sinonimo de dicotiledónea, dependendo
do sistema de classificação utilizados. Esta classe encontra-se associada às
dicotiledóneas, sendo por isso uma designação muito inclusiva, que varia consoante a
classificação utilizada.
Esta classe divide-se em 6 subclasses sendo o clado magnoliids uma delas. Esta classe
não se encontra definida no sistema APG, visto este sistema não classificar os
espécimes acima da ordem. (Em cladística, um clado (do grego klados, ramo) ou ramo
é um grupo de organismos originados de um único ancestral comum exclusivo. Em
biologia se chama clado cada um dos ramos da árvore filogenética. Por conseguinte
um clado é um grupo de espécies com um ancestral comum exclusivo).
A classe Magnoliopsida reúne mais de 250000 espécies, tornando-o num dos maiores
e mais diversos grupos de plantas com flor, no entanto, este grupo não é considerado
monofilético, não sendo por isso reconhecido como um grupo filogenético natural. (Em
biologia, filogenia (ou filogênese) é o estudo da relação evolutiva entre grupos de
organismos (por exemplo, espécies, populações), que é descoberto por meio de
sequenciamento de dados moleculares e matrizes de dados morfológicos).
A designação Magnoliopsida vem da relação que os membros desta classe possuem
com o género Magnolia, pois estas apresentam características que as tornam
semelhantes.
REINO: Plantae
FILO: Magnilophyta
CLASSE: Magnoliopsida
A maioria dos indivíduos pertencentes a classe Magnoliopsida possui um porte arbóreo
ou arbustivo, com presença de lenhina e crescimento secundário.
Além de árvores e arbusto, estes indivíduos também podem ser herbáceas, lianas,
epífitas, aquáticas e parasitas entre outras. Muitos destes indivíduos são anuais ou
bianuais, podendo por isso ser caducifólios ou perenes, consoante as espécies. A sua
dimensão pode variar de alguns centímetros até vários metros de altura.
Os embriões pertencentes a esta classe possuem pelo menos dois cotilédones, o que
os torna dicotiledóneas. O seu sistema radicular é composto por uma raiz principal,
podendo ser acompanhada por um conjunto de raízes adventícias.
As suas folhas são geralmente simples, com forma pinada ou palmada, segundo a
espécie, apresentando geralmente uma venação paralela. No entanto, nem sempre
surgem folhas com estas características.
A corola é formada por um número definido de partes, geralmente os membros do
perianto surgem em número de 5, podendo ocorrer variações desse número.
As pétalas podem ser distintas ou indistintas das sépalas, surgindo numa grande gama
de colorações, como forma de atrair os insetos polinizadores. O odor podem também
estar presente, normalmente adocicado, muitas vezes característico da espécie.
O pólen destes indivíduos apresenta 3 poros, com exceção de algumas famílias mais
primitivas. O formato e o tipo de frutos produzido variam consoante o género e a espécie.
http://knoow.net/ciencterravida/biologia/magnoliopsida-classe/

36
Família Amaranthaceae
Amaranthaceae é uma família do Reino Plantae pertencente às angiospérmicas e à
ordem Caryophyllales Juss. ex Bercht. & J.Presl.[1] Estão incluídas nas Eudicotiledônias, que
possuem como principal característica o desenvolvolvimento de dois ou mais cotilédones.
Possuí cerca de 180 gêneros, compostos por aproximadamente 2000 espécies distribuídas
por todo o planeta, com predominância em regiões tropicais e subtropicais.

Ex.:

tripa-de-sapo Alternanthera philoxeroides


Caruru - Amaranthus deflexus; Amaranthus hybridus; Amaranthus lividus; Amaranthus
retroflexus; Amaranthus spinosus; Amaranthus viridis.

Apaga-fogo - Alternanthera tenella Caruru - Amaranthus sp

Rabo de burro Suspiro - Celosia cristata


Família Asteraceae
Asteraceae é uma família botânica pertencente a ordem Asterales, um dos membros
das eudicotiledôneas. Também conhecidas por Compositae ou compostas, são uma
das famílias com maior número de espécies entre as Angiospermas. Muitas espécies
são usadas no cultivo devido ao seu valor biológico, e alguns representantes dessa
família são o absinto (Artemisia absinthium), a alface (Lactuca
sativa), o girassol (Helianthus), o crisântemo (Chrysanthemum sp.), a margarida (Bellis
37
perenis), entre muitas outras. Elas encontram-se em regiões tropicais, subtropicais e
temperadas, vegetando nos mais diversos habitats.
Ex.:

carrapicho-de-carneiro Acanthospermum australe Acanthospermum hispidum

mentrasto Ageratum conyzoides

osna-do-campo Ambrosia elatior

38
Anbrosia grupo das losnas ou losma
Ambrosia polystachya
Ambrosia tenuifolia artemísia
Artemisia verlotorum

falso-mio-mio Aster squamatus

Família Baccharis

Carqueija

39
Sinônimo: Baccharis montevidensis e Eupatorium montevidense
Mio-mio, vassourinha, Falso alecrim
Espécie tóxica, infestante em pastagens. A intoxicação ocorre em animais provenientes
de outras regiões que não conhecem a planta. Surge apenas em solos rasos e firmes.
Preferem terrenos que, na estação das chuvas, estaguinam água, do subsolo até a
superfície, mas que na época de estiagem, são muito secos. Dependem da pobreza do
solo em molibdênio. Roçando-se a vassourinha com roçadeira de ferro ou faca sem fio,
aumenta a infestação. Tem um agente tóxico mortal para o gado.

carqueja Baccharis articulata Baccharis trimera mio-mio Baccharis coridifolia


vassoureira Baccharis dracunculifolia assa-peixe Baccharis trinervis picão -preto Bidens
alba Bidens pilosa Bidens subalternans erva -palha Blainvillea biaristata Blainvillea
rhomboidea cardo Cirsium arvense Cirsium vulgare buva Conyza bonariensis Conyza
canadensis Conyza sumatrensis erva -botão Eclipta Alba Eclipta prostrata erva -de -
veado Elephantopus mollis falsa -serralha Emilia coccínea Emilia sonchifolia mata -
pasto Eupatorium laevigatum Eupatorium macrocephalum Eupatorium maximilianii

40
Eupatorium pauciflorum Eupatorium squalidum picão -branco Galinsoga parviflora
Galinsoga quadriradiata macela Gnaphalium pensylvanicum Gnaphalium purpureum
Gnaphalium spicatum almeirão -do -campo Hypoch aeris brasiliensis Hypochaeris
radicata botão -de -ouro Jaeria hirta botão -de -ouro Melampodium paniculatum botão -
de -ouro Siegesbeckia orientalis losna -branca Parthenium hysterophorus verbasco
Pterocaulon lanatum Pterocaulon virgatum flor -das -almas Senecio brasiliensis erva -
de -lagarto Solidago chilensis serralha Sonchus asper Sonchus oleraceus agriãozinho
Synedrellopsis grisebachii dente-de-leão Taraxacum officinale erva-de-touro Tridax
procumbens assa-peixe Vernonia ferruginea Vernonia nudiflora Vernonia polyanthes
Vernonia scorpioides carrapichão Xanthium strumarium.

Família Bignoniaceae
Bignoniaceae é uma família que inclui árvores, arbustos e lianas, com
aproximadamente 110 gêneros e 800 espécies. Possui vasta distribuição, nas regiões
tropicais e subtropicais, sendo pouco frequente nos subtrópicos. Os maiores gêneros
são Handroanthus, com 100 espécies, Arrabidaea, com 70 espécies, Adenocalymma,
com 50 espécies e Jacaranda, com 40 espécies. Suas flores são polinizadas por
abelhas, vespas, borboletas, mariposas, pássaros e morcegos, e as sementes são
dispersadas principalmente pelo vento (GENTRY, 1980). E, ainda, são muito utilizadas
como plantas ornamentais: espécies dos gêneros Spathodea, Campsis, Pyrostegia
e Tabebuia.
Ex.:

amarelinho Tecoma stans

41
Ipé amarelo – Handroanthus sp Dolichandra unguis - Unha de Gato
Mostarda Brassica rapa
Sinapis arvensis

Mentruz Coronopus didymus nabiça Raphanus raphanistrum

Mastruz Lepidium virginicum


Raphanus sativus

Família Caryophyllaceae
A família botânica das Caryophyllaceae, conhecida geralmente por suas espécies
ornamentais, tais como cravos(Dianthus), ou outras cariofiláceas silvestres, é
constituída por plantas Eudicotiledónea da ordem Caryophyllales. É constituída por 91
gêneros e aproximadamente mais de 2200 espécies.
É uma família facilmente identificável de ervas, arbustos ou subarbustos, anuais,
bianuais ou vivazes. Geralmente monoicas; caules prostrados (rasteiro), ascendentes
ou eretos, geralmente nós intumescidos (inchado, avolumado); ramos pilosos ou glabros
(sem pelos); rizomas às vezes presente. (Plantas monoicas são aquelas que
apresentam ambos os sexos no mesmo indivíduo, porém em flores separadas. Uma flor
só com estrutura masculina e outra flor com estrutura apenas
feminina. Plantas hermafroditas apresentam ambos os sexos na mesma flor. A flor
produzida terá estruturas femininas e masculinas),

42
alfinete-da-terra Silene gallica espérgula Spergula arvensis
erva-de-passarinho Stellaria media

Família Chenopodiaceae
Chenopodioideae é uma subfamília botânica da família Amaranthaceae.

ançarinha-branca Chenopodium album


43
Família Convolvulaceae
Convolvulaceae (ou convolvulácea) é uma família pertencente à ordem Solanales,
família da batata-doce, dentro do clado das Angiospermas (plantas com flores). As
espécies desta família são frequentemente reconhecidas pelas suas flores em forma de
cone e por se apresentarem como trepadeiras sem gavinhas, com frequência
rizomatosas, como ervas ou subarbustos. A família possui distribuição cosmopolita
(Um cosmopolita ou cidadão do mundo é uma pessoa, indivíduo que deseja
transcender), sendo menos diversas em regiões de clima frio, compreendendo
aproximadamente 58 gêneros e mais de 1900 espécies.
corda-de-viola Ipomoea acuminata Ipomoea grandifolia Ipomoea hederifolia Ipomoea nil
Ipomoea purpurea Ipomoea quamoclit Ipomoea ramosissima Merremia aegyptia
Merremia cissoides

Merremia dissecta
Família Cucurbitaceae
Cucurbitaceae é uma família de plantas eudicotiledôneas fabídeas, de haste
rastejante, rupícolas ou terrícolas, frequentemente com gavinhas de sustentação, que
reúne cerca de mil espécies entre as quais várias domesticadas e de grande importância
econômica tais como abóbora, melão, melancia, bucha, cabaça
(cuia), abobrinha, pepino, etc.
As plantas dessa família podem ser dióicas (é a designação dada
em botânica e micologia às espécies em que os sexos se encontram separados em
indivíduos diferentes) ou monóicas (uma espécie em que cada indivíduo
apresenta órgãos sexuais dos dois sexos. As estruturas reprodutoras também podem
receber essa denominação) e a maioria são anuais, ou seja, morrem depois de se
reproduzirem.

44
Possuem uma ampla distribuição global, mas ocorrem principalmente nos trópicos e
subtrópicos.
Os frutos desta família são do tipo perônio (abobora, bucha, pepino, melancia), às vezes
referidos como pseudobagas.
melão-de-são-caetano Momocardia charantia

Família Euphorbiaceae

erva-de-santa-luzia Chamaesyce hirta gervão Croton glandulosus

quebra-pedra Phyllanthus niruri leiteiro Euphorbia heterophylla


Croton lundianus Phyllanthus tenellus mamona Ricinus communis.

Família Fabaceae
Caesalpinioideae e Mimosoideae. A existência de dois nomes igualmente válidos para a
família - Leguminosae e Fabaceae - se deve à possibilidade de uso de nomes alternativos
consagrados em algumas famílias botânicas, regra prevista no Código Internacional de
Botânica. Houve durante certo tempo uma confusão a respeito de se tratar o grupo como
uma única família (Leguminosae/Fabaceae) composta por três subfamílias
45
(Faboideae/Papilionoideae, Mimosoideae e Caesalpinioideae) ou ainda como três famílias
separadamente (Fabaceae, Mimosaceae e Caesalpiniaceae). Atualmente os sistemas que
trazem as três subfamílias como famílias separadas estão em desuso e os nomes
Fabaceae, Mimosaceae e Caesalpiniaceae devem ser evitados. Estudos morfológicos,
moleculares e filogenéticos recentes suportam a hipótese de que Fabaceae é
monofilética,[10] indicando que seria mais apropriadamente tratada como uma única família.
As leguminosas ocorrem em quase todas as regiões do mundo, exceto nas
regiões árticas e antárticas e em algumas ilhas. A família é considerada como a de maior
riqueza de espécies arbóreas nas florestas neotropicais, além de haver grande número de
táxons endêmicos nesta região. Alguns ecossistemas brasileiros, como a floresta amazônica
e o cerrado, são centros de diversidade para o grupo e muitas das espécies que são
exclusivas destes ambientes. No Brasilocorrem cerca de 222 gêneros e 2822
espécies, sendo mais da metade delas são endêmicas. Juntamente com cereais, alguns
frutos e raízes tropicais, um número elevado de Fabaceae tem sido utilizado como alimento
humano há mais de um milênio e a utilização dessas plantas está intimamente relacionada
com a evolução humana. Diversas plantas alimentícias podem ser citadas como: Glycine
max (soja), Phaseolus vulgaris (feijão), Pisum sativum (ervilha), Cicer arietinum (grão-de-
bico), Medicago sativa (alfafa), Arachis hypogaea (amendoim) entre outras.
Uma das hipóteses de surgimento do nome do Brasil relaciona o nome do país à árvore pau-
brasil (Caesalpinia echinata), que é uma árvore nativa da Mata Atlântica, pertencente à
família Fabaceae e à subfamília Caesalpinioideae.

fedegoso Senna obtusifolia Senna occidentalis

arranha-gato Acacia bonariensis Acacia plumosa

46
leucena Leucena leucocephala dormideira Mimosa pudica

guiso-de-cascavel Crotalaria incana pega-pega Desmodium incanum


Crotalaria lanceolata Crotalaria micans Crotalaria pallida Crotalaria spectabilis
Desmodium tortuosum soja-perene Glycine wightii anileira Indigofera hirsuta Indigofera
truxillensis meladinha Stylosanthes guianensis Stylosanthes viscosa trevo-vermelho
Trifolium pratense trevo-branco Trifolium repens tojo Ulex europaeus
Família Lamiaceae
A família botânica das Lamiaceae (antiga Labiatae, Adanson - ou Labiadas, Lamiales) é
a 7ª maior família de plantas com flores, compreende atualmente conforme a APG, de 236
a 258 gêneros e de 6970 a 7193 espécies, subdividida em 7 subfamílias. São arbustos,
ervas e raramente árvores. A maioria das plantas desses grupo são aromáticas e geralmente
são utilizadas no paisagismo por possuírem diversidade no tipo de flores e também na
culinária. Podem ser perenes ou anuais.
São popularmente conhecidas como "família da hortelã". Outro exemplos de plantas dessa
família são: Alecrim, Orégano, Timo, Menta, Hortelã, Lavândula, Sálvia, etc.

hortelã Hyptis lophanta Hyptis mutabilis Hyptis pectinata Hyptis suaveolens rubim
Leonorus nepetifolia Leonorus siribicus urtiga-mansa Stachys arvensis Família
Malvaceae guanxuma Sida carpinifolia Sida cordifolia Sida rhombifolia Sida
santaremnensis Sida spinosa Sida urens malvisco Urena lobata malva Wissadula
subpeltata Família Nyctaginaceae erva-tostão Boerhavia difusa
Família Onagraceae
Onagraceae é uma família de plantas angiospérmicas (plantas com flor -
divisão Magnoliophyta), pertencente à ordemMyrtales.

47
A ordem à qual pertence esta família está por sua vez incluida
na classe Magnoliopsida (Dicotiledóneas): desenvolvem portanto embriões com dois ou
mais cotilédones.

cruz-de-malta Ludwigia elegans Ludwigia leptocarpa Ludwigia octovalvis Ludwigia


sericea Ludwigia tomentosa Ludwigia uruguayensis Família Oxalidaceae trevo Oxalis
corniculata Oxalis latifolia Família Plantaginaceae tanchagem Plantago major Plantago
tomentosa

Família Polygonaceae
Polygonaceae é uma família de plantas angiospérmicas (plantas com flor - da
divisão Magnoliophyta), pertencente à ordem Caryophyllales.
A ordem à qual pertence esta família está por sua vez incluída nas Eudicotiledôneas, usadas
como veneno medicinal lento: desenvolvem portanto embriões com dois ou
mais cotilédones.
São ervas, arbustos, árvores ou lianas.
Folhas simples, alternas, com estípulas.
Presença de Ócrea (concrescimento de estípulas axilares que envolvem o caule).
Ex.: Polygonum persicaria (erva de bicho - hermafrodita); Triplaris sp.
(dioica); Rumex spp.(língua de vaca).
Apresenta duas subfamílias: usado como sangue de bicho tripaulo, e tem como função, e
uso para eliminar animais, humanos e/ou qualquer ser biológico, derivado de água e sangue.
O uso de seu sumo pode ser altamente nocivo a saúde, causando problemas cardíacos e
respiratórios. Quando em contato com a pele, causa uma espécie de mucosa, ou ferida,
podendo infeccionar o local, causando até mutilações no membro.
Seu poder depende da quantidade usada. Quando em grandes escalas, pode vir a causar
cânceres, a até a morte lenta. Seu uso é altamente nocivo, e proibido em diversos países
Africanos e Asiáticos como Gana, Nigéria, Gabão, Japão, e Índia.

 Polygonoideae
 Eriogonoideae

cataia Polygonum acumunatum Polygonum convolvulus Polygonum hydropiperoides


Polygonum lapathifolium Polygonum perspicaria língua-de-vaca Rumex acetosella
Rumex crispus Rumex obtusifolius
-Família Rubiaceae
poaia-branca Richardia brasiliensis Richardia grandiflora Richardia scabra erva-quente
Spermacoce capitata Spermacoce latifolia Spermacoce verticillata
-Família Sapindaceae
balãozinho Cardiospermum halicacabum

-Família Solanaceae
quinquilho Datura stramonium joá-de-capote Nicandra physaloides fisális Physalis
angulata Physalis pubescens maria-pretinha Solanum americanum joá-vermelho
Solanum capsicoides joá-bravo Solanum palinacanthum Solanum sisymbrifolium
Solanum viarum
48
-Família Urticaceae
urtiga-brava Urtica dioica
-Família Verbenaceae
Lantana câmara Lantana canasens Lantana fucata Lantana trifolia gervão Verbena
bonariensis Verbena litoralis Classe Liliopsida (monocotiledôneas)
-Família Alismataceae
chapéu-de-couro Echinodorus grandiflorus sagitária Sagittaria guyanensis Sagittaria
montevidensis Família Araceae alface-d’água Pistia stratiotes
-Família Commelinaceae
trapoeraba Commelina benghalensis Commelina diffusa
-Família Cyperaceae
alecrim Bulbostylis capillaris Bulbostylis juncoides tiririca Cyperus difformis Cyperus
distans Cyperus esculentus Cyperus ferax Cyperus iria Cyperus lanceolatus Cyperus
meyenianus Cyperus polystachyos Cyperus rotundus Cyperus sesquiflorus Cyperus
surinamensis junco Eleocharis acutangula Eleocharis elegans Eleocharis interstincta
Eleocharis sellowiana falso-alecrim Fimbristylis autumnalis Fimbristylis dichotoma
Fimbristylis miliacea tiririca-do-brejo Pycreus decumbens
-Família Hydrocharitaceae
elódea Egeria densa Família Hypoxidaceae falsa-tiririca Hypoxis decumbens Família
Juncaceae junquinho Juncus microcephalus
-Família Marantaceae
caeté Thalia geniculata
-Família Molluginaceae
molugo Mollugo verticillata
-Família Nymphaeaceae
mururé Nymphaea ampla
-Família Poaceae
capim-peba Andropogon bicornis capim-colchão Andropogon leucostachyus capim-
barba-de-bode Aristida longiseta grama-sempre-verde Axonopus compressus cevadilha
Bromus catharticus capim-carrapicho Cenchrus echinatus capim-de-rhodes Chlorisn
barbata Chloris distichophylla Chloris gayana Chloris polydactyla Chloris radiata capim-
dos-pampas Cortaderia selloana grama-seda Cynodon dactylon capim-mão-de-sapo
Dactyloctenium aegyptium milhã Digitaria ciliaris Digitaria horizontalis Digitaria
sanguinalis Digitaria nuda capim-amargoso Digitaria insularis capim-arroz Echinochloa
colona Echinochloa crus-galli Echinochloa crus-pavonis Echinochloa elodes
Echinochloa polystachya capim-flecha Echinolaena inflexa capim-pé-de-galinha
Eleusine indica capim-barbicha-de-alemão Eragrostis pilosa capim-de-várzea Eriochloa
punctata capim-sapé Imperata brasiliensis capim-macho Ischaemum rugosum grama-
boiadeira Leersia hexandra Luziola peruviana capim-olímpio Leptochloa virgata azevém
Lolium multiflorum capim-gordura Melinis minutiflora arroz-preto Oryza sativa arroz-
vermelho Oryza sativa capim-colonião Panicum maximum capim-santa-fé Panicum
rivulare capim-do-brejo Paspalum conspersum Paspalum modestum capim-quicuio
Pennisetum clandestinum capim-elefante Pennisetum purpureum Pennisetum setosum
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pastinho-de-inverno Poa annua capim-favorito Rhynchelytrum repens capim-camalote
Rottboellia exaltata capim-rabo-de-burro Schizachyrium condensatum capim-rabo-de-
raposa Setaria geniculata Setaria vulpiseta capim-canoão Setaria poiretiana capim-
massambará Sorghum halepense capim-moirão Sporobolus indicus papuã Urochloa
plantaginea capim-braquiária Urochloa decumbens capim-angola Urochloa mutica
Família Pontederidaceae aguapé Eichornia azurea Eichornia crassipes Eichornia
paniculata língua-de-cervo Heteranthera limosa Heteranthera reniformis mururé
Pontederia cordata Pontederia rotundifolia
-Família Portulacaceae
beldroega Portulaca oleraceae maria-gorda Talinum paniculatum Talinum triangulare
-Família Typhaceae
tabôa Typha angustifolia
-Família Umbeliferae
gertrudes Apium leptophyllum caraguatá Eryngium elegans Eryngium horridum
Eryngium pandanifolium.

ESTRATÉGIAS EVOLUTIVAS E DISSEMINAÇÃO DE PLANTAS DANINHAS


BANCO DE SEMENTES DE PLANTAS DANINHAS
COMPETIÇÃO E ALELOPATIA
METODOS DE CONTROLE DAS PLANTAS DANINHAS
INTERAÇÕES HERBICIDAS PLANTAS
COMPORTAMENTO DOS HERBICIDAS NAS PLANTAS
SELETIVIDADE DOS HERBICIDAS
MECANISMO DE AÇÃO DOS HERBICIDAS
INTERAÇÃO DOS HERBICIDAS X SOLO
IMPACTO AMBIENTAL DOS HERBICIDAS
EQUIPAMENTO PARA APLICAÇÃO DOS HERBICIDAS
CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS EM CULTURAS ANUAIS E PERENES

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