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T202A/T202C/T025/EA215B

Redes de Computadores

10 – Roteamento IP

Prof. Edson J. C. Gimenez


soned@inatel.br

2021/Sem1
Referências:
1. Kurose & Ross. Redes de Computadores e a Internet: uma abordagem top-down.
Capítulo 4.

2. Tanenbaum & Wetherall. Redes de Computadores. Capítulo 5.

Vídeo sugerido:
1. https://www.nic.br/videos/ver/introducao-ao-roteamento-de-pacotes-ip/ (7min44s)

Outras Referências:
1. Farrel. A Internet e seus Protocolos: uma análise comparativa. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2005.

2. Comer. Interligação de Redes com TCP/IP, vol. 1: princípios, protocolos e


arquitetura, 5a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

3. Forouzan & Mosharraf. Redes de Computadores: uma abordagem top-down. Porto


Alegre: AMGH Ed. (McGraw-Hill/Bookman), 2013.
Protocolos Roteáveis (ou Roteados)
Protocolo
 Conjunto de regras que determina como dois ou mais dispositivos
comunicam-se uns com os outros de maneira adequada.
Um protocolo descreve:
 O formato que deve ser adotado por uma mensagem.
 O modo como devem ser trocadas as mensagens no contexto de
uma atividade em particular.
 Protocolos Roteados (fornecem suporte à camada 3)
 Contém informações, em seu cabeçalho, que permitem aos
roteadores encaminhar o pacote para um próximo nó, até sua rede
destino.
 Exemplos: IP, IPX (Novell), AppleTalk (Apple), DECnet (Digital),
XNS (Xerox).
IP como protocolo roteável
 Para encaminhar um pacote IP, o roteador necessita saber o
endereço da rede destino do pacote.
 O endereço de rede é obtido pela operação AND entre o
endereço IP destino e a máscara de rede.

Cisco/CCNA
Descoberta do caminho para encaminhamento do pacote
 A máscara é aplicada ao endereço IP de destino do pacote
recebido (IP destino AND máscara).
 O resultado (endereço da rede destino) é comparado à tabela de
roteamento (tabela de repasse).
 Havendo correspondência, o pacote é encaminhado à porta
associada a essa entrada na tabela. Caso contrário, é verificada a
próxima entrada da tabela.
 Se o endereço não corresponde a nenhuma entrada da tabela, o
roteador verifica se há uma rota padrão (rota configurada pelo
administrador para ser usada caso não encontre nenhuma
correspondências na tabela de roteamento).
 Em caso afirmativo, o pacote é encaminhado à porta associada a
essa rota padrão.
 Não havendo rota padrão, o pacote é descartado, e uma
mensagem icmp é enviada ao dispositivo de origem, indicando que
o destino não pôde ser alcançado.
Fluxo de dados na internetwork
 O roteamento, portanto, é uma função da camada 3, tendo o
objetivo de localizar o caminho mais eficiente entre dois
dispositivos finais.
 Quem executa esse processo é o roteador, sendo duas as suas
funções-chave:
 Manter tabelas de roteamento atualizadas, verificando se os
outros roteadores conhecem as alterações na topologia da
rede.
 Processar os pacotes recebidos e, usando as informações da
tabela de roteamento, determinar para onde enviá-los,
comutando os pacotes para a interface apropriada.
Comutação x Roteamento
 Comutação ou Repasse (camada 2): Encaminhamento do quadro de
uma interface para outra (tabela de comutação) – switch e roteador.
 Roteamento (camada 3): Seleção do melhor caminho para enviar o
pacote (tabela de roteamento) – roteador (*e switch layer 3).
Tabela de comutação

Tabela de roteamento
Tabelas de Roteamento
 Dentre as informações contidas nas tabelas de roteamento,
encontram-se:
 Tipo de protocolo: indica o protocolo de roteamento que criou a
entrada da tabela de roteamento.
 Associações com destino/próximo salto: informam ao roteador
se um destino específico está diretamente conectado ao
roteador ou se pode ser alcançado com o uso de um outro
roteador, denominado próximo salto.
 Métrica de roteamento: indica o custo associado à rota.
 Interface de saída: interface na qual o pacote deve ser
comutado, para ser enviado a uma rota correspondente.
Tabelas de Roteamento
 O roteador aprende as rotas disponíveis através de
roteamento estático ou dinâmico.
Roteamento estático
 As rotas são configuradas manualmente pelo administrador da
rede.

Roteamento dinâmico
 As rotas são aprendidas dinamicamente, através dos protocolos
de roteamento.

Rota padrão
 Quando utilizada, permite ao roteador enviar um pacote cuja
rota para rede destino não é conhecida.
 Mesma configuração de roteamento estático, fazendo uso da
rede 0.0.0.0 e máscara 0.0.0.0.
Protocolos de Roteamento
 Permitem que os roteadores troquem informações de
roteamento, permitindo descobrir melhores rotas para redes
remotas, atualizando assim suas tabelas de roteamento.
Métricas de Roteamento
 O cálculo do custo (valor de métrica) de um caminho pode se
basear em um único parâmetro ou em diferentes parâmetros,
definidos como métricas.
 As principais métricas usadas pelos protocolos de roteamento
são:
 Largura de banda – capacidade de transmissão de um enlace.
 Atraso – tempo necessário para mover um pacote em cada enlace, da
origem até o destino.
 Carga – volume de atividade em um recurso de rede (por exemplo,
utilização média de um enlace).
 Confiabilidade – uma referência à taxa de erros de cada enlace.
 Contagem de saltos – número de roteadores pelos quais um pacote deve
passar antes de chegar ao destino.
 Custo – valor arbitrário atribuído pelo administrador de rede.
Protocolos de Roteamento Distance Vector (Vetor de Distância)
 Os roteadores enviam periodicamente (em tempos já pré-
definidos) toda ou parte de suas entradas na tabela de
roteamento para os roteadores adjacentes (vizinhos).
 Recebendo essa atualização (rotas e custos), o roteador pode
comparar com as rotas já conhecidas e, se necessário (nova
rota ou melhor caminho para uma rota já conhecida), alterar sua
tabela de roteamento.
 A visão que o roteador possui da rede tem como base apenas a
perspectiva de seus roteadores adjacentes.
 Independente da convergência do protocolo, esses anúncios
continuam sendo enviados, periodicamente.
 Exemplos:
 RIP (atualizações a cada 30 seg.)
 IGRP (atualizações a cada 90 seg.)
Protocolos de Roteamento Link State (Estado de Enlace)
 Inicialmente, cada roteador anuncia o estado de seus enlaces (LSA
– link-state advertisement) a todos os roteadores que compartilham
um mesmo domínio de roteamento (grupo de roteadores).
 Cada roteador, de posse dessas informações, atualiza seu banco
de dados de estados de enlace. Isso garante que cada roteador
conheça toda a topologia da rede (deste grupo).
 Conhecendo a topologia da rede, cada roteador, executando o
algoritmos SPF (Shortest Path First) – algoritmo de Dijkstra,
calcula a árvore de caminho mais curto, que fornece o caminho de
menor custo para cada um dos nós da topologia.
 Com base nessa árvore de caminho mais curto, cada roteador
atualiza então sua tabela de roteamento.
 Uma vez ocorrido a convergência do protocolo, novos anúncios
são feitos apenas quando há alguma alteração na topologia da
rede.
 Exemplos: OSPF e IS-IS.
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Sistema Autônomo (Autonomous System – AS)


 Conjunto de redes sob uma mesma administração e
compartilhando uma estratégia de roteamento comum.
 Identificado inicialmente por um número exclusivo de 16 bits,
RFC1930 (março/1996); ampliado posteriormente para 32 bits,
RFC4893 (maio/2007).
Roteamento Inter-sistema (externo)
 Roteamento que ocorre entre sistemas autônomos (AS –
Autonomous Systems).
Roteamento Intra-sistema (interno)
 Roteamento que ocorre internamente a um sistema autônomo
(AS).
Protocolos de Roteamento Internos e Externos
 Interior Gateway Protocols (IGPs) – (Intra-AS)
 Protocolos de roteamento que roteiam dados em um mesmo AS,
internamente.
 Exemplos: RIP. IGRP, EIGRP, OSPF, IS-IS
 Exterior Gateway Protocols (EGPs) – (Inter-AS)
 Protocolos de roteamento que roteiam dados entre dois ASs
 Exemplos: EGP e BGP.

Fonte: Kurose & Ross


Routing Information Protocol - RIP
 Protocolo de roteamento vetor de distância.
 Usa a contagem de saltos como única métrica para determinar o
melhor caminho (aquele com menor número de saltos)
 Número máximo de saltos: 15 saltos
 Atualizações a cada 30 s
 RIP versão 1 - RIPv1
 Não inclui informações sobre máscaras de rede nas
atualizações de roteamento (roteamento classful)
 RIP versão 2 - RIPv2
 Envia informações sobre máscaras de sub-rede nas
atualizações (roteamento classless)

 Protocolos de roteamento classless permitem que sub-redes


diferentes dentro da mesma rede possam ter máscaras de
sub-rede diferentes (VLSM - Variable-Length Subnet Masking)
Interior Gateway Routing Protocol - IGRP
 Protocolo de roteamento vetor de distância.
 Seleção do melhor caminho leva em consideração diferentes
métricas: atraso, carga, confiabilidade e tráfego, podendo-se
alterar os pesos de cada uma.
 Limite máximo para a contagem de saltos: 255.
 Atualizações a cada 90s.
 Substituído pelo EIGRP (Enhanced Interior Gateway Routing
Protocol) – RFC 7868 – maio/2016.
Open Shortest Path First - OSPF (RFC 1131 – Outubro/1989)

 Protocolo de roteamento link-state.


 É considerado um protocolo de roteamento robusto e escalável,
adequado às redes atuais.
 Uma desvantagem - suporta somente protocolos baseados na
pilha TCP/IP.
 O custo de cada link (interface) está relacionado à sua largura
de banda (taxa em bps)
 Custo = 10^8/taxa.
 Quanto maior a taxa, menor é o custo OSPF do link.
 Seleciona a melhor rota a partir do algoritmo SPF (árvore de
caminho mais curto – algoritmo de Dijkstra).
Intermediate System-to-Intermediate System (IS-IS)
 Protocolo de roteamento de estado de enlace usado para
protocolos roteados diferentes do IP.
 Desenvolvido pela ISO e padronizado pelo IETF em
fevereiro/1990 (RFC 1142).
 Extensões para TCP/IP – RFC 1145 (dezembro/90)
Border Gateway Protocol – BGP (RFC 1105 – junho/1989)
 Protocolo do tipo path vector, permite a troca de informações
de roteamento entre roteadores de borda em sistemas
autônomos vizinhos, desenhando um grafo de conectividade
entre os ASs.
 É o principal protocolo de anúncio de rotas usado pelas
grandes operadoras e ISPs na Internet.
 Versão atual – BGP4 (RFC 7606 – agosto/2015).
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Atividade 7 – Roteamento IP
(deadline: 06/06/21, 23h59min)

Lista de exercícios 06: Roteamento IP

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