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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
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5.2 Método de Hargreaves 30
5.3 Método de Jensen-Haise 30
5.3 Método de Linacre 30
5.4 Método de Makkink 31
5.5 Método de Priestley & Taylor 31
5.6 Método do Tanque “Classe A” 31
5.7 Método de Thornthwaite 32
5.8 Planejamento de irrigação 33
8. Zoneamento agrícola 54
8.1 Climograma 55
8.2 Índices culturais 57
8.3 Aptidão climática das culturas 58
8.4 Aptidão edáfica 65
9. Referências bibliográficas 67
Gabarito do pré-teste 68
Pós-teste 68
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CURRICULUM VITAE RESUMIDO
Prof. Vicente de Paulo Rodrigues da Silva, D.Sc.
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
4
CONTÁTO
e-mail:vicente@dca.ufcg.edu.br
Fone: 83 – 3321 9362
PRÉ-TESTE
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5. Assinale a alternativa errada
a. ( ) O sol é a única fonte de energia para a superfície da Terra
b. ( ) condução de calor é o processo em que a energia é transferida de uma
molécula para outra
c. ( ) convecção é o processo em que há movimentação de uma massa fluida (ar ou
água) provocada por uma diferença de densidade
d. ( ) radiação é a transferência de calor de um objeto para outro sem haver
necessidade de um meio de conexão
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1. VARIÁVEIS METEOROLÓGICAS QUE AFETAM O CRESCIMENTO E O
DESENVOLVIMENTO DAS PLANTAS CULTIVADAS
Umidade atmosférica
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Ao ingressar na atmosfera, o vapor d’água leva consigo o calor latente consumido
na transição de fase (passagem do estado de agregação inicial, sólido ou líquido, ao estado
gasoso). Posteriormente, transfere ao ambiente o calor latente liberado, quando de sua
volta ao estado líquido ou sólido. Desse modo, o vapor d’água é um eficiente veículo de
calor, transportando energia das regiões mais aquecidas da Terra para as mais frias. As
fontes de vapor d’água para a atmosfera constituem, por conseguinte, sumidouros de
energia e, reciprocamente, os sumidouros do vapor d’água atmosférico representam fontes
de energia.
Saturação do ar atmosférico
Além da pressão parcial (e), também existem outras variáveis para quantificar o
teor de vapor d’água presente no ar, de uso mais corrente.
Razão de mistura (r) - A razão de mistura (r) do ar úmido, submetido a uma dada pressão
atmosférica (p) e temperatura (t), é o quociente entre a massa de vapor (mv) e a massa de ar
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seco (ma) na qual o vapor está contido, expressa em grama por grama, e pode ser obtida
por:
pv = mv/v
e
ρ = 288 * (1.4)
273 + t
Umidade relativa (U) - A umidade relativa (U) do ar úmido, submetido a uma determinada
temperatura (t), é o quociente entre pressão parcial do vapor (e) e a pressão de saturação
(es), dada por:
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igualmente verdadeira: quando t aumenta, a umidade relativa diminui à pressão parcial
constante.
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com t e t’em graus centígrados e as demais variáveis em milibares. Também aqui, es’ =
es(t’) indica a pressão de saturação à temperatura do termômetro de bulbo úmido.
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não significa ter havido uma mudança na concentração de vapor deágua do ar. A alteração
na umidade relativa pode advir exclusivamente de alteração na temperatura ambiente. A
umidade relativa do ar aumenta quando a temperatura diminui e vice-versa. Como
conseqüência desse efeito, deve-se esperar que a umidade relativa diminua, a partir do
nascimento do Sol, atingindo o valor mínimo nas horas mais quentes do dia, voltando a
aumentar em seguida, apenas por efeito térmico. Esse é o comportamento esperado e
normalmente observado. No entanto, pode ser bastante modificado sob situações
atmosféricas capazes de alterar a temperatura, a razão de mistura, ou ambas.
As variações do teor de umidade do ar, associadas às da temperatura, estabelecem o
nível de conforto ambiental. A sensação de desconforto é devida mais à umidade do ar que
propriamente à temperatura ambiente.
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mais de cinco décadas para a determinação do conteúdo de água no solo, mas vários
aspectos ainda apresentam dificuldade, tais como, determinação da umidade em camadas
superficiais do solo, riscos com o manuseio por tratar-se de material radioativo e a
calibração do equipamento, sendo essa última talvez a mais crítica das desvantagens dessa
técnica.
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direta incidente sobre os mesmos alterando a quantidade de radiação direta incidente na
superfície. A tabela abaixo exibe o albedo de algumas superfícies.
Modelo de Angstrom
Esse modelo é considerado é conhecido como uma das expressões empíricas mais
simples que permitem conhecer a distribuição espacial da radiação solar, dado por:
Qg = Q0 (a + bn/N)
(2.1)
em que:
Qg = radiação solar global recebida na superfície terrestre (ly/dia).
Q0 = radiação total recebida em uma superfície plana e horizontal, na ausência da
atmosfera (ly/dia).
n = insolação diária (horas)
N = comprimento astronômico do dia (horas)
a e b = parâmetros de regressão do modelo que caracterizam a transmitância atmosférica.
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A radiação total na ausência da atmosfera pode ser obtida por:
2
1440 S 0 ⎛⎜ D ⎞⎟
−
em que:
S 0 = constante solar
2
⎛ − ⎞
⎜D⎟
⎜⎜ D ⎟⎟ = correção devida à variação da distância Terra-Sol
⎝ ⎠
H = comprimento do meio dia solar, estimado por:
N = 2H/15 (2.3)
Instrumentos de medida
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O crescimento e desenvolvimento das plantas são afetados por alguns fatores
climáticos, dentre eles estão a precipitação e a evaporação, que são fatores indispensáveis
para essa finalidade. Tanto a precipitação quanto a evaporação são as principais variáveis
no ciclo hidrológico. Para um melhor entendimento do ciclo hidrológico, podemos
visualizá-lo como tendo inicio com a evaporação da água dos oceanos. O vapor resultante
é transportado pelo movimento das massas de ar. Sob determinadas condições, o vapor é
condensado, formando as nuvens que por sua vez podem resultar em precipitação. A
precipitação que ocorre sobre a terra é dividida em várias formas. A maior parte fica
temporariamente retida no solo próximo de onde caiu e finalmente retorna à atmosfera por
evaporação e transpiração das plantas.
A precipitação é o processo pelo qual a água condensada na atmosfera atinge
gravitacionalmente a superfície terrestre. Ela é, na verdade, o resultado final, já em retorno
ao solo, do vapor d'água que se condensou e se transformou em gotas de dimensões
suficientes para quebrar a tensão de suporte, e cair. O esfriamento dinâmico ou adiabático é
a principal causa da condensação e é o responsável pela maioria das precipitações. Assim
sendo, o movimento vertical das massas de ar é um requisito importante para a formação
das precipitações, que podem ser classificadas de acordo com as condições que produzem
o movimento vertical do ar. Nesse sentido, existem três tipos principais, que são: ciclônico,
orográfico e convectivo. As precipitações ciclônicas estão associadas com o movimento de
massas de ar de regiões de alta pressão para regiões de baixa pressão. Essas diferenças de
pressão são causadas por aquecimento desigual da superfície terrestre. A precipitação
ciclônica pode ser classificada como frontal ou não frontal e são de longa duração e
apresentam intensidade de baixa a moderada, espalhando-se por grandes áreas. As
precipitações orográficas resultam de ascensão mecânica de correntes de ar úmido
horizontal sobre barreiras naturais, tais como montanhas. As precipitações convectivas são
típicas das regiões tropicais. O aquecimento desigual da superfície terrestre provoca o
aparecimento de camadas de ar com densidades diferentes, o que gera uma estratificação
térmica da atmosfera em equilíbrio estável. Se esse equilíbrio por qualquer motivo (vento,
superaquecimento) for quebrado provoca uma ascensão brusca e violenta do ar menos
denso, capaz de atingir grandes altitudes. Essas precipitações são de grande intensidade e
curta duração, concentradas em pequenas áreas.
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Métodos de estimativa da precipitação
⎛ hi + hi + 1 ⎞
∑ ⎜⎝ 2
⎟ Ai
⎠
h= (3.1)
A
sendo hi o valor da isoieta de ordem i e hi+1 o da isoieta de ordem i+1, Ai é a área entre as
duas isoietas e A é a área total.
Método aritmético - é a maneira mais simples de se determinar o valor médio
provável da precipitação, seria a utilização da média aritmética dos coletores distribuídos
numa determinada área.
h=
∑p = p 1 + p 2 + p 3 + ... + p n
(3.2)
N N
h=
∑p nAn
=
p1A 1 + p 2 A 2 + ... + p n A n
(3.3)
AT A 1 + A 2 + ... + A n
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Hidroestimador - é um método inteiramente automático que utiliza uma relação
empírica exponencial entre a precipitação (estimada por radar) e a temperatura de brilho do
topo das nuvens (extraídas do canal infravermelho do satélite GOES-12), gerando taxas de
precipitação em tempo real. Através da tendência de temperatura da nuvem (e informações
de textura) é utilizado um ajuste da área coberta pela precipitação. Variáveis como água
precipitável, umidade relativa, orografia, paralax e um ajuste do nível de equilíbrio
convectivo para eventos de topos quentes são utilizadas para ajustar automaticamente a
taxa de precipitação.
Evaporação
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As condições básicas para a ocorrência de evaporação são: (i) existência de uma
fonte de energia que, em geral, a radiação é a principal fonte. Quanto mais perto a região
está dos trópicos, maior será a evaporação; (ii) Para evaporar 1g de água são requeridas
540 cal a 100ºC, 580 cal a 20ºC e 600 cal a 0ºC. Existência de um gradiente de
concentração de vapor, isto é, uma diferença entre a pressão de saturação do vapor à
temperatura de superfície e a pressão de vapor do ar.
Além desses, existem outras variáveis, como, por exemplo, a pressão atmosférica.
A primeira equação para o cálculo da evaporação de uma superfície foi proposta por
Dalton (1928)(apud Swami Marcondes Villela):
E = C(es – e) (3.4)
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esses temos: O evaporímetro ordinário, utilizado nas estações meteorológicas, é um
recipiente cilíndrico de eixo vertical, (enterrado ou não), aberto para a atmosfera, contendo
água no estado líquido. Os evaporímetros mais difundidos no mundo são: o tanque Classe
“A”, o GGI-3000 e o Young Screened pan, existindo muitos outros, bem como inúmeras
modificações desses instrumentos.
No interior do tanque Classe “A”, pode-se encontrar o poço tranqüilizador que tem
a finalidade de manter uma pequena parte da água praticamente isenta das ondulações
causadas pelo vento, permitindo determinar com maior exatidão, com um instrumento
chamado micrômetro, o abaixamento do nível d água, determinando assim a quantidade de
água evaporada (em mm).
O atmômetro mede a evaporação que se verifica a partir de uma superfície porosa
úmida, dos quais o mais usado é o de Piche. Sendo normalmente instalado no interior do
abrigo meteorológico. Quando em operação, a água contida no tubo conserva úmido o
disco de papel. A evaporação é avaliada pela diferença entre duas leituras consecutivas,
correspondentes ao início e ao fim de um dado intervalo de tempo.
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pode ser obtida por dados coletados por aeronaves em vôo, balões cativos, foguetes, e mais
comumente por radiossonagens (através de aparelhos denominados radiossondas, que são
pequenos transmissores de rádio, dotado de sensores de temperatura, etc, que é lançado na
atmosfera).
Temperatura do Ar
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medida que o tempo passa, a superfície do solo recebe mais energia, aquecendo o ar logo
acima, porém sempre em atraso em relação à radiação recebida. Num mesmo local, à
medida que a altitude aumenta, a temperatura do ar decresce. A amplitude diária da
temperatura varia com a natureza da superfície. Nos oceanos, a variação não excede 1,2 ºC,
nos desertos pode atingir 20 ºC, em alguns casos 30 ºC ou mais e nas florestas é menor que
nos descampados.
Termômetros de vidro - São tubos capilares de vidro, ligados a um reservatório que contém
mercúrio ou álcool, cuja expansão do líquido aumenta com a temperatura.
Termopares - Quando dois materiais diferentes são colocados em contato, através de duas
junções sob temperaturas diferentes, cria-se uma diferença de potencial. Tendo-se dois
condutores metálicos de materiais diferentes, unidos pelas extremidades e sendo as duas
junções submetidas a temperaturas diferentes, surge uma corrente elétrica no circuito.
Denomina-se força de Seebeck ou Efeito Seebeck. Quando a corrente elétrica flui através
da junção de dois metais, ela proporciona absorção ou liberação de calor, dependendo da
direção da corrente. Se a corrente tem o mesmo sentido daquela produzida pelo Efeito
Seebeck, o calor é absorvido, se contrário, o calor é liberado.
Termômetros de Resistência - são obtidas com base na resistência elétrica (R) de metais
puros aumenta com a temperatura.
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Termistores - são semicondutores compostos de misturas sintetizadas de óxidos metálicos
ou cristais cuja resistência ao fluxo de corrente varia com a temperatura ambiente. Devido
às resistências envolvidas serem normalmente grandes, pode-se usar medidores baratos
para as determinações. Os termistores têm um elevado coeficiente de temperatura negativa,
uma a duas vezes maiores que o dos metais puros e a relação entre a resistência e a
temperatura.
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4. PROGRAMA COMPUTACIONAL PARA A ESTIMATIVA DA
EVAPOTRANSPIRAÇÃO E TEMPERATURA DO AR
Evapotranspiração
Temperatura do ar
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Na janela principal do programa pode-se optar pela escolha do mês e da área. As
opções de estimativas são: Postos convencionais - permite estimar a temperatura do ar
média máxima e mínima mensal para postos pluviométricos já cadastrados no sistema,
Pontos específicos - permite estimar a temperatura do ar média máxima e mínima mensal
para pontos escolhidos pelo usuário e Estima série - permite estimar a temperatura do ar
média máxima e mínima mensal para uma determinada localidade de 1950 até o presente.
O Programa computacional Estima T encontra-se também disponível no site
http://www.dca.ufcg.edu.br/.
⎛ 17,27T ⎞
2504 exp⎜ ⎟
⎝ T + 237,3 ⎠
∆= (5.2)
(T + 237,3) 2
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em que:
Tx + Ti
T= (5.3)
2
Tx - temperatura máxima em ºC
Ti - temperatura mínima em ºC
T - em ºC
∆ - em KPaºC-1
⎛ 17,27Tx ⎞
e 0 (Tx ) = 0,611 exp⎜⎜ ⎟⎟ (5.4)
⎝ Tx + 237,3 ⎠
em que:
Tx - temperatura máxima em ºC
e0(Tx) – expressa em KPa
⎛ 17,27Ti ⎞
e 0 (Ti ) = 0,611exp⎜⎜ ⎟⎟ (5.5)
⎝ Ti + 237,3 ⎠
em que:
Ti - temperatura mínima em ºC
e0(Ti) – expressa em KPa
⎛ 17,27Ti ⎞
ea = 0,611exp⎜⎜ ⎟⎟ (5.6)
⎝ Ti + 237,3 ⎠
em que:
Ti - temperatura mínima em ºC
26
ea – expressa em KPa
e 0 (Tx ) + e 0 (Ti )
es = (5.7)
2
em que:
e0(Tx) – pressão de saturação do vapor com base na temperatura máxima, expressa em KPa
e0(Ti) – pressão de saturação do vapor com base na temperatura mínima, expressa em KPa
es – pressão de saturação do vapor, expressa em KPa
e 0 (Tx ) + e 0 (Ti )
(e s − e a ) = − ea (5.8)
2
em que:
es – pressão de saturação do vapor, expressa em KPa
es – ea - expressa em KPa
4,87
U2 = Uz (5.9)
ln(67,8Z − 5,42)
em que:
UZ (m/s) - velocidade do vento a altura Z
Z (metros) - altura de medida da velocidade do vento
h) Rn (saldo de radiação)
n n 4 4
Rn = 0,77(0,25 + 0,50 ) Ra − 2,45x10−9 (0,9 + 0,1)(0,34 − 0,14 ed )(Tx + Ti ) (5.10)
N N
em que:
n – insolação observada, em horas
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N – duração máxima teórica do dia, em horas
Ra – radiação extraterrestre, em MJm-2dia-1
ea - pressão real do vapor, em KPa
Tx e Ti - temperaturas máxima e mínima, em graus Kelvin
i) Ra (radiação extraterrestre)
em que:
dr - distância relativa Terra-Sol
φ - latitude, em graus
δ - declinação do sol, em graus
ωs - ângulo horário correspondente ao nascer do Sol, em radiano
Ra – expressa em MJm-2dia-1
j) γ (fator psicométrico)
P
γ = 0,00163 (5.12)
λ
em que:
P - expresso em KPa
λ - expresso em MJkg-1
em que:
T - temperatura do ar em ºC
‘λ - expresso em MJkg-1
m) P (pressão atmosférica)
5, 26
⎛ 293 − 0,0065Z ⎞
P = 101,3⎜ ⎟ (5.14)
⎝ 293 ⎠
28
em que:
Z - altitude em metros
P - expressa em KPa
n) δ (declinação do sol)
o) ωs (ângulo solar)
ω s = arccos(− t gφ t gδ ) (5.16)
em que:
ωs - expresso em radianos
φ - latitude, em graus
δ - declinação, em graus
N = 7,64ω s (5.18)
em que:
ωs – ângulo solar (radianos)
N – insolação máxima teórica (horas).
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r) G (Fluxo de calor no solo)
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Método de Makkink - A equação para estimativa da evapotranspiração de referência a
partir da medição da radiação solar foi também proposta por Makkink (1957):
⎛ ∆ ⎞
ET = R s ⎜ ⎟ + 0,12 (5.22)
⎝∆ +γ ⎠
Método de Priestley & Taylor - O método de Priestley & Taylor (1972), utilizado na
estimativa da evapotranspiração, constitui-se numa aproximação do método de Penman.
Nesta equação permanece apenas o saldo de radiação corrigido por um coeficiente
empírico (α), conhecido como parâmetro de Priestley & Taylor, o qual incorpora a energia
adicional ao processo de evapotranspiração proveniente do termo aerodinâmico. Eles
mostraram que esse coeficiente varia de 1,08 a 1,34, com média de 1,26 em condições
mínimas de advecção regional. Através do método de Priestley & Taylor, a
evapotranspiração, em MJm-2d-1, pode ser obtida pela equação:
ET0 = α W (R n - G) (5.23)
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Método do Tanque “Classe A” - A evapotranspiração método do Tanque Classe “A” pode
ser obtida, de forma bastante simplificada, a partir da evaporação observada no tanque
Classe “A”, através da seguinte expressão (Doorenbos & Pruitt, 1977):
ET0 = Kp Ev (5.26)
Nj
Cj = Dj (5.28)
12
⎛ -tgφ tg δ ⎞
N j = arc cos ⎜ ⎟ (5.29)
⎝ 15 ⎠
em que φ é a latitude local; δ a declinação do Sol para o dia considerado, obtida através da
Eq. (5.15), a insolação máxima teórica (Nj) é calculada para o dia 15 de cada mês (j); Ta é
a temperatura média mensal do ar (0C) e ai é função cúbica do índice anual de calor, dada
por:
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a1 = 6,75 x 10-7 I3 – 7,71 x 10-5 I2 + 1,79 x 10-2 I + 0,4 (5.30)
em que I é o índice de calor obtido pela soma dos 12 índices mensal (i), expressos por:
1,514
⎛T ⎞
i= ⎜ a⎟ (5.31)
⎝ 5 ⎠
Tabela 5.1. Valores de Ej quando a temperatura média do ar for igual ou superior a 26,5 0C
T (0C) 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
26 4,5 4,5 4,6 4,6 4,6
27 4,6 4,7 4,7 4,7 4,8 4,8 4,8 4,8 4,6 4,6
28 4,9 5,0 5,0 5,0 5,0 5,1 5,1 5,1 5,1 6,2
29 5,2 5,2 5,2 5,2 5,3 5,3 5,3 5,3 5,4 5,4
30 5,4 5,4 5,4 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,6 5,6
31 5,6 5,6 5,6 5,7 5,7 5,7 5,7 5,7 5,7 5,8
32 5,8 5,8 5,8 5,8 5,8 5,8 5,9 5,9 5,9 5,9
33 5,9 5,9 5,9 5,9 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0
34 6,0 6,0 6,0 6,0 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1
35 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1
36 6,1 6,1 6,2 6,2 6,2 6,2 6,2 6,2 6,2 6,2
37 6,2 6,2 6,2 6,2 6,2 6,2 6,2 6,2 6,2 6,2
Na sessão 7 serão apresentados mais detalhes sobre esse método.
Planejamento de irrigação
Lâmina de irrigação
A lâmina de irrigação diária (mm), considerada constante para cada semana, será
obtida pela relação entre o volume deágua aplicado por planta e a área de molhamento
provocado pelo sistema de irrigação, ou seja:
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Va
LA = (5.32)
Am
Tempo de irrigação
O volume de água (Va), em litros, aplicada por planta, com base em um dos
métodos de estimativa da evapotranspiração de referência, foi obtido pela relação
(Bernardo, 1986):
ET0 . K c . Ap .TR . P
Va = (5.34)
E f .100
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temperatura, radiação solar, água e duração do dia, as quais são mais satisfatórias quando a
semeadura se efetua em determinada época do ano. Por exemplo, em algumas áreas do
Nordeste do Brasil, como no oeste do estado da Paraíba, a melhor época de plantio é, em
geral, no mês de janeiro ou fevereiro, em outras, como no compartimento da Borborema é
em abril. Por outro lado, no sul do estado do Rio Grande do Sul o milho deve ser plantado
em novembro para evitar a seca no estádio fenológico de floração. Na região norte essa
cultura deve ser plantada mais cedo, em outubro, pois a freqüência da seca no período
crítico é pequena.
A forma mais adequada para conviver com as adversidades climáticas de uma
região em relação às culturas de ciclo anual é estabelecer, através de técnica apropriada, a
época de semeadura mais conveniente. A data ideal para semeadura é aquela em que a
planta sofre as menores adversidades desde a germinação até a colheita. Quanto mais curto
é o ciclo de uma cultura, por ser pouco exigente em calor e pouco sensível à duração
astronômica do dia, mais fácil acha-se um lapso de tempo dentro do ano que lhe resulte
favorável.
Apesar de existir várias técnicas, a época de semeadura pode ser obtida pela
utilização do índice R, que consiste na relação entre a evapotranspiração real (ETr) e a
evapotranspiração potencial (ETp), ou seja, R = ETr/ETp. Para R = 1 e R= 0, têm-se,
respectivamente, condições de extrema umidade e extrema secura do solo. Geralmente,
considera-se R > 0,6, como o período ideal para o plantio e R< 0,6 como período de
deficiência hídrica. ETr e ETp são obtidos a partir do balanço hídrico segundo
Thornthwaite & Mather (1955).
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para o processo de molhamento do perfil do solo, principalmente se a intensidade de
precipitação é baixa.
Na hidrologia costuma-se fazer o balanço hídrico para bacias hidráulicas, de tal
forma que tanto a intensidade e duração das precipitações quanto à declividade do terreno
são importante; já que, por um lado, tem-se interesse na capacidade de armazenamento de
águas superficiais, e por outro lado, é importante conhecer a capacidade da bacia no
suprimento de água aos lençóis subterrâneos, através da drenagem profunda. Nesse caso, a
contabilidade hídrica se processa da seguinte maneira:
Pr + Ir + Eo = ∆M + F + D = 0 (7.1)
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massa de água correspondente ao produto da área (A) pela altura de água (h), pela
densidade da água (ρH2O) qual seja, m H= Ah (ρH2O). Introduzindo essas igualdades na
equação (7.2) e considerando ρH2O = 1g/cm3, obtêm-se:
i j = ( T j / 5 ) 1,514 (7.4)
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em que ij e T j são, respectivamente, o índice térmico e a temperatura média do mês j. O
índice anual de calor é dado pelo somatório de ij (j = 1,2,...,12), ou seja:
12
I = ∑i j (7.5)
j=1
F j = D j N j / 12 (7.7)
A equação (7.6) somente é válida para Tj < 26,5°C. Para Τ j > 26,5ºC, (ETP)j torna-
se independente de I e nesse caso, deve-se obter (ETP)j da Tabela 7.3, seguido da correção
Fj. O uso da equação (7.6) conduz a imprecisões causadas pela forma empírica do método.
Entretanto, para efeito de estudos climatológicos, o balanço hídrico pode ser empregada
satisfatoriamente.
Após o estabelecimento da capacidade de água disponível e a estimativa da
evapotranspiração potencial mensal, inicia-se efetivamente a contabilidade hídrica, a qual é
facilitada pela utilização da ficha em anexo, da seguinte maneira:
38
Tabela 7.1. Capacidade de água disponível para diferentes combinações de solo e
vegetação em fase de completo desenvolvimento (maturação).
TIPO DE SOLO ZONA DE RAÍZES h (mm/m)
(m)
1. Culturas de sistema radicular superficial (feijão, cenoura, arroz, ervilha,
espinafre, beterraba, etc.)
Arenoso 0,50 100
Barro – Arenoso Fino 0,50 150
Barro – Limoso 0,62 200
Barro – Argiloso 0,40 250
Argiloso 0,25 300
2. Culturas de sistemas radicular moderadamente profundo (milho, algodão fumo,
cereais de grão, etc.).
Arenoso 0,75 100
Barro – Arenoso Fino 1,00 150
Barro – Limoso 1,00 200
Barro – Argiloso 0,80 250
Argiloso 0,50 300
3. Culturas de sistemas radicular profundo (alfafa, pastagens, plantas arbustivas);
Arenoso 1,00 100
Barro – Arenoso Fino 1,00 150
Barro – Limoso 1,25 200
Barro – Argiloso 1,00 250
Argiloso 0,67 300
4. Árvores e Florestas
Arenoso 2,50 100
Barro – Arenoso Fino 2,00 150
Barro – Limoso 2,00 200
Barro – Argiloso 1,60 250
Argiloso 1,20 300
39
Elaboração do balanço hídrico no solo
(Pp)k = 0 (7.9)
40
Tabela 7.2. Valores do fator F j para diferentes latitudes (φ) no Hemisfério Sul.
Fi J F M A M J J A S O N D
0 31,2 28,2 31,2 30,3 31,2 30,5 31,2 31,2 30,3 31,2 30,3 31,2
1 31,2 38,2 31,2 30,3 31,2 30,3 31,2 31,2 30,3 31,2 30,3 31,2
2 31,5 38,2 31,2 30,3 30,9 30,0 31,2 31,2 30,3 31,2 30,6 31,5
3 31,5 28,5 31,2 30,3 30,9 30,0 30,9 31,2 30,0 31,2 30,6 31,5
4 31,8 28,5 31,2 30,0 30,9 29,7 30,9 30,9 30,0 31,5 30,6 31,8
5 31,8 28,5 31,3 30,0 30,6 39,7 30,6 30,9 30,0 31,5 30,9 31,8
6 31,8 28,8 31,2 30,0 30,6 29,4 30,6 30,9 30,0 31,5 30,9 32,1
7 32,1 28,8 31,2 30,0 30,6 29,4 30,3 30,6 30,0 31,5 30,9 32,4
8 32,1 28,8 31,5 29,7 30,3 29,1 30,0 30,6 30,0 31,8 31,2 32,4
9 32,4 29,1 31,5 29,7 30,3 29,1 30,0 30,6 30,0 31,8 31,2 32,7
10 32,4 29,1 21,5 29,7 30,3 28,8 30,0 30,3 30,0 31,8 31,5 33,0
11 32,7 29,9 31,5 29,7 30,0 28,8 29,7 30,3 30,0 31,8 31,5 33,0
12 32,7 29,1 31,5 29,7 30,0 28,5 29,7 30,0 30,0 31,8 31,8 33,3
13 33,0 29,4 31,5 29,4 29,7 28,5 29,4 30,0 30,0 32,1 31,8 33,3
14 33,3 29,4 31,5 29,4 29,7 28,2 29,4 30,0 30,0 32,1 32,1 33,6
15 33,6 29,4 31,5 29,4 29,4 28,2 29,0 30,0 30,0 32,1 32,1 33,6
16 33,6 29,0 31,5 29,4 29,4 27,9 29,1 30,0 30,0 32,1 32,1 33,9
17 33,9 29,7 31,5 29,4 29,1 27,9 28,8 29,7 30,0 32,1 32,4 33,9
18 33,9 29,7 31,5 29,1 29,1 27,6 28,8 29,7 30,0 32,4 32,4 34,2
19 34,2 30,0 31,5 29,1 28,8 27,6 28,5 29,7 30,0 32,4 32,7 34,2
20 34,2 30,0 31,5 29,1 28,8 27,3 28,5 29,7 30,0 32,4 32,7 34,5
21 24,5 30,0 31,5 29,1 28,8 29,3 28,2 29,7 30,0 32,4 32,7 34,5
22 34,5 30,0 31,5 29,1 28,5 27,0 28,2 29,4 30,0 32,7 33,0 24,8
23 34,6 30,3 31,5 28,8 28,5 26,7 29,9 29,4 30,0 32,7 33,0 35,1
24 35,1 30,3 31,5 28,8 28,2 26,7 27,9 29,4 30,0 32,3 33,3 35,1
25 32,4 29,1 31,5 28,8 28,2 26,4 27,9 29,4 30,0 33,3 33,3 35,4
26 32,7 29,9 31,5 28,8 28,2 26,4 27,6 29,1 30,0 33,0 33,6 35,4
27 32,7 29,1 31,5 28,8 27,9 26,1 27,6 29,1 30,0 33,3 33,6 35,7
28 33,0 29,4 31,5 28,5 27,9 25,8 27,3 29,1 30,0 33,3 33,9 36,0
29 33,3 29,4 31,5 28,5 27,6 25,8 27,3 29,8 30,0 33,3 33,9 36,0
41
Tabela 7.3. Valores de (ETP)j quando a temperatura média do ar for igual ou superior a
26,5ºC.
Tj(°C) 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
Tabela 7.4. Valores dos coeficientes “A” e “B” em função da lâmina de máximo
armazenamento.
LMA(mm) A B
25 25 0,044734
50 50 0,021257
75 75 0,013605
100 100 0,010250
125 125 0,008139
150 150 0,006779
200 200 0,005065
250 250 0,004036
300 300 0,003361
Após o período em que Pr – ETp < 0, inicia-se a reposição da água no solo. Nesses
meses Pp = 0, e o valor do armazenamento (AS) é obtido pelo adicionamento do valor de As
do mês anterior ao valor de Pr – ETp do mês considerado:
42
As = (Pr – ETp)atual + (As)anterior (7.12)
2. a partir do mês em que se reinicia a reposição da água no solo (Pr- ETp) <
0, tem-se:
ETr = ETp (7.15)
43
S → é o excesso hídrico dado por:
que corresponde ao excesso de precipitação que não foi absorvido pelo solo que já está
com sua capacidade de armazenamento plenamente atingida. Isso significa dizer que
somente há excesso a partir do momento em que o armazenamento atinge a capacidade de
água disponível.
De posse do excesso hídrico, determina-se o escoamento superficial (Ec) e a
infiltração (If ) da seguinte forma;
Ec = If = 0,55 (7.18)
∑ (∆S
j =1
s )j =0 (7.20)
12 12 12
∑ ( ET p ) j = ∑ ( ETr ) j + ∑ D j
j =1 j =1 j =1
(7.21)
12 12 12 S
∑ ( Pr ) j = ∑ ( ETr ) j + ∑
j =1 j =1 j =1 j
(7.22)
44
Classificação Climática de Thornthwaite
em que PEj, (Pr)j e (Ev)j são a taxa de precipitação efetiva, precipitação e evaporação do
mês j. O índice de precipitação efetiva (IPE) referente ao ano, é dado pela soma das 12
taxas mensais de precipitação efetiva, ou seja:
12
Pr
I PE = ∑ ( )j (7.24)
j =1 Ev
Nas Tabelas 7.5 e 7.6 são apresentados os balanços hídricos climatológicos,
segundo Thornthwaite & Mather (1955), das localidades de Antenor Navarro e Campina
Grande, respectivamente, ambas do Estado da Paraíba.
45
Tabela 7.5. Balanço hídrico para Antenor Navarro – PB (Latitude: 6º 44’S; Longitude: 38º27’W;
Altitude: 240 m; LMA=100 mm)
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set. Out. Nov Dez Ano
T(°C) 28 26,8 26 26 26 25,6 26 27 28 28 27,8 28,1 26,8
I 13 12,7 12 12 12 11,8 12 13 13 14 13,4 13,6 153
F 32 28,8 31 30 31 29,4 31 31 30 32 30,9 32,2 -
ETp 153 13 128 117 120 113 125 142 144 154 148 157 1633
Pr 110 177 279 196 91 40 13 7 5 10 24 41 993
Pr-ETp -43 45 151 79 -29 -73 -112 -135 -139 -144 -124 -116 -640
Pp -915 0 0 0 -29 -102 -214 -349 -448 -632 -756 -872 -
As 0 45 100 100 74 35 11 3 1 0 0 0 369
Α∆s 0 45 55 0 -26 -39 -24 -8 -2 -1 0 0 0
ETr 100 132 128 117 117 79 37 15 7 11 24 41 818
D 43 0 0 0 3 34 38 127 137 143 124 116 815
S 0 0 96 79 0 0 0 0 0 0 0 0 175
I U = 11; I a = 50; I h = -20; CV = 36%
Tabela 7.6. Balanço hídrico climático para Campina Grande – PB (Latitude: 7º11’S; Longitude:
35º 53’W; Altitude: 508 m; LMA =125 mm)
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set. Out. Nov Dez Ano
T(°C) 24 24,4 24 24 23 21,4 21 21 22 23 23,7 24 22,9
I 11 11 11 11 9,8 9 8,5 8,6 9,4 10 10,5 10,7 120
F 32 28,8 31 30 31 29,4 30 31 30 32 30,9 32,4
ETp 116 104 112 102 89 74 70 70 81 101 102 110 1131
Pr 27 43 74 94 118 118 84 58 24 13 16 19 688
Pr-ETp -88 -61 -38 -8 29 44 14 -12 -57 -88 -86 -91 -443
Pp -422 -483 -521 -529 0 0 0 -12 -69 -157 -243 -334 -
As 3 2 1 1 29 73 87 80 50 24 12 6 368
Α∆s -3 -1 -1 0 28 44 14 -7 -30 -26 -12 -6 0
ETr 30 44 75 95 89 74 70 65 54 39 28 25 688
D 86 60 37 7 0 0 0 5 27 62 74 85 443
S 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1
Ι U = 0,0; I a = 39; I h = 23; C V = 28%.
46
Quando os dados de evaporação não são disponíveis, o autor preconiza o uso da
seguinte equação, que possibilita determinar IPE em função da precipitação (Pr) e da
temperatura ( T j) de cada mês:
12 Pr j
I PE = ∑115 ( _ )j (7.25)
j =1
T j - 10
Categorias climáticas
47
De acordo com o índice de eficiência térmica, são identificados seis subtipos
climáticos, conforme mostra o Quadro 7.2.
Fórmula climática
48
Quadro 7.3. Possibilidades climáticas segundo Thornthwaite (1931)
AA’r BA’r CA’r DA’w EA’D D’ E’ F’
AB’r BA’w CA’w DA’d EB’d
AC’r BB’r CA’d DB’w EC’d
BB’w CB’r DB’s
BB’s CB’w DB’d
BC’r CB’s DC’d
BC’s CB’d
CC’r
CC’s
CC’d
49
como foi visto no tópico anterior. O solo, para efeito dessa classificação climática, é
considerado capaz de reter no máximo uma lâmina de água de 100 mm.
De posse do balanço hídrico, estabelecem-se os índices de aridez (Ia) de umidade
(Iu) e hídrico (Ih), gerados da deficiência hídrica, do excesso de água no solo e da
combinação dos dois, respectivamente.
Tipos climáticos
50
Quadro 7.4. Tipos climáticos segundo (ih) Thornthwaite, 1948 (Ih = Im – Índice Efetivo de
umidade)
Tipos de Clima Símbolos Índice hídrico (Ih)
Super-úmido A 100 ou mais
Úmido B4 100 a 80
Úmido B3 80 a 60
Úmido B2 60 a 40
Úmido B1 40 a 20
Úmido sub- úmido C2 20 a 0
Seco sub-úmido C1 0 a – 20
Semi-árido D - 20 a – 40
Árido E - 40 a – 60
51
Quadro 7.6. Subdivisões dos tipos climáticos de acordo com Ih – Thornthwaite (1948)
52
e representamos a percentagem da evapotranspiração anual que ocorre nos meses j, k, 1, de
temperatura mais elevada (trimestre mais quente).
Enfatiza o autor que, no equador onde o comprimento do dia – definido como o
intervalo de tempo que decorre entre o nascimento e o ocaso do sol, num dado ponto da
superfície terrestre – é o mesmo (12 horas) durante todo o ano, sendo a temperatura
praticamente uniforme, não se verificando, por conseguinte, variações significativas na
evapotranspiração potencial estacional. Nesse caso a evapotranspiração potencial de
quaisquer três meses consecutivos se aproxima de 25% do total anual. No entanto, à
medida que a latitude aumenta, a evapotranspiração potencial tende a se concentrar no
trimestre mais quente.
Fórmula climática
53
potencial anual, no trimestre mais quente (outubro,
novembro e dezembro).
8. ZONEAMENTO AGRÍCOLA
Considerações gerais
54
Climograma
55
se possível compará-los quantitativamente pelos seus valores absolutos e não apenas de
forma relativa, como acontece com a maioria dos climogramas.
Para facilitar a interpretação do evapopluvigrama, o diagrama é dividido em seis
setores hídricos, nos quais os valores da precipitação correspondem a diferentes
submúltiplos e múltiplos da evapotranpiração potencial, e em quatro faixas térmicas com
valores correspondentes às limitações e exigências térmicas da cultura. Os setores hídricos
(Figura 8.2), com vértices comum no ponto de origem da figura correspondem ao gradiente
de umidade e são representados através de coeficientes ou índices hídricos (Ih) e por
coeficientes ou índices de repouso por seca (Irs).
Nos Quadro 8.1 e 8.2 são apresentadas as interpretação dos setores e das faixas
térmicas do evapopluviograma
56
Quadro 8.1 - Interpretação dos setores de evapopluviograma
Índices Culturais
Iv = 1x0+3x2+8x4=38 (8.1)
57
b) Índice de seca na vegetação (Isv): indica a presença e severidade da seca durante o
período vegetativo e é obtido de forma semelhante ao índice de vegetação,
considerando-se apenas os pontos (meses) correspondentes à fase vegetativa, que
caem nos setores sub-úmido, seco ou árido, utilizando-se os índices de repouso por
seca (Irs) estabelecidos para esses setores;
c) Índice de repouso por seca (Irs): indicada a presença de intensidade da seca fora do
período vegetativo e é obtido de forma semelhante ao Isv, considerando-se apenas
os pontos (meses) que caem nos setores sub-úmido, seco ou árido, exceto os já
incluídos no cômputo do (Irs);
d) Índice de repouso por frio (Irf): corresponde as condições térmicas insuficientes
para a vegetação normal da cultura. Para obtê-lo, toma-se o número de pontos
existentes na faixa microtérmica, multiplicado por 2 (Irf = 2), acrescido do número
de pontos da faixa hipotérmica, multiplicado por 1 (Irf = 1).
58
plena), ao passo que aqueles tendendo progressivamente para as vizinhanças das isotermas
de TB e Tb estabelecem, progressivamente, as zonas consideradas de aptidão moderada,
restrita e inaptidão.
A delimitação com base nas exigências hídricas é feita utilizando-se o balanço
hídrico através do Índice hídrico (Ih) ou da deficiência hídrica anual (D). De posse do
balanço hídrico para todos os pontos (locais) da região em estudo, traçam-se as isolinhas
que ligam pontos de mesmos valores numéricos do Índice hídrico e da deficiência hídrica
anual. Tais isolinhas determinam zonas de aptidão hídrica. Apresentam-se, a seguir, as
aptidões climáticas de algumas culturas:
Abacaxi
59
Algodão herbáceo
Banana
60
Caju
Cana-de-açúcar
61
Feijão
Mamona
62
Mandioca
Milho
63
Sisal
Sorgo
64
Simbologia
Aptidão edáfica
Classe I: Aptos para culturas intensivas com práticas de conservação simples, plantio em
nível, rotação de cultura e adubação.
Classe II: Aptos para culturas com moderadas práticas de conservação do solo,
obedecendo o plantio em faixas de culturas, terraços de base larga e em
nível. Os solos desta classe apresentam as seguintes características: relevo
plano e ondulado; fertilidade média a alta; erobilidade de moderada a forte e
mecanizáveis.
Classe III: Requerem práticas intensivas de conservação de solo. AS culturas devem ser
implantadas por faixas, em nível e com alta densidade de plantas por área.
Os terraços devem se mantidos e a fertilização implementada. São solos com
boa fertilidade, relevo plano a ondulado, erodibilidade moderada a forte,
mecanizáveis e conservação simples a moderadas.
65
Classe IIIa: Solos aluviais e hidromorfos, necessitando de obras de drenagem, para melhor
adaptabilidade das culturas. Para melhor utilização desses solos deve-se
fazer retificações e o aprofundamento dos leitos responsáveis por
inundações, utilizar sistemas de drenagem e usar culturas adaptadas.
Classe IV e Subclasse IVf: Terras de relevo acentuado ou ondulado mas de fertilidade
média a alta e fortes restrições à mecanização. Podes ser utilizados para
algumas culturas perenes ou pastagens em rotação cm culturas anuais.
Devem ser obedecidos o plantio em nível, terraceamento e fertilidade de
acordo com o solo e exigências da cultura.
Classe V: Solos aluviais e hidromorfos recomendáveis para culturas apenas quando
possível a construção de sistemas de drenagem, necessitando por tanto, a
manutenção de drenos e em alguns casos, a implantação de drenagem
artificial.
Classe VI e subclasse VIf: Devido a problemas de relevo, os solos dessas classes são mais
apropriados para pastagens ou para silvicultura. Quando explorados com
pecuária, devem ser utilizadas culturas forrageiras de densa vegetação,
plantadas em nível e com controle de erosão, pastoreio e pisoteio. Quando
explorados com florestas deve-se observar o desbaste seletivo a fim de
preservar a floresta como recurso natural, introdução de espécies de maior
valor econômico, e proteção contra incêndios. Os cerrados e campos fazem
parte da subclasse VIf.
Classe VII e SubClasse VIIpe, VIIp e VIIf: Solos típicos para a silvicultura, devido ao
relevo acentuado. Em alguns casos são usados com pastagens e, em geral,
recomenda-se manter os solos sempre cobertos com vegetação, evitando
assim os efeitos destrutivos da erosão.
Classe VIII e Subclasse VIIIa: Solos inadequado a qualquer tipo de cultura e devem
permanecer com a cobertura natural.
66
9. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Allen, R.G.; Smith, M.; Perier, A.; et al. An Update for the definition of reference
evapotranspiration. ICID Bulletin, New Delhi, v. 43 n. 2, p. 1-31, 1994.
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crop water requirements. FAO IRRIGATION AND DRAINAGE PAPER 56, Roma,
Itália, 1998, 300p.
Bernardo, S. Manual de Irrigaçãol. 4. ed. Viçosa, UFV, Impr. Univ., 1986. 488p.
Doorenbos, J.; Pruitt, W.O. Guidelines for predicting crop water requirements. Roma:
FAO, 1977, 198p. (Irrigation & Drainage paper 24).
Hargreaves, G. H. Estimation of potential and crop evapotranspiration. Trans. ASAE, 174,
v. 17, p.701-704, 1974.
Jensen, M.E.; Haise, H.R. Estimating evapotranspiration from solar radiation. J. Irrig.
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Priestley, C.H.B.; Taylor, R.J. On the assessment of surface heat flux and evaporation
using large-scale parameters. Monthly Weather Ver., Washington, v.100, p.81-92, 1972.
Varejão, S. M. A. Meteorologia e Climatologia/ Brasília: INMET, Gráfica e Editora Pax,
2001.
Azevedo, P. V. Notas de Aulas do professor Pedro Vieira de Azevedo. Departamento de
Ciências Atmosféricas – DCA – Universidade Federal de Campina Grande.
Viswanadham, Y.; Silva Filho, V.P.; Andre, R.G.B. The Priestley-Taylor parameter α for
the Amazon forest. Forest Ecology Management, Amsterdan, v.38, p.211-225, 1991.
67
GABARITO DO PRÉ-TESTE
QUESTÕES RESPOSTAS
1 C
2 B
3 A,B
4 C
5 A
PÓS-TESTE
68
Obs. Os dados necessários para resolver as questões 9 e 10 podem ser obtidos no site:
http://www.dca.ufpb.edu.br (informações/clima). Nesse mesmo site encontram-se para
download os softwares SEVAP e Estima_T).
69