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“O neoliberalismo é o corolário da reação burguesa à sua própria
crise e que tem como eixo central uma forte ofensiva sobre os trabalhadores,
tendo em vista a extração do mais valor em condições ótimas ao redor do
mundo, em especial nos países dependentes, em busca do diferencial de
produtividade do trabalho (Mandel, 1982) e onde a regra é a superexploração
da força de trabalho (Marini, 1973)”.
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As IES determinam grande influência nas regiões onde passam a atuar.
Melhora-se assim, as condições de vida daqueles que se oportunizam dessas
instalações e de políticas de incentivo do governo federal.
A partir daqui, descrevo algumas opiniões desses autores e as contraponho
caso necessite. Programas como REUNI. O Reuni foi regulamentado pelo Decreto n.
6.096, de 24 de abril de 2007, objetivando a reestruturação física e acadêmica das
unidades então existentes, a interiorização e, ainda, a criação de novas universidades
e institutos de educação superior em todo o país, tendo como contrapartida a melhoria
e o aperfeiçoamento da capacidade de atendimento das IES (SILVA, 2016). Mesmo o
autor relatando que tal programa estimulou o crescimento das IES a partir da iniciativa
privada, vejo isso de maneira natural. Assumir a total responsabilidade do ensino
superior em qualquer que seja o momento, requer planejamento a longo prazo, muito
investimento e, minimizando tudo o que poderia continuar relatando, o mais sensato
realmente seria compartilhar com a rede privada e receber parte desse investimento
em forma de bolsas de estudos e projetos de pesquisa e extensão. Assim acredito no
Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Financiamento Estudantil (Fies).
Destaco aqui o trabalho Políticas Públicas e Educação do campo. Poucos
são os que conhecem os programas políticos destinados a educação do campo. Tal
afirmação confirmo por trabalhar em uma instituição com cursos voltados ao campo.
Dificilmente pessoas fora dessa realidade possuem tal conhecimento. Assim trago
alguns desses programas como Projovem Campo/ Saberes da Terra, 2008; Procampo
- Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura em Educação do Campo,
2009; Pronera - Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária, 2010;
Pronacampo - Programa Nacional de Educação do Campo, 2013; e Programa Escola
da Terra, 2013. Muitas dessas políticas materializam a luta em defesa dos princípios
da Educação do Campo.
Cada um dos programas do parágrafo anterior pode ser mais bem
conhecido no Editorial Políticas públicas e educação do campo.
Infelizmente a partir do golpe de Michel Temer em 2016, as políticas
neoliberalistas novamente entram em pauta e de maneira mais agravante e corroboro
com a citação de Tagliavini (2019):
A partir do golpe perpetrado contra a democracia brasileira,
em 2015/16, com o impedimento, por fútil justificativa, de uma
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Presidenta eleita pelo voto popular, e a ocupação do Estado
pelas lideranças das velhas oligarquias brasileiras, com o
suporte, no Congresso Nacional, das bancadas da bíblia, do boi
e da bala, e, em algumas situações, com a aparente conivência
do Poder Judiciário, a cada nova revisão dos textos, tínhamos
que continuar suprimindo os direitos (TAGLIAVINI, 2019, p.131).