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O processo
Acho que o primeiro passo para passar em um concurso deste porte é definir o
quanto você deseja esta aprovação. Eu sempre me colocava no lugar de uma
pessoa casada, com 2 filhos para criar, em um emprego de baixa remuneração,
e que aproveitava CADA MINUTO do pouco tempo disponível para ler
algumas palavras de conteúdo para conseguir uma aprovação. Para que você
tire a vaga de uma pessoa como essa, você REALMENTE deve merecer isto,
abrindo mão de muitas coisas boas da vida para ler e se aperfeiçoar nas
matérias em busca de um bom desempenho. Poucas pessoas entendem o
quanto de dedicação é necessário para isso. As frases que eu mais ouvia eram
essas: “Você vai estudar agora?? Mas nem saiu o pedido de autorização
ainda!!”; “Você vai deixar de sair com a galera? Mas o MPOG nem autorizou
ainda!!”; “Você não vai ao show do Paul McCartney com a gente?? Mas nem
saiu o edital ainda!!”; “Você não vai ir pra night com a gente?? O edital
acabou de sair!” e etc… A única coisa que me arrependi de não fazer foi de
não ir ao show do Paul mesmo, rsrs… Mas, paciência… Para superar essas
frases dos amigos você deve entender como que você pensa e enxerga as
coisas. No meu caso, o mais importante era ficar com a consciência limpa.
Assim, eu estudei o máximo que eu pude e fiz a prova relativamente tranquilo.
Para mim, o pior cenário possível não é estudar muito e não passar. É estudar
pouco e não passar por uma questão. Se eu desse o meu máximo e não
passasse, eu saberia que aquilo não era para ser. Afinal, eu fiz o que estava ao
meu alcance.
O segundo passo é definir UM CONCURSO ESPECÍFICO para mirar e
definir um prazo confortável. A minha recomendação para quem vai começar
do zero é um horizonte de 1 a 1,5 anos. Muitas pessoas irão dizer que
aplicando técnicas otimizadas você consegue aprender as coisas mais
rapidamente e etc… Respeito muito quem diz isso, mas acho que o objetivo é
ter um tempo para chegar com a matéria bastante amadurecida e solidificada
na cabeça, com muita calma. Para isso, o cérebro precisa de um tempo. No
caso do concurso de AFRFB, são aproximadamente 20 disciplinas
(destrinchando bem o edital dá mais ou menos essa quantidade de matérias).
O ideal é que você esteja muito bem preparado em todas elas, de modo que
quando sair o edital você possa dedicar 80% do seu tempo para as novidades.
Os outros 20% ficam para revisão das outras matérias. Outra coisa muito
importante para ter em mente é o fato de que a ESAF, na prova para AFRFB,
não está procurando o candidato que saiba TUDO sobre as 20 matérias. Isso é
humanamente impossível. Talvez só o Demétrio consiga (mas eu tenho uma
teoria de que ele não era humano, rsrs… era simplesmente um caso à parte). O
que a ESAF quer é um candidato que saiba lidar bem com essas adversidades
e consiga uma boa nota final, priorizando os aspectos mais importantes. Como
diria o MESTRE Ricardo Alexandre, o objetivo do concurseiro é estudar até o
ponto em que a sorte não seja um fator DECISIVO na sua aprovação. Ela é
sempre bem vinda, mas não pode ser ela o fator que irá determinar se o seu
nome estará ou não na lista de aprovados. Para ficar em primeiro lugar, podem
ter a certeza de que eu tive sorte. Mas sem a sorte, acredito que ainda estaria
entre os 15 primeiros.
Acho que, principalmente para quem não trabalha, e, por isso, estuda muitos
dias seguidos, é muito importante relaxar de 1 a 2 horas no final do dia.
Quando coincidia de eu folgar 2 dias seguidos eu fazia isso. Se não fizesse,
meu cérebro acharia que do momento em que acordo até o último piscar de
olhos eu estaria estudando, o que torna tudo muito mais cansativo, diminuindo
a produtividade do dia seguinte. Assim, essa relaxada no final da noite era
fundamental para mim. Eu costumava ficar vegetando na frente da TV
assistindo àqueles filmes de ação, que não demandam nenhum tipo de
raciocínio, rsrsrs…
CONTABILIDADE
TRIBUTÁRIO
CONSTITUCIONAL
ADMINISTRATIVO
RAC. LÓGICO
FINANÇAS
ECONOMIA
CONTABILIDADE
COMÉRCIO
TRIBUTÁRIO
etc…
Fazendo as provas
No primeiro dia eu sabia que iria duelar com o relógio. Afinal, era português e
raciocínio lógico no mesmo dia. Além disso, em relação ao concurso de 2009,
a ESAF adicionou 10 questões e não concedeu mais tempo. Isso tudo é um
prato cheio para um completo DESASTRE. Bom, eu adotei a tática de fazer
algumas questões de cada matéria ao invés de fazer todas de cada, pois assim
garantiria o mínimo em cada disciplina. Foi mais ou menos assim: Fiz 14 das
20 questões de português. Sempre ia diretamente para as perguntas e, quando
era puramente de interpretação de texto, eu pulava sem piedade, porque sabia
que iria demorar. Depois pulei para inglês, matéria que acho fácil. Fiz
rapidamente 6 das 10 questões. Pulei para civ/comerc/penal e fiz 10 das 20
questões. Para meu desespero, diferentemente da prova de 2009, as questões
de civ/comerc/penal estavam MUITO LONGAS E COMPLICADAS. Depois
disso, pulei para adm. geral/pública e fiz 6 das 10 questões. Finalmente, fui
para a prova de raciocínio lógico. Quando terminei a DÉCIMA QUESTÃO, a
fiscal largou a bomba: “falta 1 hora para o fim”. Foi um desespero imediato.
Respirei fundo, e procurei nas 10 restantes de raciocínio lógico algumas que
pudessem ser resolvidas mais rapidamente e consegui fazer mais 3. Depois
disso, voltei para as matérias anteriores e procurei fazer as questões restantes
de cada uma delas. Quando faltavam 10 minutos, ainda restavam 7 de
raciocínio lógico e 10 de civ/comerc/penal. Já havia preenchido o gabarito das
questões que havia feito, então só me restou contar as alternativas. Depois de
contar todas, a letra que menos havia sido assinalada por mim foi a letra “D”.
Assinalei as 7 de raciocínio lógico e as 10 de civ/comerc/penal na letra “D” e
entreguei o gabarito. Foi, com certeza, um dos dias mais desesperadores da
minha vida. Resultado: na prova de rac. lógico, das 13 que fiz, acertei todas.
Das 7 que chutei, acertei 3, conseguindo 16 questões das 20. Em
civ/comerc/penal, só queria fazer o mínimo, e acabei fazendo 11 das 20.
No segundo dia não houve sofrimento, pois não faltou tempo para realizar as
provas.
Bom, essas foram as minhas experiências até o dia da prova. Agora, vou falar
um pouco sobre os materiais que usei para estudar.
Bibliografia
Gostaria de destacar que, para mim, que não sabia NADA dessas matérias, foi
importante um professor que nem o Sérgio Carvalho. Ele explica a matéria
como se você fosse uma criança de 10 anos de idade, o que pra mim é ótimo.
No final, você resolve questões cascudas sem se dar conta do real nível de
dificuldade dela.
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Contabilidade – Pessoal, até hoje não consegui achar nenhum curso melhor
do que o do Luiz Eduardo de 2009 do ponto dos concursos. Ele é uma obra de
arte. O que me atraiu no curso foi a mesma coisa que afastou muita gente:
suas 3.500 páginas de extensão. Eu pensei: finalmente vou aprender
contabilidade. Hoje em dia este curso está desatualizado, então talvez seja um
pouco perigoso estudar por ele. Na minha opinião, dá fazer este curso ainda e
depois fazer um curso atualizado do Gabriel Rabelo, que é excelente. Para um
primeiro contato com a matéria, sugiro um curso regular em video-aulas do
professor Silvio Sande ou do Marcondes Fortaleza. Ambos são sensacionais!!
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Últimas considerações
Resumos: fazer ou não fazer?? Galera, isso é muito pessoal. Eu acredito que
os resumos são muito importantes, mas eu me sinto agoniado fazendo-os. Sou
hiperativo por natureza, então tenho dificuldades para fazer resumos, que
geralmente são demorados. Eu prefiro usar a minha Constituição Anotada (do
Vampiro) e imprimir leis e encher todos eles de anotações e rabiscos. O
importante é “personalizar” os materiais, fazendo coisas com o próprio punho.
Isso facilita a memorização. Entretanto, para algumas disciplinas,
principalmente aquelas que não têm muitos exercícios para resolver, eu me
rendi e fiz os resumos. Fiz resumos para Comércio Internacional e Auditoria,
sem contar as inúmeras fórmulas de estatística e análise de balanços que eu
escrevia num papel e lia quase todos os dias. Os meus resumos eram feitos à
mão mesmo, com lápis e caneta, bem “feio”.
Video-aulas, livros ou PDF? Salvo exceções, como o início dos estudos para
contabilidade e raciocínio lógico (em sentido amplo, abrangendo estatística,
mtm financeira etc…), acredito que quem estuda por livros e aulas em PDF e
resolve vários exercícios adquire um conhecimento muito mais sólido do que
uma pessoa que apenas assiste a video-aulas. Isso se tornou ainda mais
importante com as discursivas. Uma outra exceção são as aulas filmadas do
Ricardo Alexandre. Se tiver a oportunidade, assista a essas aulas. São
incríveis!!
Galera, é mais ou menos isso… Devo ter decepcionado quem achou que eu
utilizei técnicas incríveis e mirabolantes… A aprovação foi apenas fruto de
muito estudo e disciplina. O grande consolo é que quem estuda passa, é só
uma questão de tempo.
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