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SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

BIHL ELERIAN ZANETTI


Prefeito Municipal

BELENICE KOFFKE BUFF ROTINI


Vice-Prefeita

PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022-2025

MICHEL GIL VESPASIANO LOPES


Secretário Municipal de Saúde

VALDIVIO MENDES DE OLIVEIRA


Presidente do Conselho Municipal de Saúde

2021

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

DIRETORES

ROSEMARI DE FÁTIMA COELHO BRUNHAROTTO


Coordenação Geral da Atenção à Saúde

MARIELA COSTA ZANINI


Supervisão de Apoio a Rede de Atenção Primária

SCHEYLA EVANA IEDOWSKI VOSS


Supervisão dos Programas de Saúde da Mulher e Materno- Infantil

LEONARDO FERREIRA FILIPPIN


Coordenação da Saúde Bucal

MARISA LEAL FERREIRA PANZARINI


Diretor Geral Vigilância em Saúde

JOSIANE LUNARDON
Coordenação da Vigilância Epidemiológica

ANDIARA CRISTINA BANDEIRA FILIPPIN


Coordenação da Vigilância Sanitária

ANA PAULA JACINTO DE OLIVEIRA


Coordenação da Vigilância Ambiental

ADRIANA HORZEY DE SOUZA VOLTOLINI


Coordenação CAPS

NILMARA ROCHA DE SOUZA DA SILVA


Responsável – Central de Regulação

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

EQUIPE DE ELABORAÇÃO
Decreto nº 1.544, de 09 de julho de 2021

Comissão de Elaboração do Plano Municipal de Saúde de Campina Grande do Sul, 2022-2025

I - Representantes de gestão:
a) Membro Titular: MICHEL GIL VESPASIANO LOPES
b) Membro Suplente: ROSEMARI DE FÁTIMA COELHO BRUNHAROTTO

II - Representantes de Média e Alta Complexidade:


a) Membro Titular: ALLAN DUVOISIN
b) Membro Suplente: EVERSON MALEK DOS SANTOS

III - Representantes de atenção primária:


a) Membro Titular: AMANDA LOUYSE SCHUERTZ
b) Membro Suplente: SCHEYLA EVANA LEDOWSKI VOSS

IV - Representantes da Vigilância em Saúde:


a) Membro Titular: MARISA LEAL FERREIRA PANZARINI
b) Membro Suplente: JOSIANE LUNARDON

V - Representantes do Centro de Atenção Psicossocial:


a) Membro Titular: ADRIANA HORZEY DE SOUZA VOLTOLINI
b) Membro Suplente: FELIX DA SILVA NETO

VI - Representantes da área de Saúde Bucal:


a) Membro Titular: LEONARDO FERREIRA FILIPPIN
b) Membro Suplente: JÚLIO CÉSAR VIDOLIN

VII - Representantes da área de Assistência Farmacêutica:


a) Membro Titular: JAQUICELI TEREZINHA VIDOLIN MANIKA
b) Membro Suplente: FLÁVIA CRISTINA PETYCOVSKI

VIII - Representantes da área de Regulação em Saúde:


a) Membro Titular: NILMARA ROCHA DE SOUZA DA SILVA
b) Membro Suplente: ELISANGELA EMÍLIA DOS REIS STRAPASSON

IX - Representantes do Conselho Municipal de Saúde:


a) Membro Titular: VALDIVIO MENDES DE OLIVEIRA
b) Membro Suplente: KARLA BUSNARDO DE SOUZA SERRANO

Coordenação geral: MICHEL GIL VESPASIANO LOPES


Coordenação Adjunta: ROSEMARI DE FATIMA COELHO BRUNHAROTTO

Assessoria: ALVARO MARKOSKI

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE


Decreto 1104 15/32019 alterado pelo Decreto 1593/2021

I - REPRESENTANTE DO SEGMENTO DOS GESTORES:


a) Titular: Marlova Elizabete Silveira
b) Suplente: Rosimari de Fátima Coelho Brunharotto;
c) Titular: Allan Duvoisin;
d) Suplente: Mariela Costa Zanini.

II - REPRESENTANTE DO SEGMENTO DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS:


a) Titular: Beatriz Pasternoster
b) Suplente: Roselaine Sabadim da Silva

III - REPRESENTANTRE DO SEGMENTO DOS TRABALHADORES:


a) Titular: Karla Busnardo de Souza Serrano
b) Suplente: Marcelo Zandona Blank
c) Titular: Leila Batista Pires dos Santos
d) Suplente: Jonatas Correa
e) Titular: Juliana Franco dos Santos
f) Suplente: Maria Consilia Bocchetti

IV - REPRESENTANTE DO SEGMENTO DOS USUÁRIOS:


a) Titular: Valdivio Mendes de Oliveira;
b) Suplente: Volnei de Souza Washington;
c) Titular: Claudete Coimbra;
d) Suplente: Norma Lurdes Rodrigues;
e) Titular: Maria Salete Berlanda;
f) Suplente: Gasilda Maria Neima Rocha;
g) Titular: Júlio Ramon;
h) Suplente: Ângelo Veleda Lopez;
i) Titular: Jose Rafael Trevisan;
j) Suplente: Rozana Andrade de Souza;
k) Titular: Roseli Henemann dos Santos;
l) Suplente: José Sebastião Alves.

Mesa Diretora
Presidente Valdivio Mendes Oliveira
Vice-Presidente Marlova Elizabete Silveira
Secretaria Karla Busnardo de Souza Serrano

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

INFORMAÇÕES DO ÓRGÃO EXECUTOR

Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande do Sul


Nome do Órgão SMS DE CAMPINA GRANDE DO SUL
Número CNES 6570216
CNPJ 76.105.600/0001-86
Endereço Rodovia do Caqui, 540 – Recanto Verde
Email saude@pmcgs.pr.gov.br
Telefone (41) 3676-8101

Fundo Municipal de Saúde


Instrumento de criação Lei nº 84
Data de criação 21/12/2010
CNPJ 11.522.710.0001-06
Natureza Jurídica Público
Nome do Gestor do Fundo MICHEL GIL VESPASIANO LOPES

Conselho Municipal de Saúde


Instrumento Legal de Criação Lei nº 09 17/07/1991
Endereço Rua Júlio Guidolin, Nº 72 - Bairro Santa Rosa
E-mail vmomendes@hotmail.com; conselho_saude@gmail.com
Telefone (41) 3679-6154
Nome do Presidente VALDIVIO MENDES DE OLIVEIRA

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante


políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença
e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e
serviços para a promoção, proteção e recuperação”.
Constituição Federal de 1988, artigo 196.

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

SECRETARIA DE SAÚDE DE CAMPINA GRANDE DO SUL

A Secretaria Municipal de Saúde planeja e executa a política de saúde no município de Campina Grande do Sul,
por meio da implementação do Sistema Municipal de Saúde e do desenvolvimento de ações de
promoção, proteção e recuperação da saúde da população, com a realização integrada
de atividades assistenciais e preventivas.

MISSÃO

Promover saúde e qualidade de vida a população de


Campina Grande do Sul.

VISÃO

Ser referência nos serviços de prevenção promoção e restabelecimento da saúde


apresentando melhores índices entre os municípios da
2ª Regional de Saúde do Paraná.

VALORES

Ética Integridade
Equidade Compromisso

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

SIGLAS E ABREVIATURAS

ACS – Agentes Comunitários de Saúde ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável


AIH – Autorização de Internação Hospitalar OMS – Organização Mundial de Saúde
CAPS – Centro de Atenção Psicossocial ONU – Organização das Nações Unidas
CGS – Campina Grande do Sul PAS – Programação Anual de Saúde
CID – Código Internacional de Doenças PBF - Programa Bolsa Família
CIR – Comissão Intergestores Regionais PcD – Pessoas com Deficiência
CIB – Comissão Intergestores Bipartite PIB - Produto Interno Bruto
CIT – Comissão Intergestores Tripartite PM- Prefeitura Municipal
CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimentos de PMS – Plano Municipal de Saúde
Saúde PMAQ – Programa de Melhoria da Qualidade na
CMS - Conselho Municipal de Saúde Atenção Básica
COMESP – Consórcio Metropolitano de Saúde do PNI – Programa Nacional de Imunizações
Paraná PPA - Plano Plurianual
CONASS – Conselho Nacional de Secretários de PSE – Programa Saúde na Escola
Saúde SESA – Secretaria Estadual de Saúde
COSEMS-PR – Conselho de Secretários Municipais SIA – Sistema de Informações Ambulatoriais do
de Saúde do Paraná SUS
CRAS – Centro de Referência e Assistência Social SIAB – Sistema de Informações da Atenção Básica
DATASUS – Departamento de Informática do SIM – Sistema de Informações sobre Mortalidade
Sistema Único de Saúde SINAN – Sistema de Informações de Agravos de
ESB – Estratégia Saúde Bucal notificação
ESF – Estratégia Saúde da Família SINASC – Sistema de Informações sobre Nascidos
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Vivos
IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação SISÁGUA – Sistema de Informação da Qualidade da
Básica Água
IDH-M - Índice de Desenvolvimento Humano SISPACTO – Sistema do Pacto pela Saúde
Municipal SI-PNI - Sistema de Informações - Programa
IDSUS – Índice de Desenvolvimento do SUS Nacional de Imunizações
IPARDES – Instituto Paranaense de SISVAN – Sistema de Vigilância Alimentar e
Desenvolvimento Econômico e Social Nutricional
LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias SMS – Secretaria Municipal de Saúde
LOA - Lei Orçamentária Anual SUS – Sistema Único de Saúde
MP/PR – Ministério Público/Paraná UPA – Unidade de Pronto Atendimento
MS – Ministério da Saúde US – Unidade de Saúde
MDS – Ministério do Desenvolvimento Social UBS – Unidade Básica de Saúde
NASF – Núcleo de Apoio à Saúde da Família USF – Unidade de Saúde da Família
NV – Nascidos Vivos

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

ÍNDICE DE TABELAS, FIGURAS, QUADROS, GRÁFICOS

TABELAS

TABELA 1 POSIÇÃO GEOGRÁFICA ..................................................................................................................................................................................... 23


TABELA 2 ÁREA TERRITORIAL E DISTÂNCIA À CAPITAL ................................................................................................................................................... 23
TABELA 3 TIPO DE ESTABELECIMENTO POR TIPO DE GESTÃO, 2021 ............................................................................................................................ 29
TABELA 4 TIPO DE ESTABELECIMENTO POR ESFERA JURÍDICA, 2021 ........................................................................................................................... 29
TABELA 5 GRUPO DE EQUIPAMENTOS EXISTENTES E DISPONÍVEIS AO SUS................................................................................................................ 30
TABELA 6 EXAMES LABORATORIAIS 2017-2020. ........................................................................................................................................................... 30
TABELA 7 DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA – PROCEDIMENTOS SELECIONADOS, 2017-2020. ................................................................................. 31
TABELA 8 ATENDIMENTOS SELECIONADOS NO MUNICÍPIO, 2017-2020. ................................................................................................................. 31
TABELA 9 CONSULTAS ESPECIALIZADAS NO MUNICÍPIO, 2017-2020 ........................................................................................................................ 31
TABELA 10 CONSULTAS ESPECIALIZADAS – CREDENCIAMENTOS / SUS ....................................................................................................................... 32
TABELA 11 AGENDAMENTO VIA COMESP ....................................................................................................................................................................... 33
TABELA 12 CONSULTAS ESPECIALIZADAS – COMESP ..................................................................................................................................................... 34
TABELA 13 DEMANDA REPRIMIDA CONSULTAS ESPECIALIZADAS ............................................................................................................................. 35
TABELA 14 DEMANDA REPRIMIDA, EXAMES ESPECIALIZADOS .................................................................................................................................. 35
TABELA 15 ATENDIMENTOS DA CENTRAL DE REMOÇÃO, 2020 ................................................................................................................................... 37
TABELA 16 POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO, CENSO E ESTIMATIVAS, 2010-2020 ............................................................................................................ 38
TABELA 17 POPULAÇÃO CENSITÁRIA SEGUNDO TIPO DE DOMICÍLIO E SEXO ............................................................................................................ 39
TABELA 18 TAXA DE CRESCIMENTO GEOMÉTRICO POPULACIONAL (%) ..................................................................................................................... 40
TABELA 19 AJUSTE DA POPULAÇÃO ................................................................................................................................................................................. 40
TABELA 20 DENSIDADE DEMOGRÁFICA E GRAU DE URBANIZAÇÃO ............................................................................................................................ 41
TABELA 21 POPULAÇÃO CENSITÁRIA SEGUNDO COR/RAÇA – 2010 ............................................................................................................................ 42
TABELA 22 - ESTRUTURA ETÁRIA, RAZÃO DE DEPENDÊNCIA E ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO. ................................................................................. 42
TABELA 23 - TAXAS DE FECUNDIDADE CAMPINA GRANDE DO SUL E ESTADO DO PR. ............................................................................................... 43
TABELA 24 ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER 2000-2010. ............................................................................................................................................. 43
TABELA 25 POPULAÇÃO COM PLANO DE SAÚDE ........................................................................................................................................................... 44
TABELA 26 PRODUTO INTERNO BRUTO, 2018 ................................................................................................................................................................ 44
TABELA 27 PAINEL DE INDICADORES ECONÔMICOS ...................................................................................................................................................... 45
TABELA 28 IDH-M E SEUS INDICADORES.......................................................................................................................................................................... 47
TABELA 29 ÍNDICE IPARDES DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL ................................................................................................................................ 48
TABELA 30 INDICADORES DE VULNERABILIDADE ........................................................................................................................................................... 49
TABELA 31 ACOMPANHAMENTOS NO SISVAN, 2020. ................................................................................................................................................... 51
TABELA 32 ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE 0 A 5 ANOS, 2020 ....................................................................................................................... 51
TABELA 33 ESTADO NUTRICIONAL DE GESTANTES, 2020 .............................................................................................................................................. 52
TABELA 34 ENERGIA ELÉTRICA .......................................................................................................................................................................................... 52
TABELA 35 DOMICÍLIOS E SANEAMENTO ........................................................................................................................................................................ 53
TABELA 36 INDICADORES DE TRABALHO E RENDIMENTO............................................................................................................................................. 55
TABELA 37 PANORAMA REFERENTE À EDUCAÇÃO ........................................................................................................................................................ 55
TABELA 38 CADASTRO ÚNICO E FAMÍLIAS, MAIO/2021 ................................................................................................................................................ 61
TABELA 39 BENEFICIÁRIOS DO BPC, MAIO/2020 ............................................................................................................................................................ 62
TABELA 40 NASCIDOS VIVOS, 2010-2020......................................................................................................................................................................... 68

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

TABELA 41 TAXA BRUTA DE NATALIDADE, 2017-2020 ................................................................................................................................................... 68


TABELA 42 FAIXA ETÁRIA DAS MÃES, 2017-2010............................................................................................................................................................ 69
TABELA 43 FAIXA ETÁRIA DA MÃE - PADRÃO, 2017-2020 ............................................................................................................................................. 69
TABELA 44 TAXA DE GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA ....................................................................................................................................................... 70
TABELA 45 PESO AO NASCER, 2017-2020 ........................................................................................................................................................................ 70
TABELA 46 BAIXO PESO AO NASCER................................................................................................................................................................................. 70
TABELA 47 TIPO DE PARTO ................................................................................................................................................................................................ 71
TABELA 48 CONSULTAS PRÉ-NATAL, 2017-2020 ............................................................................................................................................................. 71
TABELA 49 CONSULTAS DE PRÉ-NATAL (7 OU +), 2017-2020 (%) .................................................................................................................................. 71
TABELA 50 NÚMERO DE ÓBITOS, 2010-2020 .................................................................................................................................................................. 72
TABELA 51 TAXA DE MORTALIDADE: NÚMERO DE ÓBITOS/1000 HABITANTES ......................................................................................................... 72
TABELA 52 CAUSAS DE ÓBITOS, 2017-2020..................................................................................................................................................................... 73
TABELA 53 GRUPO DE CAUSAS DE ÓBITOS, 2017-2020 ................................................................................................................................................. 74
TABELA 54 MORTALIDADE POR GRUPOS DE CAUSAS (%), MUNICÍPIO E ESTADO, 2019-2020.................................................................................. 75
TABELA 55 MORTALIDADE POR GRUPO DE CAUSAS E SEXO, 2017-2020 .................................................................................................................... 76
TABELA 56 MORTALIDADE POR FAIXA ETÁRIA, ACUMULADO 2017-2020................................................................................................................... 77
TABELA 57 MORTALIDADE POR FAIXA ETÁRIA, ACUMULADO - 2017-2020 ................................................................................................................ 78
TABELA 58 MORTALIDADE PREMATURA POR GRUPO DE CAUSAS, ACUMULADO 2017-2020 ................................................................................. 79
TABELA 59 ÓBITOS PREMATUROS POR CAUSAS, 2017-2020 ........................................................................................................................................ 79
TABELA 60 MORTALIDADE PREMATURA POR FAIXA ETÁRIA, ACUMULADO 2017-2020 ........................................................................................... 82
TABELA 61 TAXA DE MORTALIDADE PREMATURA, 2017-2020..................................................................................................................................... 85
TABELA 62 MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS, 2016-2019 .................................................................................................................................. 85
TABELA 63 ÓBITOS DE MULHERES EM IDADE FÉRTIL E MATERNOS, 2016-2019......................................................................................................... 86
TABELA 64 ÓBITOS DE MULHERES EM IDADE FERTIL POR CAUSA, 2016-2019............................................................................................................ 86
TABELA 65 ÓBITOS MATERNOS, CAUSAS E TAXA DE MORTALIDADE MATERNA, 2016-2019 ................................................................................... 87
TABELA 66 COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL, 2017/2020 .............................................................................................................................. 87
TABELA 67 MORTALIDADE INFATIL POR FAIXA ETÁRIA E FETAL, 2017/2020 ............................................................................................................... 87
TABELA 68 CAUSAS DE MORTALIDADE INFANTIL, 2016-2020 ....................................................................................................................................... 87
TABELA 69 ÓBITOS FETAIS POR CAUSAS, 2017-202........................................................................................................................................................ 88
TABELA 70 ÓBITOS POR CAUSAS EVITÁVEIS DE 5 A 74 ANOS, 2017-2020 ................................................................................................................... 89
TABELA 71 DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO, 2017-2020 EQUIPE ........................................................................................................................................ 91
TABELA 72 CASOS E ÓBITOS DE SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE POR INFLUENZA .................................................................................. 92
TABELA 73 RESULTADO DA CAMPANHA DA VACINAÇÃO CONTRA A INFLUENZA, 2017-2020 ................................................................................ 93
TABELA 74 ÓBITOS POR DOENÇAS DIARREICAS, 2017-2020 ......................................................................................................................................... 93
TABELA 75 COBERTURA POR IMUNOBIOLÓGICOS, 2017-2020 .................................................................................................................................... 94
TABELA 76 COBERTURA VACINAL – TODAS AS VACINAS (%), 2017-2020 .................................................................................................................... 95
TABELA 77 COBERTURA VACINAL EM MENORES DE 2 ANOS, 2017-2020 ................................................................................................................... 95
TABELA 78 COBERTURA VACINAL EM MENORES DE 01 ANO, 2017-2020 ................................................................................................................... 95
TABELA 79 AIDS ADULTO – NOTIFICAÇÕES, 2017-2020 ................................................................................................................................................. 96
TABELA 80 HIV EM GESTANTES – NOTIFICAÇÕES, 2017-2020....................................................................................................................................... 96
TABELA 81 SÍFILIS ADQUIRIDA – CASOS E TAXA DE DETECÇÃO, 2017-2020. ............................................................................................................... 97
TABELA 82 SÍFILIS EM GESTANTES, 2017-2020 ................................................................................................................................................................ 97
TABELA 83 SÍFILIS CONGÊNITA SEGUNDO IDADE DA CRIANÇA POR ANO DE DIAGNÓSTICO, 2017-2020 ................................................................ 97
TABELA 84 TUBERCULOSE SITUAÇÃO DE ENCERRAMENTO, 2017-2020 ..................................................................................................................... 98
TABELA 85 CASOS DE HEPATITE B E TAXA DE DETECÇÃO (POR 100.000 HABITANTES), 2017-2020.......................................................................... 98

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

TABELA 86 CASOS DE HEPATITE C E TAXA DE DETECÇÃO (POR 100.000 HABITANTES), 2017-2020 ..................................................................... 98
TABELA 87 CASOS DE HANSENÍASE, 2017-2020 .............................................................................................................................................................. 99
TABELA 88 VIOLÊNCIA INTERPESSOAL E AUTOPROVADA, 2017-2020....................................................................................................................... 99
TABELA 89 INTERNAMENTOS POR CAUSAS, 2016-2020 ..............................................................................................................................................100
TABELA 90 INTERNAMENTOS, POR SEXO, ACUMULADO 2016-2020 .........................................................................................................................101
TABELA 91 INTERNAMENTOS POR FAIXA ETÁRIA, ACUMULADO 2016-2020............................................................................................................102
TABELA 92 CAUSAS DE INTERNAÇÕES SENSÍVEIS A ATENÇÃO PRIMÁRIA (ICSAP), 2017-2020 ................................................................................103
TABELA 93 PERCENTUAL DE INTERNAÇÕES SENSÍVEIS A ATENÇÃO PRIMÁRIA, 2017-2020 ....................................................................................104
TABELA 94 PACTUAÇÃO INTERFEDERATIVA E RESULTADOS, 2017/2020 ENVIADO POR SCHEYLA 19OUT ............................................................104
TABELA 96 PACTUAÇÃO INTERFEDERATIVA, PERCENTUAL DE RESULTADOS ATINGIDOS, 2017-2020 ...................................................................105
TABELA 97 COMPARATIVO EPIDEMIOLÓGICO – INDICADORES SELECIONADOS, MUNICÍPIO E ESTADO...............................................................107
TABELA 98 INTOXICAÇÃO EXÓGENA – POR AGENTE, 2017-2020 ...............................................................................................................................110
TABELA 99 PROCEDIMENTOS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2017-2020 .......................................................................................................................111
TABELA 100 NOTIFICAÇÃO DOS AGRAVOS DA SAÚDE DO TRABALHADOR ...............................................................................................................113
TABELA 101 AVALIAÇÃO DO MUNICÍPIO PQA-VS, 2019. .............................................................................................................................................115
TABELA 102 SITUAÇÃO ATUAL DA IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMAS E ESTRATÉGIAS DA APS.................................................................................119
TABELA 103 COBERTURA DE ATENÇÃO BÁSICA, DEZEMBRO/2020............................................................................................................................119
TABELA 104 COBERTURA DE SAÚDE BUCAL, DEZEMBRO/2020..................................................................................................................................119
TABELA 105 COBERTURA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE, 2020......................................................................................................................120
TABELA 106 TAXA DE INTERNAMENTO/POPULAÇÃO (%), 2017-2020 .......................................................................................................................122
TABELA 107 LEITOS SUS E NÃO SUS NO MUNICÍPIO ....................................................................................................................................................122
TABELA 108 LEITOS POR CLÍNICA, JULHO/2021 ............................................................................................................................................................122
TABELA 109 INTERNAMENTO QUANTO AO CARÁCTER DE ATENDIMENTO, 2017-2020 .........................................................................................124
TABELA 110 INTERNAMENTOS QUANTO AO GRUPO DE PROCEDIMENTOS, 2017-2020................................................................................................124
TABELA 111 INTERNAÇÕES DE RESIDENTES POR ESTABELECIMENTO, 2017-2020 ...................................................................................................125
TABELA 112 ADESÃO DO MUNICÍPIO AO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA ...............................................................................................................130
TABELA 113 INTERNAÇÕES POR FRATURA DE FÊMUR EM IDOSOS, 2017-2020...........................................................................................................131
TABELA 114 ATENDIMENTO MULTIPROFISSIONAL CAPS, 2020 ..................................................................................................................................138
TABELA 115 ATENDIMENTO PSICOLÓGICO AMBULATORIAL EM CENTRO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS – CEM, 2020 .....................................138
TABELA 116 ATENDIMENTO PSIQUIÁTRICO AMBULATORIAL, 2020 ..........................................................................................................................138
TABELA 117 SAÚDE BUCAL – DADOS E INDICADORES, 2019-2020 .............................................................................................................................142
TABELA 118 UNIDADES DISPENSADAS DE MEDICAMENTOS PELO MUNICÍPIO, 2018-2020 ....................................................................................150
TABELA 119 ORIGEM DAS RECEITAS A SAÚDE, 2017-2020 ..........................................................................................................................................153
TABELA 120 DESPESAS EMPENHADAS POR SUBFUNÇÕES, 2017-2020......................................................................................................................154
TABELA 121 DIFERENÇA ENTRE O VALOR EXECUTADO E O LIMITE MÍNIMO CONSTITUCIONAL, 2017-2020 ........................................................154
TABELA 122 INDICADORES FINANCEIROS DA SAÚDE, 2017-2020...............................................................................................................................155
TABELA 123 EXECUÇÃO DE RECURSOS FEDERAIS POR BLOCO DE FINANCIAMENTO E PROGRAMA DE TRABALHO, 2020..................................156
TABELA 124 TRANSFERÊNCIA FINANCEIRA MENSAL DE CUSTEIO DA APS .................................................................................................................157
TABELA 125 CAPITAÇÃO PONDERADA, ABRIL/2021.....................................................................................................................................................158
TABELA 126 PER CAPITA DE TRANSIÇÃO, DEZEMBRO/2020 .......................................................................................................................................158
TABELA 127 PAGAMENTO POR DESEMPENHO – ISF, 3 QUADRIMESTRE/2020 ........................................................................................................159
TABELA 128 TRANSFERÊNCIA FINANCEIRA MENSAL – EQUIPE DE SAÚDE BUCAL ....................................................................................................159
TABELA 129 TRANSFERÊNCIA FINANCEIRA MENSAL – AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE ....................................................................................160
TABELA 130 TRANSFERÊNCIA FINANCEIRA MENSAL – INFORMATIZA APS ................................................................................................................160
TABELA 131 DEMOSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS COM RECURSOS DA UNIÃO - COVID, 2020...................................................................160

12
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

TABELA 132 DEMOSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS COM RECURSOS PRÓPRIOS - COVID, 2020 ...................................................................161
TABELA 133 DEMOSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS COM RECURSOS ESTADUAIS - COVID, 2020 .................................................................162
TABELA 134 DEMOSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS CONSOLIDADO - COVID, 2020........................................................................................162
TABELA 135 INDICADOR/NOTA IDSUS ...........................................................................................................................................................................167
TABELA 136 RECURSOS HUMANOS E VÍNCULOS, 2021 ...............................................................................................................................................168
TABELA 137 DEMANDAS RECEBIDAS PELA OUVIDORIA, 2020 ....................................................................................................................................174
TABELA 138 DEMANDAS SOLUCIONADAS E PENDENTES, 2020..................................................................................................................................174
TABELA 139 COVID-19: DADOS EPIDEMIOLÓGICOS, 2020-2021.................................................................................................................................176
TABELA 140 COVID-19: ÓBITOS POR SEXO ....................................................................................................................................................................177
TABELA 141 PAINEL GERAL DE INDICADORES – MUNICÍPIO E ESTADO, 2016 E 2020 ...............................................................................................183

FIGURAS

FIGURA 1 LOCALIZAÇÃO REGIONAL DE CAMPINA GRANDE DO SUL ............................................................................................................................ 21


FIGURA 2 ACESSOS AO MUNICÍPIO .................................................................................................................................................................................. 22
FIGURA 3 MUNICÍPIOS LIMÍTROFES ................................................................................................................................................................................. 23
FIGURA 4 MUNICÍPIOS REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA .................................................................................................................................. 23
FIGURA 7 ORGANOGRAMA............................................................................................................................................................................................... 26
FIGURA 8 PIRÂMIDE ETÁRIA .............................................................................................................................................................................................. 39
FIGURA 9 DENSIDADE DEMOGRÁFICA PRELIMINAR (HABITANTES/KM²). ................................................................................................................... 41
FIGURA 10 ARVORE DO IDH-M ......................................................................................................................................................................................... 47
FIGURA 11 ÍNDICES SOCIOECONOMICOS E POSIÇÃO DO MUNICÍPIO.......................................................................................................................... 49
FIGURA 12 TAXA DE COBERTURA DE COLETA DE RESÍDUOS ......................................................................................................................................... 53
FIGURA 13 FOCOS DE CALOR ............................................................................................................................................................................................ 54
FIGURA 14 TAXA DE ANALFABETISMO (%) ...................................................................................................................................................................... 56
FIGURA 15 TERMINAIS DE TRANSPORTE COLETIVO DO MUNICÍPIO ............................................................................................................................ 57
FIGURA 16 TAXAS DE OCORRÊNCIAS POLICIAIS (SESP/2019), ....................................................................................................................................... 59
FIGURA 17 OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ................................................................................................................................... 65
FIGURA 18 MUNICÍPIOS SEGUNDO INCIDÊNCIA DE DENGUE, 2019-2020 .................................................................................................................108
FIGURA 19 PORTE DOS MUNICÍPIOS – ELENCO DE AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE ............................................................................................114
FIGURA 20 PQA-VS RESULTADO FINAL/2019 ................................................................................................................................................................115
FIGURA 21 PROGRAMA MÃE CAMPINENSE..................................................................................................................................................................129
FIGURA 22 FLUXOGRAMA – BOCHECHO FLUORETADO ..............................................................................................................................................141
FIGURA 23 FLUOXOGRAMA – DIAGNÓSTICO DE LESÕES DA BOCA............................................................................................................................142
FIGURA 24 LOCALIZAÇÃO DAS UNIDADES DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE. .......................................................................................................................144
FIGURA 25 O MUNICÍPIO NO CONTEXTO DOS CENTROS DE REFERÊNCIA E PRESTADORES ....................................................................................144
FIGURA 26 MAPA – MACORREGIÃO DE SAÚDE - LESTE ...............................................................................................................................................164
FIGURA 27 MAPA – 2ª. REGIÃO DE SAÚDE METROPOLITANA ....................................................................................................................................164
FIGURA 28 2ª. REGIÃO DE SAÚDE - SÍNTESE .................................................................................................................................................................164
FIGURA 29 PANORAMA COMPARATIVO DOS CASOS CONFIRMADOS E ÓBITOS 23/09/2021 ...............................................................................176
FIGURA 30 CASOS CONFIRMADOS DE COVID-19 POR FAIXA ETÁRIA E SEXO ............................................................................................................177
FIGURA 31 NÚMERO DE ÓBITOS DE COVID-19 POR FAIXA ETÁRIA/SEXO..................................................................................................................177
FIGURA 32 COVID-19 ÓBITOS POR SEXO (%) ................................................................................................................................................................177
FIGURA 33 PORTAL COVID-19 .........................................................................................................................................................................................178
FIGURA 34 ÍNDICE DE TRANSPARÊNCIA COVID - ITP TCE/PR .......................................................................................................................................179
FIGURA 35 COVID REDES SOCIAIS ...................................................................................................................................................................................179
FIGURA 36 COVID-19: SITE PM-CGS................................................................................................................................................................................179

13
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

QUADROS
QUADRO 1 LOCAIS DE LAZER, ATIVIDADES FÍSICAS, ESPORTE, NATUREZA E CULTURA DO MUNICÍPIO................................................................... 58
QUADRO 2 QUADRO-SÍNTESE ACOMPANHAMENTO PROGRAMAS SOCIAIS, MAIO/2021 ....................................................................................... 61
QUADRO 3 UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO.........................................................................................................................................117
QUADRO 4 SERVIÇOS INSUFICIENTES POR NÍVEL DE ATENÇÃO (PRI), 2019 ..............................................................................................................126
QUADRO 5 INDICADORES AVALIADOS – 2008-2019 - IDSUS, 2012.............................................................................................................................167
QUADRO 6 CAPACITAÇÕES OFERTADAS AOS PROFISSIONAIS DA SMS-CGS .....................................................................................................................169
QUADRO 7 REUNIÕES DO CMS, 2020 ............................................................................................................................................................................171
QUADRO 8 RESOLUÇÕES DO CMS, 2020 .......................................................................................................................................................................172
QUADRO 9 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO ..............................................................................................................................................................209

GRÁFICOS
GRÁFICO 1 CONSULTAS ESPECIALIZADAS NO MUNICÍPIO (%), ACUMULADO 2017-2020 ........................................................................................ 32
GRÁFICO 2 ÍNDICE DE GINI................................................................................................................................................................................................ 48
GRÁFICO 3 NÚMERO DE NASCIDOS VIVOS, 2010-2020 ................................................................................................................................................ 68
GRÁFICO 4 NÚMERO DE ÓBITOS, 2010-2020 ................................................................................................................................................................. 72
GRÁFICO 5 CAUSAS DE ÓBITOS, ACUMULADO 2017-2020........................................................................................................................................... 75
GRÁFICO 6 GRÁFICO 5 NÚMERO DE ÓBITOS POR SEXO, ACUMULADO 2017-2020 .................................................................................................. 77
GRÁFICO 7 MORTALIDADE PREMATURA POR FAIXA ETÁRIA (%), ACUMULADO 2017-2020.................................................................................... 84
GRÁFICO 8 ÓBITOS PREMATUROS POR CAUSAS (%), ACUMULADO 2017-2020 ........................................................................................................ 82
GRÁFICO 9 AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA (%), ACUMULADO 2017-2020 .......................................................................................... 92
GRÁFICO 10 INTERNAMENTOS POR CAUSA, ACUMULADO 2017-2020 (%) .............................................................................................................101
GRÁFICO 11 UNIDADES DE MEDICAMENTOS DISPENSADAS, 2018-2020 .................................................................................................................150
GRÁFICO 12 RECURSOS PRÓPRIOS EM SAÚDE, 2000-2020 (%)..................................................................................................................................157

14
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

SUMÁRIO
Apresentação ......................................................................................................................................................................................................... 16
Introdução .............................................................................................................................................................................................................. 17
Aspectos Gerais do Município ............................................................................................................................................................................... 20
Parte I – Análise Situacional .................................................................................................................................................................................. 25
1 ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DO SISTEMA DE SAÚDE ......................................................................................................................................... 26
1.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ....................................................................................................................................................................... 26
1.2 ESTABELECIMENTOS ......................................................................................................................................................................................... 29
1.2 EQUIPAMENTOS ................................................................................................................................................................................................ 30
1.3 PRODUÇÃO DE SERVIÇOS ................................................................................................................................................................................. 30
1.4 TRANSPORTE SANITÁRIO.................................................................................................................................................................................. 36
2 CONDIÇÕES SOCIOECONOMICAS ............................................................................................................................................................................ 38
2.1 PERFIL DEMOGRÁFICO...................................................................................................................................................................................... 38
2.2 PERFIL SOCIOECONÔMICO ............................................................................................................................................................................... 44
2.3 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO.................................................................................................................................................................................. 68
2.4 VIGILÂNCIA EM SAÚDE ...................................................................................................................................................................................108
3. PERFIL ASSISTENCIAL ..............................................................................................................................................................................................117
3.1 ATENÇÃO BÁSICA ............................................................................................................................................................................................117
3.2 ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA (AAE) .......................................................................................................................................120
3.3 ASSISTÊNCIA HOSPITALAR ..............................................................................................................................................................................122
4 REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS) ........................................................................................................................................................................127
4.1 LINHAS DE CUIDADO .......................................................................................................................................................................................127
4.2 REDE DE ATENÇÃO AS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS ..................................................................................................................................143
4.3 FLUXOS DE ACESSO .........................................................................................................................................................................................143
5 GESTÃO EM SAÚDE..................................................................................................................................................................................................145
5.1 INTEGRAÇÃO DA ATENÇÃO E VIGILÂNCIA EM SAÚDE ......................................................................................................................................145
5.1 REGULAÇÃO, AUDITORIA, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO....................................................................................................................146
5.3 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA ........................................................................................................................................................................148
5.4 JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE .............................................................................................................................................................................151
5.5 CONTROLE INTERNO .......................................................................................................................................................................................152
5.5 FINANCIAMENTO EM SAÚDE .........................................................................................................................................................................153
5.6 CIÊNCIA, TECNOLOGIA, PRODUÇÃO E INOVAÇÃO............................................................................................................................................163
5.7 REGIONALIZAÇÃO .............................................................................................................................................................................................163
5.8 PLANEJAMENTO ...............................................................................................................................................................................................166
5.9 ÍNDICE DE DESEMPENHO DO SUS – IDSUS ...................................................................................................................................................167
6|GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE......................................................................................................................168
7 PARTICIPAÇÃO, CONTROLE SOCIAL E OUVIDORIA ...............................................................................................................................................170
8|ENFRENTAMENTO A COVID 19 .............................................................................................................................................................................175
9|CONCLUSÃO DA ANÁLISE SITUACIONAL ..............................................................................................................................................................181
Parte II - Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores ........................................................................................................................................... 184
Parte III – Monitoramento e Avaliação................................................................................................................................................................ 209
Considerações Finais ............................................................................................................................................................................................ 210
Referências Bibliográficas .................................................................................................................................................................................... 211
Anexos .................................................................................................................................................................................................................. 214

15
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

A PRESENTAÇÃO

“Existe um tempo para planejar,


para se preparar, para melhorar;
igualmente existe um tempo
para partir para a ação”.
Amyr Klink

O Plano Municipal de Saúde é o instrumento central de planejamento para definição e


implementação de todas as iniciativas no âmbito da saúde no Município, sendo elaborado a cada
quatro anos e preconizado em diversas normativas legais. Para além dos fundamentos legais o
planejamento é requisito indispensável na ação responsável e consequente do gestor público.

Para a construção desse documento foi estabelecido um plano de trabalho que envolvesse a equipe
de saúde no levantamento de indicadores, dados e informações, provenientes dos mais diversos
sistemas de informações que possibilitam o conhecimento da realidade das condições de saúde do
Município e a reflexão sobre os principais impasses e necessidades, contribuindo na busca de
soluções.

Este Plano é o resultado deste processo. Processo que envolveu tempo e esforço da equipe que o
elaborou, considerando o contexto de pandemia, que ainda gera incertezas na conjuntura do país,
refletida também em Campina Grande do Sul e em nosso sistema de saúde.

Por ser fruto de um processo dinâmico e de muitas variáveis, e produto de uma realidade concreta,
pode este Plano conter imprecisões que eventualmente precisem ser retificadas. Por outro lado,
sendo também um documento que aponta para o futuro, deverá estar sempre aberto a contribuições
ou atualizações que se fizerem necessárias.

16
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

I NTRODUÇÃO

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)

O Sistema Único de Saúde (SUS)1 é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo,
abrangendo desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção Primária, até o
transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. Com a sua
criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde, sem discriminação. A atenção integral à
saúde, e não somente aos cuidados assistenciais, passou a ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação e
por toda a vida, com foco na saúde com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da saúde.
A gestão das ações e dos serviços de saúde deve ser solidária e participativa entre os três entes da Federação:
a União, os Estados e os municípios. A rede que compõe o SUS é ampla e abrange tanto ações quanto os serviços de
saúde. Engloba a atenção primária, média e alta complexidades, os serviços urgência e emergência, a atenção
hospitalar, as ações e serviços das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental e assistência farmacêutica.

PLANEJAMENTO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

O planejamento no Sistema Único de Saúde está previsto na Lei 8080/19902, no Artigo 16, o qual estabelece
que à direção nacional do Sistema Único de Saúde - SUS compete, no Inciso XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico
Nacional no âmbito do SUS, em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal e ainda no Artigo
36, do Planejamento e do Orçamento define que:

O processo de planejamento e orçamento do Sistema Único de Saúde - SUS será ascendente, do nível local até
o federal, ouvidos seus órgãos deliberativos, compatibilizando-se as necessidades da política de saúde com a
disponibilidade de recursos em planos de saúde dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União.
§ 1 - Os planos de saúde serão a base das atividades e programações de cada nível de direção do Sistema Único
de Saúde - SUS, e seu financiamento será previsto na respectiva proposta orçamentária. (BRASIL, 1990).

A Portaria de Consolidação Número 013 de 03 de outubro de 2017, em seu Título IV Do Planejamento,


Capítulo I Das Diretrizes do Processo de Planejamento no Âmbito Do SUS, que incorporou a Portaria 2135/20134, é a
normativa que estabelece diretrizes para o processo de planejamento no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e
define como pressupostos do Planejamento no SUS:

1
Disponível em https://antigo.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude.
2
Lei 8080 de 19 de setembro de 1990-Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização
e o funcionamento dos serviços correspondentes, e dá outras providências.
3
Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0001_03_10_2017.html
4
Portaria Nº 2.135, de 25 de setembro de 2013. Estabelece diretrizes para o processo de planejamento no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS).

17
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

I - Planejamento como responsabilidade individual de cada um dos três entes federados, a ser desenvolvido de
forma contínua, articulada e integrada.
II - Respeito aos resultados das pactuações entre os gestores nas Comissões Intergestores Regionais (CIR),
Bipartite (CIB) e tripartite (CIT).
III - monitoramento, a avaliação e integração da gestão do SUS.
IV - Planejamento ascendente e integrado, do nível local até o federal, orientado por problemas e necessidades
de saúde para a construção das diretrizes, objetivos e metas.
V - Compatibilização entre os instrumentos de planejamento da saúde (Plano de Saúde e respectivas
Programações Anuais, Relatório de Gestão) e os instrumentos de planejamento e orçamento de governo, quais
sejam o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA), em
cada esfera de gestão;
VI - Transparência e visibilidade da gestão da saúde, mediante incentivo à participação da comunidade;
VII - concepção do planejamento a partir das necessidades de saúde da população em cada região de saúde,
para elaboração de forma integrada.

PLANO DE SAÚDE

A Portaria de Consolidação 01/2017, em seu define o Plano de Saúde, em seu Artigo 96º como sendo o
instrumento central de planejamento para definição e implementação de todas as iniciativas no âmbito da saúde de
cada esfera da gestão do SUS para o período de 4 (quatro) anos, explicita os compromissos do governo para o setor
saúde e reflete, a partir da análise situacional, as necessidades de saúde da população e as peculiaridades próprias de
cada esfera.

§ 1º O Plano de Saúde configura-se como base para a execução, o acompanhamento, a avaliação da gestão do
sistema de saúde e contempla todas as áreas da atenção à saúde, de modo a garantir a integralidade dessa
atenção.
§ 2º O Plano de Saúde observará os prazos do PPA, conforme definido nas Leis Orgânicas dos entes federados.

Ainda, a Portaria, estabelece no Parágrafo 3º que a elaboração do Plano de Saúde será orientada pelas
necessidades de saúde da população, considerando 3 composições:

I - Análise situacional, orientada, dentre outros, pelos seguintes temas contidos no Mapa da Saúde:
a) estrutura do sistema de saúde;
b) redes de atenção à saúde;
c) condições sociossanitárias;
d) fluxos de acesso;
e) recursos financeiros;
f) gestão do trabalho e da educação na saúde;
g) ciência, tecnologia, produção e inovação em saúde e gestão;
II - Definição das diretrizes, objetivos, metas e indicadores; e
III - o processo de monitoramento e avaliação.

Outro aspecto destacado na Portaria, refere-se à participação da sociedade, conforme os parágrafos 6 e 7 do


Artigo 3º:
§ 6º A transparência e a visibilidade serão também asseguradas mediante incentivo à participação popular e à
realização de audiências públicas, durante o processo de elaboração e discussão do Plano de Saúde. (Origem:
PRT MS/GM 2135/2013, Art. 3º, § 6º)

18
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

§ 7º O Plano de Saúde deverá considerar as diretrizes definidas pelos Conselhos e Conferências de Saúde e deve
ser submetido à apreciação e aprovação do Conselho de Saúde respectivo e disponibilizado em meio eletrônico
no sistema DigiSUS Gestor/Módulo Planejamento - DGMP. (Redação dada pela PRT GMMS n° 750 de
29.04.2019)

SISTEMA DigiSUS

A Portaria5 Nº 750, de 29 de abril de 2019 altera a Portaria de Consolidação nº 1/GM/MS, de 28 de setembro


de 2017, para instituir o Sistema DigiSUS Gestor/Módulo de Planejamento - DGMP, no âmbito do Sistema Único de
Saúde - SUS.
§ 7º O Plano de Saúde deverá considerar as diretrizes definidas pelos Conselhos e Conferências de Saúde e deve
ser submetido à apreciação e aprovação do Conselho de Saúde respectivo e disponibilizado em meio eletrônico
no sistema DigiSUS Gestor/Módulo Planejamento - DGMP.
(...)

Art. 436. O DGMP deve ser obrigatoriamente utilizado pelos estados, Distrito Federal e municípios, para:
I - registro de informações e documentos relativos:
a) ao Plano de Saúde;
b) à Programação Anual de Saúde; e
c) às metas da Pactuação Interfederativa de Indicadores;
II - elaboração de:
a) Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior - RDQA; e
b) Relatório Anual de Gestão - RAG; e

III - envio ao Conselho de Saúde respectivo


a) das metas da Pactuação Interfederativa de Indicadores, para inclusão da análise e do parecer conclusivo pelo
Conselho, contemplando o fluxo ascendente de que dispõem as resoluções da Comissão Intergestores
Tripartite - CIT para a Pactuação Interfederativa de Indicadores;
b) do RDQA, para inclusão da análise pelo Conselho, nos termos do art. 41 da Lei Complementar nº 141, de 13
de janeiro de 2012; e
c) do RAG, para inclusão da análise e do parecer conclusivo pelo Conselho, nos termos do § 1º do art. 36 da Lei
Complementar nº 141, de 2012." (NR)

Art. 437. O registro das informações e a inserção de documentos no DGMP não substitui a obrigatoriedade de
elaboração e de apresentação desses instrumentos ao conselho de saúde, à Casa Legislativa e a órgãos de
controle, quando for o caso.
(...)

A Portaria ainda preconiza em seu Artigo 438 os objetivos do DGMP:


I - o aperfeiçoamento da gestão em saúde;
II - a facilitação do acompanhamento das políticas de saúde;
III - o aprimoramento do uso dos recursos públicos;
IV - o apoio aos gestores na elaboração dos instrumentos de planejamento em saúde; e
V - a transparência das políticas de saúde e do uso dos recursos públicos em saúde.
(...)

5
Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2019/prt0750_06_05_2019.html Acesso em 22 set.2021

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

A SPECTOS G ERAIS DO M UNICÍPIO

1.1 HISTÓRIA

Segundo o livro “A História de Campina Grande do Sul”, de Sebastião Ferrarini, o município surge em 1666
com um povoado localizado em uma pequena região pertencente na época a Arraial Queimado (Bocaiuva do Sul).
Também se presume que os primeiros moradores eram mineradores, visto que, seu território foi movimentado bem
antes das bandeiras exploradoras. No período colonial brasileiro, mais precisamente durante o Império, o arraial que
tivesse alguma expressão econômica, principalmente política, era elevado à categoria de freguesia, e depois o
território passava a categoria vila, consequentemente município.
Assim aconteceu, quando Manoel Antônio Guimarães, comendador da Ordem de Cristo e vice-presidente da
Província do Paraná, criou a freguesia de Campina Grande, sob invocação de São João Batista, através da Lei nº. 360,
de 18 de abril de 1873. Na categoria de freguesia, ou seja, de pequena povoação, a localidade era subordinada à
Câmara de Curitiba.
Em 1880, a então vila de Campina Grande mudou seu nome, passando a se chamar Vila Glycerio, porém os
moradores não gostaram e logo pediram por meio de um movimento que a vila voltasse a ser chamada de Campina
Grande e em 1881, a então Vila Glycerio volta a seu nome anterior. O nome Campina vem do tupi “KA’a-apina que
significa monte de vegetação e o termo do Sul foi acrescentado para diferenciá-la da não menos histórica Campina
Grande, no estado da Paraíba, quando de sua emancipação política.
Do começo do século XVIII até a instalação de Campina Grande, em 1884, suas terras pertenciam a Curitiba,
que por sua vez, dividia-se com Paranaguá.
No dia 22 de março de 1884 foi instalada a Câmara Municipal da Vila Campina Grande. Neste mesmo ano
foram eleitos os primeiros vereadores que
administraram o município até 1892. Através do voto livre e direto, no dia 21 de agosto de 1892, o povo campinense
elege seus legítimos representantes, prefeito e vereadores. O primeiro prefeito, tenente José Eurípides, eleito com
141 votos.
Em virtude da crise econômica e política nacional, o Paraná foi atingido em diversos municípios e no final de
1930, o município de Campina Grande do Sul deixa de existir, passando em 1932 a ser agregado a Colombo, Bocaiuva
do Sul e Piraquara. Campina Grande assiste a destituição de seu prefeito, coronel Feliciano Ribeiro, reeleito nas
eleições de 1928.
Em 1939, por Decreto Estadual, sancionado pelo Interventor Manuel Ribas, foi extinto o município de
Campina Grande, tornando-se simples distrito, com território jurisdicionado ao município de Piraquara. Nesta época
sua denominação foi alterada para Timbu.
Em 14 novembro de 1951, através da Lei nº. 790 foram restaurados os direitos políticos, tornando-se
novamente município emancipado, sendo que sua instalação se deu em 14 de novembro de 1952, porém com
denominação alterada para Timbu.
Em 07 de fevereiro de 1956, por força da Lei Estadual nº. 2.593, é que a denominação foi restaurada, voltando
a ser Campina Grande, acrescida de “do Sul”, seguindo as mesmas divisas de Timbu, sofrendo modificações
posteriores com a elevação do distrito de Quatro Barras a condição de município em 1961.

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

1.2 INSERÇÃO REGIONAL E LO CALIZAÇÃO

O Município de Campina Grande do Sul é um dos 29 municípios pertencentes à Região Metropolitana de


Curitiba (RMC), na porção leste do Estado do Paraná, sob gestão da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba
(COMEC).
Essa instituição foi criada a partir da Lei Estadual n° 6.517, de 02 de janeiro de 1975, devido aos interesses
comuns entre os municípios integrantes.

FIGURA 1 LOCALIZAÇÃO REGIONAL DE CAMPINA GRANDE DO SUL

FONTE: ECOTECNICA, 2012.

Acesso ao Município

O principal acesso ao município de Campina Grande do Sul é pela Rodovia Federal BR-116 que permite a
ligação com a capital paranaense e com o estado de São Paulo. A BR-116, sentido Curitiba – Campina Grande do Sul
apresenta pavimentação asfáltica e tráfego intenso. Além da Rodovia Federal (BR-116), o município é servido por duas
rodovias estaduais, como à PR-410 (Estrada da Graciosa) e a PR-506 (Rodovia do Caqui) que também apresentam
pavimentação asfáltica e ambas possuem comunicação com a BR-116. As demais rodovias existentes não são
pavimentadas, mas também possibilitam o acesso de Campina Grande do Sul a outros municípios.

21
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

FIGURA 2 ACESSOS AO MUNICÍPIO

FONTE: ECOTECNICA, 2012.

1.2 ASPECTOS GEOGRÁFICOS

Localizado no primeiro planalto paranaense, o município de Campina Grande do Sul faz parte da região
metropolitana de Curitiba.
Distancia-se 370 km de São Paulo; 102 km do Porto de Paranaguá; 32 km do Aeroporto Internacional de
Curitiba Afonso Pena e 20 km do Aeroporto de Bacacheri.
Por estar às margens da BR-116, Corredor do Mercosul, é dotado de infraestrutura e destaca-se pelo
acelerado processo de urbanização apresentado na última década e também pela sua privilegiada posição geográfica.

• Área: 539.244 km²


• Bioma: Mata Atlântica
• Gentílico: Campinense do Sul
• Clima: Subtropical Úmido Mesotérmico (ameno e agradável durante quase todo o ano). A temperatura
apresenta média anual de 16 graus centígrados, sendo a média mínima de 12 graus (inverno com ocorrências
de geadas severas e frequentes) e a média máxima de 22 graus. Ventos Dominantes a Noroeste. A umidade
relativa do ar é de 82%, e o índice pluviométrico anual é de 1.458mm/ano.

22
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

TABELA 1 POSIÇÃO GEOGRÁFICA


Posição Geográfica Informação
Altitude (metros) 903
Latitude 25 º 18 ' 20 '' S
Longitude 49 º 03 ' 19 '' W
IPARDES

TABELA 2 ÁREA TERRITORIAL E DISTÂNCIA À CAPITAL


Território Informação Unidade
Área territorial 540,631 Km²
Distância da sede municipal à capital 32,24 Km
IPARDES

FIGURA 3 MUNICÍPIOS LIMÍTROFES FIGURA 4 MUNICÍPIOS REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA

FONTE DER, 2017

FONTE DER, 2017

23
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

PANORAMA FOTOGRÁFICO DO MUNICÍPIO

TEATRO MUNICIPAL PREFEITURA MUNICIPAL

Acervo do Setor de Comunicação

ARENA ESPORTIVA SECRETARIA DE SAÚDE

Acervo do Setor de Comunicação

VISTA PARCIAL PICO PARANÁ

www.campinagrandedosul.pr.gov.br/.php2017 www.campinagrandedosul.pr.gov.br/site/index.php2017

24
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

P ARTE I – A NÁLISE S ITUACIONAL

A Análise Situacional é um processo de identificação, formulação e priorização de problemas em uma


determinada realidade. O objetivo da análise situacional é permitir a identificação dos problemas e orientar a definição
das prioridades.
A análise situacional6 é feita a partir do processamento e da análise de um conjunto de dados que são
trabalhados com vistas a identificar as características de saúde da população de um determinado território.
Quanto mais elementos puderem ser agregados na análise situacional, mais rico e preciso será o seu
resultado.
A análise situacional é orientada, dentre outros componentes, pelos oito temas trabalhados no Mapa da
Saúde: estrutura do sistema de saúde; redes de atenção à saúde; condições sociossanitárias; fluxos de acesso; recursos
financeiros; gestão do trabalho e da educação na saúde; ciência, tecnologia, produção e inovação em saúde e gestão.

COSEMS/GO

6
Ministério da Saúde. Manual de Planejamento do SUS.

25
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

1 ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DO SISTEMA DE SAÚDE

1.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

A estrutura organizacional da Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande do Sul se apresenta com a
seguinte configuração:
- Diretoria Geral;
- Diretoria Atenção Primária
- Diretoria Administrativa;
- Diretoria Vigilância em Saúde

A organização institucional está representada no Organograma a seguir:

FIGURA 5 ORGANOGRAMA

PM/CGS

Para melhor constatação das atribuições da estrutura identificada acima, quanto à diretoria e demais
departamentos, os quais estão sob a direção geral da Secretária Municipal de Saúde, na sequência destacam-se as
principais atribuições dos setores de direção.

26
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

DIRETORIA GERAL

A Diretoria de Gestão, presta assessoramento ao Gabinete do Secretário(a), sendo de sua responsabilidade a


qualidade e eficiência do gerenciamento das ações relacionadas a ele, a comunicação às unidades da Secretaria
Municipal de Saúde sobre instruções, orientações e recomendações emanadas pelo Secretário (a) de Saúde,
gerenciamento das informações prestadas aos cidadãos, coordenação do fluxo de informação e de protocolos da
Secretaria de Saúde, estabelecer, exercer e manter o relacionamento institucional com órgãos e entidades que atuam
direta ou indiretamente na área de competência da Secretaria Municipal de Saúde; coordenar estudos sobre formas
de gestão do sistema de saúde do Município; acompanhar o sistema de prestação de contas do Contrato de Gestão;
assegurar a universalização, descentralização, integralidade e equidade na assistência; promover a interligação ética e
resolutiva de toda a rede básica e especializada de saúde, estratégia Saúde da Família.

DIRETORIA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA

A Diretoria da Atenção Primária à saúde é responsável por elaborar em articulação com os demais
Departamentos, programas e estratégias de saúde, promovendo sua execução; coordenar a participação na
elaboração e acompanhamento do orçamento da Secretaria Municipal de Saúde; realizar, continuadamente,
campanhas educativas e preventivas para a população em geral; prestar assistência médica e de enfermagem à
população do Município na esfera da Atenção Primária à Saúde - APS; promover assistência odontológica; promover
assistência na área de saúde mental; orientar e acompanhar os programas propostos pelo Ministério da Saúde MS,
Secretaria Estadual de Saúde - SESA e Secretaria Municipal de Saúde - SMS ; viabilizar à população o acesso aos
medicamentos disponíveis; viabilizar recursos para a execução das Políticas Públicas do Ministério da Saúdes voltadas
à população; executar outras atividades correlatas à sua área de atuação.

DIRETORIA ADMINISTRATIVA

Diretoria Administrativa tem como competência principal prestar suporte aos demais setores da Secretaria
Municipal de Saúde, lhe cabendo às funções de coordenar a elaboração e a implementação do planejamento
estratégico, através dos recursos informatizados, e, naquilo que couber, da metodologia de gerenciamento de
projetos; coordenar a gestão administrativa da secretaria; acompanhar as rotinas específicas da área de pessoal;
auxiliar na coordenação das atividades de atualização, desenvolvimento, treinamento e aperfeiçoamento dos
profissionais lotados na saúde; avaliar as necessidades de provimento de pessoal, de acordo com as demandas
identificadas; acompanhar e avaliar o desempenho dos servidores, para fins de aproveitamento de potencialidade,
aperfeiçoamento, maior produtividade, treinamento, promoção e transferência; promover a integração de
informações gerenciais, visando um planejamento global e georreferenciado; elaborar, executar e acompanhar, em
conjunto com os demais Departamentos da secretaria, o Plano Municipal de Saúde, o Plano Anual de Saúde e o
Relatório Anual de Gestão, bem como o PPA, a LDO e a LOA; coordenar a execução orçamentária e financeira da
Secretaria Municipal de Saúde; orientar e monitorar, qualitativamente e quantitativamente, os dispêndios efetuados
pelos Departamentos; padronizar os materiais e serviços utilizados; coordenar e orientar as atividades relativas ao
controle de patrimônio, de acordo com as diretrizes e instruções da Secretaria Municipal de Administração; manter
atualizada a documentação referente aos bens móveis e imóveis; promover, a manutenção da rede lógica e telefônica
em todas as Unidades; planejar, controlar e supervisionar, junto aos demais Departamentos, os serviços de reforma,

27
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

ampliação e manutenção preventiva da frota, dos prédios, pátios e jardins; acompanhar os contratos, que tem relação
com as ações dos Departamentos, relativamente à sua regular execução e vigência, opinando sobre a necessidade de
eventuais aditamentos.

DIRETORIA DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE


A Diretoria de Vigilância em Saúde de forma abrangente constitui-se de ações de promoção da saúde da
população, vigilância, proteção, prevenção e controle das doenças e agravos à saúde, e têm como premissa
organizacional realizar parceria com outros órgãos, instituições públicas ou privadas para atendimento de situações
extraordinárias de interesse comum; II - orientar e acompanhar os programas de saúde, na sua área de competência;
III - promover capacitação dos profissionais; planejar campanhas de prevenção; executar projetos especiais de
educação e saúde, notadamente os de assistência integrada, aos alunos de estabelecimentos de ensino da rede
pública e privada; elaborar e dar publicidade aos materiais educativos à população; orientar e executar as ações
referentes à Vigilância Sanitária conforme Leis Federais, Estaduais e Municipais; orientar as empresas sobre aspectos
pertinentes à Vigilância Sanitária, quanto à abertura e funcionamento de estabelecimentos; expedir licença sanitária
para todos os estabelecimentos de interesse e assistência a saúde que atenderem as normas sanitárias vigentes;
analisar e dar parecer técnico conclusivo em processos administrativos provenientes de infração sanitária; coordenar
o serviço municipal de vigilância epidemiológica e controle de doenças; normatizar as atividades referentes a novos
agravos de interesse do Sistema Municipal de Saúde; produzir, coletar, analisar dados e construir indicadores de Saúde
do Município; repassar informações epidemiológicas às autoridades municipais, regionais e estaduais; prestar
informação sobre casos de surtos e ocorrência de patologia afetas à sua área, bem como buscar sua resolução;
desenvolver atividades pertinentes ao Comitê Municipal de Mortalidade Materna e Infantil; realizar alimentação dos
sistemas de informação da Vigilância Epidemiológica; coordenar o Programa de Imunização; participar na elaboração
do Plano de Ações e Metas – PAM; coordenar ações e projetos de prevenção e assistência em DST/HIV/AIDS;
administra recursos oriundos do Ministério da Saúde para o desenvolvimento do programa DST/AIDS; participar da
elaboração, execução e monitoramento, planejamento orçamentário e financeiro, em conjunto com as Gerências;
participar da elaboração, execução e monitoramento de licitações em conjunto com as Gerências; executar outras
atividades correlatas à sua área de atuação.
Segundo a Portaria MS nº 3252 de 22 de dezembro de 2009, a Vigilância em Saúde tem como objetivo a
análise permanente da situação de saúde da população, articulando-se num conjunto de ações que se destinam a
controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo a
integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde. Visa a
vigiar e controlar as doenças transmissíveis, não transmissíveis e agravos, como um conjunto de ações que
proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e
condicionantes da saúde individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e
controle das doenças e agravos.
A integração entre a Vigilância em Saúde e a Atenção Primária à Saúde é condição necessária para a
construção da integralidade na atenção e para o alcance de resultados, com desenvolvimento de um processo de
trabalho condizente com a realidade local, que preserve as especificidades dos setores e compartilhe suas tecnologias.
Vigilância em Saúde passa por um processo de reestruturação e fortalecimento no estado do Paraná, tanto
no nível estadual/regional, quanto nos municípios. Como ação indelegável do poder público, a vigilância deve ser
desenvolvida, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), articulada em um amplo processo de descentralização.
Sendo o VigiaSUS utilizado como uma das referências para a pactuação das ações de Vigilância em Saúde no Contrato

28
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Organizativo da Ação Pública – COAP, a ser assinado entre o Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado da Saúde do
Paraná e os municípios do Estado.

Os serviços que prestam assistência à saúde no âmbito do SUS no município de Campina Grande do Sul são
Unidades Básicas de Saúde, Serviços de Apoio e Diagnóstico para a realização de exames complementares, Centros
de Especialidades, Hospital Geral, conforme tabela abaixo:

1.2 ESTABELECIMENTOS

Estão registrados no CNES, 60 estabelecimentos no Município, sendo 54 de gestão municipal, 5 estadual e 1


em dupla gestão.

TABELA 3 TIPO DE ESTABELECIMENTO POR TIPO DE GESTÃO, 2021


Tipo de Estabelecimento Dupla Estadual Municipal Total
Centro de Atenção Psicossocial-Caps - - 1 1
Centro de Saúde/Unidade Básica De Saúde - - 7 7
Clínica Especializada/Ambulatório Especializado - 3 7 10
Consultório - - 16 16
Farmácia - - 11 11
Hospital Geral - 1 - 1
Policlínica 1 - 2 3
Posto de Saúde - - 5 5
Secretaria De Saúde - - 1 1
Unidade De Serviço De Apoio De Diagnose E Terapia - 1 4 5
Total 1 5 54 60
DATASUS (AGO.2021)

TABELA 4 TIPO DE ESTABELECIMENTO POR ESFERA JURÍDICA, 2021


Tipo de Estabelecimento Administração Demais Entidades Entidades sem Pessoas Total
Pública Municipal Empresariais Fins Lucrativos Físicas
Centro de Atenção Psicossocial-CAPS 1 - - - 1
Centro de Saúde/Unidade Básica de Saúde 7 - - - 7
Clínica Especializada/Ambulatório
- 8 2 - 10
Especializado
Consultório - 12 - 4 16
Farmácia 2 9 - - 11
Hospital Geral - - 1 - 1
Policlínica 1 2 - - 3
Posto de Saúde 5 - - - 5
Secretaria de Saúde 1 - - - 1

29
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e - 5 - - 5


Terapia
Total 17 36 3 4 60
DATASUS (AGO.2021)

1.2 EQUIPAMENTOS

TABELA 5 GRUPO DE EQUIPAMENTOS EXISTENTES E DISPONÍVEIS AO SUS


Grupo de Equipamentos Equipamentos Equipamentos Estab. c/
Existentes em Uso Equip. SUS
Equipamentos de Audiologia 15 12 12
Equipamentos de Diagnóstico por Imagem 23 23 15
Equipamentos de Infraestrutura 8 8 3
Equipamentos de Odontologia 85 84 13
Equipamentos para Manutenção da Vida 419 414 15
Equipamentos por Métodos Gráficos 11 11 2
Equipamentos por Métodos Opticos 13 13 6
Outros Equipamentos 103 103 8
Total 677 668 74
DATASUS (AGO.2021)

1.3 PRODUÇÃO DE SERVIÇOS

1.3.1 NO MUNICÍPIO

Na sequência as tabelas apresentam a produção e serviços realizados no Município e via Consórcio além dos
credenciamentos.
Em relação aos exames laboratoriais o Município produziu na média do período 2017-2020, um per capita
equivalente a 3,8, com crescimento nos anos de 2018 e 2019 em relação ao ano de 2017 e redução em 2020.

TABELA 6 EXAMES LABORATORIAIS 2017-2020.


Atendimento 2017 2018 2019 2020 Média
Exames Laboratoriais 108.947 196.466 198.806 151.144 163.841
Per capita 2,6 4,6 4,6 3,5 3,8
FASTMEDIC 2021

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

TABELA 7 DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA – PROCEDIMENTOS SELECIONADOS, 2017-2020.


Atendimentos 2017 2018 2019 2020 Média
Colonoscopia - 109 251 175 178
Eletrocardiograma 580 2.132 1.224 506 1111
Endoscopia - 163 301 1.247 570
Raio X 2227 3093 4228 2420 2992
Ressonância Magnética Nuclear 237 230 292 286 261
Tomografias 276 426 871 1205 695
Ultrassom 7970 10852 9780 10377 9745
FASTMEDIC 2021

TABELA 8 ATENDIMENTOS SELECIONADOS NO MUNICÍPIO, 2017-2020.


Atendimento 2018 2019 2020 Média
Fisioterapia 11.196 12.680 14056 12.644
Fonoaudiologia 22.014 3.558 2.311 9.294
Psicologia - 1644 1178 1411
Nutrição - 324 2.280 1302
FASTMEDIC 2021

As consultas realizadas especializadas realizadas no Município, no período 2017-2018, tiveram um


quantitativo total equivalente a 21.499, ou seja , uma média anual de 5375. Entre as três especialidades com maior
número, em primeiro está a cardiologia com 16,24 % seguida da Oftalmologia com 14,72 e em terceiro as de
otorrinolaringologia com 12,45 %.

TABELA 9 CONSULTAS ESPECIALIZADAS NO MUNICÍPIO, 2017-2020


Especialidade 2017 2018 2019 2020 Média %
Cardiologia 937 1247 1159 148 873 16,24
Cirurgia vascular 98 102 102 122 106 1,97
Dermatologia 349 429 478 80 334 6,21
Endocrinologia 65 184 67 79 99 1,84
Gastrenterologia 105 242 122 21 123 2,29
Ginecologia 249 263 329 37 220 4,09
Infectologia 48 264 68 28 102 1,90
Neurologia 115 328 129 34 152 2,83
Oftalmologia 754 782 981 647 791 14,72
Ortopedia 698 654 728 87 542 10,08
Otorrinolaringologia 649 771 829 427 669 12,45
Pneumologia 98 202 372 119 198 3,68
Proctologia 382 501 524 209 404 7,52

31
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Psiquiatria 68 302 154 247 193 3,59


Reumatologia 105 442 208 47 201 3,74
Urologia 108 412 305 41 217 4,04
Vascular/Angiologia 98 243 223 54 155 2,88
Total 4926 7368 6778 2427 5375 100,00
Per capita 0,12 0,17 0,16 0,06 0,12 -
FASTMEDIC 2021

GRÁFICO 1 CONSULTAS ESPECIALIZADAS NO MUNICÍPIO (%), ACUMULADO 2017-2020

Cardiologia 16,24
Oftalmologia 14,72
Otorrinolaringologia 12,45
Ortopedia 10,08
Proctologia 7,52
Dermatologia 6,21
Ginecologia 4,09
Urologia 4,04
Reumatologia 3,74
Pneumologia 3,68
Psiquiatria 3,59
Vascular/Angiologia 2,88
Neurologia 2,83
Gastrenterologia 2,29
Cirurgia vascular 1,97
Infectologia 1,9
Endocrinologia 1,84

FASTMEDIC 2021

1.3.2 CREDENCIAMENTOS SUS

No que tange aos credenciamentos SUS, no período 2018-2020, foram realizadas 16.439 consultas
especializadas. Entre os diagnósticos o por imagem obteve o maior quantitativo, com 26.606 registros.

TABELA 10 CONSULTAS ESPECIALIZADAS – CREDENCIAMENTOS / SUS


Especialidades 2018 2019 2020 Total
Consultas Especializadas 7234 6775 2430 16439
Diagnóstico em radiologia 1665 4228 2420 8313
Tomografia 297 871 1209 2377
Diagnóstico por imagem 6449 9780 10377 26606
Diagnóstico em Cardiologia 1691 1644 2708 6043
Diagnóstico com endoscopia 194 628 899 1721
Diagnóstico em Neurologia 95 239 107 441
Diagnóstico em Pneumologia 39 164 127 330

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Diagnóstico m Oftalmologia 41 3608 898 4547


Diagnóstico em Urologia 3067 5870 527 9464
Diagnóstico em Otorrinolaringologia 138 435 617 1190
Ressonância Magnética 148 87 286 521
Cintilografia 18 26 64 108
Equoterapia 2289 3524 2736 8549
Exames Laboratoriais 207.046 198.807 17.318 423.171
Fisioterapia 12660 10156 151144 173960
FONTE: SMSCGS 2021

1.3.3 CONSÓRCIO METROPOLITANO DE SAÚDE – COMESP

Ao atendimento via Consórcio somaram no período 2018-2020 de 20001agendamentos. Nota-se um


crescimento importante entre 2018 e 2019 de 107 % e 37 % entre 2019 e 2020. O maior número foi o de radiografias
com 6878 seguido dos eletrocardiogramas com 2702.

TABELA 11 AGENDAMENTO VIA COMESP


Descrição do Exame 2018 2019 2020 Total
Ultrassonografia de abdômen total 1 0 20 0
Ultrassonografia doppler obstétrico 0 0 136 136
Ultrassonografia bolsa escrotal 0 0 17 17
Ultrassonografia morfológica 0 0 114 114
Ultrassonografia de próstata 0 0 13 13
Ultrassonografia ap. urinário 0 0 4 4
Ultrassonografia tireoide 0 0 2 2
Ultrassonografia articulação 0 0 521 521
Ultrassonografia mamaria 0 0 6 6
Ultrassonografia tórax 0 0 3 3
Teste COVID – 19 RT-PCR 0 0 20 20
Ultrassonografia transvaginal 0 0 29 29
Teste COVID -19 Rápido 0 0 164 164
Ultrassonografia obstétrica 0 0 55 55
Tomografias 55 739 1352 2146
Ressonância 140 107 243 490
Eletrocardiograma 2072 175 455 2702
Ecocardiograma 365 234 566 1165
Endoscopia 87 275 1193 1555
Ecodoppler arterial ou venoso 2 0 0 2
Audiometria 60 205 150 415
Imitanciometria 66 56 56 178
Logometria 46 49 48 143

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Fisioterapia 25 313 696 1034


Videolaringoscopia 126 151 169 446
Cintilografia 10 34 36 80
Colonoscopia 130 76 162 368
Radiografia 133 4586 2159 6878
Densitometria 75 7 196 278
Tratamento de varizes c/ espumas 0 8 3 11
Mamografia 0 0 1005 1005
Total 3393 7015 9593 20001
SMSCGS 2021

Ainda Via COMESP o Município agendou um total de 3701 consultas especializadas, cujo maior quantitativo
foram as consultas de oftalmologia com 41 % dos registros e em segundo lugar as consultas de neurologia com 11,3%.

TABELA 12 CONSULTAS ESPECIALIZADAS – COMESP


Especialidades 2018 2019 2020 Total %
Alergologista 14 14 0,4%
Oftalmologia 123 1241 187 1551 41,0%
Neurologia 74 13 339 426 11,3%
Nefrologia 30 26 56 1,5%
Neurologia pediátrica 195 195 5,2%
Cardiologia 1 1 0,0%
Endocrinologia 56 237 293 7,7%
Reumatologia 6 121 127 3,4%
Nefrologia 30 30 0,8%
Psiquiatria 6 114 161 281 7,4%
Pneumologia 3 56 59 1,6%
Gastro hepatologia 63 63 1,7%
Ginecologia 40 45 85 2,2%
Urologia 63 63 1,7%
Vascular 67 135 202 5,3%
Ortopedia 172 137 309 8,2%
Geriatria 1 25 26 0,7%
Total 203 1836 1742 3781 100,0%
SMSCGS 2021

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

1.3.4 DEMANDA REPRIMIDA

TABELA 13 DEMANDA REPRIMIDA CONSULTAS ESPECIALIZADAS


Especialidade Quantidade
Cardiologia 250
Cirurgia geral 850
Cirurgia vascular 460
Dermatologia 189
Endocrinologia 265
Gastrenterologia 273
Ginecologia 265
Infectologia 20
Neurologia 298
Oftalmologia 230
Ortopedia 905
Otorrinolaringologia 68
Pneumologia 384
Proctologia 300
Psiquiatria 297
Reumatologia 369
Urologia 698
Vascular/Angiologia 29
FASTMEDIC 2021

TABELA 14 DEMANDA REPRIMIDA, EXAMES ESPECIALIZADOS


Especialidade Quantidade
Colonoscopia 63
Eletrocardiograma 0
Eletroencefalograma 58
Exames oftálmicos 190
Endoscopia 100
Raios X 150
Ressonância Magnética Nuclear 234
Tomografias 690
Ultrassom diversas (abdômen total, transvaginal, rins e vias, etc.) 0
FASTMEDIC 2021

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

PLANEJAMENTO REGIONAL INTEGRADO (PRI) E SERVIÇOS ASSISTENCIAIS

Quando da realização do Planejamento Regional Integrado (PRI) em 2019, em relação a questão:


“1.1) Quais são os serviços/atendimentos que não têm no município? (vazio assistencial – serviços que seriam
necessários, mas não existem no município – o que falta e onde?) o Município respondeu:
• SAMU;
• UPA (Urgência/Emergência);
• CEO;
• Farmácia Especializada;
• SVO;
• Leito Psiquiátrico em Hospital Geral;
• Unidade Básica 24 HS;
• NASF.

1.4 TRANSPORTE SANITÁRIO

O Município conta com uma frota de veículos para atender as necessidades de transporte sanitário da
Secretaria Municipal de Saúde. Fora observado que a frota é considerada como pequena, dificultando assim o fluxo
de trabalho da rede de atenção à saúde.
Os veículos são adquiridos com recursos do MS bem como recursos próprios.

QUADRO 1 FROTA DE VEÍCULOS


Veículo Tipo Quantidade Usos
Carro pequeno 07 Transporte de malote/ servidores/ visita domiciliar/ busca-ativa
Ambulância 08 Transporte sanitário
Micro-ônibus 02 Transporte de pacientes aos serviços de saúde
Van 01 Transporte sanitário/ transporte de pacientes para hemodiálise e quimioterapia
SMS/CGS

Central de Remoção

A Central de Remoção coordena o uso dos veículos para o transporte sanitário. A tabela a seguir traz um
quantitativo dos atendimentos realizados, é possível verificar que o maior uso do transporte é com a Hemodiálise com
17,2%, seguido pelas consultas agendadas e urgências e emergências PS, com 16,6% cada.

36
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

TABELA 15 ATENDIMENTOS DA CENTRAL DE REMOÇÃO, 2020


Atendimento Quant. %
Altas Hospitalares 179 6,4%
Consultas Agendadas 465 16,6%
Exames Agendados 360 12,8%
Equoterapia Agendada 88 3,1%
Fisioterapia Agendada 208 7,4%
Hemodiálise 483 17,2%
Internamentos 110 3,9%
Outros 105 3,7%
Quimioterapia 104 3,7%
Radioterapia 117 4,2%
Solicitações de UBS 121 4,3%
Urgências e Emergências - PS 465 16,6%
Total 2805 100,0%
SMS/CGS 1º , 2º E 3º. RDQA/ 2020.

37
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

2 CONDIÇÕES SOCIOECONOMICAS

2.1 PERFIL DEMOGRÁFICO

Segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano/2010 entre 2000 e 2010, a população de Campina Grande do
Sul cresceu a uma taxa média anual de 1,15%, enquanto no Brasil foi de 1,17%, no mesmo período. Nesta década, a
taxa de urbanização do município passou de 75,14% para 82,44%. Em 2010 viviam, no município, 38.769 pessoas.
Entre 1991 e 2000, a população do município cresceu a uma taxa média anual de 6,66%. No PR, esta taxa foi de 1,39%,
enquanto no Brasil foi de 1,63%, no mesmo período. Na década, a taxa de urbanização do município passou de 65,77%
para 75,14%.
O aumento significativo da população aconteceu na década 1991 – 2000, estabilizando apenas em 2010, mas
firmando a característica urbana do município

População censitária e estimativas populacionais

TABELA 16 POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO, CENSO E ESTIMATIVAS, 2010-2020


Faixa Etária 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
De 0 a 4 3385 3382 3404 3445 3506 3578 3617 3653 3688 3697 3691
De 5 a 9 3373 3331 3303 3296 3310 3317 3315 3337 3378 3438 3510
De 10 a 14 4002 3904 3768 3611 3457 3330 3286 3257 3247 3258 3263
De 15 a 19 3710 3790 3865 3930 3983 4016 3912 3771 3611 3451 3320
De 20 a 24 3582 3604 3631 3661 3683 3698 3776 3851 3916 3964 3990
De 25 a 29 3569 3556 3536 3515 3496 3483 3507 3535 3564 3589 3606
De 30 a 34 3272 3312 3351 3386 3417 3442 3430 3413 3394 3377 3366
De 35 a 39 3025 3037 3059 3086 3113 3138 3178 3216 3252 3282 3308
De 40 a 44 2807 2835 2853 2867 2886 2913 2927 2949 2977 3006 3032
De 45 a 49 2317 2411 2499 2582 2656 2722 2751 2770 2787 2806 2834
De 50 a 54 2024 2065 2108 2151 2191 2224 2316 2403 2483 2557 2622
De 55 a 59 1507 1586 1664 1742 1821 1903 1944 1986 2029 2068 2101
De 60 a 64 1041 1110 1180 1251 1321 1392 1467 1541 1614 1690 1768
De 65 a 69 754 789 828 870 913 958 1023 1090 1156 1224 1291
De 70 a 74 524 550 576 603 631 664 697 733 772 812 854
De 75 a 79 344 359 376 395 413 430 453 477 501 527 556
De 80 e + 308 330 353 376 400 426 453 481 511 542 573
Total 39544 39951 40354 40767 41197 41634 42052 42463 42880 43288 43685
DATASUS

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

FIGURA 6 PIRÂMIDE ETÁRIA

IBGE CENSO/2020

População censitária por domicílio e sexo

Dentro deste âmbito, observou-se através de dados demográficos do IBGE (2010), que o município de
Campina Grande do Sul possui população habitando predominantemente a área urbana 31.961 (82,43%) e 6.808
(17,57%) na rural, como demonstra a Figura 5. A partir dos mesmos dados, constatou-se que a população residente
no município é de 38.769 habitantes, com projeção para 2016 de 42.187 habitantes.

TABELA 17 POPULAÇÃO CENSITÁRIA SEGUNDO TIPO DE DOMICÍLIO E SEXO


Tipo De Domicílio Masculina Feminina Total %
Urbano 15.737 16.224 31.961 82,4
Rural 3.492 3.316 6.808 17,6
Total 19.229 19.540 38.769 100,0
% 49,6 50,4 100 -
FONTE: IBGE – CENSO DEMOGRÁFICO, 2010.

Taxa de Crescimento Geométrico Populacional (%)

É o Percentual de incremento médio anual da população residente em determinado espaço geográfico,


no período considerado. O valor da taxa refere-se à média anual obtida para um período de anos compreendido
entre dois momentos, em geral correspondentes aos censos demográficos.

39
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Em relação a esse indicador o Município teve resultado inferior ao da Região porém superior ao do
Estado, conforme pode ser verificado na tabela a seguir.

TABELA 18 TAXA DE CRESCIMENTO GEOMÉTRICO POPULACIONAL (%)


Indicador Fonte Data Município Região Estado
Taxa de Crescimento Geométrico Populacional (%) IBGE 2010 1,15 1,37 0,89
IPARDES

TABELA 19 AJUSTE DA POPULAÇÃO


Ano População Taxa de crescimento Fonte
2010 38.769 - IBGE
2011 39.092 1,01 IBGE
2012 39.483 1,01 Projeção
2013 39.878 1,01 Projeção
2014 40.277 1,01 Projeção
2015 40.679 1,01 Projeção
2016 41.086 1,01 Projeção
2017 41.497 1,01 Projeção
2018 41.912 1,01 Projeção
2019 42.331 1,01 Projeção
2020 42.754 1,01 Projeção
2021 43.182 1,01 Projeção
2022 43.614 1,01 Projeção
2023 44.050 1,01 Projeção
2024 44.490 1,01 Projeção
2025 44.935 1,01 Projeção
DIAGNÓSTICO PRELIMINAR, ECOTECNICA, 2012.

Densidade Demográfica

Densidade demográfica pode ser definida genericamente como a medida expressa pela relação entre a
população e a superfície do território. Sendo assim a totalidade municipal de Campina Grande do Sul apresenta
densidade demográfica correspondente a 71,93 hab./km² (IBGE, 2010). A partir das divisões censitárias definidas pelo
IBGE referente ao ano de 2010, o município está subdividido em 58 setores censitários, sendo 38 classificados como
urbanos e 19 classificados como rurais. A maior parte do município de Campina Grande do Sul7, que corresponde a

7
Campina Grande do Sul. Plano Municipal de Saneamento Básico, ECOTECNICA, 2012

40
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

porção rural, é de baixas densidades demográficas. Já os setores mais adensados encontram-se na área da sede
urbana, localizada na região sudeste da porção territorial. Destes os setores mais populosos e adensados
correspondem aos loteamentos do Jardim Ceccon, seguido do loteamento Jardim Eugênia Maria, Jardim Santa Rita
de Cássia, Jardim Ipanema e Jardim Graciosa como se pode observar na figura abaixo. (Extraídos do).

FIGURA 7 DENSIDADE DEMOGRÁFICA PRELIMINAR (HABITANTES/KM²).

IBGE. SINOPSE DE SETORES, CENSO 2010.

TABELA 20 DENSIDADE DEMOGRÁFICA E GRAU DE URBANIZAÇÃO


Área Territorial e Demográfica Fonte Data Município
Área Territorial (km2) IAT 2021 542,128
Densidade Demográfica (hab/km2) IPARDES 2021 81,29
Grau de Urbanização (%) IBGE 2010 82,44
IPARDES

Transição Demográfica - População idosa

É importante observar, na tabela anterior, o crescimento da população idosa, de acordo com a tendência
nacional, na modificação do perfil da pirâmide etária. No caso de Campina Grande do Sul, praticamente o percentual
relacionado a pessoas com mais de 65 anos dobrou, passando de 2,75 % em 1991 para 5,10 % em 2010 e
inversamente observa-se a redução proporcional na população abaixo dos 15 anos.

41
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População censitária por raça

TABELA 21 POPULAÇÃO CENSITÁRIA SEGUNDO COR/RAÇA – 2010


Cor/Raça População %
Branca 27210 70,2%
Preta 1602 4,1%
Amarela 160 0,4%
Parda 9776 25,2%
Indígena 21 0,1%
Total 38769 100,0%
IBGE/2010.

Índice de envelhecimento e razão de dependência

O índice de envelhecimento é a razão entre a população de 65 anos ou mais de idade em relação à população
total e a razão de dependência é o Percentual da população de menos de 15 anos e da população de 65 anos e mais
(população dependente) em relação à população de 15 a 64 anos (população potencialmente ativa).
Entre 2000 e 2010, a razão de dependência no município passou de 56,14% para 46,10% e a taxa de
envelhecimento, de 3,19% para 4,89%. Em 1991, esses dois indicadores eram, respectivamente, 69,60% e 3,30%. Já
na UF, a razão de dependência passou de 65,43% em 1991, para 54,88% em 2000 e 45,87% em 2010; enquanto a taxa
de envelhecimento passou de 4,83%, para 5,83% e para 7,36%, respectivamente.

TABELA 22 - ESTRUTURA ETÁRIA, RAZÃO DE DEPENDÊNCIA E ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO.


Estrutura Etária % do Total (1991) % do Total (2000) % do Total (2010)
Menos de 15 anos 7.299 37,73 11.327
15 a 64 anos 11.405 58,96 22.138
65 anos ou mais 639 3,30 1.101
Razão de dependência 69,60 - 56,14
Índice de envelhecimento 3,30 - 3,19
ATLAS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – PNUD.

Taxa de fecundidade

A Taxa de fecundidade relaciona o número médio de filhos nascidos vivos, tidos por uma mulher ao final do seu
período reprodutivo, na população residente em determinado espaço geográfico.

• Esse indicador é o principal determinante da dinâmica demográfica, não sendo afetado pela estrutura etária da
população.
• Taxas inferiores a 2,1 são sugestivas de fecundidade insuficiente para assegurar a reposição populacional.

42
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

• O decréscimo da taxa pode estar associado a vários fatores, tais como: urbanização crescente, redução da mortalidade
infantil, melhoria do nível educacional, ampliação do uso de métodos contraceptivos, maior participação da mulher na
força de trabalho e instabilidade de emprego.

TABELA 23 - TAXAS DE FECUNDIDADE CAMPINA GRANDE DO SUL E ESTADO DO PR.


Taxa de Fecundidade Total
Estado e Município
2000 2010 %
Paraná 2,3 1,8 - 23 %
Campina Grande do Sul 3,0 1,9 - 37%
ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO NO BRASIL.

Esperança de vida ao nascer

Representa o número médio de anos de vida esperados para um recém-nascido, mantido o padrão de
mortalidade existente, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Expressa a
probabilidade de tempo de vida média da população. Representa uma medida sintética da mortalidade, não estando
afetada pelos efeitos da estrutura etária da população, como acontece com a taxa bruta de mortalidade. O aumento
da esperança de vida ao nascer sugere melhoria das condições de vida e de saúde da população. A esperança de vida
ao nascer é o indicador utilizado para compor a dimensão Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDHM).
No município, a esperança de vida ao nascer cresceu 3,3 anos na última década, passando de 73,3 anos, em
2000, para 76,6 anos, em 2010. Em 1991, era de 67,5 anos. No Brasil, a esperança de vida ao nascer é de 73,9 anos,
em 2010, de 68,6 anos, em 2000, e de 64,7 anos em 1991.

TABELA 24 ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER 2000-2010.


Esperança de vida ao nascer / anos 2000 2010 %
Campina Grande do Sul 73,3 76,6 + 4,5
Paraná 69,8 74,8 + 7,2
IPARDES, PNUD E DATASUS.

População com Plano de Saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)8, apontava 8883 pessoas com Plano de Saúde, em
Julho/2021. Isso equivale a 20,3 % da população total do Município. No Estado do Paraná essa taxa é de 25,3 %.

8
Disponível em http://www.ans.gov.br/anstabnet/cgi-bin/tabnet?dados/tabnet_02.def Acesso em 07 ago. 2021

43
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

TABELA 25 POPULAÇÃO COM PLANO DE SAÚDE


Planos de Saúde Beneficiários População %
Campina Grande do Sul 8.883 43.685 20,3 %
Estado do Paraná 2.919.538 11.516.840 25,3 %
AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR (ANS)

2.2 PERFIL SOCIOECONÔMICO

Campina Grande do Sul possui um parque industrial de 3.000.000 m² distribuídos em dois grandes centros
industriais e as demais áreas em Micropolos alocados em posição estratégica junto a aglomerados populacionais com
vista a absorção de mão de obra próxima e sem comprometimento da estrutura e transporte.
O município possui o CICAMP - Centro Industrial de Campina Grande do Sul, para a instalação de empresas, e
indústria. Possui uma concentração no ramo da indústria alimentícia, metalomecânica, processamento de plástico,
tintas e moveleira. O Ensino superior é representado pela FACSUL (Faculdade de Campina Grande do Sul). A formação
de mão de obra técnica e profissionalizante é utilizado conforme alguns acordos de parceria com o Senai, Sesc, Senac
e Sine.

2.2.1 INDICADORES ECONÔMICOS

Segundo o IPARDES o Município apresentou em 2018 um PIB equivalente a R$ 1.565.892.000,00. O PIB per
capita apresenta um valor abaixo da média da Região Metropolitana e mesmo do Estado, conforme tabela a seguir:

TABELA 26 PRODUTO INTERNO BRUTO, 2018


Produto Interno Bruto (PIB) Data Município Região Estado
PIB a Preços Correntes (R$ 1.000) 2018 1.565.892 161.043.877 440.029.409
PIB Per Capita (R$ 1,00) 2018 36.518 44.548 38.773
IPARDES

O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social9 (IPARDES) é uma instituição de pesquisa


vinculada Governo do Paraná. Sua função é estudar a realidade econômica e social do Estado para subsidiar a
formulação, a execução, o acompanhamento e a avaliação de políticas públicas . Na sequência a Tabela apresenta o
perfil do Município elaborado pelo IPARDES.

9
Disponível em http://www.ipardes.pr.gov.br/ Acesso em 15 ago.2021.

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TABELA 27 PAINEL DE INDICADORES ECONÔMICOS


Trabalho Data N
Estabelecimentos (RAIS) (no) 2019 761
Comércio Varejista 2019 315
Alojamento, Alimentação, Radiodifusão e Televisão 2019 81
Administradoras de Imóveis, Valores Mobiliários 2019 65
Empregos (RAIS) (no) 2019 9.170
Estabelecimentos (RAIS) nas Atividades Características do Turismo (ACTs) (no) 2019 123
Estabelecimentos (RAIS) nas ACTs - Alojamento (no) 2019 10
Estabelecimentos (RAIS) nas ACTs - Alimentação (no) 2019 80
Estabelecimentos (RAIS) nas ACTs - Transporte Terrestre (no) 2019 22
Estabelecimentos (RAIS) nas ACTs - Agências de Viagem (no) 2019 5
Estabelecimentos (RAIS) nas ACTs - Cultura e Lazer (no) 2019 6
População em Idade Ativa (PIA) (pessoas) 2010 32.401
População Economicamente Ativa (PEA) (pessoas) 2010 20.625
População Ocupada (PO) (pessoas) 2010 19.622
Taxa de Atividade de 10 anos ou mais (%) 2010 63,69
Taxa de Ocupação de 10 anos ou mais (%) 2010 95,14
Agropecuária Data N
Valor Bruto Nominal da Produção Agropecuária (VBP) (R$ 1,00) 2019 49.574.940,06
Pecuária - Bovinos (cabeças) 2019 2.533
Pecuária - Equinos (cabeças) 2019 899
Pecuária - Ovinos (cabeças) 2019 1.597
Pecuária - Suínos - Total (cabeças) 2019 725
Pecuária - Suínos - Matrizes de Suínos (cabeças) 2019 122
Aves - Galináceos - Total (cabeças) 2019 14.622
Aves - Galináceos - Galinhas (cabeças) 2019 9.800
Produção Agrícola - Milho (em grão) (toneladas) 2019 5.952
Produção Agrícola - Feijão (em grão) (toneladas) 2019 769
Produção Agrícola - Caqui (toneladas) 2019 500
Finanças Públicas Data N
Receitas Municipais (R$ 1,00) 2020 189.250.388,01
Despesas Municipais (R$ 1,00) 2020 169.789.077,51
ICMS (100%) por Município de Origem do Contribuinte (R$ 1,00) 2020 82.956.205,01
ICMS Ecológico - Repasse (R$ 1,00) 2020 3.910.994,09

45
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Fundo de Participação dos Municípios (FPM) (R$ 1,00) 2020 23.545.908,27


Produto e Renda Data N
PIB - Valor Adicionado Bruto (VAB) a Preços Básicos (R$ 1.000) (4) 2018 1.250.247
PIB - VAB a Preços Básicos na Agropecuária (R$ 1.000) (4) 2018 19.630
PIB - VAB a Preços Básicos na Indústria (R$ 1.000) (4) 2018 185.271
PIB - VAB a Preços Básicos no Comércio e Serviços (R$ 1.000) (4) 2018 852.757
PIB - VAB a Preços Básicos na Administração Pública (R$ 1.000) (4) 2018 192.590
PIB - Impostos (R$ 1.000) (4) 2018 315.645
Valor Adicionado Fiscal (VAF) (R$ 1,00) (P) 2019 1.001.862.356
VAF - Produção Primária (R$ 1,00) (P) 2019 7.131.269
VAF - Indústria (R$ 1,00) (P) 2019 255.378.015
VAF - Comércio e em Serviços (R$ 1,00) (P) 2019 739.272.192
VAF - Recursos/Autos (R$ 1,00) (P) 2019 80.880
IPARDES

2.2.2 INDICADORES SOCIOECONÔMICOS

As condições gerais de vida do Município, podem estar refletidas na construção de indicadores que sintetizam
as várias informações e dados, traduzindo assim a realidade da Comunidade. Em geral, o indicador mais utilizado que
sintetiza o Município é o IDH-M, proposto pela Organizações das Nações Unidas (ONU), porém, ele é obtido a partir
dos Censos Populacionais e podem estar bastante desatualizados. Por isso, será apresentado um indicador elaborado
pelo IPARDES, que traz dados mais atualizados.

2.2.2.1 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH)

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) o objetivo da criação do
Índice de Desenvolvimento Humano foi oferecer um contraponto ao indicador Produto Interno Bruto (PIB) per capita.
Atualmente, os três pilares que constituem o IDH são saúde, educação e renda.
A partir dos dados do Censo Demográfico, o gráfico e a tabela mostram que o IDHM do município - era 0,597,
em 2000, e passou para 0,718, em 2010. Em termos relativos, a evolução do índice foi de 20,27% no município.
Ao considerar as dimensões que compõem o IDHM, também entre 2000 e 2010, verifica-se que o IDHM
Longevidade apresentou alteração 6,97%, o IDHM Educação apresentou alteração 45,78% e IDHM Renda apresentou
alteração 11,42%.
Em 2010, o IDHM do município - Campina Grande do Sul - ocupava a 1362ª posição entre os 5.565 municípios
brasileiros e a 136ª posição entre os municípios de seu estado (UF).

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

TABELA 28 IDH-M E SEUS INDICADORES


Indicadores 2000 2010
IDHM 0,597 0,718
IDHM Educação 0,415 0,605
• % de 18 anos ou mais de idade com ensino fundamental completo 36,47 52,76
• % de 4 a 5 anos na escola 23,58 54,79
• % de 11 a 13 anos nos anos finais do ensino fundamental ou com ensino fundamental completo 56,76 85,64
• % de 15 a 17 anos de idade com ensino fundamental completo 44,13 51,28
• % de 18 a 20 anos de idade com ensino médio completo 21,01 35,14
IDHM Longevidade 0,804 0,860
• Esperança de vida ao nascer 73,26 76,58
IDHM Renda 0,639 0,712
• Renda per capita 426,01 671,29
ATLASBRASIL.ORG.BR

A árvore do IDHM Permite visualizar a evolução do índice para os períodos disponíveis e a diferença entre o
resultado e o IDHM ideal da territorialidade.

FIGURA 8 ARVORE DO IDH-M

ATLASBRASIL.ORG.BR

2.2.2.2 ÍNDICE IPARDES DE DESEMPENHO MUNICIPAL - IPDM

O Índice IPARDES de Desempenho Municipal (IPDM) procura avaliar a situação dos municípios paranaenses,
considerando, com igual ponderação, as três principais áreas de desenvolvimento econômico e social, a saber: a)
emprego, renda e produção agropecuária; b) educação; c) saúde.

47
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Na construção do índice da dimensão Saúde10 são usadas as variáveis:


• número de consultas pré-natais,
• óbitos infantis por causas evitáveis, e
• óbitos por causas mal definidas.

TABELA 29 ÍNDICE IPARDES DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL


Dimensão 2016 2017 2018
IPDM 0,6711 0,6683 0,6588
• Renda e Emprego 0,5119 0,5076 0,5017
• Educação 0,6982 0,7151 0,7412
• Saúde 0,8033 0,7821 0,7335
IPARDES

Em relação as dimensões do IPDM verificam-se o predomínio da dimensão Saúde em todos os períodos, mas
em decréscimo.

2.2.2.3 ÍNDICE DE GINI

Mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita.
Seu valor varia de 0 (zero), quando não há desigualdade (a renda domiciliar per capita de todos os indivíduos tem o
mesmo valor), a 1 (um), quando a desigualdade é máxima (apenas um indivíduo detém toda a renda). O universo de
indivíduos é limitado àqueles que vivem em domicílios particulares permanentes.
O índice de Gini no Município passou de 0,52 em 1991 para 0,44 em 2010, indicando, portanto, redução na
desigualdade de renda.

GRÁFICO 2 ÍNDICE DE GINI


0,55
0,52

0,5 0,49

0,45 0,44

0,4
1991 2000 2010

IPARDES

10
Na educação, as seguintes variáveis: taxa de matrícula na educação infantil; taxa de abandono escolar (1ª a 4ª série / 1º a 5º ano; 5ª a 8ª série
/ 6º a 9º ano e ensino médio); taxa de distorção idade-série (1ª a 4ª série / 1º a 5º ano; 5ª a 8ª série / 6º a 9º ano e ensino médio); percentual de
docentes com ensino superior (1ª a 4ª série / 1º a 5º ano; 5ª a 8ª série / 6º a 9º ano e ensino médio); resultado do IDEB (1ª a 4ª série / 1º a 5º
ano e 5ª a 8ª série / 6º a 9º ano). E na dimensão Emprego, Renda e Produção Agropecuária as variáveis relacionadas ao salário médio, ao
emprego formal e à renda da agropecuária.

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A figura a seguir sintetiza os principais indicadores socioeconômicos e a posição do município em relação ao


Estado.

FIGURA 9 ÍNDICES SOCIOECONOMICOS E POSIÇÃO DO MUNICÍPIO

MP/PR

2.2.2.4 INDICADORES DE VULNERABILIDADE

A Vulnerabilidade Social diz respeito à suscetibilidade à pobreza, e é expressa por variáveis


relacionadas à renda, à educação, ao trabalho e à moradia das pessoas e famílias em situação vulnerável.
A situação da vulnerabilidade social no município pode ser analisada pela dinâmica de alguns indicadores:
houve redução no percentual de crianças extremamente pobres, que passou de 7,38% para 1,75%, entre 2000 e 2010;
o percentual de mães chefes de família sem fundamental completo e com filhos menores de 15 anos, no mesmo
período, passou de 17,43% para 17,78%.
Neste mesmo período, é possível perceber que houve redução no percentual de pessoas de 15 a 24 anos que não
estudam nem trabalham e são vulneráveis à pobreza, que passou de 18,90% para 6,32%.
Por último, houve crescimento no percentual da população em domicílios com banheiro e água encanada no
município. Em 2000, o percentual era de 91,24% e, em 2010, o indicador registrou 94,00%.

TABELA 30 INDICADORES DE VULNERABILIDADE


Indicadores 2000 2010
CRIANÇAS E JOVENS
% de crianças de 0 a 5 anos de idade que não frequentam a escola 88.25 70.00
% de 15 a 24 anos de idade que não estudam nem trabalham em domicílios vulneráveis à pobreza 18.90 6.32
% de crianças com até 14 anos de idade extremamente pobres 7.38 1.75
ADULTOS
% de pessoas de 18 anos ou mais sem ensino fundamental completo e em ocupação informal 44.39 29.29
% de mães chefes de família, sem fundamental completo e com pelo menos um filho menor de 15 anos de 17.43 17.78
idade
% de pessoas em domicílios vulneráveis à pobreza e dependentes de idosos 2.20 1.20
% de pessoas em domicílios vulneráveis à pobreza e que gastam mais de uma hora até o trabalho - 1.25

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CONDIÇÃO DE MORADIA
% da população que vive em domicílios com banheiro e água encanada 91.24 94.00
ATLASBRASIL.ORG.BR

2.2.3 DETERMINANTES E CONDICIONANTES SOCIAIS

A Lei/8080/1992, em seu Artigo 3º. estabelece que “Os níveis de saúde expressam a organização social e
econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o
saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o
acesso aos bens e serviços essenciais”.
Considerando os determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento
básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens
e serviços essenciais, serão comentados na sequência, sendo que outros já foram abordados anteriormente.

2.2.3.1 ALIMENTAÇÃO

Segundo a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional – LOSAN (Lei nº 11.346, de 15 de setembro de
2006), por Segurança Alimentar e Nutricional - SAN entende-se a:
realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade
suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares
promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e
socialmente sustentáveis.

Vigilância Alimentar e Nutricional

O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) tem por objetivo realizar a gestão das informações
de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN). Trata-se de uma ferramenta para o monitoramento da situação alimentar
e nutricional e de apoio aos profissionais de saúde para o diagnóstico local das condições e agravos alimentares e
nutricionais, identificando fatores de risco ou proteção para as condições de saúde da população atendida nos serviços
de Atenção Básica no Brasil.
O SISVAN está disponível para o registro e a disseminação de informações acerca da avaliação antropométrica
e de consumo alimentar da população atendida na Atenção Básica, seja esta criança, adolescente, adulta, idosa ou
gestante, independente do sexo, raça/cor, escolaridade ou pertencente a algum povo ou comunidade tradicional.
Essa avaliação é muito adequada para o acompanhamento do crescimento infantil e reflete a situação global do
indivíduo, porém não diferencia o comprometimento nutricional atual ou agudo dos pregressos ou crônicos. Este
índice é contemplado na Caderneta de Saúde da Criança, que é distribuído no Hospital e nas Unidades de Saúde. O
peso por idade expressa a relação entre a massa corporal e a idade cronológica da criança. É o índice utilizado para a
avaliação do estado nutricional, principalmente para caracterização do baixo peso.

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Os dados apresentados são referentes ao ano de 2020 e extraídos do Sistema de Vigilância Alimentar e
Nutricional (SISVAN).

TABELA 31 ACOMPANHAMENTOS NO SISVAN, 2020.


Fase da Vida Quantidade
Crianças 0 a 5 anos 559
Crianças 5 a 10 anos 422
Adolescentes 776
Adulto 5234
Idoso 1471
Gestantes 604
E- GESTOR/ SISVAN 2021

Dentre os grupos apresentados na tabela a cima, selecionamos dois (02) grupos prioritários para apresentar
estado nutricional (IMC), pois são grupos de grande importância para o Serviço Público, crianças de 0 a 5 anos e
gestantes.
A avaliação do crescimento é à medida que melhor define a saúde e o estado nutricional de crianças, já que
distúrbios na saúde e nutrição, independentemente de suas etiologias, invariavelmente afetam o crescimento infantil.

TABELA 32 ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE 0 A 5 ANOS, 2020

Peso Muito Baixo Peso Baixo para a Peso Adequado ou Peso Elevado para
Município para a Idade Idade Eutrófico idade Total

Quantidade % Quantidade % Quantidade % Quantidade %


Campina Grande do Sul 4 0.72 9 1.61 498 89.1 48 8.59 559
Paraná 2.202 1.08 4.464 2.18 181.122 88.6 16.661 8.15 204.449
E- GESTOR/ SISVAN 2021.

O peso da mãe antes da gravidez, o seu índice de massa corporal (IMC), o padrão de ganho de peso e o ganho
de peso total durante os 09 (nove) meses de gravidez, são fatores que interferem diretamente como o peso, o
comprimento e as reservas de gordura do recém-nascido.
Mulheres com aumento do peso gestacional inferior ao adequado apresentam maior risco de terem bebês
pequenos, com baixo peso ao nascimento e um maior risco de terem partos prematuros. Por outro lado, mulheres
com aumento de peso gestacional acima do adequado apresentam alguns riscos gestacionais e com maior risco de
terem bebês grandes e com elevado peso ao nascimento, fenômeno chamado de macrossomia.

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TABELA 33 ESTADO NUTRICIONAL DE GESTANTES, 2020


Baixo peso Adequado ou Eutrófico Sobrepeso Obesidade
Município Total
Quantidade % Quantidade % Quantidade % Quantidade %
Campina Grande do Sul 74 12.3 211 34.9 163 26.9 156 25.8 604
Paraná 7.827 12.6 20.817 33.6 17.978 29.0 15.341 24.8 61.963
E- GESTOR/ SISVAN 2021.

2.2.3.2 MORADIA

O direito a cidades sustentáveis é entendido, de acordo com a política nacional de desenvolvimento urbano -
Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001) - como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à
infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras
gerações.
Dessa forma a infraestrutura urbana básica, constituída pelos equipamentos urbanos de escoamento de
águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica pública e
domiciliar e vias de circulação, são elementos essenciais para a qualidade de vida nas cidades e à garantia da moradia
digna, contribuindo para a promoção da saúde e do bem-estar dos cidadãos.
Segundo o IBGE (2021) o Município apresenta 86.3% de domicílios com esgotamento sanitário adequado,
6.2% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 16.2% de domicílios urbanos em vias públicas com
urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio).
Quando comparado com os outros municípios do estado, fica na posição 15 de 399, 389 de 399 e 295 de 399,
respectivamente. Já quando comparado a outras cidades do Brasil, sua posição é 644 de 5570, 5460 de 5570 e 2172
de 5570, respectivamente.
Sobre a política habitacional, o Município segue a Lei Municipal 85/201011, que dispões sobre a política
municipal de habitação de Campina Grande do Sul. Em relação ao déficit atualizados não há registro, estima-se que o
município possua em torno de 350 a 400 famílias na área urbana residindo em áreas de risco.

Energia Elétrica

A tabela a seguir mostra os dados de consumo e consumidores de energia elétrica no Município, relativo ao
ano de 2019.

TABELA 34 ENERGIA ELÉTRICA


Energia Elétrica Data Município
Consumo de Energia Elétrica (MWh) 2019 87.763
Consumidores de Energia Elétrica (número) 2019 18.847
IPARDES

11
Disponível em https://leismunicipais.com.br/a/pr/c/campina-grande-do-sul/lei-ordinaria/2010/8/85/lei-ordinaria-n-85-2010-dispoe-sobre-a-
politica-municipal-de-habitacao-de-campina-grande-do-sul. Acesso em 18 de outubro de 2021.

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Coleta de Resíduos

O Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) coleta dados sobre a prestação de serviços de
Água e Esgotos desde o ano de referência 1995 e sobre os serviços de manejo de Resíduos Sólidos Urbanos desde o
ano de referência 2002. Os dados de cada ano são publicados nos respectivos Diagnósticos dos serviços.
Em 2018 , o Município segundo o Ministério Público do PR atingiu 100 % de coleta de resíduos frente aos
91,23 % do Estado.

FIGURA 10 TAXA DE COBERTURA DE COLETA DE RESÍDUOS

MP/PR

2.2.3.3 SANEAMENTO BÁSICO

Os dados oficiais disponíveis são bastante desatualizados remetendo ainda ao Censo de 2010. No entanto já
era possível verificar números bastante positivos para o Município, em relação a água, sanitários, energia elétrica.

TABELA 35 DOMICÍLIOS E SANEAMENTO


Domicílios e Saneamento Data Município
Número de Domicílios Recenseados 2010 13.603
Número de Domicílios Particulares Permanentes 2010 11.596
Domicílios Particulares Permanentes - Com Água Canalizada 2010 11.308
Domicílios Particulares Permanentes - Com Banheiro ou Sanitário 2010 11.560
Domicílios Particulares Permanentes - Destino do Lixo - Coletado 2010 11.058
Domicílios Particulares Permanentes - Com Energia Elétrica 2010 11.571
Abastecimento de Água (unidades atendidas (2)) 2019 15.424
Consumo de Água - Volume Faturado (m3) 2019 1.841.081
Consumo de Água - Volume Medido (m3) 2019 1.733.400
Atendimento de Esgoto (unidades atendidas (2)) 2019 13.186
IPARDES

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2.2.3.4 MEIO AMBIENTE

No Brasil, a Política Nacional do Meio Ambiente, estabelecida pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, e
regulamentada pelo Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, tem por objetivo a preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento
socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana.
A figura12 a seguir mostra que no município no ano de 2017, a porcentagem de cobertura vegetal por flora
nativa era de 78,38% de seu território. Já a concentração de focos de calor, ou seja, a participação do município no
total de queimadas no Brasil, neste mesmo ano era de 0,02 por mil.

FIGURA 11 FOCOS DE CALOR E COBERTURA VEGETAL

ATLAS BRASIL.ORG

A Secretaria Municipal de Infraestrutura, Meio Ambiente e Logística através do Departamento de Meio


Ambiente é responsável pela Gestão da Coleta Seletiva Municipal assim como outras Ações da Área Ambiental. Atua
na parte de orientações e assessoramento aos Munícipes na Tramitação de Processos de Licenciamentos Ambientais
junto aos Órgãos Ambientais competentes IAT ( Instituto Água e Terra), Ibama entre outros em virtude do nosso
Município ter muitas particulares no que tange a parte Ambiental, devido estarmos inseridos na APA Estadual do Irai,
APA Federal de Guaraqueçaba, Área de Tombamento da Serra do Mar além dos Parques Ambientais Estaduais e
Federais, além da Represa do Capivari dentre outros.
Como o município não é descentralizado do IAT - Instituto Água e Terra, somos subordinados aos órgãos nos
atendimentos de Fiscalização Ambiental alguns são atendidos pelo IAT outras demandas através do Batalhão de Polícia
Ambiental.
Através do Departamento é realizado Ações de Educação Ambiental juntamente com a Secretaria de
Educação nas datas Ambientais comemorativas, além dos trabalhos em auxilio as Educadoras quando tange a parte
Ambiental e solicitam apoio.

12
Disponível em http://www.atlasbrasil.org.br/perfil/municipio/410400#sec-vulnerabilidade Acesso 15 ago. 2021

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2.2.3.5 TRABALHO E RENDA

Segundo o IBGE13, em 2019, o salário médio mensal era de 2.4 salários mínimos. A proporção de pessoas
ocupadas em relação à população total era de 24.7%.
Na comparação com os outros municípios do estado, ocupava as posições 34 de 399 e 102 de 399,
respectivamente. Já na comparação com cidades do país todo, ficava na posição 651 de 5570 e 892 de 5570,
respectivamente.
Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 31.1% da
população nessas condições, o que o colocava na posição 271 de 399 dentre as cidades do estado e na posição 4468
de 5570 dentre as cidades do Brasil.

TABELA 36 INDICADORES DE TRABALHO E RENDIMENTO


Indicador Informação
Salário médio mensal dos trabalhadores formais [2019] 2,4 salários mínimos
Pessoal Ocupado (2018) 10.686 pessoas
População Ocupada (2018) 24,7 %
% da População com rendimento nominal mensal per capita de até ½ salário mínimo (2010) 31,1 %
IBGE

2.2.3.6 EDUCAÇÃO

Campina Grande do Sul possui um total de 8510 habitantes matriculados. De acordo com IBGE (2010), e a
taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade é de 98%.
O município conta com 30 escolas no total, sendo 23 de ensino fundamental e 7 de ensino médio.

TABELA 37 PANORAMA REFERENTE À EDUCAÇÃO


Informação N
Taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade [2010] 98 %
IDEB – Anos iniciais do ensino fundamental (Rede pública) [2019] 6,1
IDEB – Anos finais do ensino fundamental (Rede pública) [2019] 4,9
Matrículas no Ensino fundamental [2020] 6.984 matriculas
Matrículas no Ensino médio [2020] 1.526 matriculas
Docentes no Ensino fundamental [2020] 353 docentes
Docentes no Ensino médio [2020] 129 docentes
Número de estabelecimentos de ensino fundamental [2020] 23 escolas
Número de estabelecimentos de ensino médio [2020] 7 escolas

13
Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/campina-grande-do-sul/panorama Acesso em 15 ago. 2021.

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Taxa de Analfabetismo

Considera-se, aqui, a faixa etária de 15 anos ou mais, e como analfabetas as pessoas maiores de 15 anos que
declararam não serem capazes de ler e escrever um bilhete simples ou que apenas assinam o próprio nome, incluindo
as que aprenderam a ler e escrever, mas esqueceram.
Em 2010 o Município apresentava indicador melhor em relação ao Estado, sendo que a taxa de analfabetismo
correspondia a 6,03% e a do Estado, 6,28%.

FIGURA 12 TAXA DE ANALFABETISMO (%)

MP/PR

2.2.3.7 ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE

O Município conta com uma boa estrutura para a prática da atividade física e esportiva tais como:
Centro Esportivo Pedro Dalpra Filho, Centro, Campo de Futebol, Quadra de Areia, Pista de Caminhada,
Academia da Saúde, Ginásio Poliesportivo, Centro Esportivo Ricieri Bernardi, , Jardim Paulista, Campo de Futebol,
Quadra de Areia, Pista de Caminhada, Academia da Saúde, Ginásio Poliesportivo, Centro Esportivo Jacob
Dalprá, Santa Rosa, Campo de Futebol, Ginásio Poliesportivo, Ginásio Poliesportivo Terra Boa, Academia da Saúde,
Centro de Artes e Esportes Unificados Deonysio Zanetti, Jardim Flórida, quadra poliesportiva, pista de caminhada,
academia da saúde, sala multiuso.
Também são promovidos os seguintes Campeonatos:
Futebol: categorias Master, Adulto, Juvenil, todos masculinos; Futsal categorias: Feminino adulto, Juvenil, infantil
Tenis de Mesa: Adulto, Juvenil; Vôlei Adulto, Juvenil; Handebol juvenil; Basquete juvenil
Ainda em relação a Atividade física o Município oferece várias opções com agenda e programações diárias no
Jardim Paulista, Sede, Santa Rosa, João Paulo, CEU, Jaguatirica e Terra Boa. As atividades desenvolvidas são Ginástica,
Capoeira, Karatê, Pilates, Ritmos, Atletismo, Vôlei Feminino, Futsal Feminino.

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2.2.3.8 TRANSPORTE

O transporte municipal é composto pelos dois terminais do município, contendo 05 linhas de abastecimento.
Um localizado no Jardim Paulista e o outro no bairro Jardim da Colina, atendendo uma média
de 5.873 passageiros/ dia, realizando um total de 149 viagens.

FIGURA 13 TERMINAIS DE TRANSPORTE COLETIVO DO MUNICÍPIO

FOTO MAURILIO CHELI FOTO ADHEMAR CIDASI 2019

Por14 meio de uma parceria entre a Prefeitura de Campina Grande do Sul e o Governo do Estado, através da
Coordenação da Região Metropolitana (COMEC), os usuários do sistema público de transportes do município passarão
a contar com uma linha de transporte coletivo integrada com Curitiba.
A integração foi anunciada durante a assinatura do convênio realizado entre a Prefeitura Municipal e o
Governo do Estado. A previsão é que a integração inicie no mês de setembro de 2021. A partir da integração, uma
linha partirá do Terminal do Jardim Paulista até a Estação Fagundes Varela na Linha Verde, permitindo ao usuário
utilizar a Rede Integrada de Transporte e fazer conexão com linhas de Curitiba e de outros municípios da região
metropolitana.

2.2.3.9 LAZER

No mapa a seguir pode-se observar os principais pontos de esporte, lazer e turismo. Cabe a Secretaria de
Esporte, Lazer e Turismo manter preservados os espaços públicos destinados às atividades de esporte e lazer; elaborar
e divulgar, com a participação dos segmentos sociais organizados, calendário municipal de esporte e lazer e
desempenhar outras atribuições definidas por decreto.

14
Disponível em
https://www.campinagrandedosul.pr.gov.br/noticia/campina_grande_do_sul_tera_linha_de_onibus_integrada_com_curitiba Acesso em 23
set.2021.

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FIGURA 14 LOCAIS DE LAZER, ATIVIDADES FÍSICAS, ESPORTE, NATUREZA E CULTURA

HTTPS://WWW.CAMPINAGRANDEDOSUL.PR.GOV.BR/MAPA-TURISMO

QUADRO 1 LOCAIS DE LAZER, ATIVIDADES FÍSICAS, ESPORTE, NATUREZA E CULTURA DO MUNICÍPIO


Eventos e visitação Esportes e Cultura Montanhas e Parques
Vila dos Animais Centro Esport. Pedro Dalprá Filho Pico Camapuã

Base Fazenda Lagoa Pico Tucum


Sítio da Alegria
Estacionamento Capivari Mirim Pico Cerro Verde
Castelo Chambord
Teatro Mun. José C. Zanlorenzi Pico Itapiroca
Lago da Serra Eventos
CEU – Centro de Artes e Esportes Unificados Pico Paraná
Recanto Dos Tropeiros Deonysio Zanetti Pico Caratuva
Mini Arena Marcos do Santos
Grupo de Cavalgada S. Antônio Pico Ibitirati
Centro Esportivo Ricieri Bernardi
Arena de Eventos de Campina G. do Sul Parque Municipal Ari Coutinho Bandeira
Crozetta Motocross
CTG Rancho da Tradição Morro Capivari Mirim
Chácara da Bolinha
Morro Capivari Médio
Chácara Recanto Rosenente
Parque Estadual Pico Paraná - Base do IAT
Morro Capivari Grande
Chácara LLAR Eventos Ginásio poliesportivo Terra Boa
Bosques e Praças Parque Estadual Pico Paraná - Base do IAT
ARES Base de Treinamento
Bosque C. E. Ricieri Bernardi Morro das Antenas

Pça. Bento M. da Rocha Neto

Praça da Bíblia
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE DO SUL

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

2.2.3.10 SEGURANÇA

O direito à segurança é prerrogativa constitucional indisponível, garantido mediante a implementação de


políticas públicas, impondo ao Estado a obrigação de criar condições objetivas que possibilitem o efetivo acesso a tal
serviço.
Segundo o Ministério Público do Paraná, quando considerados 10 itens relacionados à segurança, o Município
se encontra com índices melhores em 80 % destes itens, para municípios do Grupo 3: municípios de 23 mil até 70 mil
habitantes.

FIGURA 15 TAXAS DE OCORRÊNCIAS POLICIAIS (SESP/2019),

MP/PR

2.2.4 PROGRAMAS SOCIAIS DE ENFRENTAMENTO AS VULNERABILIDADES

A Assistência Social, política pública não contributiva, é dever do Estado e direito de todo cidadão que dela
necessitar. Entre os principais pilares da assistência social no Brasil estão a Constituição Federal de 1988, que dá as
diretrizes para a gestão das políticas públicas, e a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), de 1993, que estabelece os
objetivos, princípios e diretrizes das ações.
O Município possui 01 CRAS e 01 CREAS:
CRAS (Centros de Referência de Assistência Social) – Oferece serviços de assistência social às famílias e indivíduos
em situação de vulnerabilidade social. Tem por objetivo fortalecer os vínculos familiares e comunitários, buscando com suas
ações priorizar a promoção da autonomia, das potencialidades e o fortalecimento das famílias e indivíduos.
CREAS (Centros de Referência Especializada de Assistência Social) – Unidade pólo de referência, coordenador e
articulador da proteção social especial de média complexidade. Responsável pela oferta de orientação e apoio especializados
e continuados a indivíduos e famílias com direitos violados, direcionando o foco das ações para a família, na perspectiva de
potencializar e fortalecer sua função protetiva.

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

2.2.4.1 PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

No município15, havia 1.872 famílias beneficiárias do Bolsa Família no mês de julho de 2021 sendo 5.592
pessoas diretamente beneficiadas pelo Programa. Dentre essas famílias, 0 % dos responsáveis familiares (RF) eram do
sexo feminino. O Programa prevê o pagamento dos benefícios financeiros preferencialmente à mulher, com o objetivo
de contribuir para o desenvolvimento da autonomia feminina tanto no espaço familiar como em suas comunidades.
Nesse mês, o número de pessoas beneficiárias do PBF equivalia aproximadamente a 12% da população total
do município, abrangendo 1.471 famílias que, sem o programa, estariam em condição de extrema pobreza. A
cobertura do programa foi de 122 % em relação à estimativa de famílias pobres no município. Essa estimativa é
calculada com base nos dados mais atuais do Censo Demográfico, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
O município já alcançou a meta de atendimento do programa. O foco da gestão municipal deve ser na
manutenção da atualização cadastral dos beneficiários, para evitar que famílias que ainda precisam do benefício
tenham o pagamento interrompido. A qualidade dos dados cadastrais aumenta a possibilidade de que todas as
famílias pobres e extremamente pobres do Município sejam beneficiárias do Programa.

Área de Saúde
Na área da Saúde, 4.028 beneficiários(as) tinham perfil para acompanhamento das condicionalidades de
saúde no segundo semestre de 2019. Compõem o público para acompanhamento das condicionalidades de saúde as
crianças menores de 7 anos e mulheres.
O município conseguiu acompanhar 4.012 beneficiários(as), o que corresponde a uma cobertura de
acompanhamento de 99,60%. O resultado nacional de acompanhamento na saúde é de 79,71%.
Assim, o município possui um acompanhamento da agenda de saúde muito bom, acima do resultado
nacional. No entanto, é fundamental que o gestor municipal do PBF conheça e se articule com o coordenador
municipal do PBF na Saúde, que é o responsável técnico pelo monitoramento desse acompanhamento na Secretaria
Municipal de Saúde, para continuar alcançando bons resultados.
Podem ser realizadas ações de orientações às famílias para que informem que são beneficiárias do PBF
quando forem atendidas na rede de saúde e para que atualizem o Cadastro Único quando mudarem de endereço.
Também é importante se organizar para registrar mensalmente no sistema da saúde as informações sobre as
gestantes identificadas, pois elas são elegíveis ao Benefício Variável Vinculado à Gestante (BVG). As informações de
acompanhamento das condicionalidades de saúde servem de base para a articulação intersetorial entre educação,
assistência social e saúde, para que atuem de forma integrada na superação de eventuais vulnerabilidades
enfrentadas pelas famílias e na identificação de demandas sociais no território.

15
Disponível em https://aplicacoes.mds.gov.br/sagirmps/bolsafamilia/relatorio-completo.html Acesso 15 ago. 2021

60
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

2.2.4.2. CADASTRO ÚNICO

O Cadastro Único16 é a base de dados do Governo Federal onde estão registradas as informações
socioeconômicas das famílias de baixa renda domiciliadas no território brasileiro, que são aquelas que possuem renda
mensal de até ½ salário mínimo por pessoa.
O governo federal utiliza os dados do Cadastro Único para conceder benefícios e serviços de programas
sociais, como: Tarifa Social de Energia Elétrica, Benefício de Prestação Continuada (BPC), Programa Bolsa Família, entre
outros.
Os dados do Cadastro Único também podem ser utilizados para o mapeamento das vulnerabilidades locais, o
planejamento das ações e a seleção de beneficiários dos programas sociais geridos pelo município.
O Município já vem realizando as atividades de cadastramento e possui em Maio de 2021:

TABELA 38 CADASTRO ÚNICO E FAMÍLIAS, MAIO/2021


Famílias No.
Inseridas no Cadastro Único 6.782
Com o cadastro atualizado nos últimos dois anos 4.992
Com renda até ½ salário mínimo 5.163
Com renda até ½ salário mínimo com o cadastro atualizado. 3.940
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL - MDS

A Taxa de Atualização Cadastral (TAC) do município é de 76,31%, enquanto que a média nacional encontra-se
em 65,72%. Isso significa que o cadastro do município está bem focalizado e atualizado, ou seja, a maioria das famílias
cadastradas pertence ao público alvo do Cadastro Único.

QUADRO 2 QUADRO-SÍNTESE ACOMPANHAMENTO PROGRAMAS SOCIAIS, MAIO/2021


Acompanhamento da Acompanhamento das Acompanhamento das Fator de
Atualização Cadastral condicionalidades de Educação condicionalidades de Saúde Operação
Nacional Município Nacional Município Nacional Município Nacional Município
83,29 86,30 93,06 88,52 79,70 99,60 84,83 90,18
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL - MDS

2.2.4.3 BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA (BPC)

O BPC é um benefício da Política de Assistência Social que integra a Proteção Social Básica no âmbito do
Sistema Único de Assistência Social – SUAS, sendo que para acessá-lo não é necessário ter contribuído com a
Previdência Social. É um benefício individual, não vitalício e intransferível, que assegura a transferência mensal de 1
(um) salário mínimo ao idoso, com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais, e à pessoa com deficiência, de qualquer idade,
com impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com
diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as

16
Disponível em https://aplicacoes.mds.gov.br/sagirmps/bolsafamilia/relatorio-completo.html Acesso em 19 ago.2021

61
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

demais pessoas. Em ambos os casos, devem comprovar não possuir meios de garantir o próprio sustento, nem o ter
provido por sua família. A renda mensal familiar per capita deve ser inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo vigente.
No Município em Maio/202017, havia 452 idosos e 388 pessoas com deficiência beneficiários do BPC.

TABELA 39 BENEFICIÁRIOS DO BPC, MAIO/2020


Beneficiários N
Idosos 452
Com deficiência 388
Total 830
MP/PR

2.2.5 POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE

A Política Nacional de Promoção da Saúde18 tem por Objetivo geral “promover a equidade e a melhoria das
condições e dos modos de viver, ampliando a potencialidade da saúde individual e coletiva e reduzindo
vulnerabilidades e riscos à saúde decorrentes dos determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais”
e estabeleceu como temas prioritários:

I. Formação e educação permanente:


Mobilizar, sensibilizar e promover capacitações para gestores, trabalhadores da Saúde e de outros setores
para o desenvolvimento de ações de educação em promoção da saúde, a fim de incluí-las nos espaços de educação
permanente.

II. Alimentação adequada e saudável:


Promover ações relativas à alimentação adequada e saudável, visando à promoção da saúde e à segurança
alimentar e nutricional, contribuindo com as ações e com as metas de redução da pobreza, com a inclusão social e
com a garantia do direito humano à alimentação adequada e saudável.

III. Práticas corporais e atividades físicas:


Promover ações, aconselhamento e divulgação de práticas corporais e de atividades físicas, incentivando a
melhoria das condições dos espaços públicos, considerando a cultura local e incorporando brincadeiras, jogos, danças
populares, entre outras práticas.

IV. Enfrentamento ao uso do tabaco e de seus derivados:


Promover, articular e mobilizar ações para redução e controle do uso do tabaco, incluindo ações educativas,
legislativas, econômicas, ambientais, culturais e sociais.

17
Disponível em https://apps.mppr.mp.br/geoview/plataformaAtuacao/indicadores/perfil/57_4104006.html Acesso em 12 ago. 2021
18
Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_promocao_saude.pdf Acesso em 12 ago.2021

62
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

V. Enfrentamento do uso abusivo de álcool e de outras drogas:


Promover, articular e mobilizar ações para redução do consumo abusivo de álcool e de outras drogas, com
corresponsabilização e autonomia da população, incluindo ações educativas, legislativas, econômicas, ambientais,
culturais e sociais.

VI. Promoção da mobilidade segura:


Buscar avançar na articulação intersetorial e intrassetorial, envolvendo a vigilância em saúde, a atenção básica
e as redes de urgência e emergência do território na produção do cuidado e na redução da morbimortalidade
decorrente do trânsito. Orientar ações integradas e intersetoriais nos territórios, incluindo ações de saúde, educação,
trânsito, fiscalização, ambiente e nos demais setores envolvidos, além da sociedade, a fim de definir um planejamento
integrado, parcerias, atribuições, responsabilidades e especificidades de cada setor para a promoção da mobilidade
segura. Avançar na promoção de ações educativas, legislativas, econômicas, ambientais, culturais e sociais,
fundamentadas em informação qualificada e em planejamento integrado, para que garantam o trânsito seguro, a
redução de morbimortalidade e, consequentemente, a paz no trânsito.

VII. Promoção da cultura da paz e dos direitos humanos:


Promover, articular e mobilizar ações que estimulem a convivência, a solidariedade, o respeito à vida e o
fortalecimento de vínculos. Desenvolver tecnologias sociais que favoreçam a mediação de conflitos, o respeito às
diversidades e diferenças de gênero e de orientação sexual e à identidade de gênero, entre gerações, étnico-raciais,
culturais, territoriais, de classe social e em relação às pessoas com deficiências e necessidades especiais, garantindo os
direitos humanos e as liberdades fundamentais. Promover a articulação da Rede de Atenção à Saúde com as demais
redes de proteção social, produzindo informação qualificada e capaz de gerar intervenções individuais e coletivas,
contribuindo para a redução das violências e para a cultura da paz.

VIII. Promoção do desenvolvimento sustentável:


Promover, mobilizar e articular ações governamentais e não governamentais, incluindo o setor privado e a
sociedade civil, nos diferentes cenários (cidades/municípios, campo, floresta, águas, bairros, territórios, comunidades,
habitações, escolas, igrejas, empresas e outros), permitindo a interação entre saúde, meio ambiente e
desenvolvimento sustentável na produção social da saúde, em articulação com os demais temas prioritários.

2.2.6 OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – ODS19

A ONU e seus parceiros no Brasil estão trabalhando para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
São 17 objetivos ambiciosos e interconectados que abordam os principais desafios de desenvolvimento enfrentados
por pessoas no Brasil e no mundo.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza,
proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de

19
Disponível em https://brasil.un.org/pt-br/sdgs Acesso em 14 ago. 2021.

63
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir
a Agenda 2030 no Brasil.

ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável20:

ODS 01 - Erradicação da Pobreza: Acabar com a pobreza em ODS 10 - Redução das Desigualdades: Reduzir a desigualdade
todas as suas formas, em todos os lugares. dentro dos países e entre eles.
ODS 02 - Fome Zero e Agricultura Sustentável: Acabar com a ODS 11 - Cidades e Comunidades Sustentáveis: Tornar as
fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros,
promover a agricultura sustentável. resilientes e sustentáveis.
ODS 03 - Saúde e Bem-estar: Assegurar uma vida saudável e ODS 12 - Consumo e Produção Responsáveis: Assegurar
promover o bem-estar para todas e todos, em todas as idades. padrões de produção e de consumo sustentáveis.
ODS 04 - Educação de Qualidade: Assegurar a educação ODS 13 - Ação contra a mudança global do clima: Tomar
inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades medidas urgentes para combater a mudança climática e seus
de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos. impactos.
ODS 05 - Igualdade de Gênero: Alcançar a igualdade de gênero ODS 14 - Vida na Água: Conservação e uso sustentável dos
e empoderar todas as mulheres e meninas. oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o
ODS 06 - Água Potável e Saneamento: Assegurar a desenvolvimento sustentável.
disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento ODS 15 - Vida Terrestre: Proteger, recuperar e promover o uso
para todas e todos. sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma
ODS 07 - Energia Limpa e Acessível: Assegurar o acesso sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e
confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia reverter a degradação da terra e deter a perda de
para todas e todos. biodiversidade.
ODS 08 - Trabalho Decente e Crescimento Econômico: ODS 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes: Promover
Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento
sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e
para todas e todos. construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em
ODS 09 - Indústria, Inovação e Infraestrutura: Construir todos os níveis.
infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva ODS 17 - Parcerias e Meios de Implementação: Fortalecer os
e sustentável e fomentar a inovação. meios de implementação e revitalizar a parceria global para o
desenvolvimento sustentável

20
Disponível em https://crianca.mppr.mp.br/pagina-2171.html Acesso em 14 ago. 2021

64
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

FIGURA 16 OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

ONU

Missão ODS Indicadores Municipais21

O Governo do Paraná, por meio da Estratégia Paraná de Olho nos ODS, promove a Agenda 2030 da ONU
como guia para o desenvolvimento sustentável do Estado. O Relatório “Missão ODS – Indicadores Municipais” visa
contribuir com a tomada de decisão e o planejamento das políticas públicas consideradas prioritárias localmente. Este
documento foi produzido a partir do Business Intelligence Paraná de Olho nos ODS, com dados extraídos da Base de
Dados do Estado (BDEweb), e contempla o desempenho do município em relação às metas dos ODS.
Os indicadores ODS presentes nesse relatório estão relacionados às metas estipuladas pela ONU, a serem
alcançadas até 2030. Todavia, podem ser adequadas ao contexto local. No Paraná, o mapeamento desses índices está
em constante aprimoramento e segue a premissa de trabalhar com dados oficiais atualizados, baseados na
metodologia global. Neste contexto, vale ressaltar que alguns indicadores não se aplicam em nível local e outros ainda
necessitam de fontes atualizadas para a sua medição. Além disso, as metas relacionadas aos indicadores, listadas neste
relatório, baseiam-se em referências nacionais. Contudo, nem todas possuem um valor explícito a ser atingido. Para
esses casos, os índices foram classificados em quatro grupos, com a finalidade de situar a posição do município entre
os resultados das 399 cidades paranaenses.
Interpretação das legendas, além dos valores de cada indicador, é necessário observar:

21
Relatório enviado pelo Governo do Paraná aos Prefeitos Municipais, outubro de 2021.

65
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

FIGURA 17 RESULTADOS DOS ODS

66
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

GOVERNO DO PARANÁ

67
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

2.3 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO

2.3.1 NATALIDADE

Entre 2010 e 2020 nasceram em média anual 775 crianças no Município, sendo o maior número no ano de
2014 com 844 e o menor no ano de 2020 com 682. As condições de nascimento serão analisadas através de vários
indicadores de nascimento na sequência.

2.3.1.1 NASCIDOS VIVOS

TABELA 40 NASCIDOS VIVOS, 2010-2020


Ano 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Média
Nascidos Vivos 747 717 800 788 844 817 786 842 768 739 682 775
SESA PR

GRÁFICO 3 NÚMERO DE NASCIDOS VIVOS, 2010-2020

800 788 844 817 786 842


747 717 768 739 682

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

SESA PR

Taxa de Natalidade

Analisando-se a tabela das condições de Nascimento, observa-se que a taxa bruta de natalidade vem
oscilando e encontra-se acima da média estadual verificada entre o período de 2017-2020, sendo um índice de 17,59
nascidos vivos a cada 1000 habitantes e para o Estado verificado no mesmo período apresentou um valor de 13,50.
Em relação ao período 2012-2016 a Taxa de Natalidade cresceu, já que apresentava uma média de 11,49 naquele
período.

TABELA 41 TAXA BRUTA DE NATALIDADE, 2017-2020


Taxa de Natalidade (por 1.000 hab.) 2017 2018 2019 2020 Média
Número de nascidos vivos 842 768 739 682 758
População 42463 42880 43288 43685 43079
Taxa bruta de Natalidade – Campina Grande do Sul 19,83 17,91 17,07 15,61 17,59
Taxa bruta de Natalidade - Paraná 14,01 13,86 13,50 12,65 13,50
SESA PR

68
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Faixa etária da Mãe

Em relação a faixa etária da mãe, 52,1 % dos nascidos vivos, tiveram mães entre 20 e 29 anos, semelhante à
média do Estado do PR, com 49,2 %.

TABELA 42 FAIXA ETÁRIA DAS MÃES, 2017-2010


Faixa Etária 2017 2018 2019 2020 Média % Média PR %PR
10-14 4 6 1 2 3 0,4 745 0,5%
15-19 142 104 91 75 103 13,6 18908 12,2%
20-29 417 411 371 381 395 52,1 76119 49,2%
30-39 255 225 251 199 233 30,7 53945 34,9%
40-49 24 22 25 25 24 3,2 4924 3,2%
50 e + - - - - 0,0 17 0,0%
ign - - - - 0,0 3 0,0%
Total 842 768 739 682 758 100,0 154660 100,0%
SESA PR *FAIXA ETÁRIA (7)

Considerando a faixa padrão da idade da mãe, a gravidez em menores de 20 anos ocorreu em 18,7 % das
mães na série histórica 2017-2020, número ligeiramente superior à média do Estado, que no mesmo período
apresentou uma taxa de 16,70 %.

TABELA 43 FAIXA ETÁRIA DA MÃE - PADRÃO, 2017-2020


Faixa Etária da Mãe Padrão 2017 2018 2019 2020 Total % %PR(*)
15-20 anos 180 148 116 121 565 18,7 16,70
21-30 anos 416 398 387 366 1.567 51,9 50,07
31-40 anos 229 203 224 175 831 27,5 31,23
41-50 anos 13 13 11 18 55 1,8 2,00
51-55 anos 0,00
56-60 anos 0,00
61 anos e+ 0,00
Total 838 762 738 680 3.018 100,0 100,00
SESA PR (*) 2017-2020

Gravidez na adolescência

A taxa de gravidez na adolescência apresenta certa oscilação. A tendência era de redução entre 2017-2019,
porém em 2020 houve um pequeno aumento na taxa, como pode ser visualizado na tabela a seguir.

69
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

TABELA 44 TAXA DE GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA


Faixa Etária da Mãe - Padrão 2017 2018 2019 2020 Total
15-20 anos Município (%) 21,5% 19,4% 15,7% 17,8% 18,7%
15-20 anos Estado (%) 18,2% 17,1% 16,1% 15,2% 16,7%
SESA PR

Peso ao nascer

Considerando o peso dos recém nascidos o perfil do Município difere um pouco em relação ao Estado,
especialmente na faixa menor de 2499 g, conforme tabela a seguir.

TABELA 45 PESO AO NASCER, 2017-2020


Peso ao Nascer (6) 2017 2018 2019 2020 Média % %PR
000g a 999g 5 6 2 5 4,5 0,6 0,6%
1000g a 1499g 5 4 13 6 7 0,9 0,8%
1500g a 2499g 52 63 57 49 55,25 7,3 7,2%
2500g a 2999g 164 185 179 154 170,5 22,5 22,6%
3000g a 3999g 573 477 457 445 488 64,4 64,2%
4000g e mais 43 33 31 23 32,5 4,3 4,6%
Total 842 768 739 682 758 100,0 100,0%
SESA PR

No quesito, baixo peso ao nascer, a taxa média no período considerado é 8,8%, sendo este um resultado
semelhante ao Estado onde esse índice teve média 8,6 %. A recomendação, nesse caso é que seja inferior a 10 %.

TABELA 46 BAIXO PESO AO NASCER


Baixo peso Média 2017-2020
% com baixo peso ao nascer / Campina Grande do Sul 8,8%
% com baixo peso ao nascer /Paraná 8,6%
SESA PR

Tipo de Parto

Em relação aos partos cesáreos, o Município apresenta uma média para o período equivalente a 60 %. O
Paraná também está em tendência de estabilização nesse item, porém a média para o Estado no período foi 63 %..

70
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

TABELA 47 TIPO DE PARTO


Tipo de parto 2017 2018 2019 2020 Média %
Partos vaginais – Campina Grande do Sul 336 319 301 251 302 39,8%
Partos cesáreos - Campina Grande do Sul 506 449 438 431 456 60,2%
Total de partos 842 768 739 682 758 100,0%
Percentual de partos cesáreos - Paraná 62% 62% 62% 65% 63% -
SESA PR

Consultas de Pré-Natal

Indicador que mede a cobertura do atendimento pré-natal de gestantes, identificando situações de


desigualdades e tendências que demandam ações e estudos específicos. Contribui para a análise das condições de
acesso da assistência pré-natal e qualidade em associação com outros indicadores, tais como taxa de mortalidade
materna e infantil, incidência de sífilis congênita, entre outros.

TABELA 48 CONSULTAS PRÉ-NATAL, 2017-2020


Consultas Pré-Natal 2017 2018 2019 2020 Média %
Nenhuma 7 12 6 7 8 1,1
1-3 consultas 72 44 34 37 47 6,2
4-6 consultas 221 163 137 140 165 21,8
7e+ consultas 539 548 561 496 536 70,7
Ignorado 3 1 1 2 2 0,2
Total 842 768 739 682 758 100,0
% 7 ou + consultas 64,01 71,35 75,91 72,73 70,71 -
SESA PR

O percentual de pré-natal com 07 ou mais consultas, no município foi na média 70,7% na série histórica 2017-
2020. O número do Município é desfavorável quando considerado com a média do Estado do PR, que atingiu 84,9%.

TABELA 49 CONSULTAS DE PRÉ-NATAL (7 OU +), 2017-2020 (%)


Consultas de pré-natal (7 ou +) Média 2017-2020
Campina Grande do Sul 70,7%
Paraná 84,9%
SESA PR

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

2.3.2 MORTALIDADE

A média de óbitos considerando a série histórica 2010-2020, foi de 281. O ano de 2018 foi o que apresentou
maior número com 311 e 2012, o menor, com 242.

TABELA 50 NÚMERO DE ÓBITOS, 2010-2020


Ano 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Média
Óbitos 249 296 242 292 264 263 305 255 311 283 336 281
SESA PR

GRÁFICO 4 NÚMERO DE ÓBITOS, 2010-2020

336
296 292 305 311
264 263 283
249 242 255

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

SESA PR

2.3.2.1 MORTALIDADE GERAL

No Município, tem ocorrido uma média de 296 óbitos por ano e no Estado cerca de 77.000 (Média 2017-
2020) óbitos, correspondendo a uma taxa média de 6,88 óbitos a cada 1.000 habitantes no Município e 6,80 no Estado.

TABELA 51 TAXA DE MORTALIDADE: NÚMERO DE ÓBITOS/1000 HABITANTES


Unidade Federativa 2017 2018 2019 2020 Media
Campina Grande do Sul 6,01 7,25 6,54 7,69 6,88
Estado PR 6,53 6,70 6,70 7,30 6,81
SESA PR

O Infarto Agudo do Miocárdio foi o responsável pelo maior número de óbitos na série histórica 2017-2020,
com 68 casos, correspondendo a uma proporção de 5,7 %, seguido por Doença por vírus de localização Não
especificada com 51 casos, 4,3 % (sugerindo que seja por COVID-19, uma vez que todos ocorreram em 2020) e em
terceiro lugar, I64 Acidente vascular cerebral Não Especificado como hemorrágico isquêmico.

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

TABELA 52 CAUSAS DE ÓBITOS, 2017-2020


Causa (CID10 3C) 2017 2018 2019 2020 Total %
I21 Infarto agudo do miocardio 21 20 16 11 68 5,7
B34 Doenc p/virus de localiz NE 0 0 0 51 51 4,3
I64 Acid vasc cerebr NE como hemorrag isquemico 11 14 13 9 47 4,0
J44 Outr doenc pulmonares obstrutivas cronicas 12 16 8 8 44 3,7
X95 Agressao disparo outr arma de fogo ou NE 14 14 8 7 43 3,6
A41 Outr septicemias 12 7 13 7 39 3,3
J18 Pneumonia p/microorg NE 10 8 16 3 37 3,1
I50 Insuf cardiaca 14 6 7 7 34 2,9
R99 Outr causas mal definidas e NE mortalidade 0 13 8 11 32 2,7
I25 Doenc isquemica cronica do coracao 7 7 9 6 29 2,4
C34 Neopl malig dos bronquios e dos pulmoes 5 8 7 6 26 2,2
E14 Diabetes mellitus NE 6 4 8 8 26 2,2
C50 Neopl malig da mama 4 3 5 7 19 1,6
P95 Morte fetal de causa NE 3 8 4 2 17 1,4
C61 Neopl malig da prostata 1 6 5 4 16 1,3
I69 Sequelas de doenc cerebrovasculares 2 7 3 3 15 1,3
R98 Morte s/assist 0 7 1 7 15 1,3
K92 Outr doenc do aparelho digestivo 2 4 5 3 14 1,2
C80 Neopl malig s/especificacao de localiz 4 3 3 3 13 1,1
C16 Neopl malig do estomago 3 4 3 2 12 1,0
G30 Doenc de Alzheimer 2 1 4 4 11 0,9
J96 Insuf respirat NCOP 4 7 0 0 11 0,9
K74 Fibrose e cirrose hepaticas 1 0 3 7 11 0,9
I26 Embolia pulmonar 2 2 5 1 10 0,8
Outras (com 9 ou menos casos no período) 115 142 129 160 546 46,0
Total 255 311 283 337 1186 100,0
SESA PR

Em relação a mortalidade por grupo de causas, houve uma significativa alteração para o grupo I – Doenças
Infecciosas e Parasitárias, que saltou de 18 casos em 2019 para 59 em 2020. Outro grupo de causas com grande
oscilação foi XVIII - Sintomas e sinais e achados anormais em exame clínico e laboratorial.
Considerando as três primeiras causas, no acumulado 2017-2020, respectivamente foram Doenças do
aparelho circulatório, Neoplasias (tumores) e apresentando o mesmo resultado, Doenças do Aparelho Respiratório e
Causas externas de morbidade e mortalidade, cujos resultados foram 24,2 %, 17,4 % e 11,6 % respectivamente. No
Paraná, 2017-2020, as 3 primeiras causas de óbitos foram, Aparelho Circulatório, Neoplasias e mesmo resultado
Aparelho Respiratório e Causas Externas, com 26,4 %, 19,1 % e 11,2 %, respectivamente.
Especificamente em 2020 as três primeiras posições ficaram alteradas em relação a média da série histórica
e foram ocupadas por Neoplasias (tumores), Doenças do aparelho circulatório e Doenças infecciosas e parasitária cujos
resultados foram 19,3 %, 17,4 % e 17,6 % respectivamente.

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TABELA 53 GRUPO DE CAUSAS DE ÓBITOS, 2017-2020


Causa (Capítulo CID 10) 2017 2018 2019 2020 Média %
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 23 11 18 59 28 9,4
II. Neoplasias (tumores) 37 50 54 65 52 17,4
III. Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár 1 3 2 1 2 0,6
IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 7 13 16 15 13 4,3
V. Transtornos mentais e comportamentais 0 0 3 1 1 0,3
VI. Doenças do sistema nervoso 10 9 10 9 10 3,2
IX. Doenças do aparelho circulatório 77 79 68 63 72 24,2
X. Doenças do aparelho respiratório 32 34 32 12 28 9,3
XI. Doenças do aparelho digestivo 14 17 18 23 18 6,1
XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 0 1 0 2 1 0,3
XIII.Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo 1 0 0 0 0 0,1
XIV. Doenças do aparelho geniturinário 4 6 9 8 7 2,3
XV. Gravidez parto e puerpério 1 0 0 1 1 0,2
XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 13 21 14 10 15 4,9
XVII.Malf cong deformid e anomalias cromossômicas 3 2 2 1 2 0,7
XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat 4 22 11 26 16 5,3
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 28 43 26 40 34 11,6
Total 255 311 283 336 296 100,0
SESA PR

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GRÁFICO 5 GRUPO DE CAUSAS DE ÓBITOS, ACUMULADO 2017-2020

Causas de óbitos, acumulado 2017-2020

IX. Doenças do aparelho circulatório 24,2


II. Neoplasias (tumores) 17,4
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 11,6
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 9,4
X. Doenças do aparelho respiratório 9,3
XI. Doenças do aparelho digestivo 6,1
XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat 5,3
XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 4,9
IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 4,3
VI. Doenças do sistema nervoso 3,2
XIV. Doenças do aparelho geniturinário 2,3
XVII.Malf cong deformid e anomalias cromossômicas 0,7
III. Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár 0,6
XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 0,3
V. Transtornos mentais e comportamentais 0,3
XV. Gravidez parto e puerpério 0,2
XIII.Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo 0,1

SESA PR

A Tabela a seguir permite ver a comparação dos resultados do Município e Estado entre os anos de 2019 e
2020, com uma ligeira mudança no perfil, especialmente em relação ao grupo I. Algumas doenças infecciosas e
parasitárias, com variação semelhante entre Estado e Município.

TABELA 54 MORTALIDADE POR GRUPOS DE CAUSAS (%), MUNICÍPIO E ESTADO, 2019-2020


% % %PR %PR
Causa (Cap CID10)
2019 2020 2019 2020
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 6,4 17,6 3,16 13,1
II. Neoplasias (tumores) 19,1 19,3 19,50 17,8
III. Dças sangue órgãos hemat e transt imunitár 0,7 0,3 0,43 0,4
IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 5,7 4,5 5,91 5,7
V. Transtornos mentais e comportamentais 1,1 0,3 1,22 1,2
VI. Doenças do sistema nervoso 3,5 2,7 4,30 4,0
VII. Doenças do olho e anexos 0,0 0,0 0,0 0,0
VIII. Doenças do ouvido e da apófise mastoide 0,0 0,0 0,01 0,0
IX. Doenças do aparelho circulatório 24,0 18,8 26,66 24,1
X. Doenças do aparelho respiratório 11,3 3,6 11,98 8,8
XI. Doenças do aparelho digestivo 6,4 6,8 5,48 5,0
XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 0,0 0,6 0,29 0,3
XIII. Doenças sist. osteomuscular e tec conjuntivo 0,0 0,0 0,40 0,4
XIV. Doenças do aparelho geniturinário 3,2 2,4 2,89 2,6

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XV. Gravidez parto e puerpério 0,0 0,3 0,09 0,1


XVI. Algumas afec. originadas no período perinatal 4,9 3,0 2,51 2,1
XVII. Malf cong deformid e anom. cromossômicas 0,7 0,3 0,97 0,8
XVIII. Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat 3,9 7,7 3,13 3,2
XIX. Lesões env. e alg out conseq causas externas 0,01 0,0
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 9,2 11,9 11,07 10,3
Total 100 100 100 100
SESA PR

Em relação a Mortalidade por Sexo, na série histórica 2017-2020, 57 % foram do sexo masculino e 43 %
feminino. Na média do Estado, no período 2017-2020, foram 176.530 óbitos masculinos, 134.544 femininos e 181
ignorados totalizando 311.255, ou seja 57 % e 43 % respectivamente.

TABELA 55 MORTALIDADE POR GRUPO DE CAUSAS E SEXO, 2017-2020


Causa (Cap CID10) Masculino % Feminino % Total
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 66 9,75 45 8,89 111
II. Neoplasias (tumores) 99 14,62 107 21,15 206
III. Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitário 4 0,59 3 0,59 7
IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 24 3,55 27 5,34 51
V. Transtornos mentais e comportamentais 3 0,44 1 0,20 4
VI. Doenças do sistema nervoso 19 2,81 19 3,75 38
IX. Doenças do aparelho circulatório 168 24,82 119 23,52 287
X. Doenças do aparelho respiratório 57 8,42 53 10,47 110
XI. Doenças do aparelho digestivo 45 6,65 27 5,34 72
XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 1 0,15 2 0,40 3
XIII. Doenças sist. osteomuscular e tec conjuntivo 0 0,00 1 0,20 1
XIV. Doenças do aparelho geniturinário 16 2,36 11 2,17 27
XV. Gravidez parto e puerpério 0 0,00 2 0,40 2
XVI. Algumas afec. originadas no período perinatal 24 3,55 32 6,32 58
XVII. Malf cong deformid e anom. cromossômicas 3 0,44 5 0,99 8
XVIII. Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat 39 5,76 24 4,74 63
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 109 16,10 28 5,53 137
Total 677 100,00 506 100,00 1.185
% 57 43 100
% Paraná 57 43
SESA PR

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GRÁFICO 6 NÚMERO DE ÓBITOS POR SEXO, ACUMULADO 2017-2020

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 28


109

XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat 24


39

XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 32


24

XI. Doenças do aparelho digestivo 27


45

X. Doenças do aparelho respiratório 53


57

IX. Doenças do aparelho circulatório 119


168

IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 27


24

II. Neoplasias (tumores) 107


99

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 45


66

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180

Feminino Masculino

SESA PR

No Paraná, a média de idade de óbito, no ano de 2018, foi de 70 anos para mulheres e de 63 anos para os
homens. Essa diferença de expectativa de vida também ocorre no Brasil e pode ser explicada pela maior incidência
dos óbitos por causas externas ou não naturais, que atingem com maior intensidade a população masculina,
fenômeno relacionado com o processo de urbanização e metropolização do Brasil.
No Município a faixa acima de 60 anos concentrou, no acumulado da série histórica 2017-2020, 59,9 % dos
óbitos, resultado inferior ao verificado para o Estado (70,3 %) no mesmo período.

TABELA 56 MORTALIDADE POR FAIXA ETÁRIA, ACUMULADO 2017-2020


<1 10- 15- 20- 30- 40- 50- 60- 70- 80
Causa (Cap CID10) 1-4 5-9 Ign Total
Ano 14 19 29 39 49 59 69 79 e+
I. Algumas doenças infecciosas e
0 0 0 0 0 6 4 11 16 30 23 21 0 111
parasitárias
II. Neoplasias (tumores) 0 0 0 0 1 1 5 17 51 50 49 32 0 206
III. Doenças sangue órgãos
0 0 0 1 0 1 1 0 2 0 1 1 0 7
hemat e transt imunitár
IV. Doenças endócrinas
0 0 0 0 0 0 1 1 7 15 20 7 0 51
nutricionais e metabólicas
V. Transtornos mentais e
0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 0 0 4
comportamentais
VI. Doenças do sistema nervoso 0 2 0 0 0 2 0 0 8 6 11 9 0 38
IX. Doenças do aparelho
1 0 0 0 1 3 10 16 36 73 77 70 0 287
circulatório

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X. Doenças do aparelho
1 0 0 0 0 1 3 5 13 18 27 42 0 110
respiratório
XI. Doenças do aparelho
0 0 1 0 1 3 2 6 10 18 20 11 0 72
digestivo
XII. Doenças da pele e do tecido
0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2 0 0 3
subcutâneo
XIII.Doenças sist osteomuscular
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1
e tec conjuntivo
XIV. Doenças do aparelho
1 0 0 0 1 0 0 0 4 6 9 6 0 27
geniturinário
XV. Gravidez parto e puerpério 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2
XVI. Algumas afec originadas no
29 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 29 58
período perinatal
XVII.Malf cong deformid e
4 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 2 8
anomalias cromossômicas
XVIII.Sint sinais e achad anorm
0 0 0 0 2 1 6 6 13 11 14 10 0 63
ex clín e laborat
XX. Causas externas de
0 0 3 0 12 34 29 28 13 8 4 6 0 137
morbidade e mortalidade
Total 36 3 4 1 19 53 62 90 176 236 258 216 31 1.185
% 3,0 0,3 0,3 0,1 1,6 4,5 5,2 7,6 14,9 19,9 21,8 18,2 2,6 100
SESA PR

A Tabela a seguir compara os percentuais entre Estado e Município, sendo os % bastante semelhantes.

TABELA 57 MORTALIDADE POR FAIXA ETÁRIA, ACUMULADO - 2017-2020


Faixa <1 01- 05- 10- 15- 20- 30- 40- 50- 60- 70- 80 e Total
Ign
Etária Ano 04 09 14 19 29 39 49 59 69 79 + %
Município 3,0 0,3 0,3 0,1 1,6 4,5 5,2 7,6 14,9 19,9 21,8 18,2 2,6 100
Paraná 2,1 0,3 0,2 0,3 1,0 3,4 4,2 6,5 11,8 18,1 22,1 28,5 1,6 100
SESA PR Faixa Etária (13)

2.3.2.2 MORTALIDADE POR DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS - MORTALIDADE PREMATURA (30-69 ANOS)

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são, globalmente, as principais causas de mortalidade. As que
mais acometem a população são as doenças do aparelho circulatório, as neoplasias malignas, o diabetes mellitus e as
doenças respiratórias crônicas.

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• Mortalidade prematura por grupo de causas


Em relação a Mortalidade prematura as Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), as circulatórias
representam 45,30 % dos óbitos, seguidas pelas Neoplasias com 41,28 %, Respiratórias com 7,05 % e diabetes com
6,38 %, no acumulado da série histórica 2017-2020. O número de óbitos por faixa etária, acumulada no período 2017-
2020, sendo a maior causa individual o Infarto agudo do miocárdio com 12,42 % dos óbitos. Verifica-se um crescimento
anual no número absoluto dos óbitos no período.

TABELA 58 MORTALIDADE PREMATURA POR GRUPO DE CAUSAS, ACUMULADO 2017-2020


Grupos de Causas %Município % PR
Circulatórias 45,3 47,8
Neoplasias 41,3 42,5
Respiratórias 7,1 7,3
Diabetes 6,3 2,5
SESA PR

GRÁFICO 7 MORTALIDADE PREMATURA POR CAUSAS (%), ACUMULADO 2017-2020

7,1

41,3

45

6,4

Neoplasias Diabetes Circulatórias Respiratórias Crônicas

SESA PR

No Município as circulatórias representam 45,38 % dos óbitos, seguidas pelas Neoplasias com 41,32 %,
Respiratórias com 7,05 % e diabetes com 6,38 %, no acumulado da série histórica 2017-2020. Verifica-se um
crescimento no número absoluto dos óbitos no período.

TABELA 59 ÓBITOS PREMATUROS POR CAUSAS, 2017-2020


Causa (CID10 3C) 2017 2018 2019 2020 Total %
NEOPLASIA 24 23 35 41 123 41,32
C01 Neopl maligna da base da língua 0 1 1 0 2 0,67
C02 Neopl maligna outr partes e NE da língua 0 0 1 1 2 0,67
C15 Neopl maligna do esôfago 1 3 1 1 6 2,01
C16 Neopl maligna do estomago 3 1 2 2 8 2,68

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C17 Neopl maligna do intestino delgado 1 0 0 0 1 0,34


C18 Neopl maligna do cólon 1 1 3 1 6 2,01
C20 Neopl maligna do reto 0 0 0 1 1 0,34
C21 Neopl maligna do anus e do canal anal 1 0 1 2 4 1,34
C22 Neopl maligna fígado vias biliares intra-hepática 0 0 1 1 2 0,67
C24 Neopl maligna outr partes e NE vias biliares 1 0 0 1 2 0,67
C25 Neopl maligna do pâncreas 1 0 1 1 3 1,01
C26 Neopl maligna outr mal def aparelho digestivo 0 1 0 0 1 0,34
C32 Neopl maligna da laringe 0 0 0 2 2 0,67
C34 Neopl maligna dos brônquios e dos pulmões 4 6 5 4 19 6,38
C38 Neopl maligna do coração mediastino e pleura 0 0 0 1 1 0,34
C41 Neopl maligna ossos/cartil artic outr loc e NE 0 0 1 0 1 0,34
C43 Melanoma maligna da pele 0 0 1 0 1 0,34
C49 Neopl maligna tec conjuntivo e outr tec. moles 1 0 1 0 2 0,67
C50 Neopl maligna da mama 2 3 4 6 15 5,03
C53 Neopl maligna do colo do útero 1 2 2 1 6 2,01
C54 Neopl maligna do corpo do útero 1 0 0 1 2 0,67
C56 Neopl maligna do ovário 1 0 0 0 1 0,34
C61 Neopl maligna da próstata 0 1 1 2 4 1,34
C64 Neopl maligna do rim exceto pelve renal 0 1 1 1 3 1,01
C67 Neopl maligna da bexiga 0 0 1 0 1 0,34
C68 Neopl maligna de outr órgãos urinários e NE 0 0 0 1 1 0,34
C71 Neopl maligna do encéfalo 0 1 0 4 5 1,68
C73 Neopl malig da gland tireoide 0 0 1 0 1 0,34
C75 Neopl maligna outr gland endócrinas estr relac 0 0 0 1 1 0,34
C76 Neopl maligna outr localiz e mal definidas 0 0 1 1 2 0,67
C78 Neopl maligna secund org respirat e digestivos 0 0 2 0 2 0,67
C80 Neopl maligna s/especificação de localiz 1 0 1 3 5 1,68
C83 Linfoma não-Hodgkin difuso 0 1 1 2 4 1,34
C90 Mieloma mult e neopl maligna de plasmócitos 0 1 0 0 1 0,34
C92 Leucemia mielóide 3 0 0 0 3 1,01
C94 Outr leucemias de células de tipo espec. 1 0 0 0 1 0,34
C97 Neopl maligna de localiz mult independentes 0 0 1 0 1 0,34
DIABETES 4 5 6 4 19 6,38
E10 Diabetes mellitus insulino-dependente 1 2 0 0 3 1,01
E11 Diabetes mellitus nao-insulino-dependemte 0 2 1 2 5 1,68
E14 Diabetes mellitus NE 3 1 5 2 11 3,69
CIRCULATÓRIAS 29 37 33 36 135 45,38
I05 Doenc reumaticas da valva mitral 0 0 1 1 2 0,67
I10 Hipertensao essencial 1 1 1 0 3 1,01
I11 Doenc cardiaca hipertensiva 0 0 1 0 1 0,34
I12 Doenc renal hipertensiva 0 0 0 1 1 0,34

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I13 Doenc cardiaca e renal hipertensiva 0 0 1 0 1 0,34


I20 Angina pectoris 0 0 0 1 1 0,34
I21 Infarto agudo do miocardio 10 11 9 7 37 12,42
I25 Doenc isquemica cronica do coração 4 4 2 5 15 5,03
I26 Embolia pulmonar 1 1 3 0 5 1,68
I27 Outr form de doenc cardiaca pulmonar 0 0 0 1 1 0,34
I33 Endocardite aguda e subaguda 1 0 0 0 1 0,34
I34 Transt nao-reumaticos da valva mitral 0 1 0 0 1 0,34
I38 Endocardite de valva NE 0 1 0 0 1 0,34
I42 Cardiomiopatias 0 1 1 1 3 1,01
I44 Bloqueio atrioventricular e do ramo esquerdo 0 1 0 0 1 0,34
I46 Parada cardiaca 2 1 0 0 3 1,01
I49 Outr arritmias cardiacas 0 0 0 1 1 0,34
I50 Insuf cardiaca 2 3 3 5 13 4,36
I51 Complic cardiopatias doenc cardiacas mal def 0 0 0 1 1 0,34
I60 Hemorragia subaracnoide 1 1 0 0 2 0,67
I61 Hemorragia intracerebral 1 2 1 2 6 2,01
I62 Outr hemorragias intracranianas nao-traum 0 1 1 1 3 1,01
I63 Infarto cerebral 0 0 0 2 2 0,67
I64 Acid vasc cerebr NE como hemorrag isquemico 4 6 7 4 21 7,05
I69 Sequelas de doenc cerebrovasculares 1 2 1 1 5 1,68
I71 Aneurisma e disseccao da aorta 0 0 0 1 1 0,34
I72 Outr aneurismas 1 0 0 0 1 0,34
I74 Embolia e trombose arteriais 0 0 0 1 1 0,34
I82 Outr embolia e trombose venosas 0 0 1 0 1 0,34
RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS 4 7 6 4 21 7,05
J44 Outr doenc pulmonares obstrutivas cronicas 3 5 3 3 14 4,70
J62 Pneumoconiose dev poeira que cont silica 0 0 1 0 1 0,34
J81 Edema pulmonar NE de outr form 0 1 1 0 2 0,67
J96 Insuf respirat NCOP 1 1 0 0 2 0,67
J98 Outr transt respirat 0 0 1 1 2 0,67
Total 61 72 80 85 298 100,00
SESA PR Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)/Divisão de Informações Epidemiológicas (DVIEP)/Centro de Epidemiologia(CEPI)/Superintendência de Vigilância
em Saúde (SVS)/Secretaria de Estado da Saúde do Paraná(SESA/PR). I00-I99; C00-C97; J30- J98; E10-E14

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GRÁFICO 8 NÚMERO DE ÓBITOS PREMATUROS POR CAUSAS, 2017-2020


45 41
40 37 36
35 34
35 33
31
29
30
24 23
25
20
15
10 7 6 6
4 4 5 4 4 5 5
5
0
2017 2018 2019 2020 Média

Neoplasias Diabetes Circulatórias Respiratórias Crônicas

SESA PR

• Mortalidade Prematura por faixa etária

TABELA 60 MORTALIDADE PREMATURA POR FAIXA ETÁRIA, ACUMULADO 2017-2020


Causa (CID10 3C) 30-39 40-49 50-59 60-69 Total %
NEOPLASIAS 5 17 51 50 123 41,32
C01 Neopl maligna da base da língua 0 0 0 2 2 0,67
C02 Neopl maligna outr partes e NE da língua 0 1 0 1 2 0,67
C15 Neopl maligna do esôfago 0 0 4 2 6 2,01
C16 Neopl maligna do estomago 1 0 2 5 8 2,68
C17 Neopl maligna do intestino delgado 0 0 0 1 1 0,34
C18 Neopl maligna do cólon 0 2 2 2 6 2,01
C20 Neopl maligna do reto 1 0 0 0 1 0,34
C21 Neopl maligna do anus e do canal anal 0 0 0 4 4 1,34
C22 Neopl maligna fígado vias biliares intra-hepática 0 0 1 1 2 0,67
C24 Neopl maligna outr partes e NE vias biliares 0 1 1 0 2 0,67
C25 Neopl maligna do pâncreas 0 0 3 0 3 1,01
C26 Neopl maligna outr mal def aparelho digestivo 0 1 0 0 1 0,34
C32 Neopl maligna da laringe 0 0 1 1 2 0,67
C34 Neopl maligna dos brônquios e dos pulmões 1 3 5 10 19 6,38
C38 Neopl maligna do coração mediastino e pleura 0 1 0 0 1 0,34
C41 Neopl maligna ossos/cartil artic outr loc e NE 0 1 0 0 1 0,34
C43 Melanoma maligna da pele 0 0 0 1 1 0,34
C49 Neopl maligna tec. conjuntivo e outr tec. moles 0 1 0 1 2 0,67
C50 Neopl maligna da mama 0 2 11 2 15 5,03
C53 Neopl maligna do colo do útero 1 1 3 1 6 2,01
C54 Neopl maligna do corpo do útero 0 0 2 0 2 0,67

82
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

C56 Neopl maligna do ovário 0 0 1 0 1 0,34


C61 Neopl maligna da próstata 0 0 1 3 4 1,34
C64 Neopl maligna do rim exceto pelve renal 0 0 2 1 3 1,01
C67 Neopl maligna da bexiga 0 0 1 0 1 0,34
C68 Neopl maligna de outr órgãos urinários e NE 0 0 0 1 1 0,34
C71 Neopl maligna do encéfalo 0 0 1 4 5 1,68
C73 Neopl malig da gland tireoide 0 1 0 0 1 0,34
C75 Neopl maligna outr gland endócrinas estr relac 0 0 1 0 1 0,34
C76 Neopl maligna outr localiz e mal definidas 0 0 2 0 2 0,67
C78 Neopl maligna secund org respirat e digestivos 0 0 1 1 2 0,67
C80 Neopl maligna s/especificação de localiz 0 0 2 3 5 1,68
C83 Linfoma não-Hodgkin difuso 1 1 0 2 4 1,34
C90 Mieloma mult e neopl maligna de plasmocitos 0 0 1 0 1 0,34
C92 Leucemia mieloide 0 0 2 1 3 1,01
C94 Outr leucemias de celulas de tipo espec 0 0 1 0 1 0,34
C97 Neopl maligna de localiz mult independentes 0 1 0 0 1 0,34
DIABETES 0 0 7 12 19 6,38
E10 Diabetes mellitus insulino-dependente 0 0 1 2 3 1,01
E11 Diabetes mellitus nao-insulino-dependemte 0 0 1 4 5 1,68
E14 Diabetes mellitus NE 0 0 5 6 11 3,69
CIRCULATÓRIAS 10 16 36 73 135 45,38
I05 Doenc reumaticas da valva mitral 0 0 0 2 2 0,67
I10 Hipertensao essencial 0 1 0 2 3 1,01
I11 Doenc cardiaca hipertensiva 0 0 0 1 1 0,34
I12 Doenc renal hipertensiva 0 0 0 1 1 0,34
I13 Doenc cardiaca e renal hipertensiva 0 0 1 0 1 0,34
I20 Angina pectoris 0 0 0 1 1 0,34
I21 Infarto agudo do miocardio 2 3 7 25 37 12,42
I25 Doenc isquemica cronica do coração 0 1 4 10 15 5,03
I26 Embolia pulmonar 0 3 2 0 5 1,68
I27 Outr form de doenc cardiaca pulmonar 0 0 0 1 1 0,34
I33 Endocardite aguda e subaguda 0 1 0 0 1 0,34
I34 Transt nao-reumaticos da valva mitral 1 0 0 0 1 0,34
I38 Endocardite de valva NE 0 0 0 1 1 0,34
I42 Cardiomiopatias 0 1 1 1 3 1,01
I44 Bloqueio atrioventricular e do ramo esquerdo 0 0 0 1 1 0,34
I46 Parada cardiaca 0 0 1 2 3 1,01
I49 Outr arritmias cardiacas 0 1 0 0 1 0,34
I50 Insuf cardiaca 0 1 10 2 13 4,36
I51 Complic cardiopatias doenc cardiacas mal def 0 0 0 1 1 0,34
I60 Hemorragia subaracnoide 0 0 1 1 2 0,67

83
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

I61 Hemorragia intracerebral 1 3 1 1 6 2,01


I62 Outr hemorragias intracranianas nao-traum 1 0 0 2 3 1,01
I63 Infarto cerebral 0 0 0 2 2 0,67
I64 Acid vasc cerebr NE como hemorrag isquemico 5 1 5 10 21 7,05
I69 Sequelas de doenc cerebrovasculares 0 0 1 4 5 1,68
I71 Aneurisma e disseccao da aorta 0 0 0 1 1 0,34
I72 Outr aneurismas 0 0 1 0 1 0,34
I74 Embolia e trombose arteriais 0 0 1 0 1 0,34
I82 Outr embolia e trombose venosas 0 0 0 1 1 0,34
RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS 2 4 6 9 21 7,05
J44 Outr doenc pulmonares obstrutivas cronicas 0 2 5 7 14 4,70
J62 Pneumoconiose dev poeira que cont silica 0 1 0 0 1 0,34
J81 Edema pulmonar NE de outr form 1 0 1 0 2 0,67
J96 Insuf respirat NCOP 0 0 0 2 2 0,67
J98 Outr transt respirat 1 1 0 0 2 0,67
Total 17 37 100 144 298 100,00
% 5,70% 12,42% 33,56% 48,32% 100,00%
SESA PR Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)/Divisão de Informações Epidemiológicas (DVIEP)/Centro de Epidemiologia(CEPI)/Superintendência de Vigilância
em Saúde (SVS)/Secretaria de Estado da Saúde do Paraná(SESA/PR). I00-I99; C00-C97; J30- J98; E10-E14

GRÁFICO 9 MORTALIDADE PREMATURA POR FAIXA ETÁRIA (%), ACUMULADO 2017-2020

5,70%

12,42%

48,32%

33,56%

30-39 40-49 50-59 60-69

SESA PR

No Paraná, foram 72.881 óbitos considerados Mortalidade Prematura, soma da série histórica 2017-2020,
com média de 18.220, teve uma taxa de 321,82 por 100.000 habitantes na faixa etária de 30-69 anos.
No Município a taxa de mortalidade prematura na média da série histórica 2017-2020 resultou em
377,87/100 mil.

84
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

TABELA 61 TAXA DE MORTALIDADE PREMATURA, 2017-2020


Óbitos por Faixa Etária Município PR
Total na faixa etária (média anual) 75 18.220
População (média 2017-2020), na faixa etária (30-69 anos) 19.848 5.661.504,5
Taxa de Mortalidade Prematura (por 100 mil hab.) 377,87 321,82
SESA

2.3.2.3 MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS

As causas externas (CE), que incluem as violências e os acidentes, mantêm-se por décadas em posição de
destaque no cenário epidemiológico do Brasil e do mundo.
Na série histórica, 2014-2018, no Paraná houve redução 7,39% de óbitos, passando de 81,01/100 mil
habitantes para 75,03/100 mil habitantes.
O Município apresenta oscilação neste indicador, considerando o período de 2016-2019, ocorre alternância
com maiores índices em 2016 e 2018, e menores em 2017 e 2019. e a média ficou em 83,3 óbitos para cada 100.000
habitantes. As agressões lideram o ranking com 47,2 % seguidas de perto pelos acidentes com 41,5%.

TABELA 62 MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS, 2016-2019


Grupo CID10 2016 2017 2018 2019 Total %
Acidentes 12 11 20 16 59 41,5
. Acidentes de transporte 7 8 10 11 36 25,4
... Pedestre traumatizado em um acidente de transp - 3 2 4 9 6,3
... Ciclista traumatizado em um acidente de transp - - 1 2 3 2,1
... Motociclista traumat em um acidente de transpo 3 2 - 3 8 5,6
... Ocupante automóvel traumat acidente transporte 3 1 7 1 12 8,5
... Outros acidentes de transporte terrestre 1 2 - 1 4 2,8
. Outras causas externas de traumatismos acidentai 5 3 10 5 23 16,2
... Quedas 1 1 1 2 5 3,5
... Exposição a forças mecânicas inanimadas - - 1 - 1 0,7
... Afogamento e submersão acidentais 1 - 4 - 5 3,5
... Outros riscos acidentais à respiração - 1 2 2 5 3,5
... Exposição à fumaça, ao fogo e às chamas 1 - 1 - 2 1,4
... Contato com fonte de calor ou substâncias quen 1 - - - 1 0,7
... Contato com animais e plantas venenosos 1 - - - 1 0,7
... Envenenamento acidental e exposição subst noci - 1 1 - 2 1,4
... Exposição acidental a outr fatores e aos não e - - - 1 1 0,7
Lesões autoprovocadas intencionalmente 4 1 3 1 9 6,3

85
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Agressões 25 16 18 8 67 47,2
Eventos (fatos) cuja intenção é indeterminada 3 - 2 1 6 4,2
Seqüelas causas externas de morbidade e mortalidad 1 - - - 1 0,7
Total 45 28 43 26 142 100,0
Taxa por 100.000 habitantes 107,0 65,9 100,3 60,1 83,3 -
DATASUS

2.3.2.4 MORTALIDADE MATERNA E IDADE FÉRTIL

No período 2016-2019 houve registro de 03 óbitos maternos no Município e 56 de mulheres em idade fértil.

TABELA 63 ÓBITOS DE MULHERES EM IDADE FÉRTIL E MATERNOS, 2016-2019


Ano do Óbito Óbitos mulheres idade fértil Óbitos maternos Óbitos maternos tardios
2016 13 1 -
2017 16 1 -
2018 16 - -
2019 11 1 -
Total 56 3 -
DATASUS

As neoplasias foram a maior causa de mulheres em idade fértil correspondendo a 26,79% dos óbitos, seguido
pelas Causas externas com 23,21 e doenças do aparelho circulatório em terceiro com 16,07 % dos casos.

TABELA 64 ÓBITOS DE MULHERES EM IDADE FERTIL POR CAUSA, 2016-2019


Capítulo CID-10 2016 2017 2018 2019 Total %
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 2 1 1 - 4 7,14
II. Neoplasias (tumores) 4 5 3 3 15 26,79
III. Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár - - 2 - 2 3,57
VI. Doenças do sistema nervoso - 1 - - 1 1,79
IX. Doenças do aparelho circulatório 1 2 3 3 9 16,07
X. Doenças do aparelho respiratório - 1 1 2 4 7,14
XI. Doenças do aparelho digestivo - - 1 - 1 1,79
XIII.Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo 1 - - - 1 1,79
XV. Gravidez parto e puerpério 1 1 - 1 3 5,36
XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat - 1 2 - 3 5,36
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 4 4 3 2 13 23,21
Total 13 16 16 11 56 100,00
DATASUS

86
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TABELA 65 ÓBITOS MATERNOS, CAUSAS E TAXA DE MORTALIDADE MATERNA, 2016-2019


Capítulo CID-10 2016 2017 2018 2019
XV. Gravidez parto e puerpério 1 1 0 1
Nascidos Vivos 786 842 768 739
Taxa de Mortalidade Materna 127,2 118,8 0,0 135,3
Taxa de Mortalidade Materna Paraná 46,4 31,1 38,4 44,3
DATASUS

2.3.2.5 MORTALIDADE INFANTIL E FETAL

Em relação a Mortalidade Infantil houve 36 óbitos de menores de 1 ano no Município, considerando a série
histórica 2017-2020, registrando um coeficiente médio de 11,85 óbitos a cada 1.000 nascidos vivos, maior que a média
do Estado para o período que foi de 10,22 %
Em 2020 a taxa de mortalidade infantil do Estado foi equivalente a 9,58/1000 Nascidos Vivos (1.396 óbitos
de menores de 1 ano/145.258 nascidos vivos), enquanto o Município atingiu 8,8 óbitos a cada mil habitantes.

TABELA 66 COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL, 2017/2020


Coeficiente de Mortalidade Infantil (/1000 NV) 2017 2018 2019 2020 Média
Nascidos Vivos (NV) 8 12 10 6 9
Óbitos em menores de 1 ano 842 768 739 682 758
Coeficiente de Mortalidade Infantil – Município 9,5 15,6 13,5 8,8 11,85
Coeficiente de Mortalidade Infantil - Paraná 10,4 10,3 10,6 9,58 10,22
SESA PR

No município a faixa etário onde ocorre o maior número de óbitos em menores de um ano é de 1-6 dias,
sendo a mesma que o Estado porém com diferentes percentuais, 41,7 % e 30,2 % respectivamente.

TABELA 67 MORTALIDADE INFATIL POR FAIXA ETÁRIA E FETAL, 2017/2020


Faixa Etária Infantil 2017 2018 2019 2020 Total % %PR
< 1 dia 1 3 2 2 8 22,2 22,8
1-6 dias 4 5 3 3 15 41,7 30,2
7-27 dias 2 2 2 0 6 16,7 18,8
28d-<1 ano 1 2 3 1 7 19,4 28,1
Total 8 12 10 6 36 100,0 100,0
SESA PR Fx.Etár.Infant.2

TABELA 68 CAUSAS DE MORTALIDADE INFANTIL, 2016-2020


Causa (Cap CID10) 2017 2018 2019 2020 Total %
IX. Doenças do aparelho circulatório 0 0 1 0 1 2,8%
X. Doenças do aparelho respiratório 1 0 0 0 1 2,8%

87
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XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 7 10 7 5 29 80,6%


XVII. Malf cong deformid e anomalias cromossômicas 0 2 2 1 5 13,9%
Total 8 12 10 6 36 100,0%
SMS/CGS

Óbito fetal, morte fetal ou perda fetal É a morte de um produto de concepção antes da expulsão do corpo da
mãe, independente da duração da gravidez. No Município foram 31 casos entre 2017 e 2020, sendo que o maior
número, 11 foi no ano de 2018.

TABELA 69 ÓBITOS FETAIS POR CAUSAS, 2017-202


Causa (Cap CID10) 2017 2018 2019 2020 Total
XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 6 11 7 5 29
XVII.Malf cong deformid e anomalias cromossômicas 1 0 0 1 2
Total 7 11 7 6 31
SMS/CGS

2.3.2.6. ÓBITOS POR CAUSAS EVITÁVEIS

Evitabilidade ou mortes evitáveis22, trata-se de um agravo ou situação, prevenível pela atuação dos serviços
de saúde que incidem, provavelmente, quando o sistema de saúde não consegue atender as necessidades de saúde
e seus fatores determinantes são frágeis a identificação e a intervenção acertada.
As Causas evitáveis são aquelas reduzíveis por:
• ações de imunoprevenção;
• ações adequadas de promoção à saúde, prevenção, controle e atenção às doenças de causas
infecciosas;
• ações adequadas de promoção à saúde, prevenção, controle e atenção às doenças não transmissíveis;
• ações adequadas de prevenção, controle e atenção às causas de morte materna;
• ações intersetoriais adequadas de promoção à saúde, prevenção e atenção às causas externas
(acidentais e violências).

No Município, na série histórica 2017-2020, foram 751 óbitos evitáveis na faixa etária 5 a 74 anos,
representando um percentual médio para o período equivalente a 73,6 %. O maior número de óbitos evitáveis ocorreu
no ano de 2018 com 77,3 % do total. No grupo de causas, as pertencentes a “1.3. Reduz ações promoção prevenção
controle atenção as doenças não transmissíveis” representam 65,8 % dos casos.

22
Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sim/Obitos_Evitaveis_5_a_74_anos.pdf Acesso 3 set.2021

88
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TABELA 70 ÓBITOS POR CAUSAS EVITÁVEIS DE 5 A 74 ANOS, 2017-2020


Causas Evitáveis 5-74anos 2017 2018 2019 2020 Total
1. Causas evitáveis 183 197 190 181 751
1.1. Reduzíveis pelas ações de imunoprevenção 1 0 0 0 1
.. Tuberculose miliar 1 0 0 0 1
1.2. Reduz ações prom prev contr atenç doenç infec 36 22 41 18 117
.. Tuberculose vias respirat s/conf bacter histol 1 0 0 0 1
.. Doenças infecciosas intestinais 1 1 2 0 4
.. Doenças pelo vírus da imunodeficiência humana 5 3 1 1 10
.. Hepatites virais (exceto Hepatite aguda B) 1 0 0 1 2
.. Outras infecções 14 7 13 7 41
.. Febre reumát aguda e doenç reumát crôn coração 0 1 1 2 4
.. Infecções respirat incl pneumonia e influenza 13 9 20 3 45
.. Infecções da pele e do tecido subcutâneo 0 0 0 2 2
.. Outras doenças de notificação compulsória 1 0 0 0 1
.. Infecção do trato urinário localiz não especif 0 1 4 2 7
1.3. Reduz ações prom prev contr atenç doe ñ trans 117 132 123 122 494
.. Neopl malig lábio melanoma malig pele outr pele 0 0 1 0 1
.. Neopl malig fígado vias biliares intra-hepátic 1 2 1 4 8
.. Neoplasia maligna do estômago 3 4 3 2 12
.. Neopl malig cólon junção retossigmoid reto ânus 2 2 5 9 18
.. Neoplasia maligna boca faringe e laringe 3 1 3 3 10
.. Neoplasia maligna do esôfago 1 4 2 2 9
.. Neoplasia maligna traqueia brônquios pulmões 5 8 7 6 26
.. Neoplasia maligna da mama 4 3 5 7 19
.. Neoplasia maligna do colo do útero 1 3 3 1 8
.. Neoplasia maligna da glândula tireoide 0 0 1 0 1
.. Leucemia linfoide 0 0 1 0 1
.. Leucemia mieloide 4 1 0 0 5
.. Tireotoxicose hipotireoidismo e deficiênc iodo 0 0 0 1 1
.. Diabetes mellitus 7 11 10 13 41
.. Obesidade 0 0 2 0 2
.. Psicose alcoólica e outr transtornos do álcool 2 2 3 4 11
.. Epilepsia e estado de mal epiléptico 1 2 2 2 7
.. Doenças hipertensivas exceto hipert secundária 3 4 5 7 19
.. Doenças isquêmicas do coração 28 27 25 19 99
.. Aterosclerose 0 1 0 0 1
.. Insuficiência cardíaca 14 6 7 7 34
.. Doenças cerebrovasculares 20 28 20 19 87
.. Doenças crônicas vias aéreas infer e edema pulm 13 18 10 8 49
.. Úlceras gástrica duodenal péptica gastrojejunal 1 2 2 1 6
.. Apendicite aguda 0 1 1 0 2

89
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.. Doenças pulmonares devidas a agentes externos 0 0 1 0 1


.. Hérnias íleo paralítico e obstr intest s/hérnia 1 0 0 4 5
.. Transtornos da vesícula biliar e vias biliares 2 0 1 0 3
.. Insuficiência renal crônica 1 2 2 3 8
1.4. Reduz ações prev contr atenção causas matern 1 0 0 1 2
.. Complicações gravidez parto e puerpério 1 0 0 1 2
1.5. Reduz ações prom prev atenç causas externas 28 43 26 40 137
.. Acidentes de transporte 8 10 11 11 40
.. Quedas 1 1 2 3 7
.. Afogamento e submersão acidentais 0 4 0 1 5
.. Exposição ao fumo, ao fogo e às chamas 0 1 0 0 1
.. Envenenamento acid exposição substânc nocivas 1 1 0 0 2
.. Lesões autoprovocadas intencionalmente 1 3 1 4 9
.. Agressões 16 18 8 11 53
.. Exposição a forças mecânicas inanimadas 0 1 0 0 1
.. Outros riscos acidentais à respiração 1 2 2 0 5
.. Contato com animais e plantas venenosas 0 0 0 1 1
.. Exposição acid outros fatores e aos não especif 0 0 1 0 1
.. Eventos cuja intenção é indeterminada 0 2 1 9 12
2. Causas mal definidas 4 22 11 26 63
3. Demais causas (não claramente evitáveis) 68 92 82 129 371
Total de óbitos 255 311 283 336 1.185
Causas evitáveis 183 197 190 181 751
% Total de óbitos evitáveis 71,8% 77,3% 74,5% 71,0% 73,6%
SESA PR

2.3.3 MORBIDADE

2.3.3.1 AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO

Notificação23 é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade


sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção das medidas de intervenção pertinentes.
Destina-se, em primeira instância, ao serviço local de saúde incumbido de controlar a ocorrência. A notificação
compulsória é feita na situação em que a norma legal obriga aos profissionais de saúde e pessoas da comunidade a
comunicar a autoridade sanitária a ocorrência de doença ou agravo que estão sob vigilância epidemiológica.
No Município, no período 2017-2020, foram 499 notificações, com um maior número de registros em 2020
com 584 e o menor em 2018, com 423

23
Disponível em http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-16731998000100002 Acesso em 15 set. 2021

90
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TABELA 71 DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO, 2017-2020 EQUIPE


Doença de Notificação 2017 2018 2019 2020 Total %
Acidente com animais peçonhentos 46 34 47 40 167 8,37
Acidente de trabalho com material Biológico 24 15 16 11 66 3,31
Acidente de trabalho Grave 0 0 26 60 86 4,31
AIDS adulto 19 15 6 12 52 2,61
Atendimento Antirrábico 121 135 153 128 537 26,90
Coqueluche 2 1 0 0 3 0,15
Dengue 0 0 0 0 0 0,00
Gestante HIV 5 4 6 1 16 0,80
Hanseníase Paucibacilar 3 0 3 0 6 0,30
Hepatites Virais 13 10 12 7 42 2,10
Intoxicação Exógena 61 62 95 106 324 16,23
Leptospirose 8 6 17 7 38 1,90
Leishmaniose 0 0 0 1 1 0,05
Malária 0 1 1 1 3 0,15
Meningite 10 12 14 4 40 2,00
Sífilis gestantes 12 15 9 5 41 2,05
Sífilis não especificada 2 11 1 1 15 0,75
Toxoplasmose 2 1 0 1 4 0,20
Toxoplasmose não especificada 0 0 1 0 1 0,05
Tuberculose Pulmonar 9 4 10 7 30 1,50
Varicela 10 8 12 16 46 2,30
Violência 81 89 132 176 478 23,95
Total 428 423 561 584 1996 100,00
SINAN

91
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

GRÁFICO 10 AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA (%), ACUMULADO 2017-2020

Atendimento Antirrábico 26,9


Violência 23,95
Intoxicação Exógena 16,23
Acidente com animais peçonhentos 8,37
Acidente de trabalho Grave 4,31
Acidente de trabalho com material Biológico 3,31
AIDS adulto 2,61
Varicela 2,3
Hepatites Virais 2,1
Sífilis gestantes 2,05
Meningite 2
Leptospirose 1,9
Tuberculose Pulmonar 1,5
Gestante HIV 0,8
Sífilis não especificada 0,75
Hanseníase Paucibacilar 0,3
Toxoplasmose 0,2
Malária 0,15
Coqueluche 0,15
Toxoplasmose não especificada 0,05
Leishmaniose 0,05

SINAN

2.3.3.2 DOENÇAS IMUNOPREVINÍVEIS

Em relação as doenças imunopreviníveis houve 02(dois) casos de coqueluche em 2017 e 01 (um )caso no ano
de 2018 apenas as demais doenças não ocorreram como casos de Sarampo, Rubéola, Poliomielite, Tétano Acidental.
Sobre as Meningites e doenças meningocócicas teve 40 ( quarenta) notificações de casos registrados entre 2017-2020.

• Influenza
A gripe é uma doença aguda respiratória causada pelo vírus influenza. Esse vírus pode causar uma síndrome gripal
ou evoluir para síndrome respiratória aguda grave (SRAG), sendo necessário hospitalização. Em 2009, a gripe influenza
pandêmica (H1N1) propagou-se rapidamente por vários países do mundo, incluindo o Brasil e, consequentemente, o
Estado do Paraná.
No Município houve 05 casos por influenza, considerando o período 2017-2020, e um óbito no período.

TABELA 72 CASOS E ÓBITOS DE SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE POR INFLUENZA


Ano 2017 2018 2019 2020 Total
Casos SRAG 5 0 0 0 5
Óbitos SRAG 1 0 0 0 1
SMS/CGS

92
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Na média da série histórica das campanhas de vacinação o Município superou os 90 %, sendo que o menor
resultado obtido foi em 2018 com 76,24 % e o maior em 2017 com 105,72 %.

TABELA 73 RESULTADO DA CAMPANHA DA VACINAÇÃO CONTRA A INFLUENZA, 2017-2020


Ano 2017 2018 2019 2020 Média
Cobertura Vacinal (%) 105,72 76,24 80,24 99,49 90,42
SIPNI

• Doenças Diarreicas Agudas


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças diarreicas constituem a segunda principal causa de
morte em crianças menores de cinco anos, embora sejam evitáveis e tratáveis. As doenças diarreicas agudas (DDA)
são as principais causas de morbimortalidade infantil (em crianças menores de um ano). Além disso, as DDA estão
entre as principais causas de desnutrição em crianças menores de cinco anos. É necessária uma vigilância sentinela de
DDA para monitorar e analisar a magnitude e a circulação dos agentes etiológicos e a ocorrência de surtos, inclusive
aqueles causados pelas doenças transmitidas por alimentos (DTA). Atualmente, o Paraná tem 505 Unidades Sentinelas
para o recebimento das notificações das DDA (cerca de 1.562.557 casos notificados de 2014-2018).
No Município foram quatro óbitos por doenças diarreicas no período 2017-2020 conforme tabela a seguir.

TABELA 74 ÓBITOS POR DOENÇAS DIARREICAS, 2017-2020


Óbitos por doenças diarreicas No.
A04 Outr infecc intestinais bacter 1
A08 Infecc intestinais virais outr e as NE 1
A09 Diarreia e gastroenterite orig infecc presum 2
Total 4
SIM LOCAL

2.3.3.3 PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO (PNI)

No Estado do Paraná24, entre os anos de 2014-2018, nota-se redução nas coberturas vacinais das oito vacinas
preconizadas no calendário básico da criança até um ano de idade. Tão importante quanto avaliar as coberturas
vacinais é analisar a proporção de crianças que completam o esquema básico de vacinação preconizado em até um
ano. A homogeneidade entre as vacinas também se encontra comprometida, pois considera quantas atingiram a
cobertura preconizada pelo Ministério da Saúde, sendo as metas mínimas: 90% para as vacinas BCG e rotavírus; e 95%
para as vacinas febre amarela, meningocócica C, Pentavalente, pneumocócica 10, poliomielite (VIP) e tríplice viral (D2).
Em relação a Cobertura Vacinal no Município, de 2017 à 2021, observa-se número elevado de hepatite B, está
relacionada a vacinação da Maternidade Angelina Caron que atende vários Municípios.

24
Plano Estadual de Saúde do Paraná, 2020-2023

93
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Algumas metas foram atingidas outras não em 2018/2019 iniciou a informatização das Unidades Básicas de
Saúde e mudança do sistema para registo, muitos dados não foram gerados, outros perdidos, as vacinas foram
aplicadas porém não registradas devido ao acúmulo de trabalho de um profissional de enfermagem na sala de vacina.
Em 2020, teve o início da pandemia em primeiro momento foram canceladas todas as vacinas e mais tarde
os pais se negavam a trazer as crianças por medo contrair o vírus Covid-19, por este motivo teve grandes complicações
para o setor de imunização.
Outro fator importante, foi a diminuição de pessoal para o trabalho devido ao remanejamento necessários
ao atendimento das pessoas infectadas, realização de testes e demais necessidades de atendimento para Covid-19.
E também devido à rotatividade de profissionais não capacitados adequadamente para alimentar as informações dos
sistemas ocasionando falhas de registros no setor da imunização.

TABELA 75 COBERTURA POR IMUNOBIOLÓGICOS, 2017-2020


Vacina 2017 2018 2019 2020 Média
BCG 73,16 68,58 70,78 73,16 71,42
Hepatite B em < 1mês 170,7 233,33 220,43 56,89 170,34
Hepatite B 57,53 62,98 49,17 38 51,92
Rotavírus humano 56,89 61,45 54,87 61,05 58,57
Penta 56,89 62,98 49,17 56,89 56,48
Polio VIP 55,23 52,93 53,8 55,23 54,30
Poliomielite (VOP) (1ºREF) 57,3 60,56 39,31 31,59 47,19
Poliomielite (VOP) (2ºREF) 55,23 41,05 44,76 53,21 48,56
Meningococo C 59,55 61,2 62 59,38 60,53
Meningococo C (1º ref.) 59,38 82,25 58,08 53,92 63,41
Meningococo Adolescentes 12,79 82,25 85,91 10,76 47,93
Pneumocócica 66,31 65,52 57,13 62,83 62,95
Pneumocócica (1º ref.) 62,83 50 45,37 0,24 39,61
Febre Amarela 42,7 52,93 51,43 11,88 39,74
Hepatite A 50,42 48,47 60,21 50,71 52,45
Tríplice Viral D1 57,3 57,89 61,4 45,84 55,61
Tríplice Viral D2 54,33 51,53 60,45 47,86 53,54
Tetra viral (SRC+VZ) 48,4 43,26 41,09 27,2 39,99
Varicela 52,79 48,22 56,06 42,87 49,99
Tríplice Bacteriana (DTP) (1º ref.) 47,57 42,24 37,77 43,71 42,82
Tríplice Bacteriana (DTP) (2º ref.) 39,53 54,56 45,1 79,05 54,56
Dupla Adulto Gestantes 2,73 8,54 18,39 20,28 12,49
DTPa Gestante . 2,97 27,52 36,42 36,89 25,95

94
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

HPV Quadrivalente D1 (9 a 13 anos Feminino e 9 a 10 anos - Masculino) 47,29 79,63 94,71 66,06 71,92
HPV Quadrivalente D2 (9 a 13 anos Feminino e 9 a 10 anos - Masculino) 36,21 36,46 79,9 54,77 51,84
Média das coberturas 53,04 61,45 61,35 45,61 55,36
SI-PNI. SISTEMA DE INFORMAÇÕES - PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES

TABELA 76 COBERTURA VACINAL – TODAS AS VACINAS (%), 2017-2020


Vacina 2017 2018 2019 2020
Todas 56,58 64,13 50,27 44,86
HTTP://SIPNI-GESTAO.DATASUS.GOV.BR/SI-PNI-WEB/FACES/RELATORIO/CONSOLIDADO/COBERTURAVACINALROTINA.JSF

Considerando a Pactuação Interfederativa, onde são pactuadas 4 vacinas em menores de 1 ano, no período
de 2017-2020 o Município não conseguiu atingir resultados satisfatórios em nenhum dos anos considerados.

TABELA 77 COBERTURA VACINAL EM MENORES DE 2 ANOS, 2017-2020


Alcançado

Alcançado

Alcançado
Pactuação

Pactuação

Pactuação

Pactuação

Resultado
2017

2017

2018

2018

2019

2019

2020

2020
Indicador

Proporção de vacinas selecionadas do Calendário Nacional


de Vacinação para crianças menores de dois anos de idade
95 0 75 0 75 0 75 00
– Pentavalente (3ª dose), pneumocócica 10-valente (2ª
dose), poliomielite (3ª dose) e tríplice viral (1ª dose)
SMS – RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO (RAG) 2017,2018, 2019 e 2020

A Cobertura Vacinal em menores de 1 ano apresentou uma média de cobertura abaixo do preconizado nos
anos de 2017 a 2020, sendo que as coberturas da Hepatite B, estão relacionadas ao Hospital Angelina Caron, que
atende vários municípios.

TABELA 78 COBERTURA VACINAL EM MENORES DE 01 ANO, 2017-2020


Vacina 2017 2018 2019 2020 Média
BCG - Cobertura 73,16 68,58 70,78 73,16 71,42
Hepatite B(<1 ano) - Cobertura 170,7 233,33 220,43 56,89 170,34
Rotavírus Humano - Cobertura 56,89 61,45 54,87 61,05 58,57
Pneumocócica (<1 ano) - Cobertura 66,31 65,52 57,13 62,83 62,95
Meningocócica Conj. C (< 1 ano) - Cobertura 59,55 61,2 62,00 59,38 60,53
Pentavalente (< 1 ano) - Cobertura 58,01 62,98 49,17 56,89 56,76
FA(< 1 ano) - Cobertura 42,7 52,93 51,43 11,88 39,74
Poliomielite(< 1 ano) - Cobertura 57,30 60,56 53,8 55,23 56,72

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Média 73,08 83,32 77,45 54,66 72,13


SI-PNI. SISTEMA DE INFORMAÇÕES - PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES

Quando da realização do Planejamento Regional Integrado (PRI) o Município respondeu em relação a questão
“1.6.2) A Rede de Frio para imunobiológicos tem porte adequado para armazenamento da demanda do município?
Periodicidade de abastecimento do município está conforme necessidade?” A resposta foi:
• A rede possui porte adequado de armazenamento.
• A distribuição dos imunobiológicos a periodicidade está deficitária devido ao repasse do governo federal ( BCG,
DTP, VOP, PPD E SOROS)

2.3.3.4 INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

• HIV/Aids
No Estado do Paraná, entre 2014-2018, a maioria dos casos de Aids encontra-se na faixa de 20-34 anos. Segundo
o sexo, 66,8%, homens, e 33,1%, mulheres. No mesmo período, apresentam a maior concentração de casos de HIV
na faixa etária de 20-39 anos (62,7%).
Quanto à Aids no período de 2014-2018, o Paraná tem o acumulado de 7.066 casos, sendo a incidência de 9,4 por
100 mil habitantes em 2018. O maior número de casos concentra-se na faixa etária de 30-39 anos (54,6%). A razão é
de 1,7 casos no sexo masculino para cada feminino.
No Município , entre 2017-2020 foram notificados 52 casos, o que corresponde a uma incidência de 30,26 por
100.000 habitantes na média do período.

TABELA 79 AIDS ADULTO – NOTIFICAÇÕES, 2017-2020


Doença de Notificação 2017 2018 2019 2020 Total
AIDS adulto 19 15 6 12 52
Incidência /100.000 hab. 44,74 34,98 13,86 27,47 30,26
SINAN/LOCAL

O HIV em gestantes teve taxa de detecção entre 2017-2020 equivalente a 5,29 por 1000 nascidos vivos no
período, correspondendo a um quantitativo absoluto de 16 casos.

TABELA 80 HIV EM GESTANTES – NOTIFICAÇÕES, 2017-2020


Doença de Notificação 2017 2018 2019 2020 Total
Gestante HIV 5 4 6 1 16
Nascidos Vivos (NV) 842 768 739 678 3027
Taxa de detecção (/1000 NV) 5,94 5,21 8,12 1,47 5,29
% gestantes com HIV 0,59 0,52 0,81 0,15 0,53
SINAN/LOCAL

96
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

• Sífilis Adquirida, Sífilis em Gestante e Sífilis Congênita


No Município, considerando a série histórica 2017-2020 foram 24 casos sífilis adquirida, sendo 11 para homes e
13 mulheres. A taxa de detecção foi 13,95 por 100.000 habitantes na média do período.

TABELA 81 SÍFILIS ADQUIRIDA – CASOS E TAXA DE DETECÇÃO, 2017-2020.


Sífilis Adquirida 2017 2018 2019 2020 Total
Homens 1 6 3 1 11
Mulheres 4 3 4 2 13
Total 5 9 7 3 24
Taxa de detecção (/ 100.000 hab.) 11,77 20,99 16,17 6,87 13,95
SINAN/LOCAL

Quando considerada a sífilis em gestantes, foram 41 notificações no período 2017-2020, com taxa de
detecção equivalente a 23,87 a cada 100.000 habitantes.

TABELA 82 SÍFILIS EM GESTANTES, 2017-2020


Sífilis gestantes 2017 2018 2019 2020 Total
Casos 12 15 9 5 41
Taxa de detecção (/ 100.000 hab.) 28,26 34,98 20,79 11,45 23,87
SINAN/LOCAL

A tabela na sequência apresenta os caos de crianças por ano de diagnóstico, sendo que na série 2017-2020,
foram 24 registros, todos na faixa etária de 28-364 dias.

TABELA 83 SÍFILIS CONGÊNITA SEGUNDO IDADE DA CRIANÇA POR ANO DE DIAGNÓSTICO, 2017-2020
Idade da Criança 2017 2018 2019 2020 Total
Menos de 7 dias 0 0 0 0 0
7 a 27 dias 0 0 0 0 0
28 a 364 dias 5 9 7 3 24
1 ano 0 0 0 0 0
2 a 4 anos 0 0 0 0 0
5 a 12 anos 0 0 0 0 0
Ignorado 0 0 0 0 0
Total 5 9 7 3 24
SINAN/LOCAL

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

2.3.3.5 AGRAVOS E DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

• Tuberculose
A tuberculose (TB) é a doença infecciosa por agente único que mais mata no mundo. A Organização Mundial
da Saúde estima que, em 2018, 10 milhões de pessoas adoeceram com TB e 1,5 milhão de homens, mulheres e
crianças morreram de tuberculose. No Brasil, foram notificados 72.788 casos novos de TB em 2018. A incidência da
doença no Brasil e no Paraná foi de 34,8 e 20,9 casos novos/100 mil habitantes, respectivamente.
No Município considerando a série histórica, 2017-2020, foram 24 registros e conforme a situação de
encerramento houve cura em 58,3 % dos casos.

TABELA 84 TUBERCULOSE SITUAÇÃO DE ENCERRAMENTO, 2017-2020


Situação Encerramento 2017 2018 2019 2020 Total
Cura 6 0 8 0 14
Transferência 3 0 2 5 10
Total 9 0 10 5 24
SINAN/LOCAL

• Hepatites Virais
As hepatites virais representam um grande desafio para a saúde pública no Brasil e no mundo, gerando
impacto de morbidade e mortalidade, principalmente, pelas consequências de suas formas agudas graves ou das
formas crônicas que podem evoluir para doença hepática avançada, levando à cirrose e ao hepatocarcinoma.
Na Série Histórica 2017-2020, em relação a Hepatite B foram 17 casos, no período e 20 casos de Hepatite C,
com taxas de detecção menores para Hepatite B em relação ao Estado e ao contrário considerando a Hepatite C,
conforme tabelas a seguir.

TABELA 85 CASOS DE HEPATITE B E TAXA DE DETECÇÃO (POR 100.000 HABITANTES), 2017-2020


Hepatite B 2017 2018 2019 2020 Total
Casos 7 2 5 3 17
Taxa de detecção 16,5 4,7 11,6 6,9 9,9
Taxa de detecção PR 15,0 15,7 14,9 7,0 13,2
SINAN/LOCAL

TABELA 86 CASOS DE HEPATITE C E TAXA DE DETECÇÃO (POR 100.000 HABITANTES), 2017-2020


Hepatite C 2017 2018 2019 2020 Total
Casos 4 8 6 2 20
Taxa de detecção 9,4 18,7 13,9 4,6 11,6
Taxa de detecção PR 13,0 12,3 11,5 6,2 10,8
SINAN/LOCAL

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

• Hanseníase
O Brasil está em primeiro lugar no mundo em incidência de hanseníase e em segundo lugar em número absoluto
de casos. No Paraná, casos em crianças e formas avançadas são indicadores de que há subdiagnóstico. O Estado tem,
em média, 500 novos doentes ao ano; somando-se àqueles em tratamento e acompanhamento, o número ultrapassa
3 mil. Para mudar o quadro da hanseníase no Paraná, é preciso fortalecer a APS quanto à suspeição, ao diagnóstico,
ao tratamento e ao acompanhamento dos casos, bem como estabelecer fluxos de encaminhamento à equipe
multiprofissional, às referências, à Atenção Secundária e à Atenção Terciária.
O Município na série histórica 2017-2020, apresentou um total de 06 casos novos.

TABELA 87 CASOS DE HANSENÍASE, 2017-2020


Hanseníase - Modo Entrada 2017 2018 2019 2020 Total
Caso Novo 3 0 3 0 6
Total 3 0 3 0 6
SINAN/LOCAL

2.3.3.6 VIOLÊNCIA INTERPESSOAL E AUTOPROVOCADA

A violência interpessoal e auto provocada25 é um agravo de grande importância para o setor de saúde pela
magnitude com que atinge toda a sociedade, sem distinção de idade, sexo, classe social, raça, credo e também pelas
consequências negativas advindas dos casos de violência, pela perda da qualidade de vida, pela sensação de
insegurança, pela degradação do convívio social e do ambiente familiar. A violência é concebida como o uso
intencional da força física ou poder, contra si mesmo, outra pessoa ou um grupo ou comunidade.
Dentre as várias formas e natureza de violência podemos citar inicialmente a violência interpessoal onde um
ou mais agressores causam lesões em uma ou mais vítimas e a violência auto provocada quando a própria pessoa
provoca lesões em si mesma: em casos de suicídio, tentativa de suicídio e autoflagelação. E a violência doméstica/intra
familiar é caracterizada quando há um vínculo afetivo ou familiar entre o agressor e a vítima.
Foram 458 notificações no período 2017-2020. Verifica-se um crescimento contínuo nas notificações no
período evoluindo de 76 em 2017 para 169 em 2020, uma evolução de 122 %.

TABELA 88 VIOLÊNCIA INTERPESSOAL E AUTOPROVADA, 2017-2020


Evolução do caso 2017 2018 2019 2020 Total
Alta 40 43 66 71 220
Em Branco 36 41 63 98 238
Total 76 84 129 169 458
SINAN/LOCAL

25
Disponível em
https://central3.to.gov.br/arquivo/249372/#:~:text=Dentre%20as%20v%C3%A1rias%20formas%20e,tentativa%20de%20suic%C3%ADdio%20
e%20autoflagela%C3%A7%C3%A3o. Acesso 02out2021

99
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

2.3.3.7 MORBIDADE HOSPITALAR

Os residentes do Município tiveram 22.932 internações no período 2017-2020, uma média de 5733 ao ano.
No Estado as três principais causas de internamento foram a Gravidez Parto Puerpério com 15 %, Doenças do
Aparelho Circulatório com 12,7 % e Causas Externas com 11,5 %.
Já o Município difere desses resultados. As três primeiras causas de internamentos foram, Aparelho
Circulatório, Gravidez, Parto e Puerpério, e Causas Externas, com 33,9 %, 11,6 % e 8,5 % respectivamente.

TABELA 89 INTERNAMENTOS POR CAUSAS, 2016-2020


Causas Capítulo CID 10 2017 2018 2019 2020 Média % %PR
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 137 145 187 304 193 3,4 5,6
II. Neoplasias (tumores) 246 327 321 225 280 4,9 8,8
III. Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár 19 16 26 21 21 0,4 0,9
IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 130 229 427 68 214 3,7 2,2
V. Transtornos mentais e comportamentais 73 124 113 106 104 1,8 2,5
VI. Doenças do sistema nervoso 172 242 256 198 217 3,8 2,2
VII. Doenças do olho e anexos 22 29 29 13 23 0,4 0,9
VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide 15 9 18 4 12 0,2 0,1
IX. Doenças do aparelho circulatório 1513 1890 2508 1870 1945 33,9 12,7
X. Doenças do aparelho respiratório 325 476 392 262 364 6,3 10,6
XI. Doenças do aparelho digestivo 416 556 471 365 452 7,9 9,8
XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 49 51 62 35 49 0,9 1,7
XIII.Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo 144 133 148 75 125 2,2 2,1
XIV. Doenças do aparelho geniturinário 234 269 263 185 238 4,1 6,6
XV. Gravidez parto e puerpério 719 724 657 564 666 11,6 15,0
XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 102 108 101 87 100 1,7 2,2
XVII.Malf cong deformid e anomalias cromossômicas 29 30 45 36 35 0,6 0,6
XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat 177 210 190 127 176 3,1 2,1
XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas 440 500 538 477 489 8,5 11,5
XXI. Contatos com serviços de saúde 52 42 24 10 32 0,6 2,0
Total 5014 6110 6776 5032 5733 100,0 100,0
DATASUS

100
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

GRÁFICO 11 INTERNAMENTOS POR GRUPO DE CAUSAS, ACUMULADO 2017-2020 (%)

IX. Doenças do aparelho circulatório 33,9


XV. Gravidez parto e puerpério 11,6
XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas 8,5
XI. Doenças do aparelho digestivo 7,9
X. Doenças do aparelho respiratório 6,3
II. Neoplasias (tumores) 4,9
XIV. Doenças do aparelho geniturinário 4,1
VI. Doenças do sistema nervoso 3,8
IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 3,7
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 3,4
XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat 3,1
Demais causas 8,8

0 5 10 15 20 25 30 35 40

DATASUS

O sexo feminino apresenta um percentual de 53 %, nos internamentos, sendo que o maior número é em
relação ao Aparelho Circulatório com 30 % das internações no período 2017-2020. As doenças do aparelho circulatório
também são a maior causa de internações para o sexo masculino com uma taxa de 41,5 % das internações no período.

TABELA 90 INTERNAMENTOS, POR SEXO, ACUMULADO 2016-2020


Capítulo CID-10 Masc % Fem % Total
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 428 3,9 345 3,2 773
II. Neoplasias (tumores) 494 4,5 625 5,7 1119
III. Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár 42 0,4 40 0,4 82
IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 165 1,5 689 6,3 854
V. Transtornos mentais e comportamentais 334 3,1 82 0,8 416
VI. Doenças do sistema nervoso 454 4,2 414 3,8 868
VII. Doenças do olho e anexos 50 0,5 43 0,4 93
VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide 22 0,2 24 0,2 46
IX. Doenças do aparelho circulatório 4512 41,5 3269 30,0 7781
X. Doenças do aparelho respiratório 745 6,8 710 6,5 1455
XI. Doenças do aparelho digestivo 845 7,8 963 8,8 1808
XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 93 0,9 104 1,0 197
XIII.Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo 285 2,6 215 2,0 500
XIV. Doenças do aparelho geniturinário 400 3,7 551 5,1 951
XV. Gravidez parto e puerpério 0 0,0 2664 24,5 2664
XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 200 1,8 198 1,8 398
XVII.Malf cong deformid e anomalias cromossômicas 79 0,7 61 0,6 140
XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat 347 3,2 357 3,3 704

101
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas 1314 12,1 641 5,9 1955
XXI. Contatos com serviços de saúde 73 0,7 55 0,5 128
Total 10882 100,0 12050 110,7 22932
% 47% 53% 100%
DATASUS

Em relação aos internamentos por faixa etária, no acumulado 2017-2020, as proporções não se diferem
significativamente do perfil do Estado. A maior diferença está nas internações na faixa dos 60 aos 69 anos, sendo que
para o Município o resultado foi 17,5 % e o do Estado 13,4 %.

TABELA 91 INTERNAMENTOS POR FAIXA ETÁRIA, ACUMULADO 2016-2020


1a 5a 10 a 15 a 20 a 30 a 40 a 50 a 60 a 70 a 80 e
Capítulo CID-10 <1 Total
4 9 14 19 29 39 49 59 69 79 +
I. Algumas doenças
infecciosas e 52 27 26 15 26 56 62 109 123 122 90 65 773
parasitárias
II. Neoplasias (tumores) 11 117 72 11 21 41 79 144 243 180 120 80 1119
III. Doenças sangue
órgãos hemat e transt 10 10 4 3 1 1 8 5 18 16 5 1 82
imunitár
IV. Doenças endócrinas
nutricionais e 11 2 2 8 11 193 290 191 87 35 15 9 854
metabólicas
V. Transtornos mentais
- - - 1 32 111 84 103 62 20 3 - 416
e comportamentais
VI. Doenças do sistema
19 68 48 42 72 101 80 118 118 92 67 43 868
nervoso
VII. Doenças do olho e
- - 3 - 5 6 1 2 17 28 14 17 93
anexos
VIII. Doenças do ouvido
1 9 8 7 3 2 4 5 3 4 - - 46
e da apófise mastóide
IX. Doenças do
23 11 6 18 37 132 297 803 1856 2605 1566 427 7781
aparelho circulatório
X. Doenças do aparelho
135 189 164 58 57 69 79 87 135 193 159 130 1455
respiratório
XI. Doenças do
40 60 65 87 96 216 245 285 252 242 163 57 1808
aparelho digestivo
XII. Doenças da pele e
4 20 15 7 16 29 14 25 29 21 12 5 197
do tecido subcutâneo
XIII.Doenças sist
osteomuscular e tec 1 8 31 22 20 49 62 53 83 89 68 14 500
conjuntivo
XIV. Doenças do
21 101 48 26 34 129 119 144 118 102 81 28 951
aparelho geniturinário
XV. Gravidez parto e
- - - 15 426 1387 735 101 - - - - 2664
puerpério
XVI. Algumas afec
originadas no período 373 3 - - 3 14 3 2 - - - - 398
perinatal
XVII.Malf cong
33 33 19 17 9 11 4 5 7 1 - 1 140
deformid e anomalias

102
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

cromossômicas
XVIII.Sint sinais e achad
9 7 5 8 25 77 87 104 142 110 84 46 704
anorm ex clín e laborat
XIX. Lesões enven e alg
out conseq causas 35 92 112 88 130 405 296 284 219 139 93 62 1955
externas
XXI. Contatos com
2 3 4 7 6 20 21 18 19 22 5 1 128
serviços de saúde
Total 780 760 632 440 1030 3049 2570 2588 3531 4021 2545 986 22932
% 3,4 3,3 2,8 1,9 4,5 13,3 11,2 11,3 15,4 17,5 11,1 4,3 100
% PR 4,3 3,6 2,6 2,1 5,5 15,5 12,4 10,9 12,8 13,4 10,5 6,5 100
DATASUS

• Internações por causas sensíveis a Atenção Primária (ICSAP)

Segundo Alfradique et al., no contexto internacional, observa-se uma série de investigações sobre indicadores
da atividade hospitalar como medida da efetividade da atenção primária à saúde. Um desses indicadores,
denominado ambulatory care sensitive conditions, foi desenvolvido por Billings et al. na década de 1990, como
corolário do conceito de mortes evitáveis. Traduzindo livremente para o português como condições sensíveis à
atenção primária, representam um conjunto de problemas de saúde para os quais a efetiva ação da atenção primária
diminuiria o risco de internações. Essas atividades, como a prevenção de doenças, o diagnóstico e o tratamento
precoce de patologias agudas, o controle e acompanhamento de patologias crônicas, devem ter como consequência
a redução das internações hospitalares por esses problemas.
Castro et al., no Artigo “Impacto da qualidade da atenção primária à saúde na redução das internações por
condições sensíveis” registrou que, as internações sensíveis representaram, em média, 24,7% do total de internações
dos municípios no ano de 2014.
No Município de Campina Grande do Sul a média das internações por condições sensíveis foi, no acumulado 2017-
2020, média anual de 30,1 %. O maior número de ICSAP se refere a Angina com 56,4% dos casos.

TABELA 92 CAUSAS DE INTERNAÇÕES SENSÍVEIS A ATENÇÃO PRIMÁRIA (ICSAP), 2017-2020


Causas de internação 2017 2018 2019 2020 Média %
Angina 792 956 1375 816 985 56,4
Insuficiência Cardíaca 150 247 324 228 237 13,6
Epilepsias 134 171 214 137 164 9,4
Doenças Cerebrovasculares 113 143 171 151 145 8,3
Infecção no Rim e Trato Urinário 19 46 56 44 41 2,4
Úlcera gastrointestinal 20 36 47 32 34 1,9
Doenças pulmonares 33 42 19 25 30 1,7
Diabetes melittus 22 20 23 19 21 1,2
Infecção da pele e tecido subcutâneo 17 15 19 15 17 0,9
Pneumonias bacterianas 4 13 38 3 15 0,8
Asma 8 23 14 11 14 0,8
Infecções de ouvido, nariz e garganta 9 12 13 17 13 0,7
Gastroenterites Infecciosas e complicações 8 22 11 7 12 0,7

103
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Doenças preveníveis por imuniz/condições sensíveis 1 3 18 1 6 0,3


Deficiências Nutricionais 2 2 10 4 5 0,3
Doença Inflamatória órgãos pélvicos femininos 1 5 4 7 4 0,2
Doenças relacionadas ao Pré-Natal e Parto 2 4 1 1 2 0,1
Hipertensão 0 2 1 2 1 0,1
Anemia 0 0 2 1 1 0,0
Total 1335 1762 2360 1521 1745 100,0
TABWIN SIH SUS

TABELA 93 PERCENTUAL DE INTERNAÇÕES SENSÍVEIS A ATENÇÃO PRIMÁRIA, 2017-2020


Internações 2017 2018 2019 2020 Média
Sensíveis a Atenção Primária 1335 1762 2360 1521 1745
Total de internações 5014 6110 6776 5032 5733
% 26,6% 28,8% 34,8% 30,2% 30,1%
TABWIN SIH SUS

2.3.4 PACTUAÇÃO INTERFEDERATIVA DE INDICADORES

A Resolução CIT N. 08, de 24 de novembro de 2016 dispõe sobre o processo de pactuação interfederativa de
indicadores para o período 2017-2021, relacionados a prioridades nacionais em saúde e a pactuação reforça as
responsabilidades de cada gestor em função das necessidades de saúde da população no território reconhecidas de
forma tripartite e fortalece a integração dos instrumentos de planejamento no Sistema Único de Saúde (SUS).
No Quadro a seguir, estão as metas e resultados do Município nos anos de 2017, 2018, 2019 e 2020.

TABELA 94 PACTUAÇÃO INTERFEDERATIVA E RESULTADOS, 2017/2020


Resultado

Resultado

Resultado

Resultado
Meta
2020
Meta

Meta

Meta
2017

2017

2018

2018

2019

2019

2020
N Indicador

1 Mortalidade prematura (de 30 a 69 anos) pelo conjunto das 4


principais DCNT (doenças do aparelho circulatório, câncer, diabetes e 66 61 65 60 65 104 40 118
doenças respiratórias crônicas)
2 Proporção de óbitos de mulheres em idade fértil (10 a 49 anos)
100 93,75 100 64,71 100 100 100 100
investigados.
3 Proporção de registro de óbitos com causa básica definida 97 98,4 97 91,33 97 90,35 97 96
4 Proporção de vacinas selecionadas do Calendário Nacional de
Vacinação para crianças menores de dois anos de idade -
95 0 75 0 75 0 75 51,5
Pentavalente3ª dose,Pneumocócica 10-valente 2ª dose,Poliomielite
3ª dose e Tríplice viral 1ª dose - com cobertura vacinal preconizada
5 Proporção de casos de doenças de notificação compulsória imediata
80 71,4 80 71,43 80 100 100 70
(DNCI) encerrados em até 60 dias após notificação.
6 Proporção de cura dos casos novos de hanseníase
100 50,0 100 50 100 100 100 75
diagnosticados nos anos das coortes
7 Número de Casos Autóctones de Malária N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A

104
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

8 Número de casos novos de sífilis congênita em menores de um ano


4 5 3 8 3 7 3 18
de idade
9 Número de casos novos de aids em menores de 5 anos. 0 0 0 0 0 0 0 00
10 Proporção de análises realizadas em amostras de água para consumo
humano quanto aos parâmetros coliformes totais, cloro residuallivre 100 47,28 100 66,7 100 75,00 100 101
e turbidez
11 Razão de examescitopatológicos docolo do útero emmulheresde25
a 64 anos na população residente de determinado local e apopulação 0,65 0,67 0,70 0,53 0,65 0,59 0,70 0,09
da mesma faixa etária
12 Razão de exames de mamografia de rastreamento realizados em
mulheres de 50 a 69 anos na população residente de determinado 0,42 0,42 0,45 0,35 0,40 0,36 0,45 0,23
local e população da mesma faixa etária.
13 Proporção de parto normal no Sistema Único de Saúde e na Saúde
42,2 39,83 42,20 41,54 42,2 40,4 42,20 42,62
Suplementar
14 Proporção de gravidez na adolescência entre as faixas etárias 10 a
16,00 17,36 16,00 14,3 16 12,58 12,23 12
19 anos
15 Taxa de mortalidade infantil 4 8 6 16 6 12 6 8
16 Número de óbitos maternos em determinado período e local de
0 0 0 0 0 0 0 00
residência
17 Cobertura populacional estimada pelas equipes de Atenção Básica 60,00 57,25 60 56,76 60 66,81 68 76,93
18 Cobertura de acompanhamento das condicionalidades de Saúde do
95,00 97,59 98 84,6 98 99,60 100 22,41
Programa Bolsa Família (PBF)
19 Cobertura populacional estimada de saúde bucal na atenção básica 65,00 63,29 65 62,75 65 71,71 72 71,04
20 Percentual de municípios que realizam no mínimo seis grupos de
ações de Vigilância Sanitária consideradas necessárias a todos os 85,00 83,33 85 83,33 85 N/P N/P N/P
municípios no ano
21 Ações de matriciamento sistemático realizadas por CAPS com
100,00 100 100 0% 100 0% 100 100
equipes de Atenção Básica
22 Número de ciclos que atingiram mínimo de 80% de cobertura de
3 0 3 0 0 N/A 06 06
imóveis visitados para controle vetorial da dengue
23 Proporção de preenchimento do campo ocupação nas notificações
95,00 96,49 97 98 98 98 100,0 100
de agravos relacionados ao trabalho.
2ª REGIONAL DE SAÚDE METROPOLITANA - PACTUAÇÃO DE DEIRETRIZES, METAS E INDICADORES 2021 – ATUALIZADO 20/01/2021 – APROVADO EM CIR 29/05/2020 –
DELIBERAÇÃO CIB-R Nº 20/2020

No período considerado o Município apresentou o melhor resultado em 2020, mesmo assim inferior a 50 %
de metas alcançadas. O pior resultado foi em 2018 com apenas 5 metas atingidas. ou seja, 25 % de eficácia. No geral
para os 4 anos, o Município ficou com um resultado de 40,5 % de metas atingidas.

TABELA 95 PACTUAÇÃO INTERFEDERATIVA, PERCENTUAL DE RESULTADOS ATINGIDOS, 2017-2020


Indicadores 2017 2018 2019 2020 Total %
Atingidos 10 5 9 10 34 40,5
Não Atingidos 12 16 11 11 50 59,5
Total 22 21 20 21 84 100

Algumas das metas não foram atingidas em todo o período, ou seja, nos quatro anos, como é o caso da
Proporção de vacinas selecionadas do Calendário Nacional de Vacinação para crianças menores de dois anos de idade
- Pentavalente 3ª dose, Pneumocócica 10-valente 2ª dose, Poliomielite 3ª dose e Tríplice viral 1ª dose - com cobertura

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

vacinal preconizada. Também, neste mesmo caso não foi atingido as metas do indicador - Número de casos novos de
sífilis congênita em menores de um ano de idade. Também é o caso da Mortalidade Infantil.
Entre os indicadores do qual a governabilidade pelo município, destaca-se o não atingimento de metas dos
últimos 3 anos em relação a coleta de citopatológico e as mamografias.
Era de se esperar que em razão da pandemia os resultados poderiam ser prejudicados, no entanto, também
em 2020, a eficácia em relação a essas metas continua baixa.

2.3.5 SÍNTESE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO

Analisando-se a tabela das condições de Nascimento, observa-se que a taxa bruta de natalidade vem
oscilando e encontra-se acima da média estadual verificada entre o período de 2017-2020, sendo um índice de 17,59
nascidos vivos a cada 1000 habitantes e para o Estado verificado no mesmo período apresentou um valor de 13,50.
Em relação ao período 2012-2016 a Taxa de Natalidade cresceu, já que apresentava uma média de 11,49 naquele
período. Em relação a faixa etária da mãe, 52,1 % dos nascidos vivos, tiveram mães entre 20 e 29 anos, semelhante à
média do Estado do PR, com 49,2 %. A taxa de gravidez na adolescência (menores de 20 anos) apresenta certa
oscilação, porém com média no período de 18,7 %, a média supera a do Estado, que no mesmo período registrou 16,7
%. No quesito, baixo peso ao nascer, a taxa média no período considerado é 8,8%, sendo este um resultado
semelhante ao Estado onde esse índice teve média 8,6 %. A recomendação, nesse caso é que seja inferior a 10 %. Em
relação aos partos cesáreos, o Município apresenta uma média para o período equivalente a 60 %. O Paraná também
está em tendência de estabilização nesse item, porém a média para o Estado no período foi 63 %. O percentual de
pré-natal com 07 ou mais consultas, no município foi na média 70,7% na série histórica 2017-2020. O número do
Município é desfavorável quando considerado com a média do Estado do PR, que atingiu 84,9%.
No Município, tem ocorrido uma média de 296 óbitos por ano e no Estado cerca de 77.000 (Média 2017-
2020) óbitos, correspondendo a uma taxa média de 6,88 óbitos a cada 1.000 habitantes no Município e 6,80 no Estado.
Considerando as três primeiras causas, no acumulado 2017-2020, respectivamente foram Doenças do aparelho
circulatório, Neoplasias (tumores) e apresentando o mesmo resultado, Doenças do Aparelho Respiratório e Causas
externas de morbidade e mortalidade, cujos resultados foram 24,2 %, 17,4 % e 11,6 % respectivamente. No Paraná,
2017-2020, as 3 primeiras causas de óbitos foram, Aparelho Circulatório, Neoplasias e mesmo resultado Aparelho
Respiratório e Causas Externas, com 26,4 %, 19,1 % e 11,2 %, respectivamente. Especificamente em 2020 as três
primeiras posições ficaram alteradas em relação a média da série histórica e foram ocupadas por Neoplasias
(tumores), Doenças do aparelho circulatório e Doenças infecciosas e parasitária cujos resultados foram 19,3 %, 17,4 %
e 17,6 % respectivamente. Em relação a Mortalidade por Sexo, na série histórica 2017-2020, 57 % foram do sexo
masculino e 43 % feminino. Na média do Estado, no período 2017-2020, foram 176.530 óbitos masculinos, 134.544
femininos e 181 ignorados totalizando 311.255, ou seja 57 % e 43 % respectivamente. No Município a faixa acima de
60 anos concentrou, no acumulado da série histórica 2017-2020, 59,9 % dos óbitos, resultado inferior ao verificado
para o Estado (70,3 %) no mesmo período.
Em relação a Mortalidade prematura as Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), as circulatórias
representam 45,30 % dos óbitos, seguidas pelas Neoplasias com 41,28 %, Respiratórias com 7,05 % e diabetes com
6,38 %, no acumulado da série histórica 2017-2020. O número de óbitos por faixa etária, acumulada no período 2017-
2020, sendo a maior causa individual o Infarto agudo do miocárdio com 12,42 % dos óbitos. Verifica-se um crescimento

106
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

anual no número absoluto dos óbitos no período. A taxa de mortalidade prematura no Município foi de 377,87 para
cada 100000 habitantes na faixa etária 30-69 anos, sendo este número ligeiramente superior ao do Estado (321,82),
considerados na média 2017-2020.
Considerando a mortalidade por causas evitáveis (5 a 74 anos) , na série histórica 2017-2020, foram 751 óbitos
evitáveis na faixa etária 5 a 74 anos, representando um percentual médio para o período equivalente a 73,6 %. O maior
número de óbitos evitáveis ocorreu no ano de 2018 com 77,3 % do total. No grupo de causas, as pertencentes a “1.3.
Reduz ações promoção prevenção controle atenção as doenças não transmissíveis” representam 65,8 % dos casos.
No que se refere as Causas Externas na série histórica, 2014-2018, no Paraná houve redução 7,39% de óbitos,
passando de 81,01/100 mil habitantes para 75,03/100 mil habitantes. O Município apresenta oscilação neste
indicador, considerando o período de 2016-2019, ocorre alternância com maiores índices em 2016 e 2018, e menores
em 2017 e 2019. e a média ficou em 83,3 óbitos para cada 100.000 habitantes. As agressões lideram o ranking com
47,2 % seguidas de perto pelos acidentes com 41,5%.
Em relação a Mortalidade Infantil houve 36 óbitos de menores de 1 ano no Município, considerando a série
histórica 2017-2020, registrando um coeficiente médio de 11,85 óbitos a cada 1.000 nascidos vivos, maior que a média
do Estado para o período que foi de 10,22 %. Em 2020 a taxa de mortalidade infantil do Estado foi equivalente a
9,58/1000 Nascidos Vivos (1.396 óbitos de menores de 1 ano/145.258 nascidos vivos), enquanto o Município atingiu
8,8 óbitos a cada mil habitantes.
Os residentes do Município tiveram 22.932 internações no período 2017-2020. As três primeiras causas de
internamentos foram, Aparelho Circulatório, Gravidez, Parto e Puerpério, e Causas Externas, com 33,9 %, 11,6 % e 8,5
% respectivamente. No Estado as três principais causas de internamento foram a Gravidez Parto Puerpério com 15 %,
Doenças do Aparelho Circulatório com 12,7 % e Causas Externas com 11,5 %.

TABELA 96 COMPARATIVO EPIDEMIOLÓGICO – INDICADORES SELECIONADOS, MUNICÍPIO E ESTADO


Indicador Município Período Município Período Estado Período
Taxa bruta de natalidade (/1000 hab.) 19,15 2013-2016 17,59 2017-2020 13,50 2017-2020
Gravidez na adolescência – menores de 20 anos (%) 24,6 2013-2016 18,7 2017-2020 16,7 2017-2020
Baixo peso ao nascer (%) 8,0 2013-2016 8,8 2017-2020 8,6 2017-2020
Parto Normal (%) 38,5 2013-2016 39,8 2017-2020 37 2017-2020
7 ou + consultas pré-natal (%) 68,9 2012-2015 70,7 2017-2020 84,9 2017-2020
Taxa de Mortalidade geral 6,63 2013-2016 6,88 2017-2020 6,72 2017-2020
Taxa de Mortalidade Infantil 14,54 2013-2016 11,85 2017-2020 10,2 2017-2020
Mortalidade Causas Externas (/100 mil hab.) 115,9 2013-2016 83,3 2017-2020 75,03 2014-2018
Causas de óbitos – 3 principais (%)
Aparelho Circulatório 19,4 2012-2015 24,2 2017-2020 26,4 2017-2020
Neoplasias 17,4 2012-2015 17,4 2017-2020 19,1 2017-2020
Causas Externas 19,1 2012-2015 11,6 2017-2020 11,2 2017-2020
Óbitos causas evitáveis (5-74 anos) (%) 48,9 2012-2015 46,4 2016-2019 54,5 2016-2019
Internamento – 3 principais (%)

107
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Gravidez, parto e puerpério 14,0 2013-2016 11,6 2017-2020 15,0 2017-2020


Aparelho Circulatório 26,3 2013-2016 33,9 2017-2020 12,7 2017-2020
Causas Externas - - 8,5 2017-2020 11,3 2017-2020
Aparelho Digestivo 9,5 2013-2016 - - - -
DATASUS/SESA PR

2.4 VIGILÂNCIA EM SAÚDE

2.4.1 VIGILÂNCIA AMBIENTAL

À Vigilância Ambiental em Saúde, em suas diversas áreas de atuação, compete a coordenação, o


monitoramento, o acompanhamento, a avaliação e a execução, em caráter complementar, das ações de vigilância,
prevenção e controle de zoonoses, intoxicações, acidentes por animais peçonhentos, doenças transmitidas por
vetores, além dos agravos à saúde vinculados ao meio ambiente.

2.4.1.1 DENGUE

No Estado do Paraná, a dengue26 é endêmica, com alternância de períodos epidêmicos e não epidêmicos.
Apresentou as primeiras notificações em 1991, casos importados. Ocorreram duas epidemias: em 2014/2015, quando
foram confirmados 33.702 casos autóctones e a incidência atingiu 306,45 casos/100 mil habitantes; e em 2015/2016,
com 52.708 casos autóctones e a incidência chegando a 472,17 casos/100 mil habitantes.

FIGURA 18 MUNICÍPIOS SEGUNDO INCIDÊNCIA DE DENGUE, 2019-2020

COORDENADORIA DA VIGILÂNCIA AMBIENTAL/ SESA PR

26
SESA PR - Plano Estadual de Saúde do Paraná, 2020-2023

108
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

O Munícipio de Campina Grande do Sul não é considerado infestado pelo mosquito Aedes Aegypti, principal
agente transmissor da Dengue, pois, as larvas positivas encontradas são provenientes de mosquitos vindouros de
Cidades e Estados vizinhos, os quais possuem grande incidência dos mesmos. Contudo, o controle vetorial é realizado
diariamente no Munícipio, com o intuito de monitorar e controlar os locais com maior incidência de larvas, provendo
a eliminação destas e dos possíveis criadouros, mantendo o índice de não infestação.
A realização do trabalho de campo no controle aos vetores é realizada através de:
• Levantamento de Índice Amostral (LIA), realizado duas vezes na semana nos imóveis urbanos com incidência
de possíveis criadouros;
• Monitoramento de 10 (dez) Armadilhas Larvitramps, instaladas em locais considerados de maior risco para
proliferação do mosquito Aedes Aegypt;
• Monitoramento de 11 (onze) empresas com estoque continuo de materiais e resíduos que podem servir de
criadouros do Aedes;
• Monitoramento de 15 (quinze) borracharias na área urbana e 11 (onze) na área rural, que podem servir como
repouso e criadouro do Aedes;
• Monitoramento de 02 (dois) cemitérios municipais, os quais esporadicamente possuem recipientes que
podem vir a servir de criadouro para o Aedes e;
• Monitoramento de áreas consideradas de risco para proliferação do Aedes Aegypt, como casas de catadores
de recicláveis, áreas com maior concentração de veículos e pessoas, entre outros.
Por fim, vale lembrar que no ano de 2020 e 2021 foram constatados apenas 01 (um) caso, a cada ano, de
Dengue no Munícipio de Campina Grande do Sul. Contudo, os casos após investigação foram considerados
importados, por serem contraídos em outras cidades durante viagem casual dos moradores.

2.4.1.2 VIGIÁGUA

A vigilância da qualidade de água para consumo humano é uma atividade rotineira, preventiva, de ação sobre
os sistemas públicos e soluções alternativas de abastecimento de água. Para realizar esse monitoramento, os
principais indicadores de qualidade da água são cloro residual livre, turbidez e coliformes totais.
Atualmente no Munícipio de Campina Grande do Sul a vigilância de qualidade da água para consumo humano
está sendo realizada através de analises programas pelo Lacen, 15 ao mês no total, bem como, através de análises em
locais de maior apreensão, como escolas, creches, estabelecimentos públicos com atendimento à população e
sistemas coletivos de abastecimento municipal.
Após a realização de análise das amostras coletadas estas são monitoradas e, encontradas inconformidades
aos parâmetros adotados às normativas, são acionados os responsáveis para realizarem procedimento adequado de
regularização a cada situação.

2.4.1.3 INTOXICAÇÃO EXÓGENA

Intoxicação exógena pode ser causada por ingestão, inalação ou exposição a alguma substância tóxica ao
organismo. O Paraná é o terceiro estado com maior número de notificações no Brasil, ficando atrás somente de São
Paulo e de Minas Gerais. Segundo os dados de notificação, os medicamentos são o agente tóxico que mais causa
intoxicação no Brasil; em seguida, com uma diferença percentual considerável, estão as drogas de abuso.

109
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

O Município registrou para o período 2017-2020, 324 casos, sendo que 62,35 % foi por medicamentos,
seguido pelas drogas de abuso com 12,96 %.

TABELA 97 INTOXICAÇÃO EXÓGENA – POR AGENTE, 2017-2020


Agente Tóxico 2017 2018 2019 2020 Total %
Ign/ Branco 7 4 2 0 13 4,01
Medicamento 38 36 61 67 202 62,35
Agrotóxico Agrícola 1 0 1 2 4 1,23
Agrotóxico Doméstico 0 0 0 2 2 0,62
Raticida 0 4 3 2 9 2,78
Prod. Uso domiciliar 5 6 7 7 25 7,72
Cosmético 0 1 1 1 3 0,93
Produto Químico 4 4 2 5 15 4,63
Metal 0 0 1 0 1 0,31
Drogas de Abuso 5 5 13 19 42 12,96
Planta Tóxica 0 0 1 0 1 0,31
Alimento e Bebida 0 1 0 0 1 0,31
Outro 1 1 3 1 6 1,85
Total 61 62 95 106 324 100,0
SINAN NET – Agosto/2021

2.4.2 VIGILÂNCIA SANITÁRIA

A vigilância sanitária é entendida como um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos
à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, na produção e circulação de bens e na
prestação de serviços de interesse da saúde.
Abrange o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde,
compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e o controle da prestação de serviços que,
direta ou indiretamente, se relacionam com a saúde.
Outro aspecto fundamental da vigilância em saúde é o cuidado integral com a saúde das pessoas por meio da
promoção da saúde. Essa política objetiva a promover a qualidade de vida, empoderando a população para reduzir a
vulnerabilidade e os riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições
de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura e acesso a bens e serviços essenciais.
As ações específicas são voltadas para: alimentação saudável, prática corporal/atividade física, prevenção e
controle do tabagismo, redução da morbimortalidade em decorrência do uso de álcool e outras drogas, redução da
morbimortalidade por acidentes de trânsito, prevenção da violência e estímulo à cultura da paz, além da promoção
do desenvolvimento sustentável.

110
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

TABELA 98 PROCEDIMENTOS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2017-2020


Atividades 2020
Administrativas
Baixa e Ingresso de Responsabilidade Técnica de Estabelecimento 15
Distribuição de Numeração para Confecção de Talonários de Notificação B (Médicos Do Hospital Caron) 17
Distribuição de Talonários de Notificação B para Médicos da Rede Municipal 130
Distribuição de Talonários de Notificação A 28
Cadastro de Médicos para Recebimento de Talonários de Notificação B 26
Abertura e Encerramento de Livro para Registro de Aplicação de Injetáveis 2
Abertura e Encerramento de Livro para Registro de Procedimentos da Agência Transfusional 05
Processos VISA
Número de Processos Recebidos de Interesse a Produtos e Serviços 126
Número de Processos Recebidos de Interesse á Área de Alimentos 175
Reclamações Atendidas
Oriundas da Ouvidoria da Polícia Rodoviária Federal (Inspeções em veículos de Transporte de Alimentos) 09
Número de Reclamações Recebidas Alimentos 12
Programa Controle de Alimentos
Análise e Cadastramento de Processos de Comunicação de Fabricação de Alimentos no PRODIR 197
SINAVISA
Cadastramento de Empresas de Interesse a Saúde 286
Licenças Sanitárias
Total de Estabelecimentos Licenciados 286
Inspeções Sanitárias
Outras Inspeções Emergenciais 16
Inspeções Realizadas referente à Licença Sanitária (Incluindo empresa fácil) 425
VISA/CGS

2.4.3 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

A vigilância epidemiológica é um “conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou


prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a
finalidade de se recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”.
Seu propósito é fornecer orientação técnica permanente para os que têm a responsabilidade de decidir sobre
a execução de ações de controle de doenças e agravos.

111
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Tem como funções, dentre outras: coleta e processamento de dados; análise e interpretação dos dados processados;
divulgação das informações; investigação epidemiológica de casos e surtos; análise dos resultados obtidos; e
recomendações e promoção das medidas de controle indicadas.
A vigilância da situação de saúde desenvolve ações de monitoramento contínuo do
país/estado/região/município/território, por meio de estudos e análises que revelem o comportamento dos principais
indicadores de saúde, priorizando questões relevantes e contribuindo para um planejamento de saúde mais
abrangente.
A análise situacional na Vigilância Epidemiológica apresenta problemas na área de sistemas, tendo instaladas
dez (10) salas de vacina sem que se possa acessar dados remotos, o que prejudica no envio de informações e
atualizações dos sistemas, preconizados e de uso obrigatório pelo Ministério da Saúde. Considerando a demanda de
sistemas utilizados na visa, é necessário a disponibilidade de um profissional em assistência técnica especializada na
área de programas em informática.
Do quadro de recursos humanos é composto por quatro profissionais, sendo um Enfermeiro, um
Administrativo e dois técnicos em Enfermagem. O potencial dos técnicos é considerado bom pela qualidade e
produtividade, das atividades que executam.

2.4.3.1 SERVIÇO DE VERIFICAÇÃO DE ÓBITOS (SVO)

O Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) constitui-se no exame dos corpos de pessoas que morrem sem
assistência médica ou por causas naturais desconhecidas, excluídas aquelas que foram vítimas de violência. Este
serviço não faz parte do escopo dos serviços contemplados no município.
Ocorrendo o falecimento de alguém e não sendo a morte violenta, o que implicaria na emissão do atestado
de óbito pelo Instituto Médico Legal, quem emitirá o atestado de óbito estando sob assistência médica a pessoa que
veio a óbito, o médico que vinha prestando assistência ao paciente, sempre que possível, em todas as situações fará a
emissão do mesmo, o médico assistente, e na sua falta o médico substituto ou plantonista, o médico designado pela
instituição que prestava assistência em regime domiciliar excluindo todos os sinais externos de violência e estando no
local da ocorrência do óbito.

2.4.4 VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR

As estatísticas de acidentes de trabalho no Brasil e no Paraná estão subnotificadas. Tal problema revela que a
Rede de Atenção do SUS não está sensibilizada por não considerar o trabalho como um dos determinantes do
processo saúde e doença. Assim, o CEST, como indutor da Política Estadual de Atenção Integral à Saúde do
Trabalhador, pretende intensificar a capacitação da Rede de Atenção. Apesar do problema da subnotificação, os dados
disponíveis revelam os principais ramos produtivos que necessitam de ações de VISAT, como saúde, construção civil e
trabalho rural, para a redução da morbimortalidade relacionada ao trabalho no estado.
O Município no período 2017-2020 notificou 175 acidentes de trabalho, sendo o maior número no ano de
2020, com 82 registros quase o dobro em relação ao ano anterior que foi 48. Em 2017 e 2018 foram 25 e 20
no0tificações respectivamente. Quando comparado aos dados do PR, percebe-se um número muito semelhante
entre os acidentes de trabalho com exposição a material biológico, sendo 37,71 para o Município e 37,09 % no Estado.

112
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

TABELA 99 NOTIFICAÇÃO DOS AGRAVOS DA SAÚDE DO TRABALHADOR


Notificações 2017 2018 2019 2020 Total %
Acidentes Mutilações e outras gravidades 0 0 0 0 0 0
Acidente de Acidente de trabalho com crianças e adolescentes 0 0 0 0 0 0
Trabalho*
Óbitos 0 0 0 0 0 0
Total de acidentes de trabalho 0 0 06 60 86 49,14
Acidente de trabalho com exposição a material biológico 24 15 16 11 66 37,71
Intoxicações exógenas relacionadas ao trabalho 1 5 1 2 9 5,14
Doenças LER/DORT 0 0 4 9 13 7,42
relacionadas ao Câncer relacionado ao trabalho 0 0 0 0 0 0
Trabalho
Transtorno mental relacionado ao trabalho 0 0 0 0 0 0
Dermatoses ocupacionais 0 0 0 0 0 0
PAIR 0 0 0 0 0 0
Pneumoconiose 0 0 1 0 1 0,57
Total de Notificações dos Agravos da Saúde do Trabalhador 25 20 48 82 175 100
SINAN/LOCAL

A vigilância em saúde do trabalhador caracteriza-se por ser um conjunto de atividades destinadas à


promoção e proteção, recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos
advindos das condições de trabalho.

PLANEJAMENTO REGIONAL INTEGRADO (PRI) E SAÚDE DO TRABALHADOR

Quando da realização do Planejamento Regional Integrado (PRI) na questão relacionada a saúde do


trabalhador:
“1.6.3) Possui Centro de Referência em Saúde do Trabalhador? Está estruturado para dar apoio conforme
atribuições estabelecidas na Portaria 2.728/2009. Existem fluxos estabelecidos para os agravos considerados de
notificação compulsória no Estado do Paraná? As equipes municipais e regionais estão capacitadas para
desenvolver ações de saúde do trabalhador em todos os ramos de atividades estratégicas?” a resposta do Município
foi:
• Não possui Centro de Referência ao Trabalhador no Município;
• Apoio do CEREST da 2ª RSM;
• Não possui fluxos estabelecidos, porem as notificações estão disponíveis nas UBS e Hospital de
Referência;
• Falta de capacitação em todos os ramos de atividades de saúde do trabalhador.

Ainda em relação ao Planejamento Regional Integrado (PRI):


“1.6.4) O município possui equipes ou servidor (es) para executar ações de vigilância em saúde de acordo
com seu porte? Estão devidamente qualificados e nomeados para exercer a função?”
• Falta servidores (Farmacêutico, Enfermeiro, Engenheiro Arquitetônico, Biólogo, ACE).

113
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

• Os servidores que estão lotados no setor possuem qualificação e nomeação.

2.4.5 PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE ATENÇÃO E VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Programa Estadual de Qualificação das Ações de Atenção e Vigilância em Saúde no Estado do Paraná foi
instituído em 2013 com o objetivo de fortalecer e qualificar as ações de vigilância em saúde no Paraná, com repasse
de incentivos financeiros destinados para custeio e capital. Entre os resultados do programa destacam-se a aquisição,
pelos municípios, veículos, materiais e equipamentos, equipamentos (rede de frio, informática, comunicação,
qualidade do ambiente de trabalho); de cursos de capacitação; de equipamentos de proteção individual; e de
materiais educativos, o que veio a fortalecer as ações e as equipes. Até o momento, os repasses atendiam,
especificamente, às ações de Vigilância em Saúde, contudo, para o próximo quadriênio, há a possibilidade da utilização
para a qualificação das ações de Atenção à Saúde.
A Deliberação27 Nº 018 de 23/01/2014 da Comissão Intergestores Bipartite do Paraná, que aprova a
homologação do porte dos 399 municípios do Paraná, conforme Item nº 2 da Deliberação CIB/PR nº 287, de
23/08/2013, pactuados nas Comissões Intergestores Bipartite Regionais, definiu o Município de Campina Grande do
Sul como Porte III, com pontuação 6,23 A Deliberação28 CIB PR Nº 287 de 23/08/2013 aprovou:
1. Os Elencos de Ações de Vigilância em Saúde para as ações de Vigilância Ambiental em Saúde, Vigilância
Epidemiológica, Vigilância Sanitária e Vigilância em Saúde do Trabalhador, Informações Estratégicas e Resposta às
Emergências de Saúde Pública e Laboratórios classificados como Elencos 1, 2 e 3, conforme Anexo I.
2. O indicativo do Porte dos municípios, para cada Elenco das Ações, para pactuação nas Comissões
Intergestores Regionais e homologação na Comissão Intergestores Bipartite do Paraná, conforme Anexo II. Os critérios
para estabelecimento do porte dos municípios são:

FIGURA 19 PORTE DOS MUNICÍPIOS – ELENCO DE AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

CIB PR

27
Disponível em https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-05/deliberacoes_2014_18.pdf Acesso
em 14 ago. 2021
28
Disponível em https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-05/deliberacoes_2013_287_.pdf
Acesso em 14 ago. 2021

114
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

O Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde compõe o conjunto de iniciativas do Ministério
da Saúde para o aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS), , representa um marco para a Vigilância em Saúde
(VS) por definir compromissos e responsabilidades a serem assumidas pelas três esferas de governo expressas em
metas estabelecidas: a federal, com financiamento e apoio técnico, a estadual e a municipal, buscando induzir a
implementação de ações que garantam a consecução dessas metas. As diretrizes do PQA-VS são:
• ser um processo contínuo e progressivo de melhoria das ações de vigilância em saúde, envolvendo a gestão,
o processo de trabalho e os resultados alcançados pelos estados, Distrito Federal e municípios; e,
• estimular a gestão baseada em compromissos e resultados, expressos em metas de indicadores pactuados.
A Portaria29 Nº 2.442, de 16 de setembro de 2020 divulga o resultado da Fase de Avaliação do Programa de
Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde (PQA-VS) de 2019 e os valores a serem transferidos aos Estados, Distrito
Federal e Municípios que aderiram ao Programa.
O Município teve 5 metas alcançadas correspondendo a 65 % do total, conforme tabela na sequência.

TABELA 100 AVALIAÇÃO DO MUNICÍPIO PQA-VS, 2019.


Município População 2019 Nº de Metas Alcançadas Valor (R$)
Campina Grande do Sul 43.288 5 22.568,06
MS PORTARIA 2442, 16/9/2020J

FIGURA 20 PQA-VS RESULTADO FINAL/2019

29
Disponível em https://brasilsus.com.br/wp-content/uploads/2020/09/portaria2442.pdf Acesso em 15 ago.2021

115
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

MINISTÉRIO DA SAÚDE/SECRETARIA DE VBIGILÂNCIA EM SAÚDE

116
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

3. PERFIL ASSISTENCIAL

3.1 ATENÇÃO BÁSICA

A Atenção Básica (AB) é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem
promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e
vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com
equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem
responsabilidade sanitária. Sendo considerada como a principal porta de entrada e centro de comunicação da Rede
de Atenção à Saúde (RAS), coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede
(PNAB, 2017).
A atenção básica pode ser definida como um conjunto de ações em prol da saúde, tanto no âmbito individual
quanto coletivo, abrangendo promoção e proteção da saúde, bem como prevenção de agravos. Dentre seus
fundamentos está o acesso universal e contínuo ao sistema de saúde. Nesse contexto, as Unidades Básicas de Saúde
(UBS) devem garantir mecanismos que assegurem a acessibilidade e o acolhimento dos usuários com uma lógica
organizacional que aperfeiçoe este princípio, empenhando-se em construir estratégias que promovam mudanças na
rotina dos serviços.
A estratégia das ações municipais de saúde é concebida como ordenadora do sistema loco regional,
integrando os diferentes pontos que se compõe e definindo um novo modelo de atenção a saúde. Princípios
Ordenadores: Acessibilidade, Longitudinalidade, Integralidade, Responsabilização, Coordenação e Resolubilidade.
Em 12/2020 o município contava com 04 equipes de Saúde da Família vinculadas a uma equipe da Estratégia
Saúde da Família (ESF), 07 equipes na Atenção Básica tradicional (ESF equivalentes - equipes com carga horária de
cirurgião dentistas a partir de 40 h), que corresponde 76,93% da cobertura populacional (Ministério da Saúde E-Gestor,
2021).
O Município possui 14 Unidades Básicas de Saúde, sendo 07 delas com equipes da Estratégia Saúde da Família
(ESF), conforme é apresentado no Quadro a seguir.

QUADRO 3 UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO


UBS Localização Endereço Microáreas ACS
UBS 01 - ESF UNIDADE DE SAUDE DACYR SIQUEIRA Rua Doutor João Candido, 812 - Centro 11 9
TREVISAN - SEDE
UBS 02 - ESF UNIDADE DE SAUDE JOAO HAMILTON BELO - Rua Julio Guidolin, 72 - Jardim Santa 6 3
SANTA ROSA Rosa
UBS 03 - ESF UNIDADE DE SAUDE CONCEICAO MARIA DE Rua José Romagnani, 23 - Jardim Paulista 10 8
ANDRADE - JARDIM PAULISTA
UBS 04 - ESF UNIDADE DE SAUDE ADELQUE BOSSARDI Rua Miguel Thomeu, 654 - Jardim Flórida 9 7
UBS 05 - ESF UNIDADE DE SAUDE HENRIQUE FERREIRA - Travessa do Lazer, 91 - Timbu 6 3
TIMBU

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

UBS 06 - ESF UNIDADE DE SAUDE MANOEL ALVES KUSTEL - Rodovia do Caqui, 3166 - Araçatuba 7 1
ARACATUBA
UBS 07 - ESF UNIDADE DE SAUDE JACIRA PAULINA BALBINO Rodovia BR 116, Km 50 - Paiol de Baixo 10 7
FERREIRA - PAIOL DE BAIXO
UBS 08 UNIDADE DE SAUDE PEDRO CASSEMIRO Rodovia BR-116, Km 37 - Barragem
RODRIGUES - BARRAGEM
UBS 09 UNIDADE DE SAUDE PROFESSORA ELVIRA Rua Principal, s/n - Jaguatirica
TAVARES DE SANTANA DE CAMARGO -
JAGUATIRICA
UBS 10 UNIDADE DE SAUDE ZACARIAS SANTANA DO Rua Principal, s/n, Km 29 - Ribeirão
NASCIMENTO - RIBEIRAO GRANDE Grande
UBS 11 UNIDADE DE SAUDE ROSALINDA BELO DE Estrada da Canelina, s/n - Canelinha
SANTANA - CANELINHA
UBS 12 UNIDADE DE SAUDE JORGE RIBEIRO DE Estrada do Taquari, s/n - Taquari
CAMARGO - TAQUARI
Unidade DIVISA Rodovia BR-116, Km 05 - Rio do Cedro
De Apoio
Unidade CERNE Estrada do Cerne, s/n - Cerne
De Apoio
SMS/CGS

3.1.1. ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF)

A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à reorganização da atenção básica, de acordo com os preceitos do
Sistema Único de Saúde, e é tida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais como estratégia de
expansão, qualificação e consolidação da Atenção Básica, por favorecer uma reorientação do processo de trabalho
com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a
resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação
custo efetividade.
Composta no mínimo por médico, preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade,
enfermeiro, preferencialmente especialista em saúde da família; auxiliar e/ou técnico de enfermagem e agente
comunitário de saúde (ACS). Podendo fazer parte da equipe o agente de combate às endemias (ACE) e os profissionais
de saúde bucal: cirurgião-dentista, preferencialmente especialista em saúde da família, e auxiliar ou técnico em saúde
bucal.
O número de ACS por equipe deverá ser definido de acordo com base populacional, critérios demográficos,
epidemiológicos e socioeconômicos, de acordo com definição local. Em áreas de grande dispersão territorial, áreas de
risco e vulnerabilidade social, recomenda-se a cobertura de 100% da população com número máximo de 750 pessoas
por ACS.
Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) são trabalhadores importantes dentro do Sistema Único de Saúde.
Ambos trabalham com a comunidade da área, do bairro, da cidade ou da região rural para facilitar o acesso da
população à saúde e prevenir doenças. O ACS deve visitar regularmente residências e fazer registros da população,

118
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

em relação a documentos básicos para o acesso aos serviços de saúde e em relação aos possíveis problemas de saúde
que possam ser identificados na residência.
Assim, deve orientar pessoas em relação à sua saúde, encaminhando à Unidade de Saúde ou outros serviços
de atendimento sempre que necessário. Atualmente contamos com uma cobertura estimada em 25,24% de ACS.

3.1.1.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE EQUIPES E COBERTURA DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

O Município possui uma cobertura baixa de Estratégia Saúde da Família, com 7 equipes implantadas tem um
teto para 22 e em relação aos ACS são 51 credenciados, cujo teto equivale a 108.

TABELA 101 SITUAÇÃO ATUAL DA IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMAS E ESTRATÉGIAS DA APS


Equipes e Serviços da APS Teto Credenciadas Custeadas na competência financeira 06/2021
ACS 108 51 -
eSF 22 7 7
eSB (40h e carga horária diferenciada) - 6 5
MINISTÉRIO DA SAÚDE E-GESTOR

A cobertura baixa de Estratégia Saúde da Família é de apenas 31,88 %, com 7 equipes implantadas. Essa taxa
corresponde à metade da cobertura do Estado que 63,31 %. Na cobertura da Atenção Básica o Município atinge 76,93
% sendo ligeiramente inferior à do Estado (79,57 %).

TABELA 102 COBERTURA DE ATENÇÃO BÁSICA, DEZEMBRO/2020


População Nº ESF CH CH Nº eSF Estim. Pop. Cobertura Estim. Pop. Cobertura
Cob. Médico Enfermeiro equivalente Cob. ESF ESF Cob. AB AB
43.288 4 8,76 6,50 7 13.800 31,88% 33.300 76,93%
MINISTÉRIO DA SAÚDE E-GESTOR

Em relação a cobertura de Estratégia Saúde da Família - Saúde Bucal (ESFSB) o Município possui um percentual
de 38,84 %, semelhante ao do Estado, 7,87 %, considerando a cobertura Atenção Básica – Saúde Bucal (SB-AB) o
Município tem percentual melhor que o Estado, sendo 71,03 % e 55,64 % respectivamente.

TABELA 103 COBERTURA DE SAÚDE BUCAL, DEZEMBRO/2020


População Nº eSFSB CH Nº ESFSB Estim. Pop. Cobertura Estim. Pop. Cobertura SB
Cob. Dentista equivalente Cob. ESFSB ESFSB Cob. SB AB AB
43.288 5 180 5 17.250 39,84% 30.750 71,03%
MINISTÉRIO DA SAÚDE E-GESTOR

119
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

A cobertura relativa aos Agentes Comunitários de Saúde houve significativa redução considerando o ano de
2020, quando em dezembro essa se encontrava em 25,24 %, praticamente a metade da cobertura do Estado (52,94
%).

TABELA 104 COBERTURA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE, 2020


Competência População Nº ACS Cob. Estim. Pop. Cob. ACS Cobertura ACS
Jan/2020 43.288 44 25.300 58,45%
Mai/2020 43.288 16 9.200 21,25%
Ago/2020 43.288 19 10.925 25,24%
Dez/2020 43.288 19 10.925 25,24%
MINISTÉRIO DA SAÚDE E-GESTOR

PLANEJAMENTO REGIONAL INTEGRADO (PRI) E ATENÇÃO BÁSICA

Quando da realização do Planejamento Regional Integrado (PRI), o Município respondeu para a questão:
“1.3.1) A Atenção Básica/Primária está organizada conforme a Política Nacional de Atenção Básica? Realiza
minimamente os procedimentos previstos na PNAB? É ordenadora da rede e coordenadora do cuidado?”:
• A Atenção Primária no município está estabelecida conforme a PNAB e tem na Saúde da Família sua
estratégia prioritária para expansão e consolidação da Atenção Básica. Apesar de existir ainda uma
cobertura populacional insuficiente é prioridade a sensibilização e a consolidação de princípios do SUS no
desenvolvimento do amplo processo de atenção à saúde.
• Os procedimentos são em sua maioria desenvolvidos dentro dos padrões essenciais preconizados na PNAB
inserindo os profissionais da AP em suas competências e atribuições, estimulando dessa forma o potencial
resolutivo de todo o processo mesmo com algumas limitações e dificuldades.
• As Unidades de saúde são a principal porta de entrada e o centro de comunicação da RAS, coordenadora
do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede com suporte permanente de
gestão.

3.2 ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA (AAE)

O acesso aos serviços médicos especializados ocorrem através do Setor de Regulação, Controle e Auditoria.
As ofertas são disponibilizadas atravées de sistema de regulação do Estado – G-SUS/ CARE, bem como sistema de
regualção do Prefeitura de Curitiba - E-SAÚDE, além das vagas ofertdas pelo prestdores contratualizados pelo
MUnicípio. As liberações acontecem com a agenda aberta respeitando o cronograma pré-estabelecido, uma vez ao
mês, através do sistema G-SUS / CARE e todos os dias através do E-SAÙDE. São ofertadas vagas de consultas em todas
as especialidades e alguns exames para diagnóstico, de acordo com a disponibilidade de oferta dos prestadores
credencidos do Estado.

120
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Além dessas ofertas disponibilizadas pelo Estado, detendor da responsabilidade pela média complexidade,
levados pela alta demanda e baixa oferta de vagas, o que gerou grande demanda reprimida na fila de espera para
todas as especialidades, o município de Campina Grande do Sul passou a buscar oportunidades de amenizar essa
situação, firmando credenciamentos com alguns prestadores para melhor atender a nossa população, aumentando
assim as ofertas para consultas e exames especializados, dando vazão as demandas reprimidas.
Porém é possível perceber que apenas a ação da gestão pública em tentar minimizar os problemas de acesso
a saúde, não se torna eficiente quando o usuário de saúde não está integrando a esse sistema, deixndo de caminhar
na mesma sintonia, se tornando um ato isolado da administração, gerando um absenteismo de grande proporção aos
agendamentos realizados.
Hoje a gestão em saúde pública municipal vive um momento diferenciado, sendo necessária uma atenção
direta com a população, no sentido de conscientização e sensibilização do usuário, sobre a dificuldade de alcançarmos
as ofertas e a importância do seu comparecimento, bem como, a capacitação continuada em saúde pública, aos
profissionais de saúde no sentido realizar encaminhamentos a atenção secundária apenas quando realmente
necessário for, tentando minimizar impactos financeiros e onerosos com encaminhamentos a especialistas de caso
que poderiam ser resolvidos na própria UBS.
Vivemos um período de globalização e um universo de servicos tecnológicos, tão necessários ao
melhoramento do nosso trabalho, como possibilitando cada dia mais a transparênica nas decisões geradas na
administração pública, na regulação não poderia ser diferente, focamos em um avanço nos servços em infomração
emtecnologia, buscando implementar e profissionalizar nossos serviços de regulação através de sitemas tecnológicos
que nos permitam trabalhar de forma eficaz e transparente, atendendo as diretrizes do SUS de forma intgral a atenção
a saúde do nosso usuário:
1. Universalidade: Garantir as condições indispensáveis ao seu pleno exercício eo acesso à atenção e
assistência à saúde em todos os níveis de complexidade.
2. Equidade: Todo cidadão éi gual perante o Sistema Único de Saúde e será atendido e acolhido conforme as
suas necessidades. É um princípio de justiça social porque busca diminuir desigualdades.
3. Integralidade: Engloba ações de promoção, proteção e recuperação da saúde.

Atualmente a saúde pública de Campina Grande do Sul, conta com a oferta de prestadores do Estado e
prestadores do Município, sendo o maior e mais importante deles, o Consórcio Metropolitano de Saúde – COMESP, o
qual atende 70% de todos os agendamentos de consultas e exames especializados, gerados pela rede municipal.

PLANEJAMENTO REGIONAL INTEGRADO (PRI) E ATENÇÃO ESPECIALIZADA AMBULATORIAL

Considerando o Planejamento Regional Integrado (PRI), em relação a questão:


“1.3 Quais as necessidades assistenciais em 1.3.2) Atenção Especializada ambulatorial” o Município
respondeu:
• Ambulatório Psiquiátrico;
• Ambulatório de feridas e cuidado com a pele, exames de diagnóstico;
• Consultas Especializadas;
• Vazio assistencial em média complexidade de saúde bucal.

121
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

3.3 ASSISTÊNCIA HOSPITALAR

No município está localizado o Hospital Angelina Caron, de referência estadual. Segundo a apresentação do
site do Hospital30:
“O Hospital Angelina Caron é uma instituição privada de caráter filantrópico, que começou sua história com
uma pequena equipe médica, poucos colaboradores e apenas 50 leitos. Graças a uma gestão eficiente, hoje,
possui mais de 2000 colaboradores e médicos, +400 leitos e realiza mais de 400 mil atendimentos
anualmente, com estrutura de ponta e equipamentos de alta tecnologia. Há mais de 35 anos, o HAC está ao
lado das pessoas, levando para perto delas soluções em saúde de qualidade, desde o nascimento, prevenção
de doenças, até tratamentos clínicos e cirúrgicos de alta complexidade. Mais do que oferecer serviços, o HAC
quer estar cada vez mais próximo dos seus clientes, garantindo bem-estar e qualidade de vida, com
atendimento humanizado e profissionais capacitados”.

A taxa de internamentos para residentes apresenta uma média, na série histórica 2017-2020 muito superior
à média do Estado, sendo correspondente a 13,1 % frente aos 7,02 % do Estado.

TABELA 105 TAXA DE INTERNAMENTO/POPULAÇÃO (%), 2017-2020


Unidade Federativa 2017 2018 2019 2020 Média
Internamentos (N°) 5008 6101 6767 5017 5723
População Município 42052 42463 42880 43288 43685
Taxa de Internamento Município (%) 11,9% 14,4% 15,8% 11,6% 13,1%
Taxa de Internamento Estado PR (%) 7,33 7,64 7,15 6,38 7,02
DATASUS Total de internamentos (2017-2020): 22893

TABELA 106 LEITOS SUS E NÃO SUS NO MUNICÍPIO


Município Quantidade existente Quantidade SUS Quantidade Não SUS
Número de leitos 356 323 33
DATASUS

A disponibilidade de leitos por clínica está demonstrada na tabela na sequência, sendo que refere-se ao único
hospital do Município, anteriormente mencionado, o Hospital Angelina Caron.

TABELA 107 LEITOS POR CLÍNICA, JULHO/2021


Leitos Hospitalares
CIRÚRGICO
Código Descrição Existente SUS
01 Buco Maxilo Facial 1 1

30
Disponível em https://hospitalangelinacaron.org.br/o-hospital/ Acesso 3 out.2021.

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

02 Cardiologia 30 30
03 Cirurgia Geral 50 45
04 Endocrinologia 1 1
05 Gastroenterologia 20 17
06 Ginecologia 10 10
08 Nefrologiaurologia 3 3
09 Neurocirurgia 20 18
11 Oftalmologia 2 2
12 Oncologia 18 15
13 Ortopediatraumatologia 20 17
14 Otorrinolaringologia 2 2
15 Plástica 1 1
16 Torácica 3 3
TOTAL CIRÚRGICO 181 165
CLÍNICO
Código Descrição Existente SUS
32 Cardiologia 50 45
33 Clinica Geral 30 25
35 Dermatologia 1 1
36 Geriatria 1 1
38 Hematologia 1 1
40 Nefro urologia 12 10
42 Neurologia 10 10
44 Oncologia 8 6
46 Pneumologia 10 9
66 Unidade Isolamento 2 2
TOTAL CLÍNICO 125 110
OBSTÉTRICO
Código Descrição Existente SUS
10 Obstetrícia Cirúrgica 6 6
43 Obstetrícia Clinica 11 11
TOTAL OBSTÉTRICO 17 17
PEDIATRICO
Código Descrição Existente SUS
45 Pediatria Clinica 20 20
TOTAL PEDIÁTRICO 20 20
OUTRAS ESPECIALIDADES
Código Descrição Existente SUS
34 Crônicos 1 1
49 Pneumologia Sanitária 1 1
TOTAL OUTRAS ESPECIALIDADES 2 2
HOSPITAL DIA
Código Descrição Existente SUS
71 Intercorrência Pós-Transplante 13 11
TOTAL HOSPITAL DIA 13 11

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

COMPLEMENTAR
Código Descrição Existente Habilitados
51 UTI II Adulto-Síndrome Resp. Aguda Grave (SRAG)-COVID-19 20 20
75 UTI Adulto - Tipo II 58 57
78 UTI Pediátrica - Tipo II 10 10
81 UTI Neonatal - Tipo II 9 9
85 UTI Coronariana TIPO II - UCO TIPO II 10 10
TOTAL COMPLEMENTAR 107 106
Sumário
Total Clínico/Cirúrgico 306 275
Total Geral Menos Complementar 358 325
CNES REF. JULHO/2021

Em relação ao caráter de atendimento, 66 % foram considerados de urgência, frente a 34 % eletivo.

TABELA 108 INTERNAMENTO QUANTO AO CARÁCTER DE ATENDIMENTO, 2017-2020


Caráter atendimento 2017 2018 2019 2020 Média %
Eletivo 2017 2298 2125 1421 1965 34%
Urgência 2996 3812 4649 3611 3767 66%
Outros tipo de acidente de trânsito 0 0 1 0 0 0%
Out tp lesões e envenen por agent quím físicos 1 0 1 0 1 0%
Total 5014 6110 6776 5032 5733 100%
DATASUS

No que se refere ao grupo de procedimentos, considerando a série histórica 2017-2020, na média 42,9 % foram
clínicos e 54,0 % cirúrgicos, conforme tabela a seguir.

TABELA 109 INTERNAMENTOS QUANTO AO GRUPO DE PROCEDIMENTOS, 2017-2020


Grupo procedimento 2017 2018 2019 2020 Média %
02 Procedimentos com finalidade diagnóstica 109 144 168 63 121 2,1%
03 Procedimentos clínicos 2098 2504 2843 2397 2461 42,9%
04 Procedimentos cirúrgicos 2728 3402 3715 2535 3095 54,0%
05 Transplantes de órgãos, tecidos e células 79 60 50 37 57 1,0%
Total 5014 6110 6776 5032 5733 100,0%
DATASUS

Na tabela, a seguir, verifica-se os de estabelecimentos onde residentes do Município foram hospitalizados,


entre os anos de 2017 a 2020, destacando que 88,5 % foram hospitalizados no Hospital Angelina Caron situado no
próprio Município.

124
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

TABELA 110 INTERNAÇÕES DE RESIDENTES POR ESTABELECIMENTO, 2017-2020


Estabelecimento 2017 2018 2019 2020 Média %
0013633 HOSPITAL ANGELINA CARON 4444 5364 6007 4452 5067 88,50
0013846 HOSPITAL DO ROCIO 61 115 127 91 99 1,70
0015563 HOSPITAL INFANTIL PEQUENO PRINCIPE 67 100 98 38 76 1,30
0018384 ASJA 45 87 74 68 69 1,20
0015245 HOSPITAL UNIVERSITARIO EVANGELICO MACKENZIE 46 63 67 54 58 1,00
2384299 COMPLEXO HOSPITAL DE CLINICAS 64 57 63 36 55 1,00
0015407 HOSPITAL UNIVERSITARIO CAJURU 39 56 40 47 46 0,80
0015644 HOSPITAL ERASTO GAERTNER 37 52 47 30 42 0,70
0015369 COMPLEXO HOSPITALAR DO TRABALHADOR 34 17 27 29 27 0,50
0015334 HOSPITAL SANTA CASA DE CURITIBA 30 18 34 15 24 0,40
0013838 HOSPITAL SAO LUCAS 2 7 20 31 15 0,30
0018260 HOSPITAL ADAUTO BOTELHO 16 21 20 21 20 0,30
0015415 HOSPITAL OSVALDO CRUZ 13 17 9 2 10 0,20
7413432 INSTITUTO MADALENA SOFIA 3 12 12 10 9 0,20
OUTROS ESTABELECIMENTOS 107 115 122 93 113 1,60
Total 5008 6101 6767 5017 5723 100
DATASUS

Na conclusão deste item referente aos níveis de atenção a saúde, será transcrito na sequencia considerações a
respeito do PRI- Planejamento Regional Integrado.

PLANEJAMENTO REGIONAL INTEGRADO (PRI) E ATENÇÃO ESPECIALIZADA HOSPITALAR

“1.3 Quais as necessidades assistenciais em 1.3.3) Atenção Especializada Hospitalar” o Município respondeu:
• Leito psiquiátrico em Hospital Geral;
• Cirurgias Eletivas e Gerais
• Laqueaduras
• Atenção terciária em saúde bucal de pacientes com necessidade especial que eventualmente necessitem
de UTI
• Atenção terciária em saúde bucal de pacientes pediátricos que não permitem manejo ambulatorial

PLANEJAMENTO REGIONAL INTEGRADO (PRI) E SERVIÇOS INSUFICIENTES POR NÍVEL DE ATENÇÃO

Quando da realização o Planejamento Regional Integrado (PRI) em relação a questão:


“1.2) Dos serviços existentes em todos os níveis de atenção no município, quais são insuficientes, que excedem a
necessidade, quais têm dificuldade de acesso?”

125
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

QUADRO 4 SERVIÇOS INSUFICIENTES POR NÍVEL DE ATENÇÃO (PRI), 2019


Nível de atenção Insuficiente Excedem a Dificuldade
( Quais, onde?) necessidade de acesso
Primária 1. ESF/SB; 1. Dispensação
2. Transporte Sanitário; medicamentos
3. Radiografias. controlados;
2. Radiografias;
3. Eletrocardiograma;
4. Ecocardiograma.
Secundária 1. Atendimento psiquiátrico infantil / adulto; 1. Dificuldade de acesso
2. Consultas e exames especializados – Urgência e Emergência;
(reumatologia/ginecologia/geriatria/alergologia/pn 2. Consultas e exames
emologia/urologia/neurocirurgia/neuropeditria/en especializados –
docriologia/ortopedia/vascular) Exames: Reumatologia/Ginecolo
Ecodoppler/Ultrassom de gia/Geriatria/Alergologi
articulação/Endoscopia/Colonoscopia/Eletroneuro a/Pnemologia/Urologia
miografia; /Neurocirurgia/Neurop
3. Reestruturar o CEM – contratação de profissionais editria/Endocriologia/O
especializados/Psiquiatria/Pediatria/Ginecologia; rtopedia
4. Atenção especializada em Saúde Bucal
(principalmente Odontopediatria, Cirurgia Oral
Menor, Periodontia e Endodontia).
Terciária 1. Cirurgias Eletivas
2. Laqueaduras
3. Cirurgias em Geral
4. Mutirões não Concluídos
SMS CAMPINA GRANDE DO SUL – ORMULÁRIO DO PLANEJAMENTO REGIONAL INTEGRADO (PRI)

Ainda em relação ao PRI, considerando a questão:


“1.3) Quais são as necessidades assistenciais da população do município (considerando aqui a atenção
primária e atenção especializada – ambulatorial e hospitalar)?” o Município respondeu:
• Maior facilidade de acesso a exames e consultas citados na questão 1.2;
• ESF, Protocolos, RH (concurso público frustrado), Fluxos.

126
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

4 REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS)

O município de Campina Grande do Sul está voltado a oferecer uma APS de excelência, altamente resolutiva,
com capacidade de coordenar e ordenar ações e serviços na RAS e vem atuando por meio de educação permanente
e de incentivos financeiros de investimento e custeio. Esse investimento reflete diretamente no cenário da APS,
evidenciando que nos locais onde foi investido em APS foram obtidos melhores resultados sanitários.
A Atenção à Saúde em Rede com diferentes pontos de atenção evidencia um conjunto de desafios constantes,
entre eles: a necessidade de efetiva articulação com todos os serviços de saúde em diferentes níveis de complexidade
para o cuidado integral, qualificado e resolutivo, possibilitando o acesso e a promoção de direitos das pessoas, além
da convivência em seu território.

4.1 LINHAS DE CUIDADO

A Linha de Cuidado31 é pensada para expressar os fluxos assistenciais seguros e garantidos ao usuário, no
sentido de atender às necessidades de saúde. A Linha de Cuidado é diferente dos processos de referência e
contrarreferência, apesar de incluí-los, pois ela não funciona apenas por protocolos estabelecidos, mas também pelo
reconhecimento de que os gestores dos serviços podem pactuar fluxos, reorganizando o processo de trabalho, a fim
de facilitar o acesso do usuário às unidades e aos serviços de que necessitam (FRANCO; FRANCO, 2012).
Em Campina Grande do Sul, a implementação da RAS e o fortalecimento da APS têm sido realizados de forma
integrada e articulada à Atenção Ambulatorial Especializada e Hospitalar, tendo como linhas de cuidado prioritárias:
Saúde da Mulher; Atenção Materno-Infantil, da Criança e do Adolescente; Saúde do Idoso; Atenção às Condições
Crônicas; Atenção à Pessoa com Deficiência; Saúde Mental; e Saúde Bucal.

PLANEJAMENTO REGIONAL INTEGRADO (PRI) E LINHAS DE CUIDADO

Em Relação as Linhas de Cuidado, quando da realização do PRI – Planejamento Regional Integrado, o


Município respondeu a questão:
“1.3.4) Quais são as necessidades em relação à Rede de Atenção à Saúde – Linhas de Cuidado: Gestantes e
crianças; Urgência e Emergência; Hipertensão Arterial e Diabetes; Saúde Mental; Atenção à Saúde do Idoso; Saúde
Bucal?”
• Protocolos/Fluxos;
• Matriciamento;
• Governabilidade
• Educação Continuada;
• Atendimento em grupo visando prevenção e promoção a saúde AB;

31
SESA PR – Plano Estadual de Saúde – 2020/2023

127
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

• Estratificação de risco;
• Alimentação Sistema de Informação;
• Formalização das competências e co-responsabilização pelos fluxos de atendimento dos vazios
assistenciais entre estado e municípios.

4.1.1 LINHA DE CUIDADO À SAÚDE DA MULHER E ATENÇÃO MATERNO-INFANTIL

É uma estratégia do Ministério da Saúde que visa à melhoria da qualidade do pré-natal, e o objetivo de
humanizar e melhorar o atendimento às gestantes e crianças do Município de Campina Grande do Sul, visando à
diminuição das taxas de mortalidade materna e infantil.
A qualificação permanente da atenção ao pré-natal, ao parto e ao puerpério deve ser perseguida na
perspectiva de garantir uma boa condição de saúde tanto para a mulher quanto para o recém-nascido, bem como de
possibilitar à mulher uma experiência de vida gratificante nesse período. Sabe-se, porém, que bons resultados na
atenção materno-infantil dependem também de fatores relativos ao desenvolvimento econômico, social e humano
de cada região, que terminam por conferir maior ou menor suporte às mulheres no momento da reprodução.
O Município com intuito de qualificar a rede materno infantil foi criado o Programa Mãe Campinense,
vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, no Município de Campina Grande do Sul.
O programa tem por objetivo o desenvolvimento de palestras orientativas às gestantes Campinenses, bem
como a entrega de conjunto de provisões para auxiliar as mulheres na adequada realização dos procedimentos que
envolvem o pré-natal, o parto, o puerpério e os cuidados ao recém-nascido, melhorando a regulação de exames
pertinentes ao pré-natal.
O conjunto de provisões será concedido pela Secretaria Municipal de Saúde, após a 34º semana de gestação.
Para participar, as gestantes deverão seguir algumas condições dentro do projeto como:
• Realizar no mínimo sete consultas de pré-natal, sendo duas consultas no primeiro trimestre, duas no
segundo, três no terceiro e uma no puerpério;
• Realizar todos os exames solicitados do primeiro ao terceiro trimestre;
• Um atendimento odontológico na gestação;
• Participar de 01 (um) encontro do “Programa Cuidando da Maternidade”, na AFUC no Hospital Angelina
Caron. Assim terão direito a uma a uma bolsa, Kit Higiene e enxoval para a criança;
• Participar de 01 (uma) reunião de gestante na Unidade de referência;
• Devem ser realizadas as consultas de puericultura mensalmente durante os doze primeiros meses e estar
em dia com a vacinação.
As bolsas serão entregues nas unidades de referência de cada distrito, mensalmente, de acordo com a listagem
previamente elencada pelas referências do programa em cada unidade.

128
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

FIGURA 21 PROGRAMA MÃE CAMPINENSE

ACERVO DO SETOR DE COMUNICAÇÃO

Entre os inúmeros benefícios que o Programa Mãe Campinense poderá proporcionar para as mães e as
crianças estão:
• Estabelecer o vínculo entre o pré-natal e a puericultura;
• Diminuir o índice de morbimortalidade infantil;
• Prevenir doenças evitáveis na infância;
• Aumentar cobertura vacinal;
• Acompanhar o crescimento físico e nutricional;
• Estimular o aleitamento materno exclusivo;
• Identificar precocemente desvios no padrão de crescimento e desenvolvimento infantil e encaminhar
quando necessário.

No cuidado com a mulher firma-se um compromisso com a implementação de ações de saúde no âmbito da AB
que reduzam a morbimortalidade por causas preveníveis e evitáveis, a partir da adoção de boas práticas profissionais,
com enfoque não apenas para a mulher, mas também para a família e a comunidade.
Contempla desde temas como pré-natal, puerpério e aleitamento materno, até planejamento reprodutivo,
climatério e atenção às mulheres em situação de violência doméstica e sexual. Contempla, ainda, a abordagem dos
problemas/queixas e a prevenção dos cânceres que mais acometem a população feminina.

4.1.2 LINHA DE CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Atenção à Saúde da Criança e Adolescente representa uma área prioritária no âmbito dos cuidados à saúde
das populações. Para que se desenvolva de forma adequada, além do conhecimento sobre as características
relacionadas aos indicadores de morbimortalidade, é necessário compreender os aspectos biológicos, demográficos
e socioeconômicos, bem como os demais determinantes sociais no processo de saúde-doença.
Os direitos das crianças e dos adolescentes estão assegurados mundialmente pela convenção dos direitos
humanos e pelos protocolos facultativos reafirmados pelo Brasil na constituição federal (1988) e no Estatuto da
Criança e do Adolescente ECA (Lei nº 8.069/1990), bem como em políticas setoriais do governo referentes à área de
saúde. Esses direitos estão ameaçados em virtude da violência que é difundida em todo o tecido social, causando

129
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

grande impacto na saúde da população, além de altos custos econômicos e sociais para o estado e para as famílias,
com anos potenciais de vida perdidos.
O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento faz parte da avaliação integral à saúde da criança,
propiciando o desenvolvimento de ações de promoção da saúde, de hábitos de vida saudáveis, vacinação, prevenção
de problemas e agravos à saúde e cuidados em tempo oportuno.
O aleitamento materno é a estratégia isolada que mais previne mortes infantis, além de promover a saúde
física, mental e psíquica da criança e da mulher que amamenta. Recomenda-se o aleitamento materno por dois anos
ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses.
Tem sido estimuladas ações de mobilização das equipes de saúde para a identificação do óbito infantil e fetal,
qualificação das informações, investigação e análise de evitabilidade dos óbitos e identificação das medidas
necessárias para a prevenção de novas ocorrências. O Comitê Municipal de Prevenção do Óbito Infantil e Fetal/
Materna vem como uma importante estratégia de melhoria na organização da assistência de saúde para a redução
das mortes preveníveis, bem como a melhoria dos registros sobre a mortalidade.

4.1.2.1 PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA

O Programa Saúde na Escola (PSE), política intersetorial da Saúde e da Educação, foi instituído em 2007. As
políticas de saúde e educação voltadas às crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira se
unem para promover saúde e educação integral.
O Programa Saúde na Escola (PSE) vem contribuir para o fortalecimento de ações na perspectiva do
desenvolvimento integral e proporcionar à comunidade escolar a participação em programas e projetos que articulem
saúde e educação, para o enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de
crianças, adolescentes e jovens brasileiros. Essa iniciativa reconhece e acolhe as ações de integração entre saúde e
educação já existentes e que têm impactado positivamente na qualidade de vida dos educandos.
Na saúde da criança contamos com o programa de puericultura nas UBS e pediatras no Centro de
Especialidades Médicas (CEM), para situações que precisem de acompanhamento com especialista.

TABELA 111 ADESÃO DO MUNICÍPIO AO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA


Status Qtd. Escolas Qtd. de Escolas Qtd. de Qtd. de Qtd. de Qtd. de Aderiu ao Aderiu ao
Adesão Pactuadas Prioritárias Alunos Equipes Creches Alunos em Crescer Nutrisus
Pactuadas Pactuados Pactuadas Pactuadas Creches Saudável
Pactuados
ADERIDO 23 17 4849 12 12 726 NAO NAO
(100%)
E-GESTOR AB - PAINEL DE ADESÕES – PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA – CICLO 2021/2022

4.1.3 ASSISTÊNCIA A SAÚDE DO IDOSO

Coordenada pela APS, centrada na pessoa e fundamentada na promoção e na manutenção da capacidade


funcional dos idosos pela prevenção, pela identificação precoce e pelo manejo da fragilidade multidimensional por

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

equipe multidisciplinar integrada, tendo como processo de trabalho a Avaliação Multidimensional do Idoso e Plano
de Cuidado compartilhado.
Para o rastreio de idosos frágeis no domicílio e estratificação do risco na APS, estão sendo implantados,
respectivamente, os instrumentos VES-13
(MAIA et al., 2012) e Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional 20 (IVCF-20) (MORAES et al., 2016). A Linha de
cuidado vem sendo aprimorada e progressivamente implantada em todo o município.
Por se tratar de mudança de paradigma do cuidado, os resultados dependem de capacitação profissional,
que vem sendo realizada por meio de eventos presenciais.
Em razão da escassez de profissionais de referência para a área do envelhecimento, especialistas estão
sendo incluídos na AAE, gerenciadas pelo Consórcio Metropolitano de Saúde do Paraná.
Devido ao período pandêmico, os programas de assistência ao idoso estão em reestruturação para efetivo
retorno ao longo dos próximos meses. Para que a retomada seja bem estruturada, programas de educação
continuada estão programados com envolvimento do COMESP e equipes das Unidades Básicas de Saúde.

Fratura do fêmur

Acomete principalmente a população de idade mais avançada32. As mulheres sofrem três vezes mais que os
homens. 90% das fraturas são causadas pela queda da própria altura, outra causa é por acidente automobilístico.
• Fatores de Risco: idade avançada, raça branca, osteoporose, história familiar, fumo e uso de álcool, tornam os
ossos mais finos e frágeis.
• Após 50 anos, o risco de fratura dobra a cada década. Após 65 anos de idade, encontramos 90% dos casos.
• Sinais e Sintomas: a pessoa não consegue andar após uma queda, por não conseguir ficar de pé.
• Pode apresentar dor na perna, esta pode estar encurtada e rodada.

Em residentes do Município foram 32 internamentos no período 2017-2020, correspondendo a 37,6 % dos


internamentos, conforme tabela a seguir.

TABELA 112 INTERNAÇÕES POR FRATURA DE FÊMUR EM IDOSOS, 2017-2020


Fratura de fêmur 2017 2018 2019 2020 Total
Total 25 22 18 20 85
Maiores de 60 anos 14 06 05 07 32
% em idosos 56,0% 27,3% 27,8% 35,0% 37,6%
DATASUS/ Lista Morbidades CID-10

32
Disponível em https://www.into.saude.gov.br/lista-dicas-dos-especialistas/190-femur/281-fratura-de-colo-de-femur. Acesso 20out.2021

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

4.1.4 LINHA DE CUIDADO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS

A linha de Cuidado às condições crônicas tem como objetivo o desenvolvimento de ações com foco na
hipertensão arterial, diabetes mellitus, neoplasias e controle do tabagismo, por meio da organização das linhas de
cuidado, visando o atendimento integral do usuário.
Tem como diretriz o Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC), utilizando a estratificação de risco em
diferentes níveis, com intervenções de saúde em cada um deles, desde a promoção da saúde até a gestão das
condições mais complexas.
Seu objetivo é a formulação de políticas que visem à prevenção, diagnóstico que assegurem o tratamento das
doenças crônicas e tabagismo, por meio de diagnóstico, apoio técnico, planejamento, execução e monitoramento das
ações.
Devido ao período pandêmico, as linhas de cuidado às condições crônicas foram duramente afetadas. O
planejamento para retorno das atividades nas Unidades Básicas de Saúde está em andamento, desde agendamento
de consultas e retomada dos programas e ações previstas em cada comorbidade. Além disso, foram revisadas as
medicações necessárias para o eficaz tratamento das condições crônicas juntamente com a equipe da Farmácia
Municipal, tem como base a Relação Municipal de Medicamentos (REMUME). Além disso, está em andamento a
estruturação de equipes multidisciplinares para o atendimento global do indivíduo portador de alguma condição
crônica.

4.1.5 LINHA DE CUIDADO À SAÚDE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

A Linha de Cuidado à Pessoa com Deficiência foi instituída em 2016 por meio da Resolução SESA n° 144/2016
e tem como objetivo promover o cuidado integral à pessoa com deficiência física, auditiva, intelectual, visual, ostomias
ou múltiplas deficiências, temporárias ou permanentes, progressivas ou estáveis, intermitentes ou contínuas.
Estima-se que, entre os tipos de deficiência, a população residente no município apresenta em sua maioria
deficiência visual, seguida por deficiência motora, e esta por deficiência auditiva.
Salientamos que a referência de assistência a essa linha de cuidados ocorre através da rede fornecida pelo Estado,
com o acompanhamento da APS.
Atualmente as consultas são agendadas via COMESP na rede credenciada estadual. Atividades de inclusão
estão em desenvolvimento com vinculação desta população às Unidades Básicas de Saúde, além de
acompanhamento domiciliar em casos que tenham esta demanda.

4.1.6 LINHA DE CUIDADO EM SAÚDE MENTAL

O presente instrumento a partir de uma análise situacional permite a identificação, formulação e priorização
das demandas emergentes, orienta os objetivos, diretrizes e metas a serem adotadas no município de Campina

132
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Grande do Sul/PR, no âmbito da saúde mental. A exposição dos objetivos viabiliza a superação, redução, eliminação e
controle dos problemas identificados.
A secretaria de saúde do município de Campina Grande do Sul/PR tem por missão planejar, executar e gerir
os serviços de saúde em consonância com os princípios do SUS, objetivando excelência nas ações direcionadas.
Em concordância com a Lei Orgânica de Saúde (Lei 8080/90) que apresenta dentre os seus princípios e
diretrizes a universalidade do acesso aos serviços de saúde, a integralidade da assistência e a igualdade da assistência
à saúde, bem como embasado nas legislações de Saúde Mental, lei Federal nº 10.216/01, que em seu teor dispõe
sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais, redireciona o modelo assistencial
consolidando um modelo de atenção à saúde mental aberto e de base comunitária, busca-se a desinstitucionalização
das pessoas em sofrimento psíquico, com ampliação da rede extra-hospitalar e fortalecimento de iniciativas
municipais que propiciem a criação de equipamentos intensivos de substituição aos hospitais psiquiátricos, com
ênfase nas ações de reabilitação psicossocial.
Neste sentido, a atenção primária em saúde (APS) possui lugar estratégico na rede de atenção à saúde, sendo
a principal porta de entrada de todo o sistema de saúde, inclusive no que diz respeito às necessidades de saúde mental
dos usuários.
Diante do exposto a atenção à saúde mental do município de Campina Grande do Sul/PR, procura garantir a livre
circulação das pessoas com transtornos mentais pelos serviços, comunidade e cidade, e oferece cuidados com base
nos recursos que possui.
É regulamentada pela portaria /GM nº 336/02, de 19/02/2002, que dispõe normas e diretrizes para a
organização dos Centros de Atenção Psicossocial – CAPS e Portaria GM/MS nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011 que
institui a rede de atenção psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.
Devido à complexidade do campo da saúde mental, bem como à abrangência dos pontos de atenção, se faz
imprescindível que se tenha clareza das competências para organizar a Rede de Atenção à Saúde Mental e fortalecer
suas ações. É importante também considerar que o objetivo da rede será sempre a articulação entre estes pontos e
a melhoria do acesso aos usuários, buscando promover o cuidado integral.
Pontos da rede de atenção à saúde mental municipal:
• Atenção Primária em Saúde/Estratégia Saúde da Família;
Ambulatório de psiquiatria;
• Centro de Especialidades Médicas (CEM);
• Centro de Atenção Psicossocial (CAPS 1);
• Centro de Referência em Assistência Social (CRAS);
• Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS);
• Atenção Hospitalar psiquiátrico;
• Conselho Tutelar;
• Secretaria de Educação
• Secretaria de Esporte;
• Comunidade;
• Serviço Residencial Terapêutico

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

4.1.6.1 CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – CAPS

De acordo com o protocolo do Centro de Atenção Psicossocial do Ministério da Saúde, os CAPS I são
instituições designadas para o atendimento de pessoas com transtornos mentais, que apresentam intenso sofrimento
psíquico que lhes impossibilita de viver e realizar seus projetos de vida. Tais instituições buscam a integração social e
familiar do usuário, visam à autonomia do mesmo, ofertando-lhes atendimento especializado com equipe
multiprofissional. Seguindo a portaria 336 de 19 de fevereiro de 2002, a constituição dos Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS), se estabelece nas seguintes modalidades: CAPS I entre 20.000 a 70.000 habitantes, CAPS II 70.000
e 200.000 habitantes e CAPS III acima de 200.000 habitantes (BRASIL, 2002).
No município de Campina Grande do Sul/PR, o CAPS I Sandra Paula Dantas foi inaugurado em junho de 2006,
conforme lei municipal 12/2006. Atualmente está localizado na Rua Jorge Bonn Filho, nº 70, bairro Jardim Paulista e
tem como objetivo geral, prestar atendimento multiprofissional à população com transtornos mentais graves e
persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas, que ocasionam elevado grau de
desabilitação, ou perda da capacidade operativa. Objetiva-se a integração dos usuários a um ambiente social e cultural
e estimulam-se suas iniciativas de autonomia nas diversas esferas: trabalho, lazer, familiar, comunidade e no exercício
dos direitos civis.

Modalidades de Atendimento (Regimes) em Centro de Atenção Psicossocial:


Atendimento Intensivo: trata-se de atendimento diário oferecido quando a pessoa se encontra com grave
sofrimento psíquico, em situação de crise ou dificuldades intensas no convívio social e familiar.
Atendimento Semi-intensivo: essa modalidade é oferecida quando o sofrimento e desestruturação psíquica
da pessoa diminuíram, melhorando as possibilidades de relacionamento.
Atendimento Não-Intensivo: oferecido quando a pessoa não necessita de suporte continuo da equipe para
viver no seu território e realizar suas atividades na família ou no trabalho, podendo ser atendido 03 vezes ao mês.
Os atendimentos incluem atividades desenvolvidas no CAPS e atividades externas conforme indicações no
projeto terapêutico singular (PTS).
As atividades desenvolvidas no CAPS I correspondem respectivamente:
• Acolhimento e avaliações: Primeira atividade realizada com o indivíduo quando encaminhado ao serviço.
Neste acolhimento é realizada uma entrevista com os profissionais da equipe multiprofissional para avaliar se
há critérios para o mesmo ser inserido no serviço do CAPS I. Após esta entrevista, podem ser agendadas as
próximas avaliações ou o encaminhamento para o serviço mais adequado para o caso. As avaliações
individuais são realizadas com cada usuário para melhor conhecimento dos casos que iniciarão nos grupos
para o tratamento e realização do projeto terapêutico singular (PTS).
• Projeto Terapêutico Singular: PTS é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, resultado
da discussão coletiva da equipe interdisciplinar do usuário e familiar, levando em conta qual o desejo deste
quanto ao tratamento no CAPS I e seu projeto de vida. O PTS é realizado com o usuário inserido no tratamento,
equipe e familia.
• Acolhimento dos grupos: realizado diariamente pelos membros da equipe. O grupo aborda as rotinas diárias,
incluindo as atividades realizadas aos finais de semana, estimulando atividades cotidianas, externas, físicas,
convívio familiar e atividades recreativas entre outros.

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

• Acompanhamento individual: usuários são atendidos de acordo com sua necessidade por profissional da
equipe multiprofissional.
• Atendimento a família: tem por objetivo integrar a família ao tratamento. Prestar informações e
esclarecimentos sobre o transtorno mental, buscar a facilitação da convivência com o usuário e suas
limitações, estimular a troca de experiências entre famílias que compartilham um problema comum, estimular
a autonomia na busca de recursos e soluções junto à comunidade. Os atendimentos familiares poderão ser
realizados de forma individual ou em grupo – encontros/reuniões, visitas domiciliares.
• Encaminhamento para consultas médicas regulares: considerando a necessidade do usuário.
• Grupos e oficinas terapêuticas: realiza-se a proposta de vários temas que viabilizem a expressão de emoções
com objetivo de compreender e amenizar os sintomas apresentados bem como almejar novos objetivos para
a vida, como por exemplo, trabalhos socioeducativos, rodas de conversa, pesquisas bibliográficas, dinâmicas,
contos, parábolas, filmes, músicas, estimulando o contato interpessoal, a ampliação da rede social, a fim de
favorecer suporte, socialização e a reinserção social. As oficinas terapêuticas objetivam o desenvolvimento das
habilidades motoras, cognitivas, superação das dificuldades, manutenção do bem-estar mental, estimula a
criatividade, a iniciativa, relacionamento interpessoal e trocas de experiência.
• Ações de Reabilitação psicossocial: ações de fortalecimento de usuários e familiares, mediante a criação e
desenvolvimento de iniciativas preferencialmente intersetoriais e em articulação com os recursos do território
nos campos do trabalho/economia solidária, habitação, educação, cultura, direitos humanos, que garantam
o exercício de direitos de cidadania, visando à produção de novas possibilidades para projetos de vida.
• Práticas expressivas e comunicativas: Viabiliza o autoconhecimento, a expressão dos sentimentos, emoções,
trabalha a identificação com o outro. (Pinturas máscaras, argila, teatro, dança, ginástica, música).
• Práticas corporais: busca trabalhar os benefícios de relação do sujeito com o seu meio, oportuniza a
manutenção e ou recuperação do movimento normal de membros e articulações desenvolvendo melhor
mobilidade articular, agilidade, assim como auxilia no processo de restabelecimento ou construção da
corporeidade nos usuários.
• Atenção em situação de crise: ações desenvolvidas para manejo das situações de crise, entendidas como
momentos do processo de acompanhamento dos usuários, nos quais conflitos relacionais com familiares,
contextos, ambiência e vivências, que geram intenso sofrimento e desorganização. Esta ação exige
disponibilidade de escuta atenta para compreender e mediar os possíveis conflitos, podendo ser realizada no
ambiente do próprio serviço, no domicílio ou em outros espaços do território que façam sentido ao usuário e
sua família, favorecendo a construção e a preservação de vínculos (não considerar as emergências
psiquiátricas).
• Ações de reduções de danos: conjunto de práticas e ações do campo da saúde e dos direitos humanos
realizadas de maneira articulada inter e intrasetorialmente, que buscam minimizar danos de natureza
biopsicossocial decorrentes do uso de substâncias psicoativas, ampliam cuidados e acesso aos diversos pontos
de atenção, incluídos aqueles que não têm relação com o sistema de saúde. Voltadas, sobretudo à busca ativa
e ao cuidado de pessoas com dificuldade para acessar serviços, em situação de alta vulnerabilidade ou risco,
mesmo que não se proponham a reduzir ou deixar o uso de substâncias psicoativas.
• Contatos intersetoriais: estratégias que promovam a articulação com outros pontos de atenção da rede de
saúde, educação, justiça, assistência social, direitos humanos e outros, assim como os recursos comunitários
presentes no território.

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

• Encaminhamentos: para os pontos da rede de atenção psicossocial, e para atividades desenvolvidas na


comunidade;
• Visitas domiciliares: conhecimento do cotidiano do usuário, busca-ativa, interação usuário/família, uso do
medicamento, rede social, orientação de atividades da vida diária, contato familiar.
• Passeios estruturados: Estimula o convívio social, promovendo a socialização em ambiente externo, a
integração entre usuários, bem como, a confraternização, comunicação e a autoestima, incentiva o
conhecimento de outras culturas, valores e o trabalho em equipe.
• Preparação para alta: desde o acolhimento o usuário e familiares são orientados quanto à preparação para
alta, após estabilização do quadro os usuários são encaminhados para continuidade do tratamento na
Unidade Básica de Saude - UBS de referência.
• Busca ativa: com objetivo de identificar os motivos de não adesão ao tratamento, propor ações para
reinserção destes usuários no tratamento, assim como oferecer aos profissionais de saúde a compreensão
das causas de deserção dos seus pacientes, possibilitando pensar futuras ações para a melhoria dos serviços
prestados.
• Reuniões de equipe: realizadas semanalmente reuniões administrativas e com a equipe técnica para
discussões e avaliações dos casos dos usuários em tratamento no CAPS.
• Regulação do acesso aos leitos psiquiátricos para atenção integral: Inserção dos dados do usuário e
alimentação de informações no sistema de regulação de leitos realizados diariamente e encaminhamentos do
usuário para atenção integral em hospital psiquiátrico, quando confirmada a reserva (vaga) pela Central de
Regulação de Leitos do Estado.
• Matriciamento de equipe de atenção básica: apoio às equipes de atenção básica para a oferta de suporte
técnico à condução do cuidado em saúde mental através de discussões de casos e do processo de trabalho,
atendimento compartilhado, ações intersetoriais no território que contribua no processo de cogestão e
corresponsabilização no agenciamento do projeto terapêutico singular.
• Acompanhamento e apoio de serviço residencial terapêutico (SRT): suporte às equipes com a
corresponsabilização nos projetos terapêuticos dos moradores, que promova a articulação entre as redes e os
pontos de atenção com o foco no cuidado e desenvolvimento de ações intersetoriais, e vise à produção de
autonomia e reinserção social.
• Atendimentos e encaminhamentos de gestantes: toda gestante que apresenta transtornos mentais graves ou
estiver em uso de substâncias psicoativas (SPA) é encaminhada para acompanhamento em serviços de
gestação de Alto Risco.
• Atendimento de adolescentes: maiores de 12 anos é realizado o acolhimento com equipe multiprofissional e
após estratificação de risco, apresentando médio e/ou alto risco, é inserido no tratamento em CAPS,
apresentando baixo risco é encaminhado para atendimento psicológico no Centro de Especialidades Médicas.
• Atendimento de crianças: O município não dispõe de equipe se saude mental especializada nos atendimentos
infantis. Sugestiona-se a contratação de equipe especializada para a realização dos atendimentos desta
demanda.
• Atendimentos em casos de tentativas de suicídio: O usuário deve ser encaminhado ao Pronto Atendimento
ou hospital geral de referência do município para avaliação e conduta. Deve-se preencher a ficha de
notificação SINAN de autoagressão e após o quadro estabilizado encaminha-se o usuário para
acompanhamento no CAPS I.

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

• Hospital Psiquiátrico de Atenção Integral é responsável pelo atendimento dos usuários em situação de risco.
A duração do internamento será de curto prazo como determina o Ministério da Saúde. Ao receber alta da
internação os indivíduos deverão seguir tratamento em seu território.
• As vagas para atenção Integral só podem ser solicitadas através da Central de Regulação Estadual (on-line),
responsável pela regulação de vaga conforme disponibilidade de leitos nos hospitais psiquiátricos. As
solicitações para internamento (referência) só podem ser realizadas pelo profissional médico. Vale ressaltar
que os hospitais psiquiátricos não recebem pacientes diretamente sem liberação da regulação do Estado.

Fluxo de acesso e encaminhamentos para atendimento ambulatorial em saúde mental


Considerando a APS como porta de entrada para a saúde o atendimento aos usuários portadores de transtorno
mental deverá seguir o seguinte fluxo:
• Os usuários passam pela triagem na APS do seu território. O médico após avaliação do usuário, não
observando demanda dentro dos critérios para encaminhamento para o serviço de maior complexidade, faz
o acompanhamento por um período de 30 dias para verificar a evolução do quadro. Após o periodo, se não
houver melhora significativa realiza-se os encaminhamentos para os serviços de maior complexidade –
ambulatório de psiquiatria, CEM (psicologia) ou CAPS.
• No caso de dúvidas quanto à medicação a ser administrada, os médicos das APS poderão contatar com o
médico psiquiatra do município.
• Mantendo o quadro estabilizado o usuário continuará o atendimento na própria APS de seu território;

Fluxo de Acesso e encaminhamentos ao CAPS I

Os encaminhamentos ao CAPS I são oriundos de qualquer setor da saúde, através da guia de referência/contra
referência ou pelos demais equipamentos socio assitenciais. Na APS, para conhecimento e melhor encaminhamento
do usuário é necessário que se realize avaliação por um profissional médico para verificar a gravidade do transtorno
(leve, moderado ou grave) com a aplicação da estratificação de risco. Os casos encaminhados ao CAPS I devem ser os
que, de acordo com a estratificação de risco (médio e alto) apresentar sinais e sintomas definidos como graves e
persistentes que consequentemente exigem que a atenção em saúde ocorra em nível secundário ou terciário.
Os atendimentos em CAPS I também podem ocorrer por demanda espontânea, ou seja, mesmo sem
referência/contra referência a equipe realiza o acolhimento, contudo, é imprescindível que a APS avalie e conheça
dentro do seu território as pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso
de álcool e outras drogas.
Após o acolhimento e avaliação do usuário pela equipe multiprofissional e estratificação de risco, identificado às
necessidades do usuário, o mesmo é incluído nos regimes de tratamento, sendo realizado na sequência o projeto
terapêutico singular (PTS). Quando não identificado critérios para a inclusão em regime de tratamento no CAPS é
realizado o encaminhamento a outros setores da rede conforme a demanda apresentada pelo mesmo.

OBSERVAÇÃO: Quando o usuário que faz acompanhamento no ambulatório de psiquiatria, CAPS ou CEM
receber alta, por apresentar o quadro estabilizado, este será encaminhado para a APS. Deverá ser preenchida e
encaminhada a referência/contrarreferência para ciência da equipe da APS de referência do usuário, dados de
evolução do quadro, medicação em uso e informações gerais para continuidade de acompanhamento.

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

4.1.6.2 GESTÃO DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE

Buscando garantir a melhoria do cuidado ofertado em saude mental no municipio, prevê-se a necessidade de
implantação da educação permanente em saúde, identificando demandas e os grupos que necessitam de
capacitações e atualizações. A ideia central é de que se busque a qualificação dos profissionais e a produção de
conhecimento para a melhoria constante da atenção à saúde mental.
O objetivo é proporcionar cursos específicos por categoria através de pesquisa junto aos servidores e chefias,
dos assuntos considerados relevantes, buscando valorizar e desenvolver suas capacidades, respeitando critérios de
gerenciamento (Estatuto do Servidor) definidos pelo município em conjunto com a secretaria de saúde a fim de que
ocorra a gestão dos recursos financeiros para a qualificação do profissional da saúde dentro das necessidades
identificadas. Aliado a isto, se faz necessário buscar parcerias no sentido de viabilizar uma política continuada de
capacitação.

4.1.6.3 REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – DADOS DE ATENDIMENTOS

TABELA 113 ATENDIMENTO MULTIPROFISSIONAL CAPS, 2020


Profissional N
Atendimento de enfermagem (Enfermeiro e técnico de enfermagem 1909
Atendimento de psicologia 1422
Atendimento de serviço social 1214
Atendimento de terapia ocupacional 646
Total 5.191
ARQUIVO CAPS (2020)

TABELA 114 ATENDIMENTO PSICOLÓGICO AMBULATORIAL EM CENTRO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS – CEM, 2020
Profissional N
Psicologia 372
ARQUIVOS CEM (2020)

TABELA 115 ATENDIMENTO PSIQUIÁTRICO AMBULATORIAL, 2020


Profissional N
Psiquiatria ambulatorial 1536

4.1.6.4 CONCLUSÃO ANÁLISE SITUACIONAL REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

Seguindo a lógica de cuidado, o município de Campina Grande do Sul/PR procura cumprir da melhor forma as
legislações concernentes à saúde mental. Busca-se ofertar a população um atendimento em saúde mental priorizando

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

pela qualidade desses atendimentos, almejando não apenas um trabalho curativo, mas também o de prevenção.
Alguns aspectos da realidade do município dificultam a realização total dessas metas, tais dificuldades são relacionadas
a seguir:
• Matriciamento: o Matriciamento é pautado em diversas reuniões administrativas sendo de imprescindível
importância para progressos na saúde mental do município. Embora existam programações e tentativas para
realização do matriciamento, as atividades na prática concernentes a este se tornam inviáveis em virtude dos
recursos humanos reduzidos. Seguindo orientações da portaria 336 de 19 de fevereiro de 2002, o quadro de
profissionais do CAPS encontra-se incompleto com necessidade de contratação de (1) profissional médico com
formação em saúde mental, (1) técnico de enfermagem, um (01) profissional artesão, para o desenvolvimento
das atividades de oficina terapêutica e (1) técnico educacional.
• Buscando garantir o desenvolvimento de ações em saúde mental, o municipio requer a contratação de um
profissional com especialização para realizar a coordenação municipal em saúde mental, visando a melhoria
dos atendimentos ofertados à população, principalmente no âmbito da prevenção e promoção de saúde
mental, atuando em parceria com o CAPS, unidades de saúde, demais secretarias e equipamentos socio
assitenciais do município.
• Dentro da lógica de expansão dos atendimentos ambulatoriais em saude mental, ofertados pelo municipio,
sugestiona-se a contratação de mais 1 médico psiquiatra e 1 psicológo.

4.1.7 LINHA DE CUIDADO À SAÚDE BUCAL

4.1.7.1 CAPACIDADE INSTALADA E RECURSOS HUMANOS O conceito da rede de cuidado em saúde bucal é
orientado a partir de conceitos de saúde coletiva e estratégias de planejamento multiprofissional para a modificação
do modelo de assistência (antigo e ineficaz) para um novo modelo de atenção (moderno e eficiente) em saúde bucal.
Desta forma, o envolvimento multiprofissional com as áreas de enfermagem, medicina, agentes comunitários
de saúde, assistência farmacêutica, fisioterapia, saúde mental etc., e também, a articulação multissetorial entre os
setores administrativos não só da Secretaria municipal de saúde, mas também, com outras secretarias municipais
podem determinar este novo modelo de atenção em saúde aos usuários do SUS em Campina Grande do Sul.
Dados populacionais: População estimada em 2021: 43.685.

• Nº de Unidades de saúde com equipamentos odontológicos: 10


• Nº de ESB/SF (equipes de saúde bucal na ESF): 05
• Nº de equipes tradicionais-20 (com cirurgião-dentista com carga horária de 20h semanais de trabalho): 06
• Nº de equipes tradicionais-40 (com cirurgião-dentista com carga horária de 40h semanais de trabalho): 01
• Nº de ASB (auxiliares de saúde bucal): 09
• Estagiárias em saúde bucal: 04
• Coordenador de saúde bucal (Portaria nº 168/2017)
Considerando que o maior desafio é fazer com que as ações em saúde bucal sejam um direito de todo cidadão,
independentemente da idade, escolaridade ou classe social, otimizar as ações de atenção (promoção, prevenção e

139
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

recuperação em saúde bucal) tornam-se prioridade, além, por óbvio, da permanente preocupação em aumentar a
oferta de consultas e serviços para a população.
Considerando a capacidade instalada para o atendimento que reflete diretamente a oferta de consultas à
população, e ainda, considerando a necessidade de absorver as demandas diárias de saúde bucal da comunidade,
incluindo também nas rotinas das ESB o conceito de prevenção dos agravos das doenças bucais, emerge um grande
desafio que é encontrar um equilíbrio entre a demanda espontânea dos usuários que buscam atendimento e a
demanda programada onde são incluídos e priorizados grupos como hipertensos, diabéticos, idosos, gestantes,
pacientes em risco social e/ou biológico etc. Em Campina Grande do Sul, através do diálogo entre usuários do SUS,
trabalhadores e gestores, busca-se permanentemente o aprimoramento da relação dicotômica da demanda
espontânea e programada nas unidades e saúdo do município.
Atualmente, além do atendimento ambulatorial realizado nas unidades de saúde onde são realizados
procedimentos como restaurações, raspagens, exodontias (extrações dentárias), profilaxias, radiografias, controle da
dor, diagnóstico de lesões entre outros, são desenvolvidas ainda diversas atividades no que se referem à atenção
integral em saúde bucal, tais como:
1. Atividades coletivas de bochechos fluoretados nas escolas municipais (suspensas temporariamente
devido à Pandemia de Covid-19);
2. Atendimento de pacientes com deficiência com encaminhamento para os hospitais de referência;
3. Referenciamento para a atenção de média complexidade na especialidade de próteses dentárias através
do Laboratório Regional de Próteses Dentárias (LRPD) implantado no município;
4. Participação da equipe de saúde bucal no Programa Saúde na Escola (PSE);
5. Foco no atendimento para o diagnóstico preventivo do câncer de boca;
6. Referenciamento para exames de imagem pertinentes à saúde bucal através de credenciamento próprio
no município.

4.1.7.2 BOCHECHOS FLUORETADOS

As atividades de bochecho fluoretado são realizadas de forma constante (semanalmente) nas escolas de
ensino fundamental do município, com o apoio institucional da Secretaria Municipal de Educação e sob a supervisão
da coordenação municipal de saúde bucal com suporte técnico dos cirurgiões-dentistas da rede municipal.
Compreendendo que o flúor pode ser um aliado importante na prevenção da doença cárie, a manutenção do
programa de bochechos fluoretados é realizada de forma sistematizada, através da diluição de saches de flúor em
água, obedecendo ao fluxograma abaixo.

140
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

FIGURA 22 FLUXOGRAMA – BOCHECHO FLUORETADO

4.1.7.3 PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Os pacientes com deficiência ou com necessidades especiais são compreendidos no conjunto de suas reais
dificuldades e necessidades particulares e, assim sendo, em conjunto com a APAE e demais centros de referência para
atendimento a estes pacientes, procura-se realizar a atenção em saúde bucal de forma direcionada através de dois
fluxos diferentes. São eles:
Ambulatorial – atendimento nas Unidades de Saúde municipais e Unidades Estaduais (CRAID)
Hospitalar – atendimento nas Unidade Estaduais hospitalares de referência (CAIF e CHR)

4.1.7.4 PRÓTESES DENTÁRIAS

O município viabiliza a realização de próteses dentárias para recuperação das funções mastigatórias e
estéticas, levando em consideração a manutenção e recuperação da dignidade e a autoestima da população, através
do Laboratório Regional de Próteses Dentárias (LRPD) implantado no município. Esta ação é duplamente financiada
através de credenciamento federal pelo Ministério da Saúde e também pelo próprio município.

4.1.7.5 DIAGNÓSTICO DE LESÕES DE BOCA

Em Campina Grande do Sul, as Unidades de Saúde/ESB estão integradas ao NUTES, Núcleo Universitário de
Telessaúde da Universidade Federal do Paraná que, através do Programa Telessaúde Brasil Redes, desenvolve uma
ação nacional que busca melhorar a qualidade do atendimento e da atenção básica no Sistema Único da Saúde (SUS),
integrando ensino e serviço por meio de ferramentas de tecnologias da informação, que oferecem condições para
promover a Teleassistência e a Teleducação.

141
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

As imagens de lesões suspeitas podem ser enviadas pela plataforma virtual do Nutes, diretamente das
Unidades de Saúde para a referência em diagnóstico da UFPR, com o objetivo de auxílio no diagnóstico e rapidez para
o tratamento de lesões de boca.

FIGURA 23 FLUOXOGRAMA – DIAGNÓSTICO DE LESÕES DA BOCA

O Brasil Sorridente - Política Nacional de Saúde Bucal – é o programa que visa desenvolver ações de promoção,
prevenção e recuperação da saúde bucal através de uma série de ações para ampliação do acesso ao tratamento
odontológico no Sistema Único de Saúde (SUS).
Em junho de 2021, o município de Campina Grande do Sul apresenta a cobertura populacional estimada de
equipes de saúde bucal em 70,39%.

4.1.7.6 DADOS E INDICADORES EM SAÚDE BUCAL

TABELA 116 SAÚDE BUCAL – DADOS E INDICADORES, 2019-2020


Dados e Indicadores 2019 2020
Procedimentos realizados (total) 19316 7259
Cobertura de primeira consulta odontológica programática 4167 1956
Tratamentos concluídos 866 179
Atendimentos de urgência odontológica 1166 2288
Exodontias (total) 1713 1056
• Decíduos 447 201
• Permanentes 1266 855
Número de próteses realizadas (parciais /totais) ** 133
Atendimentos odontológicos gestantes 59* 80*
SISTEMA FAST MEDIC/ 2021 * Dados conforme informação sistema FAST MEDIC ** Implantação e adequação do laboratório regional de prótese dentária no final do ano de 2019.
OBS: para fins de monitoramento e transparência vale ressaltar que os registros das informações que integram os valores dos indicadores para o ano de 2021 foram alinhados e
restabelecidos através de sensibilização e treinamento das equipes de saúde. Desta forma, será observado um incremento positivo dos valores dos indicadores considerando a
qualificação do registro dos dados no sistema de informação utilizado pelas equipes de saúde.

142
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

4.2 REDE DE ATENÇÃO AS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) que será implantado no município tem o objetivo de
chegar rapidamente às pessoas que sofrem algum tipo de agravo à saúde e com isso possa levar a sofrimento, sequelas
ou mesmo à morte, visa garantir o atendimento, estabilização e transporte de forma adequada e segura até o destino
competente.
O município fará parte da microrregião nordeste e contará com uma ambulância de suporte básico (USB),
composta por um socorrista e um técnico de enfermagem, sua localização ficará localizada numa base descentralizada
no bairro Centro. Esse serviço conta com a viabilização do Consórcio Metropolitano de Saúde do Paraná (COMESP).
Contará também com o apoio de uma unidade de suporte avançado (USA), composta por um médico, um enfermeiro
e um socorrista, que ficará no município de Colombo e poderá ser acionada pela central de regulação de urgências
situada no município de Curitiba.
Para receber as urgências e emergências trazidas pelo SAMU ou por meio de procura direta dos munícipes,
será construído e/ou ampliado um espaço para a implantação Pronto Atendimento 24 horas, que contará com Sala
de Estabilização (SE), enfermarias, sala de medicação, médicos e equipe de enfermagem 24 horas por dia, sete dias na
semana. Os recursos para implantação do SAMU serão custeados pela união e o Município, referente ao pronto
atendimento 24 horas, esse será custeada com recursos próprios.

4.3 FLUXOS DE ACESSO

Os fluxos de acesso33 significam o caminho e distância percorridos pelos usuários, constituindo os fluxos
assistenciais, mediante a apuração de residência e ocorrência de eventos. Assim serão apresentados de maneira
gráfica e descritiva os principais pontos de localização e dos serviços assistenciais do Município.

Localização das Unidades de Assistência à Saúde:

As Unidades de Saúde e a Rede Hospitalar no Município de Campina Grande do Sul tem acesso fácil para
moradores da área urbana, facilidade de acesso através de linhas de ônibus. As unidades da área urbana possuem
acesso por ônibus, veículos próprios até mesmo a pé.
As unidades de Saúde da área rural possuem acesso fácil aos povoados do Paiol, Barragem, Jaguatirica e
Ribeirão, as demais os acessos são difíceis, necessitando de veículos automotivos, pois a distância é grande.
O Município de Campina Grande do Sul, possuí mais de 90 km de BR, que faz divisa com Estado de São Paulo,
devido a toda extensão territorial, muitos povoados não têm facilidade, ao acesso à rede assistência à saúde. A rede
de assistência à saúde possuí “linhão da saúde” (micro-ônibus), que faz o transporte de pacientes para acesso à rede
municipal.
O Município dispõe de central de remoções em que também os pacientes são deslocados para atendimentos
a saúde no município e fora do município.

33
Manual de Planejamento do SUS

143
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

FIGURA 24 LOCALIZAÇÃO DAS UNIDADES DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE.

FONTE: GOOGLE.

As Unidades de Saúde e a Rede Hospitalar no Município de Campina Grande do Sul tem acesso fácil para
moradores da área urbana, facilidade de acesso através de linhas de ônibus. As unidades da área urbana possuem
acesso por ônibus, veículos próprios até mesmo a pé.
As unidades de Saúde da área rural possuem acesso fácil aos povoados do Paiol, Barragem, Jaguatirica e
Ribeirão, as demais os acessos são difíceis, necessitando de veículos automotivos, pois a distância é grande.
O Município de Campina Grande do Sul, possuí mais de 90 km de BR, que faz divisa com Estado de São Paulo,
devido a toda extensão territorial, muitos povoados não têm facilidade, ao acesso à rede assistência à saúde.
A rede de assistência à saúde possuí “linhão da saúde” (micro-ônibus), que faz o transporte de pacientes para
acesso à rede municipal. O Município dispõe de central de remoções em que também são deslocados pacientes para
atendimentos a saúde no município e fora do município.

FIGURA 25 O MUNICÍPIO NO CONTEXTO DOS CENTROS DE REFERÊNCIA E PRESTADORES

GOOGLE

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

5 GESTÃO EM SAÚDE

5.1 INTEGRAÇÃO DA ATENÇÃO E VIGILÂNCIA EM SAÚDE

A Nova Política Nacional de Atenção Básica, através da Portaria que Nº 2.436, de 21 de setembro de
201734 a define, estabelece em seu Art. 5º que A integração entre a Vigilância em Saúde e Atenção Básica é
condição essencial para o alcance de resultados que atendam às necessidades de saúde da população, na ótica
da integralidade da atenção à saúde e visa estabelecer processos de trabalho que considerem os determinantes,
os riscos e danos à saúde, na perspectiva da Intra e intersetorialidade.
Ainda, a Portaria complementa, quando trata da territorialização, que além dessa articulação de
olhares para a compreensão do território sob a responsabilidade das equipes que atuam na AB, a integração
entre as ações de Atenção Básica e Vigilância em Saúde deve ser concreta, de modo que se recomenda a adoção
de um território único para ambas as equipes, em que o Agente de Combate às Endemias trabalhe em conjunto
com o Agente Comunitário de Saúde e os demais membros da equipe multiprofissional de AB na identificação
das necessidades de saúde da população e no planejamento das intervenções clínicas e sanitárias.
Para tanto é fundamental a integração do trabalho entre Atenção Básica e Vigilância em Saúde, que é
um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise e disseminação de dados sobre eventos
relacionados à saúde, visando ao planejamento e a implementação de medidas de saúde pública para a
proteção da saúde da população, a prevenção e controle de riscos, agravos e doenças, bem como para a
promoção da saúde.
As ações de Vigilância em Saúde estão inseridas nas atribuições de todos os profissionais da Atenção
Básica e envolvem práticas e processos de trabalho voltados para:
a) vigilância da situação de saúde da população, com análises que subsidiem o planejamento,
estabelecimento de prioridades e estratégias, monitoramento e avaliação das ações de saúde
pública;
b) detecção oportuna e adoção de medidas adequadas para a resposta de saúde pública;
c) vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis; e
d) vigilância das violências, das doenças crônicas não transmissíveis e acidentes.

A AB e a Vigilância em Saúde deverão desenvolver ações integradas visando à promoção da saúde e


prevenção de doenças nos territórios sob sua responsabilidade. Todos profissionais de saúde deverão realizar a
notificação compulsória e conduzir a investigação dos casos suspeitos ou confirmados de doenças, agravos e
outros eventos de relevância para a saúde pública, conforme protocolos e normas vigentes. Dessa maneira
compete à gestão municipal reorganizar o território, e os processos de trabalho de acordo com a realidade local.
A integração das ações de Vigilância em Saúde com Atenção Básica, pressupõe a reorganização dos
processos de trabalho da equipe, a integração das bases territoriais (território único), preferencialmente e

34
Disponível em https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/19308123/do1-2017-09-22-portaria-n-2-436-
de-21-de-setembro-de-2017-19308031 Acesso 21 set. 2021

145
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

rediscutir as ações e atividades dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias, com
definição de papéis e responsabilidades.
Segundo a SESA PR35, A relação de parceria entre VS e APS está presente:
a) no monitoramento e no controle de vetores, na investigação de óbitos,
b) na coleta de dados de fichas de doenças e agravos de notificação compulsória,
c) em ações estratégicas como Programa Nacional de Imunização;
d) Atenção à Mulher e Materno-Infantil;
e) Prevenção da Dengue,
f) do Controle da Tuberculose, da Sífilis,
g) das Hepatites e da Hanseníase;
h) e articulações intersetoriais nas quais a integração é obrigatória para a efetividade das ações.

A integração entre as ações da Atenção e Vigilância em Saúde por meio da compatibilização dos
territórios de atuação para a identificação conjunta dos condicionantes e determinantes da saúde da população
sob a lógica da RAS, contemplando as especificidades de cada região, é um dos pilares para promover ações
sinérgicas e sustentáveis para alcançar a integralidade do cuidado.
É possível promover a articulação da VS e AB36, respeitando as particularidades de cada esfera de atuação e
considerando a AB como agente de vigilância no território em que atua, sendo capaz de identificar riscos aos quais a
comunidade está exposta, com acionamento correto dos setores da vigilância, em uma perspectiva de corresponsabilidade
para solucionarem os problemas, garantindo à população o cuidado integral à saúde.
Alcançar a integração das ações de VS e AB37 ainda se constitui como um desafio para consolidação delas, visto que é
necessário um conjunto articulado de ações que estejam em sintonia utilizando ferramentas de planejamento, programação,
monitoramento e avaliação de forma sistemática e com atuação do controle social nos processos decisórios, na organização
do processo de trabalho bem como na formação e educação permanente em saúde como forma de articular o conhecimento
tecno-científico com as dimensões do cotidiano, foco e a integração do território como base para subsidiar as análises de
situação de saúde e a promoção da saúde como uma ação transversal.
Exemplo recente dessas ações, foi a articulação dos setores frente à pandemia. Com a vacinação em massa da
população, em que foi necessário a previsão de recursos humanos e realocação dos mesmos, a AB e VISA trabalharam
de forma integrada nas ações.
Assim como há integração dos setores nas campanhas de vacinas, treinamentos das questões epidemiológicas,
ações do dia D da dengue, nas estratégicas das notificações compulsórias.

5.1 REGULAÇÃO, AUDITORIA, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

A Regulação em Saúde é compreendida como instrumento de gestão essencial para garantia da assistência
qualificada e resolutiva e abrange ações de regulamentação, contratualização, regulação do acesso, controle, auditoria

35
Plano Estadual de Saúde do Paraná, 2020-2023.
36
Disponível em https://www.scielo.br/j/sausoc/a/6gPNDDTBZjzw6GDQ3DJHsRr/?lang=pt Acesso 4 out. 2021
37
Disponível em https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/29836/1/Artigo%20Liliana%20Santos.%202018.pdf Acesso em 4 out. 2021

146
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

e avaliação sobre a produção de serviços em saúde. Entre as principais funções da gestão da regulação salienta-se o
papel de indutor da política de regulação com elaboração de atos normativos, organização e coordenação de fluxos
de acesso, considerando as referências e as contrarreferências, o estabelecimento de protocolos operacionais de
acesso e a programação das ações e serviços. A regulação do acesso dos usuários aos diferentes pontos do SUS é um
instrumento de gestão essencial para a garantia de assistência qualificada e resolutiva a ser disponibilizada para toda
população. Essa atividade cumpre papel preponderante na organização da rede de assistência, visando à eficiência e
à eficácia do cuidado, desde a determinação do diagnóstico correto até o tratamento do quadro clínico, em tempo
oportuno, contribuindo para a racionalização do fluxo assistencial e garantindo a qualificação do processo assistencial
com economia de escala e otimização da capacidade instalada.
O complexo regulador macrorregional do Paraná será organizado em quatro macrorregiões – cada central
macrorregional mantida no município-sede de macro e uma central estadual, situada em Curitiba, com ascendência
sobre as centrais macrorregionais. Na nova configuração, haverá integração de processos de trabalho entre a
Regulação de Urgência e de Leitos Especializados, a fim de garantir a linearidade de cada atendimento. Uma
ferramenta de regulação do acesso assistencial é o Sistema Estadual de Regulação Care Paraná (Central de Acesso à
Regulação do Paraná). Implantado desde 2012 e atualizado em 2019, o sistema proporciona as seguintes formas de
Regulação: Urgência e Emergência e Unidades de Suporte Avançado e de Suporte Básico de Vida; controle de
internações hospitalares; agendamentos de consultas e procedimentos especializados; cirurgias eletivas; liberação de
AIH; e Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade (APAC) da rede prestadora de serviços públicos e privados
contratados pelo SUS no estado do Paraná.
Outra ferramenta de regulação de acesso assistencial é o Sistema de Gestão em Saúde FASTMEDIC,
implantado desde 2018, o sistema proporciona as seguintes formas de regulação: gerenciamento das filas de espera
para consultas e exames especializados, de forma eletiva, com a possibilidade de priorizações pelo profissional médico,
nos casos de urgências Após essa regulação da fila de espera, realizamos os possíveis agendamentos através da
regulação do Estado, para atendimentos ambulatorial e hospitalares e através dos serviços privados credenciados
junto ao Município para o atendimento ambulatorial, além dos serviços próprios ofertados pelo Município.
Nosso Município, juntamente ao Estado através da SESA está continuadamente aprimorando a gestão da
regulação com novos recursos no Sistema Municipal de Regulação e cada vez mais aplicando regras da gestão no
sentido de efetivamente obter a totalidade de consultas, exames e procedimentos ordenados por meio desse sistema.
A auditoria em Saúde No Município, atualmente não é regulamentada, contamos com um decreto municipal que
compõe a comissão de avaliação, estamos atualmente nos capacitando para darmos início a auditoria, o
monitoramento e a avaliação, no próximo quadriênio, trazendo como um dos objetivos deste Plano Municipal,
A auditoria no SUS realizada pela SESA, no que tange aos serviços de média e de alta complexidade dos
contratualizados, é executada de forma descentralizada nas 22 Regiões de Saúde e no nível central da SESA, voltada
para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde prestados aos usuários do SUS
O monitoramento e Avaliação no Município são realizados apenas dos prestadores contratualizados pelo
Município que estão sob a sua gestão financeira, para pagamento de produção. Todos os contratos são monitorados
e avaliados por produção visando ao pagamento dos prestadores, os formulários de avaliação são encaminhados por
meio físico a Secretaria Municipal de Saúde, onde são rigorosamente conferidos pela produção acompanhados por
meio de planilhas mensais com cálculos manuais e encaminhados para pagamentos.
A SESA realiza a contratualização com os prestadores de saúde ao SUS, para atendimento na média e alta
complexidade, sendo esses prestadores monitorados e avaliados pelo Estado, que estão sob sua gestão financeira,
seja para pagamento da produção, seja para repasses provenientes de incentivos financeiros e programas de governo.

147
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Alguns contratos têm instrumentos próprios de avaliação por metas físicas e/ou qualitativas. Até meados de 2019,
para alguns contratos, o monitoramento e a avaliação ocorreram baseados em avaliações predefinidas visando ao
pagamento aos prestadores, sendo consolidadas por meio das Comissões Regionais de Acompanhamento e Avaliação
e das Comissões de Acompanhamento dos Contratos.
Os formulários de avaliação são encaminhados em processos físicos, pelas Regiões de Saúde, e são
acompanhados pelo nível central por meio de planilhas mensais com cálculos manuais. A SESA desenvolverá
instrumentos para aprimorar o processo de controle por meio de novas tecnologias, o que possibilitará o fluxo de
documentos digitais entre as Regiões de Saúde e o nível central, a consolidação de dados coletados, a sistematização
dos resultados, a geração de série histórica e um painel de monitoramento para auxílio nas tomadas de decisão. (Fonte
de referência Plano Estadual de Saúde do Paraná 2020/2023).

PLANEJAMENTO REGIONAL INTEGRADO (PRI) REGULAÇÃO DO ACESSO

Quando da realização do Planejamento Regional Integrado (PRI), o Município respondeu para a questão:
“2.1) Quais as necessidades do município em relação ao processo de Regulação do Acesso aos serviços de
saúde?” o Município respondeu:
• Médico regulador;
• Profissionais da área especifica, com capacitação;

Outra questão do PRI, relacionada a Contratualização:


“2.2) Como está no município o processo de contratualização dos prestadores de serviços/SUS? Os contratos
com prestadores de abrangência regional/microrregional são discutidos e pactuados na CIR?” a resposta foi a seguinte:
• A contratualização feita pelo estado, não supre a
• demanda do município, com isso o município firma credenciamento para suprir a demanda, porém não
são discutidos na CIR.

Ainda sobre o PRI, sobre a questão:


“2.3) Quais as necessidades do município em relação ao Controle, Avaliação e Auditoria no SUS?” O Município
respondeu:
• Não possuímos o serviço no momento atual, por falta de RH, fluxo e capacitação.

5.3 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

A Política Nacional de Assistência Farmacêutica foi aprovada por meio da Resolução CNS nº 338, de 6 de maio
de 2004 (BRASIL, 2004), num conceito de maior amplitude, na perspectiva de integralidade das ações, como uma
política norteadora para formulação de políticas setoriais, tais como: políticas de medicamentos, ciência e tecnologia,
desenvolvimento industrial, formação de recursos humanos, entre outras, garantindo a intersetorialidade inerente ao
SUS, envolvendo tanto o setor público como o privado de atenção à saúde.

148
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

A Assistência Farmacêutica representa hoje um dos setores de maior impacto financeiro no âmbito das
Secretarias de Saúde e a tendência de demanda medicamentos é crescente. A ausência do gerenciamento efetivo
pode acarretar grandes desperdícios, sendo considerado recurso crucial. Gerenciar é alcançar resultados através de
pessoas, utilizando eficientemente os recursos limitados. Um bom gerenciamento é fruto de conhecimento,
habilidades e atitudes. Abrange ações de planejamento, de execução, de acompanhamento e de avaliação dos
resultados. Esta é permanente, pois a avaliação dos resultados incorrerá em novo planejamento, nova execução, novo
acompanhamento e nova avaliação (MARIN et al, 2003; CONASS, 2007). O que impulsiona excelentes resultados é
justamente a integração do conhecimento técnico (normas técnicas, Resoluções, Portarias, Leis) com a gestão político-
administrativa. No âmbito mais amplo do conceito de saúde essa interação fortalece programas orientados pelo
Ministério da Saúde.
As ações de Assistência Farmacêutica devem estar fundamentadas nos princípios previstos no Artigo 198 da
Constituição Federal e no Artigo 7º.da Lei Orgânica da Saúde, bem como em preceitos inerentes à Assistência
Farmacêutica, sendo destacados: universalidade e equidade; integralidade; descentralização, com direção única em
cada esfera de governo; regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde; multidisciplinaridade e
intersetorialidade; garantia da qualidade; estruturação e organização dos serviços farmacêuticos, com capacidade de
resolução; normatização dos serviços farmacêuticos; enfoque sistêmico, isto é, ações articuladas e sincronizadas
(BRASIL, 1988; BRASIL, 1990; CONASS, 2007).
A Assistência Farmacêutica pode ser formada por uma equipe multidisciplinar, capaz de responder pela
operacionalização das atividades, pelo cumprimento das especificações técnicas e normas administrativas, pelo
cumprimento da legislação vigente e análise dos aspectos jurídicos, administrativos e financeiros, pelo sistema de
informações e pela gestão eficiente de estoque. É necessário prover a Assistência Farmacêutica dos recursos humanos,
materiais e financeiros indispensáveis para o desenvolvimento de suas atividades (CONASS, 2007).

Assistência Farmacêutica no Município

A Assistência Farmacêutica de Campina Grande do Sul possui uma equipe de quatro farmacêuticos, que são
responsáveis pelas Farmácias, CAF (Central de Abastecimento Farmacêutico) e Farmácia do Componente
Especializado. Importante citar que a meta do planejamento 2022-2025 é implantar mais uma farmácia, mantendo
um farmacêutico responsável técnico em período integral e trabalhar de maneira sistemática o treinamento das
equipes de farmácia para constante aprimoramento no desempenho de entrega de medicamentos e totalizando
assim três farmácias com dispensação de medicamentos controlados sob supervisão técnica.
Hoje o município possui duas farmácias, sendo uma na Sede e uma no CEM com dispensação de todos os
medicamentos padronizados pelo município, inclusive medicamentos psicotrópicos e antibióticos e treze Unidades
Básicas de Saúde com dispensários de medicamentos básicos, sendo o atendimento organizado considerando a
territorialização.
A Farmácia Central atende a população de Campina Grande do Sul, somente com apresentação de receita,
sendo fornecido todo o elenco da Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME). As receitas de uso
contínuo têm validade de seis meses, sendo que após expirar o período o paciente deve se consultar novamente para
ver se há necessidade de continuar com o tratamento ou mudar e então pegar a nova receita. Além de dispensar os
medicamentos, a farmácia também possui no mesmo prédio a Central de Abastecimento Farmacêutico, onde são
armazenados todos os medicamentos via Consórcio Paraná Saúde e processos licitatórios e que abastece
quinzenalmente todas as Unidades Básicas de Saúde. O espaço físico da Central de Abastecimento Farmacêutico é

149
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

pequeno para a quantidade de estoque que o município atualmente adquire. A meta é adequar o
estoque/armazenamento de medicamentos, como maneira de cumprir normas técnicas.
A farmácia possui sistema para controle de estoque e dispensação em toda a área urbana e parte da área
rural. O objetivo é que este sistema seja implantado também nos demais dispensários rurais.
A aquisição dos medicamentos da padronização municipal se dá por meio de compras viabilizadas pelo
convênio com o Consórcio Paraná Saúde e processo licitatório realizado pelo Município. Existe também uma licitação
exclusiva para atender a demanda dos medicamentos não padronizados.
Como meta para o período 2022-2025 está maior atuação da Comissão de Farmácia e Terapêutica, dada a
responsabilidade dos pareceres de deferimento e indeferimento, análise de incorporação e exclusão de novos
medicamentos na Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME) com base na Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais (RENAME).

TABELA 117 UNIDADES DISPENSADAS DE MEDICAMENTOS PELO MUNICÍPIO, 2018-2020


Ano 2018 2019 2020 Média
Unidades dispensadas 6.735.271 8.909.72 9.474.516 8.373.16
Unidades per capita 159 208 219 195
SMS/CGS FARMÁCIA

GRÁFICO 12 UNIDADES DE MEDICAMENTOS DISPENSADAS, 2018-2020


10.000.000 9.474.516
8.909.720
9.000.000 8.373.160
8.000.000
6.735.271
7.000.000
6.000.000
5.000.000
4.000.000
3.000.000
2.000.000
1.000.000
0
2018 2019 2020 Média

SMS/CGS FARMÁCIA

PLANEJAMENTO REGIONAL INTEGRADO (PRI) E ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Em relação ao Planejamento Regional integrado (PRI), realizado em 2019, a resposta do a questão:


“1.4) Quais as necessidades do município em relação à Assistência Farmacêutica?” foi a seguinte:
• Recursos humanos (farmacêuticos e atendentes de farmácia)
• Espaço físico da CAF;
• Descentralização farmácia central;
• Implantação da farmácia especializada.

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

5.4 JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE

Não obstante a judicialização da saúde seja um fenômeno observado mundialmente, especificamente no


Brasil tem se revelado como um dos maiores problemas para os gestores da saúde, pois o crescente número de
decisões judiciais que concedem desde medicamentos, internações, cirurgias, etc, retirou do Poder Executivo a
autonomia administrativa e a capacidade financeira para executar os planejamentos realizados e atender grande parte
da população que necessita de assistência à saúde38.
Ao longo dos últimos anos, as ações judiciais individuais vêm impactando e comprometendo
demasiadamente os recursos na área da saúde39.
Entre 2008 e 2017, o número de demandas judiciais relativas à saúde registrou aumento de 130%, conforme
estudo disponibilizado pelo Conselho Nacional de Justiça – CNJ, por meio da pesquisa “Judicialização da Saúde no
Brasil: Perfil das demandas, causas e propostas de solução”40.
A pesquisa apontou que a judicialização da saúde tornou-se relevante não apenas para o sistema de
assistência à saúde, mas também para o próprio Poder Judiciário, que tem que lidar com inúmeros processos,
frequentemente sobre temas recorrentes e, constantemente, com pedidos de antecipação de tutela ou liminares41.
Entretanto, na contramão do crescente aumento de demandas desta natureza nacionalmente, no âmbito do
Município de Campina Grande do Sul, no ano de 2020, foram ajuizadas apenas 03 demandas relativas à assistência à
saúde, sendo 02 ações junto à Justiça Estadual e 01 ação junto à Justiça Federal. Duas ações eram relativas à assistência
farmacêutica, de medicamentos de alto custo, não integrantes nas políticas públicas do Sistema Único de Saúde – SUS
e uma relativa a tratamento de Média Complexidade.
Em uma das ações o pedido de antecipação de tutela foi deferido, no entanto, restou cumprido pelo Estado
do Paraná, também réu na ação, por se enquadrar em tratamentos de Média Complexidade e financiamento de
Média e Alta Complexidade (MAC); em outra, a tutela antecipatória foi indeferida, diante da baixa evidência em
relação à medicação requerida, assim como pela ausência de custo-efetividade; e em outra, o pedido de antecipação
de tutela sequer restou analisando, uma vez que a justiça estadual se declarou incompetente para processar e julgar
a demanda e, na sequência, a parte requereu a desistência da ação, sendo ela extinta sem julgamento de mérito.
Assim, analisando os mencionados dados, verifica-se que, para o Município de Campina Grande do Sul, a
judicialização da saúde ainda não se demonstra muito relevante.
De toda forma, considerando o cenário nacional, é importante a estruturação da Secretaria Municipal de
Saúde, mediante adoção de medidas estratégicas para enfrentamento do problema da judicialização da saúde.

38
CHAGAS, Virginia Oliveira, PROVIN, Mércia Pandolfo, AMARAL, Rita Goreti. Demandas judiciais para acesso às ações e aos serviços de saúde:
uma revisão integrativa. Disponível em: <http://e-revista.unioeste.br/index.php/variasaude/article/view/13433>. Acesso em: 20.02.2020.
39
VENTURA, Miriam; SIMAS, Luciana; PEPE, Vera Lúcia Edais; SCHRAMM, Fermin Rolan. Judicialização da saúde, acesso à justiça e a efetividade
do direito à saúde. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v.20, n.1, Rio de Janeiro, 2010. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312010000100006> Acesso em: 20.02.2020.
40
Ministério Público do Estado de Goiás. Demandas judiciais relativas à saúde crescem 130% em dez anos. Disponível em:
<http://www.mpgo.mp.br/portal/noticia/demandas-judiciais-relativas-a-saude-crescem-130-em-dez-anos#.XkacTchKiUl> Acesso em:
20.02.2020.
41
Ministério Público do Estado de Goiás. Demandas judiciais relativas à saúde crescem 130% em dez anos. Disponível em:
<http://www.mpgo.mp.br/portal/noticia/demandas-judiciais-relativas-a-saude-crescem-130-em-dez-anos#.XkacTchKiUl> Acesso em:
20.02.2020.

151
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Neste contexto e considerando que o Poder Judiciário tem adotado a postura de solicitar evidências científicas
para a tomada de decisões nas demandas relacionada à área de saúde, sendo que, inclusive, através das Jornadas de
Direito da Saúde realizadas pelo Conselho Nacional de Justiça – CNJ foram aprovados diversos enunciados que tratam
da medicina baseada em evidência, visando orientar as decisões judiciais, é importante a criação de um núcleo, dentro
da Secretaria Municipal de Saúde, para elaboração de pareceres administrativos acerca da medicina baseada em
evidências, composto por profissionais da área de saúde (médico e/ou farmacêutico) e da área administrativa, para
apoio técnico do jurídico na elaboração das defesas, assim como para as respostas administrativas que são
direcionadas ao Ministério Público e Defensoria Pública, assim como para elaboração de respostas estruturadas aos
pedidos administrativos formalizados diretamente pelos usuários, evitando novos conflitos e o ajuizamento de novas
demandas judiciais.
O referido núcleo também estará responsável por criar um banco de dados acerca das judicializações de
assistência à saúde propostas em desfavor do Município, levantando e tratando os dados acerca dos tratamentos e/ou
medicamentos que estão sendo demandados, do custo para atendimento das ordens judiciais, verificação do ente
federativo administrativamente competente/responsável, visando possibilitar eventual ressarcimento, dentre outros,
de modo auxiliar o gestor no planejamento da política de saúde municipal e na tomada de decisão fundada em
planejamento estratégico.

5.5 CONTROLE INTERNO

A missão do controle interno, é a de fornecer aos gestores, de todos os níveis, informações para a tomada de
decisão, relatos que venham auxiliar o controle dos processos, com o objetivo de alcançar as metas estabelecidas e
resguardar os interesses da organização, colaborando na definição de suas responsabilidades, fornecendo análises,
apreciações, recomendações, pareceres e acima de tudo, informações relativas às atividades examinadas,
propiciando, assim, um controle efetivo a um custo razoável de todo o sistema existente de saúde.
Controlar significa fiscalizar pessoas, físicas e jurídicas, evitando que a objetivada entidade se desvie das
finalidades para as quais foi instituída na sociedade. E o adjetivo “interno” quer dizer que, na Administração Pública, o
controle será exercido por servidores da própria entidade auditada, conforme as normas, regulamentos e
procedimentos por ela própria determinada, em consonância, óbvio, com os preceitos gerais da Constituição e das
leis que regem o setor público. Na verdade, o controle interno, em essência, deve ser realizado por todo servidor
público, em especial os que ocupam cargos de responsabilidade, mas principalmente os que estão sendo feitos com
este fim. Já, o instituído sistema de controle interno checa, de forma articulada, a eficiência de todos aqueles controles
setoriais, sob estruturação existente em nosso município apresentada na lei especifica.
Os controles internos asseguram o atingimento dos objetivos, de maneira correta e tempestiva, com a mínima
utilização de recursos. O controle da adequada e eficiente aplicação do dinheiro público assume, mais do que nunca,
importância estratégica no desenvolvimento do município na área de saúde. O sistema de controle interno deve ser
orientado por princípios fundamentais, cuja observância visa a garantir com razoável segurança que os objetivos
estabelecidos sejam alcançados.
A Constituição Federal de 1988 (CF88), em seu art. 70, determina que o sistema de controle interno de cada
poder e órgão autônomo deve fiscalizar o uso eficiente, econômico e regular dos recursos públicos, conforme
demonstrado a seguir:

152
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de
controle interno de cada Poder.

Mais adiante, a CF88 estabelece que o sistema de controle interno dos poderes e órgãos autônomos devem
atuar de forma integrada para garantir a execução dos programas de governo (ou políticas públicas) seja realizada com
eficiência, eficácia e regularidade, de modo que os objetivos da ação estatal sejam plenamente alcançados finalidade
pública:
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno
com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos
orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária,
financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
No contexto das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, o Conselho Federal de
Contabilidade (CFC) editou regra específica para o sistema de controle interno governamental, a NBC T 16.8,
segundo a qual tal instância se desdobra em três categorias:
Operacional – relacionada às ações que propiciam o alcance dos objetivos da entidade governamental.
Contábil – relacionado à veracidade e à fidedignidade dos registros e das demonstrações contábeis;
Normativa – relacionada à observância da regulamentação pertinente.

5.5 FINANCIAMENTO EM SAÚDE

O financiamento da Saúde é tripartite como determina a Constituição Federal de 1988, ou seja, as três esferas
de governo, federal, estadual e municipal, devem participar da receita para custear as ações e serviços de saúde. Nesse
sentido, conforme a Lei Complementar 141/2012, os Município devem investir no mínimo 15 % de recursos próprios
em Saúde.
Na sequência a tabela apresenta um demonstrativo das recitas de financiamento, por esfera de gestão. Está
demonstrada a arrecadação de receitas do Município sobre as quais são deduzidos os 15 %, da Lei Complementar
141/2020, que obrigatoriamente devem ser repassados a saúde. Apresenta também os valores de repasses SUS,
federal e estadual.

Receitas

TABELA 118 ORIGEM DAS RECEITAS A SAÚDE, 2017-2020


Receitas 2017 2018 2019 2020
Receitas para apuração da aplicação em ações e 71.479.774,37 74.394.317,94 83.121.548,91 88.878.494,02
serviços públicos de saúde - Município
Lei Complementar 141/2012 (15 %) 10.721966,16 11.159147,69 12.468232,34 13.331774,10

153
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Transferência de recursos do Sistema Único de 6.268.401,13 6.090.414,14 5.514.769,09 10.144.082,47


Saúde-SUS
Provenientes da União 5.044.801,58 5.824.787,67 4.546.394,72 8.730.222,00
Provenientes do Estado 682.348,18 85.581,45 968.374,37 1.412.141,89
Outras 541.251,37 180.045,02 0 1.718,58
SIOPS

Despesas Empenhadas

Em relação as despesas o maior montante tem sido investido em Atenção Básica, cuja média na série histórica
2017-2022, atingiu 86,08 %. O crescimento despesa no período considerado teve um incremento de cerca de 38 %,
sendo que me 2017 foi de R$ 18.754.806,14 chegando a R$ 25.686.390,69 em 2020.

TABELA 119 DESPESAS EMPENHADAS POR SUBFUNÇÕES, 2017-2020


Despesas Empenhadas 2017 2018 2019 2020 %
Atenção Básica 16.851.669,00 18.710.370,74 18.205.302,75 22.124.006,79 86,08
Assistência Hospitalar e Ambulatorial 0 688.407,92 1.725.493,90 1.153.764,36 4,05
Suporte Profilático e Terapêutico 0 0 72.228,65 45.374,96 0,13
Vigilância Sanitária 0 37.610,72 0 0 0,04
Vigilância Epidemiológica 781.791,25 879.622,52 584.005,77 1.056.748,49 3,75
Alimentação e Nutrição 0 0 0 0 0,00
Outras Subfunções 1.121.292,12 1.580.163,97 1.239.932,00 1.306.496,09 5,95
Total 18.754.806,14 21.896.175,87 21.826.963,07 25.686.390,69 100,00
SIOPS

A tabela seguinte apresenta a diferença entre o valor executado e o limite mínimo constitucional que deve
ser empregado no financiamento da saúde pelo município.

TABELA 120 DIFERENÇA ENTRE O VALOR EXECUTADO E O LIMITE MÍNIMO CONSTITUCIONAL, 2017-2020
Indicador 2017 2018 2019 2020
Valor referente à diferença entre o valor executado 2.698.310,21 4.047.663,25 2.449.334,71 4.343.559,46
e o limite mínimo constitucional
SIOPS

Indicadores financeiros
Os indicadores financeiros agregam uma série de informações que sintetizam os vários aspectos da
movimentação orçamentária da Saúde.

154
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Entre os indicadores relatados, estão o investimento per capita, no qual o Município em 2020 teve um
resultado inferior à média dos municípios do Estado, R$ 623,80 e R$ 1.029,22 e o percentual que representa a despesa
com pessoal, também em 2020, indicador no qual o Município é superior à média do Estado, 50,99 % e 44,87 %,
respectivamente.
Também, por último, o percentual de recursos próprios investidos em saúde, conforme a Lei Complementar
141/2012, que atesta repasses superiores aos 15 %. Em termos comparativos a média do Município foi inferior à do
Estado, 19,88 % e 22,59 %, respectivamente, em 2020.

TABELA 121 INDICADORES FINANCEIROS DA SAÚDE, 2017-2020


PR*
N Indicador 2017 2018 2019 2020
2020
1.1 Participação da receita de impostos na receita total do Município 19,76 % 20,49 % 18,96 % 17,75 % 19,18 %
1.2 Participação das transferências intergovernamentais na receita 63,22 % 61,27 % 63,06 % 61,46 % 65,12 %
total do Município
1.3 Participação % das Transferências para a Saúde (SUS) no total de 6,87 % 6,39 % 5,03 % 8,09 % 16,81 %
recursos transferidos para o Município
1.4 Participação % das Transferências da União para a Saúde no total 80,48 % 95,64 % 82,44 % 85,22 % 86,06 %
de recursos transferidos para a saúde no Município
1.5 Participação % das Transferências da União para a Saúde (SUS) no 13,67 % 14,68 % 10,86 % 16,89 % 29,16 %
total de Transferências da União para o Município
1.6 Participação % da Receita de Impostos e Transferências 56,52 % 55,74 % 55,40 % 50,75 % 54,68 %
Constitucionais e Legais na Receita Total do Município
2.1 Despesa total com Saúde, em R$/hab., sob a responsabilidade do R$ R$ R$ R$ R$
Município, por habitante 459,89 514,63 509,02 623,80 1.029,22
2.2 Participação da despesa com pessoal na despesa total com Saúde 43,87 % 40,96 % 45,79 % 50,99 % 44,87 %
2.3 Participação da despesa com medicamentos na despesa total com 8,04 % 6,77 % 5,53 % 6,82 % 2,85 %
Saúde
2.4 Participação da desp. com serviços de terceiros - pessoa jurídica na 28,49 % 30,85 % 30,95 % 19,66 % 31,9 %
despesa total com Saúde
2.5 Participação da despesa com investimentos na despesa total com 2,99 % 5,18 % 1,98 % 4,36 % 3,49 %
Saúde
2.6 Despesas com Instituições Privadas Sem Fins Lucrativos 0,54 % 0,00 % 0,66 % -
3.1 Participação das transferências para a Saúde em relação à despesa 32,31 % 27,81 % 25,27 % 37,94 % 44,55 %
total do Município com saúde
3.2 Participação da receita própria aplicada em Saúde conforme a 18,77 % 20,44 % 17,94 % 19,88 % 22,59 %
LC141/2012
SIOPS *MÉDIA ENTRE OS MUNICÍPIOS DO PR ANO 2020

Segundo42 a Portaria 3992/2017, que altera a Portaria de Consolidação 06/2017, o Órgão Setorial do Sistema
Federal de Planejamento e Orçamento divulgará, anualmente, em ato específico, o detalhamento dos Programas de
Trabalho das dotações orçamentárias consignadas ao Ministério da Saúde que serão onerados pelas transferências de

42
Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt3992_28_12_2017.html Acesso em 30 set.2021.

155
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

recursos federais referentes a cada Bloco de Financiamento. A Tabela a seguir apresenta a execução financeira de
acordo com os programas de trabalho.

TABELA 122 EXECUÇÃO DE RECURSOS FEDERAIS POR BLOCO DE FINANCIAMENTO E PROGRAMA DE TRABALHO, 2020
Bloco de Programas Valor Valor
Financiamento de Trabalho Transferido Executado
em 2020
Estruturação da 10122501821C0 - ENFRENTAMENTO DA EMERGÊNCIA DE
Rede de Serviços SAÚDE - NACIONAL (CRÉDITO EXTRAORDINÁRIO) 27.157,00
26.602,10
Públicos de Saúde
(INVESTIMENTO)
10122501821C0 - ENFRENTAMENTO DA EMERGÊNCIA DE 85.760,00
85.760,00
SAÚDE – NACIONAL COVID-19 (CRÉDITO EXTRAORDINÁRIO)
10301501920YI - IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS DE ATENÇÃO À
516,00
SAÚDE
Manutenção das 103015019217U - APOIO À MANUTENÇÃO DOS POLOS DA ACADEMIA
0,0 0,0
Ações e Serviços DE SAÚDE
Públicos de 103015019219A - PISO DA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE 1.939.573,54 2.284.114,68
Saúde (CUSTEIO) 10304502320AB - INCENTIVO FINANCEIRO AOS ESTADOS, DISTRITO
FEDERAL E MUNICÍPIOS PARA EXECUÇÃO DE AÇÕES DE VIGILÂNCIA 29.255,76
SANITÁRIA
10305201520AL - INCENTIVO FINANCEIRO AOS ESTADOS, DISTRITO 182.475,64
FEDERAL E MUNICÍPIOS PARA A VIGILÂNCIA EM SAÚDE
10305502320AL - INCENTIVO FINANCEIRO AOS ESTADOS, DISTRITO 30.000,00
FEDERAL E MUNICÍPIOS PARA A VIGILÂNCIA EM SAÚDE
SMS/CGS

Percentual de Recursos Próprios Investidos em Saúde

A Lei Complementar 141/201243, preconiza em seu que, Artigo 7º, que, os Municípios e o Distrito Federal
aplicarão anualmente em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 15% (quinze por cento) da arrecadação dos
impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam o art. 158 e a alínea “b” do inciso I do caput e o § 3º
do art. 159, todos da Constituição Federal. A origem desta determinação está na Emenda Constitucional 29/2000, que
definiu esse quantitativo a ser investido pelos Municípios.
O gráfico a seguir apresenta a série histórica do % de investimentos do Município, no período 2000-2021,
sendo que a média foi 18,24%.

43
Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp141.htm Acesso em 12 ago.2021.

156
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

GRÁFICO 13 RECURSOS PRÓPRIOS EM SAÚDE, 2000-2020 (%)


25
21,29
20,44 19,89
19,12 18,92
20 18,06 17,87 18,02 17,68 18,22 18,24 18,13 17,65 18,77 17,95
17,06
16,23
13,69 13,63
15 12,57
10,45
10

0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
% 13,7 10,5 12,6 13,6 17,1 21,3 16,2 18,1 19,1 17,9 18,9 18 17,7 18,2 18,2 18,1 17,7 18,8 20,4 18 19,9

SIOPS

PREVINE BRASIL – Financiamento da Atenção Primária

A Portaria nº 2.979/GM/MS, de 12 de novembro de 2019, que institui o Programa Previne Brasil, estabelece
o novo modelo de financiamento de custeio da Atenção Primária à Saúde (APS) no âmbito do Sistema Único de Saúde.
O financiamento federal de custeio da APS é constituído por: capitação ponderada, pagamento por
desempenho e incentivos para ações estratégicas.
O financiamento da APS combina recursos financeiros de Capitação Ponderada, Pagamento por Desempenho
e Incentivos para ações estratégicas em contexto específico (Região Amazônica, população em situação de rua) e para
programas (Saúde na Hora, Informatiza APS, etc.). Essa forma traz diferentes dispositivos para responder aos desafios
estruturantes da Atenção Primária brasileira (aumentar a cobertura, melhorar a qualidade e resolutividade, enfrentar
o aumento de carga de doenças crônicas), com maior equilíbrio entre os efeitos de cada componente, prevenindo
possíveis implicações indesejáveis presentes em qualquer forma isolada de financiamento em saúde.
Os incentivos financeiros serão transferidos na modalidade fundo a fundo, de forma regular e automática, aos
municípios, ao Distrito Federal e aos estados, com possibilidade de visualização e monitoramento das transferências
pelo Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde.
O Município está na Tipologia Urbana do IBGE, cujo quantitativo potencial de pessoas cadastradas por equipe
de saúde da família é de 4000 pessoas, considerando as equipes de Saúde da Família (eSF).

TABELA 123 TRANSFERÊNCIA FINANCEIRA MENSAL DE CUSTEIO DA APS


Desempenho Incentivo para Per capita de
Competência Capitação Desempenho
Tipologia (Portaria nº 874 de Ações transição (Portaria Valor Total
Financeira Ponderada ISF
10/05/2019) Estratégicas* 172/2020)
R$ R$
Urbano 04/2021 R$ 0,00 R$ 22.575,00 R$ 19.765,00 R$ 21.463,63
104.226,02 168.029,65
MINISTÉRIO DA SAÚDE E-GESTOR NOTA TÉCNICA

157
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

I - CAPITAÇÃO PONDERADA

O cálculo para a definição dos incentivos financeiros da capitação ponderada deverá considerar:
I - a população cadastrada na equipe de Saúde da Família (eSF) e equipe de Atenção Primária (eAP) no Sistema de Informação em Saúde
para a Atenção Básica (SISAB);
II - a vulnerabilidade socioeconômica da população cadastrada na eSF e na eAP;
III - o perfil demográfico por faixa etária da população cadastrada na eSF e na eAP; e
IV - classificação geográfica definida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

TABELA 124 CAPITAÇÃO PONDERADA, ABRIL/2021


Nº de pessoas cadastradas
Nº de equipes Nº de Pontos
consideradas para cálculo
Valor
COM critério de
vulnerabilidade

vulnerabilidade

vulnerabilidade

vulnerabilidade
SEM critério de
Nº de EAP 20h

Nº de EAP 30h

População do

Pontos COM

Pontos SEM
Calculado

critério de

critério de
Município
Nº de ESF

Cadastro
Teto do

Total de
R$
Pontos

7 0 0 43.288 28.000 11.737 16.263 15258.1 16263 31521.1 R$ 104.226,02


MS/MINISTÉRIO DA SAÚDE E-GESTOR

A Portaria Nº 172, de 31 de Janeiro de 202044 dispõe sobre municípios e Distrito Federal que apresentam manutenção ou
acréscimo dos valores a serem transferidos, conforme as regras de financiamento de custeio da Atenção Primária à Saúde do Programa
Previne Brasil e sobre o valor per capita de transição conforme estimativa populacional da Fundação IBGE.

TABELA 125 PER CAPITA DE TRANSIÇÃO, DEZEMBRO/2020


População Tipologia Valor
43.288 Urbana R$ 21.463,63
MS/MINISTÉRIO DA SAÚDE E-GESTOR

II – PAGAMENTO POR DESEMPENHO

O cálculo do incentivo financeiro do pagamento por desempenho será efetuado considerando os resultados de indicadores
alcançados pelas equipes credenciadas e cadastradas no SCNES.
- O valor do pagamento por desempenho será calculado a partir do cumprimento de meta para cada indicador por equipe e
condicionado ao tipo de equipe.
- O incentivo financeiro do pagamento por desempenho repassado ao município ou Distrito Federal corresponde ao somatório
dos resultados obtidos por equipe.

44
Disponível em https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-172-de-31-de-janeiro-de-2020-240912930

158
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

TABELA 126 PAGAMENTO POR DESEMPENHO – ISF, 3 QUADRIMESTRE/2020


Resultado Pontuação Resultado Nota % do
Indicadores Ciclo 2020 Meta Ponderação
Indicador Indicador Ponderado ISF incentivo
Proporção de gestantes com pelo menos
seis consultas pré-natal realizadas, sendo a 40 60 6.67 1 .67
primeira até a 20ª semana de gestação
Proporção de gestantes com realização de
3 60 .5 1 .05
exames para sífilis e HIV
Proporção de gestantes com atendimento
16 60 2.67 2 .53
odontológico realizado
3.57 35.7
Cobertura de exame citopatológico 7 40 1.75 1 .18
Cobertura vacinal de poliomielite inativada
80 95 8.42 2 1.68
e de Pentavalente
Percentual de pessoas hipertensas com
5 50 1 2 .2
pressão arterial aferida em cada semestre
Percentual de diabéticos com solicitação de
13 50 2.6 1 .26
hemoglobina glicada
MS/MINISTÉRIO DA SAÚDE E-GESTOR NOTA TÉCNICA

III – AÇÕES ESTRATÉGICAS


Os incentivos para ações estratégicas abrangem características específicas de acordo com a necessidade de cada município ou
território. Esses incentivos contemplam a implementação de programas, estratégias e ações que refletem na melhoria do cuidado na APS
e na Rede de Atenção à Saúde. As transferências financeiras referentes a cada uma das ações estratégicas observarão as regras previstas
nas normas vigentes que regulamentam a organização, o funcionamento e financiamento dos respectivos programas, estratégias e ações.

Equipe de Saúde Bucal (eSB)


As equipes de saúde bucal (eSB) vinculadas à eSF e eAP realizam ações de promoção da saúde, prevenção e recuperação
da saúde através da ampliação do acesso ao tratamento odontológico no Sistema Único de Saúde (SUS).
Essas equipes são constituídas por um cirurgião-dentista e um técnico em saúde bucal e/ou auxiliar de saúde bucal. E
podem ser classificados em modalidade I e II, de acordo a composição profissional estabelecida na PNAB. Os profissionais das eSB
devem cumprir carga horária individual de 40h semanais, com a excepcionalidade da eSB de carga horária diferenciada em que
os profissionais podem cumprir carga horária individual de 30h ou 20h semanais.

TABELA 127 TRANSFERÊNCIA FINANCEIRA MENSAL – EQUIPE DE SAÚDE BUCAL


Competência Nº de equipes Nº total de ESB
Valor Total de ESB
Financeira Nº de ESB 40h Nº de ESB 20h Nº de ESB 30h custeada
12/2020 5 0 0 5 R$ 12.265,00
OBS: equipe referente a novo credenciamento: no caso de cadastro de eSB referente a um novo credenciamento, composta por profissionais com carga horária individual de 40 horas
semanais, cadastrada na modalidade I ou II, faz jus a incentivo financeiro de custeio para implantação, no valor de R$ 7.000,00, a ser transferido em parcela única, na competência
financeira subsequente à competência SCNES de cadastro da nova equipe credenciada, conforme Capítulo I do Título II da Portaria Consolidação nº 6/2017.

159
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

TABELA 128 TRANSFERÊNCIA FINANCEIRA MENSAL – AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE


Competência Financeira Qt. ACS (95% e 5%) Valor ACS (95% e 5%)*
04/2021 44 R$ 68.200,00
MS/MINISTÉRIO DA SAÚDE E-GESTOR NOTA TÉCNICA *Assistência Financeira Complementar (AFC) - 95% e Incentivo financeiro para fortalecimento de políticas afetas à atuação de ACS
(IFP) – 5%

TABELA 129 TRANSFERÊNCIA FINANCEIRA MENSAL – INFORMATIZA APS


Competência Financeira Nº equipes informatizadas Valor
04/2021 6 R$ 3.400,00
MS/MINISTÉRIO DA SAÚDE E-GESTOR NOTA TÉCNICA

COVID-19

Ainda em relação a 2020, no âmbito do financiamento houve situação especial em relação a Pandemia de
Covid-19, com repasses de recursos através de várias Portarias. Recursos advindos da transferência da União
repassados pelo FNS conforme Portarias específicas nos blocos de manutenção e estruturação para a aplicação no
enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de importância nacional - Coronavírus (COVID-19). Na
sequência o quadro demonstrativo da transferência de recursos advindos da união para a aplicação no enfrentamento
da situação de emergência de saúde pública de importância nacional - Coronavírus (COVID-19)

Repasse União

TABELA 130 DEMOSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS COM RECURSOS DA UNIÃO - COVID, 2020
Quadro demonstrativo da transferência de recursos advindos da união para a aplicação no enfrentamento da situação de
emergência de saúde pública de importância nacional - Coronavírus (COVID-19)
Descrição do recurso Valor do Recurso
Recursos advindos da transferência da União repassados pelo FNS conf. Portarias específicas nos blocos de
manutenção e estruturação para a aplicação no enfrentamento da situação de emergência de saúde 2.226.694,03
pública de importância nacional - Coronavírus (COVID-19)
Recursos advindos da transferência da União repassados pelo FNS nos blocos de manutenção e
estruturação não específicas para a aplicação no enfrentamento da situação de emergência de saúde 0,00
pública de importância nacional - Coronavírus (COVID-19)
Recursos advindos de transposição de saldos financeiros de exercícios anteriores provenientes de repasses
0,00
federais do FNS aos fundos de saúde dos estados, DF e municípios conf. LC 172/2020.
Recursos advindos da União, na forma de auxílio financeiro, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, no exercício de 2020, e em ações de enfrentamento ao Coronavírus SARS-CoV-2 (Covid-19). 0,00
Conforme LC 173/2020
Recursos advindos da União, na forma de prestação de apoio financeiro pela União aos entes federativos
que recebem recursos do Fundo de Participação dos Estados - FPE e do Fundo de Participação dos
Municípios - FPM, com o objetivo de mitigar as dificuldades financeiras decorrentes do estado de 0,00
calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência
de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (Covid-19). MP 938/2020

160
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Outros recursos advindos de transferências da União 0,00


Total de recursos advindos de transferência da união para enfrentamento da Emergência em Saúde
2.226.694,03
Pública de Importância Nacional - CORONAVIRUS (COVID-19)
Despesas decorrentes do enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de importância nacional Coronavírus
(COVID-19)
Descrição das Subfunções/Despesas Despesas Empenhadas Despesas Liquidadas Despesas Pagas
Administração Geral 0,00 0,00 0,00
Atenção Básica 985.085,03 950.185,57 950.185,57
Assistência Hospitalar e Ambulatorial 0,00 0,00 0,00
Suporte profilático e terapêutico 0,00 0,00 0,00
Vigilância Sanitária 58.375,76 58.375,76 58.375,76
Vigilância Epidemiológica 0,00 0,00 0,00
Alimentação e Nutrição 0,00 0,00 0,00
Informações Complementares 0,00 0,00 0,00
Total 1.043.460,79 1.008.561,33 1.008.561,33
SIOPS

Recursos Próprios

TABELA 131 DEMOSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS COM RECURSOS PRÓPRIOS - COVID, 2020
Quadro demonstrativo da aplicação de recursos próprios no enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de
importância nacional - Coronavírus (COVID-19)
Descrição do recurso Valor do Recurso
Recursos próprios a serem aplicados no enfrentamento da emergência de saúde - nacional - Coronavírus 671.873,65
(COVID-19)
Total 671.873,65
Despesas decorrentes do enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de importância nacional Coronavírus
(COVID-19)
Descrição das Subfunções/Despesas Despesas Empenhadas Despesas Liquidadas Despesas Pagas
Administração Geral 0,00 0,00 0,00
Atenção Básica 671.873,65 670.913,60 670.913,60
Assistência Hospitalar e Ambulatorial 0,00 0,00 0,00
Suporte profilático e terapêutico 0,00 0,00 0,00
Vigilância Sanitária 0,00 0,00 0,00
Vigilância Epidemiológica 0,00 0,00 0,00
Alimentação e Nutrição 0,00 0,00 0,00
Informações Complementares 0,00 0,00 0,00
Total 671.873,65 670.913,60 670.913,60
SIOPS

161
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Repasse Estadual

TABELA 132 DEMOSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS COM RECURSOS ESTADUAIS - COVID, 2020
Quadro demonstrativo da transferência de recursos advindos do estado para a aplicação no enfrentamento da situação de
emergência de saúde pública de importância nacional - Coronavírus (COVID-19)
Descrição do recurso Valor do Recurso
Recursos de transferências do estado para enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de 86.576,00
importância - nacional - Coronavírus (COVID-19)
Total 86.576,00
Despesas decorrentes do enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de importância nacional Coronavírus
(COVID-19)
Descrição das Subfunções/Despesas Despesas Empenhadas Despesas Liquidadas Despesas Pagas
Administração Geral 0,00 0,00 0,00
Atenção Básica 24.732,96 24.732,96 24.732,96
Assistência Hospitalar e Ambulatorial 0,00 0,00 0,00
Suporte profilático e terapêutico 0,00 0,00 0,00
Vigilância Sanitária 0,00 0,00 0,00
Vigilância Epidemiológica 0,00 0,00 0,00
Alimentação e Nutrição 0,00 0,00 0,00
Informações Complementares 0,00 0,00 0,00
Total 24.732,96 24.732,96 24.732,96
SIOPS

Consolidado

TABELA 133 DEMOSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS CONSOLIDADO - COVID, 2020


Quadro demonstrativo da aplicação de recursos próprios no enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de
importância nacional - Coronavírus (COVID-19)
Descrição do recurso Valor do Recurso
Recursos próprios a serem aplicados no enfrentamento da emergência de saúde - nacional - Coronavírus
2.985.143,68
(COVID-19)
Despesas decorrentes do enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de importância nacional Coronavírus
(COVID-19)
Descrição das Subfunções/Despesas Despesas Empenhadas Despesas Liquidadas Despesas Pagas
Administração Geral 0,00 0,00 0,00
Atenção Básica 1.681.691,64 1.645.832,13 1.645.832,13
Assistência Hospitalar e Ambulatorial 0,00 0,00 0,00
Suporte profilático e terapêutico 0,00 0,00 0,00
Vigilância Sanitária 58.375,76 58.375,76 58.375,76
Vigilância Epidemiológica 0,00 0,00 0,00
Alimentação e Nutrição 0,00 0,00 0,00
Informações Complementares 0,00 0,00 0,00
Total 1.740.067,40 1.704.207,89 1.704.207,89
SIOPS

162
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

5.6 CIÊNCIA, TECNOLOGIA, PRODUÇÃO E INOVAÇÃO

O Setor de Tecnologia da Informação faz parte da Secretaria Municipal de Administração, Finanças e


Planejamento e tem como missão “Identificar, desenvolver, implantar e gerenciar soluções que utilizem a tecnologia
da informação e comunicação como ferramenta para a Prefeitura de Campina Grande do Sul desempenhar melhor
suas atividades de gestão pública”, sendo assim desenvolve as atividades de instalação, manutenção preventiva,
manutenção corretiva em equipamentos de tecnologia da informação e comunicação, redes lógicas e telefônicas,
softwares e dados.
Atualmente a infraestrutura de informática da Prefeitura conta com um datacenter alocado no prédio
principal onde estão os equipamentos responsáveis por efetuar a distribuição dos diversos serviços de TI. São 60
unidades interligadas por rede de fibra óptica que recebem acesso à internet e intranet.
Na área de saúde todas as unidades atualmente possuem ligação à rede com e através desta conexão são
efetuados os acessos à internet, intranet, sistema de gestão de saúde, sistemas governamentais, sistema de relógio
ponto dentre outros. O sistema de gestão de saúde é responsável por automatizar as diversas subáreas como o
prontuário eletrônico por exemplo.
Em relação a equipamentos, a pouco tempo atrás o Setor de Tecnologia da Informação efetuou um
levantamento em todos os locais que possuem rede, inclusive nas unidades de saúde, sendo verificado que existe a
necessidade de melhoramento nos equipamentos de rede (switchs, access points) sendo enviado para a Secretaria de
Saúde um documento solicitando a possibilidade de aquisição. Também existe a necessidade de melhorias nos
computadores, o qual indicamos efetuar locação ao invés de aquisição tendo melhor custo X benefício. Ainda falando
sobre equipamentos, todas as unidades estão equipadas com impressoras de última geração e com serviço continuo
garantido através de um contrato de outsourcing de impressão.
O sistema FAST MEDIC – Gestão em Sistemas de Saúde, tem como principal objetivo a eficiência da Gestão
da Saúde Local e na qualidade de vida do cidadão e disponibiliza ferramentas completas e de uso simplificado para a
Saúde Pública. Consiste de um sistema completo, totalmente integrado e de acordo com as regras do Ministério da
Saúde, capaz de organizar fluxos de atendimento, gestão de crônicos e ciclos de vida do cidadão, além de oferecer ao
gestor, indicadores e painéis de informações para planejamentos estratégicos e administrativos, e tomadas efetivas
de decisão.

5.7 REGIONALIZAÇÃO

A regionalização45 é a diretriz organizativa que orienta o processo de descentralização das ações e dos serviços
de saúde e os processos de negociação e pactuação entre os gestores nos três níveis de governo e para a qual os
arranjos institucionais e a relação política administrativa são variáveis que permeiam o planejamento, a gestão e a
organização da RAS (VIANA; LIMA, 2011). Com a regionalização, busca-se um grau de suficiência expresso na máxima
oferta e na disponibilidade de ações de saúde para a população de dado território, instrumentalizada por uma rede
articulada e integrada (CONASEMS, 2019).

45
SESA PR - Plano Estadual de Saúde do Paraná, 2020-2023

163
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

O Município participa ativamente dos processos que envolvem o interesse regional, com base na área
vinculada à 2ª. Regional de Saúde, sediada em Curitiba. Esse espaço territorial é constituído por 29 municípios, num
total de 3.693.891 habitantes (Estimativa 2020 - IBGE). A direção da Secretaria participa das reuniões promovidas pelo
Colegiado de Gestão Regional (CIR) e também das reuniões da Comissão Intergestores Bipartite (CIB-PR) e do Conselho
de Secretários de Saúde do Paraná (COSEMS-PR).
Em termos de saúde, a região constituiu um Consórcio Intermunicipal de Saúde, denominado Consorcio
Metropolitano de Saúde do Paraná – COMESP46, criado em novembro de 2005, é constituído sob a forma jurídica de
direito privado, formado pelos 28 Municípios da Região metropolitana de Curitiba e Guaratuba no litoral do Paraná e
tem como objetivo principal melhorar a qualidade da assistência da Atenção Especializada dos Municípios
consorciados.

FIGURA 26 MAPA – MACORREGIÃO DE SAÚDE - LESTE FIGURA 27 MAPA – 2ª. REGIÃO DE SAÚDE METROPOLITANA

SESA PR
SESA PR

O Estado do Paraná está subdividido em 4 Macrorregiões de Saúde, Leste, Oeste, Norte e Noroeste. A
Macrorregião Leste é a que pertence a 2ª. Regional de Saúde - Metropolitana, a qual está vinculado o Município,
conforme as figuras anteriores. A 2ª. Região de Saúde – Metropolitana está sintetizada na figura a seguir.

46
Disponível em https://www.comespsaude.com.br/institucional Acesso 2 out 2021

164
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

FIGURA 28 2ª. REGIÃO DE SAÚDE - SÍNTESE

MP/PR

• Planejamento Regional Integrado (PRI)


A SESA PR iniciou, em 2018, em conjunto com o Conselho Estadual de Secretarias Municipais de Saúde do
Paraná (COSEMS-PR), o processo de construção do Planejamento Regional Integrado (PRI). O PRI é um processo de
planejamento ascendente e participativo que visa fortalecer as regiões/macrorregiões na organização do SUS. A
construção de Planos Regionais/ Macrorregionais de Saúde deverá estar baseada nos diagnósticos e no levantamento
das necessidades que estarão contemplados no PES 2020-2023. O PRI tem papel fundamental na estruturação da RAS,
fortalecendo, em especial, a Atenção Primária à Saúde como ordenadora da rede e coordenadora do cuidado.
De acordo com documento aprovado pela CIB47, as diretrizes estabelecidas para o Planejamento Integrado
são: implementar modelo de Atenção à Saúde que atenda às necessidades da população paranaense, por meio da
Rede de Atenção à Saúde, desenvolvendo a Atenção Básica como ordenadora da rede e coordenadora do cuidado;
buscar financiamento tripartite adequado; fortalecer a relação solidária e cooperativa entre os entes federados na
organização das ações e serviços da saúde; fortalecer os espaços de pactuação entre os entes federados no processo
de governança da RAS, e fortalecer a participação da comunidade por meio dos Conselhos de Saúde no processo de
organização das ações e serviços de saúde na perspectiva da regionalização.
Campina Grande do Sul participou desse processo, realizando um diagnóstico da saúde do Município e
encaminhando os dados para a construção coletiva do Planejamento Regional.

47
CIB Comissão Intergestores Bipartite. Deliberação Nº 318 – 11/10/2018.

165
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

5.8 PLANEJAMENTO

A Gestão do SUS é um processo que envolve atividades inerentes ao comando de um sistema de saúde
(municipal, estadual ou nacional), a partir de funções articuladas de coordenação, negociação, planejamento,
monitoramento e avaliação, tendo em vista a implementação de políticas de saúde.
Segundo o CONASS, constituem-se em Macro funções da gestão48 do SUS aspectos relacionados abaixo:
• Formulação de políticas/planejamento – redução de iniquidades;
• Financiamento;
• Coordenação, regulação, controle e avaliação (do sistema/redes e dos prestadores públicos e/ou privados;
• Prestação direta de serviços de saúde.
O planejamento no SUS49 é de responsabilidade conjunta das três esferas da federação, sendo que a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem desenvolver suas respectivas atividades de maneira funcional para
conformar um sistema de Estado que seja nacionalmente integrado. Assim, as atividades de planejamento
desenvolvidas de forma individual, em cada uma das esferas, em seus respectivos territórios, devem levar em conta
as atividades das demais esferas, buscando gerar complementaridade e funcionalidade. Essa articulação de tarefas
entre as três esferas da Federação deve ser organizada a partir de uma distribuição de responsabilidades e atribuições
definidas pelas normas e acordos vigentes. O Ministério da Saúde, o CONASS e o CONASEMS, em consonância com o
Conselho Nacional de Saúde, definem as diretrizes gerais de elaboração do planejamento para todas as esferas de
gestão, estabelecem as prioridades e os objetivos nacionais. Os Municípios, a partir das necessidades locais, das
diretrizes estabelecidas pelos conselhos municipais de saúde, das prioridades estaduais e nacionais, elaboram,
implementam e avaliam o ciclo do planejamento municipal.
Atualmente a normatiza que operacionaliza o Planejamento no SUS é a Portaria 2135/2013, incorporada na
Portaria de Consolidação No. 01/2017.
A Secretaria de Saúde tem realizado o Ciclo de Planejamento conforme as normativas SUS, com elaboração do
Plano Municipal de Saúde (PMS), Anualização das metas do Plano na Programação Anual de Saúde (PAS) ,
monitorando através dos Relatórios Detalhados do Quadrimestre Anterior, com realização das respectivas Audiências
Públicas e a elaboração do Relatório Anual de Gestão (RAG), fechando assim o ciclo do Planejamento SUS. Todo o
processo submetido a análise e deliberações do Controle Social, através do Conselho Municipal de Saúde.

PLANEJAMENTO REGIONAL INTEGRADO (PRI)/ PLANEJAMENTO E PRESTAÇÃO DE CONTAS NO SUS

Quando da realização do Planejamento Regional Integrado (PRI), em relação a questão:


“2.4. Quais as necessidades do município em relação ao Planejamento e Prestação de Contas no SUS? (instrumentos de
planejamento municipal; instrumentos de gestão do SUS, ferramentas de monitoramento e avaliação e
financiamento/fundos de saúde)” o Município respondeu:
• Repasse de informações para DIGISUS;
• Melhorar o Monitoramento dos Instrumentos de Gestão;

48
Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde CONASS, coleção progestores/para entender a gestão do SUS. Brasília, 2007 – 12ª ed.
49
Manual de Planejamento do SUS

166
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

5.9 ÍNDICE DE DESEMPENHO DO SUS – IDSUS

O índice de Desempenho do SUS – IDSUS - foi um processo avaliativo, com resultado divulgado em 2012, para
todas Unidades da Federação, tendo Santa Catarina obtido a melhor nota, 6,29 e o estado do Pará a pior, 4,17. O
Estado do Paraná obteve a segunda posição com a nota 6,23. A média brasileira foi 5,47.
O Município de Campina Grande do Sul obteve a média 6,49 ficando na posição 156 entre os Municípios do
Paraná, sendo que a melhor nota obtida foi 7,93 e o Município na última posição obteve nota de 4,39.
Na sequência os mostram os resultados para o Município de Campina Grande do Sul com as notas e os
respectivos indicadores avaliados.

TABELA 134 INDICADOR/NOTA IDSUS


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
8,31 10,00 0,23 7,80 7,59 4,30 6,64 10,00 4,88 8,92 3,57 5,61
13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
0,00 0,00 0,00 0,00 10,00 9,55 6,62 7,41 5,90 5,03 5,62 3,47
FONTE: IDSUS/MS

QUADRO 5 INDICADORES AVALIADOS – 2008-2019 - IDSUS, 2012


1. Cobertura populacional estimada pelas Equipes Básicas de 2. Cobertura populacional estimada pelas Equipes Básicas de
Saúde Saúde Bucal
3. Média da ação coletiva de escovação dental supervisionada 4. Proporção de exodontia em relação aos procedimentos
5. Proporção nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de 6. Razão de exames de mamografia realizados em mulheres
pré-natal de 50 a 69 anos e população da mesma faixa etária
7. Razão de exames citopatológicos do colo do útero em mulheres 8. Razão de internações clínico-cirúrgicas de média
de 25 a 59 anos e a população da mesma faixa etária complexidade e população residente
9. Razão de procedimentos ambulatoriais selecionados de média 10. Razão de internações clínico-cirúrgicas de alta
complexidade e população residente complexidade e população residente
11. Razão de procedimentos ambulatoriais de alta complexidade
12. Proporção de acesso hospitalar dos óbitos por acidente
selecionados e população residente
13. Proporção de internações de média complexidade realizadas 14. Proporção de internações de alta complexidade realizadas
para não residentes para não residentes
15. Proporção de procedimentos ambulatoriais de alta 16. Proporção de procedimentos de média complexidade
complexidade realizados para não residentes realizados para não residentes
17. Proporção de Internações Sensíveis a Atenção Básica ISAB 18. Taxa de Incidência de Sífilis Congênita
19. Proporção de cura de casos novos de tuberculose pulmonar
20. Proporção de cura de casos novos de hanseníase
bacilifera
21. Cobertura com a vacina tetravalente em menores de 1 ano 22. Proporção de Parto Normal
24. Proporção de óbitos nas internações por infarto agudo do
23. Proporção de óbitos em menores de 15 anos nas UTI
miocárdio (IAM)
FONTE: IDSUS/MS

167
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

6|GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE

O Município na área de saúde possui um quadro com 258 servidores, o que equivale a 6 profissionais para
cada 1000 habitantes. Em termos de vínculos, 45 % são efetivos, 36 % contrato, 16 % cargo em comissão e 3 %
terceirizados. O Plano de Carreira, Cargos e Salários da Prefeitura está disposto na Lei Complementar nº 07/2012.

TABELA 135 RECURSOS HUMANOS E VÍNCULOS, 2021


Profissional Carga Horária Estatutário Contrato Cargo Comissão 3do. Total
Agente Comunitário de Saúde 40h 43 43
Agente Endemias 40h 3 3
Assistente Administrativo 40h 5 13 18
Assistente Social 40h 1 1 2
Atendente de UBS 40h 8 7 15
Auxiliar de Enfermagem 40h 5 5
Auxiliar de Farmácia 40h 5 5
Auxiliar de Saúde Bucal 40h 2 5 1 8
Auxiliar de serviços gerais 40h 22 22
Dentista 40h 6 6
Dentista 20h 7 7
Enfermeiro 40h 16 6 4 26
Escriturário 40h 1 1
Farmacêutico 40h 3 1 4
Fisioterapeuta 30h 3 3
Fonoaudiólogo 40h 2 2
Gerente UBS 40h 1 8 9
Médico 40h 2 8 5 15
Médico 20h 2 3 1 6
Médico 32h 3 3 6
Médico 16h 4 4
Motorista 40h 15 3 18
Nutricionista 40h 2 2
Oficial Administrativo 40h 2 2
Psicólogo 40h 3 3
Técnico de Enfermagem 40h 9 9 4 22
Terapeuta Ocupacional 30h 1 1
Total 115 94 40 9 258
% 45% 36% 16% 3% 100%
SMS/CGS

168
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Em 2019 começaram as contratações de pessoal através do Concurso Público, Edital nº 02/2018 para os seguintes
cargos: Auxiliar em Saúde Bucal, Técnico de Enfermagem, Assistente Social, Dentista, Enfermeiro, Farmacêutico,
Fisioterapeuta, Medico, Psicólogo e Terapeuta Ocupacional.

Educação Permanente em Saúde


O processo atual que se configura no campo da Educação Permanente em Saúde (EPS) foi desencadeado a partir da
Portaria GM/MS 3194 de 28 de novembro de 2017, que Dispõe sobre o Programa para o Fortalecimento das Práticas de
Educação Permanente em Saúde no Sistema Único de Saúde - PRO EPS-SUS. A Educação Permanente em Saúde (EPS) é uma
estratégia político pedagógica que toma como objeto os problemas e necessidades emanadas do processo de trabalho em
saúde, e relaciona o ensino, a atenção à saúde, a gestão do sistema e a participação do controle social. Tem por objetivo a
qualificação e aperfeiçoamento do processo de trabalho em vários níveis do sistema, orientando-se, portanto, para a melhoria
do acesso, qualidade e humanização na prestação de serviços e para o fortalecimento dos processos de gestão político-
institucional do SUS no âmbito federal, estadual, municipal e local. A institucionalização da Política Nacional de Educação
Permanente em Saúde (PNEPS) tem como marco referencial a publicação da Portaria GM/MS nº 198, de 13 de fevereiro de
2004, posteriormente foi editada a Portaria GM/MS 1.996/07, que dispõe sobre as diretrizes da PNEPS50. É necessário que o
Município elabore seu Plano Municipal de Educação Permanente em Saúde, conforme preconiza a Portaria GM/MS 3194 de
28 de novembro de 2017.
Atualmente o Município não tem um plano próprio para educação permanente em saúde, sendo que os servidores,
quando necessário participam das capacitações promovidas pelo Estado, através da Regional de Saúde. Na análise do Relatório
Anual de Gestão de 2020, registramos que, reconhecemos que o maior desafio para gestão da saúde no âmbito municipal está
relacionado à organização dos serviços e processos de trabalho, considerando a utilização racional dos recursos existentes para
garantir a eficiência na oferta de serviços aos usuários do SUS e a eficácia da Atenção à Saúde prestada a população, e nisso
tem-se concentrado os maiores esforços da equipe de Gestão Municipal. Nesse sentido a Educação Permanente em Saúde
pode contribuir decisivamente.
Conforme deliberação51 realizada na XII Conferencia Municipal de Saúde de 30/06/2015, uma dos eixos abordava
exatamente sobre isso. Capacitação continua e valorização profissional de saúde. E, desde então o município busca todos os
anos através de cursos, encontros, oficinas, seminários, participação da equipe em congressos, eventos e outros, capacitar seus
servidores, sendo realizados no próprio município e muitos deles promovidos pela SESA, MS e outros.

QUADRO 6 CAPACITAÇÕES OFERTADAS AOS PROFISSIONAIS DA SMS-CGS


Nº Data Tema da Capacitação Público Alvo
01 09, 16 e 23 /11/20 “Odontopediatria na Atenção Primária” Cirurgiões Dentistas
02 27/10/2020 à 30/10/2020 “Faturamento do SUS – Ambulatorial – especial COVID-19” Funcionários Faturamento
RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO/2020

PLANEJAMENTO REGIONAL INTEGRADO (PRI)/ GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO NA SAÚDE


• Quando da realização de levantamento de dados para o Planejamento Regional Integrado (PRI) em relação a questão: “2.6) Quais as
necessidades do município em relação à Gestão do Trabalho e Educação na Saúde?” o Município respondeu: Criação de um Núcleo
de Educação Permanente.

50
O conteúdo dessas portarias foi consolidado pela Portaria de Consolidação nº 2, de 28 de setembro de 2017, do Gabinete do Ministro/MS.
51
Relatório Anual de Gestão RAG-CGS/2020

169
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

7 PARTICIPAÇÃO, CONTROLE SOCIAL E OUVIDORIA

7.1 PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

O Controle Social é regido pela Constituição Federal promulgada em 05 de outubro de 1988, e a Lei 8.142 de
28 de dezembro de 1990 dispõe a participação da Comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde - SUS. Está
caracterizado pelo Conselho Municipal de Saúde - CMS, no SUS a luta pela democratização dos serviços de saúde, a
partir daí foram criados os Conselhos Municipais, Estaduais e Nacionais e as Conferências de Saúde. Os Conselhos
foram constituídos para formular ações para fiscalizar e deliberar sobre as políticas de saúde que estão
regulamentadas na Portaria 518/2004, de modo articulado e efetivo.
Conhecer o SUS passou a ser imprescindível é por isso que a promoção do conhecimento sobre a saúde no
País e o papel dos Conselhos de Saúde é fortalecer o SUS, estão sendo estruturados nos estados e municípios
brasileiros, realizando ações e instrumentos que favoreçam o desempenho de suas atribuições legais e políticas,
havendo participação para decidir os rumos da saúde em cada esfera federal, estadual e municipal, os membros são
eleitos como delegados fóruns municipais, são entidades bastante atuantes assim toda a política municipal é discutida
e aprovada no Conselho. É um legítimo exercício da democracia a participação do povo na política pública de saúde, é
preciso garantir que a discussão se dê em seu estado ou município de forma ampla transparente e ascendente,
também existem as pré-conferências em bairros, regiões ou distritos, nessas reflexões surge avaliações e propostas
consistentes que se traduzam em políticas públicas de saúde, devem-se reunir em cada região representantes da
sociedade civil, têm de serem pessoas interessadas nas questões relativas à saúde e à qualidade de vida do povo sobre
a política de saúde.
As Conferências de Saúde são realizadas a cada quatro anos é um fórum que reúne todos os segmentos da
sociedade, para debate para avaliação dos serviços de saúde, propor diretrizes para a formulação da política de saúde
nas três esferas de governo, sendo convocada pelo Poder Executivo ou pelo conselho de saúde, quando 50% + 1 dos
integrantes desse fórum conclamam a conferência, acontecendo de 4 em 4 anos, oportunidade debate, formulação
e avaliação das políticas municipais de saúde, qualquer pessoa pode presidir o conselho desde que seja conselheiro.
Reuniões realizadas mensalmente, e extraordinárias quando necessárias todas registradas em ATA, com lista de
presença obrigatória em todas as reuniões.
O CMS é monitorado pelo Sistema de Acompanhamento de Conselhos de Saúde (SIACS) e o papel dos
conselhos é alimentar as informações no Sistema. Esta ferramenta de cadastro dos conselhos de saúde já está
disponível no site do Conselho Nacional de Saúde e têm por objetivo agregar, informações e dados importantes de
todos os 5.564 conselhos municipais de saúde e os 27 estaduais sendo responsabilidade dos secretários-executivos
dos conselhos de saúde o preenchimento dos dados no sistema.
O Conselho Municipal de Saúde de Campina Grande do Sul foi constituído pela Lei Municipal 09/1991, órgão
deliberativo do Sistema Único de Saúde tem a competência de acompanhar, avaliar e fiscalizar os serviços de Saúde
prestados à população pelos órgãos e entidades. Enunciar diretrizes de elaboração do Plano Municipal de Saúde,
acompanhar a programação e a gestão financeira e orçamentária através do Fundo Municipal de Saúde.
A última Conferência realizada no Município foi XIII Conferencia realizada em 08/03/2019, com o tema:
Democracia e Saúde e teve como eixos:
1. Consolidação dos princípios do SUS.

170
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

2. Saúde como direito.


3. Financiamento adequado e suficiente para o SUS.
O Regimento interno atual do CMS de Campina Grande do Sul que está em vigor desde 01/09/2016.

Serviços Ofertados
O Conselho Municipal de Saúde (CMS) atua na formulação de estratégias, execução e controle da política de
saúde, analisam e aprovam o plano de saúde, os relatórios financeiros atuando como órgão de fiscalização dos serviços
de saúde do SUS. Promove e assegura a socialização de informações para fortalecer a participação popular e o controle
social com trabalho informativo/educativo.
O Conselho Municipal de Saúde se reúne mensalmente atualmente na penúltima terça feira de cada mês
reunião aberta ao público; Apresenta acessibilidade; Participa na apresentação do relatório quadrimestral dos
atendimentos e ações realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde; Alimenta o Sistema de Informações o SIACS.
Participação em capacitação de Conselheiros. Registra as informações das reuniões descritas em ATAS.
Na sequência quadro das reuniões realizadas em 2020, sendo total de 15 durante o ano de 2020.

QUADRO 7 REUNIÕES DO CMS, 2020


Nº Ata Data Reunião Assuntos Tratados
01/2020 18/02/2020 Ordinária Apresentação e aprovação PAS/2020; Palestra Estratégias de Prevenção na Família
com o médico naturopata Jesus Augusto Quintero; leitura da Ata.
02/2020 28/02/2020 Audiência Audiência Pública, para avaliação do cumprimento das Metas Fiscais referente ao 3º
Publica quadrimestre de 2019.
03/2020 10/03/2020 Extraordinária Apresentação e aprovação do Relatório Anual de Gestão RAG/2019. Leitura da Ata.
04/2020 23/03/2020 Extraordinária Contratação de médicos via credenciamento; SUPERAVIT 2019; transporte sanitário;
recurso do incremento temporário; recurso QUALIFARSUS; recomendação CNS
05/2020; parecer DR Repka; recursos UBS Jardim Paulista, Paiol, Araçatuba; IOF
CAPITAL; leitura da Ata ; assuntos gerais.
05/2020 31/03/2020 Ordinária 1 plano de trabalho (núcleo de vigilância epidemiológica ); Assuntos diversos; Leitura
da Ata 04.
06/2020 30/04/2020 Extraordinária Plano de aplicação COVID; Plano de contingência COVID; Decretos sobre
distanciamento social 1281/1288 de 2020; leitura da Ata05; substituição da secretaria
executiva.
07/2020 07/05/2020 Ordinária Leitura Ata nº 06/2020; apreciação repasses financeiros; Assuntos Gerais.
08/2020 26/05/2020 Ordinária Leitura da ata 07; plano de aplicação de recursos do incremento da atenção básica ,
assistência farmacêutica e qualificação das ações de atenção básica ;decreto
municipal 1303 lockdown região rural.
09/2020 30/06/2020 Ordinária 1º quadrimestre de 2020; leitura da Ata 08; plano de aplicação de recursos do COVID
E recurso do PAB; decreto 1325/1335 referentes a medidas de enfrentamento ao
COVID; reinauguração CEM.
10/2020 14/07/2020 Extraordinária Leitura da Ata 09; repasse conforme resolução 870/2020;
11/2020 28/07/2020 Ordinária Leitura da Ata 10; plano de aplicação dos recursos destinados ao enfrentamento da

171
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

COVID 19; decreto municipal n°1341; oficio n°115/2020 referente ao plano de


media e alta complexidade.
12/2020 31/08/2020 Ordinária Leitura da Ata 11/20; prestação de contas dos recursos utilizados em média e alta
complexidade; aprovação de novo plano para utilização dos recursos do superávit (
média e alta complexidade); reinauguração da UBS Conceição Maria de Andrade.
13/2020 12/11/2020 Extraordinária Leitura da Ata 12/20; utilização saldo emenda parlamentar para aquisição de
equipamento para o centro de zoonoses; relatório do 2° quadrimestre de 2020;
avaliação HOSPSUS.
14/2020 30/11/2020 Ordinária Leitura da Ata 13/20 ; apreciação dos plano de aplicação dos recurso destinados ao
enfrentamento da COVID 19; plano de aplicação dos recursos destinados ao
incremento da atenção básica; plano de aplicação atenção básica média e alta
complexidade; avaliação HOSPSUS e POA; palestra da importância da suplementação
na manutenção da saúde com o conselheiro Júlio Ramon; autorização recursos CMS;
15/2020 17/12/2020 Ordinária Leitura da Ata 14/20; decreto municipal n° 1412; dados atualizados pandemia COVID
19; Apreciação da solicitação do Hospital Angelina Caron para alteração do Plano de
Trabalho do termo de colaboração 0001/2020; cancelamento das reuniões
presenciais para avaliação do POA.

QUADRO 8 RESOLUÇÕES DO CMS, 2020


Nº Resolução Data Assunto
01/2020 18 /02/ 2020 Aprovação da Programação Anual de Saúde
02/2020 10/03/2020 Aprovação do Relatório Anual de Gestão

Estrutura Física
A sala do Conselho Municipal de Saúde está situada na Unidade de Saúde Santa Rosa, Rua Júlio Guidolin, Nº
72 - Bairro Santa Rosa; Fone: (41) 3679-6154 - E-mail: conselho_saude@gmail.com
Possui os seguintes materiais e equipamentos:
• Uma Mesa de Escritório • Um Computador
• Uma Cadeira giratória • Uma impressora Samsung
• Uma Mesa para reuniões 10 lugares • Uma Televisão 32 polegadas
• Oito Cadeiras • Um Aparelho telefônico
• Um Notebook • Um Armário duas portas (Aço)

Dificuldades
• Falta de um servidor administrativo para auxiliar no Conselho Municipal de Saúde
• Falta de ambiente seguro pra os materiais (falta de grades nas janelas);
• Internet
• Linha telefônica

172
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Ações e Estratégias do Controle Social


• Manter o Conselho Municipal de Saúde em • Realizar Cursos na formação permanente dos
funcionamento; conselheiros;
• Acompanhar execução orçamentária do CMS; • Implantar comissões: Fiscalização das
• Acompanhar execução orçamentária do Unidades de Saúde, Orçamento/Financeiro;
município; • Divulgar as deliberações do CMS junto à
• Participar de audiência Pública Municipal de imprensa local;
Saúde a cada 04 (quatro) meses; • Alimentar o Sistema de Informação do CMS;
• Realizar Conferência Municipal de Saúde; • Reestruturar a secretária Executiva (um
• Investir na formação dos conselheiros servidor para a função).
municipais de saúde nas Viagens de
capacitações fora do município;

7.2 OUVIDORIA DO SUS DE CAMPINA GRANDE DO SUL

A ouvidoria é o canal de comunicação entre o cidadão e a administração pública de forma a promover o


exercício da cidadania, e fortalecer as diretrizes do SUS na busca da melhoria na qualidade dos serviços prestados
O papel da ouvidoria é garantir espaço para o acolhimento das sugestões,
denúncias, reclamações e elogios, estabelecendo um canal democrático e de fácil
acesso aos cidadãos junto ao gestor e prestador de serviços de saúde do SUS.
Os objetivos da ouvidoria são:
- Ampliar a participação do cidadão na gestão / instituição;
- Possibilitar que a instituição avalie continuamente a qualidade dos serviços
prestados;
- Subsidiar o gestor na tomada de decisão, informando, através de seus
relatórios, os indicadores de satisfação do cidadão.
A Ouvidoria Municipal do SUS foi criada pelo Decreto Municipal nº 833/2017, de 03 de abril de 2017 que
define o funcionamento deste serviço no município.

Registros e Protocolos

O registro da demanda recebida dos cidadãos se dá por meio de atendimento presencial, telefônico (3676-
8110), e via e-mail (ouvidoriasus@pmcgs.pr.gov.br).
A demanda é registrada quando o cidadão procura a Ouvidoria do SUS para:
a) reclamar sobre uma insatisfação;
b) denunciar uma irregularidade;
c) solicitar alguma informação;
d) registrar elogios;
e) registrar sugestões

173
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

TABELA 136 DEMANDAS RECEBIDAS PELA OUVIDORIA, 2020


Período Reclamações Denuncia Elogio Informações Sugestões Total
Janeiro 19 0 0 3 0 22
Fevereiro 14 0 1 0 0 15
Marco 24 0 0 1 0 25
Abril 4 0 1 1 0 6
Maio 3 0 0 2 0 5
Junho 10 0 0 1 0 11
Julho 1 0 1 3 0 5
Agosto 5 0 1 0 0 6
Setembro 13 0 5 0 0 18
Outubro 2 0 0 0 0 2
Novembro 15 0 0 0 0 15
Dezembro 49 1 8 0 0 58
Total 159 1 17 11 0 188
% 84,6% 0,5% 9,0% 5,9% 0,0% 100,0%
RAG 2020

TABELA 137 DEMANDAS SOLUCIONADAS E PENDENTES, 2020


Demanda 2020 Solucionadas Pendentes
Reclamações 129 125 04
Denúncias 01 - -
Solicitações - - -
Elogios 12 - -
Sugestões 0 - -
Outra 11 - -
Total 153 - -
SMS CAMPINA GRANDE DO SUL OUVIDORIA

PLANEJAMENTO REGIONAL INTEGRADO (PRI)/PARTICIPAÇÃO SOCIAL (CONTROLE SOCIAL E OUVIDORIAS)


Quando da realização do Planejamento Regional Integrado (PRI), no que se refere a questão:
“2.5) Quais as necessidades do município em relação à participação social (controle social e ouvidorias) no
SUS?” o Município respondeu:
• Sensibilização e divulgação dos serviços disponíveis.

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

8|ENFRENTAMENTO A COVID 19

8.1 ASPECTOS GERAIS

Os Coronavírus?52 são uma grande família de vírus comuns em muitas espécies diferentes de animais,
incluindo camelos, gado, gatos e morcegos. Raramente, os coronavírus que infectam animais podem infectar pessoas,
como exemplo do MERS-CoV e SARS-CoV. Recentemente, em dezembro de 2019, houve a transmissão de um novo
coronavírus (SARS-CoV-2), o qual foi identificado em Wuhan na China e causou a COVID-19, sendo em seguida
disseminada e transmitida pessoa a pessoa.
A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus, denominado SARS-CoV-2, que apresenta um espectro
clínico variando de infecções assintomáticas a quadros graves. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a
maioria (cerca de 80%) dos pacientes com COVID-19 podem ser assintomáticos ou oligossintomáticos (poucos
sintomas), e aproximadamente 20% dos casos detectados requer atendimento hospitalar por apresentarem
dificuldade respiratória, dos quais aproximadamente 5% podem necessitar de suporte ventilatório.

• Primeiro Caso53
A Prefeitura de Campina Grande do Sul informa a confirmação do primeiro caso de coronavírus (COVID-19)
em um morador da cidade. Trata-se de um homem de 54 anos, morador do Jardim Paulista. A confirmação se deu na
última sexta-feira (03/04/2020), após comprovação de exames laboratoriais. O paciente encontra-se internado no
Hospital Vita, em Curitiba, onde passa bem, sem qualquer complicação em seu quadro de saúde. Ao receber alta, será
monitorado por equipes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Os sintomas iniciais apresentados pelo homem
foram exatamente os correspondentes aos previstos na manifestação do coronavírus: dor de cabeça, febre, tosse e
dificuldade na respiração. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, é possível que o paciente tenha contraído o vírus
durante recente viagem ao interior do Paraná. Ainda, conforme a SMS, houve um trabalho imediato de identificação
dos contatos realizados entre o homem e cerca de dez pessoas – a maioria familiares – as quais encontram-se em
isolamento absoluto.

• Plano de Contingência
Em relação a elaboração do Plano de Contingência para enfrentamento da COVID-19 o Município
acompanhou os procedimentos estabelecidos pelo Ministério da Saúde (MS) e Secretaria Estadual de Saúde (SESA) na
construção de seu Plano de Ação. destacando os principais aspectos da doença, como agente etiológico, período de
incubação, transmissão, período de transmissibilidade, manifestações clínicas, diagnóstico diferencial, diagnóstico
laboratorial, tratamento, recomendações para prevenção e controle, recomendações para os profissionais da saúde
e unidade básica de saúde, recomendações para empresas, estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, e
elaborou o Plano de Ação.

52
Campina Grande do Sul. Prefeitura Municipal. Disponível em https://www.campinagrandedosul.pr.gov.br/coronavirus Acesso em 20
ago.2021.
53
Disponível em https://www.campinagrandedosul.pr.gov.br/noticia/primeiro-caso-de-coronavirus-e-confirmado-em-campina-grande-do-sul-
segundo-caso-chegou-a-ser-lancado-no-sistema-da-sesa-por-engano Acesso em 20 ago.2021.

175
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

8.2 DADOS EPIDEMIOLÓGICOS COVID -19

No Estado do Paraná, segundo o Ministério da Saúde54 a incidência (Número de casos em 100 mil habitantes)
é de 12564,6 e a Mortalidade 322,3 a cada 100 mil habitantes, dados do dia 20/08/2021.
Em relação ao Município, o 74º. Boletim Epidemiológico, publicado em 23/09/2021 aponta os seguintes
dados:

TABELA 138 COVID-19: DADOS EPIDEMIOLÓGICOS, 2020-2021


Indicador N
Total dos casos confirmados 6154
Total de internamentos 1
Total em Isolamento Domiciliar 30
Taxa de mortalidade por 100.000 hab. 418,91
Total de óbitos 190
Total de recuperados 5929
Taxa de incidência por 100.000 hab. 13455,42
Letalidade 3,11%
SMS CAMPINA GRANDE DO SUL/MONITORAMENTO COVID-19. DADOS ATUALIZADOS 23/09/2021

FIGURA 29 PANORAMA COMPARATIVO DOS CASOS CONFIRMADOS E ÓBITOS 23/09/2021

SMS CAMPINA GRANDE DO SUL/MONITORAMENTO COVID-19. DADOS ATUALIZADOS 23/09/2021

54
Disponível em https://covid.saude.gov.br/ Acesso em 21 ago. 2021.

176
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

FIGURA 30 CASOS CONFIRMADOS DE COVID-19 POR FAIXA ETÁRIA E SEXO

SMS CAMPINA GRANDE DO SUL/MONITORAMENTO COVID-19. DADOS ATUALIZADOS 23/09/2021

4.6.2.1 PERFIL DOS ÓBITOS POR COVID-19

TABELA 139 COVID-19: ÓBITOS POR SEXO


Sexo N %
Masculino 112 59
Feminino 78 41
Total 190 100
SMS CAMPINA GRANDE DO SUL/MONITORAMENTO COVID-19. DADOS ATUALIZADOS 23/09/2021

FIGURA 31 NÚMERO DE ÓBITOS DE COVID-19 POR FAIXA ETÁRIA/SEXO

SMS CAMPINA GRANDE DO SUL/MONITORAMENTO COVID-19. DADOS ATUALIZADOS 23/09/2021

FIGURA 32 COVID-19 ÓBITOS POR SEXO (%)

SMS CAMPINA GRANDE DO SUL/MONITORAMENTO COVID-19. DADOS ATUALIZADOS 23/09/2021

177
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

8.3 TRANSPARÊNCIA COVID-19

8.3.1 PÁGINA NA INTERNET

A página do Município na internet, no site da prefeitura Municipal, com os dados da COVID é <
https://www.campinagrandedosul.pr.gov.br/coronavirus>. A página, “Transparência sobre a COVID-19” apresenta
transparência nas compras, prevenções e decretos, sobre o isolamento social, para possíveis decisões municipais
sobre COVID-19.
A figura a seguir apresenta os itens que podem ser acessados. Os itens que podem ser acessos são: Licitações;
Contratos e Atas; Receitas X Despesas; Receitas; Despesas Empenhadas; Despesas Liquidadas; Despesas Pagas;
Servidores e Portal da Transparência Completo.

FIGURA 33 PORTAL COVID-19

HTTPS://WWW.CAMPINAGRANDEDOSUL.PR.GOV.BR/CORONAVIRUS

8.3.2 ITP COVID-19 – Índice de Transparência TCE/PR

Por determinação do TCE PR foi implantado dentro do site da transparência municipal um link para acesso a
todas as informações relacionadas a COVID-19 de acordo com as exigências do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-
PR), denominado ITP COVID-19 – Índice de Transparência TCE\PR55,. O Município atingiu 92,25 % no ITP56, nota
superior à média da região e do Estado.

55
Tribunal de Contas do Paraná. Disponível em https://coronavirus.tce.pr.gov.br/itp-covid/ Acesso em 20 ago.2021
56
Disponível em https://www1.tce.pr.gov.br/conteudo/ferramentas-itp-covid-19/327942/area/250 Acesso em 20 ago.2021

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

FIGURA 34 ÍNDICE DE TRANSPARÊNCIA COVID - ITP TCE/PR

TCE/PR

8.3.3 PUBLICAÇÕES NA INTERNET

O Município utilizou os recursos da internet para publicar as ações e divulgar informações quanto ao
enfrentamento a pandemia, no site do Oficial do Município e nas redes sociais, tais como o Facebook

FIGURA 35 COVID REDES SOCIAIS FIGURA 36 COVID-19: SITE PM-CGS

HTTPS://WWW.FACEBOOK.COM/PREFDECAMPINA HTTPS://WWW.CAMPINAGRANDEDOSUL.PR.GOV.BR

O Relatório Anual de Gestão da Saúde do Município fez um registro das ações empreendidas pelo Município
no enfrentamento da COVID. Será transcrito aqui um trecho que tece considerações a respeito:
“As dificuldades foram imensas. A prioridade, salvar vidas. E como conciliar as necessidades de enfrentamento
à pandemia, com prioridades claramente delimitadas pelos instrumentos de gestão como a Programação Anual de
Saúde 2020? Todas as decisões foram tomadas levando em consideração esses fatores. Muito foi realizado, muitos
acertos, muitas iniciativas que salvaram vidas foram realizadas. E, apesar de, infelizmente, mesmo assim termos
perdido vidas irrecuperáveis, nossa cidade alcançou os melhores resultados na guerra travada contra o vírus. Mas o

179
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

que conquistamos, mesmo, foi a preservação de vidas, com nome, sobrenome, histórias, sonhos e desejos. A
preservação de milhares de vidas de pais e mães, de avós, de netos, de filhas e filhos. Isso nos orgulha. Essa era a nossa
missão. Era isso que esperavam de nós. Trabalhamos muito, em todas as esferas da governança municipal. Não houve
setor da administração que não tenha se envolvido nessa guerra. Em especial, os profissionais de saúde, homens e
mulheres que merecem honras, homenagens e nossa gratidão eterna. Não há maneira de agradecer a essas pessoas,
nem haverá, tamanha sua dedicação. Mas, além desses profissionais, muitos outros atuaram para manter Campina
Grande do Sul de pé, resistindo, existindo, em todas as áreas, como nosso Excelentíssimo Prefeito Municipal,
Secretária Municipal, as direções e coordenações técnicas de vigilância em saúde e sanitária. Nossos setores
administrativos dando celeridade nas liberações de documentos, processos necessários para atingirmos todas as
metas e ações do combate a esta pandemia. A cidade viveu o paradoxo de ter de parar, mas, ao mesmo tempo, seguir
em frente. E isso foi feito. Apesar das dificuldades e incertezas vividas nesse ano, aqui estamos. O mundo não para, e
precisamos seguir em frente, planejando, se organizando para uma cidade melhor”.

180
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

9|CONCLUSÃO DA ANÁLISE SITUACIONAL

O Município de Campina Grande do Sul está localizado na Região Metropolitana de Curitiba. O crescimento
populacional é positivo, porém ligeiramente inferior à média da região e superior à média do Estado. O grau de
urbanização é de 82 %.

No campo econômico tem PIB per capita inferior à média regional, e ligeiramente inferior à média dos
municípios do Estado. Segundo o IBGE, em 2019, o salário médio mensal era de 2,4 salários-mínimos e a proporção
de pessoas ocupadas em relação à população total era de 24.7%.

Os indicadores socioeconômicos o colocam em posição média no ranking dos 399 municípios do Estado,
sendo o Índice de Desenvolvimento Humano – Municipal (IDH-M) na posição 130, o Índice IPARDES de
Desenvolvimento Econômico, posição 260 e o Índice Gini, que representa a distribuição de renda, situado na posição
122. A taxa de analfabetismo é semelhante à média dos municípios do Estado, no entanto o Estado vem diminuindo
mais rapidamente essa taxa.

Entre o ano de 2016 e o de 2020, o Município teve um crescimento em beneficiários de Plano privado de
saúde. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em 2020, apontava 8833 pessoas com Plano de Saúde. Isso
equivale a 20,3 % da população. No Estado do Paraná essa taxa é de 25,3 %.

A taxa bruta de natalidade vem oscilando e encontra-se acima da média estadual verificada entre o período
de 2017-2020. A taxa de gravidez na adolescência supera a do Estado. Em relação aos partos cesáreos, o Município
apresenta uma média ligeiramente inferior à do Estado. O percentual de pré-natal com 07 ou mais consultas, é
desfavorável quando considerado com a média do Estado do PR. A taxa de mortalidade tem sido semelhante à do
Estado. A Mortalidade Infantil considerando a série histórica 2017-2020, é maior que a média do Estado para o
período. Considerando as três primeiras causas de óbito, no acumulado 2017-2020, foram Doenças do Aparelho
Circulatório, Neoplasias (tumores) e apresentando o mesmo resultado, Doenças do Aparelho Respiratório e Causas
Externas de morbidade e mortalidade. As internações no período 2017-2020 tiveram como as três primeiras causas:
Aparelho Circulatório, Gravidez, Parto e Puerpério e Causas Externas.

O Município ficou numa posição bastante desfavorável quando analisado os resultados da Pactuação
Interfederativa, no período 2017-2020, com apenas 40,5 % de metas alcançadas.

Sobre o financiamento, o percentual de recursos próprios investidos em saúde, está adequado conforme a
Lei Complementar 141/2012, que preconiza um mínimo de 15 % de recursos próprios investidos em Saúde. Em termos
comparativos a média do Município foi inferior à do Estado, 19,88 % e 22,59 %, respectivamente, em 2020.

Em sua estrutura de saúde, o Município possui 14 Unidades Básicas de Saúde, sendo 07 delas com equipes da
Estratégia Saúde da Família (ESF), e a cobertura pelas equipes de Saúde da Família é muito baixa. Em seu território

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

está localizado um Hospital de referência estadual. É associado ao Consórcio Intermunicipal da Região Metropolitana
(COMESP). O Município tem grande demanda reprimida na área de consultas e exames especializados.

Atualmente a Secretaria de Saúde conta com 309 profissionais, alocados nas UBS, VISA, CAPS, Central de
remoção e Secretaria de Saúde. Acreditamos que as maiores demandas e dificuldades da saúde estejam relacionadas
a:
• Dificuldade de contratação de profissionais;
• Rotatividade de profissionais nos serviços de saúde;
• Dados em sistema de prontuários não fidedignos a realidade;
• Falta de territorialização no município, o que impossibilita um diagnóstico real;
• Grande extensão territorial.

Ao final de 2021, com a diminuição das taxas de infecção e morte por COVID, após um esforço gigante de toda
a equipe, bem como a atuação eficaz da Vigilância em Saúde, em que mais 90,15% dos munícipes acima de 18 anos já
estão vacinados com a primeira dose57, as ações da atenção básica com prevenção e promoção a saúde estão de fato
voltando a sua condição de normalidade.

Dentre as metas do plano de governo 2021-2024, podemos destacar como prioridades:

1. Intensificar através de capacitação contínua a utilização do sistema de informação por parte dos
médicos e demais profissionais de saúde, proporcionando integração nas informações dos usuários do sistema;
2. Estruturação da linha de cuidados em saúde mental;
3. Viabilizar o pleno funcionamento do SAMU (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência), 24 horas,
via convênio com o Ministério da Saúde.

57
Disponível em
https://www.campinagrandedosul.pr.gov.br/noticia/municipio_atinge_90porcento_da_populacao_adulta_vacinada_contra_covid-19

182
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

TABELA 140 PAINEL GERAL DE INDICADORES – MUNICÍPIO E ESTADO, 2016 E 2020


Indicador Fonte Data Município Paraná Data Município Paraná
População Estimada IBGE 2016 42.187 11.242.720 2020 43.685 11.516.840
Densidade Demográfica (hab./km2) IPARDES 2016 78 56,25 2020 80,58 57,62
PIB Per Capita (R$ 1,00) IPARDES 2014 25.038 31.411 2018 36.518 38.773
% da população em extrema pobreza (%) MS 2010 2,23 2,73 2010 2,23 2,73
% da população com plano de saúde (%) MS 2016 16,89 24,95 2021 20,3 25,3
Índice de Desenvolvimento Humano - IDHM IPARDES 2010 0,718 0,749 2010 0,718 0,749
Índice de Gini Per Capita IBGE 2010 0,4434 0,5416 2010 0,4434 0,5416
Taxa de Analfabetismo de 15 anos ou mais (%) IBGE 2010 6,03 6,28 2010 6,03 6,28
Grau de Urbanização (%) IBGE 2010 82,44 85,33 2010 82,44 85,33
Taxa de Crescimento Geométrico (%) IBGE 2010 1,15 0,89 2010 1,15 0,89
Índice de Idosos (%) IBGE 2010 18,43 32,98 2010 18,43 32,98
Razão de Dependência (%) IBGE 2010 46,16 43,78 2010 46,16 43,78
Razão de Sexo (%) IBGE 2010 98,41 96,56 2010 98,41 96,56
Taxa de Envelhecimento (%) IPARDES 2010 4,91 7,55 2010 4,91 7,55
Taxa de Fecundidade (filhos/mulher) IPARDES 2010 1,9 1,86 2010 1,9 1,86
Leitos Hospitalares Existentes (número) MS 2015 372 27.166 2020 356 27.774
Leitos Hospitalares Existentes (/1000 hab.) MS 2015 8,82 2,42 2020 8,15 2,41
IDSUS MS 2012 6,49 6,23 2012 6,49 6,23
Recursos Próprios em Saúde (%) SIOPS 2016 17,64 24,3(1) 2020 19,88 22,59
Cobertura Atenção Básica (%) MS 2017 85,65 % 77,23 2020 76,93 79,57
Cobertura Saúde da Família (%) MS 2017 61,00 % 66,87 2020 31,88 63,31
Cobertura de Saúde Bucal (%) MS 2017 60,91 % 59,73 2020 71,03 55,64
Cobertura ESF-SB (%) MS 2017 49,07 % 37,59 2020 39,84 37,87
Condicionalidades do PBF (%) MS 2016 98,14 %. 78,95 2021 99,60 65,54
Nascidos Vivos (NV) MS 2015 770 160947 2020 688 146.255
Taxa de Natalidade (/1000 hab.) MS 2015 18,25 14,31 2020 15,61 12,65
Mães até 19 anos (%) MS 2015 20,2 16,8 2020 11,3 11,0
Baixo peso ao nascer (%) MS 2015 2,6 8,4 2020 8,8 8,6
Parto cesáreo (%) MS 2015 58,18 61,40% 2020 63 65
7 consultas ou + (%) MS 2015 70 82,0 2020 72,7 84,0
Óbitos gerais MS 2015 258 70756 2020 336 83.509
Taxa de Mortalidade (/1000 hab.) MS 2015 6,17 6,3 2020 7,7 7,3
Óbitos < 1 ano MS 2015 14 1753 2020 6 1358
Mortalidade Infantil (/1000 NV) MS 2015 17,14 10,89 2020 8,8 9,6
Óbitos Maternos (/100000 NV) MS 2015 0,00 50,95 2019 145,1 46,49
Mortalidade 1ª. Causa/% MS 2015 Respirat. 19 Circulat. 29 2020 Neoplasia 19 Ap. Círc. 24
Mortalidade 2ª. Causa/% MS 2015 C. Ext. 19 Neopl. 19 2020 Ap. Circ. 19 Neopl. 18
Mortalidade 3ª. Causa/% MS 2015 Neopl. 17 C. Ext. 12 2020 Inf. Paras. 18 Inf. Paras.13
Morbidade Hospitalar 1ª. Causa/% MS 2016 Circulat. 29 Gravidez 15 2020 Ap. Circ. 37 Gravidez 16
Morbidade Hospitalar 2ª. Causa/% MS 2016 Gravidez 19 Circulat. 13 2020 Gravidez 11 C. Ext. 13
Morbidade Hospitalar 3ª. Causa/% MS 2016 Digest. 10 Respirat. 13 2020 C. Ext. 10 Ap. Circ. 12

183
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

P ARTE II - D IRETRIZES , O BJETIVOS , M ETAS E I NDICADORES

Com a análise situacional elaborada58, é possível avançar na identificação e definição das diretrizes e
prioridades que comporão o Plano de Saúde e todos os demais instrumentos de planejamento. É bom lembrar que as
diretrizes serão definidas visando responder às necessidades de saúde da população, identificadas na análise
situacional e, por isso mesmo, mantêm relação com os temas que orientaram a construção da análise situacional.
Nesta etapa são consideradas as condições de saúde da população e explicitados os compromissos e
responsabilidades exclusivas do setor saúde expressos em Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores; os
determinantes e condicionantes de saúde, onde constam as medidas compartilhadas ou sob a coordenação de outros
setores (intersetorialidade); e a gestão em saúde, com as respectivas medidas de seu aperfeiçoamento.

Metas
DIRETRIZES Objetivos
Indicadores

Diretrizes Expressam ideais de realização e orientam escolhas estratégicas e prioritárias. Devem ser definidas em
função das características epidemiológicas, da organização dos serviços, do sistema de saúde e dos marcos
da Política de Saúde.
Objetivos Expressam resultados desejados, refletindo as situações a serem alteradas pela implementação de
estratégias e ações. Declaram e comunicam os aspectos da realidade que serão submetidos a intervenções
diretas, permitindo a agregação de um conjunto de iniciativas gestoras de formulação coordenada.
Referem-se à declaração “do que se quer” ao final do período considerado.
Metas Expressam a medida de alcance do Objetivo. Um mesmo Objetivo pode apresentar mais de uma meta em
função da relevância destas para o seu alcance, ao mesmo tempo em que é recomendável estabelecer
metas que expressem os desafios a serem enfrentados.
Indicadores Conjunto de parâmetros que permite identificar, mensurar, acompanhar e comunicar, de forma simples,
a evolução de determinado aspecto da intervenção proposta. Devem ser passíveis de apuração periódica,
de forma a possibilitar a avaliação da intervenção.

58
Ministério da Saúde. Manual de Planejamento do SUS.

184
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

PLANO DE GOVERNO 2021-2024


1. Ampliar o horário de atendimento das unidades de saúde do Paiol 11. Promover a continuidade e aprimorar o atendimento
de Baixo e do Jardim Paulista até às 22:00 horas. da Estratégia da Saúde da Família, garantindo rotineiramente a
2. Garantir e melhorar o acesso da população a serviços de realização das visitas domiciliares pela equipe multidisciplinar,
qualidade, com eqüidade e em tempo adequado ao atendimento das indicado para pessoas que apresentam dificuldades temporárias
necessidades de saúde, mediante aprimoramento da política de atenção ou definitivas de sair do espaço da casa para chegar até uma
básica e da atenção especializada. unidade de saúde, ou ainda para pessoas que estejam em
3. Implantar a regulação municipal para liberações de cirurgias situações nas quais a atenção domiciliar é a mais indicada para o
eletivas de média complexidade, através de convênios firmados entre a seu tratamento.
administração municipal diretamente com o prestador. 12. Ampliar a oferta de serviços referentes ao programa de
4. Continuar com a realização de concursos públicos, bem como, saúde bucal do município.
testes seletivos para contratações de profissionais da saúde para um 13. Viabilizar o pleno funcionamento do SAMU (Serviço
atendimento cada vez melhor das demandas. Móvel de Atendimento de Urgência), 24 horas, via convênio com
5. Ampliar a realização de exames de baixa complexidade, o Ministério da Saúde.
diretamente pelo município, através da compra de equipamentos. 14. Ampliar a oferta de consultas médicas especializadas,
6. Manter e estreitar mais o vínculo com o Conselho Municipal de dando acesso e garantindo aos munícipes o atendimento no
Saúde, qualificando-o e discutindo cada vez mais os assuntos de saúde do serviço de média complexidade, através dos convênios firmados
município. entre administração municipal diretamente com o prestador.
7. Criar o programa de formação continuada dos profissionais da 15. Ampliar os atendimentos médicos em todas as
área da saúde. unidades de saúde.
8. Ampliar e criar programas especiais para cuidados com a saúde 16. Ampliar e intensificar o programa MÃE CAMPINENSE.
mental de crianças, jovens, adultos e idosos. 17. Manter o atendimento integral de fornecimento de
9. Intensificar através de capacitação contínua a utilização do sistema óculos de grau a toda a população em vulnerabilidade social.
de informação por parte dos médicos e demais profissionais de saúde, 18. Manter o fornecimento de aparelhos auditivos aos
proporcionando integração nas informações dos usuários do sistema. pacientes em vulnerabilidade social, priorizando os usuários com
10. Manter o fornecimento de medicamentos constantes na diagnósticos agravados.
REMUME em todas as unidades básicas de saúde, permitindo o acesso dos 19. Continuar e intensificar os programas da Vigilância em
usuários aos medicamentos imediatamente após a sua prescrição médica Saúde.
no ato do atendimento.

CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE/2019


Eixo 1: Consolidação dos Eixo 2: Saúde como Direito Eixo 3: Financiamento adequado e
Princípios do SUS 1) Criação de um aplicativo na área da saúde, onde os usuários da suficiente para o SUS
1) Aumentar a Estratégia Saúde rede pública recebam um aviso quando marcado uma consulta e/ou 1) Investimento em Atenção Básica
da Família visando atender as exame, e para que haja confirmação dessas marcações, a pessoa resolutiva, com financiamento
demandas locais da população. também deverá estar confirmando através do próprio aplicativo; adequado em ações de Prevenção
3) Humanizar o atendimento 3) Realizar ações que envolvam o conhecimento da população não e Promoção da Saúde; 04 votos
com profissionais qualificados e somente seus direitos como também seus deveres. Sendo realizados 4) Definir percentual de investimento
treinados, ética profissional e através de cartilhas nas escolas e nas UBSs bem como palestras nas para a União, tal qual é definido para
profissional técnico. unidades e até mesmo por meio de vídeos colocados para que os os Estados e Municípios, garantindo o
usuários assistam durante a permanência nas unidades; rateio tripartite dos custos da saúde.

185
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

QUADROS DAS DIRETRIZES, OBJETIVOS, METAS E INDICADORES

DIRETRIZ 1 - QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO EM SAÚDE

OBJETIVO 1 - FORTALECER AS INSTÂNCIAS DE REGULAÇÃO DE ACESSO AOS SERVIÇOS CONTRATUALIZADOS


INDICADOR LINHA-BASE META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO META PLANO UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE
E AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO (2022 - 2025) MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA
Regular o acesso dos serviços
especializados gerados através da rede
Número de unidades com serviço
1 primária de saúde de forma eletrônica, 0 2020 NUMERAL 7 NUMERAL 1 3 5 7
eletrônico implantado
através de sistema de informação
próprio
Viabilizar e organizar os complexos
reguladores municipais, permitindo a
2 descentralização da regulação de Número de UBS descentralizadas 0 2020 NUMERAL 4 NUMERAL 1 2 3 4
exames especializados às Unidades de
Saúde.
Desenvolver e implantar sistema de
informação através de aplicativo na
Número de aplicativo para notificações
área de saúde onde os usuários da
3 de agendamentos de consulta 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 0 1 0 0
rede pública receberão notificações
implantado.
sobre os agendamentos realizados
pela Central de Regulação. (PC)
Ampliar a realização de exames de
Número de novos equipamentos
4 baixa complexidade 0 2020 NUMERAL 2 NUMERAL 2 0 0 0
eletrocardiograma adquiridos.
(eletrocardiograma), diretamente pelo
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Município através da aquisição de


equipamentos próprios
Manter os serviços de credenciamento
existentes, garantindo aos usuários o
atendimento ao serviço de média
5 Número de credenciados mantidos 25 2020 NUMERAL 25 NUMERAL 25 25 25 25
complexidade, através dos convênios
firmados entre a administração
municipal e o prestador

OBJETIVO 2 - FORTALECER O SISTEMA MUNICIPAL DE AUDITORIA, AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO


INDICADOR LINHA-BASE META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO META PLANO UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE
E AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO (2022 - 2025) MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA
Implantar e desenvolver rotinas de
monitoramento e avaliação dos Número de avaliações realizadas
6 0 2020 NUMERAL 25 NUMERAL 10 15 20 25
prestadores contratualizados para anualmente em cada prestador
serviços de saúde

187
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

DIRETRIZ 2 - FORTALECIMENTO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE

OBJETIVO 1 - FORTALECER A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE COMO COORDENADORA DO CUIDADO E ORDENADORA DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE.
INDICADOR LINHA-BASE META META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO E UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE PLANO (2022
AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA - 2025)
Aumentar o número de equipes da
7 Número de ESF implantadas 7 2020 NUMERAL 5 NUMERAL 1 2 3 5
Estratégia Saúde da Família (ESF)
Reduzir a cada ano o número de
mortalidade prematura (de 30 a 69
anos) em relação 2020, pelo conjunto
das quatro principais doenças crônicas Número absoluto de morte prematura por
8 156 2020 NUMERAL 110 NUMERAL 146 130 120 110
não transmissíveis (do aparelho doenças crônicas não transmissíveis
circulatório, câncer, diabetes e
respiratórias crônicas) por habitantes
nessa faixa etária
Reduzir o número de mortalidade por
Número absoluto de morte por causas
9 causas externas, exceto agressões 41 2020 NUMERAL 30 NUMERAL 38 36 34 30
externas
interpessoais
Realizar territorialização para a
10 Número de territorialização realizadas. 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 0 1 0 0
readequação das áreas de abrangência
Retomar as ações do Programa de Número de UBS com o Programa de
11 0 2020 NUMERAL 2 NUMERAL 2 0 0 0
Tabagismo Tabagismo implantado e em funcionamento.

188
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Número de UBS com Linha de Cuidados de


Implementar Linha de Cuidados de
12 Hipertensão e Linha de Cuidado de Diabetes 0 2020 NUMERAL 7 NUMERAL 2 4 6 7
Hipertensão e Diabetes
implantadas
Implantação e implementação da Número de Unidades de Saúde com
13 estratificação de risco para Fragilidade estratificação de risco para fragilidade de 0 2020 NUMERAL 7 NUMERAL 4 7 0 0
de idosos idosos implantada
Número de Unidades de Saúde com a
Implementação da Linha de Cuidados
14 implantação da Linha de Cuidados em Saúde 0 2020 NUMERAL 7 NUMERAL 2 4 6 7
de Saúde Mental
Mental.
Van Automotor para transporte
15 Número de veículos adquiridos. 1 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 0 1 0 0
sanitário
Tablets para Agentes Comunitários de
16 Número de tabletes adquiridos. 0 2020 NUMERAL 42 NUMERAL 0 42 0 0
Saúde
Aprimorar e ampliar o sistema de Número de Unidades de Saúde com
informação das Unidades de Saúde e implantação faltantes de sistema de
17 16 2020 NUMERAL 4 NUMERAL 1 2 3 4
dos Setores administrativos e da gestão informação; (Canelinha, Divisa, Cerne e
da SMS Taquari)

OBJETIVO 2 - AMPLIAR O ACESSO DAS MULHERES ÀS AÇÕES DE PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA E COLO DE ÚTERO.
INDICADOR LINHA-BASE META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO META PLANO UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE
E AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO (2022 - 2025) MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA

189
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Razão entre exames citopatológicos do


Atingir a razão de exames
colo do útero na faixa etária de 25 a 64
18 citopatológicos do colo do útero para 0,6 2020 RAZÃO 0,6 RAZÃO 0,6 0,6 0,6 0,6
anos e a população feminina na mesma
a população-alvo.
faixa etária
Razão entre mamografias realizadas nas
Atingir a razão de mamografias
19 mulheres de 50 a 69 anos e a população 0,45 2020 RAZÃO 0,45 RAZÃO 0,45 0,45 0,45 0,45
realizadas na população-alvo
feminina nessa faixa etária

OBJETIVO 3 - QUALIFICAR E AMPLIAR A LINHA DE CUIDADO À SAUDE DA MULHER E ATENÇÃO MATERNO INFANTIL.
INDICADOR LINHA-BASE META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO META PLANO UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE
E AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO (2022 - 2025) MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA

Manter o número absoluto de mortes


20 Número absoluto de morte materna 0 2020 NUMERAL 0 NUMERAL 0 0 0 0
maternas ao ano

Aumentar o percentual de gestantes


Percentual de gestantes com 6 ou mais
21 com 06 (seis) ou mais consultas no 24% 2020 PERCENTUAL 50% PERCENTUAL 30% 35% 40% 50%
consultas de pré-natal
pré-natal

Reduzir número de gestações em Número de nascidos vivos de mães com


22 77 2020 NUMERAL 60 NUMERAL 72 68 64 60
adolescentes menos de 20 anos

Implantar e implementar a Estratégia Número de Unidades de Saúde com


23 0 2020 NUMERAL 4 NUMERAL 1 2 3 4
Amamenta e Alimenta Brasil implantação EAAB

190
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Garantir o acompanhamento
Percentual de atendimento dos usuários
nutricional dos usuários cadastrados
24 cadastrados no Programa Municipal de 64% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 70% 80% 100% 100%
no Programa Municipal de Dietas
dietas especiais.
Especiais
Implantar o Projeto de Rede Apoio ao
Número de UBS com projeto
25 Aleitamento Materno nas Unidades 0 2020 NUMERAL 7 NUMERAL 1 3 5 7
implantado
Básicas de Saúde
Ampliar a cobertura de
acompanhamento das
26 Percentual da cobertura atingida 24% 2020 PERCENTUAL 80% PERCENTUAL 50% 60% 70% 80%
condicionalidades de saúde do
Programa Bolsa Família

OBJETIVO 4 - QUALIFICAR A LINHA DE CUIDADO EM SAÚDE BUCAL NO MUNICÍPIO, INCREMENTANDO AS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE BUCAL OFERTADO E
OPORTUNIZANDO A MELHORIA DO ACESSO PARA A EFETIVA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO.
INDICADOR LINHA-BASE META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO META PLANO UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE
E AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO (2022 - 2025) MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA

Ampliar a equipe de saúde bucal na


27 Número de ESB implantada 5 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 0 0 0
Atenção Primária no município

Realizar consulta anual de


Porcentagem de consultas realizadas
atendimento odontológico individual
28 para mulheres com gestação 8% 2020 PERCENTUAL 40% PERCENTUAL 10% 20% 30% 40%
na APS em gestantes cadastradas no
identificadas e estratificadas no período.
município.

191
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Realizar mensalmente a reabilitação


de saúde bucal com confecção de no
mínimo 20 próteses dentárias totais Número de próteses realizadas na rede
29 220 2020 NUMERAL 960 NUMERAL 240 240 240 240
e/ou parciais através do LRPD de atenção em saúde bucal.
(Laboratório Regional de Prótese
Dentária) implantado no município.
Realizar ação anual para detecção e
30 Número de ações realizadas no ano. 0 2020 NUMERAL 4 NUMERAL 1 1 1 1
diagnóstico de lesões de câncer bucal.
Promover capacitação técnico-
científica anual para todos os
profissionais envolvidos na saúde Número de capacitações realizadas para
31 1 2020 NUMERAL 4 NUMERAL 1 1 1 1
bucal buscando aprimoramento, determinado grupo de pessoas no ano.
motivação e aperfeiçoamento
contínuos dos processos de trabalho.

32 Realizar supervisões anuais por


profissional de saúde bucal habilitado
Número de supervisões realizadas 0 2020 NUMERAL 8 NUMERAL 2 2 2 2
da fluoretação semanal em crianças
das escolas municipais.

OBJETIVO 5 - IMPLEMENTAR A LINHA DE CUIDADO EM SAÚDE MENTAL NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE


INDICADOR LINHA-BASE META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO META PLANO UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE
E AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO (2022 - 2025) MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA

192
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Implementar a linha de cuidado em


saúde mental através de Número de ações de matriciamento
33 6 2020 NUMERAL 7 NUMERAL 7 7 7 7
matriciamento em 7 Unidades de realizadas ao ano
Saúde do município.
Ampliar e manter os profissionais e
manter a equipe de servidores para Número de novos profissionais
34 desempenho das funções técnicas contratados para compor a equipe para 5 2020 NUMERAL 4 NUMERAL 1 1 1 1
junto ao CAPS I conforme portaria 336 o desempenho de funções técnicas
de 19 de fevereiro de 2002.
Participar de capacitação anual em
saúde mental com no mínimo 50% da
Percentual de profissionais capacitados
35 equipe técnica do CAPS, através de 50% 2020 PERCENTUAL 50% PERCENTUAL 50% 50% 50% 50%
anualmente
cursos e eventos como congressos,
fóruns, seminários e encontros.
Fortalecer ações de Saúde Mental
Percentual de participação nas reuniões
através do apoio na participação do
36 do Conselho Municipal de Políticas 0 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
Conselho Municipal de Políticas
Públicas sobre Drogas.
Públicas Sobre Drogas.
Manter o atendimento de serviço
ambulatorial em Saúde Mental,
Número de novos profissionais
37 ampliando o quadro de profissionais 2 2020 NUMERAL 2 NUMERAL 0 1 1 0
contratados
para desempenho de suas funções
técnicas (psiquiatria, psicologia).
Promover a contratação de
profissional com especialização na Número de novos profissionais com
38 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 0 0 0
área para exercer atividades de especialização contratados
Coordenação em Saúde Mental.

193
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Criar programas de ações educativas Número de ações para cuidados com a


39 para o cuidados com a saúde mental saúde mental 0 2020 NUMERAL 2 No. Abs.. 0 0 1 1
de crianças, jovens, adultos e idosos.

OBJETIVO 6 - IMPLANTAÇÃO DA FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE DE CAMPINA GRANDE DO SUL


INDICADOR LINHA-BASE META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO META PLANO UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE
E AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO (2022 - 2025) MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA
Criar e implantar a Fundação Pública de
Direito Privado de Atenção à Saúde
para o desenvolvimento de saúde no
âmbito do SUS mediante assinatura de
Número de Fundação à Assistência da
40 contrato de gestão/desempenho ou 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 0 0 0
Saúde implantado
outro instrumento congênere com o
município de Campina Grande do Sul
assim como monitoramento do
pactuado.

OBJETIVO 7 - FORTALECER A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA EM CAMPINA GRANDE DO SUL


INDICADOR LINHA-BASE META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO META PLANO UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE
E AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO (2022 - 2025) MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA
41 Revisão da REMUME a cada 2 anos Número de Revisões realizadas 0 2020 Numeral 2 Numeral 1 0 1 0

194
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Realizações de reuniões da CFT


42 Número de Eventos realizados 1 2020 Numeral 12 Numeral 3 3 3 3
(Comissão de Farmácia e Terapêutica).
Implantação de sistema de informação
integrando a rede farmacêutica Número de Estabelecimentos
43 1 2020 Numeral 5 Numeral 2 3 5 5
municipal com os estabelecimentos da informatizados
área rural.
Realização de capacitações anuais aos
44 profissionais da assistência Número de Capacitações realizadas 2 2020 Numeral 4 Numeral 1 1 1 1
farmacêutica.
Adequação da área física da Central de Número de Adequações
45 0 2020 Numeral 1 Numeral 0 1 0 0
Abastecimento Farmacêutico (CAF) da área física da CAF
Descentralização da entrega de Número de Unidades de Saúde com
46 medicamentos psicotrópicos e dispensação de medicamentos 2 2020 Numeral 1 Numeral 0 0 1 0
antibióticos. controlados
Melhoria nas estruturas das farmácias e
Número de Estabelecimentos
47 dispensários nas Unidades Básicas de 1 2020 Numeral 5 Numeral 2 4 5 5
estruturados
Saúde
Criação do cargo Atendente de Número de cargos de Atendente de
48 0 2020 Numeral 1 Numeral 0 1 0 0
Farmácia farmácia aprovados

DIRETRIZ 3 - FORTALECIMENTO DA REDE DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA

OBJETIVO 1 - IMPLANTAR UM SERVIÇO DE ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 24 HORAS.


Nº DESCRIÇÃO DA META INDICADOR LINHA-BASE META PLANO (2022 - 2025) META PREVISTA

195
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

INDICADOR PARA MONITORAMENTO UNIDADE DE UNIDADE DE


VALOR ANO 2022 2023 2024 2025
E AVALIAÇÃO DA META MEDIDA MEDIDA
Implantação da Rede de Urgência e Número de serviço de Urgência/
49 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 0 0 0
Emergência Emergência implantado
Realizar capacitação anual a equipe Número de capacitações anuais
50 0 2020 NUMERAL 4 NUMERAL 1 1 1 1
de urgência e emergência realizadas

DIRETRIZ 4 - QUALIFICAÇÃO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE

OBJETIVO 1 - IMPLEMENTAR E DAR CONTINUIDADE ÀS AÇÕES SISTEMÁTICAS DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE.


INDICADOR LINHA-BASE META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO META PLANO UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE
E AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO (2022 - 2025) MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA
Revisar ou editar nova Lei de Vigilância Número da Leis de Vigilância em Saúde
51 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 0 0 0 1
em Saúde publicadas
Regularizar e manter em 100 % da Percentual de ocupação das vagas da
52 65% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
equipe de Vigilância em Saúde equipe da Vigilância em Saúde
53 Aquisição e compra de veículo Número de veículos adquiridos. 1 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 0 1 0 0

196
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

OBJETIVO 2 - IMPLEMENTAR E DAR CONTINUIDADE ÀS AÇÕES SISTEMÁTICAS DE VIGILANCIA AMBIENTAL, COMPREENDENDO A IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DAS
SITUAÇÕES DE RISCO, A ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E A APLICAÇÃO DE PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS. COM ATENÇÃO ESPECIAL AOS SEGMENTOS QUE
APRESENTAREM MAIOR NÚMERO DE AGRAVOS A SAUDE RELACIONADOS AO MEIO AMBIENTE.
INDICADOR LINHA-BASE META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO META PLANO UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE
E AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO (2022 - 2025) MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA
Percentual do número de áreas
Diagnosticar e mapear 30% das áreas
diagnosticadas/mapeadas em relação
54 com ocorrência de caso confirmado de 0% 2020 PERCENTUAL 30% PERCENTUAL 30% 30% 30% 30%
ao número total de áreas com casos
leptospirose
positivos para leptospirose
Realização de oficinas sobre a Dengue
55 nos estabelecimentos de Ensino Número de oficinas realizadas por ano 0 2020 NUMERAL 16 NUMERAL 4 4 4 4
Públicos
Identificar e cadastrar 01 área com
56 suspeita de contaminação de solo ao Número de áreas cadastradas no ano 0 2020 NUMERAL 4 NUMERAL 1 2 3 4
ano
Percentual de casos investigados em
Investigar 100% das notificações de
57 relação ao número total de casos 0% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
surtos de doenças hidro veiculadas.
notificados de doenças hidro veiculadas
Percentual de Estações de Tratamento
Realizar inspeção em 100% das de Água inspecionadas em relação ao
58 Estações de Tratamento de Água (SAC) número total de Estações de 100% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
localizadas no município Tratamento de Água localizadas no
município.

197
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Realizar o monitoramento do vírus Percentual de amostras encaminhadas


59 rábico em 100% dos cães que forem em relação ao número total de casos 0% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
notificados com suspeita de raiva. identificados.
Realizar eventos anuais do DIA D
60 Número de eventos realizados 0 2020 NUMERAL 8 NUMERAL 2 2 2 2
DENGUE
Realizar Monitoramento do vírus
Percentual do número de casos
rábico na população urbana de
61 monitorados em relação ao número 0% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
morcegos -100% dos casos
total de casos notificados.
notificados.
Realizar reuniões mensais com os
62 membros do Comitê Municipal de Número de reuniões realizadas ao ano 6 2020 NUMERAL 12 NUMERAL 12 12 12 12
Controle e Prevenção da Dengue
Realizar Levantamento de Índice de
Infestação, conforme estabelecido nas
63 Diretrizes Nacionais de Controle da Percentual de Visitas realizadas. 0% 2020 PERCENTUAL 10% PERCENTUAL 10% 10% 10% 10%
Dengue. Realizando o percentual de
10% de visitas em imóveis.
Coletar e Analisar 100% das amostras
Percentual de amostras coletadas em
de larvas do mosquito Aedes aegypti
64 relação ao número de armadilhas 100% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
quando coletadas nas armadilhas
instaladas
Larvitramps.
Manter VIGIAGUA e cumprir no
Percentual de amostras realizadas em
mínimo 60% do Plano de Amostragem
65 relação ao número total de amostras 60% 2020 PERCENTUAL 60% PERCENTUAL 60% 60% 60% 60%
para análises microbiológicas e físico-
contidas no Plano Amostral.
químicas.

198
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

OBJETIVO 3 - QUALIFICAR AS AÇÕES DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA.


INDICADOR LINHA-BASE META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO E META PLANO UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE
AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO (2022 - 2025) MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA
Capacitar 100% dos profissionais para
66 atuação nas ações de vigilância sanitária Percentual de profissionais capacitados 0 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
de alimentos, produtos e serviços.
Averiguar, anualmente, 100% das
denúncias e reclamações provenientes Percentual de denúncias/reclamações
66 70% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
da Ouvidoria do SUS, emitindo parecer atendidas
técnico.
Cumprir, minimamente, 80% das ações
67 de vigilância sanitária pactuadas no Percentual de indicadores atingidos 80% 2020 PERCENTUAL 80% PERCENTUAL 80% 80% 80% 80%
SIA/SUS, anualmente.
Manter, anualmente, cadastro
atualizado dos estabelecimentos
68 sujeitos a vigilância sanitária, nos sites Percentual dos sistemas alimentados 100% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
SIEVISA, EMPRESA FÁCIL E DA
PREFEITURA
Alimentar os sistemas de informação
69 SIA/SUS, SNGPC, NOTIVISA, SHT e Percentual dos sistemas alimentados 100% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
outros, periodicamente
Realizar, anualmente, análise de
Percentual dos Projetos analisados e
70 projetos arquitetônicos de interesse da 80% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
aprovados
saúde com 100 % dos Projetos

199
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

analisados e/ou aprovados, exceto os


que necessitam aprovação pelo Estado.

Realizar coleta de amostras de


71 produtos para análise laboratorial com Percentual das Coletas realizadas 30% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
100% das Coletas realizadas.

OBJETIVO 4 - FORTALECER A SAÚDE DO TRABALHADOR COMO UMA AÇÃO TRANSVERSAL DO SUS.


INDICADOR LINHA-BASE META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO META PLANO UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE
E AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO (2022 - 2025) MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA
Promover ações preventivas através
72 de atividades educacionais, para Número de ações realizadas no ano 0 2020 NUMERAL 10 NUMERAL 2 3 2 3
conscientização do trabalhador
Investigar e encerrar 100% das fichas
Percentual do número de casos
de notificações recebidas de casos
73 monitorados em relação ao número 70% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100 100 100 100
de doenças ou agravos relacionados
total de casos notificados.
ao trabalho
Realizar vistorias em busca de
menor de idade em atividade não Número de empresas vistoriadas e
74 0 2020 NUMERAL 12 NUMERAL 3 3 3 3
permitida e notificar o conselho número de menores
tutelar.
Participar de cursos, treinamentos e Número de cursos, treinamentos e
75 eventos relacionados a saúde do eventos relacionados à saúde do 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 1 1 1
trabalhador anualmente trabalhador, realizado ao ano.

200
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Realizar ação anualmente de


76 promoção em saúde com Número de ação realizada no Ano 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 1 1 1
trabalhadores da construção civil.
Realizar 1 ação anualmente de
77 promoção em Saúde do Trabalhador Número de ação realizada no Ano 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 1 1 1
Rural

OBJETIVO 5 - MANTER E FORTALECER AS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA.


INDICADOR LINHA-BASE META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO META PLANO UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE
E AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO (2022 - 2025) MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA
Manter em 100% a digitação no
78 SINAN, de todas as Notificações Percentual das notificações digitadas 100% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
Compulsória.
Investigar e encerrar 100 %
oportunamente as notificações de
79 doenças de notificação compulsória Percentual das notificações encerradas 100% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
imediata (DNCI) em até 60 dias após
notificação.
Intensificar a investigação dos agravos
80 notificados, para o encerramento em Percentual dos óbitos investigados 100% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
60 dias após a notificação.
Investigar e registrar no módulo SIM
81 Web 95 % dos óbitos de Mulher em Percentual dos óbitos investigados 95% 2020 PERCENTUAL 95% PERCENTUAL 95% 95% 95% 95%
Idade Fértil (MIF).

201
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Aumentar para 96% a proporção de


Percentual registro de óbitos por causa
82 registros de óbitos com causa básica 100% 2020 PERCENTUAL 96% PERCENTUAL 96% 96% 96% 96%
definida
definida.
Percentual de óbitos alimentados no
Ampliar para 95% o registro de óbitos
83 SIM de acordo com a Portaria nº 100% 2020 PERCENTUAL 95% PERCENTUAL 95% 95% 95% 95%
no SIM.
116/2009.
Percentual de nascidos vivos
Ampliar para 95% o registro de
84 alimentados no SINASC de acordo com a 100% 2020 PERCENTUAL 95% PERCENTUAL 95% 95% 95% 95%
nascidos no SINASC.
Portaria nº 116/2009.
Percentual dos casos novos
Ampliar para 95% o tratamento e cura diagnosticados de hanseníase, conforme
85 95% 2020 PERCENTUAL 95% PERCENTUAL 95% 95% 95% 95%
de casos novos em Hanseníase. protocolo estabelecido pelo Ministério
da Saúde.
Ampliar a investigação de contatos de
casos novos de tuberculose pulmonar
86 Percentual dos contatos investigados. 90% 2020 PERCENTUAL 95% PERCENTUAL 95% 95% 95% 95%
bacilifera. Investigação de no mínimo
95% dos contatos.
Ampliar para 90% o percentual dos
Percentual dos casos de tuberculose
87 casos de tuberculose testados para 90% 2020 PERCENTUAL 90% PERCENTUAL 90% 90% 90% 90%
testados para HIV.
HIV.
Ampliar para 90% o percentual de cura Percentual dos casos de tuberculose
88 90% 2020 PERCENTUAL 90% PERCENTUAL 90% 90% 90% 90%
em pacientes com tuberculose. bacilifera curados.
Percentual das salas de vacina do
Manter o mínimo de 95% das salas de
89 município alimentando mensalmente o 95% 2020 PERCENTUAL 95% PERCENTUAL 95% 95% 95% 95%
vacina.
SI-PNI/APIWEB.

202
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Manter a notificação e investigação em


82 100% das fichas de notificação de Percentual das fichas de notificação 100% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
Eventos Adversos Pós-Vacinação.
Manter em 100% a vacinação para
90 Hepatite B em todo RN dentro das Percentual vacinados ao final do ano 100% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
primeiras 12 horas.
Manter em 100 % das Unidades de
Saúde com serviço de notificação
91 Percentual unidades notificadoras. 100% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
contínua da violência doméstica, sexual
e outras violências.
Implantar Grupo Técnico (GT)
92 Municipal de Resposta Rápida ao Número de grupo técnico implantado 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 0 0 0
Coronavírus em caráter temporário
Fomentar estratégia de educação em
Número absoluto de estratégias
93 saúde para os profissionais da rede 0 2020 NUMERAL 4 NUMERAL 1 1 1 1
realizadas
municipal voltadas à COVID-19.
Monitoramento de casos positivos de Percentual de caso monitoramentos
94 100% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
COVID 19 realizados.
Garantir Equipamentos de Proteção
Percentual de profissionais em atuação
95 Individual aos profissionais 100% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
com o recebimento de EPI.
considerando o perfil de atuação.
Garantir a distribuição de materiais de Percentual de estabelecimentos de
96 limpeza para desinfecção dos saúde com o recebimento de materiais 100% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
estabelecimentos de saúde. de limpeza.
Garantir a distribuição regular de Percentual de distribuição regular de
97 100% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
medicamentos necessários para medicamentos para suporte dos casos

203
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

suporte dos casos positivos para de COVID 19 na rede de saúde do


COVID19, conforme prescrição médica município.
Manter Teleatendimentos voltados ao Número de serviços de
98 1 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 1 1 1
período de pandemia COVID-19. teleatendimentos implantados.
Manter Plataforma online atualizada
para monitoramento dos
Número de plataforma online voltada
99 atendimentos realizados na rede 1 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 1 1 1
ao enfrentamento da COVID-19
municipal de saúde voltados à COVID
19 e publicações de informações.
Disponibilização de aplicativo de
100 acesso ao laudo com resultados dos Número de aplicativos adquiridos. 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 0 0 0
exames PCR - COVID 19
Notificar 100% dos casos de covid em Número de plataforma criada voltada ao
101 100% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
plataforma online enfrentamento da COVID-19
Ampliar ponto de coleta PCR nas
102 Número de UBS com serviço implantado 3 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 0 0 0
Unidades Básicas de Saúde
Realizar testagem rápida por antígeno Número de UBS realizando testagem
103 0 2020 NUMERAL 3 NUMERAL 3 0 0 0
nas UBS referenciadas para exame. rápida
Manter cobertura vacinal de grupos
prioritários para vacinação
104 Percentual de vacinados 100% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
estabelecidos pelo Ministério da
Saúde.
Garantir 100% dos estabelecimentos Percentual de estabelecimentos com o
105 com os insumos para campanha de recebimento de insumos 100% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
vacinação contra Covid 19.

204
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Garantir a desinfecção nos pontos de Percentual de pontos com a realização


106 100% 2020 NUMERAL 4% NUMERAL 4% 4% 4% 4%
coleta COVID 19. da limpeza.

DIRETRIZ 5 - FORTALECIMENTO DA GESTÃO DO TRABALHO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚD E

OBJETIVO 1 - FORTALECER A EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE E OS PROCESSOS DE CONSTRUÇÃO E DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTOS VOLTADOS ÀS
NECESSIDADES DO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL.
INDICADOR LINHA-BASE META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO E META PLANO UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE
AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO (2022 - 2025) MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA
Desenvolvimento do protocolo Saúde
107 da Mulher e implementação nas Número de protocolos publicados. 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 0 0 1 0
equipes
Desenvolvimento do protocolo de
108 gestantes e Número de protocolos publicados. 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 0 1 0 0
implementação nas equipes
Desenvolvimento do Protocolo
109 Municipal de Dietas Especiais e Número de protocolos publicados. 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 0 0 0
implementação no Município
Desenvolvimento do Protocolo
110 Municipal de atendimento - demanda Número de protocolos publicados. 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 0 0 0
de cuidados a criança na equipe

205
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

multiprofissional e implementação no
Município
Desenvolvimento de Protocolo
111 Número de protocolos publicados. 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 0 1 0 0
Municipal de Enfermagem
Elaborar protocolos de regulação
municipal de acesso às consultas e
112 Número de protocolos publicados. 0 2020 NUMERAL 3 NUMERAL 0 1 1 1
exames (protocolo para baixa, média e
alta complexidade).
Desenvolver protocolo municipal
específico de referência para exames
113 Número de protocolos publicados. 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 0 0 0
de imagem de interesse à saúde bucal
da população.
Desenvolver e estabelecer protocolo
de referência para atendimento na
114 especialidade de odontopediatria para Número de protocolos publicados. 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 0 0 0
pacientes de difícil manejo
ambulatorial nas UBS.
Elaborar e implementar o protocolo de
115 atendimento do CAPS, garantindo a Número de protocolos publicados. 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 0 0 0 1
sua divulgação.
Construir fluxos/protocolos de Número de fluxos/protocolos
116 0 2020 NUMERAL 2 NUMERAL 2 0 0 0
assistência à saúde construídos no município
Realizar ações com as equipes
voltadas para o atendimento de
forma humanizada, buscando Número de capacitações anuais
117 0 2020 NUMERAL 4 NUMERAL 1 1 1 1
acolher os usuários de forma digna, realizadas
sempre respeitando os direitos da
população, com um atendimento no

206
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

tempo certo e com equidade, sendo


sensíveis às peculiaridades e
vulnerabilidades de cada cidadão.

DIRETRIZ 6 – FORTALECIMENTO DO CONTROLE SOCIAL NO SUS

OBJETIVO 1 - DELIBERAR E FISCALIZAR OS INSTRUMENTOS DE GESTÃO ORÇAMENTARIA E DO SUS, FORTALECER E MELHORAR A QUALIFICAÇÃO DOS CONSELHEIROS E
SERVIÇOS DE OUVIDORIA.
INDICADOR LINHA-BASE META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO META PLANO UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE
E AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO (2022 - 2025) MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA
Realizar no mínimo 12 reuniões
118 anuais do conselho municipal de Número de reuniões realizadas ao ano 15 2020 NUMERAL 12 NUMERAL 12 12 12 12
saúde
Participar de audiências públicas
119 Número de audiências realizadas ao ano 3 2020 NUMERAL 3 NUMERAL 3 3 3 3
anualmente
Manter a fiscalização dos Número de instrumentos de gestão
120 5 2020 NUMERAL 6 NUMERAL 5 5 5 6
instrumentos de gestão fiscalizados em tempo oportuno.
Realizar oficinas anuais com
Número de oficinas/capacitações
121 temática sobre o SUS para 0 2020 NUMERAL 2 NUMERAL 2 2 2 2
realizadas ao ano.
conselheiros municipais.
Realizar visita anual ao serviço de Número de visitas realizadas
122 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 1 1 1
saúde do município anualmente

207
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

Publicar boletim anual com


informações da situação de saúde e
123 Número de boletins divulgados ao ano. 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 1 1 1
divulgação de serviços da rede de
saúde do município
Monitorar o processo de verificação
Percentual de UBS com pesquisa de
124 da satisfação dos usuários em 100% 0 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 0 100% 100% 100%
satisfação implantada.
das Unidades de Saúde
Realizar análise situacional dos Número de análises situacionais
125 0 2020 NUMERAL 8 NUMERAL 2 2 2 2
dados oriundos da Ouvidoria realizadas
Realizar ações que envolvam o Número de ações anuais que envolvam o 0 2020 Numeral 04 Numeral. 1 1 1 1
conhecimento da população não conhecimento da população
somente seus direitos como
também seus deveres. Sendo
126
realizados através de
disponibilização de materiais
informativos e outras ações que
sejam pertinentes as pautas;

208
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

P ARTE III – M ONITORAMENTO E A VALIAÇÃO

A palavra monitor59 vem do latim: monitum e significa “aquele que dá conselho, que faz pensar, que adverte,
que lembra”. O monitoramento e avaliação devem ocupar lugar de relevância no processo de planejamento da
Secretaria Municipal de Saúde.
Na sequência são apresentados conceitos sobre Monitoramento e Avaliação, ressaltando que há uma gama
muito grande conceituações a respeito desses processos.

QUADRO 9 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO


Monitoramento Avaliação
Processo sistemático e contínuo que, produzindo Processo que implica na coleta sistemática de informações sobre as
informações sintéticas e em tempo eficaz, permite a rápida atividades, características e produtos dos programas para fazer
avaliação situacional e a intervenção oportuna que confirma julgamentos sobre o programa, melhorar a efetividade do mesmo e
ou corrige as ações monitoradas. (Garcia – 2001) ou informar decisões sobre futuras programações. (Patton - 1997)

Concretamente, no contexto da Secretaria Municipal de Saúde esse processo se dá através do


acompanhamento das diretrizes emanadas deste Plano, anualizadas pelas Programações Anuais de Saúde (PAS),
monitoradas nos Relatórios Detalhados do Quadrimestre Anterior (RDQA) e avaliados nos Relatórios Anuais de Gestão
(RAG). O Ciclo fica assim estabelecido conforme determina a Portaria
de Consolidação 01/2017.
O Monitoramento do Plano60 tem a finalidade de contribuir
com a tomada de decisão dos técnicos e gestores e qualificar a
prestação de contas das políticas púbicas para a sociedade. Dessa
forma, articula os instrumentos e os sistemas de gestão preconizados
pela legislação do SUS em uma sequência de monitoramento
dividida em quatro fases, compreendidas pelos instrumentos de
gestão do SUS, quais sejam: os Relatórios Detalhados dos
Quadrimestre Anterior dos 1º; 2º e 3º Quadrimestres, apresentados
respectivamente nos meses de maio, setembro e fevereiro ao
Conselho Municipal de Saúde e à Câmara de Vereadores em
Audiência Pública e o Relatório Anual de Gestão, apresentado até 30
de março de cada ano ao CMS.
Segundo o Ministério da Saúde61, o Acesso aos resultados do processo de monitoramento e avaliação
constitui-se em poderoso instrumento de democratização da informação sobre objetivos, metas e resultados
alcançados pelos órgãos de saúde, ao tornar públicas e transparentes as avaliações realizadas, favorecendo o
empoderamento e a mobilização social, que se refletem em fomento da participação e do controle de ações e serviços
prestados pelo SUS, na busca da equidade e da qualidade em saúde.

59
Marconi Fernandes de Sousa. Disponível em https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/992/1/SOUSA%2C%20Marconi%20Fernandes%20-
%20Conceitos%20B%C3%A1sicos%20de%20Monitoramento%20e%20Avalia%C3%A7%C3%A3o.pdf Acesso 1 out. 2021
60
SESA PR Plano Estadual de Saúde 2020-2023.
61
Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa. Disponível em
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_estrategica_participasus_2ed.pdf Acesso em 16 set.. 2021
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

C ONSIDERAÇÕES F INAIS

Finalizado o Plano, dá-se prosseguimento ao processo de planejamento. O próximo passo é a


elaboração da Programação Anual de Saúde (PAS), onde as metas do Plano deverão ser anualizadas incluindo-
se no processo as Ações que possibilitam atingir os resultados previstos nas metas. Em seguida terão os
Relatórios Detalhados do Quadrimestre Anterior (RDQA) que permitem monitorar as metas até avaliação no
Relatório Anual de Gestão.

Portanto este é um instrumento norteador, que ajudará a gestão e a equipe na travessia do cotidiano
do trabalho, permitindo alinhar os processos necessários para a execução das atividades.

É importante, ao concluir, ressaltar que este Plano como instrumento central do planejamento da saúde
do Município, trouxe a possibilidade de elucidar a realidade vivida, revelada através do levantamento de dados,
indicadores e informações, mas passa agora para o tempo futuro trazendo novas possibilidades de
aprimoramento do trabalho e das ações e serviços objetivando o melhor atendimento possível as necessidades
de saúde de nossa comunidade.

Por trazer possiblidades futuras, é, portanto, um documento aberto a retificações e sobretudo


colaborações que permitam seu aperfeiçoamento e sua importância como subsídio fundamental da gestão.

Aos que de alguma maneira participaram desse processo, fica a certeza de que a tarefa foi executada,
tendo todos dado o melhor de si, para que o objetivo fosse efetivamente cumprido.

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

R EFERÊNCIAS B IBLIOGRÁFICAS

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025

A NEXOS

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