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2021
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
DIRETORES
JOSIANE LUNARDON
Coordenação da Vigilância Epidemiológica
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
EQUIPE DE ELABORAÇÃO
Decreto nº 1.544, de 09 de julho de 2021
I - Representantes de gestão:
a) Membro Titular: MICHEL GIL VESPASIANO LOPES
b) Membro Suplente: ROSEMARI DE FÁTIMA COELHO BRUNHAROTTO
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Mesa Diretora
Presidente Valdivio Mendes Oliveira
Vice-Presidente Marlova Elizabete Silveira
Secretaria Karla Busnardo de Souza Serrano
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
A Secretaria Municipal de Saúde planeja e executa a política de saúde no município de Campina Grande do Sul,
por meio da implementação do Sistema Municipal de Saúde e do desenvolvimento de ações de
promoção, proteção e recuperação da saúde da população, com a realização integrada
de atividades assistenciais e preventivas.
MISSÃO
VISÃO
VALORES
Ética Integridade
Equidade Compromisso
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SIGLAS E ABREVIATURAS
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TABELAS
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TABELA 86 CASOS DE HEPATITE C E TAXA DE DETECÇÃO (POR 100.000 HABITANTES), 2017-2020 ..................................................................... 98
TABELA 87 CASOS DE HANSENÍASE, 2017-2020 .............................................................................................................................................................. 99
TABELA 88 VIOLÊNCIA INTERPESSOAL E AUTOPROVADA, 2017-2020....................................................................................................................... 99
TABELA 89 INTERNAMENTOS POR CAUSAS, 2016-2020 ..............................................................................................................................................100
TABELA 90 INTERNAMENTOS, POR SEXO, ACUMULADO 2016-2020 .........................................................................................................................101
TABELA 91 INTERNAMENTOS POR FAIXA ETÁRIA, ACUMULADO 2016-2020............................................................................................................102
TABELA 92 CAUSAS DE INTERNAÇÕES SENSÍVEIS A ATENÇÃO PRIMÁRIA (ICSAP), 2017-2020 ................................................................................103
TABELA 93 PERCENTUAL DE INTERNAÇÕES SENSÍVEIS A ATENÇÃO PRIMÁRIA, 2017-2020 ....................................................................................104
TABELA 94 PACTUAÇÃO INTERFEDERATIVA E RESULTADOS, 2017/2020 ENVIADO POR SCHEYLA 19OUT ............................................................104
TABELA 96 PACTUAÇÃO INTERFEDERATIVA, PERCENTUAL DE RESULTADOS ATINGIDOS, 2017-2020 ...................................................................105
TABELA 97 COMPARATIVO EPIDEMIOLÓGICO – INDICADORES SELECIONADOS, MUNICÍPIO E ESTADO...............................................................107
TABELA 98 INTOXICAÇÃO EXÓGENA – POR AGENTE, 2017-2020 ...............................................................................................................................110
TABELA 99 PROCEDIMENTOS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2017-2020 .......................................................................................................................111
TABELA 100 NOTIFICAÇÃO DOS AGRAVOS DA SAÚDE DO TRABALHADOR ...............................................................................................................113
TABELA 101 AVALIAÇÃO DO MUNICÍPIO PQA-VS, 2019. .............................................................................................................................................115
TABELA 102 SITUAÇÃO ATUAL DA IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMAS E ESTRATÉGIAS DA APS.................................................................................119
TABELA 103 COBERTURA DE ATENÇÃO BÁSICA, DEZEMBRO/2020............................................................................................................................119
TABELA 104 COBERTURA DE SAÚDE BUCAL, DEZEMBRO/2020..................................................................................................................................119
TABELA 105 COBERTURA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE, 2020......................................................................................................................120
TABELA 106 TAXA DE INTERNAMENTO/POPULAÇÃO (%), 2017-2020 .......................................................................................................................122
TABELA 107 LEITOS SUS E NÃO SUS NO MUNICÍPIO ....................................................................................................................................................122
TABELA 108 LEITOS POR CLÍNICA, JULHO/2021 ............................................................................................................................................................122
TABELA 109 INTERNAMENTO QUANTO AO CARÁCTER DE ATENDIMENTO, 2017-2020 .........................................................................................124
TABELA 110 INTERNAMENTOS QUANTO AO GRUPO DE PROCEDIMENTOS, 2017-2020................................................................................................124
TABELA 111 INTERNAÇÕES DE RESIDENTES POR ESTABELECIMENTO, 2017-2020 ...................................................................................................125
TABELA 112 ADESÃO DO MUNICÍPIO AO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA ...............................................................................................................130
TABELA 113 INTERNAÇÕES POR FRATURA DE FÊMUR EM IDOSOS, 2017-2020...........................................................................................................131
TABELA 114 ATENDIMENTO MULTIPROFISSIONAL CAPS, 2020 ..................................................................................................................................138
TABELA 115 ATENDIMENTO PSICOLÓGICO AMBULATORIAL EM CENTRO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS – CEM, 2020 .....................................138
TABELA 116 ATENDIMENTO PSIQUIÁTRICO AMBULATORIAL, 2020 ..........................................................................................................................138
TABELA 117 SAÚDE BUCAL – DADOS E INDICADORES, 2019-2020 .............................................................................................................................142
TABELA 118 UNIDADES DISPENSADAS DE MEDICAMENTOS PELO MUNICÍPIO, 2018-2020 ....................................................................................150
TABELA 119 ORIGEM DAS RECEITAS A SAÚDE, 2017-2020 ..........................................................................................................................................153
TABELA 120 DESPESAS EMPENHADAS POR SUBFUNÇÕES, 2017-2020......................................................................................................................154
TABELA 121 DIFERENÇA ENTRE O VALOR EXECUTADO E O LIMITE MÍNIMO CONSTITUCIONAL, 2017-2020 ........................................................154
TABELA 122 INDICADORES FINANCEIROS DA SAÚDE, 2017-2020...............................................................................................................................155
TABELA 123 EXECUÇÃO DE RECURSOS FEDERAIS POR BLOCO DE FINANCIAMENTO E PROGRAMA DE TRABALHO, 2020..................................156
TABELA 124 TRANSFERÊNCIA FINANCEIRA MENSAL DE CUSTEIO DA APS .................................................................................................................157
TABELA 125 CAPITAÇÃO PONDERADA, ABRIL/2021.....................................................................................................................................................158
TABELA 126 PER CAPITA DE TRANSIÇÃO, DEZEMBRO/2020 .......................................................................................................................................158
TABELA 127 PAGAMENTO POR DESEMPENHO – ISF, 3 QUADRIMESTRE/2020 ........................................................................................................159
TABELA 128 TRANSFERÊNCIA FINANCEIRA MENSAL – EQUIPE DE SAÚDE BUCAL ....................................................................................................159
TABELA 129 TRANSFERÊNCIA FINANCEIRA MENSAL – AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE ....................................................................................160
TABELA 130 TRANSFERÊNCIA FINANCEIRA MENSAL – INFORMATIZA APS ................................................................................................................160
TABELA 131 DEMOSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS COM RECURSOS DA UNIÃO - COVID, 2020...................................................................160
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
TABELA 132 DEMOSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS COM RECURSOS PRÓPRIOS - COVID, 2020 ...................................................................161
TABELA 133 DEMOSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS COM RECURSOS ESTADUAIS - COVID, 2020 .................................................................162
TABELA 134 DEMOSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS CONSOLIDADO - COVID, 2020........................................................................................162
TABELA 135 INDICADOR/NOTA IDSUS ...........................................................................................................................................................................167
TABELA 136 RECURSOS HUMANOS E VÍNCULOS, 2021 ...............................................................................................................................................168
TABELA 137 DEMANDAS RECEBIDAS PELA OUVIDORIA, 2020 ....................................................................................................................................174
TABELA 138 DEMANDAS SOLUCIONADAS E PENDENTES, 2020..................................................................................................................................174
TABELA 139 COVID-19: DADOS EPIDEMIOLÓGICOS, 2020-2021.................................................................................................................................176
TABELA 140 COVID-19: ÓBITOS POR SEXO ....................................................................................................................................................................177
TABELA 141 PAINEL GERAL DE INDICADORES – MUNICÍPIO E ESTADO, 2016 E 2020 ...............................................................................................183
FIGURAS
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QUADROS
QUADRO 1 LOCAIS DE LAZER, ATIVIDADES FÍSICAS, ESPORTE, NATUREZA E CULTURA DO MUNICÍPIO................................................................... 58
QUADRO 2 QUADRO-SÍNTESE ACOMPANHAMENTO PROGRAMAS SOCIAIS, MAIO/2021 ....................................................................................... 61
QUADRO 3 UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO.........................................................................................................................................117
QUADRO 4 SERVIÇOS INSUFICIENTES POR NÍVEL DE ATENÇÃO (PRI), 2019 ..............................................................................................................126
QUADRO 5 INDICADORES AVALIADOS – 2008-2019 - IDSUS, 2012.............................................................................................................................167
QUADRO 6 CAPACITAÇÕES OFERTADAS AOS PROFISSIONAIS DA SMS-CGS .....................................................................................................................169
QUADRO 7 REUNIÕES DO CMS, 2020 ............................................................................................................................................................................171
QUADRO 8 RESOLUÇÕES DO CMS, 2020 .......................................................................................................................................................................172
QUADRO 9 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO ..............................................................................................................................................................209
GRÁFICOS
GRÁFICO 1 CONSULTAS ESPECIALIZADAS NO MUNICÍPIO (%), ACUMULADO 2017-2020 ........................................................................................ 32
GRÁFICO 2 ÍNDICE DE GINI................................................................................................................................................................................................ 48
GRÁFICO 3 NÚMERO DE NASCIDOS VIVOS, 2010-2020 ................................................................................................................................................ 68
GRÁFICO 4 NÚMERO DE ÓBITOS, 2010-2020 ................................................................................................................................................................. 72
GRÁFICO 5 CAUSAS DE ÓBITOS, ACUMULADO 2017-2020........................................................................................................................................... 75
GRÁFICO 6 GRÁFICO 5 NÚMERO DE ÓBITOS POR SEXO, ACUMULADO 2017-2020 .................................................................................................. 77
GRÁFICO 7 MORTALIDADE PREMATURA POR FAIXA ETÁRIA (%), ACUMULADO 2017-2020.................................................................................... 84
GRÁFICO 8 ÓBITOS PREMATUROS POR CAUSAS (%), ACUMULADO 2017-2020 ........................................................................................................ 82
GRÁFICO 9 AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA (%), ACUMULADO 2017-2020 .......................................................................................... 92
GRÁFICO 10 INTERNAMENTOS POR CAUSA, ACUMULADO 2017-2020 (%) .............................................................................................................101
GRÁFICO 11 UNIDADES DE MEDICAMENTOS DISPENSADAS, 2018-2020 .................................................................................................................150
GRÁFICO 12 RECURSOS PRÓPRIOS EM SAÚDE, 2000-2020 (%)..................................................................................................................................157
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
SUMÁRIO
Apresentação ......................................................................................................................................................................................................... 16
Introdução .............................................................................................................................................................................................................. 17
Aspectos Gerais do Município ............................................................................................................................................................................... 20
Parte I – Análise Situacional .................................................................................................................................................................................. 25
1 ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DO SISTEMA DE SAÚDE ......................................................................................................................................... 26
1.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ....................................................................................................................................................................... 26
1.2 ESTABELECIMENTOS ......................................................................................................................................................................................... 29
1.2 EQUIPAMENTOS ................................................................................................................................................................................................ 30
1.3 PRODUÇÃO DE SERVIÇOS ................................................................................................................................................................................. 30
1.4 TRANSPORTE SANITÁRIO.................................................................................................................................................................................. 36
2 CONDIÇÕES SOCIOECONOMICAS ............................................................................................................................................................................ 38
2.1 PERFIL DEMOGRÁFICO...................................................................................................................................................................................... 38
2.2 PERFIL SOCIOECONÔMICO ............................................................................................................................................................................... 44
2.3 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO.................................................................................................................................................................................. 68
2.4 VIGILÂNCIA EM SAÚDE ...................................................................................................................................................................................108
3. PERFIL ASSISTENCIAL ..............................................................................................................................................................................................117
3.1 ATENÇÃO BÁSICA ............................................................................................................................................................................................117
3.2 ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA (AAE) .......................................................................................................................................120
3.3 ASSISTÊNCIA HOSPITALAR ..............................................................................................................................................................................122
4 REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS) ........................................................................................................................................................................127
4.1 LINHAS DE CUIDADO .......................................................................................................................................................................................127
4.2 REDE DE ATENÇÃO AS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS ..................................................................................................................................143
4.3 FLUXOS DE ACESSO .........................................................................................................................................................................................143
5 GESTÃO EM SAÚDE..................................................................................................................................................................................................145
5.1 INTEGRAÇÃO DA ATENÇÃO E VIGILÂNCIA EM SAÚDE ......................................................................................................................................145
5.1 REGULAÇÃO, AUDITORIA, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO....................................................................................................................146
5.3 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA ........................................................................................................................................................................148
5.4 JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE .............................................................................................................................................................................151
5.5 CONTROLE INTERNO .......................................................................................................................................................................................152
5.5 FINANCIAMENTO EM SAÚDE .........................................................................................................................................................................153
5.6 CIÊNCIA, TECNOLOGIA, PRODUÇÃO E INOVAÇÃO............................................................................................................................................163
5.7 REGIONALIZAÇÃO .............................................................................................................................................................................................163
5.8 PLANEJAMENTO ...............................................................................................................................................................................................166
5.9 ÍNDICE DE DESEMPENHO DO SUS – IDSUS ...................................................................................................................................................167
6|GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE......................................................................................................................168
7 PARTICIPAÇÃO, CONTROLE SOCIAL E OUVIDORIA ...............................................................................................................................................170
8|ENFRENTAMENTO A COVID 19 .............................................................................................................................................................................175
9|CONCLUSÃO DA ANÁLISE SITUACIONAL ..............................................................................................................................................................181
Parte II - Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores ........................................................................................................................................... 184
Parte III – Monitoramento e Avaliação................................................................................................................................................................ 209
Considerações Finais ............................................................................................................................................................................................ 210
Referências Bibliográficas .................................................................................................................................................................................... 211
Anexos .................................................................................................................................................................................................................. 214
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
A PRESENTAÇÃO
Para a construção desse documento foi estabelecido um plano de trabalho que envolvesse a equipe
de saúde no levantamento de indicadores, dados e informações, provenientes dos mais diversos
sistemas de informações que possibilitam o conhecimento da realidade das condições de saúde do
Município e a reflexão sobre os principais impasses e necessidades, contribuindo na busca de
soluções.
Este Plano é o resultado deste processo. Processo que envolveu tempo e esforço da equipe que o
elaborou, considerando o contexto de pandemia, que ainda gera incertezas na conjuntura do país,
refletida também em Campina Grande do Sul e em nosso sistema de saúde.
Por ser fruto de um processo dinâmico e de muitas variáveis, e produto de uma realidade concreta,
pode este Plano conter imprecisões que eventualmente precisem ser retificadas. Por outro lado,
sendo também um documento que aponta para o futuro, deverá estar sempre aberto a contribuições
ou atualizações que se fizerem necessárias.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
I NTRODUÇÃO
O Sistema Único de Saúde (SUS)1 é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo,
abrangendo desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção Primária, até o
transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. Com a sua
criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde, sem discriminação. A atenção integral à
saúde, e não somente aos cuidados assistenciais, passou a ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação e
por toda a vida, com foco na saúde com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da saúde.
A gestão das ações e dos serviços de saúde deve ser solidária e participativa entre os três entes da Federação:
a União, os Estados e os municípios. A rede que compõe o SUS é ampla e abrange tanto ações quanto os serviços de
saúde. Engloba a atenção primária, média e alta complexidades, os serviços urgência e emergência, a atenção
hospitalar, as ações e serviços das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental e assistência farmacêutica.
O planejamento no Sistema Único de Saúde está previsto na Lei 8080/19902, no Artigo 16, o qual estabelece
que à direção nacional do Sistema Único de Saúde - SUS compete, no Inciso XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico
Nacional no âmbito do SUS, em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal e ainda no Artigo
36, do Planejamento e do Orçamento define que:
O processo de planejamento e orçamento do Sistema Único de Saúde - SUS será ascendente, do nível local até
o federal, ouvidos seus órgãos deliberativos, compatibilizando-se as necessidades da política de saúde com a
disponibilidade de recursos em planos de saúde dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União.
§ 1 - Os planos de saúde serão a base das atividades e programações de cada nível de direção do Sistema Único
de Saúde - SUS, e seu financiamento será previsto na respectiva proposta orçamentária. (BRASIL, 1990).
1
Disponível em https://antigo.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude.
2
Lei 8080 de 19 de setembro de 1990-Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização
e o funcionamento dos serviços correspondentes, e dá outras providências.
3
Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0001_03_10_2017.html
4
Portaria Nº 2.135, de 25 de setembro de 2013. Estabelece diretrizes para o processo de planejamento no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS).
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
I - Planejamento como responsabilidade individual de cada um dos três entes federados, a ser desenvolvido de
forma contínua, articulada e integrada.
II - Respeito aos resultados das pactuações entre os gestores nas Comissões Intergestores Regionais (CIR),
Bipartite (CIB) e tripartite (CIT).
III - monitoramento, a avaliação e integração da gestão do SUS.
IV - Planejamento ascendente e integrado, do nível local até o federal, orientado por problemas e necessidades
de saúde para a construção das diretrizes, objetivos e metas.
V - Compatibilização entre os instrumentos de planejamento da saúde (Plano de Saúde e respectivas
Programações Anuais, Relatório de Gestão) e os instrumentos de planejamento e orçamento de governo, quais
sejam o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA), em
cada esfera de gestão;
VI - Transparência e visibilidade da gestão da saúde, mediante incentivo à participação da comunidade;
VII - concepção do planejamento a partir das necessidades de saúde da população em cada região de saúde,
para elaboração de forma integrada.
PLANO DE SAÚDE
A Portaria de Consolidação 01/2017, em seu define o Plano de Saúde, em seu Artigo 96º como sendo o
instrumento central de planejamento para definição e implementação de todas as iniciativas no âmbito da saúde de
cada esfera da gestão do SUS para o período de 4 (quatro) anos, explicita os compromissos do governo para o setor
saúde e reflete, a partir da análise situacional, as necessidades de saúde da população e as peculiaridades próprias de
cada esfera.
§ 1º O Plano de Saúde configura-se como base para a execução, o acompanhamento, a avaliação da gestão do
sistema de saúde e contempla todas as áreas da atenção à saúde, de modo a garantir a integralidade dessa
atenção.
§ 2º O Plano de Saúde observará os prazos do PPA, conforme definido nas Leis Orgânicas dos entes federados.
Ainda, a Portaria, estabelece no Parágrafo 3º que a elaboração do Plano de Saúde será orientada pelas
necessidades de saúde da população, considerando 3 composições:
I - Análise situacional, orientada, dentre outros, pelos seguintes temas contidos no Mapa da Saúde:
a) estrutura do sistema de saúde;
b) redes de atenção à saúde;
c) condições sociossanitárias;
d) fluxos de acesso;
e) recursos financeiros;
f) gestão do trabalho e da educação na saúde;
g) ciência, tecnologia, produção e inovação em saúde e gestão;
II - Definição das diretrizes, objetivos, metas e indicadores; e
III - o processo de monitoramento e avaliação.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
§ 7º O Plano de Saúde deverá considerar as diretrizes definidas pelos Conselhos e Conferências de Saúde e deve
ser submetido à apreciação e aprovação do Conselho de Saúde respectivo e disponibilizado em meio eletrônico
no sistema DigiSUS Gestor/Módulo Planejamento - DGMP. (Redação dada pela PRT GMMS n° 750 de
29.04.2019)
SISTEMA DigiSUS
Art. 436. O DGMP deve ser obrigatoriamente utilizado pelos estados, Distrito Federal e municípios, para:
I - registro de informações e documentos relativos:
a) ao Plano de Saúde;
b) à Programação Anual de Saúde; e
c) às metas da Pactuação Interfederativa de Indicadores;
II - elaboração de:
a) Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior - RDQA; e
b) Relatório Anual de Gestão - RAG; e
Art. 437. O registro das informações e a inserção de documentos no DGMP não substitui a obrigatoriedade de
elaboração e de apresentação desses instrumentos ao conselho de saúde, à Casa Legislativa e a órgãos de
controle, quando for o caso.
(...)
5
Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2019/prt0750_06_05_2019.html Acesso em 22 set.2021
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
1.1 HISTÓRIA
Segundo o livro “A História de Campina Grande do Sul”, de Sebastião Ferrarini, o município surge em 1666
com um povoado localizado em uma pequena região pertencente na época a Arraial Queimado (Bocaiuva do Sul).
Também se presume que os primeiros moradores eram mineradores, visto que, seu território foi movimentado bem
antes das bandeiras exploradoras. No período colonial brasileiro, mais precisamente durante o Império, o arraial que
tivesse alguma expressão econômica, principalmente política, era elevado à categoria de freguesia, e depois o
território passava a categoria vila, consequentemente município.
Assim aconteceu, quando Manoel Antônio Guimarães, comendador da Ordem de Cristo e vice-presidente da
Província do Paraná, criou a freguesia de Campina Grande, sob invocação de São João Batista, através da Lei nº. 360,
de 18 de abril de 1873. Na categoria de freguesia, ou seja, de pequena povoação, a localidade era subordinada à
Câmara de Curitiba.
Em 1880, a então vila de Campina Grande mudou seu nome, passando a se chamar Vila Glycerio, porém os
moradores não gostaram e logo pediram por meio de um movimento que a vila voltasse a ser chamada de Campina
Grande e em 1881, a então Vila Glycerio volta a seu nome anterior. O nome Campina vem do tupi “KA’a-apina que
significa monte de vegetação e o termo do Sul foi acrescentado para diferenciá-la da não menos histórica Campina
Grande, no estado da Paraíba, quando de sua emancipação política.
Do começo do século XVIII até a instalação de Campina Grande, em 1884, suas terras pertenciam a Curitiba,
que por sua vez, dividia-se com Paranaguá.
No dia 22 de março de 1884 foi instalada a Câmara Municipal da Vila Campina Grande. Neste mesmo ano
foram eleitos os primeiros vereadores que
administraram o município até 1892. Através do voto livre e direto, no dia 21 de agosto de 1892, o povo campinense
elege seus legítimos representantes, prefeito e vereadores. O primeiro prefeito, tenente José Eurípides, eleito com
141 votos.
Em virtude da crise econômica e política nacional, o Paraná foi atingido em diversos municípios e no final de
1930, o município de Campina Grande do Sul deixa de existir, passando em 1932 a ser agregado a Colombo, Bocaiuva
do Sul e Piraquara. Campina Grande assiste a destituição de seu prefeito, coronel Feliciano Ribeiro, reeleito nas
eleições de 1928.
Em 1939, por Decreto Estadual, sancionado pelo Interventor Manuel Ribas, foi extinto o município de
Campina Grande, tornando-se simples distrito, com território jurisdicionado ao município de Piraquara. Nesta época
sua denominação foi alterada para Timbu.
Em 14 novembro de 1951, através da Lei nº. 790 foram restaurados os direitos políticos, tornando-se
novamente município emancipado, sendo que sua instalação se deu em 14 de novembro de 1952, porém com
denominação alterada para Timbu.
Em 07 de fevereiro de 1956, por força da Lei Estadual nº. 2.593, é que a denominação foi restaurada, voltando
a ser Campina Grande, acrescida de “do Sul”, seguindo as mesmas divisas de Timbu, sofrendo modificações
posteriores com a elevação do distrito de Quatro Barras a condição de município em 1961.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Acesso ao Município
O principal acesso ao município de Campina Grande do Sul é pela Rodovia Federal BR-116 que permite a
ligação com a capital paranaense e com o estado de São Paulo. A BR-116, sentido Curitiba – Campina Grande do Sul
apresenta pavimentação asfáltica e tráfego intenso. Além da Rodovia Federal (BR-116), o município é servido por duas
rodovias estaduais, como à PR-410 (Estrada da Graciosa) e a PR-506 (Rodovia do Caqui) que também apresentam
pavimentação asfáltica e ambas possuem comunicação com a BR-116. As demais rodovias existentes não são
pavimentadas, mas também possibilitam o acesso de Campina Grande do Sul a outros municípios.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Localizado no primeiro planalto paranaense, o município de Campina Grande do Sul faz parte da região
metropolitana de Curitiba.
Distancia-se 370 km de São Paulo; 102 km do Porto de Paranaguá; 32 km do Aeroporto Internacional de
Curitiba Afonso Pena e 20 km do Aeroporto de Bacacheri.
Por estar às margens da BR-116, Corredor do Mercosul, é dotado de infraestrutura e destaca-se pelo
acelerado processo de urbanização apresentado na última década e também pela sua privilegiada posição geográfica.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
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www.campinagrandedosul.pr.gov.br/.php2017 www.campinagrandedosul.pr.gov.br/site/index.php2017
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COSEMS/GO
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Ministério da Saúde. Manual de Planejamento do SUS.
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A estrutura organizacional da Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande do Sul se apresenta com a
seguinte configuração:
- Diretoria Geral;
- Diretoria Atenção Primária
- Diretoria Administrativa;
- Diretoria Vigilância em Saúde
FIGURA 5 ORGANOGRAMA
PM/CGS
Para melhor constatação das atribuições da estrutura identificada acima, quanto à diretoria e demais
departamentos, os quais estão sob a direção geral da Secretária Municipal de Saúde, na sequência destacam-se as
principais atribuições dos setores de direção.
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DIRETORIA GERAL
A Diretoria da Atenção Primária à saúde é responsável por elaborar em articulação com os demais
Departamentos, programas e estratégias de saúde, promovendo sua execução; coordenar a participação na
elaboração e acompanhamento do orçamento da Secretaria Municipal de Saúde; realizar, continuadamente,
campanhas educativas e preventivas para a população em geral; prestar assistência médica e de enfermagem à
população do Município na esfera da Atenção Primária à Saúde - APS; promover assistência odontológica; promover
assistência na área de saúde mental; orientar e acompanhar os programas propostos pelo Ministério da Saúde MS,
Secretaria Estadual de Saúde - SESA e Secretaria Municipal de Saúde - SMS ; viabilizar à população o acesso aos
medicamentos disponíveis; viabilizar recursos para a execução das Políticas Públicas do Ministério da Saúdes voltadas
à população; executar outras atividades correlatas à sua área de atuação.
DIRETORIA ADMINISTRATIVA
Diretoria Administrativa tem como competência principal prestar suporte aos demais setores da Secretaria
Municipal de Saúde, lhe cabendo às funções de coordenar a elaboração e a implementação do planejamento
estratégico, através dos recursos informatizados, e, naquilo que couber, da metodologia de gerenciamento de
projetos; coordenar a gestão administrativa da secretaria; acompanhar as rotinas específicas da área de pessoal;
auxiliar na coordenação das atividades de atualização, desenvolvimento, treinamento e aperfeiçoamento dos
profissionais lotados na saúde; avaliar as necessidades de provimento de pessoal, de acordo com as demandas
identificadas; acompanhar e avaliar o desempenho dos servidores, para fins de aproveitamento de potencialidade,
aperfeiçoamento, maior produtividade, treinamento, promoção e transferência; promover a integração de
informações gerenciais, visando um planejamento global e georreferenciado; elaborar, executar e acompanhar, em
conjunto com os demais Departamentos da secretaria, o Plano Municipal de Saúde, o Plano Anual de Saúde e o
Relatório Anual de Gestão, bem como o PPA, a LDO e a LOA; coordenar a execução orçamentária e financeira da
Secretaria Municipal de Saúde; orientar e monitorar, qualitativamente e quantitativamente, os dispêndios efetuados
pelos Departamentos; padronizar os materiais e serviços utilizados; coordenar e orientar as atividades relativas ao
controle de patrimônio, de acordo com as diretrizes e instruções da Secretaria Municipal de Administração; manter
atualizada a documentação referente aos bens móveis e imóveis; promover, a manutenção da rede lógica e telefônica
em todas as Unidades; planejar, controlar e supervisionar, junto aos demais Departamentos, os serviços de reforma,
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
ampliação e manutenção preventiva da frota, dos prédios, pátios e jardins; acompanhar os contratos, que tem relação
com as ações dos Departamentos, relativamente à sua regular execução e vigência, opinando sobre a necessidade de
eventuais aditamentos.
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Organizativo da Ação Pública – COAP, a ser assinado entre o Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado da Saúde do
Paraná e os municípios do Estado.
Os serviços que prestam assistência à saúde no âmbito do SUS no município de Campina Grande do Sul são
Unidades Básicas de Saúde, Serviços de Apoio e Diagnóstico para a realização de exames complementares, Centros
de Especialidades, Hospital Geral, conforme tabela abaixo:
1.2 ESTABELECIMENTOS
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1.2 EQUIPAMENTOS
1.3.1 NO MUNICÍPIO
Na sequência as tabelas apresentam a produção e serviços realizados no Município e via Consórcio além dos
credenciamentos.
Em relação aos exames laboratoriais o Município produziu na média do período 2017-2020, um per capita
equivalente a 3,8, com crescimento nos anos de 2018 e 2019 em relação ao ano de 2017 e redução em 2020.
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Cardiologia 16,24
Oftalmologia 14,72
Otorrinolaringologia 12,45
Ortopedia 10,08
Proctologia 7,52
Dermatologia 6,21
Ginecologia 4,09
Urologia 4,04
Reumatologia 3,74
Pneumologia 3,68
Psiquiatria 3,59
Vascular/Angiologia 2,88
Neurologia 2,83
Gastrenterologia 2,29
Cirurgia vascular 1,97
Infectologia 1,9
Endocrinologia 1,84
FASTMEDIC 2021
No que tange aos credenciamentos SUS, no período 2018-2020, foram realizadas 16.439 consultas
especializadas. Entre os diagnósticos o por imagem obteve o maior quantitativo, com 26.606 registros.
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Ainda Via COMESP o Município agendou um total de 3701 consultas especializadas, cujo maior quantitativo
foram as consultas de oftalmologia com 41 % dos registros e em segundo lugar as consultas de neurologia com 11,3%.
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O Município conta com uma frota de veículos para atender as necessidades de transporte sanitário da
Secretaria Municipal de Saúde. Fora observado que a frota é considerada como pequena, dificultando assim o fluxo
de trabalho da rede de atenção à saúde.
Os veículos são adquiridos com recursos do MS bem como recursos próprios.
Central de Remoção
A Central de Remoção coordena o uso dos veículos para o transporte sanitário. A tabela a seguir traz um
quantitativo dos atendimentos realizados, é possível verificar que o maior uso do transporte é com a Hemodiálise com
17,2%, seguido pelas consultas agendadas e urgências e emergências PS, com 16,6% cada.
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2 CONDIÇÕES SOCIOECONOMICAS
Segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano/2010 entre 2000 e 2010, a população de Campina Grande do
Sul cresceu a uma taxa média anual de 1,15%, enquanto no Brasil foi de 1,17%, no mesmo período. Nesta década, a
taxa de urbanização do município passou de 75,14% para 82,44%. Em 2010 viviam, no município, 38.769 pessoas.
Entre 1991 e 2000, a população do município cresceu a uma taxa média anual de 6,66%. No PR, esta taxa foi de 1,39%,
enquanto no Brasil foi de 1,63%, no mesmo período. Na década, a taxa de urbanização do município passou de 65,77%
para 75,14%.
O aumento significativo da população aconteceu na década 1991 – 2000, estabilizando apenas em 2010, mas
firmando a característica urbana do município
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IBGE CENSO/2020
Dentro deste âmbito, observou-se através de dados demográficos do IBGE (2010), que o município de
Campina Grande do Sul possui população habitando predominantemente a área urbana 31.961 (82,43%) e 6.808
(17,57%) na rural, como demonstra a Figura 5. A partir dos mesmos dados, constatou-se que a população residente
no município é de 38.769 habitantes, com projeção para 2016 de 42.187 habitantes.
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Em relação a esse indicador o Município teve resultado inferior ao da Região porém superior ao do
Estado, conforme pode ser verificado na tabela a seguir.
Densidade Demográfica
Densidade demográfica pode ser definida genericamente como a medida expressa pela relação entre a
população e a superfície do território. Sendo assim a totalidade municipal de Campina Grande do Sul apresenta
densidade demográfica correspondente a 71,93 hab./km² (IBGE, 2010). A partir das divisões censitárias definidas pelo
IBGE referente ao ano de 2010, o município está subdividido em 58 setores censitários, sendo 38 classificados como
urbanos e 19 classificados como rurais. A maior parte do município de Campina Grande do Sul7, que corresponde a
7
Campina Grande do Sul. Plano Municipal de Saneamento Básico, ECOTECNICA, 2012
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porção rural, é de baixas densidades demográficas. Já os setores mais adensados encontram-se na área da sede
urbana, localizada na região sudeste da porção territorial. Destes os setores mais populosos e adensados
correspondem aos loteamentos do Jardim Ceccon, seguido do loteamento Jardim Eugênia Maria, Jardim Santa Rita
de Cássia, Jardim Ipanema e Jardim Graciosa como se pode observar na figura abaixo. (Extraídos do).
É importante observar, na tabela anterior, o crescimento da população idosa, de acordo com a tendência
nacional, na modificação do perfil da pirâmide etária. No caso de Campina Grande do Sul, praticamente o percentual
relacionado a pessoas com mais de 65 anos dobrou, passando de 2,75 % em 1991 para 5,10 % em 2010 e
inversamente observa-se a redução proporcional na população abaixo dos 15 anos.
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O índice de envelhecimento é a razão entre a população de 65 anos ou mais de idade em relação à população
total e a razão de dependência é o Percentual da população de menos de 15 anos e da população de 65 anos e mais
(população dependente) em relação à população de 15 a 64 anos (população potencialmente ativa).
Entre 2000 e 2010, a razão de dependência no município passou de 56,14% para 46,10% e a taxa de
envelhecimento, de 3,19% para 4,89%. Em 1991, esses dois indicadores eram, respectivamente, 69,60% e 3,30%. Já
na UF, a razão de dependência passou de 65,43% em 1991, para 54,88% em 2000 e 45,87% em 2010; enquanto a taxa
de envelhecimento passou de 4,83%, para 5,83% e para 7,36%, respectivamente.
Taxa de fecundidade
A Taxa de fecundidade relaciona o número médio de filhos nascidos vivos, tidos por uma mulher ao final do seu
período reprodutivo, na população residente em determinado espaço geográfico.
• Esse indicador é o principal determinante da dinâmica demográfica, não sendo afetado pela estrutura etária da
população.
• Taxas inferiores a 2,1 são sugestivas de fecundidade insuficiente para assegurar a reposição populacional.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
• O decréscimo da taxa pode estar associado a vários fatores, tais como: urbanização crescente, redução da mortalidade
infantil, melhoria do nível educacional, ampliação do uso de métodos contraceptivos, maior participação da mulher na
força de trabalho e instabilidade de emprego.
Representa o número médio de anos de vida esperados para um recém-nascido, mantido o padrão de
mortalidade existente, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Expressa a
probabilidade de tempo de vida média da população. Representa uma medida sintética da mortalidade, não estando
afetada pelos efeitos da estrutura etária da população, como acontece com a taxa bruta de mortalidade. O aumento
da esperança de vida ao nascer sugere melhoria das condições de vida e de saúde da população. A esperança de vida
ao nascer é o indicador utilizado para compor a dimensão Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDHM).
No município, a esperança de vida ao nascer cresceu 3,3 anos na última década, passando de 73,3 anos, em
2000, para 76,6 anos, em 2010. Em 1991, era de 67,5 anos. No Brasil, a esperança de vida ao nascer é de 73,9 anos,
em 2010, de 68,6 anos, em 2000, e de 64,7 anos em 1991.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)8, apontava 8883 pessoas com Plano de Saúde, em
Julho/2021. Isso equivale a 20,3 % da população total do Município. No Estado do Paraná essa taxa é de 25,3 %.
8
Disponível em http://www.ans.gov.br/anstabnet/cgi-bin/tabnet?dados/tabnet_02.def Acesso em 07 ago. 2021
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Campina Grande do Sul possui um parque industrial de 3.000.000 m² distribuídos em dois grandes centros
industriais e as demais áreas em Micropolos alocados em posição estratégica junto a aglomerados populacionais com
vista a absorção de mão de obra próxima e sem comprometimento da estrutura e transporte.
O município possui o CICAMP - Centro Industrial de Campina Grande do Sul, para a instalação de empresas, e
indústria. Possui uma concentração no ramo da indústria alimentícia, metalomecânica, processamento de plástico,
tintas e moveleira. O Ensino superior é representado pela FACSUL (Faculdade de Campina Grande do Sul). A formação
de mão de obra técnica e profissionalizante é utilizado conforme alguns acordos de parceria com o Senai, Sesc, Senac
e Sine.
Segundo o IPARDES o Município apresentou em 2018 um PIB equivalente a R$ 1.565.892.000,00. O PIB per
capita apresenta um valor abaixo da média da Região Metropolitana e mesmo do Estado, conforme tabela a seguir:
9
Disponível em http://www.ipardes.pr.gov.br/ Acesso em 15 ago.2021.
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As condições gerais de vida do Município, podem estar refletidas na construção de indicadores que sintetizam
as várias informações e dados, traduzindo assim a realidade da Comunidade. Em geral, o indicador mais utilizado que
sintetiza o Município é o IDH-M, proposto pela Organizações das Nações Unidas (ONU), porém, ele é obtido a partir
dos Censos Populacionais e podem estar bastante desatualizados. Por isso, será apresentado um indicador elaborado
pelo IPARDES, que traz dados mais atualizados.
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) o objetivo da criação do
Índice de Desenvolvimento Humano foi oferecer um contraponto ao indicador Produto Interno Bruto (PIB) per capita.
Atualmente, os três pilares que constituem o IDH são saúde, educação e renda.
A partir dos dados do Censo Demográfico, o gráfico e a tabela mostram que o IDHM do município - era 0,597,
em 2000, e passou para 0,718, em 2010. Em termos relativos, a evolução do índice foi de 20,27% no município.
Ao considerar as dimensões que compõem o IDHM, também entre 2000 e 2010, verifica-se que o IDHM
Longevidade apresentou alteração 6,97%, o IDHM Educação apresentou alteração 45,78% e IDHM Renda apresentou
alteração 11,42%.
Em 2010, o IDHM do município - Campina Grande do Sul - ocupava a 1362ª posição entre os 5.565 municípios
brasileiros e a 136ª posição entre os municípios de seu estado (UF).
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
A árvore do IDHM Permite visualizar a evolução do índice para os períodos disponíveis e a diferença entre o
resultado e o IDHM ideal da territorialidade.
ATLASBRASIL.ORG.BR
O Índice IPARDES de Desempenho Municipal (IPDM) procura avaliar a situação dos municípios paranaenses,
considerando, com igual ponderação, as três principais áreas de desenvolvimento econômico e social, a saber: a)
emprego, renda e produção agropecuária; b) educação; c) saúde.
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Em relação as dimensões do IPDM verificam-se o predomínio da dimensão Saúde em todos os períodos, mas
em decréscimo.
Mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita.
Seu valor varia de 0 (zero), quando não há desigualdade (a renda domiciliar per capita de todos os indivíduos tem o
mesmo valor), a 1 (um), quando a desigualdade é máxima (apenas um indivíduo detém toda a renda). O universo de
indivíduos é limitado àqueles que vivem em domicílios particulares permanentes.
O índice de Gini no Município passou de 0,52 em 1991 para 0,44 em 2010, indicando, portanto, redução na
desigualdade de renda.
0,5 0,49
0,45 0,44
0,4
1991 2000 2010
IPARDES
10
Na educação, as seguintes variáveis: taxa de matrícula na educação infantil; taxa de abandono escolar (1ª a 4ª série / 1º a 5º ano; 5ª a 8ª série
/ 6º a 9º ano e ensino médio); taxa de distorção idade-série (1ª a 4ª série / 1º a 5º ano; 5ª a 8ª série / 6º a 9º ano e ensino médio); percentual de
docentes com ensino superior (1ª a 4ª série / 1º a 5º ano; 5ª a 8ª série / 6º a 9º ano e ensino médio); resultado do IDEB (1ª a 4ª série / 1º a 5º
ano e 5ª a 8ª série / 6º a 9º ano). E na dimensão Emprego, Renda e Produção Agropecuária as variáveis relacionadas ao salário médio, ao
emprego formal e à renda da agropecuária.
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MP/PR
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CONDIÇÃO DE MORADIA
% da população que vive em domicílios com banheiro e água encanada 91.24 94.00
ATLASBRASIL.ORG.BR
A Lei/8080/1992, em seu Artigo 3º. estabelece que “Os níveis de saúde expressam a organização social e
econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o
saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o
acesso aos bens e serviços essenciais”.
Considerando os determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento
básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens
e serviços essenciais, serão comentados na sequência, sendo que outros já foram abordados anteriormente.
2.2.3.1 ALIMENTAÇÃO
Segundo a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional – LOSAN (Lei nº 11.346, de 15 de setembro de
2006), por Segurança Alimentar e Nutricional - SAN entende-se a:
realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade
suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares
promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e
socialmente sustentáveis.
O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) tem por objetivo realizar a gestão das informações
de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN). Trata-se de uma ferramenta para o monitoramento da situação alimentar
e nutricional e de apoio aos profissionais de saúde para o diagnóstico local das condições e agravos alimentares e
nutricionais, identificando fatores de risco ou proteção para as condições de saúde da população atendida nos serviços
de Atenção Básica no Brasil.
O SISVAN está disponível para o registro e a disseminação de informações acerca da avaliação antropométrica
e de consumo alimentar da população atendida na Atenção Básica, seja esta criança, adolescente, adulta, idosa ou
gestante, independente do sexo, raça/cor, escolaridade ou pertencente a algum povo ou comunidade tradicional.
Essa avaliação é muito adequada para o acompanhamento do crescimento infantil e reflete a situação global do
indivíduo, porém não diferencia o comprometimento nutricional atual ou agudo dos pregressos ou crônicos. Este
índice é contemplado na Caderneta de Saúde da Criança, que é distribuído no Hospital e nas Unidades de Saúde. O
peso por idade expressa a relação entre a massa corporal e a idade cronológica da criança. É o índice utilizado para a
avaliação do estado nutricional, principalmente para caracterização do baixo peso.
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Os dados apresentados são referentes ao ano de 2020 e extraídos do Sistema de Vigilância Alimentar e
Nutricional (SISVAN).
Dentre os grupos apresentados na tabela a cima, selecionamos dois (02) grupos prioritários para apresentar
estado nutricional (IMC), pois são grupos de grande importância para o Serviço Público, crianças de 0 a 5 anos e
gestantes.
A avaliação do crescimento é à medida que melhor define a saúde e o estado nutricional de crianças, já que
distúrbios na saúde e nutrição, independentemente de suas etiologias, invariavelmente afetam o crescimento infantil.
Peso Muito Baixo Peso Baixo para a Peso Adequado ou Peso Elevado para
Município para a Idade Idade Eutrófico idade Total
O peso da mãe antes da gravidez, o seu índice de massa corporal (IMC), o padrão de ganho de peso e o ganho
de peso total durante os 09 (nove) meses de gravidez, são fatores que interferem diretamente como o peso, o
comprimento e as reservas de gordura do recém-nascido.
Mulheres com aumento do peso gestacional inferior ao adequado apresentam maior risco de terem bebês
pequenos, com baixo peso ao nascimento e um maior risco de terem partos prematuros. Por outro lado, mulheres
com aumento de peso gestacional acima do adequado apresentam alguns riscos gestacionais e com maior risco de
terem bebês grandes e com elevado peso ao nascimento, fenômeno chamado de macrossomia.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
2.2.3.2 MORADIA
O direito a cidades sustentáveis é entendido, de acordo com a política nacional de desenvolvimento urbano -
Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001) - como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à
infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras
gerações.
Dessa forma a infraestrutura urbana básica, constituída pelos equipamentos urbanos de escoamento de
águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica pública e
domiciliar e vias de circulação, são elementos essenciais para a qualidade de vida nas cidades e à garantia da moradia
digna, contribuindo para a promoção da saúde e do bem-estar dos cidadãos.
Segundo o IBGE (2021) o Município apresenta 86.3% de domicílios com esgotamento sanitário adequado,
6.2% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 16.2% de domicílios urbanos em vias públicas com
urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio).
Quando comparado com os outros municípios do estado, fica na posição 15 de 399, 389 de 399 e 295 de 399,
respectivamente. Já quando comparado a outras cidades do Brasil, sua posição é 644 de 5570, 5460 de 5570 e 2172
de 5570, respectivamente.
Sobre a política habitacional, o Município segue a Lei Municipal 85/201011, que dispões sobre a política
municipal de habitação de Campina Grande do Sul. Em relação ao déficit atualizados não há registro, estima-se que o
município possua em torno de 350 a 400 famílias na área urbana residindo em áreas de risco.
Energia Elétrica
A tabela a seguir mostra os dados de consumo e consumidores de energia elétrica no Município, relativo ao
ano de 2019.
11
Disponível em https://leismunicipais.com.br/a/pr/c/campina-grande-do-sul/lei-ordinaria/2010/8/85/lei-ordinaria-n-85-2010-dispoe-sobre-a-
politica-municipal-de-habitacao-de-campina-grande-do-sul. Acesso em 18 de outubro de 2021.
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Coleta de Resíduos
O Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) coleta dados sobre a prestação de serviços de
Água e Esgotos desde o ano de referência 1995 e sobre os serviços de manejo de Resíduos Sólidos Urbanos desde o
ano de referência 2002. Os dados de cada ano são publicados nos respectivos Diagnósticos dos serviços.
Em 2018 , o Município segundo o Ministério Público do PR atingiu 100 % de coleta de resíduos frente aos
91,23 % do Estado.
MP/PR
Os dados oficiais disponíveis são bastante desatualizados remetendo ainda ao Censo de 2010. No entanto já
era possível verificar números bastante positivos para o Município, em relação a água, sanitários, energia elétrica.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
No Brasil, a Política Nacional do Meio Ambiente, estabelecida pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, e
regulamentada pelo Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, tem por objetivo a preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento
socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana.
A figura12 a seguir mostra que no município no ano de 2017, a porcentagem de cobertura vegetal por flora
nativa era de 78,38% de seu território. Já a concentração de focos de calor, ou seja, a participação do município no
total de queimadas no Brasil, neste mesmo ano era de 0,02 por mil.
ATLAS BRASIL.ORG
12
Disponível em http://www.atlasbrasil.org.br/perfil/municipio/410400#sec-vulnerabilidade Acesso 15 ago. 2021
54
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Segundo o IBGE13, em 2019, o salário médio mensal era de 2.4 salários mínimos. A proporção de pessoas
ocupadas em relação à população total era de 24.7%.
Na comparação com os outros municípios do estado, ocupava as posições 34 de 399 e 102 de 399,
respectivamente. Já na comparação com cidades do país todo, ficava na posição 651 de 5570 e 892 de 5570,
respectivamente.
Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 31.1% da
população nessas condições, o que o colocava na posição 271 de 399 dentre as cidades do estado e na posição 4468
de 5570 dentre as cidades do Brasil.
2.2.3.6 EDUCAÇÃO
Campina Grande do Sul possui um total de 8510 habitantes matriculados. De acordo com IBGE (2010), e a
taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade é de 98%.
O município conta com 30 escolas no total, sendo 23 de ensino fundamental e 7 de ensino médio.
13
Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/campina-grande-do-sul/panorama Acesso em 15 ago. 2021.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Taxa de Analfabetismo
Considera-se, aqui, a faixa etária de 15 anos ou mais, e como analfabetas as pessoas maiores de 15 anos que
declararam não serem capazes de ler e escrever um bilhete simples ou que apenas assinam o próprio nome, incluindo
as que aprenderam a ler e escrever, mas esqueceram.
Em 2010 o Município apresentava indicador melhor em relação ao Estado, sendo que a taxa de analfabetismo
correspondia a 6,03% e a do Estado, 6,28%.
MP/PR
O Município conta com uma boa estrutura para a prática da atividade física e esportiva tais como:
Centro Esportivo Pedro Dalpra Filho, Centro, Campo de Futebol, Quadra de Areia, Pista de Caminhada,
Academia da Saúde, Ginásio Poliesportivo, Centro Esportivo Ricieri Bernardi, , Jardim Paulista, Campo de Futebol,
Quadra de Areia, Pista de Caminhada, Academia da Saúde, Ginásio Poliesportivo, Centro Esportivo Jacob
Dalprá, Santa Rosa, Campo de Futebol, Ginásio Poliesportivo, Ginásio Poliesportivo Terra Boa, Academia da Saúde,
Centro de Artes e Esportes Unificados Deonysio Zanetti, Jardim Flórida, quadra poliesportiva, pista de caminhada,
academia da saúde, sala multiuso.
Também são promovidos os seguintes Campeonatos:
Futebol: categorias Master, Adulto, Juvenil, todos masculinos; Futsal categorias: Feminino adulto, Juvenil, infantil
Tenis de Mesa: Adulto, Juvenil; Vôlei Adulto, Juvenil; Handebol juvenil; Basquete juvenil
Ainda em relação a Atividade física o Município oferece várias opções com agenda e programações diárias no
Jardim Paulista, Sede, Santa Rosa, João Paulo, CEU, Jaguatirica e Terra Boa. As atividades desenvolvidas são Ginástica,
Capoeira, Karatê, Pilates, Ritmos, Atletismo, Vôlei Feminino, Futsal Feminino.
56
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
2.2.3.8 TRANSPORTE
O transporte municipal é composto pelos dois terminais do município, contendo 05 linhas de abastecimento.
Um localizado no Jardim Paulista e o outro no bairro Jardim da Colina, atendendo uma média
de 5.873 passageiros/ dia, realizando um total de 149 viagens.
Por14 meio de uma parceria entre a Prefeitura de Campina Grande do Sul e o Governo do Estado, através da
Coordenação da Região Metropolitana (COMEC), os usuários do sistema público de transportes do município passarão
a contar com uma linha de transporte coletivo integrada com Curitiba.
A integração foi anunciada durante a assinatura do convênio realizado entre a Prefeitura Municipal e o
Governo do Estado. A previsão é que a integração inicie no mês de setembro de 2021. A partir da integração, uma
linha partirá do Terminal do Jardim Paulista até a Estação Fagundes Varela na Linha Verde, permitindo ao usuário
utilizar a Rede Integrada de Transporte e fazer conexão com linhas de Curitiba e de outros municípios da região
metropolitana.
2.2.3.9 LAZER
No mapa a seguir pode-se observar os principais pontos de esporte, lazer e turismo. Cabe a Secretaria de
Esporte, Lazer e Turismo manter preservados os espaços públicos destinados às atividades de esporte e lazer; elaborar
e divulgar, com a participação dos segmentos sociais organizados, calendário municipal de esporte e lazer e
desempenhar outras atribuições definidas por decreto.
14
Disponível em
https://www.campinagrandedosul.pr.gov.br/noticia/campina_grande_do_sul_tera_linha_de_onibus_integrada_com_curitiba Acesso em 23
set.2021.
57
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
HTTPS://WWW.CAMPINAGRANDEDOSUL.PR.GOV.BR/MAPA-TURISMO
Praça da Bíblia
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE DO SUL
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
2.2.3.10 SEGURANÇA
MP/PR
A Assistência Social, política pública não contributiva, é dever do Estado e direito de todo cidadão que dela
necessitar. Entre os principais pilares da assistência social no Brasil estão a Constituição Federal de 1988, que dá as
diretrizes para a gestão das políticas públicas, e a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), de 1993, que estabelece os
objetivos, princípios e diretrizes das ações.
O Município possui 01 CRAS e 01 CREAS:
CRAS (Centros de Referência de Assistência Social) – Oferece serviços de assistência social às famílias e indivíduos
em situação de vulnerabilidade social. Tem por objetivo fortalecer os vínculos familiares e comunitários, buscando com suas
ações priorizar a promoção da autonomia, das potencialidades e o fortalecimento das famílias e indivíduos.
CREAS (Centros de Referência Especializada de Assistência Social) – Unidade pólo de referência, coordenador e
articulador da proteção social especial de média complexidade. Responsável pela oferta de orientação e apoio especializados
e continuados a indivíduos e famílias com direitos violados, direcionando o foco das ações para a família, na perspectiva de
potencializar e fortalecer sua função protetiva.
59
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
No município15, havia 1.872 famílias beneficiárias do Bolsa Família no mês de julho de 2021 sendo 5.592
pessoas diretamente beneficiadas pelo Programa. Dentre essas famílias, 0 % dos responsáveis familiares (RF) eram do
sexo feminino. O Programa prevê o pagamento dos benefícios financeiros preferencialmente à mulher, com o objetivo
de contribuir para o desenvolvimento da autonomia feminina tanto no espaço familiar como em suas comunidades.
Nesse mês, o número de pessoas beneficiárias do PBF equivalia aproximadamente a 12% da população total
do município, abrangendo 1.471 famílias que, sem o programa, estariam em condição de extrema pobreza. A
cobertura do programa foi de 122 % em relação à estimativa de famílias pobres no município. Essa estimativa é
calculada com base nos dados mais atuais do Censo Demográfico, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
O município já alcançou a meta de atendimento do programa. O foco da gestão municipal deve ser na
manutenção da atualização cadastral dos beneficiários, para evitar que famílias que ainda precisam do benefício
tenham o pagamento interrompido. A qualidade dos dados cadastrais aumenta a possibilidade de que todas as
famílias pobres e extremamente pobres do Município sejam beneficiárias do Programa.
Área de Saúde
Na área da Saúde, 4.028 beneficiários(as) tinham perfil para acompanhamento das condicionalidades de
saúde no segundo semestre de 2019. Compõem o público para acompanhamento das condicionalidades de saúde as
crianças menores de 7 anos e mulheres.
O município conseguiu acompanhar 4.012 beneficiários(as), o que corresponde a uma cobertura de
acompanhamento de 99,60%. O resultado nacional de acompanhamento na saúde é de 79,71%.
Assim, o município possui um acompanhamento da agenda de saúde muito bom, acima do resultado
nacional. No entanto, é fundamental que o gestor municipal do PBF conheça e se articule com o coordenador
municipal do PBF na Saúde, que é o responsável técnico pelo monitoramento desse acompanhamento na Secretaria
Municipal de Saúde, para continuar alcançando bons resultados.
Podem ser realizadas ações de orientações às famílias para que informem que são beneficiárias do PBF
quando forem atendidas na rede de saúde e para que atualizem o Cadastro Único quando mudarem de endereço.
Também é importante se organizar para registrar mensalmente no sistema da saúde as informações sobre as
gestantes identificadas, pois elas são elegíveis ao Benefício Variável Vinculado à Gestante (BVG). As informações de
acompanhamento das condicionalidades de saúde servem de base para a articulação intersetorial entre educação,
assistência social e saúde, para que atuem de forma integrada na superação de eventuais vulnerabilidades
enfrentadas pelas famílias e na identificação de demandas sociais no território.
15
Disponível em https://aplicacoes.mds.gov.br/sagirmps/bolsafamilia/relatorio-completo.html Acesso 15 ago. 2021
60
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
O Cadastro Único16 é a base de dados do Governo Federal onde estão registradas as informações
socioeconômicas das famílias de baixa renda domiciliadas no território brasileiro, que são aquelas que possuem renda
mensal de até ½ salário mínimo por pessoa.
O governo federal utiliza os dados do Cadastro Único para conceder benefícios e serviços de programas
sociais, como: Tarifa Social de Energia Elétrica, Benefício de Prestação Continuada (BPC), Programa Bolsa Família, entre
outros.
Os dados do Cadastro Único também podem ser utilizados para o mapeamento das vulnerabilidades locais, o
planejamento das ações e a seleção de beneficiários dos programas sociais geridos pelo município.
O Município já vem realizando as atividades de cadastramento e possui em Maio de 2021:
A Taxa de Atualização Cadastral (TAC) do município é de 76,31%, enquanto que a média nacional encontra-se
em 65,72%. Isso significa que o cadastro do município está bem focalizado e atualizado, ou seja, a maioria das famílias
cadastradas pertence ao público alvo do Cadastro Único.
O BPC é um benefício da Política de Assistência Social que integra a Proteção Social Básica no âmbito do
Sistema Único de Assistência Social – SUAS, sendo que para acessá-lo não é necessário ter contribuído com a
Previdência Social. É um benefício individual, não vitalício e intransferível, que assegura a transferência mensal de 1
(um) salário mínimo ao idoso, com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais, e à pessoa com deficiência, de qualquer idade,
com impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com
diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
16
Disponível em https://aplicacoes.mds.gov.br/sagirmps/bolsafamilia/relatorio-completo.html Acesso em 19 ago.2021
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
demais pessoas. Em ambos os casos, devem comprovar não possuir meios de garantir o próprio sustento, nem o ter
provido por sua família. A renda mensal familiar per capita deve ser inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo vigente.
No Município em Maio/202017, havia 452 idosos e 388 pessoas com deficiência beneficiários do BPC.
A Política Nacional de Promoção da Saúde18 tem por Objetivo geral “promover a equidade e a melhoria das
condições e dos modos de viver, ampliando a potencialidade da saúde individual e coletiva e reduzindo
vulnerabilidades e riscos à saúde decorrentes dos determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais”
e estabeleceu como temas prioritários:
17
Disponível em https://apps.mppr.mp.br/geoview/plataformaAtuacao/indicadores/perfil/57_4104006.html Acesso em 12 ago. 2021
18
Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_promocao_saude.pdf Acesso em 12 ago.2021
62
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
A ONU e seus parceiros no Brasil estão trabalhando para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
São 17 objetivos ambiciosos e interconectados que abordam os principais desafios de desenvolvimento enfrentados
por pessoas no Brasil e no mundo.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza,
proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de
19
Disponível em https://brasil.un.org/pt-br/sdgs Acesso em 14 ago. 2021.
63
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir
a Agenda 2030 no Brasil.
ODS 01 - Erradicação da Pobreza: Acabar com a pobreza em ODS 10 - Redução das Desigualdades: Reduzir a desigualdade
todas as suas formas, em todos os lugares. dentro dos países e entre eles.
ODS 02 - Fome Zero e Agricultura Sustentável: Acabar com a ODS 11 - Cidades e Comunidades Sustentáveis: Tornar as
fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros,
promover a agricultura sustentável. resilientes e sustentáveis.
ODS 03 - Saúde e Bem-estar: Assegurar uma vida saudável e ODS 12 - Consumo e Produção Responsáveis: Assegurar
promover o bem-estar para todas e todos, em todas as idades. padrões de produção e de consumo sustentáveis.
ODS 04 - Educação de Qualidade: Assegurar a educação ODS 13 - Ação contra a mudança global do clima: Tomar
inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades medidas urgentes para combater a mudança climática e seus
de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos. impactos.
ODS 05 - Igualdade de Gênero: Alcançar a igualdade de gênero ODS 14 - Vida na Água: Conservação e uso sustentável dos
e empoderar todas as mulheres e meninas. oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o
ODS 06 - Água Potável e Saneamento: Assegurar a desenvolvimento sustentável.
disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento ODS 15 - Vida Terrestre: Proteger, recuperar e promover o uso
para todas e todos. sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma
ODS 07 - Energia Limpa e Acessível: Assegurar o acesso sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e
confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia reverter a degradação da terra e deter a perda de
para todas e todos. biodiversidade.
ODS 08 - Trabalho Decente e Crescimento Econômico: ODS 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes: Promover
Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento
sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e
para todas e todos. construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em
ODS 09 - Indústria, Inovação e Infraestrutura: Construir todos os níveis.
infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva ODS 17 - Parcerias e Meios de Implementação: Fortalecer os
e sustentável e fomentar a inovação. meios de implementação e revitalizar a parceria global para o
desenvolvimento sustentável
20
Disponível em https://crianca.mppr.mp.br/pagina-2171.html Acesso em 14 ago. 2021
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
ONU
O Governo do Paraná, por meio da Estratégia Paraná de Olho nos ODS, promove a Agenda 2030 da ONU
como guia para o desenvolvimento sustentável do Estado. O Relatório “Missão ODS – Indicadores Municipais” visa
contribuir com a tomada de decisão e o planejamento das políticas públicas consideradas prioritárias localmente. Este
documento foi produzido a partir do Business Intelligence Paraná de Olho nos ODS, com dados extraídos da Base de
Dados do Estado (BDEweb), e contempla o desempenho do município em relação às metas dos ODS.
Os indicadores ODS presentes nesse relatório estão relacionados às metas estipuladas pela ONU, a serem
alcançadas até 2030. Todavia, podem ser adequadas ao contexto local. No Paraná, o mapeamento desses índices está
em constante aprimoramento e segue a premissa de trabalhar com dados oficiais atualizados, baseados na
metodologia global. Neste contexto, vale ressaltar que alguns indicadores não se aplicam em nível local e outros ainda
necessitam de fontes atualizadas para a sua medição. Além disso, as metas relacionadas aos indicadores, listadas neste
relatório, baseiam-se em referências nacionais. Contudo, nem todas possuem um valor explícito a ser atingido. Para
esses casos, os índices foram classificados em quatro grupos, com a finalidade de situar a posição do município entre
os resultados das 399 cidades paranaenses.
Interpretação das legendas, além dos valores de cada indicador, é necessário observar:
21
Relatório enviado pelo Governo do Paraná aos Prefeitos Municipais, outubro de 2021.
65
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
GOVERNO DO PARANÁ
67
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
2.3.1 NATALIDADE
Entre 2010 e 2020 nasceram em média anual 775 crianças no Município, sendo o maior número no ano de
2014 com 844 e o menor no ano de 2020 com 682. As condições de nascimento serão analisadas através de vários
indicadores de nascimento na sequência.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
SESA PR
Taxa de Natalidade
Analisando-se a tabela das condições de Nascimento, observa-se que a taxa bruta de natalidade vem
oscilando e encontra-se acima da média estadual verificada entre o período de 2017-2020, sendo um índice de 17,59
nascidos vivos a cada 1000 habitantes e para o Estado verificado no mesmo período apresentou um valor de 13,50.
Em relação ao período 2012-2016 a Taxa de Natalidade cresceu, já que apresentava uma média de 11,49 naquele
período.
68
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Em relação a faixa etária da mãe, 52,1 % dos nascidos vivos, tiveram mães entre 20 e 29 anos, semelhante à
média do Estado do PR, com 49,2 %.
Considerando a faixa padrão da idade da mãe, a gravidez em menores de 20 anos ocorreu em 18,7 % das
mães na série histórica 2017-2020, número ligeiramente superior à média do Estado, que no mesmo período
apresentou uma taxa de 16,70 %.
Gravidez na adolescência
A taxa de gravidez na adolescência apresenta certa oscilação. A tendência era de redução entre 2017-2019,
porém em 2020 houve um pequeno aumento na taxa, como pode ser visualizado na tabela a seguir.
69
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Peso ao nascer
Considerando o peso dos recém nascidos o perfil do Município difere um pouco em relação ao Estado,
especialmente na faixa menor de 2499 g, conforme tabela a seguir.
No quesito, baixo peso ao nascer, a taxa média no período considerado é 8,8%, sendo este um resultado
semelhante ao Estado onde esse índice teve média 8,6 %. A recomendação, nesse caso é que seja inferior a 10 %.
Tipo de Parto
Em relação aos partos cesáreos, o Município apresenta uma média para o período equivalente a 60 %. O
Paraná também está em tendência de estabilização nesse item, porém a média para o Estado no período foi 63 %..
70
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Consultas de Pré-Natal
O percentual de pré-natal com 07 ou mais consultas, no município foi na média 70,7% na série histórica 2017-
2020. O número do Município é desfavorável quando considerado com a média do Estado do PR, que atingiu 84,9%.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
2.3.2 MORTALIDADE
A média de óbitos considerando a série histórica 2010-2020, foi de 281. O ano de 2018 foi o que apresentou
maior número com 311 e 2012, o menor, com 242.
336
296 292 305 311
264 263 283
249 242 255
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
SESA PR
No Município, tem ocorrido uma média de 296 óbitos por ano e no Estado cerca de 77.000 (Média 2017-
2020) óbitos, correspondendo a uma taxa média de 6,88 óbitos a cada 1.000 habitantes no Município e 6,80 no Estado.
O Infarto Agudo do Miocárdio foi o responsável pelo maior número de óbitos na série histórica 2017-2020,
com 68 casos, correspondendo a uma proporção de 5,7 %, seguido por Doença por vírus de localização Não
especificada com 51 casos, 4,3 % (sugerindo que seja por COVID-19, uma vez que todos ocorreram em 2020) e em
terceiro lugar, I64 Acidente vascular cerebral Não Especificado como hemorrágico isquêmico.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Em relação a mortalidade por grupo de causas, houve uma significativa alteração para o grupo I – Doenças
Infecciosas e Parasitárias, que saltou de 18 casos em 2019 para 59 em 2020. Outro grupo de causas com grande
oscilação foi XVIII - Sintomas e sinais e achados anormais em exame clínico e laboratorial.
Considerando as três primeiras causas, no acumulado 2017-2020, respectivamente foram Doenças do
aparelho circulatório, Neoplasias (tumores) e apresentando o mesmo resultado, Doenças do Aparelho Respiratório e
Causas externas de morbidade e mortalidade, cujos resultados foram 24,2 %, 17,4 % e 11,6 % respectivamente. No
Paraná, 2017-2020, as 3 primeiras causas de óbitos foram, Aparelho Circulatório, Neoplasias e mesmo resultado
Aparelho Respiratório e Causas Externas, com 26,4 %, 19,1 % e 11,2 %, respectivamente.
Especificamente em 2020 as três primeiras posições ficaram alteradas em relação a média da série histórica
e foram ocupadas por Neoplasias (tumores), Doenças do aparelho circulatório e Doenças infecciosas e parasitária cujos
resultados foram 19,3 %, 17,4 % e 17,6 % respectivamente.
73
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
SESA PR
A Tabela a seguir permite ver a comparação dos resultados do Município e Estado entre os anos de 2019 e
2020, com uma ligeira mudança no perfil, especialmente em relação ao grupo I. Algumas doenças infecciosas e
parasitárias, com variação semelhante entre Estado e Município.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Em relação a Mortalidade por Sexo, na série histórica 2017-2020, 57 % foram do sexo masculino e 43 %
feminino. Na média do Estado, no período 2017-2020, foram 176.530 óbitos masculinos, 134.544 femininos e 181
ignorados totalizando 311.255, ou seja 57 % e 43 % respectivamente.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Feminino Masculino
SESA PR
No Paraná, a média de idade de óbito, no ano de 2018, foi de 70 anos para mulheres e de 63 anos para os
homens. Essa diferença de expectativa de vida também ocorre no Brasil e pode ser explicada pela maior incidência
dos óbitos por causas externas ou não naturais, que atingem com maior intensidade a população masculina,
fenômeno relacionado com o processo de urbanização e metropolização do Brasil.
No Município a faixa acima de 60 anos concentrou, no acumulado da série histórica 2017-2020, 59,9 % dos
óbitos, resultado inferior ao verificado para o Estado (70,3 %) no mesmo período.
77
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
X. Doenças do aparelho
1 0 0 0 0 1 3 5 13 18 27 42 0 110
respiratório
XI. Doenças do aparelho
0 0 1 0 1 3 2 6 10 18 20 11 0 72
digestivo
XII. Doenças da pele e do tecido
0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2 0 0 3
subcutâneo
XIII.Doenças sist osteomuscular
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1
e tec conjuntivo
XIV. Doenças do aparelho
1 0 0 0 1 0 0 0 4 6 9 6 0 27
geniturinário
XV. Gravidez parto e puerpério 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2
XVI. Algumas afec originadas no
29 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 29 58
período perinatal
XVII.Malf cong deformid e
4 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 2 8
anomalias cromossômicas
XVIII.Sint sinais e achad anorm
0 0 0 0 2 1 6 6 13 11 14 10 0 63
ex clín e laborat
XX. Causas externas de
0 0 3 0 12 34 29 28 13 8 4 6 0 137
morbidade e mortalidade
Total 36 3 4 1 19 53 62 90 176 236 258 216 31 1.185
% 3,0 0,3 0,3 0,1 1,6 4,5 5,2 7,6 14,9 19,9 21,8 18,2 2,6 100
SESA PR
A Tabela a seguir compara os percentuais entre Estado e Município, sendo os % bastante semelhantes.
2.3.2.2 MORTALIDADE POR DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS - MORTALIDADE PREMATURA (30-69 ANOS)
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são, globalmente, as principais causas de mortalidade. As que
mais acometem a população são as doenças do aparelho circulatório, as neoplasias malignas, o diabetes mellitus e as
doenças respiratórias crônicas.
78
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
7,1
41,3
45
6,4
SESA PR
No Município as circulatórias representam 45,38 % dos óbitos, seguidas pelas Neoplasias com 41,32 %,
Respiratórias com 7,05 % e diabetes com 6,38 %, no acumulado da série histórica 2017-2020. Verifica-se um
crescimento no número absoluto dos óbitos no período.
79
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80
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81
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SESA PR
82
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83
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
5,70%
12,42%
48,32%
33,56%
SESA PR
No Paraná, foram 72.881 óbitos considerados Mortalidade Prematura, soma da série histórica 2017-2020,
com média de 18.220, teve uma taxa de 321,82 por 100.000 habitantes na faixa etária de 30-69 anos.
No Município a taxa de mortalidade prematura na média da série histórica 2017-2020 resultou em
377,87/100 mil.
84
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
As causas externas (CE), que incluem as violências e os acidentes, mantêm-se por décadas em posição de
destaque no cenário epidemiológico do Brasil e do mundo.
Na série histórica, 2014-2018, no Paraná houve redução 7,39% de óbitos, passando de 81,01/100 mil
habitantes para 75,03/100 mil habitantes.
O Município apresenta oscilação neste indicador, considerando o período de 2016-2019, ocorre alternância
com maiores índices em 2016 e 2018, e menores em 2017 e 2019. e a média ficou em 83,3 óbitos para cada 100.000
habitantes. As agressões lideram o ranking com 47,2 % seguidas de perto pelos acidentes com 41,5%.
85
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Agressões 25 16 18 8 67 47,2
Eventos (fatos) cuja intenção é indeterminada 3 - 2 1 6 4,2
Seqüelas causas externas de morbidade e mortalidad 1 - - - 1 0,7
Total 45 28 43 26 142 100,0
Taxa por 100.000 habitantes 107,0 65,9 100,3 60,1 83,3 -
DATASUS
No período 2016-2019 houve registro de 03 óbitos maternos no Município e 56 de mulheres em idade fértil.
As neoplasias foram a maior causa de mulheres em idade fértil correspondendo a 26,79% dos óbitos, seguido
pelas Causas externas com 23,21 e doenças do aparelho circulatório em terceiro com 16,07 % dos casos.
86
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Em relação a Mortalidade Infantil houve 36 óbitos de menores de 1 ano no Município, considerando a série
histórica 2017-2020, registrando um coeficiente médio de 11,85 óbitos a cada 1.000 nascidos vivos, maior que a média
do Estado para o período que foi de 10,22 %
Em 2020 a taxa de mortalidade infantil do Estado foi equivalente a 9,58/1000 Nascidos Vivos (1.396 óbitos
de menores de 1 ano/145.258 nascidos vivos), enquanto o Município atingiu 8,8 óbitos a cada mil habitantes.
No município a faixa etário onde ocorre o maior número de óbitos em menores de um ano é de 1-6 dias,
sendo a mesma que o Estado porém com diferentes percentuais, 41,7 % e 30,2 % respectivamente.
87
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Óbito fetal, morte fetal ou perda fetal É a morte de um produto de concepção antes da expulsão do corpo da
mãe, independente da duração da gravidez. No Município foram 31 casos entre 2017 e 2020, sendo que o maior
número, 11 foi no ano de 2018.
Evitabilidade ou mortes evitáveis22, trata-se de um agravo ou situação, prevenível pela atuação dos serviços
de saúde que incidem, provavelmente, quando o sistema de saúde não consegue atender as necessidades de saúde
e seus fatores determinantes são frágeis a identificação e a intervenção acertada.
As Causas evitáveis são aquelas reduzíveis por:
• ações de imunoprevenção;
• ações adequadas de promoção à saúde, prevenção, controle e atenção às doenças de causas
infecciosas;
• ações adequadas de promoção à saúde, prevenção, controle e atenção às doenças não transmissíveis;
• ações adequadas de prevenção, controle e atenção às causas de morte materna;
• ações intersetoriais adequadas de promoção à saúde, prevenção e atenção às causas externas
(acidentais e violências).
No Município, na série histórica 2017-2020, foram 751 óbitos evitáveis na faixa etária 5 a 74 anos,
representando um percentual médio para o período equivalente a 73,6 %. O maior número de óbitos evitáveis ocorreu
no ano de 2018 com 77,3 % do total. No grupo de causas, as pertencentes a “1.3. Reduz ações promoção prevenção
controle atenção as doenças não transmissíveis” representam 65,8 % dos casos.
22
Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sim/Obitos_Evitaveis_5_a_74_anos.pdf Acesso 3 set.2021
88
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
89
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
2.3.3 MORBIDADE
23
Disponível em http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-16731998000100002 Acesso em 15 set. 2021
90
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
91
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
SINAN
Em relação as doenças imunopreviníveis houve 02(dois) casos de coqueluche em 2017 e 01 (um )caso no ano
de 2018 apenas as demais doenças não ocorreram como casos de Sarampo, Rubéola, Poliomielite, Tétano Acidental.
Sobre as Meningites e doenças meningocócicas teve 40 ( quarenta) notificações de casos registrados entre 2017-2020.
• Influenza
A gripe é uma doença aguda respiratória causada pelo vírus influenza. Esse vírus pode causar uma síndrome gripal
ou evoluir para síndrome respiratória aguda grave (SRAG), sendo necessário hospitalização. Em 2009, a gripe influenza
pandêmica (H1N1) propagou-se rapidamente por vários países do mundo, incluindo o Brasil e, consequentemente, o
Estado do Paraná.
No Município houve 05 casos por influenza, considerando o período 2017-2020, e um óbito no período.
92
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Na média da série histórica das campanhas de vacinação o Município superou os 90 %, sendo que o menor
resultado obtido foi em 2018 com 76,24 % e o maior em 2017 com 105,72 %.
No Estado do Paraná24, entre os anos de 2014-2018, nota-se redução nas coberturas vacinais das oito vacinas
preconizadas no calendário básico da criança até um ano de idade. Tão importante quanto avaliar as coberturas
vacinais é analisar a proporção de crianças que completam o esquema básico de vacinação preconizado em até um
ano. A homogeneidade entre as vacinas também se encontra comprometida, pois considera quantas atingiram a
cobertura preconizada pelo Ministério da Saúde, sendo as metas mínimas: 90% para as vacinas BCG e rotavírus; e 95%
para as vacinas febre amarela, meningocócica C, Pentavalente, pneumocócica 10, poliomielite (VIP) e tríplice viral (D2).
Em relação a Cobertura Vacinal no Município, de 2017 à 2021, observa-se número elevado de hepatite B, está
relacionada a vacinação da Maternidade Angelina Caron que atende vários Municípios.
24
Plano Estadual de Saúde do Paraná, 2020-2023
93
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Algumas metas foram atingidas outras não em 2018/2019 iniciou a informatização das Unidades Básicas de
Saúde e mudança do sistema para registo, muitos dados não foram gerados, outros perdidos, as vacinas foram
aplicadas porém não registradas devido ao acúmulo de trabalho de um profissional de enfermagem na sala de vacina.
Em 2020, teve o início da pandemia em primeiro momento foram canceladas todas as vacinas e mais tarde
os pais se negavam a trazer as crianças por medo contrair o vírus Covid-19, por este motivo teve grandes complicações
para o setor de imunização.
Outro fator importante, foi a diminuição de pessoal para o trabalho devido ao remanejamento necessários
ao atendimento das pessoas infectadas, realização de testes e demais necessidades de atendimento para Covid-19.
E também devido à rotatividade de profissionais não capacitados adequadamente para alimentar as informações dos
sistemas ocasionando falhas de registros no setor da imunização.
94
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
HPV Quadrivalente D1 (9 a 13 anos Feminino e 9 a 10 anos - Masculino) 47,29 79,63 94,71 66,06 71,92
HPV Quadrivalente D2 (9 a 13 anos Feminino e 9 a 10 anos - Masculino) 36,21 36,46 79,9 54,77 51,84
Média das coberturas 53,04 61,45 61,35 45,61 55,36
SI-PNI. SISTEMA DE INFORMAÇÕES - PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES
Considerando a Pactuação Interfederativa, onde são pactuadas 4 vacinas em menores de 1 ano, no período
de 2017-2020 o Município não conseguiu atingir resultados satisfatórios em nenhum dos anos considerados.
Alcançado
Alcançado
Pactuação
Pactuação
Pactuação
Pactuação
Resultado
2017
2017
2018
2018
2019
2019
2020
2020
Indicador
A Cobertura Vacinal em menores de 1 ano apresentou uma média de cobertura abaixo do preconizado nos
anos de 2017 a 2020, sendo que as coberturas da Hepatite B, estão relacionadas ao Hospital Angelina Caron, que
atende vários municípios.
95
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Quando da realização do Planejamento Regional Integrado (PRI) o Município respondeu em relação a questão
“1.6.2) A Rede de Frio para imunobiológicos tem porte adequado para armazenamento da demanda do município?
Periodicidade de abastecimento do município está conforme necessidade?” A resposta foi:
• A rede possui porte adequado de armazenamento.
• A distribuição dos imunobiológicos a periodicidade está deficitária devido ao repasse do governo federal ( BCG,
DTP, VOP, PPD E SOROS)
• HIV/Aids
No Estado do Paraná, entre 2014-2018, a maioria dos casos de Aids encontra-se na faixa de 20-34 anos. Segundo
o sexo, 66,8%, homens, e 33,1%, mulheres. No mesmo período, apresentam a maior concentração de casos de HIV
na faixa etária de 20-39 anos (62,7%).
Quanto à Aids no período de 2014-2018, o Paraná tem o acumulado de 7.066 casos, sendo a incidência de 9,4 por
100 mil habitantes em 2018. O maior número de casos concentra-se na faixa etária de 30-39 anos (54,6%). A razão é
de 1,7 casos no sexo masculino para cada feminino.
No Município , entre 2017-2020 foram notificados 52 casos, o que corresponde a uma incidência de 30,26 por
100.000 habitantes na média do período.
O HIV em gestantes teve taxa de detecção entre 2017-2020 equivalente a 5,29 por 1000 nascidos vivos no
período, correspondendo a um quantitativo absoluto de 16 casos.
96
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Quando considerada a sífilis em gestantes, foram 41 notificações no período 2017-2020, com taxa de
detecção equivalente a 23,87 a cada 100.000 habitantes.
A tabela na sequência apresenta os caos de crianças por ano de diagnóstico, sendo que na série 2017-2020,
foram 24 registros, todos na faixa etária de 28-364 dias.
TABELA 83 SÍFILIS CONGÊNITA SEGUNDO IDADE DA CRIANÇA POR ANO DE DIAGNÓSTICO, 2017-2020
Idade da Criança 2017 2018 2019 2020 Total
Menos de 7 dias 0 0 0 0 0
7 a 27 dias 0 0 0 0 0
28 a 364 dias 5 9 7 3 24
1 ano 0 0 0 0 0
2 a 4 anos 0 0 0 0 0
5 a 12 anos 0 0 0 0 0
Ignorado 0 0 0 0 0
Total 5 9 7 3 24
SINAN/LOCAL
97
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
• Tuberculose
A tuberculose (TB) é a doença infecciosa por agente único que mais mata no mundo. A Organização Mundial
da Saúde estima que, em 2018, 10 milhões de pessoas adoeceram com TB e 1,5 milhão de homens, mulheres e
crianças morreram de tuberculose. No Brasil, foram notificados 72.788 casos novos de TB em 2018. A incidência da
doença no Brasil e no Paraná foi de 34,8 e 20,9 casos novos/100 mil habitantes, respectivamente.
No Município considerando a série histórica, 2017-2020, foram 24 registros e conforme a situação de
encerramento houve cura em 58,3 % dos casos.
• Hepatites Virais
As hepatites virais representam um grande desafio para a saúde pública no Brasil e no mundo, gerando
impacto de morbidade e mortalidade, principalmente, pelas consequências de suas formas agudas graves ou das
formas crônicas que podem evoluir para doença hepática avançada, levando à cirrose e ao hepatocarcinoma.
Na Série Histórica 2017-2020, em relação a Hepatite B foram 17 casos, no período e 20 casos de Hepatite C,
com taxas de detecção menores para Hepatite B em relação ao Estado e ao contrário considerando a Hepatite C,
conforme tabelas a seguir.
98
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
• Hanseníase
O Brasil está em primeiro lugar no mundo em incidência de hanseníase e em segundo lugar em número absoluto
de casos. No Paraná, casos em crianças e formas avançadas são indicadores de que há subdiagnóstico. O Estado tem,
em média, 500 novos doentes ao ano; somando-se àqueles em tratamento e acompanhamento, o número ultrapassa
3 mil. Para mudar o quadro da hanseníase no Paraná, é preciso fortalecer a APS quanto à suspeição, ao diagnóstico,
ao tratamento e ao acompanhamento dos casos, bem como estabelecer fluxos de encaminhamento à equipe
multiprofissional, às referências, à Atenção Secundária e à Atenção Terciária.
O Município na série histórica 2017-2020, apresentou um total de 06 casos novos.
A violência interpessoal e auto provocada25 é um agravo de grande importância para o setor de saúde pela
magnitude com que atinge toda a sociedade, sem distinção de idade, sexo, classe social, raça, credo e também pelas
consequências negativas advindas dos casos de violência, pela perda da qualidade de vida, pela sensação de
insegurança, pela degradação do convívio social e do ambiente familiar. A violência é concebida como o uso
intencional da força física ou poder, contra si mesmo, outra pessoa ou um grupo ou comunidade.
Dentre as várias formas e natureza de violência podemos citar inicialmente a violência interpessoal onde um
ou mais agressores causam lesões em uma ou mais vítimas e a violência auto provocada quando a própria pessoa
provoca lesões em si mesma: em casos de suicídio, tentativa de suicídio e autoflagelação. E a violência doméstica/intra
familiar é caracterizada quando há um vínculo afetivo ou familiar entre o agressor e a vítima.
Foram 458 notificações no período 2017-2020. Verifica-se um crescimento contínuo nas notificações no
período evoluindo de 76 em 2017 para 169 em 2020, uma evolução de 122 %.
25
Disponível em
https://central3.to.gov.br/arquivo/249372/#:~:text=Dentre%20as%20v%C3%A1rias%20formas%20e,tentativa%20de%20suic%C3%ADdio%20
e%20autoflagela%C3%A7%C3%A3o. Acesso 02out2021
99
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Os residentes do Município tiveram 22.932 internações no período 2017-2020, uma média de 5733 ao ano.
No Estado as três principais causas de internamento foram a Gravidez Parto Puerpério com 15 %, Doenças do
Aparelho Circulatório com 12,7 % e Causas Externas com 11,5 %.
Já o Município difere desses resultados. As três primeiras causas de internamentos foram, Aparelho
Circulatório, Gravidez, Parto e Puerpério, e Causas Externas, com 33,9 %, 11,6 % e 8,5 % respectivamente.
100
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
0 5 10 15 20 25 30 35 40
DATASUS
O sexo feminino apresenta um percentual de 53 %, nos internamentos, sendo que o maior número é em
relação ao Aparelho Circulatório com 30 % das internações no período 2017-2020. As doenças do aparelho circulatório
também são a maior causa de internações para o sexo masculino com uma taxa de 41,5 % das internações no período.
101
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas 1314 12,1 641 5,9 1955
XXI. Contatos com serviços de saúde 73 0,7 55 0,5 128
Total 10882 100,0 12050 110,7 22932
% 47% 53% 100%
DATASUS
Em relação aos internamentos por faixa etária, no acumulado 2017-2020, as proporções não se diferem
significativamente do perfil do Estado. A maior diferença está nas internações na faixa dos 60 aos 69 anos, sendo que
para o Município o resultado foi 17,5 % e o do Estado 13,4 %.
102
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
cromossômicas
XVIII.Sint sinais e achad
9 7 5 8 25 77 87 104 142 110 84 46 704
anorm ex clín e laborat
XIX. Lesões enven e alg
out conseq causas 35 92 112 88 130 405 296 284 219 139 93 62 1955
externas
XXI. Contatos com
2 3 4 7 6 20 21 18 19 22 5 1 128
serviços de saúde
Total 780 760 632 440 1030 3049 2570 2588 3531 4021 2545 986 22932
% 3,4 3,3 2,8 1,9 4,5 13,3 11,2 11,3 15,4 17,5 11,1 4,3 100
% PR 4,3 3,6 2,6 2,1 5,5 15,5 12,4 10,9 12,8 13,4 10,5 6,5 100
DATASUS
Segundo Alfradique et al., no contexto internacional, observa-se uma série de investigações sobre indicadores
da atividade hospitalar como medida da efetividade da atenção primária à saúde. Um desses indicadores,
denominado ambulatory care sensitive conditions, foi desenvolvido por Billings et al. na década de 1990, como
corolário do conceito de mortes evitáveis. Traduzindo livremente para o português como condições sensíveis à
atenção primária, representam um conjunto de problemas de saúde para os quais a efetiva ação da atenção primária
diminuiria o risco de internações. Essas atividades, como a prevenção de doenças, o diagnóstico e o tratamento
precoce de patologias agudas, o controle e acompanhamento de patologias crônicas, devem ter como consequência
a redução das internações hospitalares por esses problemas.
Castro et al., no Artigo “Impacto da qualidade da atenção primária à saúde na redução das internações por
condições sensíveis” registrou que, as internações sensíveis representaram, em média, 24,7% do total de internações
dos municípios no ano de 2014.
No Município de Campina Grande do Sul a média das internações por condições sensíveis foi, no acumulado 2017-
2020, média anual de 30,1 %. O maior número de ICSAP se refere a Angina com 56,4% dos casos.
103
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
A Resolução CIT N. 08, de 24 de novembro de 2016 dispõe sobre o processo de pactuação interfederativa de
indicadores para o período 2017-2021, relacionados a prioridades nacionais em saúde e a pactuação reforça as
responsabilidades de cada gestor em função das necessidades de saúde da população no território reconhecidas de
forma tripartite e fortalece a integração dos instrumentos de planejamento no Sistema Único de Saúde (SUS).
No Quadro a seguir, estão as metas e resultados do Município nos anos de 2017, 2018, 2019 e 2020.
Resultado
Resultado
Resultado
Meta
2020
Meta
Meta
Meta
2017
2017
2018
2018
2019
2019
2020
N Indicador
104
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
No período considerado o Município apresentou o melhor resultado em 2020, mesmo assim inferior a 50 %
de metas alcançadas. O pior resultado foi em 2018 com apenas 5 metas atingidas. ou seja, 25 % de eficácia. No geral
para os 4 anos, o Município ficou com um resultado de 40,5 % de metas atingidas.
Algumas das metas não foram atingidas em todo o período, ou seja, nos quatro anos, como é o caso da
Proporção de vacinas selecionadas do Calendário Nacional de Vacinação para crianças menores de dois anos de idade
- Pentavalente 3ª dose, Pneumocócica 10-valente 2ª dose, Poliomielite 3ª dose e Tríplice viral 1ª dose - com cobertura
105
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
vacinal preconizada. Também, neste mesmo caso não foi atingido as metas do indicador - Número de casos novos de
sífilis congênita em menores de um ano de idade. Também é o caso da Mortalidade Infantil.
Entre os indicadores do qual a governabilidade pelo município, destaca-se o não atingimento de metas dos
últimos 3 anos em relação a coleta de citopatológico e as mamografias.
Era de se esperar que em razão da pandemia os resultados poderiam ser prejudicados, no entanto, também
em 2020, a eficácia em relação a essas metas continua baixa.
Analisando-se a tabela das condições de Nascimento, observa-se que a taxa bruta de natalidade vem
oscilando e encontra-se acima da média estadual verificada entre o período de 2017-2020, sendo um índice de 17,59
nascidos vivos a cada 1000 habitantes e para o Estado verificado no mesmo período apresentou um valor de 13,50.
Em relação ao período 2012-2016 a Taxa de Natalidade cresceu, já que apresentava uma média de 11,49 naquele
período. Em relação a faixa etária da mãe, 52,1 % dos nascidos vivos, tiveram mães entre 20 e 29 anos, semelhante à
média do Estado do PR, com 49,2 %. A taxa de gravidez na adolescência (menores de 20 anos) apresenta certa
oscilação, porém com média no período de 18,7 %, a média supera a do Estado, que no mesmo período registrou 16,7
%. No quesito, baixo peso ao nascer, a taxa média no período considerado é 8,8%, sendo este um resultado
semelhante ao Estado onde esse índice teve média 8,6 %. A recomendação, nesse caso é que seja inferior a 10 %. Em
relação aos partos cesáreos, o Município apresenta uma média para o período equivalente a 60 %. O Paraná também
está em tendência de estabilização nesse item, porém a média para o Estado no período foi 63 %. O percentual de
pré-natal com 07 ou mais consultas, no município foi na média 70,7% na série histórica 2017-2020. O número do
Município é desfavorável quando considerado com a média do Estado do PR, que atingiu 84,9%.
No Município, tem ocorrido uma média de 296 óbitos por ano e no Estado cerca de 77.000 (Média 2017-
2020) óbitos, correspondendo a uma taxa média de 6,88 óbitos a cada 1.000 habitantes no Município e 6,80 no Estado.
Considerando as três primeiras causas, no acumulado 2017-2020, respectivamente foram Doenças do aparelho
circulatório, Neoplasias (tumores) e apresentando o mesmo resultado, Doenças do Aparelho Respiratório e Causas
externas de morbidade e mortalidade, cujos resultados foram 24,2 %, 17,4 % e 11,6 % respectivamente. No Paraná,
2017-2020, as 3 primeiras causas de óbitos foram, Aparelho Circulatório, Neoplasias e mesmo resultado Aparelho
Respiratório e Causas Externas, com 26,4 %, 19,1 % e 11,2 %, respectivamente. Especificamente em 2020 as três
primeiras posições ficaram alteradas em relação a média da série histórica e foram ocupadas por Neoplasias
(tumores), Doenças do aparelho circulatório e Doenças infecciosas e parasitária cujos resultados foram 19,3 %, 17,4 %
e 17,6 % respectivamente. Em relação a Mortalidade por Sexo, na série histórica 2017-2020, 57 % foram do sexo
masculino e 43 % feminino. Na média do Estado, no período 2017-2020, foram 176.530 óbitos masculinos, 134.544
femininos e 181 ignorados totalizando 311.255, ou seja 57 % e 43 % respectivamente. No Município a faixa acima de
60 anos concentrou, no acumulado da série histórica 2017-2020, 59,9 % dos óbitos, resultado inferior ao verificado
para o Estado (70,3 %) no mesmo período.
Em relação a Mortalidade prematura as Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), as circulatórias
representam 45,30 % dos óbitos, seguidas pelas Neoplasias com 41,28 %, Respiratórias com 7,05 % e diabetes com
6,38 %, no acumulado da série histórica 2017-2020. O número de óbitos por faixa etária, acumulada no período 2017-
2020, sendo a maior causa individual o Infarto agudo do miocárdio com 12,42 % dos óbitos. Verifica-se um crescimento
106
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
anual no número absoluto dos óbitos no período. A taxa de mortalidade prematura no Município foi de 377,87 para
cada 100000 habitantes na faixa etária 30-69 anos, sendo este número ligeiramente superior ao do Estado (321,82),
considerados na média 2017-2020.
Considerando a mortalidade por causas evitáveis (5 a 74 anos) , na série histórica 2017-2020, foram 751 óbitos
evitáveis na faixa etária 5 a 74 anos, representando um percentual médio para o período equivalente a 73,6 %. O maior
número de óbitos evitáveis ocorreu no ano de 2018 com 77,3 % do total. No grupo de causas, as pertencentes a “1.3.
Reduz ações promoção prevenção controle atenção as doenças não transmissíveis” representam 65,8 % dos casos.
No que se refere as Causas Externas na série histórica, 2014-2018, no Paraná houve redução 7,39% de óbitos,
passando de 81,01/100 mil habitantes para 75,03/100 mil habitantes. O Município apresenta oscilação neste
indicador, considerando o período de 2016-2019, ocorre alternância com maiores índices em 2016 e 2018, e menores
em 2017 e 2019. e a média ficou em 83,3 óbitos para cada 100.000 habitantes. As agressões lideram o ranking com
47,2 % seguidas de perto pelos acidentes com 41,5%.
Em relação a Mortalidade Infantil houve 36 óbitos de menores de 1 ano no Município, considerando a série
histórica 2017-2020, registrando um coeficiente médio de 11,85 óbitos a cada 1.000 nascidos vivos, maior que a média
do Estado para o período que foi de 10,22 %. Em 2020 a taxa de mortalidade infantil do Estado foi equivalente a
9,58/1000 Nascidos Vivos (1.396 óbitos de menores de 1 ano/145.258 nascidos vivos), enquanto o Município atingiu
8,8 óbitos a cada mil habitantes.
Os residentes do Município tiveram 22.932 internações no período 2017-2020. As três primeiras causas de
internamentos foram, Aparelho Circulatório, Gravidez, Parto e Puerpério, e Causas Externas, com 33,9 %, 11,6 % e 8,5
% respectivamente. No Estado as três principais causas de internamento foram a Gravidez Parto Puerpério com 15 %,
Doenças do Aparelho Circulatório com 12,7 % e Causas Externas com 11,5 %.
107
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
2.4.1.1 DENGUE
No Estado do Paraná, a dengue26 é endêmica, com alternância de períodos epidêmicos e não epidêmicos.
Apresentou as primeiras notificações em 1991, casos importados. Ocorreram duas epidemias: em 2014/2015, quando
foram confirmados 33.702 casos autóctones e a incidência atingiu 306,45 casos/100 mil habitantes; e em 2015/2016,
com 52.708 casos autóctones e a incidência chegando a 472,17 casos/100 mil habitantes.
26
SESA PR - Plano Estadual de Saúde do Paraná, 2020-2023
108
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
O Munícipio de Campina Grande do Sul não é considerado infestado pelo mosquito Aedes Aegypti, principal
agente transmissor da Dengue, pois, as larvas positivas encontradas são provenientes de mosquitos vindouros de
Cidades e Estados vizinhos, os quais possuem grande incidência dos mesmos. Contudo, o controle vetorial é realizado
diariamente no Munícipio, com o intuito de monitorar e controlar os locais com maior incidência de larvas, provendo
a eliminação destas e dos possíveis criadouros, mantendo o índice de não infestação.
A realização do trabalho de campo no controle aos vetores é realizada através de:
• Levantamento de Índice Amostral (LIA), realizado duas vezes na semana nos imóveis urbanos com incidência
de possíveis criadouros;
• Monitoramento de 10 (dez) Armadilhas Larvitramps, instaladas em locais considerados de maior risco para
proliferação do mosquito Aedes Aegypt;
• Monitoramento de 11 (onze) empresas com estoque continuo de materiais e resíduos que podem servir de
criadouros do Aedes;
• Monitoramento de 15 (quinze) borracharias na área urbana e 11 (onze) na área rural, que podem servir como
repouso e criadouro do Aedes;
• Monitoramento de 02 (dois) cemitérios municipais, os quais esporadicamente possuem recipientes que
podem vir a servir de criadouro para o Aedes e;
• Monitoramento de áreas consideradas de risco para proliferação do Aedes Aegypt, como casas de catadores
de recicláveis, áreas com maior concentração de veículos e pessoas, entre outros.
Por fim, vale lembrar que no ano de 2020 e 2021 foram constatados apenas 01 (um) caso, a cada ano, de
Dengue no Munícipio de Campina Grande do Sul. Contudo, os casos após investigação foram considerados
importados, por serem contraídos em outras cidades durante viagem casual dos moradores.
2.4.1.2 VIGIÁGUA
A vigilância da qualidade de água para consumo humano é uma atividade rotineira, preventiva, de ação sobre
os sistemas públicos e soluções alternativas de abastecimento de água. Para realizar esse monitoramento, os
principais indicadores de qualidade da água são cloro residual livre, turbidez e coliformes totais.
Atualmente no Munícipio de Campina Grande do Sul a vigilância de qualidade da água para consumo humano
está sendo realizada através de analises programas pelo Lacen, 15 ao mês no total, bem como, através de análises em
locais de maior apreensão, como escolas, creches, estabelecimentos públicos com atendimento à população e
sistemas coletivos de abastecimento municipal.
Após a realização de análise das amostras coletadas estas são monitoradas e, encontradas inconformidades
aos parâmetros adotados às normativas, são acionados os responsáveis para realizarem procedimento adequado de
regularização a cada situação.
Intoxicação exógena pode ser causada por ingestão, inalação ou exposição a alguma substância tóxica ao
organismo. O Paraná é o terceiro estado com maior número de notificações no Brasil, ficando atrás somente de São
Paulo e de Minas Gerais. Segundo os dados de notificação, os medicamentos são o agente tóxico que mais causa
intoxicação no Brasil; em seguida, com uma diferença percentual considerável, estão as drogas de abuso.
109
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
O Município registrou para o período 2017-2020, 324 casos, sendo que 62,35 % foi por medicamentos,
seguido pelas drogas de abuso com 12,96 %.
A vigilância sanitária é entendida como um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos
à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, na produção e circulação de bens e na
prestação de serviços de interesse da saúde.
Abrange o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde,
compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e o controle da prestação de serviços que,
direta ou indiretamente, se relacionam com a saúde.
Outro aspecto fundamental da vigilância em saúde é o cuidado integral com a saúde das pessoas por meio da
promoção da saúde. Essa política objetiva a promover a qualidade de vida, empoderando a população para reduzir a
vulnerabilidade e os riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições
de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura e acesso a bens e serviços essenciais.
As ações específicas são voltadas para: alimentação saudável, prática corporal/atividade física, prevenção e
controle do tabagismo, redução da morbimortalidade em decorrência do uso de álcool e outras drogas, redução da
morbimortalidade por acidentes de trânsito, prevenção da violência e estímulo à cultura da paz, além da promoção
do desenvolvimento sustentável.
110
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Tem como funções, dentre outras: coleta e processamento de dados; análise e interpretação dos dados processados;
divulgação das informações; investigação epidemiológica de casos e surtos; análise dos resultados obtidos; e
recomendações e promoção das medidas de controle indicadas.
A vigilância da situação de saúde desenvolve ações de monitoramento contínuo do
país/estado/região/município/território, por meio de estudos e análises que revelem o comportamento dos principais
indicadores de saúde, priorizando questões relevantes e contribuindo para um planejamento de saúde mais
abrangente.
A análise situacional na Vigilância Epidemiológica apresenta problemas na área de sistemas, tendo instaladas
dez (10) salas de vacina sem que se possa acessar dados remotos, o que prejudica no envio de informações e
atualizações dos sistemas, preconizados e de uso obrigatório pelo Ministério da Saúde. Considerando a demanda de
sistemas utilizados na visa, é necessário a disponibilidade de um profissional em assistência técnica especializada na
área de programas em informática.
Do quadro de recursos humanos é composto por quatro profissionais, sendo um Enfermeiro, um
Administrativo e dois técnicos em Enfermagem. O potencial dos técnicos é considerado bom pela qualidade e
produtividade, das atividades que executam.
O Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) constitui-se no exame dos corpos de pessoas que morrem sem
assistência médica ou por causas naturais desconhecidas, excluídas aquelas que foram vítimas de violência. Este
serviço não faz parte do escopo dos serviços contemplados no município.
Ocorrendo o falecimento de alguém e não sendo a morte violenta, o que implicaria na emissão do atestado
de óbito pelo Instituto Médico Legal, quem emitirá o atestado de óbito estando sob assistência médica a pessoa que
veio a óbito, o médico que vinha prestando assistência ao paciente, sempre que possível, em todas as situações fará a
emissão do mesmo, o médico assistente, e na sua falta o médico substituto ou plantonista, o médico designado pela
instituição que prestava assistência em regime domiciliar excluindo todos os sinais externos de violência e estando no
local da ocorrência do óbito.
As estatísticas de acidentes de trabalho no Brasil e no Paraná estão subnotificadas. Tal problema revela que a
Rede de Atenção do SUS não está sensibilizada por não considerar o trabalho como um dos determinantes do
processo saúde e doença. Assim, o CEST, como indutor da Política Estadual de Atenção Integral à Saúde do
Trabalhador, pretende intensificar a capacitação da Rede de Atenção. Apesar do problema da subnotificação, os dados
disponíveis revelam os principais ramos produtivos que necessitam de ações de VISAT, como saúde, construção civil e
trabalho rural, para a redução da morbimortalidade relacionada ao trabalho no estado.
O Município no período 2017-2020 notificou 175 acidentes de trabalho, sendo o maior número no ano de
2020, com 82 registros quase o dobro em relação ao ano anterior que foi 48. Em 2017 e 2018 foram 25 e 20
no0tificações respectivamente. Quando comparado aos dados do PR, percebe-se um número muito semelhante
entre os acidentes de trabalho com exposição a material biológico, sendo 37,71 para o Município e 37,09 % no Estado.
112
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Programa Estadual de Qualificação das Ações de Atenção e Vigilância em Saúde no Estado do Paraná foi
instituído em 2013 com o objetivo de fortalecer e qualificar as ações de vigilância em saúde no Paraná, com repasse
de incentivos financeiros destinados para custeio e capital. Entre os resultados do programa destacam-se a aquisição,
pelos municípios, veículos, materiais e equipamentos, equipamentos (rede de frio, informática, comunicação,
qualidade do ambiente de trabalho); de cursos de capacitação; de equipamentos de proteção individual; e de
materiais educativos, o que veio a fortalecer as ações e as equipes. Até o momento, os repasses atendiam,
especificamente, às ações de Vigilância em Saúde, contudo, para o próximo quadriênio, há a possibilidade da utilização
para a qualificação das ações de Atenção à Saúde.
A Deliberação27 Nº 018 de 23/01/2014 da Comissão Intergestores Bipartite do Paraná, que aprova a
homologação do porte dos 399 municípios do Paraná, conforme Item nº 2 da Deliberação CIB/PR nº 287, de
23/08/2013, pactuados nas Comissões Intergestores Bipartite Regionais, definiu o Município de Campina Grande do
Sul como Porte III, com pontuação 6,23 A Deliberação28 CIB PR Nº 287 de 23/08/2013 aprovou:
1. Os Elencos de Ações de Vigilância em Saúde para as ações de Vigilância Ambiental em Saúde, Vigilância
Epidemiológica, Vigilância Sanitária e Vigilância em Saúde do Trabalhador, Informações Estratégicas e Resposta às
Emergências de Saúde Pública e Laboratórios classificados como Elencos 1, 2 e 3, conforme Anexo I.
2. O indicativo do Porte dos municípios, para cada Elenco das Ações, para pactuação nas Comissões
Intergestores Regionais e homologação na Comissão Intergestores Bipartite do Paraná, conforme Anexo II. Os critérios
para estabelecimento do porte dos municípios são:
CIB PR
27
Disponível em https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-05/deliberacoes_2014_18.pdf Acesso
em 14 ago. 2021
28
Disponível em https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-05/deliberacoes_2013_287_.pdf
Acesso em 14 ago. 2021
114
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
O Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde compõe o conjunto de iniciativas do Ministério
da Saúde para o aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS), , representa um marco para a Vigilância em Saúde
(VS) por definir compromissos e responsabilidades a serem assumidas pelas três esferas de governo expressas em
metas estabelecidas: a federal, com financiamento e apoio técnico, a estadual e a municipal, buscando induzir a
implementação de ações que garantam a consecução dessas metas. As diretrizes do PQA-VS são:
• ser um processo contínuo e progressivo de melhoria das ações de vigilância em saúde, envolvendo a gestão,
o processo de trabalho e os resultados alcançados pelos estados, Distrito Federal e municípios; e,
• estimular a gestão baseada em compromissos e resultados, expressos em metas de indicadores pactuados.
A Portaria29 Nº 2.442, de 16 de setembro de 2020 divulga o resultado da Fase de Avaliação do Programa de
Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde (PQA-VS) de 2019 e os valores a serem transferidos aos Estados, Distrito
Federal e Municípios que aderiram ao Programa.
O Município teve 5 metas alcançadas correspondendo a 65 % do total, conforme tabela na sequência.
29
Disponível em https://brasilsus.com.br/wp-content/uploads/2020/09/portaria2442.pdf Acesso em 15 ago.2021
115
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
3. PERFIL ASSISTENCIAL
A Atenção Básica (AB) é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem
promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e
vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com
equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem
responsabilidade sanitária. Sendo considerada como a principal porta de entrada e centro de comunicação da Rede
de Atenção à Saúde (RAS), coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede
(PNAB, 2017).
A atenção básica pode ser definida como um conjunto de ações em prol da saúde, tanto no âmbito individual
quanto coletivo, abrangendo promoção e proteção da saúde, bem como prevenção de agravos. Dentre seus
fundamentos está o acesso universal e contínuo ao sistema de saúde. Nesse contexto, as Unidades Básicas de Saúde
(UBS) devem garantir mecanismos que assegurem a acessibilidade e o acolhimento dos usuários com uma lógica
organizacional que aperfeiçoe este princípio, empenhando-se em construir estratégias que promovam mudanças na
rotina dos serviços.
A estratégia das ações municipais de saúde é concebida como ordenadora do sistema loco regional,
integrando os diferentes pontos que se compõe e definindo um novo modelo de atenção a saúde. Princípios
Ordenadores: Acessibilidade, Longitudinalidade, Integralidade, Responsabilização, Coordenação e Resolubilidade.
Em 12/2020 o município contava com 04 equipes de Saúde da Família vinculadas a uma equipe da Estratégia
Saúde da Família (ESF), 07 equipes na Atenção Básica tradicional (ESF equivalentes - equipes com carga horária de
cirurgião dentistas a partir de 40 h), que corresponde 76,93% da cobertura populacional (Ministério da Saúde E-Gestor,
2021).
O Município possui 14 Unidades Básicas de Saúde, sendo 07 delas com equipes da Estratégia Saúde da Família
(ESF), conforme é apresentado no Quadro a seguir.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
UBS 06 - ESF UNIDADE DE SAUDE MANOEL ALVES KUSTEL - Rodovia do Caqui, 3166 - Araçatuba 7 1
ARACATUBA
UBS 07 - ESF UNIDADE DE SAUDE JACIRA PAULINA BALBINO Rodovia BR 116, Km 50 - Paiol de Baixo 10 7
FERREIRA - PAIOL DE BAIXO
UBS 08 UNIDADE DE SAUDE PEDRO CASSEMIRO Rodovia BR-116, Km 37 - Barragem
RODRIGUES - BARRAGEM
UBS 09 UNIDADE DE SAUDE PROFESSORA ELVIRA Rua Principal, s/n - Jaguatirica
TAVARES DE SANTANA DE CAMARGO -
JAGUATIRICA
UBS 10 UNIDADE DE SAUDE ZACARIAS SANTANA DO Rua Principal, s/n, Km 29 - Ribeirão
NASCIMENTO - RIBEIRAO GRANDE Grande
UBS 11 UNIDADE DE SAUDE ROSALINDA BELO DE Estrada da Canelina, s/n - Canelinha
SANTANA - CANELINHA
UBS 12 UNIDADE DE SAUDE JORGE RIBEIRO DE Estrada do Taquari, s/n - Taquari
CAMARGO - TAQUARI
Unidade DIVISA Rodovia BR-116, Km 05 - Rio do Cedro
De Apoio
Unidade CERNE Estrada do Cerne, s/n - Cerne
De Apoio
SMS/CGS
A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à reorganização da atenção básica, de acordo com os preceitos do
Sistema Único de Saúde, e é tida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais como estratégia de
expansão, qualificação e consolidação da Atenção Básica, por favorecer uma reorientação do processo de trabalho
com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a
resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação
custo efetividade.
Composta no mínimo por médico, preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade,
enfermeiro, preferencialmente especialista em saúde da família; auxiliar e/ou técnico de enfermagem e agente
comunitário de saúde (ACS). Podendo fazer parte da equipe o agente de combate às endemias (ACE) e os profissionais
de saúde bucal: cirurgião-dentista, preferencialmente especialista em saúde da família, e auxiliar ou técnico em saúde
bucal.
O número de ACS por equipe deverá ser definido de acordo com base populacional, critérios demográficos,
epidemiológicos e socioeconômicos, de acordo com definição local. Em áreas de grande dispersão territorial, áreas de
risco e vulnerabilidade social, recomenda-se a cobertura de 100% da população com número máximo de 750 pessoas
por ACS.
Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) são trabalhadores importantes dentro do Sistema Único de Saúde.
Ambos trabalham com a comunidade da área, do bairro, da cidade ou da região rural para facilitar o acesso da
população à saúde e prevenir doenças. O ACS deve visitar regularmente residências e fazer registros da população,
118
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
em relação a documentos básicos para o acesso aos serviços de saúde e em relação aos possíveis problemas de saúde
que possam ser identificados na residência.
Assim, deve orientar pessoas em relação à sua saúde, encaminhando à Unidade de Saúde ou outros serviços
de atendimento sempre que necessário. Atualmente contamos com uma cobertura estimada em 25,24% de ACS.
O Município possui uma cobertura baixa de Estratégia Saúde da Família, com 7 equipes implantadas tem um
teto para 22 e em relação aos ACS são 51 credenciados, cujo teto equivale a 108.
A cobertura baixa de Estratégia Saúde da Família é de apenas 31,88 %, com 7 equipes implantadas. Essa taxa
corresponde à metade da cobertura do Estado que 63,31 %. Na cobertura da Atenção Básica o Município atinge 76,93
% sendo ligeiramente inferior à do Estado (79,57 %).
Em relação a cobertura de Estratégia Saúde da Família - Saúde Bucal (ESFSB) o Município possui um percentual
de 38,84 %, semelhante ao do Estado, 7,87 %, considerando a cobertura Atenção Básica – Saúde Bucal (SB-AB) o
Município tem percentual melhor que o Estado, sendo 71,03 % e 55,64 % respectivamente.
119
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
A cobertura relativa aos Agentes Comunitários de Saúde houve significativa redução considerando o ano de
2020, quando em dezembro essa se encontrava em 25,24 %, praticamente a metade da cobertura do Estado (52,94
%).
Quando da realização do Planejamento Regional Integrado (PRI), o Município respondeu para a questão:
“1.3.1) A Atenção Básica/Primária está organizada conforme a Política Nacional de Atenção Básica? Realiza
minimamente os procedimentos previstos na PNAB? É ordenadora da rede e coordenadora do cuidado?”:
• A Atenção Primária no município está estabelecida conforme a PNAB e tem na Saúde da Família sua
estratégia prioritária para expansão e consolidação da Atenção Básica. Apesar de existir ainda uma
cobertura populacional insuficiente é prioridade a sensibilização e a consolidação de princípios do SUS no
desenvolvimento do amplo processo de atenção à saúde.
• Os procedimentos são em sua maioria desenvolvidos dentro dos padrões essenciais preconizados na PNAB
inserindo os profissionais da AP em suas competências e atribuições, estimulando dessa forma o potencial
resolutivo de todo o processo mesmo com algumas limitações e dificuldades.
• As Unidades de saúde são a principal porta de entrada e o centro de comunicação da RAS, coordenadora
do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede com suporte permanente de
gestão.
O acesso aos serviços médicos especializados ocorrem através do Setor de Regulação, Controle e Auditoria.
As ofertas são disponibilizadas atravées de sistema de regulação do Estado – G-SUS/ CARE, bem como sistema de
regualção do Prefeitura de Curitiba - E-SAÚDE, além das vagas ofertdas pelo prestdores contratualizados pelo
MUnicípio. As liberações acontecem com a agenda aberta respeitando o cronograma pré-estabelecido, uma vez ao
mês, através do sistema G-SUS / CARE e todos os dias através do E-SAÙDE. São ofertadas vagas de consultas em todas
as especialidades e alguns exames para diagnóstico, de acordo com a disponibilidade de oferta dos prestadores
credencidos do Estado.
120
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Além dessas ofertas disponibilizadas pelo Estado, detendor da responsabilidade pela média complexidade,
levados pela alta demanda e baixa oferta de vagas, o que gerou grande demanda reprimida na fila de espera para
todas as especialidades, o município de Campina Grande do Sul passou a buscar oportunidades de amenizar essa
situação, firmando credenciamentos com alguns prestadores para melhor atender a nossa população, aumentando
assim as ofertas para consultas e exames especializados, dando vazão as demandas reprimidas.
Porém é possível perceber que apenas a ação da gestão pública em tentar minimizar os problemas de acesso
a saúde, não se torna eficiente quando o usuário de saúde não está integrando a esse sistema, deixndo de caminhar
na mesma sintonia, se tornando um ato isolado da administração, gerando um absenteismo de grande proporção aos
agendamentos realizados.
Hoje a gestão em saúde pública municipal vive um momento diferenciado, sendo necessária uma atenção
direta com a população, no sentido de conscientização e sensibilização do usuário, sobre a dificuldade de alcançarmos
as ofertas e a importância do seu comparecimento, bem como, a capacitação continuada em saúde pública, aos
profissionais de saúde no sentido realizar encaminhamentos a atenção secundária apenas quando realmente
necessário for, tentando minimizar impactos financeiros e onerosos com encaminhamentos a especialistas de caso
que poderiam ser resolvidos na própria UBS.
Vivemos um período de globalização e um universo de servicos tecnológicos, tão necessários ao
melhoramento do nosso trabalho, como possibilitando cada dia mais a transparênica nas decisões geradas na
administração pública, na regulação não poderia ser diferente, focamos em um avanço nos servços em infomração
emtecnologia, buscando implementar e profissionalizar nossos serviços de regulação através de sitemas tecnológicos
que nos permitam trabalhar de forma eficaz e transparente, atendendo as diretrizes do SUS de forma intgral a atenção
a saúde do nosso usuário:
1. Universalidade: Garantir as condições indispensáveis ao seu pleno exercício eo acesso à atenção e
assistência à saúde em todos os níveis de complexidade.
2. Equidade: Todo cidadão éi gual perante o Sistema Único de Saúde e será atendido e acolhido conforme as
suas necessidades. É um princípio de justiça social porque busca diminuir desigualdades.
3. Integralidade: Engloba ações de promoção, proteção e recuperação da saúde.
Atualmente a saúde pública de Campina Grande do Sul, conta com a oferta de prestadores do Estado e
prestadores do Município, sendo o maior e mais importante deles, o Consórcio Metropolitano de Saúde – COMESP, o
qual atende 70% de todos os agendamentos de consultas e exames especializados, gerados pela rede municipal.
121
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
No município está localizado o Hospital Angelina Caron, de referência estadual. Segundo a apresentação do
site do Hospital30:
“O Hospital Angelina Caron é uma instituição privada de caráter filantrópico, que começou sua história com
uma pequena equipe médica, poucos colaboradores e apenas 50 leitos. Graças a uma gestão eficiente, hoje,
possui mais de 2000 colaboradores e médicos, +400 leitos e realiza mais de 400 mil atendimentos
anualmente, com estrutura de ponta e equipamentos de alta tecnologia. Há mais de 35 anos, o HAC está ao
lado das pessoas, levando para perto delas soluções em saúde de qualidade, desde o nascimento, prevenção
de doenças, até tratamentos clínicos e cirúrgicos de alta complexidade. Mais do que oferecer serviços, o HAC
quer estar cada vez mais próximo dos seus clientes, garantindo bem-estar e qualidade de vida, com
atendimento humanizado e profissionais capacitados”.
A taxa de internamentos para residentes apresenta uma média, na série histórica 2017-2020 muito superior
à média do Estado, sendo correspondente a 13,1 % frente aos 7,02 % do Estado.
A disponibilidade de leitos por clínica está demonstrada na tabela na sequência, sendo que refere-se ao único
hospital do Município, anteriormente mencionado, o Hospital Angelina Caron.
30
Disponível em https://hospitalangelinacaron.org.br/o-hospital/ Acesso 3 out.2021.
122
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
02 Cardiologia 30 30
03 Cirurgia Geral 50 45
04 Endocrinologia 1 1
05 Gastroenterologia 20 17
06 Ginecologia 10 10
08 Nefrologiaurologia 3 3
09 Neurocirurgia 20 18
11 Oftalmologia 2 2
12 Oncologia 18 15
13 Ortopediatraumatologia 20 17
14 Otorrinolaringologia 2 2
15 Plástica 1 1
16 Torácica 3 3
TOTAL CIRÚRGICO 181 165
CLÍNICO
Código Descrição Existente SUS
32 Cardiologia 50 45
33 Clinica Geral 30 25
35 Dermatologia 1 1
36 Geriatria 1 1
38 Hematologia 1 1
40 Nefro urologia 12 10
42 Neurologia 10 10
44 Oncologia 8 6
46 Pneumologia 10 9
66 Unidade Isolamento 2 2
TOTAL CLÍNICO 125 110
OBSTÉTRICO
Código Descrição Existente SUS
10 Obstetrícia Cirúrgica 6 6
43 Obstetrícia Clinica 11 11
TOTAL OBSTÉTRICO 17 17
PEDIATRICO
Código Descrição Existente SUS
45 Pediatria Clinica 20 20
TOTAL PEDIÁTRICO 20 20
OUTRAS ESPECIALIDADES
Código Descrição Existente SUS
34 Crônicos 1 1
49 Pneumologia Sanitária 1 1
TOTAL OUTRAS ESPECIALIDADES 2 2
HOSPITAL DIA
Código Descrição Existente SUS
71 Intercorrência Pós-Transplante 13 11
TOTAL HOSPITAL DIA 13 11
123
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
COMPLEMENTAR
Código Descrição Existente Habilitados
51 UTI II Adulto-Síndrome Resp. Aguda Grave (SRAG)-COVID-19 20 20
75 UTI Adulto - Tipo II 58 57
78 UTI Pediátrica - Tipo II 10 10
81 UTI Neonatal - Tipo II 9 9
85 UTI Coronariana TIPO II - UCO TIPO II 10 10
TOTAL COMPLEMENTAR 107 106
Sumário
Total Clínico/Cirúrgico 306 275
Total Geral Menos Complementar 358 325
CNES REF. JULHO/2021
No que se refere ao grupo de procedimentos, considerando a série histórica 2017-2020, na média 42,9 % foram
clínicos e 54,0 % cirúrgicos, conforme tabela a seguir.
124
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Na conclusão deste item referente aos níveis de atenção a saúde, será transcrito na sequencia considerações a
respeito do PRI- Planejamento Regional Integrado.
“1.3 Quais as necessidades assistenciais em 1.3.3) Atenção Especializada Hospitalar” o Município respondeu:
• Leito psiquiátrico em Hospital Geral;
• Cirurgias Eletivas e Gerais
• Laqueaduras
• Atenção terciária em saúde bucal de pacientes com necessidade especial que eventualmente necessitem
de UTI
• Atenção terciária em saúde bucal de pacientes pediátricos que não permitem manejo ambulatorial
125
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
126
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
O município de Campina Grande do Sul está voltado a oferecer uma APS de excelência, altamente resolutiva,
com capacidade de coordenar e ordenar ações e serviços na RAS e vem atuando por meio de educação permanente
e de incentivos financeiros de investimento e custeio. Esse investimento reflete diretamente no cenário da APS,
evidenciando que nos locais onde foi investido em APS foram obtidos melhores resultados sanitários.
A Atenção à Saúde em Rede com diferentes pontos de atenção evidencia um conjunto de desafios constantes,
entre eles: a necessidade de efetiva articulação com todos os serviços de saúde em diferentes níveis de complexidade
para o cuidado integral, qualificado e resolutivo, possibilitando o acesso e a promoção de direitos das pessoas, além
da convivência em seu território.
A Linha de Cuidado31 é pensada para expressar os fluxos assistenciais seguros e garantidos ao usuário, no
sentido de atender às necessidades de saúde. A Linha de Cuidado é diferente dos processos de referência e
contrarreferência, apesar de incluí-los, pois ela não funciona apenas por protocolos estabelecidos, mas também pelo
reconhecimento de que os gestores dos serviços podem pactuar fluxos, reorganizando o processo de trabalho, a fim
de facilitar o acesso do usuário às unidades e aos serviços de que necessitam (FRANCO; FRANCO, 2012).
Em Campina Grande do Sul, a implementação da RAS e o fortalecimento da APS têm sido realizados de forma
integrada e articulada à Atenção Ambulatorial Especializada e Hospitalar, tendo como linhas de cuidado prioritárias:
Saúde da Mulher; Atenção Materno-Infantil, da Criança e do Adolescente; Saúde do Idoso; Atenção às Condições
Crônicas; Atenção à Pessoa com Deficiência; Saúde Mental; e Saúde Bucal.
31
SESA PR – Plano Estadual de Saúde – 2020/2023
127
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
• Estratificação de risco;
• Alimentação Sistema de Informação;
• Formalização das competências e co-responsabilização pelos fluxos de atendimento dos vazios
assistenciais entre estado e municípios.
É uma estratégia do Ministério da Saúde que visa à melhoria da qualidade do pré-natal, e o objetivo de
humanizar e melhorar o atendimento às gestantes e crianças do Município de Campina Grande do Sul, visando à
diminuição das taxas de mortalidade materna e infantil.
A qualificação permanente da atenção ao pré-natal, ao parto e ao puerpério deve ser perseguida na
perspectiva de garantir uma boa condição de saúde tanto para a mulher quanto para o recém-nascido, bem como de
possibilitar à mulher uma experiência de vida gratificante nesse período. Sabe-se, porém, que bons resultados na
atenção materno-infantil dependem também de fatores relativos ao desenvolvimento econômico, social e humano
de cada região, que terminam por conferir maior ou menor suporte às mulheres no momento da reprodução.
O Município com intuito de qualificar a rede materno infantil foi criado o Programa Mãe Campinense,
vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, no Município de Campina Grande do Sul.
O programa tem por objetivo o desenvolvimento de palestras orientativas às gestantes Campinenses, bem
como a entrega de conjunto de provisões para auxiliar as mulheres na adequada realização dos procedimentos que
envolvem o pré-natal, o parto, o puerpério e os cuidados ao recém-nascido, melhorando a regulação de exames
pertinentes ao pré-natal.
O conjunto de provisões será concedido pela Secretaria Municipal de Saúde, após a 34º semana de gestação.
Para participar, as gestantes deverão seguir algumas condições dentro do projeto como:
• Realizar no mínimo sete consultas de pré-natal, sendo duas consultas no primeiro trimestre, duas no
segundo, três no terceiro e uma no puerpério;
• Realizar todos os exames solicitados do primeiro ao terceiro trimestre;
• Um atendimento odontológico na gestação;
• Participar de 01 (um) encontro do “Programa Cuidando da Maternidade”, na AFUC no Hospital Angelina
Caron. Assim terão direito a uma a uma bolsa, Kit Higiene e enxoval para a criança;
• Participar de 01 (uma) reunião de gestante na Unidade de referência;
• Devem ser realizadas as consultas de puericultura mensalmente durante os doze primeiros meses e estar
em dia com a vacinação.
As bolsas serão entregues nas unidades de referência de cada distrito, mensalmente, de acordo com a listagem
previamente elencada pelas referências do programa em cada unidade.
128
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Entre os inúmeros benefícios que o Programa Mãe Campinense poderá proporcionar para as mães e as
crianças estão:
• Estabelecer o vínculo entre o pré-natal e a puericultura;
• Diminuir o índice de morbimortalidade infantil;
• Prevenir doenças evitáveis na infância;
• Aumentar cobertura vacinal;
• Acompanhar o crescimento físico e nutricional;
• Estimular o aleitamento materno exclusivo;
• Identificar precocemente desvios no padrão de crescimento e desenvolvimento infantil e encaminhar
quando necessário.
No cuidado com a mulher firma-se um compromisso com a implementação de ações de saúde no âmbito da AB
que reduzam a morbimortalidade por causas preveníveis e evitáveis, a partir da adoção de boas práticas profissionais,
com enfoque não apenas para a mulher, mas também para a família e a comunidade.
Contempla desde temas como pré-natal, puerpério e aleitamento materno, até planejamento reprodutivo,
climatério e atenção às mulheres em situação de violência doméstica e sexual. Contempla, ainda, a abordagem dos
problemas/queixas e a prevenção dos cânceres que mais acometem a população feminina.
Atenção à Saúde da Criança e Adolescente representa uma área prioritária no âmbito dos cuidados à saúde
das populações. Para que se desenvolva de forma adequada, além do conhecimento sobre as características
relacionadas aos indicadores de morbimortalidade, é necessário compreender os aspectos biológicos, demográficos
e socioeconômicos, bem como os demais determinantes sociais no processo de saúde-doença.
Os direitos das crianças e dos adolescentes estão assegurados mundialmente pela convenção dos direitos
humanos e pelos protocolos facultativos reafirmados pelo Brasil na constituição federal (1988) e no Estatuto da
Criança e do Adolescente ECA (Lei nº 8.069/1990), bem como em políticas setoriais do governo referentes à área de
saúde. Esses direitos estão ameaçados em virtude da violência que é difundida em todo o tecido social, causando
129
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
grande impacto na saúde da população, além de altos custos econômicos e sociais para o estado e para as famílias,
com anos potenciais de vida perdidos.
O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento faz parte da avaliação integral à saúde da criança,
propiciando o desenvolvimento de ações de promoção da saúde, de hábitos de vida saudáveis, vacinação, prevenção
de problemas e agravos à saúde e cuidados em tempo oportuno.
O aleitamento materno é a estratégia isolada que mais previne mortes infantis, além de promover a saúde
física, mental e psíquica da criança e da mulher que amamenta. Recomenda-se o aleitamento materno por dois anos
ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses.
Tem sido estimuladas ações de mobilização das equipes de saúde para a identificação do óbito infantil e fetal,
qualificação das informações, investigação e análise de evitabilidade dos óbitos e identificação das medidas
necessárias para a prevenção de novas ocorrências. O Comitê Municipal de Prevenção do Óbito Infantil e Fetal/
Materna vem como uma importante estratégia de melhoria na organização da assistência de saúde para a redução
das mortes preveníveis, bem como a melhoria dos registros sobre a mortalidade.
O Programa Saúde na Escola (PSE), política intersetorial da Saúde e da Educação, foi instituído em 2007. As
políticas de saúde e educação voltadas às crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira se
unem para promover saúde e educação integral.
O Programa Saúde na Escola (PSE) vem contribuir para o fortalecimento de ações na perspectiva do
desenvolvimento integral e proporcionar à comunidade escolar a participação em programas e projetos que articulem
saúde e educação, para o enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de
crianças, adolescentes e jovens brasileiros. Essa iniciativa reconhece e acolhe as ações de integração entre saúde e
educação já existentes e que têm impactado positivamente na qualidade de vida dos educandos.
Na saúde da criança contamos com o programa de puericultura nas UBS e pediatras no Centro de
Especialidades Médicas (CEM), para situações que precisem de acompanhamento com especialista.
130
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
equipe multidisciplinar integrada, tendo como processo de trabalho a Avaliação Multidimensional do Idoso e Plano
de Cuidado compartilhado.
Para o rastreio de idosos frágeis no domicílio e estratificação do risco na APS, estão sendo implantados,
respectivamente, os instrumentos VES-13
(MAIA et al., 2012) e Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional 20 (IVCF-20) (MORAES et al., 2016). A Linha de
cuidado vem sendo aprimorada e progressivamente implantada em todo o município.
Por se tratar de mudança de paradigma do cuidado, os resultados dependem de capacitação profissional,
que vem sendo realizada por meio de eventos presenciais.
Em razão da escassez de profissionais de referência para a área do envelhecimento, especialistas estão
sendo incluídos na AAE, gerenciadas pelo Consórcio Metropolitano de Saúde do Paraná.
Devido ao período pandêmico, os programas de assistência ao idoso estão em reestruturação para efetivo
retorno ao longo dos próximos meses. Para que a retomada seja bem estruturada, programas de educação
continuada estão programados com envolvimento do COMESP e equipes das Unidades Básicas de Saúde.
Fratura do fêmur
Acomete principalmente a população de idade mais avançada32. As mulheres sofrem três vezes mais que os
homens. 90% das fraturas são causadas pela queda da própria altura, outra causa é por acidente automobilístico.
• Fatores de Risco: idade avançada, raça branca, osteoporose, história familiar, fumo e uso de álcool, tornam os
ossos mais finos e frágeis.
• Após 50 anos, o risco de fratura dobra a cada década. Após 65 anos de idade, encontramos 90% dos casos.
• Sinais e Sintomas: a pessoa não consegue andar após uma queda, por não conseguir ficar de pé.
• Pode apresentar dor na perna, esta pode estar encurtada e rodada.
32
Disponível em https://www.into.saude.gov.br/lista-dicas-dos-especialistas/190-femur/281-fratura-de-colo-de-femur. Acesso 20out.2021
131
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
A linha de Cuidado às condições crônicas tem como objetivo o desenvolvimento de ações com foco na
hipertensão arterial, diabetes mellitus, neoplasias e controle do tabagismo, por meio da organização das linhas de
cuidado, visando o atendimento integral do usuário.
Tem como diretriz o Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC), utilizando a estratificação de risco em
diferentes níveis, com intervenções de saúde em cada um deles, desde a promoção da saúde até a gestão das
condições mais complexas.
Seu objetivo é a formulação de políticas que visem à prevenção, diagnóstico que assegurem o tratamento das
doenças crônicas e tabagismo, por meio de diagnóstico, apoio técnico, planejamento, execução e monitoramento das
ações.
Devido ao período pandêmico, as linhas de cuidado às condições crônicas foram duramente afetadas. O
planejamento para retorno das atividades nas Unidades Básicas de Saúde está em andamento, desde agendamento
de consultas e retomada dos programas e ações previstas em cada comorbidade. Além disso, foram revisadas as
medicações necessárias para o eficaz tratamento das condições crônicas juntamente com a equipe da Farmácia
Municipal, tem como base a Relação Municipal de Medicamentos (REMUME). Além disso, está em andamento a
estruturação de equipes multidisciplinares para o atendimento global do indivíduo portador de alguma condição
crônica.
A Linha de Cuidado à Pessoa com Deficiência foi instituída em 2016 por meio da Resolução SESA n° 144/2016
e tem como objetivo promover o cuidado integral à pessoa com deficiência física, auditiva, intelectual, visual, ostomias
ou múltiplas deficiências, temporárias ou permanentes, progressivas ou estáveis, intermitentes ou contínuas.
Estima-se que, entre os tipos de deficiência, a população residente no município apresenta em sua maioria
deficiência visual, seguida por deficiência motora, e esta por deficiência auditiva.
Salientamos que a referência de assistência a essa linha de cuidados ocorre através da rede fornecida pelo Estado,
com o acompanhamento da APS.
Atualmente as consultas são agendadas via COMESP na rede credenciada estadual. Atividades de inclusão
estão em desenvolvimento com vinculação desta população às Unidades Básicas de Saúde, além de
acompanhamento domiciliar em casos que tenham esta demanda.
O presente instrumento a partir de uma análise situacional permite a identificação, formulação e priorização
das demandas emergentes, orienta os objetivos, diretrizes e metas a serem adotadas no município de Campina
132
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Grande do Sul/PR, no âmbito da saúde mental. A exposição dos objetivos viabiliza a superação, redução, eliminação e
controle dos problemas identificados.
A secretaria de saúde do município de Campina Grande do Sul/PR tem por missão planejar, executar e gerir
os serviços de saúde em consonância com os princípios do SUS, objetivando excelência nas ações direcionadas.
Em concordância com a Lei Orgânica de Saúde (Lei 8080/90) que apresenta dentre os seus princípios e
diretrizes a universalidade do acesso aos serviços de saúde, a integralidade da assistência e a igualdade da assistência
à saúde, bem como embasado nas legislações de Saúde Mental, lei Federal nº 10.216/01, que em seu teor dispõe
sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais, redireciona o modelo assistencial
consolidando um modelo de atenção à saúde mental aberto e de base comunitária, busca-se a desinstitucionalização
das pessoas em sofrimento psíquico, com ampliação da rede extra-hospitalar e fortalecimento de iniciativas
municipais que propiciem a criação de equipamentos intensivos de substituição aos hospitais psiquiátricos, com
ênfase nas ações de reabilitação psicossocial.
Neste sentido, a atenção primária em saúde (APS) possui lugar estratégico na rede de atenção à saúde, sendo
a principal porta de entrada de todo o sistema de saúde, inclusive no que diz respeito às necessidades de saúde mental
dos usuários.
Diante do exposto a atenção à saúde mental do município de Campina Grande do Sul/PR, procura garantir a livre
circulação das pessoas com transtornos mentais pelos serviços, comunidade e cidade, e oferece cuidados com base
nos recursos que possui.
É regulamentada pela portaria /GM nº 336/02, de 19/02/2002, que dispõe normas e diretrizes para a
organização dos Centros de Atenção Psicossocial – CAPS e Portaria GM/MS nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011 que
institui a rede de atenção psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.
Devido à complexidade do campo da saúde mental, bem como à abrangência dos pontos de atenção, se faz
imprescindível que se tenha clareza das competências para organizar a Rede de Atenção à Saúde Mental e fortalecer
suas ações. É importante também considerar que o objetivo da rede será sempre a articulação entre estes pontos e
a melhoria do acesso aos usuários, buscando promover o cuidado integral.
Pontos da rede de atenção à saúde mental municipal:
• Atenção Primária em Saúde/Estratégia Saúde da Família;
Ambulatório de psiquiatria;
• Centro de Especialidades Médicas (CEM);
• Centro de Atenção Psicossocial (CAPS 1);
• Centro de Referência em Assistência Social (CRAS);
• Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS);
• Atenção Hospitalar psiquiátrico;
• Conselho Tutelar;
• Secretaria de Educação
• Secretaria de Esporte;
• Comunidade;
• Serviço Residencial Terapêutico
133
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
De acordo com o protocolo do Centro de Atenção Psicossocial do Ministério da Saúde, os CAPS I são
instituições designadas para o atendimento de pessoas com transtornos mentais, que apresentam intenso sofrimento
psíquico que lhes impossibilita de viver e realizar seus projetos de vida. Tais instituições buscam a integração social e
familiar do usuário, visam à autonomia do mesmo, ofertando-lhes atendimento especializado com equipe
multiprofissional. Seguindo a portaria 336 de 19 de fevereiro de 2002, a constituição dos Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS), se estabelece nas seguintes modalidades: CAPS I entre 20.000 a 70.000 habitantes, CAPS II 70.000
e 200.000 habitantes e CAPS III acima de 200.000 habitantes (BRASIL, 2002).
No município de Campina Grande do Sul/PR, o CAPS I Sandra Paula Dantas foi inaugurado em junho de 2006,
conforme lei municipal 12/2006. Atualmente está localizado na Rua Jorge Bonn Filho, nº 70, bairro Jardim Paulista e
tem como objetivo geral, prestar atendimento multiprofissional à população com transtornos mentais graves e
persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas, que ocasionam elevado grau de
desabilitação, ou perda da capacidade operativa. Objetiva-se a integração dos usuários a um ambiente social e cultural
e estimulam-se suas iniciativas de autonomia nas diversas esferas: trabalho, lazer, familiar, comunidade e no exercício
dos direitos civis.
134
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
• Acompanhamento individual: usuários são atendidos de acordo com sua necessidade por profissional da
equipe multiprofissional.
• Atendimento a família: tem por objetivo integrar a família ao tratamento. Prestar informações e
esclarecimentos sobre o transtorno mental, buscar a facilitação da convivência com o usuário e suas
limitações, estimular a troca de experiências entre famílias que compartilham um problema comum, estimular
a autonomia na busca de recursos e soluções junto à comunidade. Os atendimentos familiares poderão ser
realizados de forma individual ou em grupo – encontros/reuniões, visitas domiciliares.
• Encaminhamento para consultas médicas regulares: considerando a necessidade do usuário.
• Grupos e oficinas terapêuticas: realiza-se a proposta de vários temas que viabilizem a expressão de emoções
com objetivo de compreender e amenizar os sintomas apresentados bem como almejar novos objetivos para
a vida, como por exemplo, trabalhos socioeducativos, rodas de conversa, pesquisas bibliográficas, dinâmicas,
contos, parábolas, filmes, músicas, estimulando o contato interpessoal, a ampliação da rede social, a fim de
favorecer suporte, socialização e a reinserção social. As oficinas terapêuticas objetivam o desenvolvimento das
habilidades motoras, cognitivas, superação das dificuldades, manutenção do bem-estar mental, estimula a
criatividade, a iniciativa, relacionamento interpessoal e trocas de experiência.
• Ações de Reabilitação psicossocial: ações de fortalecimento de usuários e familiares, mediante a criação e
desenvolvimento de iniciativas preferencialmente intersetoriais e em articulação com os recursos do território
nos campos do trabalho/economia solidária, habitação, educação, cultura, direitos humanos, que garantam
o exercício de direitos de cidadania, visando à produção de novas possibilidades para projetos de vida.
• Práticas expressivas e comunicativas: Viabiliza o autoconhecimento, a expressão dos sentimentos, emoções,
trabalha a identificação com o outro. (Pinturas máscaras, argila, teatro, dança, ginástica, música).
• Práticas corporais: busca trabalhar os benefícios de relação do sujeito com o seu meio, oportuniza a
manutenção e ou recuperação do movimento normal de membros e articulações desenvolvendo melhor
mobilidade articular, agilidade, assim como auxilia no processo de restabelecimento ou construção da
corporeidade nos usuários.
• Atenção em situação de crise: ações desenvolvidas para manejo das situações de crise, entendidas como
momentos do processo de acompanhamento dos usuários, nos quais conflitos relacionais com familiares,
contextos, ambiência e vivências, que geram intenso sofrimento e desorganização. Esta ação exige
disponibilidade de escuta atenta para compreender e mediar os possíveis conflitos, podendo ser realizada no
ambiente do próprio serviço, no domicílio ou em outros espaços do território que façam sentido ao usuário e
sua família, favorecendo a construção e a preservação de vínculos (não considerar as emergências
psiquiátricas).
• Ações de reduções de danos: conjunto de práticas e ações do campo da saúde e dos direitos humanos
realizadas de maneira articulada inter e intrasetorialmente, que buscam minimizar danos de natureza
biopsicossocial decorrentes do uso de substâncias psicoativas, ampliam cuidados e acesso aos diversos pontos
de atenção, incluídos aqueles que não têm relação com o sistema de saúde. Voltadas, sobretudo à busca ativa
e ao cuidado de pessoas com dificuldade para acessar serviços, em situação de alta vulnerabilidade ou risco,
mesmo que não se proponham a reduzir ou deixar o uso de substâncias psicoativas.
• Contatos intersetoriais: estratégias que promovam a articulação com outros pontos de atenção da rede de
saúde, educação, justiça, assistência social, direitos humanos e outros, assim como os recursos comunitários
presentes no território.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
• Hospital Psiquiátrico de Atenção Integral é responsável pelo atendimento dos usuários em situação de risco.
A duração do internamento será de curto prazo como determina o Ministério da Saúde. Ao receber alta da
internação os indivíduos deverão seguir tratamento em seu território.
• As vagas para atenção Integral só podem ser solicitadas através da Central de Regulação Estadual (on-line),
responsável pela regulação de vaga conforme disponibilidade de leitos nos hospitais psiquiátricos. As
solicitações para internamento (referência) só podem ser realizadas pelo profissional médico. Vale ressaltar
que os hospitais psiquiátricos não recebem pacientes diretamente sem liberação da regulação do Estado.
Os encaminhamentos ao CAPS I são oriundos de qualquer setor da saúde, através da guia de referência/contra
referência ou pelos demais equipamentos socio assitenciais. Na APS, para conhecimento e melhor encaminhamento
do usuário é necessário que se realize avaliação por um profissional médico para verificar a gravidade do transtorno
(leve, moderado ou grave) com a aplicação da estratificação de risco. Os casos encaminhados ao CAPS I devem ser os
que, de acordo com a estratificação de risco (médio e alto) apresentar sinais e sintomas definidos como graves e
persistentes que consequentemente exigem que a atenção em saúde ocorra em nível secundário ou terciário.
Os atendimentos em CAPS I também podem ocorrer por demanda espontânea, ou seja, mesmo sem
referência/contra referência a equipe realiza o acolhimento, contudo, é imprescindível que a APS avalie e conheça
dentro do seu território as pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso
de álcool e outras drogas.
Após o acolhimento e avaliação do usuário pela equipe multiprofissional e estratificação de risco, identificado às
necessidades do usuário, o mesmo é incluído nos regimes de tratamento, sendo realizado na sequência o projeto
terapêutico singular (PTS). Quando não identificado critérios para a inclusão em regime de tratamento no CAPS é
realizado o encaminhamento a outros setores da rede conforme a demanda apresentada pelo mesmo.
OBSERVAÇÃO: Quando o usuário que faz acompanhamento no ambulatório de psiquiatria, CAPS ou CEM
receber alta, por apresentar o quadro estabilizado, este será encaminhado para a APS. Deverá ser preenchida e
encaminhada a referência/contrarreferência para ciência da equipe da APS de referência do usuário, dados de
evolução do quadro, medicação em uso e informações gerais para continuidade de acompanhamento.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Buscando garantir a melhoria do cuidado ofertado em saude mental no municipio, prevê-se a necessidade de
implantação da educação permanente em saúde, identificando demandas e os grupos que necessitam de
capacitações e atualizações. A ideia central é de que se busque a qualificação dos profissionais e a produção de
conhecimento para a melhoria constante da atenção à saúde mental.
O objetivo é proporcionar cursos específicos por categoria através de pesquisa junto aos servidores e chefias,
dos assuntos considerados relevantes, buscando valorizar e desenvolver suas capacidades, respeitando critérios de
gerenciamento (Estatuto do Servidor) definidos pelo município em conjunto com a secretaria de saúde a fim de que
ocorra a gestão dos recursos financeiros para a qualificação do profissional da saúde dentro das necessidades
identificadas. Aliado a isto, se faz necessário buscar parcerias no sentido de viabilizar uma política continuada de
capacitação.
TABELA 114 ATENDIMENTO PSICOLÓGICO AMBULATORIAL EM CENTRO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS – CEM, 2020
Profissional N
Psicologia 372
ARQUIVOS CEM (2020)
Seguindo a lógica de cuidado, o município de Campina Grande do Sul/PR procura cumprir da melhor forma as
legislações concernentes à saúde mental. Busca-se ofertar a população um atendimento em saúde mental priorizando
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
pela qualidade desses atendimentos, almejando não apenas um trabalho curativo, mas também o de prevenção.
Alguns aspectos da realidade do município dificultam a realização total dessas metas, tais dificuldades são relacionadas
a seguir:
• Matriciamento: o Matriciamento é pautado em diversas reuniões administrativas sendo de imprescindível
importância para progressos na saúde mental do município. Embora existam programações e tentativas para
realização do matriciamento, as atividades na prática concernentes a este se tornam inviáveis em virtude dos
recursos humanos reduzidos. Seguindo orientações da portaria 336 de 19 de fevereiro de 2002, o quadro de
profissionais do CAPS encontra-se incompleto com necessidade de contratação de (1) profissional médico com
formação em saúde mental, (1) técnico de enfermagem, um (01) profissional artesão, para o desenvolvimento
das atividades de oficina terapêutica e (1) técnico educacional.
• Buscando garantir o desenvolvimento de ações em saúde mental, o municipio requer a contratação de um
profissional com especialização para realizar a coordenação municipal em saúde mental, visando a melhoria
dos atendimentos ofertados à população, principalmente no âmbito da prevenção e promoção de saúde
mental, atuando em parceria com o CAPS, unidades de saúde, demais secretarias e equipamentos socio
assitenciais do município.
• Dentro da lógica de expansão dos atendimentos ambulatoriais em saude mental, ofertados pelo municipio,
sugestiona-se a contratação de mais 1 médico psiquiatra e 1 psicológo.
4.1.7.1 CAPACIDADE INSTALADA E RECURSOS HUMANOS O conceito da rede de cuidado em saúde bucal é
orientado a partir de conceitos de saúde coletiva e estratégias de planejamento multiprofissional para a modificação
do modelo de assistência (antigo e ineficaz) para um novo modelo de atenção (moderno e eficiente) em saúde bucal.
Desta forma, o envolvimento multiprofissional com as áreas de enfermagem, medicina, agentes comunitários
de saúde, assistência farmacêutica, fisioterapia, saúde mental etc., e também, a articulação multissetorial entre os
setores administrativos não só da Secretaria municipal de saúde, mas também, com outras secretarias municipais
podem determinar este novo modelo de atenção em saúde aos usuários do SUS em Campina Grande do Sul.
Dados populacionais: População estimada em 2021: 43.685.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
recuperação em saúde bucal) tornam-se prioridade, além, por óbvio, da permanente preocupação em aumentar a
oferta de consultas e serviços para a população.
Considerando a capacidade instalada para o atendimento que reflete diretamente a oferta de consultas à
população, e ainda, considerando a necessidade de absorver as demandas diárias de saúde bucal da comunidade,
incluindo também nas rotinas das ESB o conceito de prevenção dos agravos das doenças bucais, emerge um grande
desafio que é encontrar um equilíbrio entre a demanda espontânea dos usuários que buscam atendimento e a
demanda programada onde são incluídos e priorizados grupos como hipertensos, diabéticos, idosos, gestantes,
pacientes em risco social e/ou biológico etc. Em Campina Grande do Sul, através do diálogo entre usuários do SUS,
trabalhadores e gestores, busca-se permanentemente o aprimoramento da relação dicotômica da demanda
espontânea e programada nas unidades e saúdo do município.
Atualmente, além do atendimento ambulatorial realizado nas unidades de saúde onde são realizados
procedimentos como restaurações, raspagens, exodontias (extrações dentárias), profilaxias, radiografias, controle da
dor, diagnóstico de lesões entre outros, são desenvolvidas ainda diversas atividades no que se referem à atenção
integral em saúde bucal, tais como:
1. Atividades coletivas de bochechos fluoretados nas escolas municipais (suspensas temporariamente
devido à Pandemia de Covid-19);
2. Atendimento de pacientes com deficiência com encaminhamento para os hospitais de referência;
3. Referenciamento para a atenção de média complexidade na especialidade de próteses dentárias através
do Laboratório Regional de Próteses Dentárias (LRPD) implantado no município;
4. Participação da equipe de saúde bucal no Programa Saúde na Escola (PSE);
5. Foco no atendimento para o diagnóstico preventivo do câncer de boca;
6. Referenciamento para exames de imagem pertinentes à saúde bucal através de credenciamento próprio
no município.
As atividades de bochecho fluoretado são realizadas de forma constante (semanalmente) nas escolas de
ensino fundamental do município, com o apoio institucional da Secretaria Municipal de Educação e sob a supervisão
da coordenação municipal de saúde bucal com suporte técnico dos cirurgiões-dentistas da rede municipal.
Compreendendo que o flúor pode ser um aliado importante na prevenção da doença cárie, a manutenção do
programa de bochechos fluoretados é realizada de forma sistematizada, através da diluição de saches de flúor em
água, obedecendo ao fluxograma abaixo.
140
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Os pacientes com deficiência ou com necessidades especiais são compreendidos no conjunto de suas reais
dificuldades e necessidades particulares e, assim sendo, em conjunto com a APAE e demais centros de referência para
atendimento a estes pacientes, procura-se realizar a atenção em saúde bucal de forma direcionada através de dois
fluxos diferentes. São eles:
Ambulatorial – atendimento nas Unidades de Saúde municipais e Unidades Estaduais (CRAID)
Hospitalar – atendimento nas Unidade Estaduais hospitalares de referência (CAIF e CHR)
O município viabiliza a realização de próteses dentárias para recuperação das funções mastigatórias e
estéticas, levando em consideração a manutenção e recuperação da dignidade e a autoestima da população, através
do Laboratório Regional de Próteses Dentárias (LRPD) implantado no município. Esta ação é duplamente financiada
através de credenciamento federal pelo Ministério da Saúde e também pelo próprio município.
Em Campina Grande do Sul, as Unidades de Saúde/ESB estão integradas ao NUTES, Núcleo Universitário de
Telessaúde da Universidade Federal do Paraná que, através do Programa Telessaúde Brasil Redes, desenvolve uma
ação nacional que busca melhorar a qualidade do atendimento e da atenção básica no Sistema Único da Saúde (SUS),
integrando ensino e serviço por meio de ferramentas de tecnologias da informação, que oferecem condições para
promover a Teleassistência e a Teleducação.
141
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
As imagens de lesões suspeitas podem ser enviadas pela plataforma virtual do Nutes, diretamente das
Unidades de Saúde para a referência em diagnóstico da UFPR, com o objetivo de auxílio no diagnóstico e rapidez para
o tratamento de lesões de boca.
O Brasil Sorridente - Política Nacional de Saúde Bucal – é o programa que visa desenvolver ações de promoção,
prevenção e recuperação da saúde bucal através de uma série de ações para ampliação do acesso ao tratamento
odontológico no Sistema Único de Saúde (SUS).
Em junho de 2021, o município de Campina Grande do Sul apresenta a cobertura populacional estimada de
equipes de saúde bucal em 70,39%.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) que será implantado no município tem o objetivo de
chegar rapidamente às pessoas que sofrem algum tipo de agravo à saúde e com isso possa levar a sofrimento, sequelas
ou mesmo à morte, visa garantir o atendimento, estabilização e transporte de forma adequada e segura até o destino
competente.
O município fará parte da microrregião nordeste e contará com uma ambulância de suporte básico (USB),
composta por um socorrista e um técnico de enfermagem, sua localização ficará localizada numa base descentralizada
no bairro Centro. Esse serviço conta com a viabilização do Consórcio Metropolitano de Saúde do Paraná (COMESP).
Contará também com o apoio de uma unidade de suporte avançado (USA), composta por um médico, um enfermeiro
e um socorrista, que ficará no município de Colombo e poderá ser acionada pela central de regulação de urgências
situada no município de Curitiba.
Para receber as urgências e emergências trazidas pelo SAMU ou por meio de procura direta dos munícipes,
será construído e/ou ampliado um espaço para a implantação Pronto Atendimento 24 horas, que contará com Sala
de Estabilização (SE), enfermarias, sala de medicação, médicos e equipe de enfermagem 24 horas por dia, sete dias na
semana. Os recursos para implantação do SAMU serão custeados pela união e o Município, referente ao pronto
atendimento 24 horas, esse será custeada com recursos próprios.
Os fluxos de acesso33 significam o caminho e distância percorridos pelos usuários, constituindo os fluxos
assistenciais, mediante a apuração de residência e ocorrência de eventos. Assim serão apresentados de maneira
gráfica e descritiva os principais pontos de localização e dos serviços assistenciais do Município.
As Unidades de Saúde e a Rede Hospitalar no Município de Campina Grande do Sul tem acesso fácil para
moradores da área urbana, facilidade de acesso através de linhas de ônibus. As unidades da área urbana possuem
acesso por ônibus, veículos próprios até mesmo a pé.
As unidades de Saúde da área rural possuem acesso fácil aos povoados do Paiol, Barragem, Jaguatirica e
Ribeirão, as demais os acessos são difíceis, necessitando de veículos automotivos, pois a distância é grande.
O Município de Campina Grande do Sul, possuí mais de 90 km de BR, que faz divisa com Estado de São Paulo,
devido a toda extensão territorial, muitos povoados não têm facilidade, ao acesso à rede assistência à saúde. A rede
de assistência à saúde possuí “linhão da saúde” (micro-ônibus), que faz o transporte de pacientes para acesso à rede
municipal.
O Município dispõe de central de remoções em que também os pacientes são deslocados para atendimentos
a saúde no município e fora do município.
33
Manual de Planejamento do SUS
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
FONTE: GOOGLE.
As Unidades de Saúde e a Rede Hospitalar no Município de Campina Grande do Sul tem acesso fácil para
moradores da área urbana, facilidade de acesso através de linhas de ônibus. As unidades da área urbana possuem
acesso por ônibus, veículos próprios até mesmo a pé.
As unidades de Saúde da área rural possuem acesso fácil aos povoados do Paiol, Barragem, Jaguatirica e
Ribeirão, as demais os acessos são difíceis, necessitando de veículos automotivos, pois a distância é grande.
O Município de Campina Grande do Sul, possuí mais de 90 km de BR, que faz divisa com Estado de São Paulo,
devido a toda extensão territorial, muitos povoados não têm facilidade, ao acesso à rede assistência à saúde.
A rede de assistência à saúde possuí “linhão da saúde” (micro-ônibus), que faz o transporte de pacientes para
acesso à rede municipal. O Município dispõe de central de remoções em que também são deslocados pacientes para
atendimentos a saúde no município e fora do município.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
5 GESTÃO EM SAÚDE
A Nova Política Nacional de Atenção Básica, através da Portaria que Nº 2.436, de 21 de setembro de
201734 a define, estabelece em seu Art. 5º que A integração entre a Vigilância em Saúde e Atenção Básica é
condição essencial para o alcance de resultados que atendam às necessidades de saúde da população, na ótica
da integralidade da atenção à saúde e visa estabelecer processos de trabalho que considerem os determinantes,
os riscos e danos à saúde, na perspectiva da Intra e intersetorialidade.
Ainda, a Portaria complementa, quando trata da territorialização, que além dessa articulação de
olhares para a compreensão do território sob a responsabilidade das equipes que atuam na AB, a integração
entre as ações de Atenção Básica e Vigilância em Saúde deve ser concreta, de modo que se recomenda a adoção
de um território único para ambas as equipes, em que o Agente de Combate às Endemias trabalhe em conjunto
com o Agente Comunitário de Saúde e os demais membros da equipe multiprofissional de AB na identificação
das necessidades de saúde da população e no planejamento das intervenções clínicas e sanitárias.
Para tanto é fundamental a integração do trabalho entre Atenção Básica e Vigilância em Saúde, que é
um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise e disseminação de dados sobre eventos
relacionados à saúde, visando ao planejamento e a implementação de medidas de saúde pública para a
proteção da saúde da população, a prevenção e controle de riscos, agravos e doenças, bem como para a
promoção da saúde.
As ações de Vigilância em Saúde estão inseridas nas atribuições de todos os profissionais da Atenção
Básica e envolvem práticas e processos de trabalho voltados para:
a) vigilância da situação de saúde da população, com análises que subsidiem o planejamento,
estabelecimento de prioridades e estratégias, monitoramento e avaliação das ações de saúde
pública;
b) detecção oportuna e adoção de medidas adequadas para a resposta de saúde pública;
c) vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis; e
d) vigilância das violências, das doenças crônicas não transmissíveis e acidentes.
34
Disponível em https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/19308123/do1-2017-09-22-portaria-n-2-436-
de-21-de-setembro-de-2017-19308031 Acesso 21 set. 2021
145
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
rediscutir as ações e atividades dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias, com
definição de papéis e responsabilidades.
Segundo a SESA PR35, A relação de parceria entre VS e APS está presente:
a) no monitoramento e no controle de vetores, na investigação de óbitos,
b) na coleta de dados de fichas de doenças e agravos de notificação compulsória,
c) em ações estratégicas como Programa Nacional de Imunização;
d) Atenção à Mulher e Materno-Infantil;
e) Prevenção da Dengue,
f) do Controle da Tuberculose, da Sífilis,
g) das Hepatites e da Hanseníase;
h) e articulações intersetoriais nas quais a integração é obrigatória para a efetividade das ações.
A integração entre as ações da Atenção e Vigilância em Saúde por meio da compatibilização dos
territórios de atuação para a identificação conjunta dos condicionantes e determinantes da saúde da população
sob a lógica da RAS, contemplando as especificidades de cada região, é um dos pilares para promover ações
sinérgicas e sustentáveis para alcançar a integralidade do cuidado.
É possível promover a articulação da VS e AB36, respeitando as particularidades de cada esfera de atuação e
considerando a AB como agente de vigilância no território em que atua, sendo capaz de identificar riscos aos quais a
comunidade está exposta, com acionamento correto dos setores da vigilância, em uma perspectiva de corresponsabilidade
para solucionarem os problemas, garantindo à população o cuidado integral à saúde.
Alcançar a integração das ações de VS e AB37 ainda se constitui como um desafio para consolidação delas, visto que é
necessário um conjunto articulado de ações que estejam em sintonia utilizando ferramentas de planejamento, programação,
monitoramento e avaliação de forma sistemática e com atuação do controle social nos processos decisórios, na organização
do processo de trabalho bem como na formação e educação permanente em saúde como forma de articular o conhecimento
tecno-científico com as dimensões do cotidiano, foco e a integração do território como base para subsidiar as análises de
situação de saúde e a promoção da saúde como uma ação transversal.
Exemplo recente dessas ações, foi a articulação dos setores frente à pandemia. Com a vacinação em massa da
população, em que foi necessário a previsão de recursos humanos e realocação dos mesmos, a AB e VISA trabalharam
de forma integrada nas ações.
Assim como há integração dos setores nas campanhas de vacinas, treinamentos das questões epidemiológicas,
ações do dia D da dengue, nas estratégicas das notificações compulsórias.
A Regulação em Saúde é compreendida como instrumento de gestão essencial para garantia da assistência
qualificada e resolutiva e abrange ações de regulamentação, contratualização, regulação do acesso, controle, auditoria
35
Plano Estadual de Saúde do Paraná, 2020-2023.
36
Disponível em https://www.scielo.br/j/sausoc/a/6gPNDDTBZjzw6GDQ3DJHsRr/?lang=pt Acesso 4 out. 2021
37
Disponível em https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/29836/1/Artigo%20Liliana%20Santos.%202018.pdf Acesso em 4 out. 2021
146
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
e avaliação sobre a produção de serviços em saúde. Entre as principais funções da gestão da regulação salienta-se o
papel de indutor da política de regulação com elaboração de atos normativos, organização e coordenação de fluxos
de acesso, considerando as referências e as contrarreferências, o estabelecimento de protocolos operacionais de
acesso e a programação das ações e serviços. A regulação do acesso dos usuários aos diferentes pontos do SUS é um
instrumento de gestão essencial para a garantia de assistência qualificada e resolutiva a ser disponibilizada para toda
população. Essa atividade cumpre papel preponderante na organização da rede de assistência, visando à eficiência e
à eficácia do cuidado, desde a determinação do diagnóstico correto até o tratamento do quadro clínico, em tempo
oportuno, contribuindo para a racionalização do fluxo assistencial e garantindo a qualificação do processo assistencial
com economia de escala e otimização da capacidade instalada.
O complexo regulador macrorregional do Paraná será organizado em quatro macrorregiões – cada central
macrorregional mantida no município-sede de macro e uma central estadual, situada em Curitiba, com ascendência
sobre as centrais macrorregionais. Na nova configuração, haverá integração de processos de trabalho entre a
Regulação de Urgência e de Leitos Especializados, a fim de garantir a linearidade de cada atendimento. Uma
ferramenta de regulação do acesso assistencial é o Sistema Estadual de Regulação Care Paraná (Central de Acesso à
Regulação do Paraná). Implantado desde 2012 e atualizado em 2019, o sistema proporciona as seguintes formas de
Regulação: Urgência e Emergência e Unidades de Suporte Avançado e de Suporte Básico de Vida; controle de
internações hospitalares; agendamentos de consultas e procedimentos especializados; cirurgias eletivas; liberação de
AIH; e Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade (APAC) da rede prestadora de serviços públicos e privados
contratados pelo SUS no estado do Paraná.
Outra ferramenta de regulação de acesso assistencial é o Sistema de Gestão em Saúde FASTMEDIC,
implantado desde 2018, o sistema proporciona as seguintes formas de regulação: gerenciamento das filas de espera
para consultas e exames especializados, de forma eletiva, com a possibilidade de priorizações pelo profissional médico,
nos casos de urgências Após essa regulação da fila de espera, realizamos os possíveis agendamentos através da
regulação do Estado, para atendimentos ambulatorial e hospitalares e através dos serviços privados credenciados
junto ao Município para o atendimento ambulatorial, além dos serviços próprios ofertados pelo Município.
Nosso Município, juntamente ao Estado através da SESA está continuadamente aprimorando a gestão da
regulação com novos recursos no Sistema Municipal de Regulação e cada vez mais aplicando regras da gestão no
sentido de efetivamente obter a totalidade de consultas, exames e procedimentos ordenados por meio desse sistema.
A auditoria em Saúde No Município, atualmente não é regulamentada, contamos com um decreto municipal que
compõe a comissão de avaliação, estamos atualmente nos capacitando para darmos início a auditoria, o
monitoramento e a avaliação, no próximo quadriênio, trazendo como um dos objetivos deste Plano Municipal,
A auditoria no SUS realizada pela SESA, no que tange aos serviços de média e de alta complexidade dos
contratualizados, é executada de forma descentralizada nas 22 Regiões de Saúde e no nível central da SESA, voltada
para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde prestados aos usuários do SUS
O monitoramento e Avaliação no Município são realizados apenas dos prestadores contratualizados pelo
Município que estão sob a sua gestão financeira, para pagamento de produção. Todos os contratos são monitorados
e avaliados por produção visando ao pagamento dos prestadores, os formulários de avaliação são encaminhados por
meio físico a Secretaria Municipal de Saúde, onde são rigorosamente conferidos pela produção acompanhados por
meio de planilhas mensais com cálculos manuais e encaminhados para pagamentos.
A SESA realiza a contratualização com os prestadores de saúde ao SUS, para atendimento na média e alta
complexidade, sendo esses prestadores monitorados e avaliados pelo Estado, que estão sob sua gestão financeira,
seja para pagamento da produção, seja para repasses provenientes de incentivos financeiros e programas de governo.
147
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Alguns contratos têm instrumentos próprios de avaliação por metas físicas e/ou qualitativas. Até meados de 2019,
para alguns contratos, o monitoramento e a avaliação ocorreram baseados em avaliações predefinidas visando ao
pagamento aos prestadores, sendo consolidadas por meio das Comissões Regionais de Acompanhamento e Avaliação
e das Comissões de Acompanhamento dos Contratos.
Os formulários de avaliação são encaminhados em processos físicos, pelas Regiões de Saúde, e são
acompanhados pelo nível central por meio de planilhas mensais com cálculos manuais. A SESA desenvolverá
instrumentos para aprimorar o processo de controle por meio de novas tecnologias, o que possibilitará o fluxo de
documentos digitais entre as Regiões de Saúde e o nível central, a consolidação de dados coletados, a sistematização
dos resultados, a geração de série histórica e um painel de monitoramento para auxílio nas tomadas de decisão. (Fonte
de referência Plano Estadual de Saúde do Paraná 2020/2023).
Quando da realização do Planejamento Regional Integrado (PRI), o Município respondeu para a questão:
“2.1) Quais as necessidades do município em relação ao processo de Regulação do Acesso aos serviços de
saúde?” o Município respondeu:
• Médico regulador;
• Profissionais da área especifica, com capacitação;
A Política Nacional de Assistência Farmacêutica foi aprovada por meio da Resolução CNS nº 338, de 6 de maio
de 2004 (BRASIL, 2004), num conceito de maior amplitude, na perspectiva de integralidade das ações, como uma
política norteadora para formulação de políticas setoriais, tais como: políticas de medicamentos, ciência e tecnologia,
desenvolvimento industrial, formação de recursos humanos, entre outras, garantindo a intersetorialidade inerente ao
SUS, envolvendo tanto o setor público como o privado de atenção à saúde.
148
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
A Assistência Farmacêutica representa hoje um dos setores de maior impacto financeiro no âmbito das
Secretarias de Saúde e a tendência de demanda medicamentos é crescente. A ausência do gerenciamento efetivo
pode acarretar grandes desperdícios, sendo considerado recurso crucial. Gerenciar é alcançar resultados através de
pessoas, utilizando eficientemente os recursos limitados. Um bom gerenciamento é fruto de conhecimento,
habilidades e atitudes. Abrange ações de planejamento, de execução, de acompanhamento e de avaliação dos
resultados. Esta é permanente, pois a avaliação dos resultados incorrerá em novo planejamento, nova execução, novo
acompanhamento e nova avaliação (MARIN et al, 2003; CONASS, 2007). O que impulsiona excelentes resultados é
justamente a integração do conhecimento técnico (normas técnicas, Resoluções, Portarias, Leis) com a gestão político-
administrativa. No âmbito mais amplo do conceito de saúde essa interação fortalece programas orientados pelo
Ministério da Saúde.
As ações de Assistência Farmacêutica devem estar fundamentadas nos princípios previstos no Artigo 198 da
Constituição Federal e no Artigo 7º.da Lei Orgânica da Saúde, bem como em preceitos inerentes à Assistência
Farmacêutica, sendo destacados: universalidade e equidade; integralidade; descentralização, com direção única em
cada esfera de governo; regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde; multidisciplinaridade e
intersetorialidade; garantia da qualidade; estruturação e organização dos serviços farmacêuticos, com capacidade de
resolução; normatização dos serviços farmacêuticos; enfoque sistêmico, isto é, ações articuladas e sincronizadas
(BRASIL, 1988; BRASIL, 1990; CONASS, 2007).
A Assistência Farmacêutica pode ser formada por uma equipe multidisciplinar, capaz de responder pela
operacionalização das atividades, pelo cumprimento das especificações técnicas e normas administrativas, pelo
cumprimento da legislação vigente e análise dos aspectos jurídicos, administrativos e financeiros, pelo sistema de
informações e pela gestão eficiente de estoque. É necessário prover a Assistência Farmacêutica dos recursos humanos,
materiais e financeiros indispensáveis para o desenvolvimento de suas atividades (CONASS, 2007).
A Assistência Farmacêutica de Campina Grande do Sul possui uma equipe de quatro farmacêuticos, que são
responsáveis pelas Farmácias, CAF (Central de Abastecimento Farmacêutico) e Farmácia do Componente
Especializado. Importante citar que a meta do planejamento 2022-2025 é implantar mais uma farmácia, mantendo
um farmacêutico responsável técnico em período integral e trabalhar de maneira sistemática o treinamento das
equipes de farmácia para constante aprimoramento no desempenho de entrega de medicamentos e totalizando
assim três farmácias com dispensação de medicamentos controlados sob supervisão técnica.
Hoje o município possui duas farmácias, sendo uma na Sede e uma no CEM com dispensação de todos os
medicamentos padronizados pelo município, inclusive medicamentos psicotrópicos e antibióticos e treze Unidades
Básicas de Saúde com dispensários de medicamentos básicos, sendo o atendimento organizado considerando a
territorialização.
A Farmácia Central atende a população de Campina Grande do Sul, somente com apresentação de receita,
sendo fornecido todo o elenco da Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME). As receitas de uso
contínuo têm validade de seis meses, sendo que após expirar o período o paciente deve se consultar novamente para
ver se há necessidade de continuar com o tratamento ou mudar e então pegar a nova receita. Além de dispensar os
medicamentos, a farmácia também possui no mesmo prédio a Central de Abastecimento Farmacêutico, onde são
armazenados todos os medicamentos via Consórcio Paraná Saúde e processos licitatórios e que abastece
quinzenalmente todas as Unidades Básicas de Saúde. O espaço físico da Central de Abastecimento Farmacêutico é
149
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
pequeno para a quantidade de estoque que o município atualmente adquire. A meta é adequar o
estoque/armazenamento de medicamentos, como maneira de cumprir normas técnicas.
A farmácia possui sistema para controle de estoque e dispensação em toda a área urbana e parte da área
rural. O objetivo é que este sistema seja implantado também nos demais dispensários rurais.
A aquisição dos medicamentos da padronização municipal se dá por meio de compras viabilizadas pelo
convênio com o Consórcio Paraná Saúde e processo licitatório realizado pelo Município. Existe também uma licitação
exclusiva para atender a demanda dos medicamentos não padronizados.
Como meta para o período 2022-2025 está maior atuação da Comissão de Farmácia e Terapêutica, dada a
responsabilidade dos pareceres de deferimento e indeferimento, análise de incorporação e exclusão de novos
medicamentos na Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME) com base na Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais (RENAME).
SMS/CGS FARMÁCIA
150
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
38
CHAGAS, Virginia Oliveira, PROVIN, Mércia Pandolfo, AMARAL, Rita Goreti. Demandas judiciais para acesso às ações e aos serviços de saúde:
uma revisão integrativa. Disponível em: <http://e-revista.unioeste.br/index.php/variasaude/article/view/13433>. Acesso em: 20.02.2020.
39
VENTURA, Miriam; SIMAS, Luciana; PEPE, Vera Lúcia Edais; SCHRAMM, Fermin Rolan. Judicialização da saúde, acesso à justiça e a efetividade
do direito à saúde. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v.20, n.1, Rio de Janeiro, 2010. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312010000100006> Acesso em: 20.02.2020.
40
Ministério Público do Estado de Goiás. Demandas judiciais relativas à saúde crescem 130% em dez anos. Disponível em:
<http://www.mpgo.mp.br/portal/noticia/demandas-judiciais-relativas-a-saude-crescem-130-em-dez-anos#.XkacTchKiUl> Acesso em:
20.02.2020.
41
Ministério Público do Estado de Goiás. Demandas judiciais relativas à saúde crescem 130% em dez anos. Disponível em:
<http://www.mpgo.mp.br/portal/noticia/demandas-judiciais-relativas-a-saude-crescem-130-em-dez-anos#.XkacTchKiUl> Acesso em:
20.02.2020.
151
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Neste contexto e considerando que o Poder Judiciário tem adotado a postura de solicitar evidências científicas
para a tomada de decisões nas demandas relacionada à área de saúde, sendo que, inclusive, através das Jornadas de
Direito da Saúde realizadas pelo Conselho Nacional de Justiça – CNJ foram aprovados diversos enunciados que tratam
da medicina baseada em evidência, visando orientar as decisões judiciais, é importante a criação de um núcleo, dentro
da Secretaria Municipal de Saúde, para elaboração de pareceres administrativos acerca da medicina baseada em
evidências, composto por profissionais da área de saúde (médico e/ou farmacêutico) e da área administrativa, para
apoio técnico do jurídico na elaboração das defesas, assim como para as respostas administrativas que são
direcionadas ao Ministério Público e Defensoria Pública, assim como para elaboração de respostas estruturadas aos
pedidos administrativos formalizados diretamente pelos usuários, evitando novos conflitos e o ajuizamento de novas
demandas judiciais.
O referido núcleo também estará responsável por criar um banco de dados acerca das judicializações de
assistência à saúde propostas em desfavor do Município, levantando e tratando os dados acerca dos tratamentos e/ou
medicamentos que estão sendo demandados, do custo para atendimento das ordens judiciais, verificação do ente
federativo administrativamente competente/responsável, visando possibilitar eventual ressarcimento, dentre outros,
de modo auxiliar o gestor no planejamento da política de saúde municipal e na tomada de decisão fundada em
planejamento estratégico.
A missão do controle interno, é a de fornecer aos gestores, de todos os níveis, informações para a tomada de
decisão, relatos que venham auxiliar o controle dos processos, com o objetivo de alcançar as metas estabelecidas e
resguardar os interesses da organização, colaborando na definição de suas responsabilidades, fornecendo análises,
apreciações, recomendações, pareceres e acima de tudo, informações relativas às atividades examinadas,
propiciando, assim, um controle efetivo a um custo razoável de todo o sistema existente de saúde.
Controlar significa fiscalizar pessoas, físicas e jurídicas, evitando que a objetivada entidade se desvie das
finalidades para as quais foi instituída na sociedade. E o adjetivo “interno” quer dizer que, na Administração Pública, o
controle será exercido por servidores da própria entidade auditada, conforme as normas, regulamentos e
procedimentos por ela própria determinada, em consonância, óbvio, com os preceitos gerais da Constituição e das
leis que regem o setor público. Na verdade, o controle interno, em essência, deve ser realizado por todo servidor
público, em especial os que ocupam cargos de responsabilidade, mas principalmente os que estão sendo feitos com
este fim. Já, o instituído sistema de controle interno checa, de forma articulada, a eficiência de todos aqueles controles
setoriais, sob estruturação existente em nosso município apresentada na lei especifica.
Os controles internos asseguram o atingimento dos objetivos, de maneira correta e tempestiva, com a mínima
utilização de recursos. O controle da adequada e eficiente aplicação do dinheiro público assume, mais do que nunca,
importância estratégica no desenvolvimento do município na área de saúde. O sistema de controle interno deve ser
orientado por princípios fundamentais, cuja observância visa a garantir com razoável segurança que os objetivos
estabelecidos sejam alcançados.
A Constituição Federal de 1988 (CF88), em seu art. 70, determina que o sistema de controle interno de cada
poder e órgão autônomo deve fiscalizar o uso eficiente, econômico e regular dos recursos públicos, conforme
demonstrado a seguir:
152
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de
controle interno de cada Poder.
Mais adiante, a CF88 estabelece que o sistema de controle interno dos poderes e órgãos autônomos devem
atuar de forma integrada para garantir a execução dos programas de governo (ou políticas públicas) seja realizada com
eficiência, eficácia e regularidade, de modo que os objetivos da ação estatal sejam plenamente alcançados finalidade
pública:
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno
com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos
orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária,
financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
No contexto das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, o Conselho Federal de
Contabilidade (CFC) editou regra específica para o sistema de controle interno governamental, a NBC T 16.8,
segundo a qual tal instância se desdobra em três categorias:
Operacional – relacionada às ações que propiciam o alcance dos objetivos da entidade governamental.
Contábil – relacionado à veracidade e à fidedignidade dos registros e das demonstrações contábeis;
Normativa – relacionada à observância da regulamentação pertinente.
O financiamento da Saúde é tripartite como determina a Constituição Federal de 1988, ou seja, as três esferas
de governo, federal, estadual e municipal, devem participar da receita para custear as ações e serviços de saúde. Nesse
sentido, conforme a Lei Complementar 141/2012, os Município devem investir no mínimo 15 % de recursos próprios
em Saúde.
Na sequência a tabela apresenta um demonstrativo das recitas de financiamento, por esfera de gestão. Está
demonstrada a arrecadação de receitas do Município sobre as quais são deduzidos os 15 %, da Lei Complementar
141/2020, que obrigatoriamente devem ser repassados a saúde. Apresenta também os valores de repasses SUS,
federal e estadual.
Receitas
153
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Despesas Empenhadas
Em relação as despesas o maior montante tem sido investido em Atenção Básica, cuja média na série histórica
2017-2022, atingiu 86,08 %. O crescimento despesa no período considerado teve um incremento de cerca de 38 %,
sendo que me 2017 foi de R$ 18.754.806,14 chegando a R$ 25.686.390,69 em 2020.
A tabela seguinte apresenta a diferença entre o valor executado e o limite mínimo constitucional que deve
ser empregado no financiamento da saúde pelo município.
TABELA 120 DIFERENÇA ENTRE O VALOR EXECUTADO E O LIMITE MÍNIMO CONSTITUCIONAL, 2017-2020
Indicador 2017 2018 2019 2020
Valor referente à diferença entre o valor executado 2.698.310,21 4.047.663,25 2.449.334,71 4.343.559,46
e o limite mínimo constitucional
SIOPS
Indicadores financeiros
Os indicadores financeiros agregam uma série de informações que sintetizam os vários aspectos da
movimentação orçamentária da Saúde.
154
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Entre os indicadores relatados, estão o investimento per capita, no qual o Município em 2020 teve um
resultado inferior à média dos municípios do Estado, R$ 623,80 e R$ 1.029,22 e o percentual que representa a despesa
com pessoal, também em 2020, indicador no qual o Município é superior à média do Estado, 50,99 % e 44,87 %,
respectivamente.
Também, por último, o percentual de recursos próprios investidos em saúde, conforme a Lei Complementar
141/2012, que atesta repasses superiores aos 15 %. Em termos comparativos a média do Município foi inferior à do
Estado, 19,88 % e 22,59 %, respectivamente, em 2020.
Segundo42 a Portaria 3992/2017, que altera a Portaria de Consolidação 06/2017, o Órgão Setorial do Sistema
Federal de Planejamento e Orçamento divulgará, anualmente, em ato específico, o detalhamento dos Programas de
Trabalho das dotações orçamentárias consignadas ao Ministério da Saúde que serão onerados pelas transferências de
42
Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt3992_28_12_2017.html Acesso em 30 set.2021.
155
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
recursos federais referentes a cada Bloco de Financiamento. A Tabela a seguir apresenta a execução financeira de
acordo com os programas de trabalho.
TABELA 122 EXECUÇÃO DE RECURSOS FEDERAIS POR BLOCO DE FINANCIAMENTO E PROGRAMA DE TRABALHO, 2020
Bloco de Programas Valor Valor
Financiamento de Trabalho Transferido Executado
em 2020
Estruturação da 10122501821C0 - ENFRENTAMENTO DA EMERGÊNCIA DE
Rede de Serviços SAÚDE - NACIONAL (CRÉDITO EXTRAORDINÁRIO) 27.157,00
26.602,10
Públicos de Saúde
(INVESTIMENTO)
10122501821C0 - ENFRENTAMENTO DA EMERGÊNCIA DE 85.760,00
85.760,00
SAÚDE – NACIONAL COVID-19 (CRÉDITO EXTRAORDINÁRIO)
10301501920YI - IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS DE ATENÇÃO À
516,00
SAÚDE
Manutenção das 103015019217U - APOIO À MANUTENÇÃO DOS POLOS DA ACADEMIA
0,0 0,0
Ações e Serviços DE SAÚDE
Públicos de 103015019219A - PISO DA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE 1.939.573,54 2.284.114,68
Saúde (CUSTEIO) 10304502320AB - INCENTIVO FINANCEIRO AOS ESTADOS, DISTRITO
FEDERAL E MUNICÍPIOS PARA EXECUÇÃO DE AÇÕES DE VIGILÂNCIA 29.255,76
SANITÁRIA
10305201520AL - INCENTIVO FINANCEIRO AOS ESTADOS, DISTRITO 182.475,64
FEDERAL E MUNICÍPIOS PARA A VIGILÂNCIA EM SAÚDE
10305502320AL - INCENTIVO FINANCEIRO AOS ESTADOS, DISTRITO 30.000,00
FEDERAL E MUNICÍPIOS PARA A VIGILÂNCIA EM SAÚDE
SMS/CGS
A Lei Complementar 141/201243, preconiza em seu que, Artigo 7º, que, os Municípios e o Distrito Federal
aplicarão anualmente em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 15% (quinze por cento) da arrecadação dos
impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam o art. 158 e a alínea “b” do inciso I do caput e o § 3º
do art. 159, todos da Constituição Federal. A origem desta determinação está na Emenda Constitucional 29/2000, que
definiu esse quantitativo a ser investido pelos Municípios.
O gráfico a seguir apresenta a série histórica do % de investimentos do Município, no período 2000-2021,
sendo que a média foi 18,24%.
43
Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp141.htm Acesso em 12 ago.2021.
156
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
% 13,7 10,5 12,6 13,6 17,1 21,3 16,2 18,1 19,1 17,9 18,9 18 17,7 18,2 18,2 18,1 17,7 18,8 20,4 18 19,9
SIOPS
A Portaria nº 2.979/GM/MS, de 12 de novembro de 2019, que institui o Programa Previne Brasil, estabelece
o novo modelo de financiamento de custeio da Atenção Primária à Saúde (APS) no âmbito do Sistema Único de Saúde.
O financiamento federal de custeio da APS é constituído por: capitação ponderada, pagamento por
desempenho e incentivos para ações estratégicas.
O financiamento da APS combina recursos financeiros de Capitação Ponderada, Pagamento por Desempenho
e Incentivos para ações estratégicas em contexto específico (Região Amazônica, população em situação de rua) e para
programas (Saúde na Hora, Informatiza APS, etc.). Essa forma traz diferentes dispositivos para responder aos desafios
estruturantes da Atenção Primária brasileira (aumentar a cobertura, melhorar a qualidade e resolutividade, enfrentar
o aumento de carga de doenças crônicas), com maior equilíbrio entre os efeitos de cada componente, prevenindo
possíveis implicações indesejáveis presentes em qualquer forma isolada de financiamento em saúde.
Os incentivos financeiros serão transferidos na modalidade fundo a fundo, de forma regular e automática, aos
municípios, ao Distrito Federal e aos estados, com possibilidade de visualização e monitoramento das transferências
pelo Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde.
O Município está na Tipologia Urbana do IBGE, cujo quantitativo potencial de pessoas cadastradas por equipe
de saúde da família é de 4000 pessoas, considerando as equipes de Saúde da Família (eSF).
157
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
I - CAPITAÇÃO PONDERADA
O cálculo para a definição dos incentivos financeiros da capitação ponderada deverá considerar:
I - a população cadastrada na equipe de Saúde da Família (eSF) e equipe de Atenção Primária (eAP) no Sistema de Informação em Saúde
para a Atenção Básica (SISAB);
II - a vulnerabilidade socioeconômica da população cadastrada na eSF e na eAP;
III - o perfil demográfico por faixa etária da população cadastrada na eSF e na eAP; e
IV - classificação geográfica definida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
vulnerabilidade
vulnerabilidade
vulnerabilidade
SEM critério de
Nº de EAP 20h
Nº de EAP 30h
População do
Pontos COM
Pontos SEM
Calculado
critério de
critério de
Município
Nº de ESF
Cadastro
Teto do
Total de
R$
Pontos
A Portaria Nº 172, de 31 de Janeiro de 202044 dispõe sobre municípios e Distrito Federal que apresentam manutenção ou
acréscimo dos valores a serem transferidos, conforme as regras de financiamento de custeio da Atenção Primária à Saúde do Programa
Previne Brasil e sobre o valor per capita de transição conforme estimativa populacional da Fundação IBGE.
O cálculo do incentivo financeiro do pagamento por desempenho será efetuado considerando os resultados de indicadores
alcançados pelas equipes credenciadas e cadastradas no SCNES.
- O valor do pagamento por desempenho será calculado a partir do cumprimento de meta para cada indicador por equipe e
condicionado ao tipo de equipe.
- O incentivo financeiro do pagamento por desempenho repassado ao município ou Distrito Federal corresponde ao somatório
dos resultados obtidos por equipe.
44
Disponível em https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-172-de-31-de-janeiro-de-2020-240912930
158
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
159
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
COVID-19
Ainda em relação a 2020, no âmbito do financiamento houve situação especial em relação a Pandemia de
Covid-19, com repasses de recursos através de várias Portarias. Recursos advindos da transferência da União
repassados pelo FNS conforme Portarias específicas nos blocos de manutenção e estruturação para a aplicação no
enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de importância nacional - Coronavírus (COVID-19). Na
sequência o quadro demonstrativo da transferência de recursos advindos da união para a aplicação no enfrentamento
da situação de emergência de saúde pública de importância nacional - Coronavírus (COVID-19)
Repasse União
TABELA 130 DEMOSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS COM RECURSOS DA UNIÃO - COVID, 2020
Quadro demonstrativo da transferência de recursos advindos da união para a aplicação no enfrentamento da situação de
emergência de saúde pública de importância nacional - Coronavírus (COVID-19)
Descrição do recurso Valor do Recurso
Recursos advindos da transferência da União repassados pelo FNS conf. Portarias específicas nos blocos de
manutenção e estruturação para a aplicação no enfrentamento da situação de emergência de saúde 2.226.694,03
pública de importância nacional - Coronavírus (COVID-19)
Recursos advindos da transferência da União repassados pelo FNS nos blocos de manutenção e
estruturação não específicas para a aplicação no enfrentamento da situação de emergência de saúde 0,00
pública de importância nacional - Coronavírus (COVID-19)
Recursos advindos de transposição de saldos financeiros de exercícios anteriores provenientes de repasses
0,00
federais do FNS aos fundos de saúde dos estados, DF e municípios conf. LC 172/2020.
Recursos advindos da União, na forma de auxílio financeiro, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, no exercício de 2020, e em ações de enfrentamento ao Coronavírus SARS-CoV-2 (Covid-19). 0,00
Conforme LC 173/2020
Recursos advindos da União, na forma de prestação de apoio financeiro pela União aos entes federativos
que recebem recursos do Fundo de Participação dos Estados - FPE e do Fundo de Participação dos
Municípios - FPM, com o objetivo de mitigar as dificuldades financeiras decorrentes do estado de 0,00
calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência
de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (Covid-19). MP 938/2020
160
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Recursos Próprios
TABELA 131 DEMOSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS COM RECURSOS PRÓPRIOS - COVID, 2020
Quadro demonstrativo da aplicação de recursos próprios no enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de
importância nacional - Coronavírus (COVID-19)
Descrição do recurso Valor do Recurso
Recursos próprios a serem aplicados no enfrentamento da emergência de saúde - nacional - Coronavírus 671.873,65
(COVID-19)
Total 671.873,65
Despesas decorrentes do enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de importância nacional Coronavírus
(COVID-19)
Descrição das Subfunções/Despesas Despesas Empenhadas Despesas Liquidadas Despesas Pagas
Administração Geral 0,00 0,00 0,00
Atenção Básica 671.873,65 670.913,60 670.913,60
Assistência Hospitalar e Ambulatorial 0,00 0,00 0,00
Suporte profilático e terapêutico 0,00 0,00 0,00
Vigilância Sanitária 0,00 0,00 0,00
Vigilância Epidemiológica 0,00 0,00 0,00
Alimentação e Nutrição 0,00 0,00 0,00
Informações Complementares 0,00 0,00 0,00
Total 671.873,65 670.913,60 670.913,60
SIOPS
161
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Repasse Estadual
TABELA 132 DEMOSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS COM RECURSOS ESTADUAIS - COVID, 2020
Quadro demonstrativo da transferência de recursos advindos do estado para a aplicação no enfrentamento da situação de
emergência de saúde pública de importância nacional - Coronavírus (COVID-19)
Descrição do recurso Valor do Recurso
Recursos de transferências do estado para enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de 86.576,00
importância - nacional - Coronavírus (COVID-19)
Total 86.576,00
Despesas decorrentes do enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de importância nacional Coronavírus
(COVID-19)
Descrição das Subfunções/Despesas Despesas Empenhadas Despesas Liquidadas Despesas Pagas
Administração Geral 0,00 0,00 0,00
Atenção Básica 24.732,96 24.732,96 24.732,96
Assistência Hospitalar e Ambulatorial 0,00 0,00 0,00
Suporte profilático e terapêutico 0,00 0,00 0,00
Vigilância Sanitária 0,00 0,00 0,00
Vigilância Epidemiológica 0,00 0,00 0,00
Alimentação e Nutrição 0,00 0,00 0,00
Informações Complementares 0,00 0,00 0,00
Total 24.732,96 24.732,96 24.732,96
SIOPS
Consolidado
162
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
5.7 REGIONALIZAÇÃO
A regionalização45 é a diretriz organizativa que orienta o processo de descentralização das ações e dos serviços
de saúde e os processos de negociação e pactuação entre os gestores nos três níveis de governo e para a qual os
arranjos institucionais e a relação política administrativa são variáveis que permeiam o planejamento, a gestão e a
organização da RAS (VIANA; LIMA, 2011). Com a regionalização, busca-se um grau de suficiência expresso na máxima
oferta e na disponibilidade de ações de saúde para a população de dado território, instrumentalizada por uma rede
articulada e integrada (CONASEMS, 2019).
45
SESA PR - Plano Estadual de Saúde do Paraná, 2020-2023
163
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
O Município participa ativamente dos processos que envolvem o interesse regional, com base na área
vinculada à 2ª. Regional de Saúde, sediada em Curitiba. Esse espaço territorial é constituído por 29 municípios, num
total de 3.693.891 habitantes (Estimativa 2020 - IBGE). A direção da Secretaria participa das reuniões promovidas pelo
Colegiado de Gestão Regional (CIR) e também das reuniões da Comissão Intergestores Bipartite (CIB-PR) e do Conselho
de Secretários de Saúde do Paraná (COSEMS-PR).
Em termos de saúde, a região constituiu um Consórcio Intermunicipal de Saúde, denominado Consorcio
Metropolitano de Saúde do Paraná – COMESP46, criado em novembro de 2005, é constituído sob a forma jurídica de
direito privado, formado pelos 28 Municípios da Região metropolitana de Curitiba e Guaratuba no litoral do Paraná e
tem como objetivo principal melhorar a qualidade da assistência da Atenção Especializada dos Municípios
consorciados.
FIGURA 26 MAPA – MACORREGIÃO DE SAÚDE - LESTE FIGURA 27 MAPA – 2ª. REGIÃO DE SAÚDE METROPOLITANA
SESA PR
SESA PR
O Estado do Paraná está subdividido em 4 Macrorregiões de Saúde, Leste, Oeste, Norte e Noroeste. A
Macrorregião Leste é a que pertence a 2ª. Regional de Saúde - Metropolitana, a qual está vinculado o Município,
conforme as figuras anteriores. A 2ª. Região de Saúde – Metropolitana está sintetizada na figura a seguir.
46
Disponível em https://www.comespsaude.com.br/institucional Acesso 2 out 2021
164
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
MP/PR
47
CIB Comissão Intergestores Bipartite. Deliberação Nº 318 – 11/10/2018.
165
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
5.8 PLANEJAMENTO
A Gestão do SUS é um processo que envolve atividades inerentes ao comando de um sistema de saúde
(municipal, estadual ou nacional), a partir de funções articuladas de coordenação, negociação, planejamento,
monitoramento e avaliação, tendo em vista a implementação de políticas de saúde.
Segundo o CONASS, constituem-se em Macro funções da gestão48 do SUS aspectos relacionados abaixo:
• Formulação de políticas/planejamento – redução de iniquidades;
• Financiamento;
• Coordenação, regulação, controle e avaliação (do sistema/redes e dos prestadores públicos e/ou privados;
• Prestação direta de serviços de saúde.
O planejamento no SUS49 é de responsabilidade conjunta das três esferas da federação, sendo que a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem desenvolver suas respectivas atividades de maneira funcional para
conformar um sistema de Estado que seja nacionalmente integrado. Assim, as atividades de planejamento
desenvolvidas de forma individual, em cada uma das esferas, em seus respectivos territórios, devem levar em conta
as atividades das demais esferas, buscando gerar complementaridade e funcionalidade. Essa articulação de tarefas
entre as três esferas da Federação deve ser organizada a partir de uma distribuição de responsabilidades e atribuições
definidas pelas normas e acordos vigentes. O Ministério da Saúde, o CONASS e o CONASEMS, em consonância com o
Conselho Nacional de Saúde, definem as diretrizes gerais de elaboração do planejamento para todas as esferas de
gestão, estabelecem as prioridades e os objetivos nacionais. Os Municípios, a partir das necessidades locais, das
diretrizes estabelecidas pelos conselhos municipais de saúde, das prioridades estaduais e nacionais, elaboram,
implementam e avaliam o ciclo do planejamento municipal.
Atualmente a normatiza que operacionaliza o Planejamento no SUS é a Portaria 2135/2013, incorporada na
Portaria de Consolidação No. 01/2017.
A Secretaria de Saúde tem realizado o Ciclo de Planejamento conforme as normativas SUS, com elaboração do
Plano Municipal de Saúde (PMS), Anualização das metas do Plano na Programação Anual de Saúde (PAS) ,
monitorando através dos Relatórios Detalhados do Quadrimestre Anterior, com realização das respectivas Audiências
Públicas e a elaboração do Relatório Anual de Gestão (RAG), fechando assim o ciclo do Planejamento SUS. Todo o
processo submetido a análise e deliberações do Controle Social, através do Conselho Municipal de Saúde.
48
Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde CONASS, coleção progestores/para entender a gestão do SUS. Brasília, 2007 – 12ª ed.
49
Manual de Planejamento do SUS
166
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
O índice de Desempenho do SUS – IDSUS - foi um processo avaliativo, com resultado divulgado em 2012, para
todas Unidades da Federação, tendo Santa Catarina obtido a melhor nota, 6,29 e o estado do Pará a pior, 4,17. O
Estado do Paraná obteve a segunda posição com a nota 6,23. A média brasileira foi 5,47.
O Município de Campina Grande do Sul obteve a média 6,49 ficando na posição 156 entre os Municípios do
Paraná, sendo que a melhor nota obtida foi 7,93 e o Município na última posição obteve nota de 4,39.
Na sequência os mostram os resultados para o Município de Campina Grande do Sul com as notas e os
respectivos indicadores avaliados.
167
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
O Município na área de saúde possui um quadro com 258 servidores, o que equivale a 6 profissionais para
cada 1000 habitantes. Em termos de vínculos, 45 % são efetivos, 36 % contrato, 16 % cargo em comissão e 3 %
terceirizados. O Plano de Carreira, Cargos e Salários da Prefeitura está disposto na Lei Complementar nº 07/2012.
168
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Em 2019 começaram as contratações de pessoal através do Concurso Público, Edital nº 02/2018 para os seguintes
cargos: Auxiliar em Saúde Bucal, Técnico de Enfermagem, Assistente Social, Dentista, Enfermeiro, Farmacêutico,
Fisioterapeuta, Medico, Psicólogo e Terapeuta Ocupacional.
50
O conteúdo dessas portarias foi consolidado pela Portaria de Consolidação nº 2, de 28 de setembro de 2017, do Gabinete do Ministro/MS.
51
Relatório Anual de Gestão RAG-CGS/2020
169
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
O Controle Social é regido pela Constituição Federal promulgada em 05 de outubro de 1988, e a Lei 8.142 de
28 de dezembro de 1990 dispõe a participação da Comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde - SUS. Está
caracterizado pelo Conselho Municipal de Saúde - CMS, no SUS a luta pela democratização dos serviços de saúde, a
partir daí foram criados os Conselhos Municipais, Estaduais e Nacionais e as Conferências de Saúde. Os Conselhos
foram constituídos para formular ações para fiscalizar e deliberar sobre as políticas de saúde que estão
regulamentadas na Portaria 518/2004, de modo articulado e efetivo.
Conhecer o SUS passou a ser imprescindível é por isso que a promoção do conhecimento sobre a saúde no
País e o papel dos Conselhos de Saúde é fortalecer o SUS, estão sendo estruturados nos estados e municípios
brasileiros, realizando ações e instrumentos que favoreçam o desempenho de suas atribuições legais e políticas,
havendo participação para decidir os rumos da saúde em cada esfera federal, estadual e municipal, os membros são
eleitos como delegados fóruns municipais, são entidades bastante atuantes assim toda a política municipal é discutida
e aprovada no Conselho. É um legítimo exercício da democracia a participação do povo na política pública de saúde, é
preciso garantir que a discussão se dê em seu estado ou município de forma ampla transparente e ascendente,
também existem as pré-conferências em bairros, regiões ou distritos, nessas reflexões surge avaliações e propostas
consistentes que se traduzam em políticas públicas de saúde, devem-se reunir em cada região representantes da
sociedade civil, têm de serem pessoas interessadas nas questões relativas à saúde e à qualidade de vida do povo sobre
a política de saúde.
As Conferências de Saúde são realizadas a cada quatro anos é um fórum que reúne todos os segmentos da
sociedade, para debate para avaliação dos serviços de saúde, propor diretrizes para a formulação da política de saúde
nas três esferas de governo, sendo convocada pelo Poder Executivo ou pelo conselho de saúde, quando 50% + 1 dos
integrantes desse fórum conclamam a conferência, acontecendo de 4 em 4 anos, oportunidade debate, formulação
e avaliação das políticas municipais de saúde, qualquer pessoa pode presidir o conselho desde que seja conselheiro.
Reuniões realizadas mensalmente, e extraordinárias quando necessárias todas registradas em ATA, com lista de
presença obrigatória em todas as reuniões.
O CMS é monitorado pelo Sistema de Acompanhamento de Conselhos de Saúde (SIACS) e o papel dos
conselhos é alimentar as informações no Sistema. Esta ferramenta de cadastro dos conselhos de saúde já está
disponível no site do Conselho Nacional de Saúde e têm por objetivo agregar, informações e dados importantes de
todos os 5.564 conselhos municipais de saúde e os 27 estaduais sendo responsabilidade dos secretários-executivos
dos conselhos de saúde o preenchimento dos dados no sistema.
O Conselho Municipal de Saúde de Campina Grande do Sul foi constituído pela Lei Municipal 09/1991, órgão
deliberativo do Sistema Único de Saúde tem a competência de acompanhar, avaliar e fiscalizar os serviços de Saúde
prestados à população pelos órgãos e entidades. Enunciar diretrizes de elaboração do Plano Municipal de Saúde,
acompanhar a programação e a gestão financeira e orçamentária através do Fundo Municipal de Saúde.
A última Conferência realizada no Município foi XIII Conferencia realizada em 08/03/2019, com o tema:
Democracia e Saúde e teve como eixos:
1. Consolidação dos princípios do SUS.
170
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Serviços Ofertados
O Conselho Municipal de Saúde (CMS) atua na formulação de estratégias, execução e controle da política de
saúde, analisam e aprovam o plano de saúde, os relatórios financeiros atuando como órgão de fiscalização dos serviços
de saúde do SUS. Promove e assegura a socialização de informações para fortalecer a participação popular e o controle
social com trabalho informativo/educativo.
O Conselho Municipal de Saúde se reúne mensalmente atualmente na penúltima terça feira de cada mês
reunião aberta ao público; Apresenta acessibilidade; Participa na apresentação do relatório quadrimestral dos
atendimentos e ações realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde; Alimenta o Sistema de Informações o SIACS.
Participação em capacitação de Conselheiros. Registra as informações das reuniões descritas em ATAS.
Na sequência quadro das reuniões realizadas em 2020, sendo total de 15 durante o ano de 2020.
171
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Estrutura Física
A sala do Conselho Municipal de Saúde está situada na Unidade de Saúde Santa Rosa, Rua Júlio Guidolin, Nº
72 - Bairro Santa Rosa; Fone: (41) 3679-6154 - E-mail: conselho_saude@gmail.com
Possui os seguintes materiais e equipamentos:
• Uma Mesa de Escritório • Um Computador
• Uma Cadeira giratória • Uma impressora Samsung
• Uma Mesa para reuniões 10 lugares • Uma Televisão 32 polegadas
• Oito Cadeiras • Um Aparelho telefônico
• Um Notebook • Um Armário duas portas (Aço)
Dificuldades
• Falta de um servidor administrativo para auxiliar no Conselho Municipal de Saúde
• Falta de ambiente seguro pra os materiais (falta de grades nas janelas);
• Internet
• Linha telefônica
172
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Registros e Protocolos
O registro da demanda recebida dos cidadãos se dá por meio de atendimento presencial, telefônico (3676-
8110), e via e-mail (ouvidoriasus@pmcgs.pr.gov.br).
A demanda é registrada quando o cidadão procura a Ouvidoria do SUS para:
a) reclamar sobre uma insatisfação;
b) denunciar uma irregularidade;
c) solicitar alguma informação;
d) registrar elogios;
e) registrar sugestões
173
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
174
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
8|ENFRENTAMENTO A COVID 19
Os Coronavírus?52 são uma grande família de vírus comuns em muitas espécies diferentes de animais,
incluindo camelos, gado, gatos e morcegos. Raramente, os coronavírus que infectam animais podem infectar pessoas,
como exemplo do MERS-CoV e SARS-CoV. Recentemente, em dezembro de 2019, houve a transmissão de um novo
coronavírus (SARS-CoV-2), o qual foi identificado em Wuhan na China e causou a COVID-19, sendo em seguida
disseminada e transmitida pessoa a pessoa.
A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus, denominado SARS-CoV-2, que apresenta um espectro
clínico variando de infecções assintomáticas a quadros graves. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a
maioria (cerca de 80%) dos pacientes com COVID-19 podem ser assintomáticos ou oligossintomáticos (poucos
sintomas), e aproximadamente 20% dos casos detectados requer atendimento hospitalar por apresentarem
dificuldade respiratória, dos quais aproximadamente 5% podem necessitar de suporte ventilatório.
• Primeiro Caso53
A Prefeitura de Campina Grande do Sul informa a confirmação do primeiro caso de coronavírus (COVID-19)
em um morador da cidade. Trata-se de um homem de 54 anos, morador do Jardim Paulista. A confirmação se deu na
última sexta-feira (03/04/2020), após comprovação de exames laboratoriais. O paciente encontra-se internado no
Hospital Vita, em Curitiba, onde passa bem, sem qualquer complicação em seu quadro de saúde. Ao receber alta, será
monitorado por equipes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Os sintomas iniciais apresentados pelo homem
foram exatamente os correspondentes aos previstos na manifestação do coronavírus: dor de cabeça, febre, tosse e
dificuldade na respiração. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, é possível que o paciente tenha contraído o vírus
durante recente viagem ao interior do Paraná. Ainda, conforme a SMS, houve um trabalho imediato de identificação
dos contatos realizados entre o homem e cerca de dez pessoas – a maioria familiares – as quais encontram-se em
isolamento absoluto.
• Plano de Contingência
Em relação a elaboração do Plano de Contingência para enfrentamento da COVID-19 o Município
acompanhou os procedimentos estabelecidos pelo Ministério da Saúde (MS) e Secretaria Estadual de Saúde (SESA) na
construção de seu Plano de Ação. destacando os principais aspectos da doença, como agente etiológico, período de
incubação, transmissão, período de transmissibilidade, manifestações clínicas, diagnóstico diferencial, diagnóstico
laboratorial, tratamento, recomendações para prevenção e controle, recomendações para os profissionais da saúde
e unidade básica de saúde, recomendações para empresas, estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, e
elaborou o Plano de Ação.
52
Campina Grande do Sul. Prefeitura Municipal. Disponível em https://www.campinagrandedosul.pr.gov.br/coronavirus Acesso em 20
ago.2021.
53
Disponível em https://www.campinagrandedosul.pr.gov.br/noticia/primeiro-caso-de-coronavirus-e-confirmado-em-campina-grande-do-sul-
segundo-caso-chegou-a-ser-lancado-no-sistema-da-sesa-por-engano Acesso em 20 ago.2021.
175
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
No Estado do Paraná, segundo o Ministério da Saúde54 a incidência (Número de casos em 100 mil habitantes)
é de 12564,6 e a Mortalidade 322,3 a cada 100 mil habitantes, dados do dia 20/08/2021.
Em relação ao Município, o 74º. Boletim Epidemiológico, publicado em 23/09/2021 aponta os seguintes
dados:
54
Disponível em https://covid.saude.gov.br/ Acesso em 21 ago. 2021.
176
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
177
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
A página do Município na internet, no site da prefeitura Municipal, com os dados da COVID é <
https://www.campinagrandedosul.pr.gov.br/coronavirus>. A página, “Transparência sobre a COVID-19” apresenta
transparência nas compras, prevenções e decretos, sobre o isolamento social, para possíveis decisões municipais
sobre COVID-19.
A figura a seguir apresenta os itens que podem ser acessados. Os itens que podem ser acessos são: Licitações;
Contratos e Atas; Receitas X Despesas; Receitas; Despesas Empenhadas; Despesas Liquidadas; Despesas Pagas;
Servidores e Portal da Transparência Completo.
HTTPS://WWW.CAMPINAGRANDEDOSUL.PR.GOV.BR/CORONAVIRUS
Por determinação do TCE PR foi implantado dentro do site da transparência municipal um link para acesso a
todas as informações relacionadas a COVID-19 de acordo com as exigências do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-
PR), denominado ITP COVID-19 – Índice de Transparência TCE\PR55,. O Município atingiu 92,25 % no ITP56, nota
superior à média da região e do Estado.
55
Tribunal de Contas do Paraná. Disponível em https://coronavirus.tce.pr.gov.br/itp-covid/ Acesso em 20 ago.2021
56
Disponível em https://www1.tce.pr.gov.br/conteudo/ferramentas-itp-covid-19/327942/area/250 Acesso em 20 ago.2021
178
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
TCE/PR
O Município utilizou os recursos da internet para publicar as ações e divulgar informações quanto ao
enfrentamento a pandemia, no site do Oficial do Município e nas redes sociais, tais como o Facebook
HTTPS://WWW.FACEBOOK.COM/PREFDECAMPINA HTTPS://WWW.CAMPINAGRANDEDOSUL.PR.GOV.BR
O Relatório Anual de Gestão da Saúde do Município fez um registro das ações empreendidas pelo Município
no enfrentamento da COVID. Será transcrito aqui um trecho que tece considerações a respeito:
“As dificuldades foram imensas. A prioridade, salvar vidas. E como conciliar as necessidades de enfrentamento
à pandemia, com prioridades claramente delimitadas pelos instrumentos de gestão como a Programação Anual de
Saúde 2020? Todas as decisões foram tomadas levando em consideração esses fatores. Muito foi realizado, muitos
acertos, muitas iniciativas que salvaram vidas foram realizadas. E, apesar de, infelizmente, mesmo assim termos
perdido vidas irrecuperáveis, nossa cidade alcançou os melhores resultados na guerra travada contra o vírus. Mas o
179
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
que conquistamos, mesmo, foi a preservação de vidas, com nome, sobrenome, histórias, sonhos e desejos. A
preservação de milhares de vidas de pais e mães, de avós, de netos, de filhas e filhos. Isso nos orgulha. Essa era a nossa
missão. Era isso que esperavam de nós. Trabalhamos muito, em todas as esferas da governança municipal. Não houve
setor da administração que não tenha se envolvido nessa guerra. Em especial, os profissionais de saúde, homens e
mulheres que merecem honras, homenagens e nossa gratidão eterna. Não há maneira de agradecer a essas pessoas,
nem haverá, tamanha sua dedicação. Mas, além desses profissionais, muitos outros atuaram para manter Campina
Grande do Sul de pé, resistindo, existindo, em todas as áreas, como nosso Excelentíssimo Prefeito Municipal,
Secretária Municipal, as direções e coordenações técnicas de vigilância em saúde e sanitária. Nossos setores
administrativos dando celeridade nas liberações de documentos, processos necessários para atingirmos todas as
metas e ações do combate a esta pandemia. A cidade viveu o paradoxo de ter de parar, mas, ao mesmo tempo, seguir
em frente. E isso foi feito. Apesar das dificuldades e incertezas vividas nesse ano, aqui estamos. O mundo não para, e
precisamos seguir em frente, planejando, se organizando para uma cidade melhor”.
180
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
O Município de Campina Grande do Sul está localizado na Região Metropolitana de Curitiba. O crescimento
populacional é positivo, porém ligeiramente inferior à média da região e superior à média do Estado. O grau de
urbanização é de 82 %.
No campo econômico tem PIB per capita inferior à média regional, e ligeiramente inferior à média dos
municípios do Estado. Segundo o IBGE, em 2019, o salário médio mensal era de 2,4 salários-mínimos e a proporção
de pessoas ocupadas em relação à população total era de 24.7%.
Os indicadores socioeconômicos o colocam em posição média no ranking dos 399 municípios do Estado,
sendo o Índice de Desenvolvimento Humano – Municipal (IDH-M) na posição 130, o Índice IPARDES de
Desenvolvimento Econômico, posição 260 e o Índice Gini, que representa a distribuição de renda, situado na posição
122. A taxa de analfabetismo é semelhante à média dos municípios do Estado, no entanto o Estado vem diminuindo
mais rapidamente essa taxa.
Entre o ano de 2016 e o de 2020, o Município teve um crescimento em beneficiários de Plano privado de
saúde. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em 2020, apontava 8833 pessoas com Plano de Saúde. Isso
equivale a 20,3 % da população. No Estado do Paraná essa taxa é de 25,3 %.
A taxa bruta de natalidade vem oscilando e encontra-se acima da média estadual verificada entre o período
de 2017-2020. A taxa de gravidez na adolescência supera a do Estado. Em relação aos partos cesáreos, o Município
apresenta uma média ligeiramente inferior à do Estado. O percentual de pré-natal com 07 ou mais consultas, é
desfavorável quando considerado com a média do Estado do PR. A taxa de mortalidade tem sido semelhante à do
Estado. A Mortalidade Infantil considerando a série histórica 2017-2020, é maior que a média do Estado para o
período. Considerando as três primeiras causas de óbito, no acumulado 2017-2020, foram Doenças do Aparelho
Circulatório, Neoplasias (tumores) e apresentando o mesmo resultado, Doenças do Aparelho Respiratório e Causas
Externas de morbidade e mortalidade. As internações no período 2017-2020 tiveram como as três primeiras causas:
Aparelho Circulatório, Gravidez, Parto e Puerpério e Causas Externas.
O Município ficou numa posição bastante desfavorável quando analisado os resultados da Pactuação
Interfederativa, no período 2017-2020, com apenas 40,5 % de metas alcançadas.
Sobre o financiamento, o percentual de recursos próprios investidos em saúde, está adequado conforme a
Lei Complementar 141/2012, que preconiza um mínimo de 15 % de recursos próprios investidos em Saúde. Em termos
comparativos a média do Município foi inferior à do Estado, 19,88 % e 22,59 %, respectivamente, em 2020.
Em sua estrutura de saúde, o Município possui 14 Unidades Básicas de Saúde, sendo 07 delas com equipes da
Estratégia Saúde da Família (ESF), e a cobertura pelas equipes de Saúde da Família é muito baixa. Em seu território
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
está localizado um Hospital de referência estadual. É associado ao Consórcio Intermunicipal da Região Metropolitana
(COMESP). O Município tem grande demanda reprimida na área de consultas e exames especializados.
Atualmente a Secretaria de Saúde conta com 309 profissionais, alocados nas UBS, VISA, CAPS, Central de
remoção e Secretaria de Saúde. Acreditamos que as maiores demandas e dificuldades da saúde estejam relacionadas
a:
• Dificuldade de contratação de profissionais;
• Rotatividade de profissionais nos serviços de saúde;
• Dados em sistema de prontuários não fidedignos a realidade;
• Falta de territorialização no município, o que impossibilita um diagnóstico real;
• Grande extensão territorial.
Ao final de 2021, com a diminuição das taxas de infecção e morte por COVID, após um esforço gigante de toda
a equipe, bem como a atuação eficaz da Vigilância em Saúde, em que mais 90,15% dos munícipes acima de 18 anos já
estão vacinados com a primeira dose57, as ações da atenção básica com prevenção e promoção a saúde estão de fato
voltando a sua condição de normalidade.
1. Intensificar através de capacitação contínua a utilização do sistema de informação por parte dos
médicos e demais profissionais de saúde, proporcionando integração nas informações dos usuários do sistema;
2. Estruturação da linha de cuidados em saúde mental;
3. Viabilizar o pleno funcionamento do SAMU (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência), 24 horas,
via convênio com o Ministério da Saúde.
57
Disponível em
https://www.campinagrandedosul.pr.gov.br/noticia/municipio_atinge_90porcento_da_populacao_adulta_vacinada_contra_covid-19
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Com a análise situacional elaborada58, é possível avançar na identificação e definição das diretrizes e
prioridades que comporão o Plano de Saúde e todos os demais instrumentos de planejamento. É bom lembrar que as
diretrizes serão definidas visando responder às necessidades de saúde da população, identificadas na análise
situacional e, por isso mesmo, mantêm relação com os temas que orientaram a construção da análise situacional.
Nesta etapa são consideradas as condições de saúde da população e explicitados os compromissos e
responsabilidades exclusivas do setor saúde expressos em Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores; os
determinantes e condicionantes de saúde, onde constam as medidas compartilhadas ou sob a coordenação de outros
setores (intersetorialidade); e a gestão em saúde, com as respectivas medidas de seu aperfeiçoamento.
Metas
DIRETRIZES Objetivos
Indicadores
Diretrizes Expressam ideais de realização e orientam escolhas estratégicas e prioritárias. Devem ser definidas em
função das características epidemiológicas, da organização dos serviços, do sistema de saúde e dos marcos
da Política de Saúde.
Objetivos Expressam resultados desejados, refletindo as situações a serem alteradas pela implementação de
estratégias e ações. Declaram e comunicam os aspectos da realidade que serão submetidos a intervenções
diretas, permitindo a agregação de um conjunto de iniciativas gestoras de formulação coordenada.
Referem-se à declaração “do que se quer” ao final do período considerado.
Metas Expressam a medida de alcance do Objetivo. Um mesmo Objetivo pode apresentar mais de uma meta em
função da relevância destas para o seu alcance, ao mesmo tempo em que é recomendável estabelecer
metas que expressem os desafios a serem enfrentados.
Indicadores Conjunto de parâmetros que permite identificar, mensurar, acompanhar e comunicar, de forma simples,
a evolução de determinado aspecto da intervenção proposta. Devem ser passíveis de apuração periódica,
de forma a possibilitar a avaliação da intervenção.
58
Ministério da Saúde. Manual de Planejamento do SUS.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
OBJETIVO 1 - FORTALECER A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE COMO COORDENADORA DO CUIDADO E ORDENADORA DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE.
INDICADOR LINHA-BASE META META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO E UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE PLANO (2022
AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA - 2025)
Aumentar o número de equipes da
7 Número de ESF implantadas 7 2020 NUMERAL 5 NUMERAL 1 2 3 5
Estratégia Saúde da Família (ESF)
Reduzir a cada ano o número de
mortalidade prematura (de 30 a 69
anos) em relação 2020, pelo conjunto
das quatro principais doenças crônicas Número absoluto de morte prematura por
8 156 2020 NUMERAL 110 NUMERAL 146 130 120 110
não transmissíveis (do aparelho doenças crônicas não transmissíveis
circulatório, câncer, diabetes e
respiratórias crônicas) por habitantes
nessa faixa etária
Reduzir o número de mortalidade por
Número absoluto de morte por causas
9 causas externas, exceto agressões 41 2020 NUMERAL 30 NUMERAL 38 36 34 30
externas
interpessoais
Realizar territorialização para a
10 Número de territorialização realizadas. 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 0 1 0 0
readequação das áreas de abrangência
Retomar as ações do Programa de Número de UBS com o Programa de
11 0 2020 NUMERAL 2 NUMERAL 2 0 0 0
Tabagismo Tabagismo implantado e em funcionamento.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
OBJETIVO 2 - AMPLIAR O ACESSO DAS MULHERES ÀS AÇÕES DE PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA E COLO DE ÚTERO.
INDICADOR LINHA-BASE META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO META PLANO UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE
E AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO (2022 - 2025) MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA
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OBJETIVO 3 - QUALIFICAR E AMPLIAR A LINHA DE CUIDADO À SAUDE DA MULHER E ATENÇÃO MATERNO INFANTIL.
INDICADOR LINHA-BASE META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO META PLANO UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE
E AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO (2022 - 2025) MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
Garantir o acompanhamento
Percentual de atendimento dos usuários
nutricional dos usuários cadastrados
24 cadastrados no Programa Municipal de 64% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 70% 80% 100% 100%
no Programa Municipal de Dietas
dietas especiais.
Especiais
Implantar o Projeto de Rede Apoio ao
Número de UBS com projeto
25 Aleitamento Materno nas Unidades 0 2020 NUMERAL 7 NUMERAL 1 3 5 7
implantado
Básicas de Saúde
Ampliar a cobertura de
acompanhamento das
26 Percentual da cobertura atingida 24% 2020 PERCENTUAL 80% PERCENTUAL 50% 60% 70% 80%
condicionalidades de saúde do
Programa Bolsa Família
OBJETIVO 4 - QUALIFICAR A LINHA DE CUIDADO EM SAÚDE BUCAL NO MUNICÍPIO, INCREMENTANDO AS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE BUCAL OFERTADO E
OPORTUNIZANDO A MELHORIA DO ACESSO PARA A EFETIVA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO.
INDICADOR LINHA-BASE META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO META PLANO UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE
E AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO (2022 - 2025) MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA
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OBJETIVO 2 - IMPLEMENTAR E DAR CONTINUIDADE ÀS AÇÕES SISTEMÁTICAS DE VIGILANCIA AMBIENTAL, COMPREENDENDO A IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DAS
SITUAÇÕES DE RISCO, A ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E A APLICAÇÃO DE PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS. COM ATENÇÃO ESPECIAL AOS SEGMENTOS QUE
APRESENTAREM MAIOR NÚMERO DE AGRAVOS A SAUDE RELACIONADOS AO MEIO AMBIENTE.
INDICADOR LINHA-BASE META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO META PLANO UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE
E AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO (2022 - 2025) MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA
Percentual do número de áreas
Diagnosticar e mapear 30% das áreas
diagnosticadas/mapeadas em relação
54 com ocorrência de caso confirmado de 0% 2020 PERCENTUAL 30% PERCENTUAL 30% 30% 30% 30%
ao número total de áreas com casos
leptospirose
positivos para leptospirose
Realização de oficinas sobre a Dengue
55 nos estabelecimentos de Ensino Número de oficinas realizadas por ano 0 2020 NUMERAL 16 NUMERAL 4 4 4 4
Públicos
Identificar e cadastrar 01 área com
56 suspeita de contaminação de solo ao Número de áreas cadastradas no ano 0 2020 NUMERAL 4 NUMERAL 1 2 3 4
ano
Percentual de casos investigados em
Investigar 100% das notificações de
57 relação ao número total de casos 0% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
surtos de doenças hidro veiculadas.
notificados de doenças hidro veiculadas
Percentual de Estações de Tratamento
Realizar inspeção em 100% das de Água inspecionadas em relação ao
58 Estações de Tratamento de Água (SAC) número total de Estações de 100% 2020 PERCENTUAL 100% PERCENTUAL 100% 100% 100% 100%
localizadas no município Tratamento de Água localizadas no
município.
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OBJETIVO 1 - FORTALECER A EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE E OS PROCESSOS DE CONSTRUÇÃO E DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTOS VOLTADOS ÀS
NECESSIDADES DO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL.
INDICADOR LINHA-BASE META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO E META PLANO UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE
AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO (2022 - 2025) MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA
Desenvolvimento do protocolo Saúde
107 da Mulher e implementação nas Número de protocolos publicados. 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 0 0 1 0
equipes
Desenvolvimento do protocolo de
108 gestantes e Número de protocolos publicados. 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 0 1 0 0
implementação nas equipes
Desenvolvimento do Protocolo
109 Municipal de Dietas Especiais e Número de protocolos publicados. 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 0 0 0
implementação no Município
Desenvolvimento do Protocolo
110 Municipal de atendimento - demanda Número de protocolos publicados. 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 0 0 0
de cuidados a criança na equipe
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
multiprofissional e implementação no
Município
Desenvolvimento de Protocolo
111 Número de protocolos publicados. 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 0 1 0 0
Municipal de Enfermagem
Elaborar protocolos de regulação
municipal de acesso às consultas e
112 Número de protocolos publicados. 0 2020 NUMERAL 3 NUMERAL 0 1 1 1
exames (protocolo para baixa, média e
alta complexidade).
Desenvolver protocolo municipal
específico de referência para exames
113 Número de protocolos publicados. 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 0 0 0
de imagem de interesse à saúde bucal
da população.
Desenvolver e estabelecer protocolo
de referência para atendimento na
114 especialidade de odontopediatria para Número de protocolos publicados. 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 0 0 0
pacientes de difícil manejo
ambulatorial nas UBS.
Elaborar e implementar o protocolo de
115 atendimento do CAPS, garantindo a Número de protocolos publicados. 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 0 0 0 1
sua divulgação.
Construir fluxos/protocolos de Número de fluxos/protocolos
116 0 2020 NUMERAL 2 NUMERAL 2 0 0 0
assistência à saúde construídos no município
Realizar ações com as equipes
voltadas para o atendimento de
forma humanizada, buscando Número de capacitações anuais
117 0 2020 NUMERAL 4 NUMERAL 1 1 1 1
acolher os usuários de forma digna, realizadas
sempre respeitando os direitos da
população, com um atendimento no
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OBJETIVO 1 - DELIBERAR E FISCALIZAR OS INSTRUMENTOS DE GESTÃO ORÇAMENTARIA E DO SUS, FORTALECER E MELHORAR A QUALIFICAÇÃO DOS CONSELHEIROS E
SERVIÇOS DE OUVIDORIA.
INDICADOR LINHA-BASE META PREVISTA
INDICADOR PARA MONITORAMENTO META PLANO UNIDADE DE
Nº DESCRIÇÃO DA META UNIDADE DE
E AVALIAÇÃO DA META VALOR ANO (2022 - 2025) MEDIDA 2022 2023 2024 2025
MEDIDA
Realizar no mínimo 12 reuniões
118 anuais do conselho municipal de Número de reuniões realizadas ao ano 15 2020 NUMERAL 12 NUMERAL 12 12 12 12
saúde
Participar de audiências públicas
119 Número de audiências realizadas ao ano 3 2020 NUMERAL 3 NUMERAL 3 3 3 3
anualmente
Manter a fiscalização dos Número de instrumentos de gestão
120 5 2020 NUMERAL 6 NUMERAL 5 5 5 6
instrumentos de gestão fiscalizados em tempo oportuno.
Realizar oficinas anuais com
Número de oficinas/capacitações
121 temática sobre o SUS para 0 2020 NUMERAL 2 NUMERAL 2 2 2 2
realizadas ao ano.
conselheiros municipais.
Realizar visita anual ao serviço de Número de visitas realizadas
122 0 2020 NUMERAL 1 NUMERAL 1 1 1 1
saúde do município anualmente
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
A palavra monitor59 vem do latim: monitum e significa “aquele que dá conselho, que faz pensar, que adverte,
que lembra”. O monitoramento e avaliação devem ocupar lugar de relevância no processo de planejamento da
Secretaria Municipal de Saúde.
Na sequência são apresentados conceitos sobre Monitoramento e Avaliação, ressaltando que há uma gama
muito grande conceituações a respeito desses processos.
59
Marconi Fernandes de Sousa. Disponível em https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/992/1/SOUSA%2C%20Marconi%20Fernandes%20-
%20Conceitos%20B%C3%A1sicos%20de%20Monitoramento%20e%20Avalia%C3%A7%C3%A3o.pdf Acesso 1 out. 2021
60
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61
Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa. Disponível em
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_estrategica_participasus_2ed.pdf Acesso em 16 set.. 2021
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
C ONSIDERAÇÕES F INAIS
Portanto este é um instrumento norteador, que ajudará a gestão e a equipe na travessia do cotidiano
do trabalho, permitindo alinhar os processos necessários para a execução das atividades.
É importante, ao concluir, ressaltar que este Plano como instrumento central do planejamento da saúde
do Município, trouxe a possibilidade de elucidar a realidade vivida, revelada através do levantamento de dados,
indicadores e informações, mas passa agora para o tempo futuro trazendo novas possibilidades de
aprimoramento do trabalho e das ações e serviços objetivando o melhor atendimento possível as necessidades
de saúde de nossa comunidade.
Aos que de alguma maneira participaram desse processo, fica a certeza de que a tarefa foi executada,
tendo todos dado o melhor de si, para que o objetivo fosse efetivamente cumprido.
210
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2022 - 2025
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Campina Grande do Sul: 2017.
CAMPINA GRANDE DO SUL PR. Secretaria Municipal de Saúde. Relatório Anual de Gestão/2020. Campina
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214