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INETESE - Instituto para o Ensino e Formação

APZ_1_ÉVORA – TÉCNICO/A COMERCIAL


Ano Letivo 2016-2017

Higiene e Prevenção no
Trabalho

Eng.ª Sónia Romero_2016/ 2017


romero-1001@hotmail.com
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Conteúdos

1 - Saúde, doença e trabalho


(saúde; doença profissional; acidente de trabalho;
doenças e setores económicos; estatísticas;
distribuição de acidentes; riscos; custos e prevenção de
acidentes).

2 - Ergonomia
(postos de trabalho; condições de trabalho; prevenção;
EPI´s e EPC´s; movimentação de cargas; utilização de
ecrãs de computador).

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Higiene no trabalho - visa prevenir as doenças


profissionais e identifica os fatores que afetam
o ambiente de trabalho do trabalhador, visando
eliminar ou reduzir os riscos profissionais.

Segurança no trabalho - conjunto de


metodologias que visam prevenir acidentes. O
seu objetivo é identificar o controlo de riscos.

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Prevenção - conjunto de medidas e programas


tomadas pela empresa que tenham como
objetivo eliminar ou diminuir os riscos
profissionais a que os trabalhadores estão
expostos.

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Prevenção - é o conjunto de técnicas e/ou


procedimentos que contribuem para eliminar os
acidentes.

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A missão da Organização Internacional do Trabalho


(OIT)

- Anualmente morrem 2 000 000 de pessoas devido a


acidentes de trabalho e a doenças profissionais;
- Em todo o mundo ocorrem 270 000 000 de acidentes
de trabalho/ ano;
- Mais de 160 000 000 de doenças profissionais/ano.

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OIT:
- Pretende garantir a todas as pessoas o direito
ao trabalho digno, em liberdade e em
segurança - o que inclui o direito a um
ambiente saudável e seguro.

Fonte: OIT

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A OIT (1919, Suíça) divulga um conjunto de


informação na forma de normas e códigos
que permitem aos países serem mais
eficazes na implementação de medidas de
segurança e saúde no trabalho.

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Existem mais de 70 convenções (normas) da


OIT sobre questões de segurança e saúde.

A OIT publicou mais de 30 códigos de prática


de segurança e saúde no trabalho.

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Rua Américo Durão, 12A, 1900-064 Lisboa


http://www.ilo.org/public/portugue/region/eurpro/lisbon/h
tml/genebra_trab_digno_pt.htm

http://www.ilo.org

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A Autoridade para as condições do trabalho (ACT) é


responsável pela promoção da melhoria das condições
de trabalho e das políticas de prevenção dos riscos
profissionais e pelo controlo do cumprimento da
legislação relativa à segurança e saúde no trabalho.

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“A ACT, que assumiu as atribuições da Inspeção Geral


do Trabalho e do Instituto para a Segurança, Higiene e
Saúde no Trabalho, tem a sede em Lisboa e dispõe de
serviços regionais e locais.”

ACT: inspetiva e preventiva.

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http://www.act.gov.pt
Telefone: 707 228 448

Centro Local do Alentejo Central


Morada: Rua Miguel Bombarda, 58, 1º 7000-919
Évora
Telefone: 266 749 620

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Exercício:

Defina os seguintes termos:


- Trabalho,
- Saúde,
- Perigo (dê um exemplo);
- Risco (dê um exemplo);
- Acidente de trabalho (dê um exemplo);
- Incidente;
- Doença profissional (dê um exemplo).
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Conceitos

O trabalho

Trabalho significa: “exercício de atividade


humana, manual ou intelectual, produtiva”.
É a realização de tarefas que envolvem o
dispêndio de esforço mental e físico, com o
objetivo de produzir bens e serviços para
satisfazer necessidades humanas.

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Conceitos
1.1 - Saúde

Segundo a Organização Mundial de Saúde


(OMS) a saúde é: um estado de bem estar
físico, mental e social completo e não
somente a ausência de dano ou doença.

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Conceitos
1.1 - Saúde

Organização Mundial de Saúde:


-1948;
- Pertence à Organização das Nações Unidas
(Genebra);
- Apoia a cooperação internacional para a
melhoria das condições de saúde.

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Conceitos
1.1 - Saúde

OMS:
- Controla epidemias;
- Adota medidas de quarentena;
- Normaliza medicamentos;
- Regulamentação sanitária;
- Executa campanhas de vacinação, rastreio e
prevenção de doenças.

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Conceitos

Perigo

- Conjunto de elementos, presentes nas


condições de trabalho, que podem
desencadear lesões profissionais.

- “A causa”.

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Conceitos

Risco

- Situação, real ou potencial, suscetível de a


curto, médio ou longo prazo, causar lesões aos
trabalhadores ou à comunidade, em resultado
do trabalho.
- Pode atingir a saúde do trabalhador.

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Conceitos

Risco

- Possibilidade de um trabalhador sofrer um


dano provocado pelo trabalho.

- “É a consequência.”

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Conceitos

Incidente

- Acontecimento não intencional que em


circunstâncias ligeiramente diferentes
poderia provocar danos corporais, danos
materiais ou perdas de produção.
- No acidente há sempre lesões corporais, no
incidente não.

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Conceitos
1.2 - Doença profissional

Doenças profissionais - são adquiridas no


exercício do trabalho em si.
É uma lesão que resulta da exposição
prolongada e repetida.

É um acidente de trabalho, quando delas


resultar a incapacidade para o trabalho.

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Conceitos
1.2 - Doença profissional

E uma gripe?

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Conceitos
1.2 - Doença profissional

Ex.: Um trabalhador pode contrair uma gripe,


por contágio com colegas de trabalho. Essa
doença, embora possa ter sido adquirida no
ambiente de trabalho, não é uma doença
profissional nem de trabalho, porque não
resulta da produção.

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Conceitos
1.2 - Doença profissional

Trabalhador perde a audição por ficar muito


tempo sem proteção auditiva adequada,
quando sujeito ao excesso de ruído,
provocado pelo trabalho executado junto a
uma máquina.

Fonte: google

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Conceitos
1.2 - Doença profissional

Como participar uma doença profissional?


“A participação de um diagnóstico presuntivo
de doença profissional ao Instituto de
Segurança Social é realizada pelo médico do
trabalho ou por outro médico...no prazo de 8
dias a contar da data do diagnóstico.”

(Freitas, 2013)

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Conceitos
1.2 - Doença profissional

Que tipo de exames devem ser efetuados?

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Conceitos
1.2 - Doença profissional

- Exames de admissão - antes do início da


prestação do trabalho, ou nos 15 dias
seguintes, quando a urgência o justificar;

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Conceitos
1.2 - Doença profissional

- Exames periódicos - anuais para os menores


de 18 anos e maiores de 50 e de 2 em 2 aos
para os restantes trabalhadores;

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Conceitos
1.2 - Doença profissional

- Exames ocasionais - sempre que existam


alterações substanciais nos meios utilizados,
no ambiente e na organização do trabalho
que possam ter efeitos na saúde dos
trabalhadores, no caso do regresso ao
trabalho depois de uma ausência superior a
30 dias por motivo de acidente ou doença,
bem como por indicação do médico.

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Conceitos
1.2 - Doença profissional

Os resultados dos exames devem ser anotados


em fichas próprias (fichas de aptidão que
devem ser arquivadas no processo do
trabalhador e as fichas clínicas, que ficam
sujeitas ao regime do segredo profissional,
só podendo ser facultadas às autoridades de
saúde e aos médicos da ACT).

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Conceitos
1.2 - Doença profissional

Custos diretos/ custos indiretos

Custos diretos - indemnizações,…

Custos indiretos - referem-se ao valor assumido


pela empresa

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Conceitos
1.2 - Doença profissional

- Custos diretos (indemnizações gastas em


assistência médica; multas por atraso;
agravamento do prémio de seguro);

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Conceitos
1.2 - Doença profissional

- Custos indiretos (tempo perdido pelo


acidentado e por outros trabalhadores;
redução da produtividade; tempo necessário
à seleção e formação de um substituto do
acidentado; custo de admissão de um novo
trabalhador; danos causados no
equipamento; perdas resultantes da
deterioração da imagem da empresa;…).

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Conceitos
1.2 - Doença profissional

- Prémio de seguro e agravamento


- Remuneração e subsídios do dia do
acidente
- Transportes

- Custos salariais
- Perdas materiais
- Perdas de produtividade
- Degradação da relação
com o cliente
- Custos diversos

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Conceitos
1.3 - Acidente de trabalho

De acordo com o artigo 8.º da Lei n.º 98/2009 de 4 de


setembro um acidente é:
“aquele que se verifique no local e no tempo de
trabalho e produza direta ou indiretamente lesão
corporal, perturbação funcional ou doença de que
resulte redução na capacidade de trabalho ou de ganho
ou a morte.”

O acidente é a concretização do risco.

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Conceitos
1.3 - Acidente de trabalho

a) «Local de trabalho» todo o lugar em que o


trabalhador se encontra ou deva dirigir-se em
virtude do seu trabalho e em que esteja, direta
ou indiretamente, sujeito ao controlo do
empregador.

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Conceitos
1.3 - Acidente de trabalho

b) «Tempo de trabalho além do período normal de


trabalho» o que precede o seu início, em atos de
preparação ou com ele relacionados, e o que se lhe
segue, em atos também com ele relacionados, e ainda
as interrupções normais ou forçosas de trabalho.

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Conceitos
1.3 - Acidente de trabalho

1 - Considera -se também acidente de trabalho o


ocorrido (art. 9.º):
a) No trajeto de ida para o local de trabalho ou de
regresso deste, nos termos referidos no número
seguinte;

b) Na execução de serviços espontaneamente


prestados e de que possa resultar proveito económico
para o empregador;

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Conceitos
1.3 - Acidente de trabalho

c) No local de trabalho e fora deste, quando no


exercício do direito de reunião ou de atividade
de representante dos trabalhadores, nos
termos previstos no Código do Trabalho;

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Conceitos
1.3 - Acidente de trabalho

d) No local de trabalho, quando em frequência


de curso de formação profissional ou, fora do
local de trabalho, quando exista autorização
expressa do empregador para tal frequência;

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Conceitos
1.3 - Acidente de trabalho

e) No local de pagamento da retribuição,


enquanto o trabalhador aí permanecer para tal
efeito;

f) No local onde o trabalhador deva receber


qualquer forma de assistência ou tratamento
em virtude de anterior acidente e enquanto aí
permanecer para esse efeito;

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Conceitos
1.3 - Acidente de trabalho

g) Em atividade de procura de emprego durante


o crédito de horas para tal concedido por lei
aos trabalhadores com processo de cessação
do contrato de trabalho em curso;
h) Fora do local ou tempo de trabalho, quando
verificado na execução de serviços
determinados pelo empregador ou por ele
consentidos.

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Conceitos
1.3 - Acidente de trabalho

2 - A alínea a) do número anterior compreende


o acidente de trabalho que se verifique nos
trajetos normalmente utilizados e durante o
período de tempo habitualmente gasto pelo
trabalhador:

a) Entre qualquer dos seus locais de trabalho,


no caso de ter mais de um emprego;

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Conceitos
1.3 - Acidente de trabalho

b) Entre a sua residência habitual ou ocasional


e as instalações que constituem o seu local de
trabalho;

c) Entre qualquer dos locais referidos na alínea


precedente e o local do pagamento da
retribuição;

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Conceitos
1.3 - Acidente de trabalho

d) Entre qualquer dos locais referidos na alínea


b) e o local onde ao trabalhador deva ser
prestada qualquer forma de assistência ou
tratamento por virtude de anterior acidente;

e) Entre o local de trabalho e o local da


refeição;

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Conceitos
1.3 - Acidente de trabalho

f) Entre o local onde por determinação do


empregador presta qualquer serviço
relacionado com o seu trabalho e as
instalações que constituem o seu local de
trabalho habitual ou a sua residência habitual
ou ocasional.

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Conceitos
1.3 - Acidente de trabalho

3 - Não deixa de se considerar acidente de


trabalho o que ocorrer quando o trajeto normal
tenha sofrido interrupções ou desvios
determinados pela satisfação de necessidades
atendíveis do trabalhador, bem como por
motivo de força maior ou por caso fortuito.

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Conceitos
1.3 - Acidente de trabalho

4 - No caso previsto na alínea a) do n.º 2, é


responsável pelo acidente o empregador para
cujo local de trabalho o trabalhador se dirige.

http://www.veronicapacheco.wordpress.com

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Conceitos
1.3 - Acidente de trabalho

“A expressão - acidente de trabalho - não se


refere apenas a ocorrências no local de
trabalho, mas também no exercício de funções
diretamente associadas ao exercício da
atividade profissional.”

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Conceitos
1.3 - Acidente de trabalho

“O empregador deve comunicar à Autoridade


para as Condições do Trabalho os acidentes
mortais ou que evidenciem uma situação
particularmente grave, nas 24 horas seguintes
à ocorrência.”

(Freitas, 2013)

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Conceitos
1.3 - Acidente de trabalho

“O trabalhador sinistrado, ou os seus


beneficiários legais, em caso de morte, devem
participar o acidente de trabalho, verbalmente
ou por escrito, nas 48 horas seguintes ao
empregador a menos que ele o tenha
presenciado ou seja já do seu conhecimento.”

(Freitas, 2013)

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Conceitos
1.3 - Acidente de trabalho

“Dos acidentes de trabalho podem resultar:


- Incapacidade temporária absoluta (perda de
capacidade durante um período);
- Incapacidade permanente parcial (diminuição
de parte da capacidade total para o trabalho);
- Incapacidade permanente absoluta
(invalidez).”

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Conceitos
1.3 - Acidente de trabalho

Exercício:
Em relação a cada setor de atividade
profissional indicado refira dois acidentes de
trabalho para cada uma dessas atividades:
- Construção civil; enfermeiro; bombeiro;
técnico de informática; mecânico; eletricista;
carteiro; mineiro; serralheiro.

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Conceitos

Identificação de perigos

Como se podem identificar os perigos?

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Conceitos

Identificação de perigos

- Observação das situações/ tarefas


desempenhadas pelos trabalhadores que
possam provocar danos, dando prioridade às
que podem provocar lesões mais graves;
- Diálogo/ consulta com os trabalhadores e
outras fontes eventualmente relevantes, …

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Exercício

- Tendo em consideração a imagem seguinte:

. Identifique perigos, risco(s) associado(s) e


medidas preventivas;

. Para aquelas situações em que existe


dificuldade na identificação de perigos,
mencione as não conformidades.

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Exercício: Jogo de palavras

Em grupos de 2 e, usando as letras da palavra


abaixo, forme e justifique todas as palavras que
conseguir:

ACIDENTE

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Exercício: Concurso de legendagem

Em grupos de 2, observe cuidadosamente as


gravuras que se seguem e atribua a cada uma
delas uma legenda humorística relacionada
com a higiene e/ou prevenção.

Em alternativa poderá elaborar uma pequena


história relativa aos temas referidos.

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(Roberts-Phelps, 2000)
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1.4 - Doenças profissionais nos diversos


setores económicos

“Sempre que dos acidentes de trabalho decorra


incapacidade para o trabalho, podemos
classificar essa incapacidade, em certos casos,
como doença profissional ou doença
relacionada com o trabalho.”

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1.4 - Doenças profissionais nos diversos


setores económicos

“Em muitas atividades profissionais, a atividade


exercida é determinante para o surgimento de
determinada doença. - Doença profissional.

A causa da doença atua de forma lenta e


repetida, provocando lesões que só se tornam
visíveis ao fim de algum tempo.”

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1.4 - Doenças profissionais nos diversos


setores económicos
Atividade Doença profissional
profissional
Soldador Polinevrites (inflamação; chumbo)
Canteiro Fibrose pulmonar (respiratória; crónica)
Cimenteiro Dermatose (pele; alergias)
Torneiro Epicondilite (degeneração; “cotovelo de
tenista”)
Enfermeiro Hepatite B (inflamação fígado)
Mineiro Silicose (inalação sílica)
Empregado fabril Tendinite (inflamação tendão)
Bombeiro Asma (inflamatória crónica)
Metalomecânico Surdez profissional (perda audição)

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1.4 - Doenças profissionais nos diversos


setores económicos

Lista de doenças profissionais

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1.4 - Doenças profissionais nos diversos


setores económicos

Exercício

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Visualização e comentário de filme.

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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

- Os acidentes podem ser comunicados, pelas


seguradoras, ao Gabinete de Estratégia e
Planeamento do Ministério do Trabalho,
Solidariedade e Segurança Social.

- Os acidentes podem ser comunicados pelas


empresas ou GNR à Autoridade para as
Condições de Trabalho.

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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de acidentes de
trabalho
Tipo de problemas de saúde relacionados com o trabalho em diferentes setores de atividade em %, na UE
(Adaptado de Eurostat Statistics in focus 63, 2009)

72
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Ano Letivo 2016-2017
1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de acidentes de
trabalho
Distribuição dos casos de doenças e doentes profissionais em serviços de saúde
entre 1999 e 2010 (Instituto de Informática, IP- Rui Sousa, 2011)

73
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Ano Letivo 2016-2017

1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Informações atualizadas até 3/1/2017

Acidentes de trabalho graves - Tipo de acidentes

74
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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho graves - mensal

75
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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho graves - dia da semana

76
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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho graves - distrito

77
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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho graves - nacionalidade

78
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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho graves - género

79
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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho graves - faixa etária

80
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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho graves - grupo


profissional

81
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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho graves - tipo de empresa

82
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Ano Letivo 2016-2017

1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho graves - situação no


emprego

83
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Ano Letivo 2016-2017

1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho graves - setor de


atividade

84
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Ano Letivo 2016-2017

1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho graves - tipo de local

85
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Ano Letivo 2016-2017

1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho graves - agente material

86
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Ano Letivo 2016-2017

1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho graves - Contacto,


modalidade da lesão

87
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Ano Letivo 2016-2017

1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho graves - tipo de lesão

88
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Ano Letivo 2016-2017

1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho graves - parte do corpo


atingida

89
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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho graves - serviço


desconcentrado

90
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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho mortais - tipo de acidente

91
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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho mortais - mensal

92
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Ano Letivo 2016-2017

1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho mortais - dia da semana

93
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Ano Letivo 2016-2017

1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho mortais - distrito

94
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Ano Letivo 2016-2017

1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho mortais - nacionalidade

95
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Ano Letivo 2016-2017

1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho mortais - género

96
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Ano Letivo 2016-2017

1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho mortais - faixa etária

97
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Ano Letivo 2016-2017

1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho mortais - grupo


profissional

98
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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho mortais - tipo de empresa

99
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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho mortais - situação no


emprego

100
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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho mortais - setor de


atividade

101
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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho mortais - tipo de local

102
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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho mortais - agente material

103
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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho mortais - contacto,


modalidade da lesão

104
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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho mortais - tipo de lesão

105
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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho mortais - parte do corpo


atingida

106
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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho mortais - serviços


desconcentrados

107
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1.5 - Estatísticas de doenças profissionais e de


acidentes de trabalho

Exercício

108
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1.6 - Distribuição de acidentes de acordo com localização da lesão,


tipo de lesão, hora de trabalho, região, setor de atividade, idade

Distribuição

109
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1.7 - Tipos de riscos

“Risco profissional é qualquer situação perigosa


que esteja associada à atividade profissional,
podendo atingir a saúde do trabalhador.

O desconhecimento dos perigos da sinalização


e das regras de segurança constituem riscos.”

110
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1.7 - Tipos de riscos

Exercício:
O que pode desencadear riscos nos locais e
postos de trabalho?

111
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1.7 - Tipos de riscos

- Falta de espaço
- Arrumação/ organização
- Fraca iluminação
- Inexistência de saídas de emergência
- Falta (ou inadequação de extintores)
- Altura de trabalho
- Distâncias a percorrer

112
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1.7 - Tipos de riscos

Exercício

113
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1.7 - Tipos de riscos

1.7.1 - Riscos biológicos


1.7.2 - Riscos químicos
1.7.3 - Riscos físicos
1.7.4 - Riscos organizacionais
1.7.5 - Riscos psicossociais
1.7.6 - Riscos ergonómicos

114
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1.7 - Tipos de riscos

1.7.1 - Os riscos biológicos


São causados por agentes biológicos
(ex.: vírus, bactérias, fungos e parasitas),
constituem pois o grupo onde se encontram os
agentes capazes de provocar alergias,
infeções, intoxicações ou mesmo outro dano na
saúde dos trabalhadores.

115
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1.7 - Tipos de riscos

Os grupos de trabalhadores mais expostos


contam-se:
- os agricultores;
- o setor da saúde;
- os que lidam com animais (ex.: matadouros,
aviários, curtumes, pesca);
- os da coleta de resíduos.

116
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1.7 - Tipos de riscos

1.7.2 - Os riscos químicos


Referem-se à probabilidade de ocorrer um acidente quando um
indivíduo manipula produtos químicos.

Vias, pelas quais pode ocorrer a contaminação do indivíduo:


- a via cutânea,
- a via respiratória
- e a via digestiva.

Exemplos de riscos químicos refiram-se: situação de um indivíduo exposto


a contaminantes químicos, a substâncias nocivas ou tóxicas, o contacto
com substâncias causticas ou corrosivas.

117
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1.7 - Tipos de riscos

1.7.2 - Os riscos químicos

Devem ser minimizados com as seguintes medidas/ técnicas:

a) Medidas construtivas
- Isolamento de forma a impedir que o produto contacte com o
trabalhador;
- Sinalização dos perigos nos armazéns das substâncias químicas;
- Ventilação adequada que dilua a concentração do contaminante.

118
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1.7 - Tipos de riscos

1.7.2 - Os riscos químicos

b) Medidas organizacionais
- Substituição de substâncias ou processos perigosos, por outras
isentas de perigo ou menos agressivas;
- Confinamento no sentido de separar as operações perigosas e de
limitar o número de trabalhadores expostos;
- Redução dos tempos de exposição;
- Formação adequada para o manuseamento e armazenamento
dos produtos químicos;

119
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1.7 - Tipos de riscos

1.7.2 - Os riscos químicos

c) Medidas de proteção individual


- Uso de luvas
- Uso de máscara
- Uso de óculos
- Uso de calçado
- Uso de proteção auricular.

120
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1.7 - Tipos de riscos

1.7.3 - Os riscos físicos

Exemplos: a iluminação inadequada, o ruído, as


vibrações, as radiações, o ambiente térmico
desadequado, o stress térmico, as pressões
inadequadas, a humidade inadequada, as temperaturas
extremas, o contato elétrico, as explosões e os
incêndios.

121
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

a) A iluminação
Os locais de trabalho devem dispor de iluminação
adequada (privilegiar a iluminação natural) que permita
o desempenho visual das tarefas e um ambiente de
acordo com as exigências de saúde e segurança.

122
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

a) A iluminação
A iluminância ou nível de iluminação refere-se à
quantidade de luz necessária para executar uma tarefa.
Ela mede-se com um luxímetro.
A tabela seguinte diz respeito aos níveis de iluminação
para as diferentes atividades.

123
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

Gama de Tipo de espaço, tarefa ou atividade


iluminâncias (Lux)
10 - 30 - 50 Áreas de trabalho ou de circulação exteriores.
50 - 100 - 150 Áreas de circulação de fácil orientação ou de visita
temporária.
100 - 150 - 200 Locais não usados continuamente pelos
trabalhadores.
200 - 300 - 500 Tarefas com exigências visuais baixas.
300 - 500 - 750 Tarefas com exigências visuais médias.
500 - 750 - 1000 Tarefas com exigências visuais elevadas.
750 - 1000 - 1500 Tarefas com exigências visuais muito elevadas.

124
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

 Técnicas de prevenção
- Escolher as lâmpadas mais adequadas;
- Eliminar o encadeamento;
- Existir iluminação alternativa de emergência quando uma avaria
coloque os trabalhadores em risco;
- Manter as instalações de iluminação;
- Modificar a iluminação nos postos de trabalho em função das
exigências da tarefa;
- Eliminar os reflexos nos postos de trabalho;
- Vigilância médica.

125
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

b) O ruído

 Som ≠ Ruído

126
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

b) O ruído

 Ruído é um som incomodativo,


desconfortável e frequentemente nocivo para
o Homem.
 A partir de 70 dB os órgãos são afetados.

127
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

Níveis de pressão sonora:


 120 dB - Descolar de avião a jacto (100m)

 110 dB - Concerto de rock

 100 dB - Martelo pneumático

 91 dB - Motor de camião

 84 dB - Trânsito citadino

 59 dB - Conversa de café

 40 dB - Relógio de parede

 17 dB - Floresta

 0 dB - Limiar de audição normal

128
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

129
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

b) O ruído

- Efeitos fisiológicos (aceleração do ritmo cardíaco,


hipertensão do ritmo respiratório, dilatação da pupila,
diminuição da temperatura);
- Efeitos no equilíbrio (vertigens);
- Alterações de humor e stress (perturbações da
concentração, da perceção auditiva, irritação,
insatisfação, fadiga, agressividade, dores de cabeça,

130
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

b) O ruído

- Perda parcial da audição;


- Efeitos auditivos permanentes;
- Efeitos passageiros (perda ligeira de audição ou
zumbido);
- Surdez profissional (quando a perda de audição
resulta da exposição ao ruído no local de trabalho).

131
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

b) O ruído

 Técnicas de prevenção do ruído:


- A melhor medida é eliminar o risco, no entanto, para
além desta podem ser tomadas medidas de caracter
geral, medidas técnicas, medidas organizacionais e
medidas de protecção individual:

132
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

b) O ruído
 Técnicas de carácter geral:

- Informação e formação sobre os riscos da exposição;


- Informação sobre as medidas a adotar;
- Vigiar (em termos médicos) os trabalhadores
expostos;
- Reduzir o nível o mais baixo possível;
- Sinalizar as zonas ruidosas;
- Avaliar a exposição de cada trabalhador.

133
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

b) O ruído
 Técnicas:

- Redução na fonte (escolher equipamentos de trabalho


e materiais não ruidosos, substituir componentes
gastos ou defeituosos,…);
- Redução da propagação (isolar as máquinas, colocar
materiais que absorvam as vibrações,…);
- Redução através de medidas de acústica (aumentar a
distância entre o trabalhador e a fonte de ruído,…).

134
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

b) O ruído

 Técnicas organizacionais:
- Alternar as tarefas;
- Diminuir o tempo de exposição;
- Reduzir o número de trabalhadores expostos.

 Medidas de protecção individual:


- Usar auriculares adequados.

135
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

b) O ruído
A medição do ruído nos locais de trabalho têm como objetivos:
- Determinar se os níveis sonoros podem provocar danos auditivos
ou deterioração de ambiente;
- Determinar o nível sonoro dos equipamentos; obter dados para
diagnósticos (ex.: planos para redução do ruído).

As medições podem ser realizadas por sonómetros (colocados


perto do operador) e outros aparelhos (colocados na roupa do
operário, sendo recomendados para trabalhadores com postos de
trabalho móveis, como é o caso dos encarregados).

136
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

c) As vibrações

Uma vibração mecânica consiste num movimento oscilatório de


um corpo em torno do seu ponto de equilíbrio.
As vibrações na atividade industrial estão associadas a:
- Falta de elementos anti-vibração;
- Utilização de equipamentos;
- Ocorrência de fenómenos naturais (ex.: sismos, ventos, etc.);
- Funcionamento ou defeito das máquinas.

137
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

 Efeitos das vibrações sobre o corpo humano:

- Problemas dorso-lombares;
- Fadiga e desconforto;
- Náuseas e vómitos;
- Problemas gástricos;
- Distúrbios de visão;
- Aumento da frequência cardíaca e da pressão sanguínea.

138
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

 Técnicas de prevenção das vibrações:

- Combater as vibrações na origem (quando se adquire


uma máquina deve verificar-se a carga vibratória);
- Isolar (para evitar a transmissão da vibração ao
corpo);
- Informar, formação e controlo médico.

139
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

d) O ambiente térmico

O ambiente térmico é determinado pela temperatura, humidade,


calor e velocidade do ar. O principal problema colocado pelos
ambientes térmicos é a homeotermia (manutenção da temperatura
do corpo) que garante o funcionamento das funções do organismo.

Temperatura - termómetro
Velocidade do ar - anemómetro
Humidade - psicrómetro ou higrómetro
Calor - termómetro de globo

140
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

d) O ambiente térmico

Um ambiente térmico desajustado pode originar:


- desconforto e mal-estar psicológico;
- absentismo elevado;
- redução da produtividade;
- aumento do número de acidentes.

141
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

d) O ambiente térmico

O calor excessivo pode ser causa da diminuição do


rendimento, dores de cabeça, náuseas, vertigens,
sudação, fadiga cardíaca, desequilíbrio mineral e
hídrico, queimaduras…

O frio pode reduzir o tempo de reação, aumentar a


tensão, provocar distúrbios do ritmo cardíaco, diminuir
a sensibilidade, hipotermia e congelamento.

142
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

d) O ambiente térmico

 Técnicas de prevenção:
Podem ser adotadas: medidas de conceção, medidas
organizacionais, medidas materiais, medidas de proteção
individual e medidas de vigilância médica.

 Técnicas de conceção:
- Manter os sistemas de ventilação e climatização;
- Ventilação e aspiração localizadas.

143
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

d) O ambiente térmico

 Técnicas organizacionais:
- Limitar o tempo de exposição;
- Fazer pausas;
- Selecionar os períodos do dia mais adequados para
executar os trabalhos.

144
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1.7 - Tipos de riscos/ riscos físicos

d) O ambiente térmico

 Técnicas materiais:
- Substituir equipamentos de trabalho;
- Proteção das superfícies vidradas.

 Medida de protecção individual:


- Utilizar EPI´s e vestuário adequados.

145
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1.7 - Tipos de riscos


Valores climáticos adequados aos vários tipos de trabalho (IDIT, 2001).

Tipo de trabalho Temperatura Humidade Velocidade do ar


ambiente (º C) relativa (%) (m/ s)
Administrativo 18 - 24 40 - 70 0,1

Ligeiro sentado 18 - 24 40 - 70 0,1

Ligeiro de pé 17 - 22 40 - 70 0,2

Pesado 15 - 21 30 - 70 0,4

Muito pesado 14 - 20 30 - 70 0,5

É necessário controlar periodicamente estes parâmetros,


de modo a poder intervir, prevenindo eventuais riscos
característicos do ambiente térmico.

146
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1.7 - Tipos de riscos

1.7.4 - Os riscos organizacionais

Dizem respeito à organização do trabalho, à


precariedade no trabalho, ao controlo sobre o trabalho,
ao ritmo de trabalho, à rotatividade, às novas
tecnologias de informação e comunicação,
produtividade, incêndio e explosão, monotonia,
repetitividade, excesso de responsabilidade, ritmo
excessivo, postura inadequada, trabalho desadequado,
pouca informação.

147
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1.7 - Tipos de riscos

1.7.5 - Os riscos psicossociais


Verificam-se quando existem um ou mais dos fatores
seguintes a afetar a segurança no trabalho:
- condições de realização de uma atividade,
- autonomia do trabalho,
- adequação ao posto de trabalho,
- relações interpessoais,
- conflito.
Constituem exemplos de riscos psicossociais: a fadiga física e
mental, a insatisfação, o conteúdo, a monotonia, as regras, a
autonomia, a comunicação, o sofrimento e a morte.

148
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1.7 - Tipos de riscos

1.7.6 - Os riscos ergonómicos


Resultam do manuseamento de máquinas, instrumentos ou
equipamentos.

Constituem exemplos de riscos ergonómicos: a queda de


indivíduos ao mesmo nível ou a um nível diferente, a queda de
objetos, o tropeçar sobre objetos, o chocar com objetos, golpes e
cortes provocados por objetos ou manipulação de ferramentas, a
projeção de partículas, o entalamento, o esforço excessivo e o
levantamento e transporte de cargas ou indivíduos.

149
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1.7 - Tipos de riscos

a) No que se refere a materiais


- Proceder a uma arrumação adequada dos materiais;
- Manuseamento por parte de pessoas familiarizadas
com os mesmos;
- Evitar tocar em superfícies, arestas ou ângulos
suscetíveis de provocar ferimentos;
- Uso de equipamentos de proteção individual
apropriados.

150
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1.7 - Tipos de riscos

b) No âmbito das vias de circulação, acessos e rampas


- Promover a limpeza e conservação dos pavimentos;
- Não utilizar rampas de inclinação acentuada;
- Remover quaisquer obstáculos que se encontrem nas vias de
circulação;
- Assegurar-se sobre a aderência dos pisos das vias de circulação
relativamente aos equipamentos que nela circulam;
- Projetar as vias de circulação com uma largura apropriada aos
equipamentos que a utilizam;
- Vedar zonas de precipício ou outras suscetíveis de provocar
queda.

151
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1.7 - Tipos de riscos

c) Pessoas
- Formação
- Informação

152
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1.8 - Custos dos acidentes

- Custos diretos (segurados) - são calculados


(através do prémio de seguro) e representam
as indemnizações, gastos em assistência
médica e aumento do prémio de seguro.

153
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1.8 - Custos dos acidentes

Custos indiretos (não segurados) - não se podem


calcular de forma direta.

Ex.: tempo perdido a socorrer o acidentado; tempo


despendido com a investigação do acidente;
recuperação do ritmo de trabalho; reparação dos
equipamentos de trabalho; diminuição da produtividade;
substituição do acidentado; reintegração do acidentado;
prejuízo da imagem da empresa; sofrimento que
envolve a família do acidentado.

154
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1.8 - Custos dos acidentes

Os custos indiretos podem ser 5× ou mais


vezes que os custos diretos.

155
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1.9 - Prevenção de acidentes

A prevenção dos acidentes de trabalho e dos


perigos é um princípio e um dever da política do
Estado Português, decorrentes:
- Da ratificação da Convenção 155 da OIT, de
22 de junho de 1981, referente a “segurança, a
saúde dos trabalhadores e o ambiente de
trabalho”, na sua Parte II - Princípios de uma
política nacional;

156
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1.9 - Prevenção de acidentes

- Da Diretiva 89/391/CEE, de 12 de junho de


1989 (segurança, higiene e saúde no trabalho);
- Da Diretiva 89/654/DEE, de 30 de novembro
de 1989 (locais de trabalho);
- Da Diretiva 89/655/CEE, de 30 de novembro
de 1989 (equipamentos de trabalho);
- Da Diretiva 89/656/CEE, de 30 de novembro
de 1989 (EPI);

157
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1.9 - Prevenção de acidentes

- Da Diretiva 90/269/CEE, de 29 de maio de


1990 (movimentação manual de cargas);
- Da Diretiva 90/270/CEE, de 29 de maio de
1990 (equipamentos dotados de visor);
- Da Diretiva 92/58/CEE, de 24 de junho de
1992 (sinalização de segurança).

158
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1.9 - Prevenção de acidentes

Mais de 80% dos acidentes de trabalho têm


causas humanas.

A prevenção deve ser para e não uma


prevenção contra.

159
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1.9 - Prevenção de acidentes

A prevenção é um processo sequencial com as


seguintes etapas:
- Identificação dos riscos;
- Avaliação dos riscos;
- Controlo dos riscos.

160
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1.9 - Prevenção de acidentes

Objetivos da prevenção:
- Dá respostas aos direitos do homem porque
engloba o direito à vida, à segurança e à
vigilância da saúde;
- Atua como fator da competitividade das
empresas, melhorando a produtividade, a
qualidade e rentabilidade delas.

161
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1.9 - Prevenção de acidentes

O estudo dos acidentes ocorridos numa


empresa constitui uma ferramenta de
prevenção que permite identificar e quantificar
a eficácia da prevenção aplicada.

162
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1.9 - Prevenção de acidentes

As estatísticas dos acidentes ocorridos numa


empresa no seu todo, ou em cada um dos seus
departamentos, são uma boa fonte para o
cálculo da ação global dos serviços de
prevenção.

Gaspar (2002)

163
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1.9 - Prevenção de acidentes

Podem calcular-se vários índices (ou taxas) de


sinistralidade cujas variáveis são o n.º de horas
trabalhadas, o n.º de dias perdidos devido a
acidentes de trabalho e o n.º de acidentes que
se verificaram.

164
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1.9 - Prevenção de acidentes

Taxa de incidência (Ti):

Ti = (N.º total de acidentes de trabalho/


N.º de trabalhadores por conta de outrem) × 102

165
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1.9 - Prevenção de acidentes

Índice de frequência (If): N.º de acidentes por


milhão de horas trabalhadas

If = (N.º de acidentes com baixa/


N.º de horas-homem de exposição) × 106

166
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1.9 - Prevenção de acidentes

Índice de gravidade (Ig): N.º de dias perdidos,


por mil horas-homem de exposição (trabalho).

Ig = (N.º de dias de trabalho perdidos/ N.º de


horas-homem de exposição) × 103

167
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1.9 - Prevenção de acidentes

Índice da avaliação da gravidade (IAG):


significa o n.º de dias (úteis) perdidos, em
média, por acidente.
Permite estabelecer prioridades quanto às
ações de controlo através dos decrescentes
cálculos para cada departamento.

IAG = (Ig/If) × 103

168
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1.9 - Prevenção de acidentes

Exercícios

169
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2 - Ergonomia

Agronomia ≠ Ergonomia

170
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2 - Ergonomia

Ao longo da história: exercício do trabalho


influências sobre si.
Ex.:
- Na idade da pedra a forma como o homem pré-
histórico talhava os utensílios (forma e o tamanho da
sua mão, a sua força e a aplicação para escavação ou
corte);
- Monges copistas.

171
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2 - Ergonomia

Novas formas de produção contribuíram para a


alteração das condições de realização do
trabalho e para a alteração da condição do
trabalhador.

Como consequência deste facto assistiu-se à


evolução da ergonomia.

172
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2 - Ergonomia

Os empregadores “perseguem” hoje o aumento da


produtividade, a diminuição dos acidentes de trabalho e
a redução do absentismo e doenças profissionais como
forma de se destacarem no mercado e fazer face à
concorrência.

173
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2 - Ergonomia

O termo ergonomia: ergon (eρᵧov) diz respeito a


“trabalho” e nomos (nòµoσ) respeita a “leis e regras;
saber”,

pretende significar “os costumes, hábitos e leis do


trabalho”. A sua invenção deveu-se à necessidade da
existência de uma palavra que fizesse referência ao
estudo científico do Homem e do seu trabalho.

174
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2 - Ergonomia

O termo em causa foi criado e utilizado pela primeira


vez por K. Hureru e adotado na década de 40 (1949),
quando foi criada a primeira sociedade de ergonomia, a
Ergonomics Research Society.

175
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2 - Ergonomia Fonte:Google

O conceito em causa aparece também associado à II


Grande Guerra devido a problemas como a dificuldade
dos pilotos voarem a grandes altitudes, os efeitos dos
trópicos e das águas geladas bem como ao manobrar
de armas.
Estes problemas viriam a ser resolvidos por vários
cientistas tendo os mesmos constituído exemplos que
foram aplicados às indústrias.

176
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2 - Ergonomia

A ergonomia consiste pois numa ciência que se


dedica ao estudo das condições psicofísicas e
socioeconómicas do trabalho e também das
relações entre o homem e a máquina. O
conceito em causa inclui também uma
abordagem técnica em que, segundo Freitas
(2008):

177
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2 - Ergonomia

- A ergonomia consiste na conceção de


produtos, ferramentas, ambiente de trabalho e
métodos de trabalho que permitem alcançar um
nível ótimo de rentabilidade, de segurança e de
conforto na utilização e manutenção do sistema
homem-máquina;

178
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2 - Ergonomia

Tendo o conhecimento de aspetos anatómicos,


psicológicos e fisiológicos do homem, a ergonomia
tende a adaptar ao homem os equipamentos de
trabalho, as tarefas, as funções e o ambiente.

O objetivo essencial é o de favorecer o bem-estar físico


e mental, com a inerente influência favorável sobre o
trabalho.

179
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2 - Ergonomia

De acordo com Gaspar (2002) ao longo do


tempo o conceito e a prática ergonómica têm
evoluído de acordo com as situações de
trabalho e a tecnologia sendo que, podemos
identificar 4 fases sucessivas da ergonomia:

180
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2 - Ergonomia

- Ergonomia antropométrica ou gestual que se ocupa


do estudo, dos gestos e posturas do trabalhador
durante o trabalho, procurando adaptar os postos de
trabalho, as condições ambientais e ritmos de produção
aos próprios;

Fonte: google
181
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2 - Ergonomia

- Ergonomia informacional, que estuda o


arranjo dos dispositivos de sinalização,
informação e de comando, por forma a
melhorar as condições de perceção da
informação por parte do trabalhador;

182
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2 - Ergonomia

- Ergonomia de sistemas, que trata da


interação do trabalhador com os materiais em
qualquer sistema produtivo, procurando definir
as tarefas entre os operadores, as condições
de funcionamento e cargas de trabalho de cada
um;

183
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2 - Ergonomia

- Ergonomia de previsão que procura prevenir e


estudar as regras e as tarefas como cada
trabalhador realizará o seu trabalho efetivo
tendo em vista atingir zero incidentes e/ ou
acidentes.

184
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2 - Ergonomia

A ergonomia engloba todas as características e


condições dos elementos que dele fazem parte:
o mobiliário, o nível de ruído, a temperatura, a
higiene atmosférica e a iluminação.

185
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2 - Ergonomia

Exercício:
Comente a seguinte frase:

Consiste numa ciência multidisciplinar que se


serve do conhecimento científico de outras
disciplinas para, em cada situação de trabalho,
encontrar a melhor integração entre o
trabalhador e a sua tarefa.

186
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2 - Ergonomia

do ponto de vista do conforto e segurança contribuindo,


assim, para o aumento da produtividade.

187
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2 - Ergonomia

Em síntese é possível afirmar que a ergonomia


consiste em adaptar o trabalho ao homem sendo o seu
objetivo principal a componente humana.

A ação da ergonomia tem efeitos teóricos uma vez que


propicia o aumento da produção, do rendimento e,
como já foi referido, da produtividade.

188
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2 - Ergonomia

É possível distinguir:
- A ergonomia do produto;
- A ergonomia da produção;
- A ergonomia de conceção;
- A ergonomia da correção.

(Otero, 2001)

189
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2 - Ergonomia

Ergonomia do produto - engloba os estudos e


pesquisas.
No setor comercial diz respeito aos estudos de
mercado e no setor da produção refere-se à
avaliação dos custos da produção e no seu
objetivo. Por sua vez os setores da conceção
do produto incluem o design e a qualidade.

190
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2 - Ergonomia

Ergonomia da produção - engloba a pesquisa


pelas condições de trabalho mais adequadas
não só na organização mas também no posto e
no ambiente de trabalho tendo em
consideração as características e capacidades
do trabalhador.

191
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2 - Ergonomia

Ergonomia de conceção - implica a atuação,


desde o início, no produto ou posto de trabalho
contribuindo para a implementação de
condições de trabalho adequadas que
permitam eficácia, eficiência e controlo.

192
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2 - Ergonomia

São introduzidas, na fase de projeto, as questões


relacionadas com as capacidades do homem que
contribuem para solucionar questões como:
- Criar postos de trabalho adequados ao trabalhador;
- Conceber objetos adaptados ao trabalhador;
- Considerar a produtividade e rentabilidade;
- Trabalhar com prazer.

193
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2 - Ergonomia

Ergonomia de correção - visa responder a


questões relacionadas com a segurança e
conforto dos trabalhadores e a qualidade em
termos produtivos. Quando não é possível
conciliar medidas como:
- Garantir as condições de segurança;
- Evitar efeitos nocivos;

194
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2 - Ergonomia

- Permitir a satisfação a nível psicológico;


- Aumentar a capacidade dos equipamentos.

E sobretudo quando é necessário adaptar


sistemas já montados em que os custos são
elevados e a satisfação psicológica é excluída
estamos na presença da ergonomia de
correção.

195
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2 - Ergonomia

É pois essencial:
- Entender o trabalho como algo que engloba
as características físicas, psicológicas, as
competências, a experiência, etc.
- Transformar o trabalho adotando medidas de
conforto, segurança e bem-estar que
contribuam para alcançar a eficácia, a
eficiência e a produtividade.

196
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2 - Ergonomia

Ergonomia: ciência que adapta os


equipamentos/ máquinas às características
físicas e psicológicas dos trabalhadores.

(Correia, 2010)

197
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2 - Ergonomia

O que se consegue com a implementação de


medidas ergonómicas?

198
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2 - Ergonomia

A implementação de medidas ergonómicas no


posto de trabalho contribui para:

- aumentar a eficácia do trabalho;


- prevenir a fadiga;
- diminuir o número de acidentes de trabalho;
- diminuir a incidência de doenças profissionais.

199
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2 - Ergonomia

A ergonomia pode ser aplicada em várias áreas


(ergonomia industrial, hospitalar, escolar, de
sistemas informatizados, ...). As intervenções
ergonómicas melhoram a eficiência,
produtividade, segurança e saúde nos postos
de trabalho.

200
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2 - Ergonomia

O objeto da ergonomia pode ser integrado em 3


grupos:
- Ergonomia de organização,
- Ergonomia do ambiente,
- Ergonomia do produto.

201
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2 - Ergonomia

Ergonomia
Organização Ambiente Produto

- conteúdo da tarefa - iluminação - desenho


- rotação de tarefas - ventilação - aceitação
- duração do trabalho - ambiente térmico - medida
- comunicação - ruído - segurança
- humidade do ar - validade
- normas
- função

Quadro 2.1 - Objeto da ergonomia.

202
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2 - Ergonomia

Os domínios nos quais a ergonomia intervirá


são os seguintes:

- Os limites físicos do homem: posturas, raio de


ação, esforços musculares;
- Exigências quanto aos dispositivos de
comando;

(Freitas, 2008)

203
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2 - Ergonomia

- Exigências quanto às informações a prestar


ao operador;
- Influência do ambiente físico (ruído,
iluminação);
- Aspetos psicossociais (conteúdo da tarefa,
organização do trabalho).

204
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Toda e qualquer atividade física do homem põe


em ação determinados grupos musculares
exigindo movimentos, contração e relaxamento
dos músculos respetivos.

205
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

De acordo com a mesma fonte estas


contrações mais ou menos acentuadas, no
exercício de uma atividade, originam a maior ou
menor prazo fadiga muscular, a qual pode ser
agravada por certos fatores como uma postura
física inadequada.

206
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Associado a uma atividade está sempre uma


dada postura que resulta, sobretudo, dos
movimentos a efetuar e do tipo de
equipamentos a ser utilizados no posto de
trabalho.

207
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Neste âmbito constata-se que a manutenção


prolongada de uma postura pode causar
incómodo ou provocar lesões a nível da coluna
vertebral.
São frequentes as patologias ao nível dos
músculos, tendões e articulações causadas
pelas sobrecargas e resultantes das más
posturas, da repetibilidade e de cargas pouco
estáveis.
208
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Também o mobiliário tem de estar adaptado ao


trabalhador e à tarefa que o mesmo execute
(de pé ou sentado). Assim, a postura tem de
ser cuidada uma vez que pode causar:
- Fadiga, dores lombares e cãibras;
- Problemas na coluna.

209
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

De um modo geral é possível afirmar que


existem dois tipos de postos de trabalho: o
sentado e de pé.

Por vezes também é considerado o posto


misto.

210
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Posto de trabalho de pé
Quando o trabalhador trabalha de pé, o peso
do seu corpo encontra-se suportado somente
pelas plantas dos pés, este facto pressupõe um
esforço muscular estático dos pés e das pernas
que desaparece quando o trabalhador se
senta.

211
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Posto de trabalho de pé
Quando o trabalhador permanece muitas horas
de pé fica sujeito a uma grande sobrecarga
muscular que ocasiona fadiga e lesões ao nível
da coluna e da circulação sanguínea.

212
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Posto de trabalho de pé
O plano de trabalho deve ser ajustado à
estatura de cada trabalhador, para que este
não curve a coluna, e ter em consideração a
tarefa a realizar, adotando para o efeito uma
posição de trabalho natural com os ombros
relaxados.

213
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Posto de trabalho de pé
O trabalho efetuado na posição em pé é mais
comum na atividade industrial, no comércio e
serviços. Propicia pois os seguintes
inconvenientes:
- A circulação lenta nas pernas;
- O corpo repousa apenas nos pés;

214
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Posto de trabalho de pé
- A tensão muscular característica da
manutenção prolongada do equilíbrio por parte
do trabalhador;
- A capacidade manual reduz-se devido à
existência de tensão.

215
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Fig.: Alturas de trabalho recomendadas para o trabalho em pé (Grandjean) (Freitas, 2008).

216
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Posto de trabalho de pé
Regras para diminuir o esforço/ fadiga e
aumentar a eficiência do trabalhador:
- Alternar com a posição de sentado ou em
movimento;
- Evitar alcançar objetos que estejam muito
afastados;

217
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Posto de trabalho de pé
- Colocar o posto de trabalho ao nível:
. Dos cotovelos elevados, no caso de trabalho
de precisão;
. Dos cotovelos ao nível normal, para trabalhos
de pouco esforço;
. Abaixo do nível normal dos cotovelos para
trabalhos que exijam esforço físico;

218
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Posto de trabalho em pé
- O trabalhador deve aproximar-se o mais
possível do posto de trabalho;
- Se necessitar de ler documentos deve existir
uma superfície inclinada para os colocar.

Gaspar (2002)

219
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Posto de trabalho sentado


A postura de trabalho mais confortável é a de
sentado. Esta pode oferecer um maior conforto,
porque o peso do corpo encontra-se distribuído
por várias partes.

220
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Posto de trabalho sentado


Esta postura oferece uma boa estabilidade
corporal e facilita os movimentos, sendo
indicada para tarefas que não exijam muitos
movimentos e poucos esforços físicos.

221
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Posto de trabalho sentado


Deve atender-se à cadeira e à mesa de
trabalho, como forma de evitar problemas de
saúde.
Apesar do trabalho sentado ser o mais cómodo,
não é aconselhado permanecer muito tempo
nessa posição, devendo alternar-se com outras
posturas que permitam algum movimento.

222
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Posto de trabalho sentado


Se esta for mantida durante muito tempo e o
equipamento (mesa, cadeira) não for o
adequado, podem surgir complicações ao nível
da circulação e membros inferiores. Devem
alternar-se as posturas de pé e sentado.

223
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Posto de trabalho misto


Quando não é possível o posto de trabalho
sentado poderá ser adotado um posto de
trabalho misto de forma a diminuir a fadiga
muscular a deficiente circulação dos membros
inferiores.

224
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Posto de trabalho misto


Se o trabalho for de precisão o plano de
trabalho deverá ser passível de regulação um
pouco mais alta comparativamente aos
cotovelos do trabalhador, contribuindo, uma vez
mais, para reduzir a tensão muscular.

225
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Posto de trabalho misto


Se o trabalho exigir mais esforço dos músculos
ao nível dos braços o plano de trabalho deverá
ficar regulado a uma altura mais baixa.

226
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Posto de trabalho misto

As posturas de deitado ou de joelhos provocam


tensão muscular, inchaços e calosidades nos
joelhos e cotovelos, reumatismo, afeções dos
rins e vias urinárias que resultam do corpo
contactar com o solo.

227
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto
Efeitos físicos decorrentes das posturas de trabalho:

Postura de trabalho Efeitos físicos

Trabalho de pé, imóvel. Pés e pernas: possivelmente


varizes e inchaços nos pés e
tornozelos.
Sentado, direito e sem suporte Músculos extensores das costas:
para as costas. dores lombares e afeções
circulatórias dos membros
inferiores.
Assento demasiado alto. Joelho; barriga das pernas; pé.

Tronco curvado para a frente Região lombar: deterioração dos


quando sentado ou de pé. discos intervertebrais.

228
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto
Postura de trabalho Efeitos físicos

Braços estendidos, para os Ombros e braço: possivelmente


lados, frente ou para cima. inflamação ao nível dos ombros.
Cabeça excessivamente Pescoço: deterioração dos discos
inclinada para trás ou para a intervertebrais.
frente.

Manipulação não natural de Antebraço: possível inflamação dos


ferramentas. tendões.
Joelhos dobrados ou no chão. Inchaços: calosidades; afeções nos
tecidos internos.
Quadro - Efeitos físicos decorrentes das posturas de trabalho (Freitas, 2008).

229
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Seguem-se algumas figuras exemplificativas de


outras posturas corretas e incorretas.

230
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

a) b) c)

Fig.: a) Bancada de trabalho com altura inadequada;


b) Colocar os pés alternadamente num banquinho;
c) Bancada de trabalho com altura adequada
(Alexandre, 1998).

231
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

a) b)

Fig.: a) Postura incorreta;


b) Abaixar com as costas direitas e os joelhos fletidos
(Alexandre, 1998).

232
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

a) b) c)
Fig.: a) Armário em altura elevada;
b) Utilizar uma pequena escada;
c) Armazenar objetos pesados a uma altura próxima da cintura
(Alexandre, 1998).

233
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Os técnicos de segurança e higiene do trabalho


e sobretudo os ergonomistas usam estudos
sobre horários de trabalho, os sistemas de
turnos e as pausas para descanso, de forma a
adaptar os mesmos o mais possível ao ritmo
humano.

234
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Num futuro não muito distante e, tendo em


consideração a automatização progressiva da
área produtiva, assistiremos à redução da
carga de trabalho físico e dos horários.

235
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Exercício:
A sua organização vai mudar de instalações.
As novas instalações são do tipo open space o
que permite a divisão em compartimentos
adaptados à atividade da organização. Refira-
se ao espaço de que precisa e liste os
equipamentos e as condições que julga serem
necessárias para exercer a sua atividade.

236
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2 - Ergonomia
2.1 - Postos de trabalho: sentado, em pé, misto

Exercícios de compensação muscular

237
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2 - Ergonomia
2.2 - Condições de trabalho

São diversos os fatores que podemos analisar e


que influenciam as condições de trabalho,
fatores ambientais, materiais, psíquicos e
sociológicos, como ainda organizacionais que se
interligam e afetam a saúde e a segurança dos
trabalhadores.

Gaspar (2002)

238
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2 - Ergonomia
2.2 - Condições de trabalho

A Tabela relaciona os aspetos que podem


interferir no desempenho dos trabalhadores
com as respetivas consequências.

239
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2 - Ergonomia
2.2 - Condições de trabalho
Aspetos que podem interferir no desempenho dos trabalhadores e respetivas consequências
- Técnicos: Iluminação É suscetível de causar depressão, cansaço e
stress.
Ruído Proporciona a irritabilidade e a falta de
concentração.
Temperatura Consequências Interfere no humor, bem-estar e desempenho.
Qualidade do ar possíveis no Interfere no bem-estar e saúde.
Localização desempenho dos
- Materiais: Mobiliário (acessórios, cadeira e trabalhadores
secretária), arquivos, armários, etc.
- Psicológicos: Agrupamento de pessoas, As cores favoráveis para as paredes de um
comunicação humana, cores, design, escritório, que possua equipamentos
etc. informáticos, deverão ser o branco e o laranja
- esta última constitui uma forma de
“convidar” o trabalhador à realização de
pausas fora do espaço de trabalho e deve ser
usada na parede que fica em frente do
trabalhador.
Layout Pode causar depressão, irritabilidade, etc. O
principal aspeto no que se refere ao layout diz
respeito ao número de pessoas por sala. O
ideal é que cada pessoa ocupe uma área de 4 a
6 m2. Quanto melhor for a distribuição, mais
as tarefas vão fluir.
Tabela - Aspetos que podem interferir no desempenho dos trabalhadores com as respetivas consequências.

240
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2 - Ergonomia
2.2 - Condições de trabalho
A tabela pretende resumir as condições ideais para vários tipos de
trabalho.
Tabela - Intervalos de condições ideais para vários tipos de trabalho.

Tipo de trabalho Temperatura Humidade Velocidade do


ambiente (ºC) relativa (%) ar
(m/ s)

Administrativo 18 - 24 40 - 70 0,1

Ligeiro sentado 18 - 24 40 - 70 0,1

Ligeiro de pé 17 - 22 40 - 70 0,2

Pesado 15 - 21 30 - 70 0,4

Muito pesado 14 - 20 30 - 70 0,5

241
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2 - Ergonomia
2.2 - Condições de trabalho
Tabela - Gama de iluminâncias para cada tarefa.

Gama de iluminâncias (Lux) Tipo de espaço, tarefa ou atividade

10 - 30 - 50 Áreas de trabalho ou de circulação exteriores.

50 - 100 - 150 Áreas de circulação de fácil orientação ou de visita


temporária.

100 - 150 - 200 Locais não usados continuamente pelos trabalhadores.

200 - 300 - 500 Tarefas com exigências visuais baixas.

300 - 500 - 750 Tarefas com exigências visuais médias.

500 - 750 - 1000 Tarefas com exigências visuais elevadas.

750 - 1000 - 1500 Tarefas com exigências visuais muito elevadas.

242
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2 - Ergonomia
2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual

Nas medidas de proteção coletiva, todos os trabalhadores são


abrangidos, ou seja, são medidas que protegem simultaneamente
um conjunto de trabalhadores.

As medidas de proteção coletiva dos trabalhadores são sempre


prioritárias face às medidas individuais.

243
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

Qual o objetivo da sinalização de segurança? Dê exemplos de


alguns sinais de segurança.

244
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

A sinalização de segurança tem como objetivo chamar a atenção,


de forma rápida, para objetos/ situações suscetíveis de
provocar perigos.

245
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

A sinalização de segurança é importante nos locais de trabalho


porque, desenvolve a atenção do trabalhador para os perigos a
que ele está exposto.

246
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

A sinalização de segurança está relacionada com um objeto, uma


atividade ou uma situação determinada e dá indicação
relativamente à segurança ou à saúde do trabalho através de
uma placa, uma cor, um sinal luminoso ou acústico, uma
comunicação verbal ou um sinal gestual.

247
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

A sinalização pode ser permanente (ex.: placas e rótulos de


recipientes ou marcação de vias de circulação) ou temporária
quando se restringe ao tempo necessário (sinais gestuais ou
comunicações verbais).

248
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

A sinalização de segurança subdivide-se em 6 tipos:


- Proibição;
- Perigo;
- Obrigação;
- Emergência;
- Incêndio;
- Informação.

249
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

A sinalização de segurança obedece a regras específicas:


- Cor;
- Formato;
- Simbologia.

250
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

Cores Formas/ significado

Vermelha Proibição - Material de combate a


incêndio
Amarelo - Atenção perigo -
Ausência de perigo;
Verde - - primeiros socorros; saídas
de emergência
Azul Obrigação - Informação

251
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

Para chamar a atenção rapidamente, para os riscos e perigos


graves pode ainda recorrer-se também a:
- Sinal de aviso;
- Sinal de salvamento ou de socorro (indica saídas de emergência
ou meios de socorro);
- Sinal acústico (som superior ao ruído ambiente);
- Sinal gestual;
- Sinal luminoso (em obras e obstáculos).

252
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

- Sinais de proibição - proíbem um comportamento suscetível de


provocar perigo.
. Fundo branco, símbolo preto, forma circular e banda oblíqua
vermelha

Proibido fumar Proibida a entrada Proibido


a pessoas foguear/ fazer
estranhas fogo

253
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

- Sinais de obrigação - prescrevem um determinado


comportamento.
. Fundo azul e símbolo branco

Proteção Proteção obrigatória Proteção


obrigatória dos dos olhos e das vias obrigatória da
olhos respiratórias cabeça

254
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

- Sinais de emergência - em caso de perigo indicam as saídas de


emergência, o caminho para o posto de socorro ou o local onde
existe um dispositivo de salvamento.
. Fundo verde, símbolo branco e forma retangular ou quadrada

Saída de emergência
à esquerda
255
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

- Sinais de aviso - advertem de um perigo ou um risco.


. Fundo amarelo, símbolo preto

Perigos vários Perigo de incêndio Perigo de


substâncias
corrosivas

256
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

- Sinais de incêndio - identificam e localizam material e


equipamento de combate a incêndios.
. Fundo vermelho, símbolo branco e forma rectangular ou
quadrada

257
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

- Sinais gestuais

258
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

Cabe ao empregador garantir a existência de sinalização de


segurança e saúde no trabalho, segundo a legislação em vigor.

259
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

A existência de sinalização não dispensa que as saídas de


emergência estejam desobstruídas e a informação aos
trabalhadores do significado da sinalização.

260
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

É fundamental que a entidade empregadora se certifique de que


todos os trabalhadores compreendem o significado da
sinalização.

261
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

Os trabalhadores devem ser informados e consultados sobre as


medidas relativas à sinalização de segurança e de saúde no
trabalho.

262
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

O empregador deve controlar a conservação e funcionamento da


sinalização. Ele deverá evitar:
- Afixar muitas placas perto umas das outras;
- Utilizar sinais luminosos que possam ser confundidos;

263
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

- Utilizar dois níveis sonoros ao mesmo tempo;


- Utilizar um sinal sonoro quando o ruído ambiente for muito
elevado.

264
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

A sinalização de segurança e saúde encontra-se no DL n.º141/95


de 14 de Junho; Portaria 1456-A/ 95 de 11 de dezembro

265
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Sinalética

Sinais de emergência
- Sinalização de indicações de situações de emergência;
- Evacuação de edifícios;
- Saída de emergência;
- Equipamentos de emergência;
- Vias de circulação.

266
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Extintores

A ocorrência de fogo depende da existência de:


- Combustível - substância que, na presença de oxigénio, reage ao
comburente e arde. Ex.: gasolina, madeira, plástico e hidrogénio;
- Comburente - substância em cuja presença o combustível pode
arder. Ex.: ar (oxigénio);

Freitas (2008)

267
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Extintores

- Energia de ativação - energia para iniciar uma reação. Ex.:


chama, faísca, calor;
- Reação em cadeia - transmissão de calor de umas partículas do
combustível para as outras.

Freitas (2008)

268
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Extintores

Os fogos são classificados em 4 classes:


- Classe A: fogos de materiais sólidos. Ex.: madeira, carvão, papel.
- Classe B: fogos de líquidos ou sólidos liquidificáveis. Ex.: acetona,
verniz, gasolina.
- Classe C: fogos de gases. Ex.: metano, propano, butano.
- Classe D: fogos de metais. Ex.: sódio, magnésio, potássio, alguns
plásticos.
Freitas (2008)

269
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Extintores

Métodos de extinção:
Interromper as reações de combustão através de uma das
condições do triângulo ou do tetraedro de fogo:
- Supressão do comburente por afastamento e asfixia - evita que o
ar contacte com o combustível;
- Supressão do combustível - afasta os combustíveis;
- Eliminação do calor - arrefecimento do combustível até acabar a
combustão;
- Inibição química - lançar sobre o incêndio químicos que originam
produtos inertes.
Freitas (2008)

270
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Extintores

Agentes extintores:
Agente extintor é o produto cuja ação, ao ser projetado sobre um
fogo, provoca a extinção do mesmo.

São utilizados em função do tipo de fogos.

271
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Extintores

Água
É o agente mais disponível. Atua arrefecendo o combustível e o
ambiente. Ex.: para a classe A.

Espuma
Resultante de uma combinação de um "espumífero" com a água e
o ar, a espuma atua por abafamento, recobrindo o combustível,
isolando-o do oxigénio do ar, permitindo ainda um arrefecimento
devido à água. Ex.: para as classes A e B.

272
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2.3 - Técnicas de prevenção coletiva e individual


- Extintores

Dióxido de Carbono
É um gás comprimido que atua por abafamento envolvendo o
combustível e diminuindo a concentração de oxigénio. Ex.: para a
classe B e C.

Pós químicos especial


São sais inorgânicos finamente pulverizados com componentes
básicos diversos. Ex.: para a classe D.

273
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2 - Ergonomia
2.4 - Equipamento de proteção individual

- A proteção coletiva é mais racional, mais eficaz e


económica.

- A proteção individual dos trabalhadores só deve ser


implementada quando as medidas coletivas foram
insuficientes para anular ou reduzir, ao nível desejado,
os riscos existentes.

Gaspar (2002)

274
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2 - Ergonomia
2.4 - Equipamento de proteção individual

O que é o EPI/ DPI?

275
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2 - Ergonomia
2.4 - Equipamento de proteção individual

É todo o equipamento/ complemento/acessório


a ser utilizado para proteger contra os riscos
para a saúde e segurança do trabalho,
quando estes não forem eliminados por
meios de proteção coletiva.

Fonte: Manual de Formação: Higiene e Segurança no Trabalho - Programa Formação PME

276
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2 - Ergonomia
2.4 - Equipamento de proteção individual

Os EPI´s devem ser:


- Cómodos, robustos e leves;
- Adaptáveis, quando possam ser usados por
mais do que um trabalhador;
- Fiáveis, ao longo de toda a sua vida;
- Adequados ao risco a que os trabalhadores
estão expostos;

277
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2 - Ergonomia
2.4 - Equipamento de proteção individual

- Adequados às condições de trabalho;


- De manutenção fácil;
- Homologados ou certificados, sempre que
possível.

Gaspar (2002)

278
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2 - Ergonomia
2.4 - Equipamento de proteção individual

Um EPI certificado pelas entidades competentes


dá confiança e garantia de adaptabilidade à sua
função.

Diretiva 89/686/CEE do Conselho, de 21 de


dezembro (Artigo 8.º).

279
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2 - Ergonomia
2.4 - Equipamento de proteção individual

Existem dois tipos de EPI:


- De proteção parcial (capacete, protetores
auditivos, botas de biqueira de aço);
- De proteção integral (arnês de segurança,
vestuário de trabalho e proteção).

Correia (2010)

280
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2 - Ergonomia
2.4 - Equipamento de proteção individual

Os EPI´s classificam-se de acordo com:


- O tipo de agente agressor (poeiras, produtos
químicos, eletricidade);
- A parte do corpo a proteger (cabeça, olhos,
face, vias respiratórias, mãos e braços, pés e
pernas, pele, tronco,…);

281
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2 - Ergonomia
2.4 - Equipamento de proteção individual

A localização dos EPI´s deve ser bem


conhecida e encontrar-se acessível, com
identificação do local respetivo.

282
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2 - Ergonomia
2.4 - Equipamento de proteção individual
Zona do corpo a Agentes agressores EPI
proteger
Mecânicos, químicos, eléctricos, Luvas (borracha, tecido,
Mãos térmicos, radiações couro, malha de aço)
Queda de materiais, esmagamento, Botas antiderrapantes,
perfuração ou corte, queimadura, botas de borracha,
Pés e pernas escorregamento calçado com biqueira e
palmilha de aço
Cabeça Riscos associados a: queda de Capacete, capuz, boina,
materiais, pancadas gorro
Olhos Partículas sólidos, líquidos Óculos e viseira
corrosivos e irritantes, radiações

283
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2 - Ergonomia
2.4 - Equipamento de proteção individual

Zona do corpo a Agentes agressores EPI


proteger
Ouvido Ruído Auriculares
Pele Sol Protetores
Tronco e abdómen Substâncias nocivas, chamas, soldadura Avental, fato de trabalho
(projecção de metal), calor/ frio, vidro,
facas

Vias respiratórias Gases, vapores, poeiras, fumos Máscaras, dispositivos filtrantes

Protecção contra quedas: trabalho com Equipamentos de proteção contra


risco de queda em altura, indústria quedas: cinto de segurança,
Corpo inteiro equipamentos anti-quedas, arnés,
vestuário

284
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2 - Ergonomia
2.4 - Equipamento de proteção individual

Gaspar (2002)

285
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2 - Ergonomia
2.4 - Equipamento de proteção individual

Gaspar (2002)

286
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2 - Ergonomia
2.4 - Equipamento de proteção individual

Gaspar (2002)
287
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2 - Ergonomia
2.4 - Equipamento de proteção individual

Gaspar (2002)
288
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2 - Ergonomia
2.4 - Equipamento de proteção individual

As empresas devem fornecer os EPI´s


gratuitamente aos trabalhadores que deles
necessitarem.

A lei estabelece também que é obrigação dos


empregados usar os EPI´s onde existir risco.

289
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2 - Ergonomia
2.4 - Equipamento de proteção individual

Obrigações do empregador:
- Comprar EPI em conformidade com as normas
europeias;
- Fornecer EPI e garantir o seu bom funcionamento;
- Disponibilizar nos locais de trabalho, informação
adequada sobre EPI;
- Informar os trabalhadores dos riscos contra os quais o
EPI os visa proteger;

290
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2 - Ergonomia
2.4 - Equipamento de proteção individual

Obrigações do empregador:
- Assegurar a formação sobre a utilização do
EPI e, se necessário, organizar exercícios de
segurança;
- Gerir os EPI´s de forma a substituí-los no
caso de ser excedido o tempo de vida útil ou
de se verificarem deficiências que
comprometam a sua proteção.

291
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2 - Ergonomia
2.4 - Equipamento de proteção individual

Obrigações do empregador:
- O empregador deve garantir a existência de
sinalização de segurança no trabalho.

292
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2 - Ergonomia
2.4 - Equipamento de proteção individual

Obrigações dos trabalhadores:

- Os trabalhadores e seus representantes


devem, quando consultados sobre a escolha
de novos equipamentos, opinar sobre os
EPI´s;
- Utilizar corretamente o EPI de acordo com as
instruções do fabricante;

293
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2 - Ergonomia
2.4 - Equipamento de proteção individual

Obrigações dos trabalhadores:

- Conservar e manter em bom estado o EPI que


lhe for distribuído;
- Comunicar as avarias ou deficiências
detetadas no EPI e que comprometam o seu
bom funcionamento.

294
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

O que é a movimentação manual de cargas?

295
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

A movimentação manual de cargas, em si, é o transporte e


sustentação de uma carga, por um ou mais trabalhadores que
comporta riscos para os mesmos, sobretudo na região dorso-
lombar.

296
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Todos nós temos a necessidade de movimentar cargas (no


trabalho, no transporte de compras do supermercado, ou mesmo
no transporte de malas de viagem).

Com o processo de envelhecimento os tecidos que fazem parte da


composição dos discos intervertebrais perdem a elasticidade
dando lugar a roturas.

297
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Com o avanço da idade as patologias a nível da coluna lombar são


mais habituais.

Mesmo no levantamento de uma carga leve é exigida quase toda a


massa muscular do corpo do trabalhador. Isto causa gastos de
energia consideráveis e constitui um fator importante ao nível da
sobrecarga muscular.

298
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

A movimentação de cargas, devido ao peso que, à forma de


transporte e o incómodo postural que o acompanha, provoca:
- esforços na região lombar da coluna, originando lombalgias,
hérnias discais devido à pressão exercida sobre o nervo, dores
musculares devido à fadiga e artroses articulares.

299
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

300
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

As más posturas e as atividades repetitivas provocam:


- Lombalgias,
- Lesões por esforços repetitivos.

301
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

A elevação, o transporte de cargas e a descarga de materiais


deve, sempre que possível, fazer-se de forma mecanizada.

Os equipamentos de trabalho para levantar cargas devem estar


instalados de modo sólido, caso sejam fixos, ou dispor de
condições que lhes assegurem a sua estabilidade durante as
operações.
(Freitas, 2008)

302
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Como a coluna está adaptada à posição vertical, sempre que o


trabalhador se curva ela suporta o peso do corpo e o peso da
carga por ele transportada.

303
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Quando não é possível usar equipamentos mecânicos para a


deslocação das cargas, não é possível evitar o recurso ao
processo manual.

Nesta situação, deve empregar-se o método correto de


levantamento de cargas. Este método pretende manter a coluna
direita, fletindo-se os joelhos e fazendo incidir o maior esforço nos
músculos das pernas.

304
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Podem ser adotado o seguinte procedimento:


- Posição correta dos pés: colocar um pé junto à carga e o outro
mais atrás para acompanhar o movimento e evitar o desequilíbrio;
- Fletir os joelhos e usar os músculos das pernas;
- Manter a coluna direita;

305
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

- Manter os braços junto ao corpo, o que aumenta a capacidade de


levantamento;
- Segurar bem a carga, usando toda a mão para reduzir a tensão
muscular nos braços e evitar a queda da carga;
- Aproveitar o impulso do corpo na deslocação da carga.

306
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Antes do levantamento, deve avaliar-se o peso da carga, observar


se a mesma tem farpas ou outras anomalias e, tendo em conta a
sua forma e dimensão, determinar a melhor forma de a deslocar.

307
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Constituem alguns dos riscos associados à elevação e transporte


de cargas os seguintes:
- No caso dos pés: a queda de objetos;
- No caso da marcha, choque ou pancada por objetos perfurantes:
ferimentos;
- No caso de objetos perfurantes: contusões.

308
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Estes riscos podem ser prevenidos e controlados através da


utilização de equipamento de proteção individual (EPI),
nomeadamente: capacete, luvas e calçado adequado.
Ao elevar manualmente uma carga, de forma correta, verifica-se
que a carga máxima aceitável é elevada, encontrando-se a mesma
limitada pela resistência muscular.

309
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

A capacidade de elevação do género feminino é cerca de 60% da


capacidade de elevação do sexo masculino.

Portaria n.º 186/73, de 13 de março relativa à regulamentação do


trabalho feminino refere os 27 kg como sendo a carga máxima que
uma mulher pode despender e a 15 kg quando em esforço médio
regular.

310
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

O mesmo diploma refere os 10 kg como sendo o valor máximo de


transporte manual regular de cargas que uma mulher pode
transportar durante a gravidez e até três meses após o parto.

311
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Os valores limite para elevação e transporte manual de cargas


dependem de: idade; sexo; duração da tarefa; frequência do
movimento de elevação e transporte e capacidade física do
trabalhador.

(Miguel, 2002)

312
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Valores limite para a elevação e transporte manual de cargas em ambos os


géneros.

Frequência de elevação e/ Homens Mulheres


ou transporte manual
[em % de 1 dia de trabalho Capacidade física Capacidade física
de 8 horas (ou turno)] elevada média baixa elevada média baixa
0 a 17 50 40 30 30 20 15
18 a 54 32 25 18 16 12 9
55 a 82 20 14 9 9 6 4
83 a 100 10 6 3 5 3 1
Quadro - Valores limite em kg para a elevação e transporte manual de cargas para indivíduos
entre os 20 e 45 anos (Miguel, 2002).

313
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Os valores referidos devem ser diminuídos em 40% para


indivíduos com menos de 15 anos e com mais de 60 anos.

314
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Em caso de transporte em percursos com mais de 2 m os valores


devem ser sujeitos às seguintes reduções:
- 20% para percursos de 2 a 10 m;
- 40% para percursos de 10 a 25 m;
- 60% para percursos de 25 m ou mais.

315
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Constata-se pois que a capacidade física varia com a idade,


atingindo o seu máximo entre os 25 e 30 anos de idade. A partir
dos 30 anos os ossos ficam mais frágeis e os músculos
enfraquecem.

316
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Com estas e outras transformações a fadiga aparece mais cedo


quando é realizado um trabalho pesado ou uma postura mais
exigente/ incorreta sendo também a capacidade de recuperação
reduzida.

317
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

A inaptidão física, o vestuário inadequado, o calçado e ausência


de formação constituem também fatores individuais de risco a
ponderar.

318
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

É recomendado ao trabalhador uma movimentação suave e atenta


quando eleva ou transporta cargas e quando puxa ou empurra
veículos como forma de evitar posturas incorretas ou perigosas.

319
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Quando existir a necessidade de desempenhar grandes esforços


físicos o trabalhador não deverá inclinar ou rodar a coluna sobre o
seu eixo.
A coluna, em si, deve ser utilizada como um suporte e não como
articulação.

320
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Exige-se pois: elevada coordenação muscular aquando da


elevação e transporte manual de cargas.
Situações como: a falta de atenção, a fadiga e a rigidez dos
músculos e tendões quando submetidos a temperaturas muito
baixas e o vestuário de trabalho carece de proteção adequada
podem dificultar a coordenação e provocar acidentes.

321
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

O exercício e a adoção de movimentos executados de forma


correta contribuem para a agilidade física e para o fortalecimento
dos músculos locomotores e dorsais.

322
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Na área da saúde, que pode ser feita uma analogia entre a


movimentação manual do doente e a movimentação manual de
cargas.

A mesma pode comportar um risco de lesão dorso-lombar para os


profissionais que procedam ao levantamento dos doentes,
sobretudo se ocorrerem as condições referidas no quadro.

323
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Ambiente de trabalho Carga Esforço necessário Outras exigências


Características que podem causar lesão dorso-lombar

inadequado

- Se o pavimento é - Se for muito pesada - Se for muito grande - Se ocorrem esforços


escorregadio ou - Se for muito grande - Se exigir a torção de elevada duração e
irregular - Se for difícil de do corpo com pouco repouso
- Se há pouco espaço segurar - Se houver - Se as distâncias de
livre - Se estiver distante do desequilíbrio da transporte são muito
- Se as condições corpo carga longas
climáticas não são - Se for agarrada - Se é necessária
favoráveis através de flexão ou uma posição instável
torção do corpo

Quadro - Características que podem causar lesão dorso-lombar.


324
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

O recurso a ações de formação que abordem a temática da


movimentação e transporte de doentes e o uso de equipamentos
que auxiliem nas transferências constituem duas formas que
podem contribuir para a diminuição da incidência de lesões ao
nível da coluna vertebral dos profissionais referidos.

325
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

O estudo ergonómico do ambiente, dos equipamentos e dos


indivíduos também contribui para solucionar ou minimizar estes
problemas.

326
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Se não tiver lugar a prevenção de medidas, as lesões podem


agravar-se conduzindo, em casos extremos, à invalidez do
profissional e/ou incapacidade permanente para o trabalho. As
figuras seguintes constituem exemplos de movimentação de
doentes.

327
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

a) b)
Fig. a) e b): Ajudar o paciente a levantar-se de uma cadeira
(Alexandre e Rogante, 2000).

328
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

a) b) c) d)
Fig. a), b), c) e d): Transferência da cama para a cadeira, utilizando o cinto de
transferência (Alexandre e Rogante, 2000).

329
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

A probabilidade de contratar um indivíduo com lombalgia é menor


do que contratar um indivíduo com boa saúde.

Acresce ainda ao problema das lombalgias, o sofrimento das


vítimas que veem a sua vida afetada do ponto de vista profissional
e privado.

330
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Há ainda a referir os custos inerentes à doença (a cargo da


sociedade) e os problemas decorrentes da desorganização e do
stress provocados pela falta do trabalhador (a suportar pelo
patrão).

331
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Diretiva n.º 90/269/CEE refere que a entidade empregadora deverá


evitar a movimentação manual de cargas por parte dos
trabalhadores (art.º 4.º).
Se se verificar a impossibilidade de evitar a movimentação será
necessário:
- Avaliar o trabalho,
- Reduzir os riscos,

332
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

- Adaptar o posto de trabalho, conforme refere o artigo 4.º,


- Informar, formar e consultar o trabalhador (conforme referido nos
artigos 6.º e 7.º),
- Organizar um exame médico regular (conforme especifica o
artigo 4.º).

333
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual
O quadro faz referência às consequências que resultam das lesões dorso-lombares.
Para a vítima Para a entidade profissional Para a sociedade

- Perda de rendimentos - Indemnizações - Utilização de cuidados médicos

- Perda de emprego - Pensões - Conhecimento não utilizado


- Perda de oportunidade de emprego - Perda de produção - Perda de coesão social

- Viver com a dor - Custos de formação suplementares


- Perda de reconhecimento social (novos trabalhadores substituindo os
associado ao emprego trabalhadores qualificados doentes)
- Perda de alegria de viver
- Isolamento

- Sentir-se um peso para a sociedade

Quadro - Consequências resultantes das lesões dorso-lombares (Inspeção-Geral do Trabalho (n.d.).

334
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Tendo em conta as consequências de âmbito social e financeiro


que advém das lesões dorsais, a sua prevenção torna-se
essencial.

335
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

As posturas de trabalho aconselhadas para a Movimentação


Manual de Cargas centram-se em 5 princípios:

1- Procurar o melhor equilíbrio


A estabilidade do corpo é influenciada pela distância entre o centro
de gravidade e a base de sustentação. Estes devem estar o mais
próximo possível.

336
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

2 - Aproximar-se da carga o mais possível


Quanto mais próximo estiver da carga menos esforço irá realizar. A
máxima proximidade é atingida quando os centros de gravidade da
carga e do trabalhador estiverem em linha na vertical.

337
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

3 - Posicionamento correto dos apoios


Para levantar uma carga deve-se fazer um bom apoio dos pés
junto da mesma. Deve deslocar-se em lugar de rodar o tronco.

338
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

4 - Utilizar a força das pernas


As pernas devem ser fletidas para em seguida se efetuar a
elevação do objeto.
Para dar o impulso inicial ao objeto deve utilizar a força das pernas
e não dos braços nem das costas.

339
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

As figuras seguintes dizem respeito às formas incorreta e correta


de levante e movimentação manual de cargas.

340
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Incorreto Correto

Fig.: Mantenha as costas direitas


(Autoridade para as Condições do Trabalho, 2008).

341
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Incorreto Correto

Fig.: Faça a flexão das pernas dobrando os joelhos


(Autoridade para as Condições do Trabalho, 2008).

342
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Incorreto Correto

Fig.: Mantenha um bom equilíbrio


(Autoridade para as Condições do Trabalho, 2008).

343
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Incorreto Correto

Fig.: Aproxime a carga o mais possível do corpo


(Autoridade para as Condições do Trabalho, 2008).

344
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Incorreto Correto

Fig.: Posicione corretamente os pés para orientar a carga


(Autoridade para as Condições do Trabalho, 2008).

345
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Incorreto Correto

Fig.: Levante e transporte a carga com os braços estendidos e junto ao corpo


(Autoridade para as Condições do Trabalho, 2008).

346
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Incorreto Correto

Fig.: Aproveite o peso do corpo para empurrar ou deslocar objetos


(Autoridade para as Condições do Trabalho, 2008).

347
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

Incorreto Correto

Fig.: Peça ajuda a um companheiro para levantar e transportar uma carga


pesada (Autoridade para as Condições do Trabalho, 2008).

348
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

No caso particular da movimentação de cargas em carrinhos,


puxando ou empurrando, deve ter em conta que:
- A pega deve estar numa altura entre a cintura e o peito;
- O esforço é menor ao empurrar do que ao puxar;
- Se a carga for demasiado pesada, divida por várias viagens.

349
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2 - Ergonomia
2.5 - Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual

A figura seguinte pretende esquematizar o caso particular da


movimentação com o auxílio de carrinhos.

Correto Incorreto
Fig.: Movimentação com o auxílio de carrinhos.

350
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

Assistimos, desde há algumas décadas, à utilização


geral do equipamento dotados de visor.
Ex.: computadores, monitores as telas de cinema.

351
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

Os também denominados ecrãs de visualização


consistem em aparelhos nos quais é possível visualizar
informação ou imagens fixas ou em movimentos.

352
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

A utilização prolongada (por várias horas) de ecrãs de


visualização pode contribuir para vários riscos,
nomeadamente: problemas de visão, dores de cabeça,
stress, exposição a radiações, etc.

353
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

O que pode ser feito, em termos de prevenção?

354
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

Como medidas de prevenção há a realçar: as regras


que definem os aspetos relativos ao contraste visual, a
proteção dos ecrãs e a adoção de pausas.

355
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

Nos postos de trabalho que requerem o uso de


computador registam-se algumas queixas: a fadiga
mental, as perturbações visuais, perturbações na
coluna cervical e lombar e nos membros.

356
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

O que deve fazer o empregador?

357
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

É obrigação do empregador:
- Proceder à avaliação das condições de segurança e
saúde inerentes aos postos de trabalho, sobretudo as
que ocasionam riscos para a visão, afeções físicas e
implementar medidas que eliminam os referidos riscos;

358
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

- Proceder à organização de atividade do trabalhador


promovendo as pausas ou as mudanças de atividade
que diminuam a pressão do trabalho;

359
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

- Informar os trabalhadores sobre as condições de


segurança e saúde características das utilizações de
computadores e formar os trabalhadores antes do início
de atividade ou que se verifiquem mudanças no posto
de trabalho;

360
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

- Promover exames médicos à visão do trabalhador


antes do mesmo ocupar o posto de trabalho e também
periodicamente.

361
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

A capacidade de avaliar a sensibilidade e a


compreensão das necessidades humanas, aliadas ao
ponto de vista económico, estético e técnico são
indispensáveis na organização dos espaços
informáticos.

362
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

Nas últimas décadas, têm ocorrido grandes


transformações nos ambientes de espaço informáticos,
porém, a mais importante foi a implementação dos
chamados espaço informáticos panorâmicos,
paisagísticos ou abertos.

363
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

Os espaços informático/ administrativos abertos visam


a distribuição dos departamentos de forma a obter uma
visualização global de todo ambiente de trabalho.

Facilitam a interligação de grandes áreas,


possibilitando a flexibilidade para melhor utilização do
espaço e maior aproveitamento de iluminação e
ventilação.

364
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

Destacam-se de seguida as características mais


favoráveis (em termos de conforto) a adotar:
- No que se refere aos aspetos técnicos:

365
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

1. os espaço informáticos devem ter bastante luz e, de


preferência de origem natural, de forma a evitar
esforços ao nível da visão e “ambientes pesados”.
A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída
e difusa. Deve situar-se entre 500 e 1000 lux;

366
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

2. os níveis de ruído devem estar situados entre 30 a


65 dB (A). A ocorrência de níveis sonoros superiores
aos estabelecidos suscitarão o desconforto, sem
necessariamente implicar um risco de dano à saúde,
porém, não deverão ultrapassar 75 dB (A);

367
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

3. o espaço informático deve ser bem arejado, sendo


de referir que a temperatura ideal deverá situar-se entre
20º e 23º C. No Verão serão de considerar variações
entre 23º a 25º C, enquanto que nos meses de Inverno,
é conveniente admitir 20º a 22º C.

368
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

Os ambientes muito quentes provocam sonolência e


cansaço, contribuem para a diminuição da
produtividade e induzem uma probabilidade mais
acrescida de erro, por parte do trabalhador.
Pelo contrário, os espaços informáticos muito frios, com
temperatura inferior a 15º C, diminuem a concentração
das pessoas;

369
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

4. a velocidade do ar deverá ser inferior a 0,75 m/s;


5. a humidade relativa (UR) do ar depende da
temperatura ambiental, mas deve situar-se acima de 40
a 50%, de forma a evitar o aparecimento de eletricidade
estática e proteger a pele e os olhos.

370
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

Deve ainda evitar-se uma humidade do ar acima de


65%, dado que favorece o desconforto, da mesma
forma que a humidade baixa.
Nos meses de Verão ou nas regiões tropicais a UR
deve ficar entre 40% e 60% e, nos meses de Inverno,
ou nas regiões temperadas, o intervalo a considerar é
da ordem dos 35% a 65%.

371
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

No que se refere aos aspetos materiais, será


conveniente ter em atenção que a cadeira e a
secretária devem estar dispostos de forma a que se
verifiquem os seguintes requisitos:

1 - A cadeira: deverá ser, do ponto de vista


ergonómico, bem projetada, cómoda, estável e dotada
de altura e encosto reguláveis.

372
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

O encosto da cadeira deve estar ligeiramente inclinado


para trás, de modo a evitar demasiadas cargas
musculares estáticas da coluna.
Será conveniente optar por uma área mínima de 41 cm
× 26 cm (no Ideal 40 cm x 35 cm), que sustente
firmemente as costas, ao nível da região lombar e
abaixo das omoplatas (o ideal é o contacto permanente
da lombar ou o chamado "permanent contact").

373
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

A cadeira deve proporcionar o alívio da musculatura


das costas e dos discos intervertebrais.
a) a altura do assento deve ser ajustável à estatura do
trabalhador (pode optar-se por 42 a 55 cm). Uma
cadeira com mecanismo regulável de acordo com a
dimensão do corpo e com apoios para os braços e
antebraços, proporciona um melhor ajuste;

374
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

b) o assento deve ser estofado (de forma a reduzir a


pressão na região posterior das coxas, facilitando a
circulação sanguínea e diminuir a pressão nos discos
intervertebrais), e ter um espaço adequado e suficiente
entre o encosto e o assento de forma a assegurar um
espaço para acomodar as nádegas.

375
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

As espumas do assento devem ser moldadas


anatomicamente, as espessuras das mesmas devem
ser de 40 mm para o assento, pois asseguram uma boa
flexibilidade, compressão e ótimo visual.
A área ideal para o assento é 46 cm × 46 cm, sendo
ainda de admitir áreas de: 45 cm × 45 cm;

376
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

c) deverá existir um espaço entre a face posterior da


perna e o bordo anterior do assento e não deve existir
nenhuma pressão entre o bordo anterior do assento e a
face inferior das coxas;

377
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

d) a existência de um apoio para as costas, (regulável


na altura para que se adeque às diferentes estaturas
dos trabalhadores) será essencial para repousar a
musculatura das vértebras e reduzir a pressão no disco
intervertebral) e um formato que acompanhe as
curvaturas da coluna sem retificá-la;

378
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

e) o ângulo entre o assento e o apoio para as costas


também deve ser regulável para permitir um ajuste
adequado entre coxas e tronco (deve permitir cerca de
100º);

379
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

f) para acomodar as nádegas deverá existir um espaço


entre o assento e o encosto;
g) o tecido que reveste o assento e encosto deverá
permitir a transpiração;
h) a cadeira deve ser giratória, possuir 5 apoios,
podendo ter rodas que permitam a mobilidade do
trabalhador;

380
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

i) os joelhos e os tornozelos devem formar um ângulo


reto e os pés devem, simultaneamente, assentar bem
no chão (isto indicará a posição correta) ou, se for
caso, no apoio para os pés.

381
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

2 - A secretária deve:
a) ter altura superior à posição do cotovelo: ~5 cm,
possuir as dimensões adequadas, um tampo baço (que
permita uma disposição flexível do visor, do teclado,
dos documentos e material acessório) e bordas
arredondadas de forma a evitar compressões
mecânicas no antebraço do trabalhador;

382
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

b) as gavetas devem ser leves, com puxadores que


permitam uma abertura fácil. As mais pesadas e os
objetos mais difíceis de pegar devem ficar a cerca de
75 cm do chão, afim de evitar esforços musculares
desnecessários;

383
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

c) deverá existir um espaço entre a face superior da


coxa e a face inferior do tampo da secretária, de forma
a assegurar a liberdade de movimentos ao nível dos
membros inferiores do trabalhador e do respetivo
interlocutor;

384
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

d) se a secretária não for regulável em altura, quando o


trabalhador estiver sentado, a altura que vai do tampo
ao chão, deve ser regulável entre os 68 e 82 cm;
e) os cotovelos devem situar-se aproximadamente ao
nível do plano de trabalho;

385
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

f) o material de construção não deve produzir reflexos;


g) poderá adotar-se uma secretária com um tampo com
160 cm, uma profundidade mínima de 90 cm, o que se
traduz numa superfície de 1,44 m2.

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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

3 - No que se refere ao apoio para os pés: predominam


quase sempre as secretárias com altura padronizada
(75 cm), sendo portanto recomendável um apoio para
ambos os pés, particularmente no que se refere às
pessoas de baixa estatura.

387
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

Este tipo de apoio ajuda a aliviar as tensões na parte


posterior das pernas e nas costas. O referido apoio (ou
descanso para os pés) deverá ter no mínimo 40 cm de
largura, profundidade não inferior a 30 cm, inclinação
entre os 0º e os 20º e a possibilidade de regulação da
altura de 15 cm.

(Conceição, 2010)

388
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

4 - Poderá existir um suporte para folhas de papel/


documentos, que deve ser estável, regulável e
proporcionar uma boa postura, visualização e
operação, pretendendo-se, desta forma evitar/ reduzir a
movimentação frequente tanto do pescoço como do
tronco, a fadiga visual e as dores musculares.

389
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

No mercado, existem modelos que podem ser


aplicados diretamente no ecrã e outros passíveis de
serem colocados em cima da secretária.

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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

5 - No caso específico dos computadores:


a) deverão existir condições de mobilidade suficientes
para permitir o ajuste à iluminação do ambiente,
protegendo-a de reflexos e proporcionando corretos
ângulos de visibilidade ao trabalhador;

391
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

b) o teclado deve ter mobilidade e permitir o ajuste, por


parte do trabalhador, às tarefas a ser executadas;
c) o ecrã, o teclado e o suporte para documentos
devem ser colocados de forma a que as distâncias
olho-ecrã, olho-teclado e olho-documento sejam quase
iguais, evitando, assim, a fadiga visual.

392
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

O ecrã deve estar a uma distância de entre 30 a 70 cm


dos olhos e o teclado à altura dos cotovelos e existir um
ângulo visual entre 15º a 30º abaixo da horizontal;

d) a dimensão do ecrã deverá permitir que os


caracteres utilizados sejam legíveis;

393
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

e) um ecrã pouco curvado permite diminuir os reflexos


oriundos da luz. Um ecrã de grande curvatura permite
evitar as distorções da informação nas zonas
periféricas;

(Conceição, 2010)

394
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

f) deverá ser possível inclinar e orientar o ecrã e


deslocar o mesmo horizontal e verticalmente;

395
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

g) a caixa do ecrã deve ter superfícies neutras e mates


com luminâncias que se situem aproximadamente entre
as do fundo do ecrã e as do documento;

(Conceição, 2010)

396
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

h) o teclado deve ser plano e um pouco inclinado. As


teclas do meio devem situar-se a menos de 3 cm acima
da mesa de apoio e apresentarem uma inclinação para
a frente de 5 a 15º relativamente ao plano horizontal.
A distância entre as teclas do meio e o rebordo da
mesa (superfície de apoio) deve ser no mínimo 16 cm e
no máximo 26 cm;
(Conceição, 2010)

397
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

i) a leitura dos documentos e o olhar sobre o teclado


exigem um nível de iluminação elevado e a leitura/
observação do ecrã necessita de um bom contraste no
que se refere aos caracteres e ao fundo;

398
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

j) para iluminar estes locais deverão utilizadas filas de


lâmpadas contínuas, colocadas de forma paralela ao
eixo do olhar, as mesmas podem ser colocadas
separadamente;

399
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

l) será preferível adotar uma iluminação em todas as


direções, difusa em grandes superfícies e de pouca
luminância, ou seja através de iluminação indireta;

(Conceição, 2010)

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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

m) não devem existir janelas à frente e atrás do ecrã,


sendo que o ângulo principal do olhar deverá ser
paralelo às janelas.

401
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

O Decreto Lei n.º 349/93 de 1 de outubro e a Portaria


n.º 989/93 de 6 de outubro referem-se às prescrições
mínimas de segurança e saúde no trabalho com
equipamentos dotados de visor.

402
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador
Tabela - Características mais favoráveis a adotar na seleção do visor e do teclado.
Visor Teclado
- Caracteres bem definidos, de dimensão e - Inclinação regulável, dissociado do visor e possibilitando o apoio dos braços e
espaçamento adequados; das mãos do trabalhador;
- Imagem estável, possuir cores neutras, - A superfície deve ser baça, sem reflexos;
sem contrastes fortes e cintilação, sem - Os símbolos das teclas devem ser contrastados, legíveis a partir da posição
reflexos e sem reverberações - pode optar- normal de trabalho;
se, por visores com filtros integrados e - Regular a intensidade luminosa e do contraste entre os caracteres e o fundo;
visores modernos com polaridade optativa - A inclinação e orientação devem ser reguláveis;
(fundo claro com caracteres escuros ou - Para minimizar as tensões nos músculos dos ombros, o teclado deve estar
fundo escuro com caracteres brancos); suficientemente baixo para permitir que os braços fiquem na vertical (ângulo de 70º
- Para uma posição confortável da cabeça e a 80º) com o antebraço na horizontal. Este ângulo é próximo ao do próprio teclado,
pescoço, a primeira linha contida na tela do facilitando os movimentos das mãos e dedos. Os pulsos devem ficar alinhados
monitor deve ficar na altura dos olhos; com os antebraços. Mantendo os pulsos retos, podem ser evitados ou
- Serão de admitir outras características minimizados diversos distúrbios, sendo de referir a pressão excessiva sobre o
que proporcionem pausas. nervo que atravessa o pulso. É importante pois, manter o pulso reto e,
periodicamente, realizar pausas após uma digitação contínua.

403
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

Optar pela adoção da ergonomia nos espaços


informáticos, permitirá a uma organização empresarial
“caminhar” no sentido de alcançar o binómio conforto-
produtividade.

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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

Posição deficiente Posição correta


Fig.: Trabalho sentado com equipamento dotado de visor (Freitas, 2008).

405
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

Fig.: Trabalho com equipamento dotado de visor: distâncias recomendadas (Freitas, 2008).

406
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

Exercício:
1 - Quais os perigos num ambiente de escritório que
podem provocar perturbações músculo-esqueléticas?
2 - Quais os riscos inerentes a uma configuração
incorreta do posto de trabalho?
3 - Que medidas preventivas poderão ser postas em
prática para prevenir este tipo de lesões?

407
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2 - Ergonomia
2.6 - Regras de utilização de ecrãs de computador

4 - Quais as medidas a tomar quando se trabalha com


ecrãs de visualização?
5 - Considere o seu posto de trabalho, que medidas
ergonómicas poderia adotar?

408
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Avaliação de riscos

O método da matriz de risco estima os riscos, identificando em


cada tarefa, os perigos, os riscos, o tempo de exposição, a
frequência e a gravidade. Para cada um dos três últimos fatores
existem 5 contribuições quantitativas, o que possibilita a
classificação dos riscos e também proceder à hierarquização das
medidas de controlo a implementar.
Para a valoração do risco foram tidos em consideração os
seguintes parâmetros:
- A exposição,
- A frequência e
- A gravidade.

409
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Avaliação de riscos

- A Exposição
A exposição (E) consiste na duração média de exposição ao fator de risco (tempo).
O quadro refere-se à classificação em termos de exposição.
Significado Descrição qualitativa Contribuição quantitativa

Contínua (C) Ocorre continuamente ou várias vezes ao dia 5

Frequente (F) Probabilidade de ocorrência diária 4

Ocasional (O) Probabilidade de ocorrer ocasionalmente 3

Pouco frequente (P) De ocorrência muito rara 2

Rara (R) Não se sabe se alguma vez ocorrerá 1

410
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Avaliação de riscos

- A Frequência
A frequência (F) consiste na probabilidade de exposição ao fator de risco
(dano). O quadro refere-se à classificação em termos de frequência.
Significado Descrição qualitativa Contribuição quantitativa

Frequente (F) Resultado mais esperado, atendendo às condições 5


verificadas
Ocasional (O) Possível que aconteça, probabilidade de 50% 4

Remoto (RE) Ocorrência esporádica, probabilidade 10% 3

Raro (R) Verificação muito remota da sequência, probabilidade 1% 2

Improvável (I) Ainda que possível, nunca ocorre em muitos anos 1

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Avaliação de riscos

- A Gravidade
A gravidade ou severidade (G) define-se como sendo a
consequência da exposição (acontecer o dano).
O quadro refere-se à classificação quanto à gravidade.

412
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Avaliação de riscos

- Cálculo da Valoração do Risco (nível de risco)


A determinação da valoração do risco é obtida a partir da
expressão:

Risco = Frequência × Gravidade × Exposição

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Avaliação de riscos
Risco muito expressivo, requerendo acção imediata, requer
RX > 90 4 plano detalhado

Risco elevado, implica planeamento adequado das medidas, é


RE > 75 3 necessário envolvimento da gestão

Risco moderado, envolve avaliação e respostas específicas, o


RM > 50 e ≤ 74 2 envolvimento da gestão deve ser explicitado

Risco baixo, não precisa de alocação específica de recursos,


RB ≤ 49 1 gestão mediante os procedimentos em vigor

414
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Bibliografia

AEP, Manual de Formação: Higiene e Segurança no Trabalho - Programa


Formação PME.

Alexandre, N. (1998). Aspectos ergonômicos relacionados com o


ambiente e equipamentos hospitalares. Revista Latino-Americana de
Enfermagem, vol. 6 (4).

Alexandre, N., Rogante, M. (2000) Movimentação e transferência de


pacientes: aspectos posturais e ergonómicos. Rev. Esc. Enf. USP, 34.
(2).

415
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Bibliografia

Autoridade para as Condições do Trabalho (2008). Riscos profissionais


associados à movimentação manual de cargas. Cadernos informativos,
Segurança e saúde no trabalho.

Cardim, L., Counhago, A. (1992). Segurança, higiene e saúde no local de


trabalho, conceitos. Instituto de Emprego e Formação Profissional.

Conceição, F. (2009). Ergonomia. Formação Inicial de Técnico Superior


de Segurança e Higiene do Trabalho.

Correia, G. (2010). Higiene, saúde e segurança no trabalho. Porto Editora.

416
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Bibliografia

Decreto-Lei n.º 330/93, de 25 de setembro. Diário da República n.º


226/1993 - I Série.

Empower-up, Lda. Segurança, higiene e saúde no trabalho.

Ferreira, C. (2009). Avaliação de riscos profissionais. Conforturis.

Freitas, L. (2008). Segurança e saúde do trabalho. Edições Sílabo. 1.ª


edição.

Freitas, L. (2013). Segurança e saúde do trabalho, guia para micro,


pequenas e médias empresas. ACT.

417
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Ano Letivo 2016-2017

Bibliografia

Gaspar, C. (2002). Equipamentos de proteção individual. Instituto de


Emprego e formação Profissional (1.ª edição).

Gaspar, C. (2002). Ergonomia dos locais e postos de trabalho. Instituto de


Emprego e formação Profissional (1.ª edição).

Gaspar, C. (2002). O ruído nos locais e postos de trabalho. Instituto de


Emprego e formação Profissional (1.ª edição).

Gaspar, C. (2002). Organização e gestão da prevenção nas empresas.


Instituto de Emprego e formação Profissional (1.ª edição).

418
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Bibliografia

Inspecção-Geral do Trabalho. Alivie a carga!. Campanha europeia de


inspecção e de comunicação do CARIT: Movimentação manual das
cargas na Europa nos sectores dos Transportes e dos Cuidados de
Saúde; n.d.

Inspecção-Geral do Trabalho (2007). Alivie a carga! Prevenção das


lombalgias no sector dos cuidados de saúde; Campanha europeia de
inspecção e de comunicação do CARIT:

Matos, M. (2009). Gestão da prevenção. Conforturis.

Miguel, A. (2002). Manual de higiene e segurança do trabalho. (6.ª


edição). Porto Editora.

419
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Bibliografia

Nunes, F. (2009). Segurança e higiene do trabalho. 2.ª edição.

Otero, C., Matos, C., Costa, J. (2001). Segurança, higiene e saúde no


trabalho - guia do formando. Instituto de Emprego e Formação
Profissional.

Portaria n.º 186/73, de 13 de março. Diário do Governo n.º 61/1973 - I


Série.

Roberts-Phelps (2000). Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho - Jogos


para formadores. Monitor - Projectos e Edições, Lda.

<http//www.act.gov.pt>

420

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