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CONSTITUCIONAL
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Exame de Ordem
Damásio Educacional
Sumário
DICAS DE ESTUDOS, ANÁLISE DE PROVAS ANTERIORES........................................................................................... 4
PODER CONSTITUINTE .............................................................................................................................................. 5
APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS ............................................................................................... 12
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE ................................................................................................................. 13
CONTROLE CONCENTRADO .................................................................................................................................... 19
REPARTIÇÃO DAS COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS (ADMINISTRATIVA E LEGISLATIVA) .................................. 20
1. Competência administrativa comum, art.23 da CF ..............................................................................................20
2. Competência Legislativa ........................................................................................................................................20
2.1. Competência Legislativa Local – Art. 30, I da CF ................................................................................................21
2.2. Competência Legislativa Cumulativa, Art.32, §1º da CF ....................................................................................21
2.3. Competência Legislativa Residual – Art.25, §1º da CF ......................................................................................21
FEDERALISMO OU FORMA FEDERATIVA DE ESTADO – ART.1º, CAPUT E ART. 18, CAPUT DA CF .......................... 22
PODER LEGISLATIVO ............................................................................................................................................... 23
1. Peculiaridades e funcionamento do Poder legislativo, art. 44 a 75 da CF ...........................................................23
2. Estrutura no Brasil .................................................................................................................................................23
3. Funcionamento do Congresso Nacional ................................................................................................................23
4. Fiscalização contábil e financeira – Tribunais de contas Art. 70 a 75 da CF ........................................................27
5. Emenda Constitucional (art. 60 da CF) ..................................................................................................................28
6. Lei Complementar (art. 69 da CF) ..........................................................................................................................29
7. Lei Delegada (art. 68 da CF) ...................................................................................................................................30
8. Medida Provisória (art. 62 da CF) ..........................................................................................................................30
9. Decreto Legislativo (art. 49 da CF).........................................................................................................................32
10. Resoluções (art. 51 e 52 da CF) ............................................................................................................................32
PODER EXECUTIVO ................................................................................................................................................. 34
1. Crime de Responsabilidade ...................................................................................................................................37
2. Crime Comum.........................................................................................................................................................38
PODER JUDICIÁRIO ................................................................................................................................................. 39
1. Garantias constitucionais dos magistrados – art. 95 da CF/88 ............................................................................39
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS ................................................................................................................................ 41
1. Supremo Tribunal Federal – STF ............................................................................................................................42
1.1. Repercussão geral ...............................................................................................................................................48
1.2. Responsabilidade político-administrativa do STF..............................................................................................48
1.3. Competências do STF ..........................................................................................................................................51
2. Superior Tribunal de Justiça - STJ ..........................................................................................................................52
3. Justiça Federal ....................................... 54
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4. Competência dos Tribunais Regionais Federais (art. 108, CF) ..............................................................................55
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA .......................................................................................................................... 56
1. Decisão Atual .........................................................................................................................................................56
2. Interpretação Pro Homine .....................................................................................................................................56
NACIONALIDADE ..................................................................................................................................................... 57
DIREITOS POLÍTICOS ............................................................................................................................................... 58
DIREITOS FUNDAMENTAIS ..................................................................................................................................... 59
ESTADO DE DEFESA ................................................................................................................................................ 60
ESTADO DE SÍTIO .................................................................................................................................................... 61
INTERVENÇÃO FEDERAL ......................................................................................................................................... 63
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DICAS DE ESTUDOS, ANÁLISE DE PROVAS ANTERIORES
Dicas de leitura:
Art. 5º, 12, 14 ao 17, 22, 24, 34 ao 36, 50 ao 69, 80 ao 88, 93, 97, 102 ao 105 e 109, Constituição Federal/88.
Lei 9868/1999 – ADI, ADO, ADC – comentada pelo STF na internet gratuita.
Lei 9882/1999 – ADPF – comentada pelo STF na internet gratuita.
Cuidado: Ler todas as Súmulas Vinculantes, dar atenção as de nº 10, 11, 14, 25 e a ADO nº 26 STF.
Recomendação de Livro: Doutrina com Questões Comentadas, Estude e Passe na 1ª Fase da OAB – Editora Rideel
– 2022, contém as 17 disciplinas.
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PODER CONSTITUINTE
A) Poder constituinte originário de 1º grau, genuíno ou primário: é o poder para elaborar uma nova
constituição, para um País.
DICA: A Nova Constituição revoga totalmente “AB ROGA” a anterior e pode haver ou não a recepção das normas
infraconstitucionais anteriores.
OBS.: De Norma Infraconstitucional anterior não recepcionada cabe a ADPF, Lei 9.882/99, - Arguição de
descumprimento de preceitos fundamentais.
Exemplo.: Uma lei anterior que afrontar a nova constituição, direitos nela previsto.
B) Poder constituinte Derivado Decorrente: Autorização para os entes federativos elaborarem suas
Normas Fundamentais, Art. 25, caput, CF/88 - Estados membros podem elaborar suas constituições respeitando a
CF/88.
Art. 32, caput, CF/88, O Distrito Federal, pode elaborar sua Lei orgânica, respeitando a CF/88.
OBS.: Art. 29, caput, CF/88, Os Municípios podem elaborar suas leis orgânicas respeitando a CF/88 e as
Constituições Estaduais respectivas, não há representantes dos municípios no Senado.
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Inciso III – mais da metade das assembleias legislativas, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria
relativa de seus membros.
LIMITE PROCEDIMENTAL:
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-
se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros (LIMITE PROCEDIMENTAL) 3/5
CD = 308 deputados I 3/5 SF = 49 senadores.
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal,
com o respectivo número de ordem.
Obs.: Segundo o STF, o rol de iniciativa é taxativo, não se admite acréscimo. Contudo, STF admitiu a criação de PEC
Estadual que inseriu a iniciativa popular.
Demais Limites:
1) Limites circunstanciais:
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Na vigência de certas situações não pode ser modificada a Constituição Federal, são elas:
• Nas Intervenções Federais; Art.34 ao 36 CF/88;
• Estado de Defesa; Art.136 CF/88;
• Estado de Sítio Art.137 ao 139 CF/88;
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou
de estado de sítio. (LIMITES CIRCUNSTANCIAIS)
Art. 60, §5º, CF/88 – e uma proposta for rejeitada, poderá ser reapresentada em uma nova sessão
legislativa.
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havia por prejudicada não pode ser objeto
de nova proposta na mesma sessão legislativa. (TEMPORAL)
• Rejeitada = não aprovada em votação
• Prejudicada = perda do objeto
3) Limites Materiais:
São partes da constituição que não admitem mudança visando reduzir direitos (cláusulas Pétreas).
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I – a forma federativa de
Estado; II – o voto direto, secreto, universal e periódico; III – a separação dos Poderes; IV – os direitos e garantias
individuais. (LIMITES MATERIAIS)
Obs.1: No Brasil não se admite revisão das cláusulas pétreas (não aceita a tese da dupla revisão).
Obs.2: Cláusulas pétreas implícitas: outros limites materiais (conteúdo) que decorrem da interpretação do texto
constitucional. Ex. Art. 60, 127 e 142, CF.
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Circunstanciais
Emendas LIMITES
(art. 60, § 1º, CF)
Constitucionais
Procedimentais
Materiais I
Cláusula pétrea
expressa (art. 60, §
4º, CF)
Temporais
Mutação Constitucional:
Processo informal (difuso) de mudança da Constituição, consistente na alteração do sentido das normas,
mantendo-se o texto.
Ex.: fidelidade partidária (art. 55, I a VI, CF); prisão civil do depositário infiel (art. 5º, LXVII, CF).
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1. DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO I REBAIXAMENTO
Caso previsto expressamente, a nova Constituição REBAIXA a Constituição anterior à categoria de norma
legal.
CA NC
CA
= LEI
Para ocorrer, deve ser EXPRESSO. *A CF/88 não previu esse fenômeno.
2. PRORROGAÇÃO
A nova Constituição prorroga a eficácia (efeitos) das normas da antiga Constituição, enquanto os
novos institutos estão sendo estruturados/ organizados.
3. RECEPÇÃO
Cuidado: para que haja a recepção, deve existir a compatibilidade material = que o conteúdo da norma
infraconstitucional não contrarie o conteúdo da nova Constituição.
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CA NC
Lei A
Lei A
OBS.: A recepção é presumida. Todavia, a NÃO RECEPÇÃO deve ser declarada expressamente pelo Poder Judiciário
(controle difuso ou concentrado). Ex.: ADPF.
E a compatibilidade formal?
Se no ordenamento anterior, determinado tema deveria ser criado mediante uma espécie normativa
específica e, depois, o novo ordenamento estabelece forma distinta, a norma será recepcionada com a forma/
estrutura exigida pela nova Constituição.
Ex.: CTN é lei ordinária na sua criação. Todavia, atualmente, tem natureza de Lei Complementar (art. 146, CF).
4. REPRISTINAÇÃO
Plano Constitucional:
A nova Constituição restaura, revalida norma infraconstitucional que fora revogada pela Constituição
anterior.
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Lei A CA NC A Nova Constituição
revoga a anterior e
Revogada Lei A
restaura a Lei A
anteriormente
revogada.
CUIDADO!
Nosso ordenamento admite repristinação no PLANO LEGAL.
Logo, se houve menção expressa, a lei revogada se restaura se a lei revogadora for revogada (Art. 2º, § 3º, LINDB).
Revogado Revogadora
Revogado Revogadora
Efeito repristinatório da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) genérica.
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APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Todas as normas constitucionais são dotadas de eficácia jurídica, porém, nem todas possuem efetividade
(aplicabilidade).
2. Normas constitucionais de eficácia contida: são aquelas normas que tem aplicabilidade imediata,
integral, plena, direta (autoaplicáveis ou auto-executáveis), mas podem ter reduzido o seu alcance pela atividade
do legislador ordinário, em virtude de autorização constitucional. São também chamadas de normas de eficácia
redutível ou restringível. Por exemplo, o inciso XIII do artigo 5º da Constituição Federal: "é livre o exercício de
qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer".
3. Normas constitucionais de eficácia limitada: são aquelas normas que dependem da emissão de uma
normatividade futura, em que o legislador ordinário, integrando-lhes a eficácia mediante lei, lhes dê capacidade de
execução em termos de regulamentação dos interesses visados (aplicabilidade diferida). São também chamadas de
eficácia relativa ou complementável, por exemplo, inciso XXVII do artigo 7º da Constituição Federal: "proteção em
face de automação, na forma da lei". São outros exemplos: artigos 5º, XXVIII, XXXII, e 153, VII, todos da Constituição
Federal.
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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Conceito: é a verificação da compatibilidade, vertical que deve existir entre a CF e as Normas a ela subordinadas.
DICA: Comparação das Normas Posteriores ao texto da CF/88, e o de suas Emendas Constitucionais.
Note bem: as normas infraconstitucionais devem ser posteriores para fins de controle de constitucionalidade, pois
se forem anteriores e contrariem direitos previstos na nova constituição haverá a "não recepção" de tais normas.
Nossa Constituição somada com alguns decretos equivalentes a emendas constitucionais forma nosso
bloco de constitucionalidade, a saber:
I. Decreto 6949/2009 - Convenção Internacional das Pessoas com Deficiências e seu Protocolo Facultativo;
Esses Decretos, em razão da equivalência às normas Constitucionais, podem ser os parâmetros para o
controle de constitucionalidade das normas posteriores ou para recepção ou não de normas infraconstitucionais
anteriores a eles.
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Modalidades de Inconstitucionalidade:
Cuidado: Sanção, Promulgação e Publicação, não corrigem o vício de iniciativa, a lei é inconstitucional, pois houve
um vício de iniciativa.
Existe um direito, um instituto ou um tributo na CF/88 que depende de regulamentação, mas não foi feita.
Exemplo: Como o Imposto de Grandes fortunas depende de lei complementar, para ser criado, depende de
regulamentação.
• Preventivo - feito sobre um projeto de lei, quem atua sobre o projeto de lei, é o Poder Legislativo
(comissão de constituição e justiça) e poder executivo (Veto por inconstitucionalidade).
• Repressivo – feito sobre uma norma em vigor, a norma já existe que realiza o controle repressivo
é o Poder Judiciário, pelo modo difuso (caso concreto) ou concentrado (proposto pelas pessoas do art.103 CF/88
ao STF).
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Dicas:
Controle Preventivo
O Poder Judiciário pode realizar se for acionado.
Exemplo: Deputado Federal ou Senador, contrata advogado para impetrar Mandado de Segurança por haver
projeto lei com inconstitucionalidade por ação formal, no STF (art. 59 ao 69 CF/88).
Obs.: PEC (proposta de emenda constitucional) não tem Controle Preventivo pelo Poder Executivo, não há sanção
nem veto de Emenda Constitucional.
Difuso: caso concentrado, qualquer pessoa pode ser autor, foro qualquer magistrado competente para a causa,
efeitos entre as partes.
OBS.: Esses efeitos podem ser ampliados por resolução do Senado. (art. 52, X CF/88).
Concentrado: sobre uma lei em tese (abstrato), quem pode ser autor pessoas do Art.103 CF/88, foro se contrariar
a CF/88 é o STF quem julga, efeitos são erga omnes e vinculante.
Art.103 Incisos IV, V e IX, devem realizar a pertinência temática (justificar a ação interesse de agir).
OBS.: cabe controle concentrado só por ações ADI (Ação direta de Constitucionalidade) art. 102, I, “a”, CF/88
classificada como: genérica, por omissão ou (interventiva art.36, III CF/88) por ADC (ação declaratória de
constitucionalidade), art. 102, I, “a” parte final CF/88 e ADPF (arguição de descumprimento de preceito
fundamental) art. 102§1º da CF/88.
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Controle Concentrado ou Abstrato de Constitucionalidade:
Para entender o funcionamento do controle concentrado ou abstrato é preciso explicar os significados dos
termos empregados pela doutrina para referir esse controle repressivo de constitucionalidade.
• Controle Abstrato em Tese no controle concentrado não há casos concretos envolvendo autor e
réu que são levados a apreciação do poder judiciário.
O Poder Judiciário, é provocado por legitimados, autoridades públicas e entidades representativas que
provocam o Poder Judiciário para obter uma sentença que analise em tese, em teoria, abstratamente a
compatibilidade de uma lei ou ato normativo em relação a Constituição.
▪ A lei ou ato normativo impugnado, será retirado do ordenamento jurídico, caso ocorra a declaração
abstrato de Inconstitucionalidade.
▪ A lei ou ato normativo impugnado será mantido no ordenamento jurídico, caso ocorra a declaração
de Constitucionalidade.
• Controle Concentrado em tese no controle concentrado não é qualquer órgão que tem
competência o poder Judiciário, altamente especializado, concentram a competência para realizar essa modalidade
de controle de constitucionalidade. No Brasil apenas dois órgãos do Poder judiciário concentram a competência
para realizar o controle abstrato de constitucionalidade, são eles:
O Art. 102 § 2º da CF/88, prevê que a sentença do controle Abstrato ou concentrado de constitucionalidade
produz efeitos contra todos (erga Omnes e Vinculantes) em relação:
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d) Exclui-se o legislador que poderá criar lei ou ato normativo com conteúdo idêntico a uma outra lei
ou ato normativo, anteriormente declarada inconstitucional.
Controle concentrado ou abstrato também chamado de controle de via de ação, por que existem 5 ações
judiciais típicas que podem ser ajuizadas no STF pelos Legitimados para provocar a modalidade de controle de
constitucionalidade.
Os Legitimados do Controle Concentrado ou Abstrato de Constitucionalidade (art. 36, III e Art. 103 da
CF/88).
Os legitimados são autoridades públicas ou entidades representativas ADI, ADC, ADPF e ADO, são os
mesmos previstos no rol do art. 103 da CF/88.
Importante! ao interpretar o art. 103 da CF, a jurisprudência do STF dividiu os legitimados propositura.
Legitimados Universais:
Não precisam provar pertinência temática para ajuizar as ações, são eles:
• Presidente da República;
• Mesa da Câmara dos Deputados;
• Mesa do Senado Federal;
• PGR Procurador Geral da República;
• Conselho Federal da OAB;
• Partido político com representação no CN.
Legitimados Especiais:
Devem provar pertinência temática para ajuizar as ações, devem provar uma relação de aderência na
discussão da ação e sua área de atuação, são eles:
• Governador do Estado e DF;
• Mesa da Assembleia Estadual e da Câmara Distrital;
• Confederação sindical e entidades de classe de âmbito nacional.
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Objetos das ações típicas do controle concentrado ou abstrato de constitucionalidade realizado pelo STF.
Definir os objetos das ações típicas do controle, significa em quais hipóteses cada uma dessas 5 ações deve
ser ajuizada, pelos respectivos legitimados.
1) ADI, art. 102, I “a” (primeira parte) da CF/88, prevê que o STF julgará ADI para declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, federal e estadual.
OBS.: lei ou ato normativo Municipal, não sofre ADI no STF, somente no TJ Estadual que deverá adotar como
parâmetro de julgamento a constituição Estadual.
2) ADC, art. 102, I “a” (parte final) da CF/88, prevê que o STF julgará o ADC para declarar a
constitucionalidade de lei ou ato normativo, federal apenas.
OBS.: a ADC alcança apenas lei ou ato normativo federal para assegurar a aplicação uniforme de ato normativo ou
lei em todo território nacional.
3) ADPF, art. 1º da Lei 9882/99 permite identificar que a ADPF é ação subsidiaria abstrato ou
concentrado de constitucionalidade, desse modo a ADPF é regida pelo Princípio da Subsidiariedade, caberá no STF
se não couber as demais ações do controle concentrado ou abstrato.
5) IF o PGR poderá ajuizar a ação em dois casos, para assegurar a execução de lei federal por estado
ou DF;
Diante de violação de princípios constitucional sensível previsto no rol do art. 34, VII CF/88, por Estado ou
DF.
OBS.: a IF (Ação Interventiva ou Ação direta interventiva ou Representação Interventiva) somente, que terá o
legitimado diferente, nos termos do Art. 36, III da CF/88, apenas o (PGR- Procurador Geral da República), poderá
ajuizar a ação no STF.
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CONTROLE CONCENTRADO
O autor das ações pode ser todas as autoridades no artigo 103 da Constituição Federal, sendo que na ação
direta de inconstitucionalidade interventiva federal, apenas o Procurado Geral da República pode figurar como
autor.
ATENÇÃO: as autoridades dos itens: "4; 5; e 9" devem apresentar pertinência temática para a interposição de uma
das ações.
Foro: será o STF, por se tratar de uma violação à norma constitucional com efeitos vinculantes e erga omnes.
ATENÇÃO: é cabível o controle concentrado perante o Tribunal de Justiça, porém a norma violada é a da
Constituição Estadual ou Lei Orgânica no caso do Distrito Federal (não tem tanta incidência nas provas da OAB).
OBS.: é possível reclamação perante o STF em face de autoridade administrativa que não está cumprindo
determinação do STF em ações do controle concentrado.
IMPORTANTE: em razão do princípio da separação dos poderes, pode o Poder Legislativo criar uma lei que contrarie
a decisão do STF, tendo como exemplo a questão de maus tratos aos animais.
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REPARTIÇÃO DAS COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS (ADMINISTRATIVA E LEGISLATIVA)
2. Competência Legislativa
Privativa (art.22 da CF): da União, mas cabe delegação aos estados mediante lei complementar sobre questões
específicas.
Concorrente: art. 24, I, VI, VIII, §1º e §4º tem regras de aplicação.
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2.1. Competência Legislativa Local – Art. 30, I da CF
CUIDADO! os municípios podem legislar sobre competência legislativa, concorrente desde que seja no interesse
local e suplementando a legislação federal e estadual no que couber.
Exemplo: os municípios podem legislar sobre o tema pesca, se a atividade econômica predominante for a
pesqueira. Art. 30, II da CF.
Lei distrital pode ter conteúdo municipal e Estadual. Art.147 e 155 da CF.
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FEDERALISMO OU FORMA FEDERATIVA DE ESTADO – ART.1º, CAPUT E ART. 18, CAPUT DA CF
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PODER LEGISLATIVO
OBSERVAÇÃO: na função típica de legislar, o Poder Legislativo não precisa observar súmula vinculante nem
decisões de controle concentrado de inconstitucionalidade.
Exemplo: vaquejada, foi declarada inconstitucional pelo STF, e o legislativo alterou o art. 225 a lei EC 96, que é o
artigo que fala sobre o meio ambiente, reconhecendo como não cruéis a prática esportiva contendo animais.
2. Estrutura no Brasil
Federal: Congresso Nacional (câmara dos deputados + senado federal) bicameral, deputados federais (representa
o povo) e senadores (representando os Estados).
Cada legislatura terá a duração de 4 anos, reunir-se-á, anualmente na Capital federal sessão ordinária de 2
de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
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Comissões:
Reunião dos parlamentares para discussão e deliberação de propostas legislativas de interesse do país.
O art. 58, § 3º da CF, possuem poderes de investigação próprio das autoridades judiciais, a CPI apura um
fato determinado e por prazo certo.
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Exemplo: CPI da Covid da Fake News, CPI da Petrobras, temas relevantes e fato determinado.
Iniciativa para sua instauração: 1/3 da câmara (171) ou 1/3 do senado (27) ou mista, direito da minoria.
OBSERVAÇÃO:
CPI pode pedir a quebra de sigilo de dados bancários, fiscais e telefônicos lista de números recebidos e
feitas ligações (extratos).
CPIs Municipais Não podem realizar quebra de sigilo de dados. Devem requerer ao juiz da comarca.
Há duas espécies:
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OBSERVAÇÃO – STF:
Dentro do recinto parlamentar: Absoluta.
Fora do recinto: Relativa: deve estar em função do mandato.
Cuidado! Vereadores possuem apenas na circunscrição municipal (art. 29, VIII da CF).
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Prisão Processo
Desde a expedição do diploma (antes da posse) No caso de crime comum cometido após a
não podem ser presos, salvo em flagrante de diplomação recebida a denúncia a casa
crime inafiançável, neste caso, os autos devem respectiva deve ser comunicada para deliberar
ser remetidos à casa respectiva para deliberação sobre a sustação ou não do processo (maioria de
sobre a prisão (maioria de seus membros- seus membros – votação aberta).
votação aberta).
Foro dos parlamentares, art. 53, § 1º: STF após a diplomação e relacionado ao mandato.
Controle interno da administração, finanças e contabilidade pública – são realizados pelos poderes
legislativos, executivo e judiciário.
Exercido sobre servidores encarregados de executar os programas por seus superiores, ex.: registro
contábil.
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No Brasil, temos:
As decisões do tribunal de que imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo (art. 71, §
3º da CF).
Cuidado! as contas dos chefes do executivo serão julgadas pelo poder legislativo, neste caso a corte de contas
apenas emite parecer.
Art. 60 da CF/88, único meio de modificar a constituição; quem pode propor a emenda constitucional.
São 1/3 da câmara (171), 1/3 do senado (27), Presidente da República, mais da metade das assembleias
legislativas (14) estados.
Votação da PEC, § 2º, 3º e 5ª proposta será votada em dois turnos nas duas casas, com obtenção 3/5 (308
deputados) e (49 senadores) maioria qualificada.
Só começa a votação no senado se a PEC for proposta pelos senadores, as demais todas começarão, a
votação na Câmara dos Deputados.
Quem promulga a Emenda são as duas mesas, da Câmara dos deputados e do Senado, assinam o presidente
da câmara, dois vices e os secretários e no senado da mesma forma.
OBSERVAÇÃO: não tem sanção nem veto de Emenda Constitucional, pelo Presidente da República.
Rejeitada ou prejudicada a Emenda em uma das quatro votações será arquivada e só poderá ser
apresentada na próxima sessão legislativa, dia 02/02 e termina 22/12.
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OBSERVAÇÃO: Art. 60, §1º, não poderão ser emendadas a constituição, nos casos dos arts. 34 e 36 da CF -
Intervenção Federal, art. 136 - Estado de Defesa e art. 137 a 139 da CF - Estado de Sítio.
Foi decretada a Intervenção Federal em 2018 na segurança pública, presidência de Michel Temer, e não
pode ser voltada nenhuma PEC.
Art. 60, § 4º, não podem ser abolidas, limitações materiais expressas – cláusulas pétreas expressas forma
federativa de estado, voto, separação dos poderes, direitos e garantias individuais.
Cláusulas pétreas implícitas são mandamentos constitucionais e não estão no art. 60.
Exemplo: MP art. 127 e 142 CF é instituição permanente e as forças armadas art. 142 da CF.
• Aprovada por maioria absoluta (mais da metade) tanto no senado como na câmara;
Exemplo: imposto de grandes fortunas, art. 153, VII da Constituição Federal, só por lei complementar.
Lei Ordinária, art. 47 da CF, é chamada de comum, que aprovada pela maioria simples depende da maioria
absoluta ou relativa, pelo congresso nacional, pode ser lei ordinária federal, estadual ou municipal.
Lei complementar poderá ser aprovada sobre o assunto, mas a lei ordinária futuramente poderá revogar a
lei complementar, pois na origem era lei ordinária.
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7. Lei Delegada (art. 68 da CF)
Art. 68 da CF, editada somente pelo Presidente da República pedir prévia autorização ao Congresso
Nacional, através de votação de resolução autorizando o Presidente da República.
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Proibições, art. 62, §1º, CF:
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Não pode tratar de matéria de lei complementar.
Prazo do trancamento de pauta ou regime de urgência, as Medidas Provisórias nascem para virar lei
ordinária, tranca a pauta para votação da lei ordinária em cada casa.
Art. 62, §6º, as Medidas Provisórias têm 45 dias para virar lei ordinária.
“Art. 62, § 6º, CF. Se a medida provisória não for apreciada em até
quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime
de urgência, subseqüentemente, em cada uma das Casas do
Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação,
todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver
tramitando. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)”
Art. 62, §7º, a prorrogação de vigência é de 60 dias, prorrogável por igual período.
“Art. 62, § 7º, CF. Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a
vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado
de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas
do Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 32, de 2001)”
Pode tratar de matéria concreta, art. 49, II a VI, IX, XII, XVII da CF e de matéria abstrata art. 49, VII e VIII da
CF.
Exemplo: referendo congressual, votação referendo do congresso para decerto legislativo sobre um tratado
internacional.
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Exame de Ordem
Damásio Educacional
O art. 59, VII e 52 da CF, é uma espécie normativa para tratar de assuntos da câmara ou do senado ou do
congresso quando a constituição determinar.
Resolução do Senado nos termos do art. 52, X da CF, vai suspender no todo ou em parte uma norma que o
STF declara inconstitucional em Controle Difuso de Constitucionalidade, se tornando erga omnes.
Espécies Normativas – art. 59 da CF/88, são atos normativos primários, a justificativa de sua existência está
na Constituição Originária.
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
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Exame de Ordem
Damásio Educacional
PODER EXECUTIVO
Estrutura:
Art. 14 da CF, não existia no texto da constituição a reeleição, quem trouxe foi a Emenda Complementar
nº 16/97. Poderá ser revogado a qualquer momento, não é cláusula pétrea do mesmo jeito que foi inserida poderá
ser retirada da constituição.
• Presidente da República;
• Vice-presidente da República (de modo definitivo ou temporário, interino);
• Presidente da Câmara dos Deputados (temporário);
• Presidente do Senado (temporário);
• Presidente do Supremo Tribunal Federal (temporário).
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Exame de Ordem
Damásio Educacional
2 primeiros anos de mandato 2 últimos anos de mandato
Eleição direta em até 90 dias da última vaga, assume novo Presidente da República e um novo vive para
completar o mandato.
Eleição será indireta, feita pelo Congresso Nacional em até 30 dias da última vaga para Presidente da
República e vice para completar o mandato.
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Exame de Ordem
Damásio Educacional
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública,
observado o disposto no art. 84, VI; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001)
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de
cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e
transferência para a reserva. (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 18, de 1998)”
Assuntos e temas que devem ter início pelo Presidente da República, processo legislativo.
Exemplo: cabe ao presidente apresentar projetos de lei sobre aumento dos servidores públicos.
Dica: admite o Princípio da Simetria federativa, aquilo que é determinado na esfera federal, devem ser repetidos
nas demais.
Exemplo: celebrar tratados, intervenção federal, art. 34 ao 36 da CF, Estado de defesa art. 136 da CF Estado de sítio
art. 137, 139,140,141 da CF
Punição pelos crimes de responsabilidade, perde o cargo com inabilitação por 8 anos para funções Públicas.
Art. 52 § único.
Pode ser investigado pela polícia federal com a participação do procurador geral da república e a atuação
de um ministro do STF (relator).
Crime anterior da função de presidência, não pode responder por atos estranhos a função de presidência
ao exercício da função, fica suspenso enquanto durar o mandato, art. 86, §4º da CF.
Quem oferece a denúncia é o Procurador Geral da República, para receber a denúncia precisa de 2/3 da
Câmara dos Deputados dos Membros e quem julga é o Supremo Tribunal Federal.
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Exame de Ordem
Damásio Educacional
O Poder Executivo é aquele que tem a finalidade (função típica) de administrar e gerenciar o Estado.
Realiza atos de chefia de Estado, de governo e de administração. Além disso, também exerce a função
legislativa por meio de medidas provisórias e leis delegadas. Participa, ainda, do processo legislativo pela iniciativa,
sanção ou veto e promulgação de leis. No Brasil, ele existe nas três esferas político administrativo (Presidente;
Governador e Prefeitos).
IMPORTANTE! Iniciativa reservada do Presidente da República (artigo 61, parágrafo primeiro da Constituição
Federal).
Exemplo: apresentar projeto de lei para aumento dos servidores públicos federais (equiparado aos demais chefes
do poder executivo nas outras esferas).
A posse será no dia 5º de janeiro do ano seguinte à sua eleição, perante o Congresso Nacional. Se a posse
de qualquer deles não ocorrer em até 10 dias depois desse prazo, salvo motivo de força maior, o cargo será
considerado vago (parágrafo único do artigo 78 da Constituição).
1. Crime de Responsabilidade
Fundamento legal: artigo 85, 52, I e II, parágrafo único da Constituição Federal e Lei nº 1079/50 e Impeachment no
artigo 86 da Constituição.
OBSERVAÇÃO: ADPF 378 - Impeachment da Ex Presidente Dilma - quais artigos foram recepcionados ou não da Lei
1079/50.
ATENÇÃO! Ministro do Supremo Tribunal Federal pode cometer crime de responsabilidade, sendo julgado pelo
Senado.
Punição: perde o cargo e fica inabilitado pelo período de 8 anos, para as funções públicas.
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Exame de Ordem
Damásio Educacional
O impeachment deve ser entendido como o processo pelo qual o Poder Legislativo pune a conduta da
autoridade pública que cometeu crime de responsabilidade, destituindo-a do cargo e impondo-lhe uma pena de
caráter político.
A. A Câmara dos Deputados, após admitida a acusação feita por qualquer cidadão se limita pela maioria de
2/3 (maioria qualificada) de seus membros a receber ou não a denúncia.
O julgamento, presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, poderá resultar em absolvição, com
o arquivamento do processo, ou em condenação por 2/3 dos votos do Senado Federal, limitando-se a decisão à
perda do cargo, com inabilitação, por oito anos para o exercício da função pública.
2. Crime Comum
Autorizado o processo pela Câmara dos Deputados, este será instaurado pelo STF, com o recebimento da
denúncia (oferecida pelo Procurador Geral da República), tendo como consequência a imediata suspensão do
Presidente de suas funções (artigo 86, parágrafo primeiro da Constituição), prosseguindo o processo nos termos
do regimento interno do Supremo Tribunal Federal e da legislação pertinente (Lei 8038/90).
O Presidente da República, pode cometer crime comum e, se cometer crime comum durante o mandato
sendo este crime vinculado a sua atuação enquanto presidente ele poderá ser investigado durante o mandato.
CUIDADO! se ele cometer crime comum antes do mandato ou durante o mandato, que não há vinculação as suas
atividades públicas, ele não poderá ser investigado, sendo o processo iniciado apenas após (prescrição suspensa) o
seu mandato, ou o crime já investigado, será suspenso o processo (artigo 86, parágrafo quarto da Constituição
Federal).
ATENÇÃO! as provas poderão ser produzidas ao seu tempo, apenas o processo não pode ser iniciado.
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Exame de Ordem
Damásio Educacional
PODER JUDICIÁRIO
Vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda
do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença
judicial transitada em julgado;
“Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos
Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será
composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos
de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação
ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional,
indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das
respectivas classes.
MP e advocacia, com notório saber jurídico, após 10 anos, poderá se inscrever no quinto constitucional, a
OAB selecionará 6 nomes que enviará para o tribunal que selecionará 3, que vai enviar para o chefe do poder
executivo que nomeará 1, na data da posse já terá a vitaliciedade.
Inamovibilidade, é vedada a remoção do magistrado de um cargo para outro, contra a vontade, salvo se
houver interesse público ou maioria absoluta do tribunal que ele pertence ou Conselho Nacional de Justiça. Art. 93,
VIII e XI.
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Exame de Ordem
Damásio Educacional
“Art. 93, CF. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal
Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os
seguintes princípios:
(...)
VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por
interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria
absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça,
assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
(...)
XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores,
poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o
máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições
administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal
pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra
metade por eleição pelo tribunal pleno; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
(...)”
Irredutibilidade do subsídio, o valor que o magistrado recebe não pode ser diminuído, salvo previsto na
obrigação prevista na Constituição ou na Lei.
Dica: essas três garantias, também são asseguradas aos membros do MP, e aos conselheiros e ministros dos
tribunais de conta.
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Exame de Ordem
Damásio Educacional
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
Direito de Petição, art. 5º, XXXIV, “a” da CF, informar ilegalidade abuso, comunicar a péssima coleta de lixo,
por exemplo, não precisa de advogado e não tem formalismos, pode ser feito pela ouvidoria, por telefone.
Habeas Corpus art. 5º, LXVIII, CF e CPP art. 647 a 667, Proteção de ir e vir, sua liberdade de locomoção, não
precisa de advogado, cabe Liminar mesmo sem previsão legal, não cabe contra pena de multa nem contra punição
disciplinar militar, salvo se aplicada por autoridade incompetente.
Cabe nos atos abusivos das CPIs, direcionado impetrado ao STF, pedindo salvo conduto.
• Habeas Data art. 5º, LXXII, CF e Lei 9507/97, acesso e corrigir informações do impetrante que estão
em órgão público ou em ente semelhante, de caráter público, precisa primeiro pedir
administrativamente, e se recusado, ação personalíssima.
• Mandado de Segurança, art. 5º, LXIX CF e Lei 12.016/2009, direito líquido e certo, não sendo caso
de HC ou HD, existe uma ilegalidade abuso de uma pessoa autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica investida em autoridade pública, prazo decadencial de 120 dias do consentimento da lesão.
Não precisa ouvir testemunha.
• Mandado de segurança coletivo, art. 5º, LXX, “a” e “b”, CF e lei nº 12.016/2009, corporativo
protege um grupo de pessoas, não é caso de Habeas Corpus nem Habeas Data, legitimados,
partidos políticos com representação no congresso, associação, organização sindical súmula 629 e
630 da STF, 120 dias da lesão.
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Exame de Ordem
Damásio Educacional
• Mandado de Injunção, art. 5º, LXXI CF, existe uma norma constitucional, eficácia limitada não
regulamentada (inconstitucionalidade por omissão) Lei nº 13.300/2016, individual e coletivo, o STF
não admite liminar.
• Ação Popular, art. 5º, LXXIII, CF e Lei nº 4.717/1965, protege o patrimônio público, histórico e
cultural, meio ambiente e a moralidade administrativa, só cidadão pode ser autor. Eleitor não tem
foro de prerrogativa de função, se de má-fé paga custas e sucumbência.
• Ação Civil Pública, art. 129, III, CF e Lei nº 7.347/1985, direito, interesse difuso, coletivo ou
individual homogêneo, não pode usada no lugar de ADI.
Composição: é público e notório hoje, pois tivemos um momento importante na sociedade, de certa forma, porque
antes o Poder Judiciário não tinha notoriedade e a população não tinha muita ideia de como funcionava o judiciário,
do que cobrar do Judiciário, dos deveres que podem exigir dos juízes etc.
E hoje há uma exposição razoável do Judiciário (isso tem pontos positivos e negativos), mas o professor
entende que é mais positivo do que negativo, porque se todo poder emana do povo, de fato, deve-se exigir maior
responsabilidade do Judiciário enquanto instituição para que o povo reconheça o perfil institucional da
magistratura no Brasil.
E o Supremo é, sem sombra de dúvidas, o tribunal que tem mais disposição hoje, especialmente em razão
da transmissão dos julgamentos pela TV Justiça.
Hoje, acontece uma coisa muito interessante – não são todas as pessoas que conhecem quais são os
jogadores da Seleção Brasileira, mas a maioria da população, a maior parte da população urbana do Brasil que
acompanha televisão e telejornal sabem quem são alguns ministros do STF.
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Exame de Ordem
Damásio Educacional
O STF é o órgão de cúpula do Poder Judiciário, formado por 11 ministros, que são nomeados pelo
Presidente da República e aprovados, após sabatina pública pelo Senado Federal, para que exerçam um cargo
vitalício, tendo somente como requisitos: a) mais de 35 anos e menos de 65 anos de idade; b) notável saber
jurídico; c) reputação ilibada.
Notável saber jurídico e reputação ilibada são conceitos jurídicos indeterminados, são questões que não
foram judicializada ou sequer seriam judicializadas hoje, porque dependem de uma conveniência política do chefe
do Poder Executivo Federal (Presidente da República). De modo que deveria caber ao Senado uma análise mais
incisiva do atendimento de tais pressupostos.
No Brasil, costuma-se dizer que o Senado Federal exerce um papel mais passivo na aprovação ou rejeição
de ministros, mas, mais recentemente, percebe-se que a sabatina tem sido mais rigorosa para que se verifique o
perfil daquele membro do Poder Judiciário e a Direito Constitucional tendência é que isso promova um maior
equilíbrio na separação de poderes, na medida em que o escrutínio seja mais estrito pelo senado.
Isso não quer dizer que deve haver uma aprovação somente de quem seja favorável aos senadores, não é
isso que o professor quer dizer, mas vejam como exemplo os Estados Unidos, em que a nomeação de alguém pelo
Presidente da República dos Estados Unidos (para a suprema corte) é acompanhada de um debate público muito
mais intenso, mais incisivo, em que as posições dos candidatos a juízes da suprema corte (um dos 9 membros da
suprema corte), e o Brasil tem caminhado para isso, felizmente. Isso não quer dizer que deva comprometer a
isenção de quem entre ou não, mas a última indicação tem recebido maior atenção da política e da sociedade, e
isso é positivo.
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Exame de Ordem
Damásio Educacional
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas
alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra
atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados
e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-
Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a
União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território;
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o
Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas
entidades da administração indireta;
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;
h) (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando
o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos
estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal
Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única
instância; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 22, de 1999)
j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;
l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da
autoridade de suas decisões;
m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária,
facultada a delegação de atribuições para a prática de atos
processuais;
n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou
indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos
membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou
indiretamente interessados;
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e
quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e
qualquer outro tribunal;
p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de
inconstitucionalidade;
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma
regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do
Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal,
das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da
União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo
Tribunal Federal;
r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho
Nacional do Ministério Público; (Incluída pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)
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Exame de Ordem
Damásio Educacional
II - julgar, em recurso ordinário:
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o
mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais
Superiores, se denegatória a decisão;
b) o crime político;
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em
única ou última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta
Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. (Incluída pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 1.º A arguição de descumprimento de preceito fundamental,
decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal
Federal, na forma da lei. (Transformado do parágrafo único em § 1º
pela Emenda Constitucional nº 3, de 17/03/93)
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo
Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas
ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra
todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder
Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas
federal, estadual e municipal. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a
repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos
termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso,
somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus
membros. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)”
Como Corte Constitucional, a principal função do Supremo Tribunal Federal é dar a última palavra quanto
ao sentido e alcance do texto constitucional, ou seja, uniformizar a interpretação da Constituição em território
nacional.
E para isso tem algumas competências relativas ao controle concentrado e abstrato de constitucionalidade,
com muitas ações típicas: ADI, ADC, ADPF, ADI por Omissão, e também no controle difuso de constitucionalidade,
no qual, pela Via recursal, o Supremo (pela via do recurso extraordinário) também profere decisões que tem
adquirido um caráter de maior normatividade diante de institutos como a repercussão geral e a súmula vinculante.
O Supremo Tribunal Federal é uma corte constitucional um pouco atípica, porque não possui, do ponto de
vista administrativo (do ponto de vista da otimização do trabalho), tempo para
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Exame de Ordem
Damásio Educacional
efetivamente se dedicar somente a julgamentos de grandes casos constitucionais, porque a Constituição trouxe no
artigo 102 um rol muito extenso, muito amplo de competências.
Súmula vinculante:
O Poder Legislativo não é atingido pelo efeito vinculante. Normalmente, inclui-se dentre aqueles que estão
sujeitos a vinculação da súmula vinculante o poder legislativo. Evidentemente, não temos aqui a previsão
Legislativa, e nem poderíamos ter, porque como a súmula vinculante foi instituída pela EC 45/2004, se entenderia
que a previsão de vinculação do Poder Legislativo pela súmula vinculante violaria a separação de poderes.
Importante Lembrar! a súmula vinculante pode ser editada de ofício ou por provocação. Além disso, uma vez
editada pela maioria de dois terços exigida (oito ministros) ela também pode sofrer revisão, cancelamento; enfim,
ela pode ser alterada ou cancelada após a sua edição.
A lei que trata do tema é a Lei nº 11.417 de 2006, que trata da edição, revisão e cancelamento de enunciado
de súmula vinculante pelo Supremo Tribunal Federal.
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Exame de Ordem
Damásio Educacional
Essa lei traz um rol de legitimados muito mais amplo do que a constituição traz. Vide art. 3º da Lei nº 11.417/2006:
A súmula vinculante tem um rol de pessoas que podem provocar a sua edição, revisão e cancelamento mais
amplo do que o do artigo 103 da CF. Isso é válido, constitucional, em razão do que diz o artigo 103-A, §2º, CF.
Em regra geral, a súmula vinculante possui efeitos vinculantes, porém ex nunc, ou seja, para o futuro. Como
regra geral, súmula vinculante não retroage, isso porque, a partir da publicação em imprensa oficial terá efeito
vinculante. Contudo, a jurisprudência é casuística.
Em linhas gerais, o que pode cair em uma prova de Direito Constitucional sobre súmula vinculante está
ligado a estas questões.
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Damásio Educacional
1.1. Repercussão geral
A repercussão geral, apesar de ter surgido na Emenda Constitucional nº 45/2004, somente a partir de 2007
é em que as normas regimentais do STF foram adaptadas para a realidade e o Código de Processo Civil de 73 foi
reformado. Então, somente a partir de 2007, quando o Regimento do STF foi alterado, é que se passou a exigir a
demonstração de repercussão geral.
Lembrar que tratamos do regime dos crimes de responsabilidade do Presidente da República, da mesma
forma, existe um mesmo regime para os ministros do Supremo Tribunal Federal. O artigo 52, CF prevê
expressamente.
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Exame de Ordem
Damásio Educacional
Esse assunto é regulamentado na lei nº 1.079 de 1950. Artigos 2º, 39, 39-A e 80.
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Damásio Educacional
No artigo 2º da Lei 1.079 está expressamente a sanção de perda do cargo e inabilitação até 5 anos de
qualquer função pública e as autoridades que estão sujeitas.
O artigo 80 trata do procedimento, ou seja, mencionando que nos crimes de responsabilidade dos ministros
do STF o Senado Federal é simultaneamente tribunal de pronúncia e julgamento. Exigindo também a maioria de
dois terços.
Também temos a previsão, como já trabalhamos em momentos anteriores, que no artigo 51, I, CF é previsto
que compete privativamente à Câmara dos Deputados autorizar por dois terços de seus membros a instauração
de processo contra o presidente, vice-Presidente e ministros de estado.
Aqui não foi previsto os ministros do STF, de modo que, conforme dito na Lei nº 1079/1950, o processo
não passa pela câmara dos deputados (como no caso das autoridades previstas no artigo 51, I, CF), então, essa
disposição que é anterior a CF de 1988 teve sua ideia reproduzida no artigo 51, I, CF, que não previu que era
necessária a autorização da Câmara dos Deputados para que se processe no Senado Federal por crime de
responsabilidade os ministros do Supremo Tribunal Federal.
O artigo 52, II, CF previu, mas não há necessariamente a necessidade de passar pela câmara dos deputados
como no caso do impeachment, por exemplo de Presidente da República.
No caso de um crime de responsabilidade por Ministro, o Senado Federal poderia (por seu presidente)
rejeitar essa denúncia, monocraticamente.
“Previsão que guarda consonância com as disposições previstas tanto nos regimentos internos de ambas as casas
legislativas, quanto na lei 1.079-1950, que define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de
julgamento. O direito a ser amparado pela via mandamental diz respeito à observância do regular processamento
legal da denúncia. Questões referentes a sua conveniência ou ao seu mérito não compete ao poder judiciário, sob
pena de substituir-se ao Legislativo na análise eminentemente política que envolvem essas controvérsias”. (MS
30.672 Agr., relator Ministro Ricardo Lewandowski, julgado em 15-09-2011, P, DJe 18-10-2011).
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Exame de Ordem
Damásio Educacional
1.3. Competências do STF
O artigo 102 da CF possui três incisos: I - competências originárias; II - competências recursais ordinárias, ou seja,
quando o STF faz o papel de segundo grau de jurisdição, que trata do recurso ordinário constitucional - ROC; III -
competência recursal extraordinária, são as hipóteses de cabimento do recurso extraordinário.
Não é qualquer tipo de causa ou conflito entre os entes federativos, não é uma mera ação de cobrança de
um contra o outro, que vai ensejar o deslocamento da competência do Supremo Tribunal Federal. É necessário que
o conflito atinja dimensões capazes de abalar o próprio pacto federativo, senão o Supremo Tribunal Federal vai
virar, além de uma vara criminal (em razão da vasta quantidade de processos criminais), uma vara de fazenda
pública, e não é essa a ideia.
Com relação ao Conselho Nacional de Justiça, quando este decide não instaurar um determinado
procedimento, por entendê-lo incabível, ou quando julga improcedente ou rejeita o pedido do reclamante,
requerente, o Supremo Tribunal Federal entende que não cabe a ele julgar mandado de segurança, porque ele
estaria se substituindo ao Conselho Nacional de Justiça. Somente na situação em que ele decide e efetivamente
altera uma situação jurídica consolidada (aplica uma sanção, revê uma pena, anular um ato administrativo, anular
um concurso público); somente em situações em que o CNJ julga procedente ou parcialmente procedente um
pedido de providências ou instaura o referido procedimento é que o STF entende que há interesse de agir no
mandado de segurança.
Contra decisões negativas ou que não conheçam do pedido, o STF entende que não há interesse de agir
para o MS.
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Exame de Ordem
Damásio Educacional
2. Superior Tribunal de Justiça - STJ
Composição do STJ: ele se compõe de, no mínimo, trinta e três ministros (aqui que surge a primeira controvérsia).
O STF é composto por 11 ministros, e o STJ é composto de no mínimo trinta e três ministros.
No caso das duas primeiras categorias (Desembargador STJ e Desembargadores do TRF) os tribunais
encaminham as suas listas de interessados, o STJ reduz a lista para 3 indicados e o Presidente da República irá
escolher o nome dentre esses três indicados (três indicados dentre os desembargadores do TJ e três indicados
dentre os desembargadores do TRF).
No caso do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil aplicamos a mesma regra do quinto
constitucional: listas sêxtuplas das entidades (MP e OAB), seguidos da redução da lista Tríplice pelo STJ e o
Presidente da República irá escolher um nome dentre os três indicados pelo STJ.
Em linhas gerais, assim como o Supremo tem uma atividade-fim, a função do STJ seria uniformizar a
compreensão do sentido e alcance da Legislação Federal, no âmbito da Justiça Comum, ou seja, a Justiça Estadual
e a Justiça Federal.
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Nesse sentido, o STJ tem competências que reforçam essa função institucional notadamente a competência
recursal especial que é a competência do artigo 105, III, da CF.
(...)
Contudo, ele também possui competências recursais ordinárias previstas no artigo 105, II, da CF, em que
ele faz o papel de segundo grau de jurisdição por meio do recurso ordinário constitucional - ROC, e ele também
tem competências do artigo 105, I, da CF que são competências originárias da corte. Por exemplo: o STJ é o foro
por prerrogativa de função de uma série de autoridades e ele também é o foro originário para julgamento de alguns
remédios constitucionais, impetrados em face de algumas autoridades.
Exemplo: compete ao STJ julgar mandado de segurança e habeas data contra atos de ministros de estado.
Então, o STJ tem competências originárias para o julgamento de determinadas autoridades, no foro por
prerrogativa de função e de determinados remédios constitucionais.
Tem também uma competência muito importante para julgamento de conflitos de competências, já que os
conflitos de competências envolvem normalmente a correta interpretação da legislação infraconstitucional em
matéria de competência, de modo que o STJ também é uma fonte segura de pesquisa sobre a compreensão da
competência dos órgãos jurisdicionais inferiores.
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“Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
(...)
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o
disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não
vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;”
Entre tribunais diversos, que não sejam evidentemente sujeitos ao ramo de outra Justiça, por exemplo,
conflitos entre um TJ e um TRF, ou entre um Juiz Federal e um Juiz Estadual. Nessas situações, ressalvado o conflito
do Supremo Tribunal Federal e outro tribunal, a competência para analisar esse conflito de competência é do STJ.
Se houver um conflito entre um Juiz Federal e Juiz Estadual, isso, por si só, já justifica a remessa do conflito
ao STJ. É por essa razão que o STJ tem dezenas de súmulas sobre competência da Justiça Federal ou da Justiça
Militar, de modo que essa função de pacificar o sentido e alcance da legislação quanto à competência dos órgãos
judiciais é uma importante função do Superior Tribunal de Justiça.
Em linhas gerais, diferentemente do STF, não temos muitas questões específicas para trabalhar no STJ, além
dessa visão institucional do tribunal, a sua composição, e no mais, muitas questões sobre o STJ que caem em Direito
Constitucional normalmente envolvem decorar esse rol de competências previstas no artigo 105, incisos I, II e III,
da CF.
3. Justiça Federal
Compete à Justiça Federal processar e julgar as ações propostas contra a União, autarquias federais (como
o INSS, o Banco Central) e empresas públicas federais (como a Caixa Econômica Federal), ou em que estas figuram
como autoras. Exemplos são as ações em que se discutem tributos federais, benefícios previdenciários ou direitos
de servidores federais.
Cada Estado, bem como o Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária que terá por sede a respectiva
Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições
cometidas aos juízes federais caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei.
Ainda, dentre outras competências, a de julgar ações de cunho internacional, de direitos de comunidade
indígenas e das questões relativas à nacionalidade.
No âmbito criminal, cabe à Justiça Federal julgar crimes como contrabando, tráfico internacional de
entorpecentes, moeda falsa, sonegação fiscal, crimes políticos e ambientais.
São órgãos da Justiça Federal (art. 106, CF): I - os Tribunais Regionais Federais; II - os Juízes Federais.
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Importante a leitura: art. 107, CF.
II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício
da competência federal da área de sua jurisdição.
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DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
A dignidade da pessoa humana significa que as pessoas devem ter acesso ao mínimo para sua
sobrevivência, tanto do ponto de vista social, quanto jurídico. A implementação dos direitos da personalidade, dos
demais direitos individuais e sociais implicam na realização da dignidade da pessoa humana.
1. Decisão Atual
Artigo 7º, VI da Constituição Federal, irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo
coletivo.
A medida provisória em análise tem o intuito de equilibrar as desigualdades sociais provocadas pela
pandemia, e deve ser interpretada de acordo com diversos vetores constitucionais; A dignidade da pessoa humana,
o trabalho, a livre iniciativa, o desenvolvimento nacional, a erradicação da pobreza e marginalização e a redução
das desigualdades. Nesse sentido, a garantia de irredutibilidade salaria apenas faz sentido se existir o direito ao
trabalho em primeiro lugar. (...) a medida provisória é específica ao definir sua eficácia durante o estado de
calamidade (90 dias), período no qual o empregado terá a garantia de manutenção de seu emprego (um total de
24,5 milhões de postos de trabalho), mesmo que com uma redução salarial proporcional à redução de horas
trabalhadas. Além disso, haverá complementação de renda por parte do Estado, no valor estimado de 51,2 bilões
de reais. (...). Ademais, o empregado tem a opção de não aceitar essa, juntamente como auxílio emergencial
proporciona. Nesse caso, se houver demissão, ele receberá o auxílio desemprego. Assim, a medida provisória não
tem o objetivo simples de legalizar a redução salarial, mas sim de estabelecer mecanismos emergenciais de
preservação de emprego e de renda. Não se trata de conflito entre empregado e empregador e da definição salarial
como resultado desse embate, que é a situação normal na qual se exige a participação sindical para equilibrar as
forças. A situação atual não exige conflito, mas convergência para a sobrevivência da empresa (especialmente micro
e a pequena), do empregador e do empregado, com o auxílio do governo.
Se não houver pacto entre empregadores e empregados, o resultado da pandemia pode ser o dobro de
desempregados no País, situação inadmissível que gerará enorme conflito social. (ADI 6.363 MC-Ref, Rel. p/ o ac.
Min. Alexandre de Moraes, J.16 e 17-4-2020).
Prevalência da norma mais benéfica: na solução de um caso concreto deve-se aplicar a norma mais benéfica para
a vítima da violência.
Nesse caso, não se aplicam os critérios tradicionais de solução de aparente conflito entre as normas, quais
sejam, a hierarquia, a especialidade, a anterioridade ou cronologia.
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NACIONALIDADE
b) Foi adotado o critério da consanguinidade e o serviço para o Brasil. Ser filho de brasileiro.
c) Foi adotado o critério da consanguinidade mais o registro em repartição brasileira competente ou
vir para o Brasil e a opção (após a maioridade).
CUIDADO! Artigo 5°, LI, CF: brasileiro nato não pode ser extraditado.
OBSERVAÇÃO: Mas deve ser entregue ao Tribunal Penal Internacional (criado através do Estatuto de Roma,
Decreto 4.388/2002) se for requerido.
Brasileiro Naturalizado: é o estrangeiro que optou por ser brasileiro, artigo 12, II, CF.
Alínea “a”: Estrangeiros de países de língua portuguesa (Portugal, Angola, etc.) residência por um ano ininterrupto
e idoneidade moral.
Alínea “b”: estrangeiro de qualquer nacionalidade, mais residência por mais de 15 anos ininterruptos e sem
condenação penal.
Alínea “b”: imposição de naturalização para permanência ou exercício de direitos civis no exterior.
DICA: quem perder a nacionalidade pode readquirir por ato do Ministro da Justiça.
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DIREITOS POLÍTICOS
• Presidente da República
• Governadores e
• Prefeitos
Querendo concorrer a cargo diferente do que ocupam devem renunciar 6 meses antes do pleito (eleição
que ocorre no primeiro domingo de outubro).
Reeleição para o Poder Executivo – Artigo 14, §5°, CF. reeleição apenas para um período subsequente (não
tem o 3° mandato seguido). EC n° 16/1997.
Inelegibilidade reflexa ou indireta: Artigo 14, §7°, CF/88: impedimento para uma eleição por uma relação
de parentesco.
Dica de Leitura:
Artigo 15, CF/88 – Perda / Suspensão dos direitos políticos: Condenação penal transitada em julgado, cidadão não
vota nem pode ser votado;
Artigo 16: anualidade – 1 ano antes.
Artigo 17, CF: partidos políticos.
EC 111/2021 – Artigo 2°: São ações afirmativas na repartição de verbas.
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DIREITOS FUNDAMENTAIS
São os direitos do homem previstos na Constituição art. 5º direito de certidão, direito de reunião, de
associação, remédios constitucionais, mandado de segurança, mandado de injunção e ação popular.
Art. 5º XLII e XLIV crimes imprescritíveis. Racismo é inafiançável e imprescritível. Injuria racial é
imprescritível.
Equivalentes as emendas constitucionais, Decreto 6949/2009 convenções internacional para proteção das
pessoas com deficiência e o seu protocolo facultativo.
Importante! Direitos Sociais, art. 6º, CF/88, §único, EC 114/2021, renda básica mensal de todo brasileiro em
vulnerabilidade, terá renda básica mensal de caráter permanente.
Art. 194 e 203, V: seguridade social engloba a saúde a previdência social e a assistência social.
Art. 196: saúde universal e igualitário, para nacionais e estrangeiros, fornecimento de remédios, internações,
cirurgias.
Art. 217, §1º e 2º: Desporto, práticas desportivas, recursos públicos, justiça desportiva, somente após esgotadas
poderá ir para a justiça comum.
Art. 222, caput, §2º Comunicação social, somente brasileiro nato ou naturalizado a partir de 10 anos
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ESTADO DE DEFESA
É uma situação em que se organizam medidas destinadas a debelar ameaças à ordem pública e à paz social.
Consiste na instauração de uma legalidade extraordinária por certo tempo em locais restritos e
determinados, mediante decreto do Presidente da República, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de
defesa Nacional, para preservar a ordem pública e a paz social, ameaçada por grave e iminente instabilidade
institucional no país ou atingidas por calamidade de grandes proporções na natureza. Art. 136 CF/88.
O Conselho da República quanto ao Conselho de Defesa, são para a consulta do Presidente da República.
Constarão do decreto o tempo de duração, que não poderá ser superior a 30 dias, podendo ser prorrogado
apenas uma vez, por igual período ou menor, se persistirem as razões, a especificações das áreas abrangidas, a
indicação de medidas coercitivas, tais, como restrições aos direitos de reunião, sigilo de correspondência e da
comunicação telegráfica e o uso temporário de bens e serviços públicos (se a hipóteses for de calamidade pública,
respondendo a União pelos danos e custos decorrentes).
Controle Político, depois de baixar o decreto o presidente, no prazo de 24 horas o enviará com a justificativa
ao Congresso nacional, que decidirá por maioria absoluta legislativo (a autorização é dada por decreto legislativo
art.49, IV da CF/88). Se estiver em recesso, haverá convocação extraordinária em cinco dias.
O congresso deve apreciar o decreto no prazo de 10 dias, a contar do seu recebimento. Rejeitado o decreto,
cessa imediatamente o estado de defesa, sem prejuízo da responsabilidade dos executores (Art.136 §4º a 7º da
CF/88).
Controle de política Concomitante, nos termos do Art. 140 da CF/88, a Mesa do Congresso Nacional
designará comissão composta por cinco de seus membros (das mesas do Senado e da Câmara) para acompanhar e
fiscalizar a execução das medidas.
Controle de Política Sucessivo, (§ único do art. 141 da CF/88), logo que cessar o Estado de Defesa as medidas
aplicadas na sua vigência serão relatadas pelo Presidente da República em mensagem ao Congresso nacional, com
relação nominal dos atingidos e indicação das restrições aplicadas. Se o congresso não aceitar a justificativa, poderá
ser tipificado algum crime de responsabilidade (art. 85 da CF/88 e Lei 1.079/1950).
Controle Jurisdicional, é previsto no §3º do art.136 da CF/88, quando da prisão por crime contra o Estado,
determinada pelo executor da medida, este a comunicará imediatamente ao juiz, que a relaxara, se não for legal,
facultado ao preso requerer o exame de corpo de delito à autoridade policial (inc. I).
O estado físico e mental do detido no momento da autuação será declarado pela autoridade (inc. II).
A prisão ou a detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo se autorizada pelo
Poder Judiciário (inc. III).
Durante e ao término do estado de defesa, poderá ocorrer o controle jurisdicional dos atos dos executores
da medida que incorreram em abuso ou ilícitos.
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ESTADO DE SÍTIO
É a instauração de uma legalidade extraordinária, por determinado tempo em certa área, com o fim de
preservar ou restaurar a normalidade constitucional perturbada por motivos de comoção grave de repercussão
nacional ou por declaração de estado de guerra ou resposta a agressão aramada estrangeira.
OBS.: o Estado de sítio pode surgir do insucesso do estado de defesa, o contrário não pode ocorrer.
MÉTODO MNEMÔNICO:
A letra "d" vem antes da letra "s", assim, o estado de defesa é sempre anterior ao estado de sítio.
Procedimento:
No procedimento para decretação do estado de sítio, devem ser ouvidos os Conselhos de República e o de
Defesa Nacional, ato contínuo, há a necessidade de autorização pelo voto da maioria absoluta do Congresso
Nacional possibilitando a sua decretação (a autorização é dada por decreto legislativo, de acordo com o artigo 49,
IV da Constituição Federal, em atendimento à solicitação fundamenta do Presidente da República (artigo 137 da
Constituição Federal).
ATENÇÃO! a consulta é obrigatória, seguir o que foi decidido nesta consulta não.
O decreto de Estado de Sítio indicará sua duração (exceto em caso de guerra), as normas necessárias à sua
execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas (somente as do artigo 139 no caso do artigo 137, I
da Constituição Federal). Em caso de guerra, a Constituição não estabelece limites.
DICA: no estado de sítio podem ser limitados os mesmos direitos que estão listados no estado de defesa, além de
outros.
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Controles do Estado de Sitio:
Controle Político:
A. prévio: depende de autorização do Congresso Nacional, pelo voto da maioria absoluta, sendo a
autorização dada por meio de decreto legislativo;
B. concomitante: cinco membros da Mesa do Congresso Nacional (artigo 140 da Constituição Federal);
Controle jurisdicional: durante o período de exceção, deverá o Poder Judiciário corrigir os abusos e as
ilegalidades, podendo ser usado o habeas corpus ou o mandado de segurança. Da mesma forma, haverá a atuação
desse órgão após o estado de sítio.
O Estado de sítio decretado por comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que
comprovem a ineficácia do estado de defesa, o prazo não poderá ser maior que 30 dias e nem prorrogado.
O Estado de Sítio decretado por Estado de guerra, ou resposta a agressão armada estrangeira, perdurará
enquanto o motivo estiver presente.
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INTERVENÇÃO FEDERAL
A intervenção é medida excepcional e só deve ocorrer nos casos previstos expressamente na Constituição.
Na atualidade, a União poderá intervir nos Estados-membros e no Distrito Federal, enquanto os Estados
membros somente poderão intervir nos Municípios localizados em seus respectivos territórios.
Infere-se que a União não pode intervir diretamente nos Municípios brasileiros, salvo se localizados em
território federal (art.35, caput da CF/88). Cumpre lembrar que atualmente não existe território federal. (art.33
CF/88)
Iniciativa:
A Constituição Federal, vigente, dependendo da hipótese prevista para a intervenção federal (comum art.
34 da CF/88) indica quem poderá deflagar o procedimento interventivo. Estão previstos.
a) suspende o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força
maior,
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas metas constituição, dentro dos prazos
estabelecidos em lei, Art. 34, pode, de ofício decretar a Intervenção Federal.
c) solicitação dos Poderes locais (art. 34 IV, garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades
da federação):
O Poder Judiciário local, ao Supremo Tribunal Federal (STF), que, se for o caso a requisitará ao Presidente
da República.
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d) requisição do STF, do STJ ou do TSE, na hipótese de desobediência a ordem ou decisão judiciária (art. 34,
VI, da CF/88) Desse modo, o STJ e o TSE requisitam ao Presidente da República a decretação da Intervenção se
descumpridas suas ordens judiciais. Ao STF, além do descumprimento de suas ordens ou decisões judiciais, cabe
exclusivamente a requisição de intervenção para assegurar a execução de decisões das justiças federal, estadual,
do Trabalho ou Militar.
Cumpre destacar que somente o Tribunal de Justiça local terá legitimidade para encaminhar ao STF o
pedido de intervenção baseado em descumprimento de suas próprias decisões;
e) ações propostas pelo Procurador Geral da República nas hipóteses do art. 34, VI (prover a execução de
lei federal, ordem ou decisão judicial) e VII (assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais
sensíveis: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana, c)
autonomia municipal, d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta, e) aplicação do mínimo
exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferência, na manutenção
e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde, endereçadas ao STF (ação de executoriedade
de Lei Federal e ADIN Interventiva Art.36,III)
Somente o PGE (Procurador Geral da República) pode propor a ADIN de Intervenção Federal, no STF para
que o Presidente da República decrete a Intervenção Federal.
Decreto Interventivo:
Obs.: a autorização por decreto legislativo, art.49, IV da CF/88 é medida temporária e excepcional.
Controle Político:
Realizado pelo Congresso Nacional, no prazo de 24 horas de sua decretação, que poderá rejeitar ou
mediante decreto legislativo, aprovar a intervenção federal, não aprovado pelo congresso, a intervenção, o
presidente deverão cassá-la imediatamente sob pela de crime de responsabilidade.
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