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ESCOLA DE MÚSICA
LICENCIATURA EM MÚSICA
Natal/RN
2018
AGEVALDO BACELLAR FARIAS NETO
Natal/RN
2018
Catalogação da Publicação na Fonte
Biblioteca Setorial de Música Pe. Jaime Diniz
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________
Profª Mª Heather Dea Jennings
(Orientadora)
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Prof. Dr. Danilo Cesar Guanais de Oliveira
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Prof. Dr. Rogerio Junior Correia Tavares
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Agradeço primeiramente a Deus, que, sem Ele não haveria vida e por
consequente não haveria a arte para ser compartilhada.
Agradeço a minha família e amigos pelo suporte, bem como também
agradeço aos professores, e em especial a professora-orientadora desta
monografia, pela dedicação e contribuição para o meu aprendizado. De igual modo,
agradeço a instituição por ter disponibilizado as ferramentas pelas quais foi possível
a conclusão de mais uma etapa de forma satisfatória.
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RESUMO
ABSTRACT
The present work has the objective of reporting about creative processes conditioned
to an interdisciplinarity, according to a personal observation that I made between two
artistic and scientific areas of knowledge; and to create a dialogue between western
music composition and photographic composition technique, emphasizing the
semantic similarities of their conceptualizations and their technical and creative
processes, considering the bibliographical review that is also interdisciplinary. We will
contemplate about how it is possible to observe similarities between the
compositional techniques present in music and photography, whether this dialogue
being present at the semantic, synaesthetic or technical level, pondering about the
parallels between these compositional areas. In a second moment we will analyze
the value of interdisciplinarity, exposing and evaluating the reasons why a
comprehensive and globalizing teaching is important, as an effective and valid way
for learning music. We will also discuss about the trajectory that the science had
been fragmented and disciplined by the end of the twentieth century; and we have
witnessed a contrary movement to the fractionation of knowledge, when the
specialized sciences have been connected with other areas. We will finish the study
with an analysis of how it would be possible to apply the interdisciplinary
compositional parallels in the music teaching, as well as a debate about the
importance of composition and the creative processes for the more effective and
efficient musicalization.
Figura 1: Movimento…………………………………...………………………………….14
Figura 2: Estático…………………….…………………………………………………….14
Figura 3: Baixa profundidade de campo…………………………………………...……16
Figura 4: Alta profundidade de campo………………………………………….……….16
Figura 5: Baixo ISO…………………………………………………………………….….17
Figura 6: Alto ISO……………………………………………………………………….....18
Figura 7: Quente…………………………………………………………………...………19
Figura 8: Frio……………………………………………………………………………….20
Figura 9: Retrato……………………………………………………………………..…….21
Figura 10: Paisagem……………………………………………………………..….…….22
Figura 11: Regra dos Terços……………………………………………………….…….22
Figura 12: Simetria………………………………………………………………….…….24
Figura 13: Radial…………………………………………………….…………………….25
Figura 14: Uma espiral de quintas……………………………………………………….26
Figura 15: Horizontal………………………………………………….……………..……27
Figura 16: Exemplo de melodia……………………………………….…………………28
Figura 17: Horizontal 2…………………………………...……………………………….29
Figura 18: Vertical…………………………………………………………….……………30
Figura 19: Luz e Sombra 1…………………………………………………….…………32
Figura 20: Luz e Sombra 2……………………………………………………………….33
Figura 21: Reflexo 1………………………………………………...…………………….35
Figura 22: Reflexo 2………………………………………………………...…………….36
Figura 23: Exemplo de Tabela Dodecafonismo …………………...…….…………….37
Figura 24: Sobreposição 1………………………………….…………………………….38
Figura 25: Sobreposição 2……………………………………….……………………….39
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO…………………………………...………………………...…….9
COMPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA………….....……………………….………
2
11
Composição fotográfica para músicos: a fotografia como ferramenta
2.1
de criação musical……………………………….…………………….……..12
2.2 Imagem fotográfica…..…………..…………………………………………...12
2.3.1 Enquadramento…..….………..………………………………………………..21
2.3.6 Sombras…….………..……..………..…..….………..………………..……….31
2.3.7 Reflexos…..….………..………………………….…………….……………….35
2.3.8 Sobreposição…..….………..…………………………………..………….......37
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS…..….………..………...........………………….47
REFERÊNCIAS……..…………….……….…………….………………..……48
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1. INTRODUÇÃO
Este capítulo será dedicado a reflexão acerca de como a fotografia pode ser
utilizada pelo estudante de música, não apenas como objeto de inspiração, mas
como ferramenta para criação musical mediante a técnicas fotográficas.
Figura 1: Movimento
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Figura 2: Estático
Balanço de Branco
Desta forma cada fonte luminosa emite mais uma cor do que outra,
denominando “temperatura de cor”. Sendo as seguintes temperaturas de cor das
fontes luminosas mais conhecidas: 1200k° Fogueira, 1700k° Vela, 2800k° Lâmpada
incandescente doméstica, 3200k° Lâmpada incandescente estúdio, 4100k° Luar
(Lua cheia), 5600k° Luz diurna (dia ensolarado), 7000k° Dia nublado, 9000k° até
25000k° Praia, alto-mar, montanha, gelo, neve e grandes altitudes.
Em termos de composição podemos observar que: quanto mais azul, mais
“fria” a imagem e quanto mais laranja, mais “quente” a imagem. Essa variação de
cores, entre o azul e o laranja, traz o tipo de intenção necessária que o compositor
quer passar na imagem.
Figura 7: Quente
22
Figura 8: Frio
Segundo Roque:
Figura 9: Retrato
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Roque nos afirma que, para Martins (MARTINS apud ROQUE, 2010, p.29) a
utilização da regra dos terços na fotografia tem o objetivo de causar um efeito
melhor na foto, aperfeiçoando o enquadramento. Isso se dá através da visualização
mental da foto dividida em três terços verticais e três horizontais.
Rabelo (2007, p.42-43) nos revela outra obra que podemos encontrar
relações similares: Música para Cordas, Percussão e Celesta, de 1936 do
compositor húngaro Béla Bartók. Bártok utilizou-se da sequência numeral de
Fibonacci para construir acordes e melodias, bem como na estruturação da peça em
diferentes segmentos. Também é notável o uso da proporção áurea para segmentar
a obra. Brandão (2012) nos explicita que a sequência Fibonacci “é uma sequência
de números em que cada item é a soma dos dois itens anteriores: 0-1-1-2-3-5-8-13”
e que por sua vez, todos são pares em proporção áurea.
Esta técnica composicional nos remete aos ciclos das quintas. Entende-se
por ciclo das quintas, um espaço geométrico onde é possível relacionar as doze
notas da escala cromática temperada ocidental.
Uma sombra forte pode adicionar um grande efeito e carga emocional a uma
fotografia. Como um elemento de composição pode ser usada para chamar a
atenção e realçar assuntos. Uma sombra só por si pode ser o assunto da fotografia
Pode-se distorcer uma sombra para criar mais impacto e dramaticidade na foto
ou realçar assuntos. Pessoas comuns podem parecer mais interessantes. Texturas
são importantes na composição fotográfica, por isso é necessário utilizar-se delas
conscientemente. Uma foto a um grupo de pessoas pode tornar-se mais
interessante se procurar outro ângulo para fotografar e jogar com as sobras.
No entanto, algumas superfícies são tão boas refletoras que criam as suas
próprias imagens, espelhando as coisas que estão à sua volta. A água, o vidro e os
metais polidos oferecem a oportunidade de fotografar coisas de uma maneira
indireta, resultando numa visão mais oblíqua do mundo.
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2.3.8. Sobreposição
Quando objetos se sobrepõe numa imagem, a primeira coisa que salta aos
olhos é a profundidade de campo existente na fotografia. Certamente não passará
desapercebido ao leitor o fato de que existem objetos distribuídos de forma
tridimensional. Além disto, é interessante convidar o observador a verificar os
contrastes e a dinâmica entre os objetos, que parecem próximos e não estão.
Amato nos afirma que (2010, p.31), “desde a Antiguidade clássica greco-
romana, o conhecimento científico se baseia no preceito de que é possível
compreender a realidade por meio de sua divisão em diversos campos
independentes”. Gomes (2001, p.2) nos esclarece que, na antiguidade a cultura
erudita deveria envolver gramática, retórica, lógica, aritmética, música, astronomia e
geometria; onde já era notável um movimento de fragmentação do conhecimento.
Com o passar dos séculos os intelectuais viam a necessidade de aprofundar-se em
áreas específicas que, somadas as necessidades das cidades e o surgimento das
universidades ocidentais, as áreas do conhecimento foram se fragmentando e
criando suas fronteiras. Como Thiesen enumera (2008, p.3), “sobretudo pela
influência dos trabalhos de grandes pensadores modernos como Galileu, Bacon,
Descartes, Newton, Darwin e outros, as ciências foram sendo divididas e, por isso,
especializando-se”.
Segundo Thiersen (2008, p.3), a interdisciplinaridade surge no século XX,
devido a uma visível carência presente principalmente nas áreas das ciências
humanas e da educação; a necessidade de “superar a fragmentação e o caráter de
especialização do conhecimento, causados por uma epistemologia de tendência
positivista em cujas raízes estão o empirismo, o naturalismo e o mecanicismo
científico do início da modernidade”. Thiersen também afirma que o termo
“interdisciplinaridade” ainda está em construção, apesar de ser um conceito
moderno.
Independente da definição que cada autor assuma, a
interdisciplinaridade está sempre situada no campo onde se pensa a
possibilidade de superar a fragmentação das ciências e dos
conhecimentos produzidos por elas e onde simultaneamente se
exprime a resistência sobre um saber parcelado (THIERSEN, 2008,
p.4)
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Segundo Amato, a interdisciplinaridade não se constitui apenas de uma troca,
ou o uso de outras áreas do saber para um determinado fim científico, mas é uma
gama de interações recíprocas entre as áreas do conhecimento.
Do ponto de vista da pesquisa científica, a interdisciplinaridade se
constrói da interação, comparação, análise e síntese de conceitos
oriundos de diversos campos do saber, isto é, da conjugação de
ângulos pelos quais cada ciência e cada modalidade outra de saber
dirigem seu olhar à realidade. (AMATO, 2010, p.36-37)
Propriedades do Som
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Entende-se por propriedades do som: timbre, intensidade e altura. Diversas
vezes nos deparamos com alunos que já reconhecem de forma intuitiva as
propriedades e utilizam lexemas similares aos utilizados academicamente, como
“brilhante” ou “escuro”.
Paisagem Sonora
Trilha Sonora
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
GUEST, Ian. Harmonia: método prático. 4. ed. Rio de Janeiro: Lumiar Editora, 2006.
170 p. v. 1.
HINTON, Mark Justice. Câmeras digitais e fotografia para leigos. ed. 1 [S.l.]:
Editora Alta Books, 2012. 224 p.
KAMPS, Haje Jan. The rules of photography: and when to break them. 1. ed. Uk:
Ilex, 2012. 97 p.
MATULJA, José Francisco. Pé na Trilha: Guia para Caminhadas. Rio das Ostras –
RJ: Edição do Autor, 2012.
ROCHA, João Carlos. Cor luz, cor pigmento e os sistemas RGB e CMY. Revista
Belas Artes, São Paulo, n. 3, mai/ago de 2010. Disponível em: <
http://www.belasartes.br/revistabelasartes/downloads/artigos/3/cor-luz-cor-pigmento-
eos-sistemas-rgb-e-cmy.pdf> Acesso em: 11 de novembro de 2018.