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CURSO DE PREPARAÇÃO - PRÉ-CLÍNICO

ANATOMIA

MEMBRO SUPERIOR III: PUNHO E MÃO

Francisco Millet Barros


suporte@perguntasdaespecialidade.pt
Perguntas da Especialidade

SUMÁRIO

1. Osteologia

2. Artrologia

3. Miologia

4. Vascularização

5. Inervação
Perguntas da Especialidade

OSTEOLOGIA

27 ossos da mão:

• 8 ossos do carpo

• 5 ossos do metacarpo

• 14 falanges
Perguntas da Especialidade

OSTEOLOGIA | CARPO

• 8 ossos do carpo

• Fileira proximal e distal

• Sulco carpal na superfície palmar –


com o retináculo dos flexores forma
o túnel do carpo.
Perguntas da Especialidade

OSTEOLOGIA | FILEIRA PROXIMAL DO


CARPO - ESCAFOIDE

• O maior osso da fileira proximal

• Tubérculo na superfície palmar da sua porção mais distal e


lateral

• Superfícies articulares para o rádio, o semilunar, o grande


osso, o trapézio e o trapezóide.
Perguntas da Especialidade

OSTEOLOGIA | FILEIRA PROXIMAL DO


CARPO - SEMILUNAR

• Superfícies articulares para o rádio, o escafóide, o


piramidal, o unciforme e o grande osso.
Perguntas da Especialidade

OSTEOLOGIA | FILEIRA PROXIMAL DO


CARPO - PIRAMIDAL

• Superfícies articulares para o pisiforme, unciforme, semilunar e disco


articular da articulação rádio-cubital distal.
Perguntas da Especialidade

OSTEOLOGIA | FILEIRA PROXIMAL DO


CARPO - PISIFORME

• Superfície articular única para o piramidal.


Perguntas da Especialidade

OSTEOLOGIA | FILEIRA DISTAL DO CARPO


- TRAPÉZIO

• Sulco (para o tendão do flexor radial do carpo) e


tubérculo na superfície palmar.

• Superfícies articulares para as bases do 1º e do 2º


metacarpianos, trapezóide e escafóide.
Osteologia – fileira distal do Perguntas da Especialidade

carpo: trapezóide
OSTEOLOGIA | FILEIRA DISTAL DO CARPO
- TRAPEZOIDE

• Superfícies articulares para a base do 2º metacarpiano, grande osso,


trapézio e escafóide.
Perguntas da Especialidade

OSTEOLOGIA | FILEIRA DISTAL DO CARPO


– GRANDE OSSO (CAPITATO)

• O maior e mais central osso do carpo.

• Superfícies articulares para as bases do 2º, 3º e 4º


metacarpianos, semilunar, escafóide, trapezóide e unciforme.
Perguntas da Especialidade

OSTEOLOGIA | FILEIRA DISTAL DO CARPO


– UNCIFORME (HAMATO)

• Formato cuneiforme; hâmulo unciforme (gancho) na sua superfície


palmar.

• Superfícies articulares para as bases do 4º e 5º metacarpianos,


semilunar, piramidal e grande osso.
Perguntas da Especialidade

OSTEOLOGIA | CARPO - OSSIFICAÇÃO

• Os ossos do carpo são cartilagíneos ao nascimento.

• Forma-se 1 centro de ossificação (CO) para cada osso: o 1º é o


grande osso e o último é o pisiforme; a ordem dos restantes é
variável.
Perguntas da Especialidade

OSTEOLOGIA | METACARPO

• 5 ossos metacarpianos numerados de 1 a 5 no sentido radial-umeral.

• Ossos longos com uma cabeça distal, uma diáfise e uma base expandida.

• Diáfises têm uma ligeira concavidade longitudinal na sua vertente palmar.


Perguntas da Especialidade

OSTEOLOGIA | 1º METACARPIANO

• O mais curto osso do metacarpo.

• Encontra-se “rodado”, no seu eixo longitudinal, 90° medialmente: a sua


superfície “morfologicamente dorsal” encontra-se topograficamente lateral, o
que permite a oponibilidade do polegar.

• Tem uma base côncavo-convexa para articulação com o trapézio.


Perguntas da Especialidade

OSTEOLOGIA | 2º METACARPIANO

• Tem a diáfise mais longa do metacarpo e a base mais alargada.

• Base com superfícies articulares para o trapézio, o trapezóide, o grande osso e a


base do 3º metacarpiano; pequeno tubérculo para inserção do flexor radial do
carpo.
Perguntas da Especialidade

OSTEOLOGIA | 3º METACARPIANO

• Curta apófise estilóide, projetando-se proximalmente da superfície


dorsal do lado radial.

• Base tem superfícies articulares para o grande osso e para as bases do


2º e do 4º metacarpianos.
Perguntas da Especialidade

OSTEOLOGIA | 4º METACARPIANO

• Base tem superfícies articulares para o grande osso, para as bases do 3º (2


facetas) e do 5º metacarpianos e para o unciforme.
Perguntas da Especialidade

OSTEOLOGIA | 5º METACARPIANO

• Tubérculo para inserção do tendão do extensor cubital do carpo no lado medial


da base.

• Base tem superfícies articulares para o unciforme e para a base do 4º


metacarpiano.
Perguntas da Especialidade

OSTEOLOGIA | METACARPO - OSSIFICAÇÃO

• Um CO 1º na diáfise pata todos os metacarpianos.

• Um CO 2º nas cabeças dos metacarpianos 2º-5º.

• 1º metacarpiano tem CO 2º na sua base.


Perguntas da Especialidade

OSTEOLOGIA | FALANGES

• 14 falanges: 2 no polegar e 3 nos quatro dedos mais cubitais.

• Cada uma tem base, diáfise e cabeça.

• Diáfises são dorsalmente convexas e ventralmente côncavas.

• Falanges proximais têm bases com facetas ovais adaptadas


às cabeças dos metacarpianos e cabeças trocleares.

• Falanges intermédias têm bases e cabeças trocleares.

• Falanges distais têm bases trocleares e cabeças não


articulares, com tuberosidades palmares.
Perguntas da Especialidade

OSTEOLOGIA | FALANGES - OSSIFICAÇÃO

• Um CO 1º para a diáfise e um CO 2º na epífise proximal.

• Ossificação in utero começa nas falanges distais, seguindo-se as proximais


e, por fim, as intermédias.

• CO das epífises proximais surgem 1º na falanges proximais (início do 2º ano


de vida) e depois nas falanges intermédias e distais (2º ao 4º ano de vida).
Todas as epífises se encontram unidas aos 16 a 18 anos de idade.
Perguntas da Especialidade

ARTROLOGIA

• Articulação do punho.

• Articulações do carpo.

• Articulações carpometacarpianas.

• Articulações intermetacarpianas.

• Articulações metacarpofalângicas.

• Articulações interfalângicas
Perguntas da Especialidade

ARTICULAÇÃO DO PUNHO (RADIOCARPIANA)

• Articulação sinovial biaxial e elipsóide.

• Superfícies articulares: epífise distal do rádio e os ossos da fileira


proximal do carpo escafóide, semilunar e piramidal, com a contribuição
do disco articular de fribrocartilagem.

• É reforçada por uma cápsula fibrosa e por ligamentos.


Perguntas da Especialidade

ARTICULAÇÕES DO CARPO - INTERCARPIANAS


• Articulações intercarpianas: podem ter superfícies articulares em sela, elipsóides ou
esferóides, sendo reforçadas por uma extensa rede ligamentar.

• Articulações intercarpianas proximais: entre o escafóide e o semilunar, entre o semilunar


e o piramidal e entre o piramidal e o pisiforme. Movimentação muito limitada.

• Articulações intercarpianas distais: entre o trapézio e o trapezóide, entre o trapezóide e


o grande osso e entre o grande osso e o unciforme. Movimentação muito limitada.
Perguntas da Especialidade

ARTICULAÇÕES DO CARPO - METACARPIANA

• Entre a fileira proximal e a fileira distal do carpo. Articulação sinovial composta, com
diversas superfícies articulares.

• Divisível em duas porções: medial e lateral.


Perguntas da Especialidade

LIGAMENTOS DO PUNHO

• Ligamentos extrínsecos – ligam ossos do carpo a ossos do antebraço.

• Ligamentos intrínsecos – ligam ossos do carpo entre si.

• Nomeados no sentido proximal -> distal e no sentido radial -> cubital.


Perguntas da Especialidade

LIGAMENTOS EXTRÍNSECOS PALMARES


• Ligamento rádio-escafo-capitato: origina-se na
apófise estilóide do rádio e insere-se na porção lateral
e distal do escafóide, bem como no corpo do grande
osso.

• Ligamento rádio-semilunar longo: origem próxima da


apófise estilóide do rádio, insere-se na face palmar do
semilunar.

• Ligamento rádio-semilunar curto: origem no bordo


palmar da fossa semilunar da epífise distal do rádio,
inserindo-se na face palmar do semilunar.
Perguntas da Especialidade

LIGAMENTOS EXTRÍNSECOS PALMARES (CONT.)


• Ligamento cúbito-semilunar: origem no lado
palmar da epífise distal do cúbito e inserção na
face palmar do semilunar.

• Ligamento cúbito-piramidal: origem no lado


palmar do cúbito, insere-se no lado medial do
piramidal e no lado medial do unciforme.
Perguntas da Especialidade

LIGAMENTOS EXTRÍNSECOS DORSAIS

• Ligamento rádio-semilunar-piramidal dorsal:

Componente superficial – liga o rádio ao piramidal.


Componente profunda – liga o rádio ao semilunar e ao piramidal.
Perguntas da Especialidade

LIGAMENTOS INTRÍNSECOS
Mais espessos e resistentes do que os ligamentos
extrínsecos.

• Ligamentos da fileira proximal do carpo –


escáfo-semilunar e semiluno-piramidal.

• Ligamentos da fileira distal do carpo –


ligamentos interósseos que unem o grande osso,
o unciforme, o trapézio e o trapezóide.

• Ligamentos médio-carpianos palmares – escáfo-


capitato-trapezóide (escáfo-trapézio-trapezóide +
escáfo-capitato), piramido-unciforme e piramido-
capitato.
Perguntas da Especialidade

LIGAMENTOS INTRÍNSECOS (CONT.)

• Ligamentos médio-carpianos dorsais – ligamento


intercarpiano dorsal (origem no trapezóide e pólo
distal do escafóide, liga-se ao piramidal) e o
ligamento escáfo-trapézio-trapezóide lateral.
Perguntas da Especialidade

ARTICULAÇÕES CARPO-METACARPIANAS

• Articulação carpo-metacarpiana do polegar

• Articulações carpo-metacarpianas do 2º ao 5º dedos


Perguntas da Especialidade

ARTICULAÇÃO CARPO-METACARPIANA DO POLEGAR


• Articulação sinovial em sela com grande mobilidade, permitindo
flexão/extensão, abdução/adução, circundução e oponibilidade. Devido
ao formato selar das superfícies articulares, o movimento de flexão é
acompanhado de rotação medial e a extensão é acompanhada de
rotação lateral.

• Superfícies articulares: base do 1º metacarpiano e trapézio

• Ligamentos lateral, anterior e posterior.


Perguntas da Especialidade

ARTICULAÇÕES CARPO-METACARPIANAS DO 2º AO 5º DEDOS


• Articulações sinoviais elipsoidais permitindo apenas ligeiros
movimentos de deslizamento, flexão-extensão e rotação.

• Superfícies articulares: bases do 2º ao 5º metacarpianos e facetas


articulares dos ossos da fileira distal do carpo.

• Ligamentos dorsais – os mais resistentes, conectam as faces dorsais


dos ossos do carpo e as faces dorsais dos metacarpianos. No 2º ao 4º
dedo são ligamentos duplos; no 5º dedo é um ligamento único.

• Ligamentos palmares – conectam as faces palmares dos ossos do


carpo com as faces palmares dos metacarpianos. O 3º dedo tem um
ligamento triplo; nos restantes dedos a distribuição é igual à dos
ligamentos dorsais.

• Ligamentos interósseos – duas curtas bandas fibrosas que unem as


margens distais do grande osso e do unciforme a porções adjacentes
do 3º e do 4º metacarpianos.
Perguntas da Especialidade

ARTICULAÇÕES INTERMETACARPIANAS
• Articulações planas, permitindo apenas ligeiros movimentos
de deslizamento, flexão-extensão e rotação.

• Superfícies articulares: bases do 2º ao 5º metacarpianos.

• Ligamentos dorsais, palmares e interósseos.


Perguntas da Especialidade

ARTICULAÇÕES METACARPOFALÂNGICAS

• Superfícies articulares: cabeças dos metacarpianos e bases das


falanges proximais.

• Permitem movimentos de flexão (>90°), extensão (10° a 30°),


abdução/adução (<25°), circundução e rotação limitada.

• Ligamentos colaterais – ligamentos espessos que flanqueiam as


articulações, percorrendo entre cada lado das cabeças dos
metacarpianos e os lados adjacentes da face anterior da base
de cada falange proximal.

• Ligamentos transversos profundos – três curtas e largas bandas


que conectam as placas volares (ver próximo slide) da 2ª à 5ª
articulações metacarpofalângicas.
Perguntas da Especialidade

ARTICULAÇÕES METACARPOFALÂNGICAS (CONT.)

• Ligamentos palmares (placas volares) – densos ligamentos de


fibrocartilagem localizados entre os ligamentos colaterais. Os
seus aspetos palmares fundem-se com os ligamentos
transversos profundos e têm um sulco para os tendões
flexores, cujas bainhas fibrosas se unem às paredes do sulco.
Perguntas da Especialidade

ARTICULAÇÕES INTERFALÂNGICAS
• Duas em cada dedo – proximal (PIP) e distal (DIP) – e uma só
articulação interfalângica no 1º dedo.

• Articulações em dobradiça uniaxiais. Fazem sobretudo flexão/extensão,


tendo maior amplitude nas PIP. Flexão é acompanhada de ligeira
rotação lateral, facilitando oposição com o polegar, e extensão é
acompanhada de ligeira rotação medial.

• Superfícies articulares: cabeças das falanges proximal e intermédia e


bases das falanges intermédia e distal.

• Ligamentos palmares (placas volares): ligamentos de fibrocartilagem


localizados entre os ligamentos colaterais, à semelhança dos presentes
nas articulações metacarpofalângicas.

• Ligamentos colaterais: flanqueiam cada articulação, percorrendo desde


cada lado da cabeça de cada falange até à superfície volar da base da
falange adjacente.
Perguntas da Especialidade

MIOLOGIA
Músculos intrínsecos da mão:

• Flexor curto do polegar


• Abdutor curto do polegar
• Oponente do polegar Eminência tenar
• Adutor do polegar
• Abdutor do dedo mínimo
• Flexor curto do dedo mínimo Eminência hipotenar
• Oponente do dedo mínimo
• Palmar curto – Músculo superficial
• Interósseos
Atuam nos dedos
• Lumbricais
Perguntas da Especialidade

MÚSCULOS DA EMINÊNCIA TENAR – FLEXOR CURTO DO


POLEGAR

Origem:
Porção superficial – bordo distal do retináculo
dos flexores e tubérculo do trapézio
Porção profunda – trapezóide, grande osso e
ligamentos palmares da fileira carpal distal.

Inserção: lado radial da base da falange


proximal do 1º dedo.

Ações: flexão da articulação metacarpofalângica


do 1º dedo.
Perguntas da Especialidade

MÚSCULOS DA EMINÊNCIA TENAR – ABDUTOR CURTO DO


POLEGAR

Fino músculo subcutâneo.

Origem: retináculo dos flexores, tubérculos do escafóide e


trapézio e tendão do abdutor longo do polegar.

Inserção: lado radial da base da falange proximal do 1º dedo


e expansão digital dorsal do polegar.

Ações: abdução do polegar


Perguntas da Especialidade

MÚSCULOS DA EMINÊNCIA TENAR – OPONENTE DO POLEGAR

Imediatamente profundo ao abdutor curto do polegar.

Origem: tubérculo do trapézio e retináculo dos flexores.

Inserção: ao longo de todo o bordo lateral e metade lateral


da superfície palmar do 1º metacarpiano.

Ações: flexão da 1ª articulação metacarpofalângica.


Perguntas da Especialidade

MÚSCULOS DA EMINÊNCIA TENAR – ADUTOR DO POLEGAR

O maior e mais poderoso dos músculos intrínsecos da mão.

Origem:
Cabeça oblíqua – grande osso, bases do 2º e do 3º
metacarpianos, ligamentos palmares do carpo e bainha do
tendão do músculo flexor radial do carpo.
Cabeça transversa (mais profunda) – 2/3 distais da
superfície palmar do 3º metacarpiano.

Inserção: lado cubital da base da falange proximal do 1º


dedo.

Ações: aproximação do polegar da palma da mão.


Perguntas da Especialidade

MÚSCULOS DA EMINÊNCIA HIPOTENAR – ABDUTOR DO DEDO


MÍNIMO

Origem: pisiforme, tendão do flexor cubital do carpo e


ligamento piso-unciforme.

Inserção: lado cubital da base da falange proximal do 5º dedo


e bordo cubital da expansão digital dorsal do extensor do
dedo mínimo.

Ações: abdução do 5º dedo, afastando-o do 4º dedo.


Perguntas da Especialidade

MÚSCULOS DA EMINÊNCIA HIPOTENAR – FLEXOR CURTO DO


DEDO MÍNIMO

Origem: superfície convexa do hâmulo do unciforme e


superfície palmar do retináculo dos flexores.

Inserção: lado cubital da base da falange proximal do 5º


dedo (juntamente com o abdutor do dedo mínimo).

Ações: flexão da 5ª articulação metacarpofalângica, bem


como alguma rotação lateral.
Perguntas da Especialidade

MÚSCULOS DA EMINÊNCIA HIPOTENAR – OPONENTE DO


DEDO MÍNIMO

Profundo ao flexor e ao abdutor do dedo mínimo.

Origem: superfície convexa do hâmulo do unciforme e


retináculo dos flexores.

Inserção: ao longo de todo o comprimento da margem cubital


do 5º metacarpiano e superfície palmar adjacente.

Ações: flexão da articulação carpo-metacarpiana do 5º dedo.


Perguntas da Especialidade

MÚSCULO PALMAR CURTO

Fino músculo quadrilateral de localização subcutânea no lado


cubital da palma da mão.

Origem: retináculo dos flexores e bordo medial da parte central


da aponevrose palmar.

Inserção: derme no lado cubital da mão.

Ações: traciona a pele no lado cubital da mão e aprofunda o


escavado palmar, acentuando a eminência hipotenar.
Perguntas da Especialidade

MÚSCULOS INTERÓSSEOS

Múltiplos músculos que ocupam os espaços entre os


metacarpianos.

Dividem-se em:
• Interósseos palmares
• Interósseos dorsais
Perguntas da Especialidade

MÚSCULOS INTERÓSSEOS PALMARES


De menores dimensões do que os interósseos dorsais.

O 3º dedo não tem interósseo palmar. Os interósseos dos restantes dígitos encontram-se
nas superfícies palmares dos metacarpianos, no lado que se encontra mais próximo do
3º dedo. O 1º dedo tem um interósseo rudimentar, por vezes ausente.

O 2º interósseo palmar tem origem no lado cubital do 2º metacarpiano e inserção na


expansão digital dorsal do mesmo lado.

O 3º interósseo palmar tem origem no lado radial do 4º metacarpiano e tem inserção


conjunta com o 3º lumbrical.

O 4º interósseo palmar tem origem no lado radial do 5º metacarpiano e tem inserção


conjunta com o 4º lumbrical e na base da falange proximal do dedo mínimo.

Ações: adução dos dedos em direção ao eixo longitudinal do 3º dedo. Contribuem para a
flexão das articulações metacarpofalângicas e extensão das interfalângicas.
Perguntas da Especialidade

MÚSCULOS INTERÓSSEOS DORSAIS

Quatro músculos bipenados.

Origens: cada um tem origem nos lados adjacentes de dois


metacarpianos, sendo a origem mais extensa no dedo no qual se vai
inserir.

Inserção: nas bases das falanges proximais e nas expansões digitais


dorsais.

Ações: abdução dos dedos em relação ao eixo longitudinal do 3º dedo.


Perguntas da Especialidade

MÚSCULOS LUMBRICAIS
Quatro pequenos músculos de fixações variáveis, podendo ser unipenados ou
bipenados.

Origem: todos os lumbricais têm origem ao nível dos tendões do músculo flexor
profundo dos dedos.

O 1º e o 2º lumbricais têm origem nos lados radiais e superfícies palmares dos


tendões para o 2º e 3º dedos, respetivamente.
O 3º lumbrical tem origem nos lados adjacentes dos tendões para o 3º e o 4º
dedos.
O 4º lumbrical tem origem nos lados adjacentes dos tendões para o 4º e o 5º
dedos.

Inserção: margem radial da expansão digital dorsal de cada dedo correspondente

Ações: extensão das PIP e DIP. Puxam os tendões do flexor profundo dos dedos
distalmente, permitindo refinar o movimento de pinça. Têm provável papel
importante na proprioceção.
Perguntas da Especialidade

VASCULARIZAÇÃO - ARTÉRIAS

• Artéria radial e seus ramos.

• Artéria cubital e seus ramos.

• Anastomoses entre as artérias radial e cubital:


- Arcos palmar e dorsal do carpo (no punho).
- Arcos palmares superficial e profundo (na mão).
Perguntas da Especialidade

ARTÉRIA RADIAL
Na mão, a artéria radial passa para a superfície dorsal do
carpo.

Termina em anastomose com o ramo palmar profundo da


artéria cubital, formando o arco palmar profundo.

Ramos:
• Ramo palmar do carpo – emerge no bordo distal do
pronador quadrado; anastomosa com o ramo palmar do
carpo da artéria cubital, formando o arco palmar do carpo,
responsável por irrigar as articulações e ossos do carpo.

• Ramo palmar superficial – emerge onde a artéria radial


entra no punho; anastomosa com a artéria cubital,
formando o arco palmar superficial.
Perguntas da Especialidade

ARTÉRIA RADIAL (CONT.)


Ramos:
• Ramo dorsal do carpo – cruza medialmente sobre a
superfície dorsal do carpo; anastomosa com o ramo
dorsal do carpo da artéria cubital, formando o arco
dorsal do carpo, que irriga as epífises distais do rádio
e do cúbito, e do qual emergem três artérias
metacarpianas dorsais (2ª à 4ª).

• 1ª artéria metacarpiana dorsal – emerge da artéria


radial quando esta passa entre as cabeças do 1º
interósseo dorsal; divide-se em dois ramos que
irrigam os lados adjacentes do 1º e do 2º dedo.

• 2-4ª artérias metacarpianas dorsais – emergem do


arco dorsal do carpo; irrigam a pele no dorso da mão
e dedos até ao nível das PIP.
Perguntas da Especialidade

ARTÉRIA RADIAL (CONT. 2)


Ramos:
• Artéria principal do polegar – emerge da artéria radial onde
esta entra na região palmar da mão. Percorre ao longo do
lado palmar do 1º metacarpiano, irrigando-o. Na base da
falange proximal, divide-se em dois ramos que percorrem
cada um dos lados do polegar; ao nível da falange distal os
dois ramos anastomosam, formando um arco que irriga a
pele e tecido subcutâneo da polpa do dedo.

• Artéria radial do indicador – pode ser um ramo proximal da


artéria principal do polegar (mais frequentemente) ou
emergir do arco palmar superficial ou da 1ª artéria
metacarpiana dorsal. Percorre ao longo do lado lateral do 2º
dedo até à extremidade.
Perguntas da Especialidade

ARTÉRIA RADIAL (CONT. 3)


Ramos:
• Arco palmar profundo – formado pela anastomose entre a
artéria radial e o ramo palmar profundo da cubital; cruza
sobre as bases dos metacarpianos, profundamente à cabeça
oblíqua do adutor do polegar.

• Artérias metacarpianas palmares – são três, emergindo da


convexidade do arco palmar profundo, percorrendo sobre os
interósseos no 2º ao 4º espaços interdigitais. Anastomosam
com os ramo digitais comuns (origem no arco palmar
superficial). Irrigam os 4 metacarpianos mediais.
• Ramos perfurantes – três ramos perfurantes emergem do
arco palmar profundo, atravessando o 2º ao 4º espaços
interósseos (através dos interósseos dorsais) e anastomosam
com as artérias metacarpianas dorsais.
• Ramos recorrentes – ascendem proximalmente do arco
palmar profundo; irrigam os ossos do carpo e articulações
intercarpianas. Anastomosam com o arco palmar do carpo.
Perguntas da Especialidade

ARTÉRIA CUBITAL

Ao nível do punho é profunda ao músculo palmar curto.

Termina em anastomose com o ramo palmar superficial da


radial, formando o arco palmar superficial.

Ramos:

• Ramo cutâneo dorsal – ramo perfurante, emerge


proximalmente ao pisiforme, entre os tendões do flexor
cubital do carpo e do extensor cubital do carpo.

• Ramo palmar do carpo – cruza o cúbito distal,


anastomosando com o ramo palmar do carpo da radial,
formando o arco palmar do carpo.
Perguntas da Especialidade

ARTÉRIA CUBITAL (CONT.)

Ramos:
• Ramo dorsal do carpo – emerge proximalmente ao
pisiforme; passa para a superfície dorsal do carpo,
anastomosando com o ramo dorsal do carpo da radial,
formando o arco dorsal do carpo. Próximo da sua origem
emite um pequeno ramo digital que percorre o lado medial
do 5º metacarpiano, que irriga o lado cubital da superfície
dorsal do 5º dedo.

• Ramo palmar profundo – emerge distalmente ao pisiforme;


anastomosa com a artéria radial, formando o arco palmar
profundo.
Perguntas da Especialidade

ARCO PALMAR SUPERFICIAL


Artéria cubital contribui com a maior parte do fluxo sanguíneo.

Pode ser formado apenas pela artéria cubital (1/3), por


anastomose com o ramo palmar superficial da radial (1/3) ou
por anastomose com a artéria radial do indicador (1/3).

Ramos:
• Artérias digitais palmares comuns – três artérias comuns
emergem da convexidade do arco palmar superficial.
Dirigem-se distalmente sobre o 2º ao 4º lumbricais,
recebendo contribuições das artérias metacarpianas
palmares (do arco palmar profundo). Cada uma divide-se em
duas artérias digitais palmares próprias, que percorrem
distalmente ao longo de lados adjacentes dos quatro dedos
mediais; estas anastomosam entre si no tecido subcutâneo
das polpas dos dedos, e ao nível das PIP e DIP.
Perguntas da Especialidade

DRENAGEM VENOSA
• Veias superficiais da mão:
Veias digitais palmares e dorsais – as veias digitais palmares drenam nas dorsais através de
veias oblíquas ao nível das articulações metacarpofalângicas. As veias digitais dorsais
flanqueiam cada dedo unindo-se, depois, em três veias metacarpianas dorsais que formam
uma rede venosa dorsal sobre o metacarpo; lateralmente, esta rede é reforçada por veias
dorsais do polegar, drenando na veia cefálica; medialmente, é reforçada por uma veia dorsal
do 5º dedo, drenando na veia basílica.
Veia cefálica – forma-se na extremidade radial da rede venosa dorsal, dirigindo-se
proximalmente sobre a superfície distal e lateral do rádio.

• Veias profundas da mão:


Arcos venosos palmares superficial e profundo – acompanham os arcos arteriais
correspondentes; como tributárias, as veias digitais palmares comuns e as veias
metacarpianas palmares drenam nos arcos superficial e profundo, respetivamente.
Veias metacarpianas palmares e dorsais – acompanham as artérias metacarpianas
correspondentes.
Perguntas da Especialidade

INERVAÇÃO

• Nervo mediano

• Nervo cubital

• Nervo radial
Perguntas da Especialidade

NERVO MEDIANO
Entra na mão através do túnel do carpo. Na mão, divide-se em 5-6 ramos.

Ramos:
Ramo muscular – curto e espesso, emerge do lado lateral do nervo
mediano, tendo um percurso lateral, penetrando a eminência tenar.
Inerva: flexor curto do polegar, abdutor curto do polegar, oponente do
polegar e 1º interósseo dorsal.

Ramos cutâneos – ramos digitais palmares comuns e próprios que


inervam a pele da metade radial da palma da mão, da superfície palmar
dos “3,5” dedos radiais (polegar, indicador, médio e metade radial do 4º
dedo) e da superfície dorsal sobre as falanges distais do 1º, 2º, 3º e a
metade radial do 4º.
Perguntas da Especialidade

NERVO CUBITAL
Entra na mão sob a porção mais superficial do retináculo dos flexores,
juntamente com a artéria cubital. Divide-se em dois ramos terminais
(superficial e profundo).

Ramos:
Ramo dorsal – emerge 5cm proximalmente ao punho, percorrendo distal e
dorsalmente, profundo ao flexor cubital do carpo ao longo do lado medial e
posterior do punho e mão; divide-se em 2-3 ramos digitais dorsais que
fazem inervação cutânea sensitiva da metade cubital do dorso da mão, do
dorso do 5º dedo, do dorso do 4º dedo e da metade cubital do dorso
proximal do 3º dedo.
Perguntas da Especialidade

NERVO CUBITAL (CONT.)


Ramos:
Ramo terminal superficial – faz inervação motora do palmar curto e
inervação cutânea sensitiva da metade cubital da palma da mão, da
superfície palmar do 5º dedo e da metade cubital da superfície palmar
do 4º dedo.
Ramo terminal profundo – faz inervação motora dos músculos da
eminência hipotenar, dos interósseos palmares, do 3º e 4º lumbricais,
do adutor do polegar, do 1º interósseo dorsal e do flexor curto do
polegar.
Perguntas da Especialidade

NERVO RADIAL

O ramo superficial do nervo radial emerge ao nível da entrada no antebraço,


dividindo-se em 4-5 ramos dorsais digitais que fazem inervação cutânea sensitiva da
metade radial do dorso da mão, do 1º dedo (falange proximal), do 2º dedo (até à DIP)
e do da metade radial do º dedo (falange proximal).
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