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Resumo Tecidos

Os tecidos são uma parte importante da vida cotidiana das pessoas, e têm sido
utilizados ao longo da história para uma variedade de propósitos, desde a
fabricação de roupas até a criação de objetos de decoração. Nesta Unidade,
abordaremos a história dos tecidos, desde as primeiras fibras utilizadas até a
tecnologia moderna de produção de tecidos. Exploraremos as diferentes
culturas que contribuíram para o desenvolvimento de tecidos, bem como as
inovações técnicas que permitiram a criação de tecidos mais complexos e
sofisticados e falaremos também sobre os tipos de fibras utilizadas na
produção têxtil, suas características e propriedades, bem como, seus
processos de transformação.

Pezzolo (2010) afirma que os primeiros tecidos foram criados a partir de fibras
naturais, como algodão, linho e seda. A autora coloca ainda que o algodão é
uma das fibras mais antigas utilizadas na produção de tecidos, com evidências
de seu uso datando de cerca de 5.000 anos atrás no subcontinente indiano.
Outra fibra conhecida e utilizada pelo homem desde os tempos remotos para
diversas aplicações, o linho também foi amplamente utilizado na produção têxtil
no Egito antigo, onde era considerado um tecido luxuoso e era frequentemente
usado para envolver múmias. A seda, outra fibra natural conhecida desde os
tempos antigos e bastante valorizada em todo o mundo, começou a ser
produzida na China antiga e foi uma das principais mercadorias da Rota da
Seda, uma das principais rotas comerciais estabelecidas entre o ocidente o
oriente.

Durante a Idade Média, a produção de tecidos se expandiu na Europa e as


guildas de tecelões surgiram em várias cidades. Os tecidos eram
frequentemente decorados com padrões complexos, como os encontrados nas
tapeçarias medievais. Durante a Renascença, a produção de tecidos tornou-se
ainda mais sofisticada, com o desenvolvimento de novas técnicas de
tecelagem e a utilização de corantes mais complexos (PEZZOLO, 2010, p. 19).

No século XVIII, a Revolução Industrial transformou a produção de tecidos,


permitindo que fossem produzidos em massa e a preços mais baixos. As
fábricas de tecidos surgiram em toda a Europa e América do Norte,
impulsionando a economia global. A produção de tecidos também se expandiu
para outras partes do mundo, como a Índia, onde o algodão era cultivado em
grande escala e o chintz indiano era altamente valorizado na Europa
(PEZZOLO, 2010, p. 21).

No século XX, a produção de tecidos tornou-se ainda mais sofisticada, com o


uso de tecnologias como a fibra sintética e o poliéster. Esses materiais são
frequentemente utilizados na produção de tecidos modernos, como tecidos
esportivos e roupas resistentes a manchas. As inovações técnicas também
permitiram a produção de tecidos inteligentes, como tecidos que mudam de cor
em resposta à temperatura ou à pressão.
Dentre as culturas que contribuíram para o Desenvolvimento de Tecidos
Pezzolo (2010) destaca que diferentes culturas contribuíram para o
desenvolvimento dos tecidos ao longo da história. Como mencionado
anteriormente, a Índia foi um importante centro de produção de algodão, com
evidências de seu uso datando de cerca de 5.000 anos atrás. O algodão
indiano era valorizado por sua maciez e leveza, e as técnicas de tecelagem
desenvolvidas na Índia eram altamente sofisticadas.

O Egito antigo também contribuiu para o desenvolvimento dos tecidos, com a


produção de linho sendo uma das principais indústrias do país. O linho era
valorizado por sua durabilidade e era frequentemente usado para envolver
múmias. As técnicas de tecelagem desenvolvidas no Egito eram altamente
avançadas e foram transmitidas para outras culturas.

Na China antiga, a seda era valorizada por sua maciez e brilho, e a produção
de seda era mantida em segredo pelo governo chinês. As técnicas de produção
de seda foram eventualmente transmitidas para outras culturas através da Rota
da Seda, que conectava a China à Europa.

Na América Latina, os tecidos eram produzidos a partir de fibras de algodão e


lã de alpaca e lhama. Os povos indígenas da região desenvolveram técnicas
sofisticadas de tecelagem, que incluíam o uso de corantes naturais e a
produção de padrões complexos.

Assim, podemos afirmar que, história dos tecidos é rica e complexa, e envolve
a contribuição de diferentes culturas ao longo do tempo. Desde as fibras
naturais usadas pelos povos antigos até os tecidos modernos produzidos com
tecnologia avançada, os tecidos são uma parte fundamental da vida cotidiana
das pessoas em todo o mundo. Como destaca Pezzolo (2010), a produção de
tecidos envolve não apenas técnicas de tecelagem avançadas, mas também a
criatividade e a inovação dos artistas e designers que utilizam esses materiais
para criar roupas, objetos de decoração e obras de arte (PEZZOLO, 2010, p.
27). A história dos tecidos continua a evoluir, e é fascinante pensar em como
essa evolução continuará a moldar o mundo ao nosso redor.

Fibras Têxteis

As fibras têxteis são elementos fundamentais na produção de tecidos e


possuem uma grande variedade de características que influenciam sua
qualidade, desempenho e uso. Na indústria têxtil, as fibras são classificadas
em dois tipos principais: fibras naturais e fibras sintéticas.

As fibras naturais são obtidas a partir de fontes naturais, como plantas


(algodão, linho, juta, sisal, entre outras), animais (lã, seda etc.) e minerais.
Estas fibras possuem uma estrutura molecular complexa e variada, com
propriedades únicas que as tornam adequadas para diferentes usos.

Já as fibras sintéticas são produzidas a partir de materiais químicos derivados


do petróleo, como o poliéster, nylon, acrílico e elastano ou da transformação de
polímeros naturais como, fibras de base celulósica, fibras de alginato, fibras de
cauchu, fibras proteicas vegetais e fibras proteicas animais. Essas fibras
possuem uma estrutura molecular uniforme e são produzidas em larga escala
pela indústria química.

As propriedades das fibras têxteis, tanto naturais quanto sintéticas, são


influenciadas por sua composição química, estrutura molecular, grau de
cristalinidade, entre outros fatores. Essas propriedades determinam a
capacidade da fibra para resistir à tração, alongamento, abrasão e ao
desgaste, além de sua capacidade de absorção de umidade, isolamento
térmico, cor e conforto.

Além disso, as fibras têxteis podem ser classificadas de acordo com sua
espessura, comprimento e rigidez, o que influencia diretamente na qualidade e
desempenho dos tecidos produzidos. As fibras mais grossas e resistentes,
como o linho e o algodão, são usadas na produção de tecidos mais duráveis e
resistentes, enquanto as fibras mais finas e suaves, como a seda, são usadas
na produção de tecidos mais delicados e confortáveis.

Em resumo, as fibras têxteis são um dos principais elementos na produção de


tecidos e desempenham um papel crucial na qualidade, desempenho e uso dos
tecidos produzidos. A compreensão de suas propriedades é essencial para a
seleção adequada dos materiais a serem utilizados na indústria têxtil, visando a
obtenção de produtos de alta qualidade e desempenho.

Classificação das fibras têxteis

A classificação das fibras têxteis é uma ferramenta importante para a seleção


adequada dos materiais a serem utilizados na produção de tecidos, levando em
consideração as características físicas, químicas e mecânicas das fibras. A
escolha adequada das fibras é essencial para a obtenção de produtos de alta
qualidade e desempenho na indústria têxtil.

Podemos dizer que, de uma maneira geral, as fibras se dividem em dois


grandes grupos: Fibras Naturais e Fibras Sintéticas. Esta é a classificação mais
ampla de fibras têxteis e divide as fibras em dois grupos principais, de acordo
com sua origem. As fibras naturais são obtidas a partir de fontes vegetais,
animais ou minerais, enquanto as fibras sintéticas são produzidas por meio de
processos químicos.

As fibras de origem animal incluem a seda, a lã e os pelos de quaisquer outros


animais, enquanto as fibras de origem vegetal incluem o algodão, o linho, a
juta, o cânhamo, o sisal e as fibras extraídas de outras plantas. Já as fibras de
origem mineral incluem as fibras de vidro e de amianto.

As fibras sintéticas são produzidas a partir de processos químicos que


transformam produtos químicos básicos ou polímeros naturais em filamentos.
Diferentemente das fibras naturais, que são obtidas diretamente de fontes
vegetais ou animais, as fibras sintéticas são produzidas em laboratório,
permitindo um controle mais preciso das características das fibras.

As fibras sintéticas possuem uma série de vantagens em relação às fibras


naturais, como maior resistência à tração, à abrasão e ao desbotamento, além
de menor absorção de umidade. Essas características tornam as fibras
sintéticas ideais para a produção de tecidos que requerem alta resistência,
durabilidade e praticidade, como roupas de esporte, uniformes profissionais,
tecidos para móveis e revestimentos para carros.

Entre as principais fibras sintéticas utilizadas na indústria têxtil, destacam-se o


poliéster, o nylon, o acrílico, o elastano e a viscose. O poliéster, por exemplo, é
uma fibra sintética muito versátil, que pode ser produzida em diferentes
texturas e aparências, desde tecidos finos e leves até tecidos mais grossos e
resistentes. Já o nylon é uma fibra sintética com alta resistência à tração, à
abrasão e ao desgaste, sendo frequentemente utilizada na produção de tecidos
para equipamentos de proteção e roupas de esporte.

Outro exemplo de fibra sintética, porém de base natural, a viscose é uma fibra
artificial obtida a partir da celulose, que é extraída de materiais como a
madeira, o algodão ou o bambu. Essa fibra química é produzida a partir de um
processo que envolve a dissolução da celulose em solução alcalina e posterior
regeneração da fibra por meio de um processo de fiação.

A viscose é um material muito utilizado na indústria têxtil devido às suas


propriedades, como a capacidade de imitar a aparência e o toque de fibras
naturais, como o algodão, a seda e o linho. Além disso, a viscose é um material
muito versátil, podendo ser utilizada em diversas aplicações, como roupas,
tecidos para decoração, lençóis, toalhas, entre outros.

Apesar das vantagens das fibras sintéticas, é importante destacar que elas
também apresentam algumas desvantagens, como menor capacidade de
absorção de umidade e maior tendência ao acúmulo de eletricidade estática.
Além disso, a produção de fibras sintéticas envolve processos químicos
complexos que podem gerar impactos ambientais negativos.

Por isso, é importante que a indústria têxtil busque soluções para minimizar os
impactos ambientais da produção de fibras sintéticas, como o uso de
processos mais sustentáveis e a adoção de técnicas de reciclagem de
materiais. Dessa forma, será possível aliar as vantagens das fibras sintéticas
às preocupações ambientais cada vez mais urgentes.
Podemos classificar e separar ainda as fibras de acordo com a sua forma, que
pode ser cilíndrica, triangular ou irregular, por exemplo. Esta classificação é
importante para determinar as características das fibras, como sua resistência
e flexibilidade.

As fibras têxteis apresentam uma série de características que influenciam em


sua utilização na indústria têxtil. Algumas dessas características são:

1. Comprimento: o comprimento das fibras varia de acordo com o tipo de


fibra, podendo ser curto, médio ou longo. Fibras longas tendem a ser
mais resistentes e a formar tecidos mais firmes, enquanto fibras curtas
tendem a ser mais macias e flexíveis.
2. Diâmetro: o diâmetro das fibras também varia de acordo com o tipo de
fibra, podendo ser fino, médio ou grosso. Fibras finas tendem a ser mais
suaves e confortáveis ao toque, enquanto fibras grossas tendem a ser
mais resistentes e duráveis. As fibras finas, como a seda, são utilizadas
na produção de tecidos delicados e leves, enquanto as fibras grossas,
como o algodão, são utilizadas na produção de tecidos resistentes e
duráveis.
3. Elasticidade: algumas fibras apresentam mais elasticidade que outras, o
que influencia na capacidade do tecido de se adaptar aos movimentos
do corpo. As fibras mais rígidas, como a juta, são utilizadas na produção
de tecidos mais rústicos e pesados, enquanto as fibras mais flexíveis,
como o nylon, são utilizadas na produção de tecidos mais leves e
elásticos.
4. Resistência: a resistência das fibras varia de acordo com o tipo de fibra
e com o modo como elas são processadas. Fibras resistentes tendem a
ser mais duráveis e a formar tecidos mais resistentes.
5. Absorção: a capacidade das fibras de absorver líquidos varia de acordo
com o tipo de fibra. Algumas fibras são mais absorventes que outras, o
que influencia na utilização do tecido em roupas de banho, por exemplo.
6. Isolamento térmico: algumas fibras possuem melhor capacidade de reter
o calor, o que as torna mais adequadas para a confecção de roupas de
inverno.
7. Tingibilidade: a capacidade das fibras de absorver corantes varia de
acordo com o tipo de fibra e com o modo como ela é processada.
Algumas fibras são mais fáceis de tingir do que outras.Parte superior do
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