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3º FORUM DE TECNOLOGIA

Tema: Conceito, tipos, técnicas e características têxteis.

1. Conceito de Têxteis

Para (FIONA MCDONALD, 1997) considera que os têxteis são produtos que desempenham
um papel fundamental em nossa vida quotidiana. Eles são fabricados a partir de fibras
naturais, como algodão, lã, seda e linho, ou fibras sintéticas, como poliéster e nylon. Essas
fibras são transformadas em fios ou filamentos e, em seguida, tecidas, tricotadas ou crochê
para criar tecidos.

A tecelagem é o processo de entrelaçar os fios de urdume (fios longitudinais) com os fios de


trama (fios transversais) em um tear. Isso cria um tecido plano e resistente, como os
encontrados em camisas, calças e lençóis. O tricô é feito com duas agulhas ou uma máquina
de tricô especializada. Os pontos são formados ao interlaçar os fios entre si. O tricô resulta em
um tecido elástico e flexível, usado em roupas como suéteres, cachecóis e meias.

O crochê é semelhante ao tricô, mas utiliza uma única agulha com um gancho na ponta. Os
pontos são formados ao puxar o fio através de laços existentes. O crochê é frequentemente
usado para criar peças decorativas, como tapetes, cortinas e peças de vestuário únicas.

Os têxteis têm uma ampla gama de aplicações em diferentes sectores. Na moda, eles são
usados para criar roupas, acessórios e calçados. Na decoração de interiores, eles são usados
para fazer cortinas, estofados e tapetes. Na indústria automotiva, são usados para estofamento
de assentos e revestimentos internos. Além disso, os têxteis podem ser tratados com diferentes
acabamentos para melhorar suas propriedades, como resistência à água, resistência ao fogo e
repelência a manchas.

Para CAETANO (2010) refere que:

O termo têxtil engloba uma vasta gama de materiais susceptíveis de serem transformados
em fios e estes posteriormente transformados em tecidos. Esses materiais são, essencialmente,
todos os tipos de fibras, sejam de origem natural (fibras de origem vegetal, animal ou
mineral), sejam de origem química (fibras artificiais e fibras sintéticas).
Os fios e os tecidos obtidos são utilizados no fabrico de diversos artigos industriais, nas
indústrias da borracha, automóvel, construção civil, vestuário e calçado, entre outras.

As propriedades dos tecidos são determinadas por vários factores, tais como:

 Tipo de fibra (s) (naturais e químicas (artificiais ou sintéticas);


 Dimensões e formato das fibras;
 Tipo de fio;
 Titulo do fio (finura);
 Método de construção do tecido;

Segundo CAETANO (2010) defende que as fibras têxteis são geralmente classificadas nos
dois grandes grupos já referidos: fibras naturais e fibras químicas (fibras artificiais e fibras
sintéticas).

As fibras naturais podem ser de:

a) Origem vegetal, por exemplo, algodão, cânhamo, côco, juta, linho, ramio, sisal, etc.;
b) Origem animal: por exemplo, lã, caxemira, angorá, pelos diversos (coelho, camelo,
lontra, castor) e a seda;
c) Origem mineral: por exemplo, o amianto.
1.1.Fios

O fio pode definir-se com um conjunto de fibras, agrupadas ou torcidas, de comprimento


relativamente longo, que pode ser utilizado no fabrico de tecidos e na confecção de vários
produtos (linhas de coser, por exemplo).

Os fios, como unidades estruturais básicas, podem ser ainda reunidos em grupos constituídos
por dois ou mais fios, torcidos de determinada maneira.

1.2. Os principais sistemas

Os tecidos são caracterizados por uma grande variedade de aspectos, que a seguir se indicam.
Saliente-se que determinadas características podem ser determinantes para determinado tipo
de aplicação.
 Tipo de tecido (contextura): (tafetá, basket, sarja, cetim, rede, etc.) O tecido tipo tafetá é o
mais utilizado em tecidos técnicos; a sua construção simples mantém, ao mais alto nível, as
características dos fios componentes. Dentro deste estilo, a chamada construção quadrada” é
muito utilizada, pois possui a resistência à rotura no sentido da teia sensivelmente igual à
resistência à rotura no sentido da trama;

2. Tipos de Têxteis

Linho

O linho é uma fibra de caule, em sua maior parte formada por celulose. Em seu estado natural
apresenta cerca de 70% de celulose, com água, gordura, cera, cinzas e matéria intercelular
compondo o restante (CASTRO, 1981, p.5).

Algodão

Para CASTRO (1981) refere que o algodão é uma fibra de semente vegetal. Quando seca, a
fibra de algodão é quase inteiramente composta por celulose (de 88 a 96%). Além de celulose,
ela contém pequenas porções de proteínas, pectina, cera, cinzas, ácidos orgânicos e pigmentos
(p.4).

O tecido feito de lã serve como isolante térmico, não esquenta tanto sob o sol (mantém a
temperatura do corpo em média 5 a 8 graus mais baixa em comparação com tecidos sintéticos
expostos ao sol), "respira" no corpo, é naturalmente elástico, portanto mais confortável e não
amassa (p.6).

Seda

De acordo com CASTRO (1981) a fibra de seda natural é um filamento contínuo de proteína.
De vez que a fibra de seda natural é composta de duas partes a fibroína e a sericina ambas
podem ser analisadas em separado. A fibroína representa de 75 a 90% da fibra e a sericina de
10 a 25%. Existem, ainda, pequenos vestígios de cera, gordura e sais. A fibroína e a sericina
são compostos similares e classificados como proteínas (p.7).
Viscose

Viscose é um tipo de tecido cuja a fibra é obtida através da regeneração da celulose, a partir de pasta
de madeira e/ou do linterde algodão. Comercialmente é conhecida como rayonna apresentação de
filamento contínuo e fibraneou floco na apresentação da fibra cortada. Possui maior absorção de
umidade em relação ao algodão. A viscose é utilizada em malhas, vestidos, casacos, blusas e trajes
desportivos. Também conhecido como Seda Javanesa (em mistura com o acetato) (CASTRO, p.8-9).

Poliéster

Segundo CASTRO (1981) refere que a produção de fibras de poliéster é similar, em muitos
aspectos, ao complicado processo utilizado para a obtenção da fibra de poliamida. Os
componentes químicos, no entanto, são muito diferentes. Os produtos químicos básicos a
partir dos quais se obtém a fibra de poliéster são oriundos do carvão, do ar, da água e do
petróleo (p.10).

Náilon

As fibras de Náilon são fibras sintéticas obtidas a partir de produtos químicos básicos encontrados no
carvão, no óleo, nas espigas de milho, na aveia, nas cascas de arroz, no farelo, no gás e no petróleo. O
náilon 6.6 é obtido através da polimerização do hexametileno diamina e do ácido adípico. O náilon 6 é
obtido através da polimerização do caprolactama. A formação do náilon trilobal é obtida pela forma
triangular dos furos do SPINNERET (Fieira) da Fiação, ou seja, a seção transversal do SPINNERET
determina a seção transversal da fibra (CASTRO, 1981, p.10).

2. Técnicas Têxteis
3.1.Tecelagem

Segundo GOMES, SANTOS, et, al. (2005) refere que na fileira têxtil, a fase seguinte é a
produção de estruturas planas, tendo como matéria-prima o fio. Uma das possibilidades é a
produção de um tecido, por um processo que se designa tecelagem. Tecelagem será entendida
no sentido restrito do cruzamento ortogonal de dois sistemas de fios paralelos: a teia, no
sentido do comprimento e a trama, no sentido da largura (p.15)

3.2.Tricotagem
Segundo NEVES (1982) defende que “são estruturas têxteis essencialmente produzidas por
um só sistema de fios que formam laçadas, ficando essas laçadas entrelaçadas umas nas outras
ou que cruzam os diferentes fios entre si” (p.18).

3.3.Tingimento

Segundo NEVES (1982, p.22) defende que a introdução da cor no material têxtil é feita por meio de
corantes. De acordo com a fibra que vai ser tingida e da qualidade pretendida, será escolhido o corante
e outros produtos complementares. Também o processo depende desses factores e poderá ser contínuo
ou descontínuo. Entre os diversos tipos de corante, podem ser referidos os corantes ácidos, os corantes
reactivos, os corantes básicos, os corantes directos, os corantes de cuba, os corantes dispersos e os
pigmentos.

3.4.Estamparia

De acordo com NEVES (1982, p.22) defende que a Estamparia é, por analogia com o
tingimento, um tingimento localizado numa área bem determinada do material têxtil. Mas do
ponto de vista tecnológico é uma fase bastante diferente. a estamparia pode ser feita ao rolo
ou ao quadro. Para se estampar um desenho é preciso preparar a pasta de estampar, que
contém o corante, que depois é passada para o material têxtil através de um desenho que foi
aberto no quadro ou no rolo, após o que se procede à secagem, fixação e tratamentos
posteriores, se necessário.

4. Características Têxteis

As características têxteis variam de acordo com o tipo de tecido, mas algumas das principais
são:

a) Composição: refere-se aos materiais que foram utilizados para produzir o tecido,
como algodão, poliéster, seda, entre outros.
b) Gramatura: é a densidade do tecido, ou seja, a quantidade de fios por metro
quadrado.
c) Resistência: é a capacidade do tecido de resistir à tracção e ao desgaste.
d) Elasticidade: é a capacidade do tecido de esticar e voltar à sua forma original.
e) Absorção: é a capacidade do tecido de absorver líquidos.
f) Transpirabilidade: é a capacidade do tecido de permitir a passagem do ar e da
humidade.
g) Durabilidade: é a capacidade do tecido de manter suas características por um longo
período de tempo.

As propriedades geométricas, físicas (inclusive mecânicas) e químicas das


fibras têxteis são factores muito importantes para o seu processamento em
qualquer espécie de artigo têxtil. Por exemplo, em termos de comprimento de
fibra, a fibra têxtil deve ser um filamento longo, que apresente uma forma
adequada de corte seccional. Os comprimentos aproximados de algumas
fibras naturais são de 25 a 35 mm para o algodão, de 30 a 300 mm para a lã e
de 300 a 600 mm para o linho. A resistência dos fios de fibra aumenta, em
geral, na proporção do comprimento da fibra usada dentro de uma amplitude
limitada. No entanto, sob o ponto de vista de fabricação, existe um
comprimento adequado de fibra para processar o material pelo emprego das
muitas espécies hoje existentes de sistemas para o fabrico de fios e tecidos. As
fibras químicas podem variar de comprimento, de finura ou de forma em seu
corte seccional (perfil) para atender a requisitos como, por exemplo, os
mostrados na figura 43. As fibras finas emprestam melhor aparência e
conferem melhor manuseio quando transformadas em produtos têxteis. O
perfil das fibras revela a estrutura da sua superfície. As fibras de perfil
circular apresentam menor fricção inter-fibrosa e propriedades colantes nos
não-tecidos (ARAUJO,1987, p.13-14).

AUTO REFLEXAO

Depois da conclusão do presente fórum de debate, conclui que os têxteis são produtos versáteis e
essenciais em nossa vida diária, oferecendo conforto, estilo e funcionalidade em uma
variedade de aplicações. Têxteis são produtos fabricados a partir de fibras têxteis, como fios e
tecidos. Existem diferentes tipos de têxteis, incluindo tecidos planos, malhas, não-tecidos e
tecidos técnicos. A produção têxtil envolve técnicas como fiação, tecelagem, tricô, tingimento
e acabamento. As características têxteis variam de acordo com o tipo de tecido. Alguns
exemplos incluem composição (tipo de fibra), gramatura (densidade do tecido), resistência,
elasticidade, absorção, transpirabilidade e durabilidade.
3º FORUM DE ESTATISTICA

Tema: Conceitos básicos de probabilidade incluindo os teoremas e a teoria de


amostragem em diversas distribuições.

Para SILVA e FERNANDES (2015) refere que a probabilidade é uma área da matemática que
estuda a chance de ocorrência de eventos. Alguns conceitos básicos de probabilidade incluem:

a) Espaço Amostral: É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento


aleatório.
b) Evento: É um subconjunto do espaço amostral, que representa um resultado ou uma
combinação de resultados.
c) Probabilidade: É uma medida numérica que quantifica a chance de ocorrência de um
evento. É representada por um número entre 0 e 1, onde 0 indica impossibilidade e 1
indica certeza.

Experimento aleatório

De acordo com PAULO ROBERTO DA COSTA (2010, p.86) defende que“ Experimento
aleatório aquele experimento que, quando repetido em iguais condições, pode fornecer
resultados diferentes, ou seja, sπo resultados explicados ao acaso, isto é, não podem ser
previamente determinados, dependem exclusivamente do acaso. Se o fenómeno seguir um
modelo não determinístico, temos um experimento aleatório que possui as seguintes
características:

 O experimento pode ser repetido;


 Embora não seja possível afirmar que resultado em particular ocorrera, é possível
descrever o conjunto de todos os resultados possíveis do experimento;
 À medida que aumenta o número de repetições aparece uma certa regularidade que torna
possível a construção de um modelo matemático.
Exemplo: Lançamento de dois dados, lançamento de uma moeda, sorteio de um cupom
dentre cem mil cupons, etc.

Observação
Na teoria das probabilidades, estudamos os experimentos aleatórios equiparáveis, ou seja,
aqueles em que qualquer resultado pode ocorrer com a mesma chance. É o caso do
lançamento de uma moeda: a possibilidade de ocorrer cara ou coroa é a mesma.

Espaço amostral

Segundo COSTA (2010, p.86-87) o conjunto universo ou o conjunto de todos os resultados


possíveis de um experimento aleatório. A letra que representa o espaço amostral é S.

Exemplos

1. No experimento “lançamento de um dado” e observar a face superior temos como espaço


amostral o conjunto S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}. Portanto: n (S) = 6.

Evento
Segundo COSTA (2010, p.87-88) refere que:
Evento é um conjunto qualquer de resultados de um experimento aleatório. Pode-se dizer que
um evento é qualquer subconjunto de um espaço amostral. É representado, pela letra E.
Exemplo
No lançamento de duas moedas, o espaço amostral é E = {(C,C), (C,K), (K,C), (K,K)}. Se
aparecer faces iguais, o conjunto C = {(K,K), (C,C)}, subconjunto de
E, é um evento de E.

Tipos de eventos

a) Eventos certos: são eventos que possuem todos os elementos do espaço amostral. Logo, se
E = S, ele é o próprio espaço amostral.
Exemplo
Lançamento de um dado e ocorrência de um número menor do que 6 na face superior.
b) Eventos impossíveis: são eventos que não possuem elementos no espaço amostral. Logo,
se E = Ø, o evento E é chamado de evento impossível.
c) Eventos elementares: se E ⊂ S (E está contido em S) e E é um conjunto unitário, então E é
chamado evento elementar.
d) Evento complementar: em relaτπo a determinado evento A, podemos definir seu evento
complementar (A) que é caracterizado pela não ocorrência daquele evento.
Exemplo
Considerando o lançamento de um dado, onde S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, e definido o evento A =
{números pares}, então o evento complementar de A é o conjunto dos números ímpares, A =
{1, 3, 5}.

A probabilidade de um evento ocorrer num experimento aleatório equiprovável é dada pelo


quociente da divisão do número de casos favoráveis pelo número de casos possíveis.

Conceito de probabilidade

De acordo com COSTA (2010, p.88-92) Se em um fenómeno aleatório as possibilidades são


igualmente prováveis, então a probabilidade de ocorrer o evento A é:

Exemplo:
No lançamento de um dado, um número para pode ocorrer de 3 maneiras diferentes, dentre 6
igualmente prováveis, portanto, P= 3/6 = ½ = 50%. Dizemos que um espaço amostral S
(finito) é equiprovável quando seus eventos elementares têm probabilidades iguais de
ocorrência.

Eventos complementares
Se A e A são eventos complementares, então:

Probabilidade condicional

Antes da realização de um experimento, é necessário que já se tenha alguma informação o


sobre o evento que se deseja observar. Nesse caso, o espaço amostral se modifica e o evento
tem a sua probabilidade de ocorrência alterada. Fórmula da probabilidade condicional:
Onde:
P (E2/E1) é a probabilidade de ocorrer E2 condicionada pelo fato de já ter ocorrido E1;
P (E3/E1 e E2) Θ a probabilidade de ocorrer E3, condicionada pelo fato de já terem ocorrido
E1 e E2;
P (En/E1 e E2 e... En-1) Θ a probabilidade de ocorrer En, condicionada ao fato de já ter
ocorrido E1 e E2... En-1.

Eventos independentes

Dizemos que E1 e E2 e... En-1 sπo eventos independentes quando a probabilidade de ocorrer
um deles nπo depende do fato de os outros terem ou não terem ocorrido.

Probabilidade de ocorrer a uniπo de eventos

De facto, se existirem elementos comuns a E1 e E2, estes eventos estarão computados no


cálculo de P (E1) e P (E2). Para que sejam considerados uma vez só, subtraímos P (E1 e E2).
Probabilidade de ocorrer união de eventos mutuamente exclusivos:

Probabilidade condicional e independência

Sejam A e B dois eventos associados a um mesmo espaço amostral S. Se A e B não são


eventos mutuamente exclusivos, ou seja, se A  B  , então A e B poderão ser eventos
independentes ou condicionados. Para definir o que são eventos condicionados e eventos
independentes, tomaremos, como exemplo, um experimento aleatório que será
considerado em duas situações distintas.

Conceito da Teoria das probabilidades

Para NUNES E AFONSO (2019) refere que designa-se por fenómenos aleatórios os
fenómenos influenciados pelo acaso, no sentido de que não é possível prever de forma
determinística o seu futuro, a partir do passado.

Uma experiência diz-se aleatória se:

▪ O conjunto dos resultados possíveis é conhecido antecipadamente;

▪ O resultado da experiência não pode ser previsto com exactidão;

▪ É possível repetir a experiência em condições similares;

▪ Existe regularidade quando a experiência é repetida muitas vezes.

O espaço de resultados, 𝛀, é o conjunto (não vazio) de todos os resultados possíveis numa


experiência aleatória. Diz-se:

▪ Discreto – quando o espaço de resultados é finito ou infinito numerável;

▪ Contínuo – quando o espaço de resultados é infinito não numerável.

Exemplos:
Experiência E1: Observação da face no lançamento de um dado.
Ω1: {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
Experiência E2: Observação do número de avarias registadas num elevador durante a sua vida útil.
Ω2: {1, 2, 3, 4,…, n,…}.
Experiência E3: Observação do intervalo de tempo entre chegadas sucessivas de dois alunos ao bar
da
universidade.
Ω3: [0; +∞[.

Um acontecimento é todo o subconjunto do espaço de resultados. Os acontecimentos podem ser:

▪ Elementares – quando o subconjunto é singular (com um só elemento);


▪ Compostos – quando o subconjunto não é singular.

Portanto, o espaço de resultados, Ω, é o conjunto de todos os acontecimentos elementares.

Diz-se que um acontecimento 𝐴 se realizou quando o resultado da experiência aleatória, 𝑤, é um


elemento

de 𝐴, isto é, se 𝑤 ∈ 𝐴.

Exemplo: (Experiência E1: Observação da face no lançamento de um dado)

Acontecimentos:

elementar: 𝐴 = Saída da face 2 = 2 ;

composto: 𝐵 = Saída de face múltipla de 3 = 3, 6 .

a) Teorema da Probabilidade Total: Permite calcular a probabilidade de um evento A


através da soma das probabilidades dos eventos A condicionados aos eventos B.
b) Teorema de Bayes: Permite actualizar as probabilidades de um evento A dado o
conhecimento prévio sobre os eventos B.
c) Distribuição Uniforme: É uma distribuição em que todos os resultados possíveis têm
a mesma probabilidade de ocorrer.
d) Distribuição Binomial: É utilizada para modelar experimentos com dois resultados
possíveis (sucesso ou fracasso), onde a probabilidade de sucesso é constante em todas
as tentativas e as tentativas são independentes entre si.
e) Distribuição Normal: Também conhecida como distribuição Gaussiana, é uma das
distribuições mais importantes na estatística, caracterizada por sua forma simétrica em
formato de sino.

A teoria de amostragem está relacionada à selecção e análise das amostras em pesquisas


estatísticas. Ela envolve técnicas como amostragem aleatória simples, estratificada, por
conglomerados, entre outras, com o objectivo de obter uma representação precisa da
população em estudo.

Teoremas
De acordo com (PIANA et. Al, 2009, p.73-76) refere que:

Teoremas para o cálculo de probabilidades

Teorema 1. Se  é um evento impossível, então P () =


0. Como A   = A, então P (A  ) = P(A) e A   =
, então A e  são mutuamente exclusivos. Utilizando
então o terceiro axioma, temos

P(A  ) = P(A) + P()


P(A) = P(A) + P()
P() = P(A)  P(A) = 0
Teorema 2. Se A é o complemento de A, então P( A ) = 1  P(A).

Se A  A = S, sendo A e mutuamente exclusivos, então

P(S) = P(A  A ) = P(A) + P( A )


1 = P(A) + P( A )
P( A ) = 1 - P(A)

Teorema 3. Se A e B são dois eventos quaisquer, então P(A  B) = P(A)  P(A  B).

Para SILVA et, al. (2015) refere sobre as Distribuições

Distribuições discretas

Distribuição binomial

A densidade binomial é uma das mais importantes em teoria da probabilidade. Ela surge
como uma idealização matemática de diversas situações comuns na “vida real” e está
intimamente ligada à amostragem com reposição. A situação clássica em que usamos uma
densidade binomial é a seguinte.

Uma experiência tem apenas 2 resultados possíveis: “sucesso” e “falha”, em que a


probabilidade de “sucesso” é p e a probabilidade de “falha”.
A experiência é repetida um número fixo (n) de vezes, sempre nas mesmas condições, de tal
forma que as probabilidades de “sucesso” (p) e “falha” se mantêm inalteradas a cada
repetição. As diversas repetições da experiência são feitas de maneira independente, ou seja, o
resultado de uma repetição não afecta o resultado das outras.

A variável aleatória X que mede o número de “sucessos” nas n repetições da experiência é


uma variável discreta, com valores possíveis 0, 1, 2, ,n. Dizemos que esta variável tem
densidade binomial com parâmetros n e p, e escrevemos que X ~ Bin(n, p).

Distribuição hipergeométrica

Suponha que, na população, existem r objectos do tipo A (“sucessos”) e N r objectos do


tipo B (“falhas”). Seja X o número de objectos do tipo A na amostra.

Densidade Poisson

Esta densidade é usada principalmente para modelar o número de ocorrências de um evento


“raro” (de probabilidade baixa) durante um intervalo de tempo especificado. Por exemplo, o
número de acidentes numa estrada durante um fim de semana; o número de bactérias
presentes numa solução após um certo período são, entre outros, eventos modelados pela
distribuição de Poisson. Além disso, a distribuição de Poisson surge como um caso limite da
distribuição Bin(n,p) quando n é grande, e p é pequeno (próximo de zero) e, neste contexto, é
muito útil em aproximações numéricas.

A derivação da densidade Poisson pode ser feita de duas formas: a primeira está relacionada
com o “processo de Poisson”, e a segunda surge como uma aproximação da densidade
binomial.

Processo de Poisson

Considere uma sequência de eventos que ocorrem ao longo do tempo, como o número de
carros vermelhos que param num sinal, o número de chamadas telefónicas que chegam a uma
estação durante um certo intervalo de tempo. Seja Xt o número de ocorrência no intervalo de
tempo [0, t].

Distribuições contínuas
Densidade Uniforme

A densidade uniforme serve para modelar o seguinte fenómeno: “escolhe-se um número


aleatoriamente num intervalo dado”, por exemplo, o intervalo (0,1). A função “random”,
presente na maioria das linguagens de computador, nada mais é do que um mecanismo para
gerar números com distribuição uniforme no intervalo (0,1).

Densidade Exponencial

Uma variável aleatória com densidade exponencial é usada para modelar tempos de duração
de equipamentos. Na verdade, existem densidades mais apropriadas para modelar esse
fenómeno, pois, como veremos mais tarde, a densidade exponencial não leva em conta o
desgaste do equipamento ao longo do tempo. A densidade exponencial é definida para
variáveis contínuas e maiores que zero e depende de um parâmetro positivo, l.

Fig. Densidades exponenciais

Fig. Funções de distribuição densidades Expo(1) e Expo(2)


AUTO REFLEXAO

Depois da conclusão do presente fórum de debate, conclui que a probabilidade é uma medida
numérica que descreve a chance de um evento ocorrer. Existem eventos independentes e
dependentes, e diferentes teoremas, como o Teorema da Adição e o Teorema da
Multiplicação, são usados para calcular a probabilidade de eventos. Já a teoria de amostragem
é utilizada para fazer inferências sobre uma população com base em uma amostra. Existem
diferentes métodos de amostragem, como amostragem aleatória simples, estratificada, por
conglomerados, entre outros. Há diversas distribuições, como a normal, binomial, Poisson e
exponencial, cada uma com suas próprias fórmulas e propriedades.

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