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O tecido é a matéria mais antiga d o mundo, surgiu como forma d e proteção para o corpo . Os primeiro s
tecid os su rgiram p el as mãos d o homem e com o tempo descobriram novas fibras , maneiras d e
entrelaçar e criar. A história documenta que o linho e o al godão d o campo vegetal e a l ã e a s eda d o
campo ani mal fo ram as primeiras fibras a s erem cu l t iv as.
A fabricação d e tecidos p o r empresas famili ares man tev e at é o s écul o X VII. Com a ch eg ad a d a i
ndúst ri a os art esãos deix aram o t rab alho i n fo rmal e fo ram t rab al h ar co mo emp reg ad o s d as i n d u s t
rias .
Sumário:
Classificação das fibras em relação à origem
A relação entre as fibras e os fios
Por que é importante conhecer as fibras têxteis?
Como são formados os tecidos e as estruturas têxteis?
Reconhecimento do direito e do avesso nos tecidos
Classificação dos tecidos conforme a qualidade
Beneficiamento de tecidos: 10 principais tratamentos para conhecer
Perguntas Frequentes:
Tente uma experiência e olhe ao seu redor: quantos tecidos você pode reconhecer? Não pense apenas nos tecidos
das roupas que você usa, mas também nos estofos da cadeira ou sofá em que você provavelmente está sentado, nas
As fibras têxteis são o elemento fundamental de todo tecido: elas dão origem ao fio que é usado para fazer tecidos
que, por sua vez, podem ser utilizados em diversos elementos, desde móveis até uma coleção de roupas inteira!
Mas quantos tipos de fibras têxteis existem? Como podem ser classificados? Que características os distinguem? Se
você estiver interessado em descobrir isso e tudo sobre o universo das fibras, dos fios e dos tecidos, acompanhe
Em relação à sua origem, as fibras têxteis podem ser de três tipos – naturais, artificiais ou sintéticas:
de filamentos mais ou menos longos. São chamadas de naturais porque são provenientes de animais e plantas.
São fibras obtidas do bulbo de pelo animal e aquelas obtidas por secreção dos casulos de lepidópteros ou ácaros,
como o bicho-da-seda.
A primeira espécie, advinda dos pelos dos animais, inclui fibras como a lã de ovelha, alpaca, vicunha, caxemira e
Na segunda espécie estão a seda e o byssus. A seda mais conhecida é aquela produzida pela secreção glandular do
bicho-da-seda em seu estado larval, antes de iniciar sua metamorfose em uma crisálida e depois em uma borboleta. As
áreas em que a produção de seda atinge sua máxima difusão e qualidade são China, Japão, Índia e Itália.
E quais as principais características destas fibras? Tanto a seda quanto a lã são fibras que são facilmente tingidas,
absorvem a transpiração e são maus condutores de calor. Devem ser lavados a uma temperatura baixa, com
Novelos de lã
Fibras de origem vegetal
São fibras obtidas da celulose das plantas e podem ser obtidas de várias partes da planta: das sementes (como
algodão e kapok), do caule (linho, cânhamo, juta, rami), das veias foliares (ráfia, sisal) e do fruto (coco).
De todas essas fibras, a mais comumente utilizada é o algodão, feito da penugem que envolve as sementes de uma
planta da família Malvaceae.
Normalmente, as fibras da planta têm excelente recuperação térmica, alta condutividade térmica e tingem
facilmente. Absorvem bem a transpiração, embora não tão bem quanto a lã.
Fibras de
algodão
As fibras artificiais são produzidas pelo homem a partir de fibras naturais, geralmente celulose, através de
simples transformações químicas. Estas transformações são realizadas porque os polímeros na natureza têm uma
derivados da celulose. Dependendo do processo químico utilizado, podem ser obtidos diferentes tipos de fios (viscose,
Essas fibras, precisamente por serem artificiais, têm várias vantagens: seu diâmetro pode atingir a finura e
comprimento desejados, seu brilho e opacidade podem ser controlados, podem ser tingidas a qualquer momento
As fibras sintéticas são obtidas por meio de processos complexos de síntese utilizando matérias-primas que
raramente estão disponíveis na natureza. Também são conhecidos como feitos pelo homem.
As fibras sintéticas representam 55% das fibras produzidas para roupas e móveis e são divididas em “famílias” de
acordo com a classificação dos polímeros que as compõem. As principais fibras sintéticas são o nylon, as fibras de
As fibras sintéticas são caracterizadas por um baixo peso específico, que permite alto rendimento do tecido,
termoplasticidade, repelência à água, facilidade de lavagem e resistência ao desgaste. Por outro lado, as
características negativas são baixa estabilidade térmica, baixa absorção de umidade, baixa respirabilidade e
eletrostática.
Além disso, por serem tecidos repelentes à água, são difíceis de tingir e requerem corantes especiais.
As fibras têxteis geralmente incluem materiais de fibra curta que não são fiados, mas sim aderidos juntos para formar
Linhas de nylon
o tecido. Muitas vezes, ao combinar efeitos, fibras e cores, uma infinidade de tipos de fios podem surgir, oferecendo
Conforme as combinações de fibras, seu comprimento, torções e espessura, são obtidas as variações de qualidade e
Confira, abaixo, as principais características dos fios utilizados no segmento têxtil, conforme a Cartilha de
O título, que é a numeração do fio, é expresso em unidade TEX. Quanto mais alto o valor mais grosso é o fio;
Suas torções, que são indicadas em torções por metro, para fio. Dependendo da aplicação, necessitamos de
fios de maior e menor torção.
Um confeccionador tem o dever de conhecer a matéria-prima que será utilizada. Não só o processo de construção do
fio como também as fibras têxteis que o compõem devem ser estudadas.
Saber a origem, as características e as indicações de aplicações das fibras têxteis é de suma importância, já
que interferem diretamente na qualidade do produto final. As fibras naturais, artificiais ou sintéticas possuem
características específicas que devem receber atenção especial principalmente quando o fio produzido com elas for
aplicado na indústria do vestuário, nos desfiles de moda e nas coleções dos principais eventos fashion do Brasil e do
mundo.
Dos mais variados processos de fiação e mistura de fibras podem sair fios específicos para cada peça do vestuário
como, por exemplo, fios com alto nível de transpiração para peças de verão, com propriedades térmicas para proteger
do frio ou até hipoalergênicos para trajes de contato direto com a pele, justificando assim a importância de conhecer
Os tecidos são estruturas têxteis manufaturadas em forma de lâminas flexíveis. São resultados do entrelaçamento
de forma ordenada ou desordenada de fios e fibras que os compõem. Para tal entrelaçamento, o sistema de obtenção
deve formar uma estrutura dimensional na qual necessitamos de alguns processos e até mesmo combinações.
Entre o cruzamento de tramas e urdumes, ou até por fusão e processos químicos, os tipos de tecidos surgem e
adquirem estruturas visuais e comportamentos físicos como flexibilidade, dobraduras, alongamentos, elasticidades,
Existe uma classificação dos tecidos quanto à sua estrutura, quanto ao resultado dos entrelaçamentos. Essas
Para se ter uma ideia da complexidade têxtil, a compreensão dos inúmeros detalhes e materiais, existem diversas
classificações genéticas de fibras químicas manufaturadas, sem incluir as naturais, somando no mínimo 25 estruturas
Uma curiosidade: você sabia que é imprescindível definir o lado certo do tecido para que a confecção de roupas saia
Em alguns casos, o reconhecimento do direito e do avesso de um tecido é bem simples. É o caso dos estampados, por
exemplo. Em outros casos é necessário usar o bom senso. No entanto, alguns critérios que podem facilitar
Em função de sua importância para o segmento, é fundamental que todos os profissionais envolvidos no planejamento
do processo produtivo da confecção conheçam as principais características dos tecidos, sua classificação e
los na produção, você sabe quais são os critérios de classificação de tecidos no que diz respeito à qualidade?
A classificação de tecidos é feita conforme a ABNT NBR 13484 – Tecidos planos – que é um método de classificação
baseado em inspeção por pontuação de defeitos. Saiba, a seguir, o que precisa levar em conta para fazer essa
avaliação:
A pontuação é o critério-base de classificação de um tecido conforme a qualidade. Com base nela, são definidos os
níveis de qualidade dos tecidos. Na tabela a seguir, temos os números de pontuação por defeito.
A pontuação geral é outro critério de avaliação. Ela pode ser medida por meio da fórmula:
PONTOS/100 M² : N X 100/L X C
Em que:
100 = Constante;
Conformidades
Toda não-conformidade visível no tecido, tanto no sentido da trama quanto no sentido do urdume, será
pontuada;
Defeitos que desaparecem após beneficiamento (lavagem industrial) e que se encontram dispersos ao longo
do tecido poderão ser enviados sem pontuação, desde que estejam com a identificação “desaparece após
lavagem” (exceto para tecidos profissionais);
Se ocorrerem defeitos concentrados em um mesmo metro, esses serão pontuados com 4 pontos (pontuação
máxima por metro são 4 pontos) independentemente do número de defeitos;
Falhas contínuas de até 3 metros no sentido do urdume serão aceitas. Nesse caso, cada metro ou fração tem
pena de 4 pontos;
1,50 metro inicial e final do rolo de tecido/enxerto não poderá conter defeitos de 3 ou 4 pontos.
Defeitos de pontuação 1 e 2 são marcados no tecido, já os defeitos de 3 e 4 pontos são identificados nas
ourelas do tecido.;
Os defeitos contínuos, acima de 1 metro até o limite de 3 metros, são identificados no início do defeito e a cada
metro até atingir o seu final;
Limites de pontos
Serão consideradas como Primeira Qualidade as peças de tecidos cujo limite máximo seja:
Nota: A metragem especificada nas etiquetas dos rolos poderá conter um desvio de + 1 %.
Na classificação de tecidos, serão enquadradas como de Segunda Qualidade as peças de tecidos cuja
Defeitos contínuos com mais de 3 metros, seja de origem da fiação, da tecelagem, do tingimento ou do
acabamento, exceto manchas.
Tecidos com manchas acrescidas dos demais defeitos citados serão classificados com Segunda Qualidade.
Diferença de nuance entre o centro e ourela do tecido (centro-ourela), e entre o início e o fim das peças (ponta
a ponta).
Largura fora da especificação do produto.
Cor fora do padrão podendo ser distante das nuances enviadas como Primeira Qualidade;
Potencial de stretch fora do especificado para o artigo.
acabamentos a que é submetido tem o objetivo de transformar o aspecto e/ou a estrutura das fibras, modificá-lo
quanto a maleabilidade e dureza, retirar impurezas que ficam nas fibras, entre outros.
Confira a lista dos principais tratamentos que podem ser aplicados aos tecidos a fim de modificá-los para a Indústria e
confecções:
1. Alvejamento
Esse beneficiamento é realizado com a aplicação de produtos químicos alvejantes – peróxido de hidrogênio,
hipoclorito de sódio ou clorito de sódio – que têm o objetivo de clarear as fibras do tecido.
O procedimento é aplicado, geralmente, com fibras naturais que possuem uma cor amarelada e prepara o tecido para
Após finalizado a etapa de clareamento, é preciso que as fibras passem por uma lavagem para retirar os produtos
químicos do material.
2. Branqueamento óptico
Alguns tecidos, mesmo após passar pelo processo de alvejamento, tendem a refletir uma coloração amarelada, sendo
Esse beneficiamento consiste no uso de um produto (quente) que vai refletir os raios azulados e violetas, combatendo
os da cor amarela e fazendo com que o tecido pareça ainda mais branco.
3. Ramagem
Presos apenas pelas ourelas, os tecidos passam por uma estufa para secagem e/ou termofixação. As faces do material
não entram em contato com nenhuma outra superfície durante o processo. Geralmente realizado em fibras sintéticas,
este beneficiamento tende a fixar a largura e a gramatura do tecido, bem como estabilizar os fios.
4. Sanforização
Procedimento realizado com a finalidade de provocar o encolhimento mecânico do tecido no sentido do urdume
(comprimento). Durante a fabricação do material, os fios são esticados e tensionados e caso não passem por um
processo de relaxamento das fibras, tendem a encolher após a lavagem. Esse processo é geralmente aplicado a
tecidos de algodão.
5. Calandragem
Nesse procedimento o tecido é espremido em alta pressão e temperatura ao passar entre cilindros em um
equipamento. Dessa forma, o material tem sua superfície achatada e dá uma maior reflexão da luz, fornecendo
6. Chamuscagem ou gaseamento
Esse processo tem o objetivo de eliminar por queima as fibras que ficam salientes sobre o tecido, deixando a
Os pequenos filamentos desordenados podem ser eliminados por placas aquecidas ou por chamas. Caso o método
não seja feito, podem ocorrer problemas em relação a solidez e regularidade das estampas, por exemplo.
7. Desengomagem
Esse método é aplicado com a finalidade de retirar substâncias engomantes adicionadas aos filamentos durante a
Esses elementos precisam ser eliminados das fibras, pois tendem a criar uma camada protetora sobre o tecido e
8. Purga
Consiste em um processo de limpeza a úmido aplicado em meio alcalino e tem o objetivo de eliminar as impurezas
9. Flanelagem
Neste processo é realizado o repuxo de pequenos filamentos na superfície do tecido, deixando o tecido com um
aspecto felpudo.
10. Lixagem
A aplicação desse método tem como objetivo obter uma superfície fibrosa no tecido, porém, ela aparece menor do
que no efeito de flanelagem. Para atingir o resultado, são utilizados cilindros envoltos por lixas e a sua movimentação
Viu só quantos processos estão envolvidos na classificação, tratamento e destino das fibras têxteis? Aqui no blog
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Perguntas Frequentes:
Saber a origem, as características e as indicações de aplicações das fibras têxteis é de suma importância, já que
interferem diretamente na qualidade do produto final.
Os tecidos são estruturas têxteis manufaturadas em forma de lâminas flexíveis. São resultados do entrelaçamento de
forma ordenada ou desordenada de fios e fibras que os compõem.
É a partir dos vários processos de fiação das fibras que obtemos os fios – que, por sua vez, geram o tecido. Ao
combinar efeitos, fibras e cores, uma infinidade de tipos de fios podem surgir, oferecendo novas texturas aos tecidos.
Classificação das Fibras Têxteis
Nossa região processa diferentes tipos de fibras, porém, o algodão e o poliéster (separados e/ou em misturas) se
destacam pelo volume processado em relação as demais fibras e portanto, foco de nossa discussão.
Fibra de Algodão
Maturidade
As fibras de algodão podem variar de forma de acordo com as condições climáticas ( mais ou menos chuvas), ataque
de insetos, colheita antecipada ou tardia.
As variações podem ser observadas através dos cortes transversal conforme as figuras abaixo:
As fibras maduras são de melhor qualidade e as ideais para se processar, em um lote de algodão as fibras maduras
podem variar de 70 – 80 % , o restante se divide entre as fibras imaturas que tingem de forma diferente da madura e as
mortas que não tingem. Problemas de qualidade referente a maturidade do algodão são evitados na fiação, fazendo-se
uma boa mistura das fibras durante a produção do fio.
Mercerização
O princípio foi descoberto em 1844 por John Mercer (químico inglês). O fio ou tecido é impregnado com soda cáustica
em concentrações entre 24 – 30 ºBe sob tensão. Esse tratamento modifica a estrutura da fibra de algodão.
Resultados do tratamento
Aumento do brilho (reflexão de luz);
Aumenta a resistência a tração;
Maior rendimento colorístico;
Melhora a estabilidade dimensional (encolhimento)
A Chamuscagem
Operação que consiste em eliminar por queima as pontas de fibras não presas ao fio pela torção.
Resultados do tratamento
Produz-se uma superfície mais limpa e lisa;
Reduz a tendência de formação de pilling;
Melhora o brilho e a vivacidade da cor;
Melhora a visualização da estrutura do tecido.
O Poliéster
É uma fibra sintética, na sua produção emprega-se matérias primas derivadas do petróleo.
Os fios podem ser produzidos a partir de fibras descontínuas ou a partir de filamentos contínuos:
Fibras contínuas
Monofilamento – 1 cabo somente
Multifilamento – 2 ou mais cabos
Fibras contínuas
mechas, tops
Na produção dos tops ou filamentos de poliéster emprega-se um óleo lubrificante denominado óleo de ensimagem que
forma uma película superficial na fibra de poliéster.
Os aparelhos devem ser regularmente limpos com um banho contendo soda cáustica, hidrossulfito e dispersante.
Oligômeros
Durante a fabricação do poliéster produtos secundários são formados, os “Oligômeros” são pequenas partículas que se
soltam durante o tingimento e após o resfriamento e esgotamento do banho se fixam na superfície do tecido e nas
paredes do aparelho de tingimento.
Os aparelhos devem ser regularmente limpos com um banho contendo soda cáustica, hidrossulfito e dispersante.
0 “Pelo de” ou “crina de”, com Pelo de outros animais não mencionados nos
3 indicação da espécie animal itens 1 e 2.
1
2 Coco Fibra proveniente do fruto dos Cocos nucifera.
1
6 Sisal Fibra proveniente das folhas do Agave sisalana.
2
1 Malva Fibra proveniente do Hibiscus sylvestres.
2
2 Caruá (Caroá) Fibra proveniente da Neoglazovia variegata.
2
3 Guaxima Fibra proveniente da Abutilon hirsutum.
2
4 Tucum Fibra proveniente do fruto da Tucumã Bactris.
Viscose (a)
Poderá ser adicionado, entre
parênteses, a matéria prima
celulósica utilizada para a
obtenção do filamento, por Fibra de celulose regenerada obtida mediante o
3 exemplo: Viscose (bambu), procedimento viscoso para o filamento e para a
2 viscose (eucalipto), etc. fibra descontínua.
4
7 Vidro Têxtil Fibra constituída de vidro.
O nome correspondente do
material do qual está composta a
fibra, por exemplo: Metal
amianto, papel, precedidos ou Fibras obtidas a partir de outros produtos
4 não da palavra “fio de” ou “fibra naturais, artificiais ou sintéticos não
8 de”. mencionados especificamente na presente lista.
5
4 Bambu natural Fibra proveniente do Dendracalamus giganteus.
Fibras Naturais
Fibras Não Naturais
Fibras Inorgânicas
Fibras Funcionais
Nanofibras
Fibras Multicomponentes
Fibras Naturais
As fibras naturais são todas as fibras extraídas de elementos origem natural, como por exemplo
animal, vegetal ou mineral.
As fibras naturais de origem animal podem provir da secreção glandular de alguns insetos, como é
o caso da seda, em que dois filamentos de fibroína são ligados por sericina, ou, então, de bolbos
pilosos de alguns animais e apresentar uma estrutura molecular composta de queratina, como é o
caso da lã.
As fibras vegetais são estruturas alongadas, de secção transversal arredondada, que podem ser
classificadas, de acordo com a sua origem, em: fibras da semente, fibras do caule, fibras das folhas
e fibras dos fruto.
As fibras de origem mineral têm a sua origem em rochas com estrutura fibrosa e são constituídas,
essencialmente, por silicatos. Um exemplo de uma fibra de origem mineral é o amianto.
Fibras Não Naturais
São conhecidas como fibras feitas pelo Homem e podem dividir-se em artificiais ou sintéticas.
As fibras artificiais são obtidas a partir da transformação de polímeros naturais, através da ação de
agentes químicos, em processos de extrusão. Na sua grande maioria, o polímero percursor de
muitas das fibras artificiais é a celulose, extraída de linters de algodão, folhas de árvores, como o
eucalipto, bamboo, soja, milho, entre outras. Outros percursores, como a caseína do leite ou o
alginato extraído das algas, podem igualmente ser utilizados.
As fibras inorgânicas são constituídas, essencialmente, por compostos químicos inorgânicos com
base em elementos naturais como o carbono, o silício e o boro, que, em geral, após receberem
tratamento a elevadas temperaturas se transformam em fibras.
As fibras inorgânicas, também muitas vezes apelidadas de fibras de alto desempenho ou de super-
fibras, apresentam caraterísticas e propriedades que as diferem das restantes fibras não-naturais,
e, por isso, raramente encontram aplicações na área dos têxteis convencionais. Efetivamente, estas
fibras apresentam como caraterísticas gerais elevada resistência térmica e mecânica, o que faz
com que sejam sobretudo aplicadas em soluções de engenharia, em muitos casos em combinação
com outro tipo de materiais – compósitos. Estas aplicações concorrem, normalmente, com
materiais convencionais, substituindo-os muitas vezes devido à sua facilidade de processamento,
resistência térmica, resistência a agentes químicos e, sobretudo, devido à excelente relação
peso/propriedades mecânicas.
De uma maneira geral, as fibras inorgânicas são de difícil processamento pelas técnicas têxteis
convencionais, como tecelagem ou tricotagem, devido ao facto de quebrarem facilmente em flexão
(frágeis), de apresentarem baixo alongamento na rotura e de possuírem elevados coeficientes de
atrito com os metais obrigando, muitas vezes, à sua lubrificação superficial.
Fibras Funcionais
A funcionalização das propriedades define-se como todos os aspetos que vão para além da
estética e decoração, incluindo as chamadas “propriedades inteligentes” que são propriedades
impostas ao material, para que este reaja a um estímulo exterior, como, por exemplo, a
temperatura.
Desta forma, as fibras funcionais são fibras que desempenham uma função específica, podendo
definir-se como sendo únicas, na medida em que cada uma está apta para responder a uma dada
situação, isto é, qualquer fibra que apresente uma característica inovadora, não habitual ou
convencional. Esta funcionalização pode ser obtida através das características intrínsecas do
próprio polímero de base, da adição de compostos específicos durante o processo de extrusão ou
do acabamento químico das fibras após extrusão ou colheita.
Nanofibras
Considerando a escala nanométrica em que estas fibras são concebidas, apresentam propriedades
especiais que as tornam muito atraentes para numerosas aplicações, tais como:
– Elevada área superficial específica (área / unidade de massa);
– Alta relação de aspeto (comprimento / diâmetro);
– Baixo número de defeitos;
– Potencial biomimético;
Estas propriedades levam à potencial aplicação das nanofibras em campos tão diversos como
filtros de alta performance, materiais fibrosos absorventes, compósitos reforçados por fibras,
materiais fibrosos para curativos, enxertos criados em vivo para implantes, materiais para
libertação controlada de fármacos, dispositivos nano e microeletrónicos, blindagem
eletromagnética, dispositivos fotovoltaicos, elétrodos de alta performance, bem como uma gama
de sensores baseados em nanofibras.
Fibras Multicomponentes
As fibras multicomponentes são fibras que combinam pelo menos dois polímeros com
propriedades e/ou composições químicas diferentes. Os polímeros são extrudidos conjuntamente,
sendo que a sua posição relativa ao longo do comprimento da fibra depende de fatores como a
geometria dos orifícios da fieira e das propriedades intrínsecas do próprio polímero, incluindo a
viscosidade e o peso molecular.
Espera-se que no futuro, pela possibilidade de combinação das propriedades dos polímeros de
base, as fibras multicomponentes se assumam como materiais de engenharia em áreas tão
diversas como a medicina, a arquitetura, a agricultura e mesmo a moda.
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