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Estudo de tecidos

Conhecer a estrutura dos tecidos é a base para a confecção de


roupas, pois ele é a principal matéria-prima na confecção e para cada
peça tem um tecido mais indicado.
Na hora de escolher o tecido, conhecer o tipo de entrelaçamento
dos fios auxilia muito na identificação do tecido apropriado para cada
tipo de roupa que você quer fazer e os nomes de cada tecido
acabam variando muito entre os fabricantes, então, conhecer a
estrutura do tecido é a melhor saída para uma boa escolha.
Existem dois tipos de tecidos de acordo com a trama e que
são bastante utilizados na indústria do vestuário que são os planos e
os especiais.
Os tecidos planos resultam do entrelaçamento em ângulo reto
(90 graus) de dois conjuntos de fios, o fio que fica na horizontal é
chamado de trama e o fio que fica na vertical é chamado de urdume
( o que chamamos de fio do tecido), paralelo a ourela.
Esta é a imagem dessa trama toda para facilitar a

compreensão.

Outras estruturas também são feitas, como as tramas de Cetim,


Sarja, Tafetá, além de tecidos produzidos com estrutura bem
diferente como o Jacquard.

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Diferença entre os tipos de tecido

Quando tocamos um tecido, fica fácil já identificar algumas


diferenças importantes entre eles como peso, textura, flexibilidade,
inclusive temperatura , se ele desliza ou é mais áspero e todas essas
características tem a ver com a composição e a técnica que foi
utilizada na trama.

Composição

Os tecidos podem ser produzidos com fibras naturais ou sintéticas.

Tecidos em fribras naturais:


São tecidos feitos a partir de matérias-primas presentes na natureza.
Possuem um valor agregado bem superior aos sintéticos, mas
demandam também muito mais cuidado. Estes tecidos não absorvem
o calor, são bem fresquinhos, mas não podem, em hipótese alguma,
ser mergulhados em água. A lavagem precisa ser à seco. Lavar um
tecido com fibra natural é condená-lo à morte. Alguns ficam com
algumas pontas mais curtas e outras mais longas, outros encolhem
de 1 a 2 números e outros ficam completamente deformados. Então,
não esqueça: mantenha suas peças confeccionadas com fibras
naturais bem longe da máquina de lavar!
Naturais: algodão, linho, seda, fibra de coco ou cânhamo.

Tecidos em fibras sintéticas:


São aqueles tecidos cujas fibras são produzidas a partir de produtos
químicos como o poliéster. São mais duráveis e fáceis de cuidar,
podendo ser lavados sem problemas, porém são menos sofisticados
do que as fibras naturais.
Sintéticos: poliéster, poliamida, elastano.

Eu fiz pós graduação no setor sucroalcooleiro, fiz estudo sobre cana


de açúcar e hoje já se encontram estudos bem avençado sobre a
fabricação de tecidos a partir do bagaço da cana, além disso a
indústria têxtil tem se reformulado e tido experiências muito felizes

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com relação aos tecidos e muitos e muitos testes com insumos
diferentes estão sendo feitos.

A técnica

Trançamento: Existem tecidos de trama mais fechada, e outros de


trama mais aberta. Isso significa que, ao trançar os fios no tear, cada
um dos fios transversais ficaram mais próximos ou mais distantes
uns dos outros, formando uma tela com mais ou menos “poros”. Isso
pode adicionar ou evitar transparência, ou deixar o tecido mais leve -
ou mais pesado. A técnica é usada para produzir tecidos planos, que
não têm elasticidade.
Lado a lado: Os fios desse tecido são dispostos horizontalmente. Em
vez de serem todos entrelaçados nos fios verticais, como o tecido
plano, eles são entrelaçados lateralmente um ao outro. Isso dá
elasticidade ao tecido, e é assim que se produz a malha.
Espessura: Além disso, existem ainda variações na espessura de cada
fio utilizado para compor a trama. O próprio tricoline, pode ser
produzido com fios 40, 50, 60 e até 80. Quanto mais fino o fio, mais
fechada deve ser a trama.

Formas de cortar o tecido

Quando fazemos o molde sempre marcamos a linha que indica o fio


do tecido, mas nem sempre precisamos fazer os cortes no fio do
urdume.
Antes de iniciar o corte vale fazer as seguintes observações:

Fio reto unilateral: é aquele que tem estampas e/ou texturas que
necessariamente precisam que sejam cortados sempre na mesma
direção, é conhecido como “fio em pé”, um exemplo muito
característico é o veludo, que se cortado com os moldes invertidos
pode dar diferença de tonalidade na peça.

Fio reto bilateral: a grande maioria é desse tipo, pois não tem relevo
com direção correta, são lisos ou com estampas aleatórias sem
necessidade de sequência na hora do corte. Pode ser cortado de baixo
pra cima ou de cima pra baixo.

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Fio reto Horizontal ou vertical: Nesse caso a direção do fio não
compromete o resultado da peça final. Muitas partes de moldes
podem ser cortadas no fio horizontal como golas e punhos de camisa.
Para melhor aproveitamento do tecido caso seja com trama estável
tanto na horizontal como na vertical é possível fazer cortes de mangas
com o fio na horizontal aproveitando barrados de laise por exemplo.

Fio no viés: esse tipo de corte garante leveza ao caimento e deixam as


bainhas com mais volume. Esse tipo de corte é inevitável para moldes
circulares como godê.

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Lista de alguns tipos de tecidos importantes para
confecção de peças do vestuário

ALFAIATARIA
O alfaiate talvez tenha uma das profissões mais antigas do mundo.
Foi ele quem deu início ao movimento de moda que vivenciamos
hoje. No início da sociedade, o homem se vestia apenas como uma
forma de cobrir o corpo e se proteger das variações de temperatura.
Depois do Renascentismo, no fim do século XIV e início do século
XVII, surgiu uma preocupação estética, e o corte e o tecido de uma
roupa passaram a ser valorizados. Isso proporcionou ao alfaiate um
papel de destaque, e desde então essa arte de produzir peças
exclusivas, com conforto e qualidade vem crescendo e se
reinventando.
Composição: os tecidos usados na alfaiataria podem ser
em microfibra, lãs frias como o gabardine, sarjas, fibra com elastano
e fibra de bambu.
Caimento: costumam ser tecidos um pouco mais grossos,
mais pesados, com bom caimento para peças específicas
Utilização: os tecidos de alfaiataria são excelentes para confecção
de blazers, calças, coletes e ternos, tanto masculinos quanto
femininos.

ALGODÃO
Mais antigo que o alfaiate é o algodoeiro. As fibras
branquinhas obtidas dos frutos de algumas espécies de plantas do
gênero Gossypium, família Malvaceae já eram utilizadas em 4.500
a.C. pelos Incas, no Peru, e a Índia e a Etiópia foram as primeiras a
tecer peças de algodão em 3000 a.C. No entanto, o país que ficou
mundialmente conhecido pelo cultivo do algodão foi o Egito. Devido
ao clima e ao solo extremamente favoráveis, o algodão egípcio
plantado às margens do Rio Nilo é muito mais forte e macio. É a fibra
mais usada no mundo. Hoje, quatro tipos de algodão são utilizados
na indústria têxtil: upland, cultivado na América Central e Caribe;
egípcio; sea island, das ilhas do sudeste da América do Norte e das
Índias Ocidentais; e o asiático, proveniente da Ásia Meridional.
Composição: o algodão, em si, já é uma composição de grande
parte dos tecidos. Como exemplo podemos citar o tricoline e o
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veludo. Caimento: o caimento de uma peça em algodão depende
diretamente da quantidade de fios que ela possui. Quanto mais fios,
melhor é o seu acabamento e sua durabilidade.
Utilização: a linha de camisarias lidera a utilização do algodão.
No entanto, ele pode ser usado também para fazer calças,
bermudas,
vestidos e outras peças mais esportivas, de uso rotineiro.
Gravatas também costumam ser feitas de algodão.

CETIM
O cetim surgiu na China e era usado para descrever um tipo de
seda luxuosa. Era o tecido utilizado pela nobreza da época e por
membros do alto escalão da Igreja Católica. Chegou à Itália durante
o século XII e por volta do século XIV já estava presente em toda a
Europa.
Composição: existe uma grande variedade de cetins com
composições diferentes. Temos o cetim leve, cetim com elastano, sem
elastano, cetim charmeuse. Todos são bem parecidos com a seda,
apesar de serem mais baratos e mais fáceis de cuidar. Alguns outros
tecidos que possuem aparência acetinada também entram na gama
dos cetins, como os crepes Lorraine e Nuage. O cetim pode ser liso ou
estampado. Caimento: é um tecido um pouco mais pesado, mas que
costuma ter bom caimento, dependendo da sua composição.
Utilização: alguns cetins de qualidade inferior costumam
ser utilizados apenas como forro. É o caso do cetim Charmeuse e do
cetim com elastano. Os demais, porém, são indicados especialmente
para a Moda Noiva, na confecção de vestidos com saias esvoaçantes,
no corte godê, ou no corte sereia. Também podem ser utilizados
para confeccionar camisas.

CHIFFON
Pouco se sabe sobre a origem do chiffon, mas há registros de
que desde 1700 ele era utilizado na Europa como sinônimo de
status, riqueza e poder.
Composição: existe o chiffon sintético (100% poliéster) e o
chiffon toque de seda. Ambos são levemente transparentes, mas o
sintético é um pouco mais seco.

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Caimento: é um tecido leve, fino, mas que tem um certo peso.
Não chega a dar volume para as peças, mas proporciona um
bom caimento.
Utilização: é utilizado, especialmente, em saias bem
amplas, esvoaçantes e godês. É um tecido mais na linha popular, de
qualidade inferior ao musseline, por exemplo.

CREPE
O nome "crepe" deriva do francês e quer dizer "crespo". É um
tecido com toque mais áspero e aspecto seco, opaco e granulado.
Composição: é feito com fios altamente torcidos de seda ou lã
(natural ou sintética) e apresenta uma variedade imensa de
espessuras. Alguns são mais finos, médios, pesados, com elastano ou
sem elastano (planos). Existem diversos tipos de crepes, como o
crepe da China, crepe Georgette, crepe Marroquino e o crepe Chanel
(com um lado brilhante e outro fosco).
Caimento: é bem maleável e possui um bom caimento, que
pode variar de acordo com o tipo de crepe escolhido.
Utilização: é um tecido indicado para a confecção de saias, vestidos
e blusas.

DEVORÊ
O devorê, também conhecido como 'burnout' é, na verdade,
uma textura criada através de um processo químico que destrói uma
parte do tecido, fazendo com que ele ganhe relevos e transparências.
É um tecido proveniente da França e seu nome significa “devorar”.
Composição: os desenhos em relevo do devorê, geralmente
florais, animais prints ou arabescos, costumam ser aveludados e
podem ser aplicados em diferentes tecidos, como o tule ilusion, o
gazar, o musseline, a seda e o veludo.
Caimento: vai depender muito do tecido onde está aplicado.
Utilização: é usado na moda feminina, especialmente em vestidos
de festa.

GAZAR
É um tecido bastante antigo. Acredita-se que o nome seja
proveniente de uma cidade chamada “Gaza”, onde o tecido teria
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sido criado. Composição: é um tecido fino, leve, transparente e
arejado. Pode ser composto por 100% poliéster ou pode ser de seda
pura. Caimento: é um tecido fluido, que fica armado com mais
facilidade, mas que tem movimento.
Utilização: é muito usado para fazer vestidos de noivas,
saias esvoaçantes e também camisas com a gola mais estruturada.

JACQUARD

Uma invenção do mecânico Joseph Marie Jacquired! O jacquard


é fruto de um sistema de tear automático desenvolvido pelo francês
no final do século XVIII. Esse sistema cria um tecido com
estampas coloridas, diferentes, complexas e com relevo, originárias
do entrelaçamento dos fios. Para que os desenhos sejam feitos, uma
série de cartões automáticos perfurados programa cada movimento.
Composição: os desenhos do jacquard podem ser feitos com
fios metalizados, com fios em seda ou em algodão.
Caimento: é um tecido mais grosso, que não precisa de forro.
Utilização: Utilização: pode ser utilizado na Moda Festa e também
na Moda Casual. A diferença está no material. Aqueles com
fios metalizados são mais usados para a confecção de vestidos, já os
mistos em algodão servem também para a moda casual. Você pode
fazer calça, macaquinho, colete, tubinho, saia. Até no terno
masculino ele pode ser usado!


A lã é uma fibra natural derivada do pelo das ovelhas e dos
carneiros. Já era utilizada na Idade Antiga pelos povos nômades
como agasalho, mas a Mesopotâmia (atual Iraque) foi a pioneira na
domesticação destes animais e, por isso, suas lãs se tornaram
famosas. Não demorou para que ela se tornasse a principal fibra da
Europa, conquistando as cortes. É um tecido com bom isolamento
térmico: não aquece muito sob o sol, mantendo a temperatura
corporal mais baixa em comparação com tecidos sintéticos. Também
não amassa e é bastante confortável.
Composição: temos as lãs puras (naturais) e as lãs mistas,
também chamadas de acrílicas. As mistas podem combinar
poliéster com elastano, poliéster com lã pura e podem ser 100%
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poliéster. Caimento: a lã pura é mais pesada, já a lã mista costuma
ser mais leve e versátil.
Utilização: para casacos grandes de inverno, utiliza-se a lã pura. Já
a lã mista está presente também em blusas mais finas, de meia-
estação. Também é possível fazer vestidos e saias de lã.

LUREX
O lurex ganhou destaque nos anos 80, época em que o brilho
estava em alta. No Brasil, a novela Dancin' Days foi quem
popularizou este tecido.
Composição: é um tecido com fio metalizado ou com uma
aplicação de glitter no estilo dourado, ouro ou bronze. Quando o
brilho é aplicado, a base geralmente é malha. O fio de lurex não oxida,
não perde o brilho e nem a cor, mesmo sob a ação da umidade do ar
e do calor do corpo.
Caimento: possui um bom caimento, semelhante às malharias.
É confortável e versátil e pode ser mais leve ou mais
pesado, dependendo do fio utilizado.
Utilização: é muito comum vermos o lurex em vestidos,
casacos, blusas e até mesmo mantas e cortinas.

MALHAS
As malharias estão entre os tecidos mais antigos do mundo. É
difícil definir com precisão quando elas surgiram, mas sabe-se que
em 1.000 a.C. já existiam calções de malha usados em escavações no
Egito. Até o século XVI, toda a produção de tecidos de malha era
manual, e isso só mudou com a invenção de uma máquina de tricotar
idealizada por Willian Lee, um pastor que queria auxiliar sua esposa
na produção dos tecidos.
Composição: é composta por fios entrelaçados, onde, cada laçada
que se forma passa dentro da laçada formada anteriormente, sem que
haja um ponto fixo de ligação entre elas. Opte sempre pelo fio
penteado, ele é melhor e tem mais durabilidade além de estabilidade.
Caimento: é um tecido bem maleável, que estica bastante e
não amassa.
Utilização: por ser bem versátil, é um tecido que permite dezenas
de utilizações, especialmente na moda casual. Pode-se fazer

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roupas íntimas, pijamas, agasalhos, uniformes, moda praia, calções
e várias outras peças com ele.

MUSSELINE
Este tecido tem sua origem em Dhaka, Bangladesh, mas recebeu
este nome pois era na cidade de “Mossul”, no Iraque, que ele
era encontrado pelos comerciantes.
Composição: é um tecido muito leve, transparente, com toque
macio e delicado. Pode possuir fios de seda, acetato, viscose,
algodão, poliéster ou poliamida com torções elevadas.
Caimento: é fluido, fica soltinho no corpo e não enruga. Utilização:
saias esvoaçantes sociais, geralmente, são feitas com musselini.

ORGANZA
O nome se origina do francês, mas é um tecido originário da
Rússia, da região do antigo Turquistão, lugar famoso pelo comércio
de seda na antiguidade.
Composição: é um tecido leve, rígido e transparente, feito de seda
ou fibras sintéticas. Pode ser customizado com cores, bordados
e texturas.
Caimento: é usado para fazer peças que necessitam de volume, já
que é um tecido extremamente armado.
Utilização: a organza é bastante utilizada para fazer babados,
caracóis e godês. Também é usada na confecção de vestidos de
daminhas e debutantes e ainda pode aparecer na decoração de
ambientes, por ser um tecido de custo baixo e com leve brilho.

PAETÊS
O paetê, nada mais é, do que o tecido coberto com lantejoulas. E
essa é exatamente a tradução do termo francês pailleté que originou
o nome. Há registros de que a lantejoula já era utilizada no ano
2.000 a.C. e, naquela época, adornava as roupas de reis e rainhas
para demonstrar poder e riqueza. Nos anos 1900, Algy
Lieberman começou a produzir as lantejoulas de plástico nos Estados
Unidos, e a partir daí elas se popularizaram. Na moda, a primeira
aparição do paetê aconteceu em 1940 nas peças de Coco Chanel e
Paul Poiret.

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Composição: as lantejoulas que compõem o paetê são feitas de
vinil, mas a base onde elas são aplicadas pode variar bastante,
mas normalmente é tule ou malha.
Caimento: as peças com lantejoulas aplicadas de maneira
mais espaçada costumam ser mais leves. Já aquelas com paetês
cobrindo toda a base do tecido tendem a ficar um pouco mais
pesadas. Utilização: os paetês com lantejoulas costuradas são
bastante usados na Moda Festa. Já as peças com lantejoulas coladas
costumam aparecer em fantasias.

RENDAS
As rendas surgiram no fim da Idade Média, sobretudo na
França, Itália, Inglaterra e Alemanha. Chegaram ao Brasil no século
XVIII, através das famílias portuguesas colonizadoras. Existem
dois principais tipos de rendas: a de agulha, que é confeccionada
dando-se laçadas com o fio, em pontos simples ou complexos, o que
resulta em desenhos mais padronizados; e a de Bilros, que é formada
pelo cruzamento sucessivo ou entremeado dos fios, feito sobre o
pique - um cartão onde está o decalque do desenhos – com a ajuda
dos bilros, um artefato de madeira onde são enrolados os fios.
Composição: não importa o tipo de tecido. Se existe um fio
bordando este tecido, ele é uma renda. As mais comuns são as rendas
de algodão e poliéster que são bordadas sobre tules e telas e ainda
podem ser rebordadas com pedrarias.
Caimento: as rendas podem ser aplicadas em diversos tecidos e
a escolha desses tecidos vai determinar seu caimento.
Utilização: é a principal escolha para a Moda Festa e a Moda
Noiva, apesar de ser bastante utilizada também na moda casual.
Para as
noivas, as rendas costumam ser de duas cores: branco
natural, também chamado de off-white e o branco ótico, que é
aquele bem branco.

SEDA
É a fibra natural obtida a partir do bicho-da-seda. Este inseto
produz um filamento contínuo de proteína que dá origem a um tecido
resiste e muito macio. É uma das matérias-primas mais caras do

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mundo. Acredita-se que tenha sido descoberta por uma imperatriz
chinesa por volta do ano 2.700 a.C..
Composição: é a fibra natural usada na composição de
diversos tecidos como musseline e gazar.
Caimento: possui um excelente caimento e costuma ser utilizado
em peças mais soltinhas e que não ficam muito justas ao corpo.
Utilização: é o mais nobre dos tecidos. É utilizado na moda festa,
mas por ser uma fibra natural, as peças em seda 100% não
costumam ser usadas repetidas vezes.

TAFETÁ
É um tecido que originou-se na Pérsia (Irã) no século XVI. Seu
nome é uma derivação da palavra persa “Taftah”. Antigamente, era
utilizado pelas mulheres ricas por ser um tecido de luxo, mas hoje já
é mais popular e acessível a todas as pessoas.
Composição: ele pode ser 100% poliéster, misto com seda e
100% seda. Também existem tafetás com e sem elastano.
Caimento: é um tecido mais sequinho, que arma um pouco, mas
ainda assim possui um bom caimento. Pode ser mais leve ou mais
volumoso, dependendo da composição.
Utilização: é bastante utilizado na Moda Festa, tanto para
homens quanto para mulheres.

TRICOLINE
É um tecido de construção em tela, produzido com finos fios
de algodão penteado mercerizado. É fácil de cuidar e amassa pouco.
Composição: é um tecido 100% algodão com elastano. Caimento:
possui ótimo caimento, além de oferecer conforto térmico, com
absorção do suor e também conforto nos movimentos, devido
à presença de elastano.
Utilização: é usado, basicamente, na linha de camisaria,
tanto masculina quanto feminina; e também é bastante indicado para
a confecção de uniformes.

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TULES E TELAS BORDADAS
O tule surgiu por volta dos anos 1700 em uma cidade
francesa chamada Tulle e desde os anos 1800 já era utilizado nos
figurinos de ballet.
Composição: o tule é um tecido construído com fios entrelaçados
que criam uma rede transparente, mas bastante firme e estável. Pode
ser de malha, ilusion e de armação. A tela é bem parecida, mas seus
fios se entrelaçam de maneira mais espaçada, o que torna as tramas
do tecido mais abertas.
Caimento: o tule de malha acaba sendo mais flexível e molinho do
que os demais, e o de armação confere bastante volume às peças.
Utilização: os tules e as telas bordadas estão presentes, sobretudo,
na Moda Festa. Podem compor apenas algumas partes de um
vestido, como as mangas, ou podem estar por todo ele.

VELUDO
É um tecido bastante antigo. Sua origem remonta aos séculos X e
XV e há registros de que tenha sido criado na Índia, apesar de ter
sido fabricado exclusivamente na Itália durante um longo período.
Composição: qualquer tecido que apresenta pelos curtos e tem
o aspecto aveludado pode ser considerado um veludo.
Normalmente, esse veludo é aplicado sobre uma trama de algodão.
Existem vários tipos de veludos: liso, cotelê, alemão.
Caimento: é um tecido quentinho e um pouco mais pesado, mas
com ótimo caimento para diversas peças.
Utilização: pode ser usado para confeccionar vestidos, calças,
paletós, saias, coletes, macaquinhos e até mesmo na alfaiataria
masculina, como estampa no tecido no jacquard.
ATENÇÃO: Independentemente do tipo de veludo escolhido, lembre
se de mantê-lo bem longe do ferro de passar! Isso é muito
importante na hora da confecção. Se o ferro quente encostar no
veludo, ele deixa uma marca irreversível.

VISCOSE
É a primeira fibra têxtil artificial. A viscose é produzida a partir de
um elemento natural que é o linter da semente do algodão e teve
sua produção iniciada em 1905.

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Composição: é fibra artificial e costuma dar origem à tecidos lisos
e estampados.
Caimento: é um tecido leve e fresco, que apresenta bastante
caimento.
Utilização: este é um tecido mais usado para a confecção
daquelas roupas do dia a dia. É altamente indicado para o verão e
para roupas esportivas, mas também aparece sempre em saias
longas, vestidos, blusinhas, regatas e camisetes.

SHANTUNG
É um tecido originário da província chinesa Chantung. Composição:
é produzido com fio de seda ou de poliéster e apresenta sempre
pequenas saliências, como se fossem pequenos arranhões. Pode
apresentar elastano.
Caimento: é um tecido leve e mole, apesar de ser um pouco
mais grosso.
Utilização: é bastante utilizado na Moda Festa para confeccionar
saias e vestidos. Homens não utilizam este tecido.

TECIDOS INDICADOS PARA FORROS


São os tecidos utilizados por baixo do tecido principal. Ajudam a
dar acabamento e volume às roupas e garantem também o conforto
da peça.
Composição: os tecidos mais utilizados como forro são o cetim,
o shantung, o tafetá, o chiffon e o crepe.
Caimento: vai depender muito do tecido escolhido.
Utilização: todas as peças da Moda Festa e Moda Noiva pedem
um forro, além de ternos, blazer e algumas peças de alfaiataria.

DICAS DE UTILIZAÇÃO

* Para mais soltas e com leveza prefira tecidos com mais fluidez
como: Cetim, Musseline, Viscose, Crepe de seda ou Georgette,
Cambraia, Chiffon.

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* Para aquelas roupas mais justas e estruturadas, no estilo
alfaiataria por exemplo, é melhor usar os tecidos intermediários
como um Cetim mais encorpado, Brim, Piquet, Crepe, Tafetá,
Shantung, Chamois e a Sarja Acetinada.

* Para roupas de inverno, que normalmente são mais grossas


e pesadas, dando maior volume, opte pelos Veludos, Lã, Tricô,
Tweed, Jacquard ou Bloucle.

Nomenclatura dos tecidos de acordo com


suas características

Segue abaixo a nomenclatura dos tecidos apresentada pela


Interface Engenharia Aduaneira apresenta interessante, uma lista
com a nomenclatura de diversos tipos de tecidos, auxiliando aos
que trabalham no setor têxtil. As informações detalham a forma
de produção de cada tecido e as fibras utilizadas. É bem interessante.

ACETATO
Nome dado a vários tecidos produzidos a partir de fios de acetato.

ADAMASCADO
Originário da cidade de Damasco é o tecido Jaguard, muito
usado para estofamentos, conhecido também como Damasco ou
Damascado caracterizado por desenhos formados pela utilização de
fios opacos e brilhantes.

ALBENE
Tecido produzido com fio de acetato opaco, usado para
roupas externas.

ALGODÃO e ALGODÃOZINHO Nome dado à variedade de tecidos


produzidos com essa fibra, tais como tricoline, chita, popeline, entre
outros.

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ALPACA
É originário de um tecido antigo e brilhante, produzido com os
fios dos pelos da Alpaca. Atualmente é produzido à base de algodão
ou viscose, sendo muito utilizado em forros de roupas.

ANARRUGA
Nos Estados Unidos é conhecido como Seersucker. Trata-se de
um tecido cuja principal característica é ter um efeito enrugado
ou plissado no urdume ou na trama. Tal característica é obtida por
meio da utilização de fios com encolhimentos diferentes.

ANGORÁ
Conhecido também como Mohair, é o nome dados aos tecidos
feitos com fios de pelo da cabra Angorá.
ANIAGEM
Usado principalmente para sacaria, caracteriza-se como um
tecido grosseiro feito de juta, sisal ou cânhamo.

ARRASTÃO
Com boa ventilação e baixa gramatura é um tecido com
ligamento aberto formando furos.

ASTRACÃ
Tecidos baseados na imitação da pele desse animal.

ATADURA
O mesmo que gaze.

ATOALHADO
É originário da França, mas conhecido no Brasil como Felpa
ou Felpudo e nos Estados Unidos como Terry. Tecido que
caracteriza-se por possuir fios em forma de laços, que da estrutura
básica emergem, possibilitando um efeito felpudo em uma ou ambas
as faces. É muito usado em toalhas de banho, roupões, entre outros.

BAETA
Tecido caracterizado por ser feito de lã, com efeito felpudo.

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BAILARINA
Tecido de gramatura média, produzido à base de malha de
poliamida texturizada.

BANDAGEM
O mesmo que Gaze.

BATIK
Tecido que imita o processo artesanal de mesmo nome. Caracteriza
se por ser estampado.

BATISTA
Originado a partir do nome do tecelão francês Jean Baptiste. É
um tecido de cambraia de linho ou algodão, fino e transparente,
com ligamento tela.

BAYADERE
Tecido cujas características são as listras largas de cor, brilho
ou aspecto diferente, no sentido da trama.
BOTONÊ
Com efeito de coco ralado é um tecido fantasia feito à base de fios
de fantasia do mesmo nome. Têm pequenas bolas de fibras
enroladas.

BOUCLÊ
De textura crespa, é produzido com fio de fantasia do mesmo
nome, com efeito, fantasia de laçadas.

BRIM
Feito geralmente de algodão, é um tecido grosso, muito utilizado
para confecção de calças, blusões, jaquetas, macacões,

BROCADO
Com nome originado no italiano Broccato, é um tecido de seda
ou filamentos sintéticos entremeados com fios metálicos,
formando desenhos em alto relevo.

CALANDRADO
O mesmo que Gaufrê.
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CAMBRAIA
Nome originado da cidade de Cambraia, França. Trata-se de
um tecido de algodão ou linho leve, que possui ligamento tela,
para camisas e blusas finas. Já a cambraia de lã é um tecido mais
pesado em ligamento sarja com fios de cores contrastantes no
urdume e na trama, usado para ternos.

CAMURÇA
Imitando a camurça natural, é um tecido de lã feltrada.

CANELADO
Tecido caracterizado pela presença de listras verticais ou
horizontais, que, em relevo, são formadas a partir do ligamento
reps.

CANVAS
Muito utilizado para calças jeans, é um tecido denso de algodão
em ligamento tela.

CARPETE
Tecido correspondente a peças produzidas para forração sob
medida, fato que o difere do tapete.
CASHMERE
Tecido originário da Índia, caracterizado pelas estampas
de medalhões.

CASIMIRA
Tecido que tem como base a lã ou poliéster, utilizado para a
confecção de ternos, tailleurs, entre outros.

CETIM
É um tecido brilhante, macio e liso, resultante do ligamento. Para
a obtenção de seu brilho é feito o desligamento dos fios de trama
no direito do tecido.

CHALLIS
É originário da Índia, em Hindu significa toque agradável. Trata-se
de um tecido produzido com viscose fiada.

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CHAMALOTE
O mesmo que Moiré, caracterizado pelo efeito de ondas obtidas
por meio de calandragem.

CHAMBRAY
Similar ao índigo é um tecido com ligamento tela e gramatura
média.

CHAMOIX
O mesmo que Camurça.

CHAPE
Tecido cujos fios são resíduos de Seda.

CHARMEUSE
Com trama suplementar no avesso, é um tecido cetim crepe.

CHENILLE
Muito utilizado para roupões e colchas, trata-se de um tecido
felpudo de Algodão.

CHEVIOT
Originário da Escócia, recebe esse nome devido aos carneiros da
raça. É o nome dado ao tecido de lã e a similares com aspecto e
toque semelhantes.
CHEVRON
Tecido de origem francesa que imita o desenho do cheyron,
muito utilizado em confecções masculinas. Possui ligamento espinha
de peixe.

CHIFFON
Originário do francês, onde significa trapo. É um tecido muito fino
e transparente de seda ou de filamentos químicos bem torcidos
para confecções femininas.

CHINTZ
Tecido usado especialmente em tapeçaria e artesanato, feito
de algodão brilhante por calandragem.

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CHITA
Estampado em diversas cores é um Tecido leve feito de
algodão cardado.

CHITÃO
Tecido chita, caracterizado por ser mais grosseiro.

CIRÊ
É conhecido também como Glacê ou Laquê. Possui
superfície brilhante, resultante do acabamento por calandragem.

CLIDELIA

Parecido com a flanela é um tecido de viscose fiada leve,


com ligamento sarja.

CLOQUÊ
Originário da França é um tecido encrespado de seda.

COINIZADO
Tecido obtido pela colagem de 2 tipos diferentes de tecidos.

CORDUROY
O mesmo que cotelê.

COTELÊ
Originário da Inglaterra, é um tecido forte, caracterizado por
estrias verticais, nome dado também ao tecido de veludo com o
mesmo efeito.
CREPE CETIM
Crepe com ligamento cetim, originário da China.

CREPE DA CHINA

Também originário da China, caracteriza-se por ser um crepe


muito fino e leve de seda, tinto ou estampado.

CREPE DE LÃ
Tecido resultante de fio de lã penteada e muito torcida.

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CREPE GEORGETTE
Originário da França, trata-se de um tecido de crepe muito leve
e transparente, feito de seda ou fios químicos.

CREPE MARROCAIN
Tecido crepe marroquino, parecido com o Crepe da
China, diferenciando-se desse por ser mais pesado e mais
granulado.

CREPE MOUSSE
Originário da França, é um crepe com ligamento granitê,
que ressalta a textura granulada.

CREPE ROMAIN
Originário da Itália, é similar ao Crepe Georgette, mas
com ligamento Panamá.

CREPE SUSETTE
Crepe com fios de um só sentido de torção.

CREPE
Tecido produzido com fios dispostos alternadamente 2S e 2Z
na trama e no urdume. Possui aspecto granulado e áspero resultantes
da alta torção de fios naturais ou com fios químicos ou naturais com
alta torção. É derivado da palavra francesa crêpe que significa
crespo.

CREPOM
Tecido com aspecto plissado ou ondulado no sentido do urdume,
feito de crepe de algodão.

CRETONE
Originário do Francês Cretone, é um tecido fechado de algodão
com ligamento tela, usado para lençóis e fronhas.
CRISTAL
Tecido que lembra o cristal por seu efeito de brilho.

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CRU
Nome dado a tecidos de aspecto rústico, geralmente de algodão,
que não passaram por processos de beneficiamento, além da purga.

DAMASCADO
O mesmo que adamascado.

DAMASCO
O mesmo que adamascado.

DENIM
Em inglês significa brim. Muito utilizado para calças jeans, é
um tecido de algodão cru e pesado ou com fios de urdume tintos
em índigo e fios de trama brancos em ligamento sarja 2X1 ou 3X1.
É derivado da cidade francesa Nimes.

DEVORE
Tecido obtido a partir de um tecido com fio celulósico binado com
fio de filamentos sintéticos, que apresenta desenhos com efeitos
de transparência, resultantes da utilização de produtos corrosivos
que destroem a fibra celulósica.

DIAGONAL
Tecido com riscas diagonais bem nítidas em ligamento sarja.

DOUBLE-FACE
Tecido com faces reversíveis, Tecido que pode ser usado tanto
pelo direito como pelo avesso, por possuir faces reversíveis. É
chamado no português de dupla-face.

EMBORRACHADO
Tecido com aparência de cobertura de borracha resultante
da aplicação de resina.

ENTRETELA
Tecido usado para forros, cós, obtido pelo endurecimento do
algodão com goma.

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EPONGE
O mesmo que esponja.
ESCOCÊS
Conhecido também como Tartan é originário da Escócia,
servindo para indicar os vários clãs. Pode ser encontrado em Sarja ou
Tela xadrez em diversas cores.

ESPINHA DE PEIXE
Tecido caracterizado pelo efeito zigue-zague com ligamento
sarja quebrada, semelhante às espinhas de peixe.

ESPONJA
Tecido de aparência grosseira e peluda, constituído de algodão
ou rayon.

ESTAMPADO
Nome dado aos tecidos que são submetidos a estampagem a
quadros, cilindro ou termo- transferência.

ÉTAMINE
Também conhecido como lãzinha, é um tecido leve de lã.

FAILLE
Tecido de seda ou filamentos químicos, com nervuras no sentido
da trama, é fino e macio.

FAILLETE
Variação do tecido Faille, porém mais fino.

FALSO GIRO
Tecido que apresenta pequenos espaços entre o ligamento dos
fios de urdume com os de trama, imitando o Giro inglês.

FELPA
Do italiano Felpa. O mesmo que atoalhado.

FELPU
O mesmo que atoalhado.

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FELTRO
Produzido por feltragem e empastamento, trata-se de um tecido
de fibra de lã, usado para agasalhos, bolsas, chapéus, etc.

FIL-A-FIL
Tecido que possui listras verticais muito finas resultantes do uso de
um fio de cor e um fio branco de forma intercalada, tanto no
urdume como na trama.

FLAME
Tecido que apresenta pontos mais grossos e pontos mais
finos, produzidos com o fio fantasia que possuem o mesmo nome,

FLANELA
Tecido geralmente xadrez de ligamento sarja com
acabamento escovado. É feito de algodão ou lã.

FLOCADO
Tecido estampado com flocos de fibras curtas de rayon aderidos
com cola, de algodão fino como Cambraia.

FUSTÃO
Originário do Egito, onde é conhecido como Fustan, é um
tecido pesado de algodão com ligamento reps que formam estrias no
sentido do urdume.

GABARDINE
Tecido com ligamento sarja 2X1 ou 2X2, e efeito diagonal
acentuado. Originário da Espanha, onde significa “proteção
climática”. É feito de algodão ou lã puros ou com poliéster.

GAUFRÊ
Tecido calandrado a quente com cilindros cravados para obtenção
de efeitos de relevos.

GAZE INGLESA
Tecido aberto que imita a estrutura de um cesto. É produzido
com ligamento Panamá.

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GAZE
Conhecido como bandagem é um tecido especialmente utilizado
para ataduras e fins hospitalares. Trata-se de um tecido bem leve e
aberto de algodão cardado, com armação tela.

GINGHAN
Tecido originário da Malásia, onde significa tecido de algodão
das Índias Orientais. Pode ser listrado ou xadrez em algodão, lã ou
fibras químicas.
GIRO INGLÊS
Originário de Lion na França. Também é conhecido como
Leno, sendo uma imitação da Gaze inglesa. Caracteriza-se por
ser leve e transparente, com estrutura aberta amarrada por fios
de urdume que se cruzam como malhas.

GLACÊ
Com um barulho semelhante a papel amassado, é um tecido de
seda.

GOBELIN
Tecido originário da França, produzido por artesãos reais
chamados Gobelins. Caracterizado por possuir desenho Jacquard
onde os fios de urdume deixam aparecer a trama mais clara ou mais
escura provocando um efeito glacê. Trata-se de um estilo muito
utilizado em decoração, por ser rico em detalhes e cores.

GORGURÃO
Tecido usado para estofamento e calças, caracterizado pelo
efeito canelado geralmente no sentido da trama. É feito de algodão,
viscose, seda e outros fios mistos.

GRANITÊ
Conhecido também como Musse, é caracterizado pela aparência
de crepe ou granito. É um tipo de tecido resultante de diversos tipos
de fibras, obtido por ligamento especifico e pela utilização de fios
com elevada torção, ou pelos dois processos.

GUIPIRE
Tecido que imita renda fina feita à mão.
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GRISETTE
Tecido pesado, fechado e rústico de lã.

HELANCA
Tecido elástico, produzido da texturização do fio de poliamida
por falsa torção geralmente colocado na trama. Utilizado para calças
e bermudas, seu nome é derivado de marca registrada do
fio texturizado.
HONEYCOMB
O mesmo que Ninho de Abelha.

IKATE
Tecido em que os fios de urdume são estampados antes de
tecerem, produzindo um desenho quando se entrelaçam com a
trama no tear.

ÍNDIGO
O mesmo que Jeans.

JACQUARD
Tecido que possui desenhos grandes, detalhados e com
grande combinação de cores, resultante de ligamentos
praticamente independentes para cada fio urdume. O nome do tecido
é derivado de Joseph Marie Jacquard, o francês que inventou o
aparelho que possibilita o efeito.

JAVANESA
Tecido com filamento de viscose no urdume. Muito utilizado na
moda feminina, é fiado na trama.

JEANS
Conhecido também como Brim ou Denim. Corresponde-se ao
antigo nome inglês do fustão em Sarja.

JERSEY
Utilizado para lingerie, é um tecido de malha leve e de
ligamento simples.

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JUTA
Nome dado aos tecidos produzidos com fios de juta.

LAISE
Tecido originário da França, é feito de algodão, caracterizando-se
por se leve.

LAMÊ
Originário da França, é um tecido brilhante produzido com fio de
seda ou de filamentos químicos. É muito utilizado para moda
feminina e Carnaval.
LAQUÊ
O mesmo que Cirê.

LAWN
Originário da cidade francesa de Lyon é um tecido fino de
algodão penteado, semelhante a uma cambraia, caracterizando-se
por ser suave.

LAZINHA
O mesmo que etamine.

LENO
O mesmo que Giro-Inglês.

LINGERIE
Usado em roupas intimas femininas, blusas e vestidos. É um
tecido de seda ou de filamentos químicos,

LINHO
Tecido fabricado com fibra de mesmo nome ou Rami. Caracteriza-
se por seu peso médio e pelo ligamento tela ou cetim na confecção
de ternos.

LISTRADO
Tecidos caracterizados por listras estampadas ou de fios tintos,
no sentido do urdume ou da trama.

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LONA
Tecido produzido com algodão. Fato que faz ele ser muito pesado
e fechado. Pode ou não ter acabamento impermeabilizante,
sendo muito utilizado encerados, barracas, etc.

LONITA
Muito usado para jaquetas, é um tecido consistente de algodão liso
ou xadrez.

LYCRA
Tecido elástico produzido com fios que contém elastano.
MADRAS
Tecido com efeito xadrez e listras de várias larguras e cores.
É originário de Madras, na Índia.

MAQUINETADO
Nome dado aos diversos tipos de tecidos com ligamentos
trabalhados de grande rapport. Geralmente, são produzidos em
teares com Maquineta.

MARQUISETTE
Tecido leve e transparente utilizado para confecção de cortinas.

MATELASSÊ
Tecido com efeito em alto relevo, dando uma aparência
de acolchoado. Normalmente emprega-se uma trama especial
de enchimento, que dá o toque fofo característico.

MELTON
Usado na fabricação de roupas de inverno é um tecido fechado
e felpudo produzido com fio de lã cardada. É originário da cidade
de Melton, Inglaterra.

MICROFIBRA
Tecido de poliamida ou poliéster, resultante da combinação de
fios com filamentos individuais iguais ou menores do que 1 Denier.

MOHAIR
O mesmo que Angorá.
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MOIRÉ
O mesmo que Chamalote.

MORIM
Tecido leve, usado especialmente para forro, produzido a partir
de algodão cardado.

MUSSE
O mesmo que Granitê.

MUSSELINE
Tecido leve fabricado com fio de seda ou filamentos
químicos. Caracteriza-se por ser transparente e produzido com alta
torção. É originário de Mawsil, Turquia.
NINHO DE ABELHA
Também conhecido com favo de mel, recebe esse nome por
se assemelhar a uma colméia em relevo. É originário da
França, conhecido em inglês como Waffle ou Honeycomb.

NYLON
Tecidos fabricados com fios de poliamida.

OTOMANO
Tecido que se caracteriza por nervuras acentuadas no sentido
da trama, devido ao ligamento reps. É originário da Turquia.

OXFORD
Originário de Oxford na Inglaterra, é um tecido de algodão
com ligamento tela. Possui densidade idêntica de urdume e trama.

OXFORDINE
Muito utilizado na fabricação de camisas. Trata-se de uma
variação do tecido Oxford, porém leve, de algodão e produzido com
fio branco no urdume e tinto na trama.

PATCHWORK
Tecido que possui aspecto de colcha de retalhos, resultante
da emenda de retalhos coloridos, que se contrastam.

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PANAMÁ
Tecido de lã com ligamento panamá. De aspecto brilhante pode
ser puro ou misto. É originário no Panamá. É usado para roupas
externas masculinas.

PELE DE PÊSSEGO
Tecido macio como a pele do pêssego, de face escovada,
geralmente produzido com poliamida.

PELÚCIA
Tecido com pelugem de fibras químicas compridas. Caracteriza-
se por ser um veludo felpudo. Imita o pelo de animais.

PERCAL
Originário da Pérsia. Tecido de algodão puro ou misto, na maioria
das vezes estampado, com ligamento tela, usado para lençóis por ser
leve.
PERCALINE
Tecido engomado de percal.

PIEDE-deCOQ
Semelhante ao Pied-de-poule, possui efeitos geométricos maiores.

PIED-DE-POULE
Tecido que imita os dedos dos pés de galinha apresenta-se
em quadriculado geométrico.

PIQUE
Significa em francês picado. Caracteriza-se por apresentar
saliências em forma de losangos distribuídos uniformemente pela
superfície do tecido.

PLISSADO

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BIBLIOGRAFIA

DUARTE, Sonia. MIB: Modelagem Insdusttial Brasileira: tabelas


de medidas / Sonia Duarte – 4 ed – Rio de Janeiro: Guarda Roupa,
2019.
PORTEIRO, Walter Porteiro Textile Solutions, 2020.
Nomenclatura dos tecidos de acordo com sua características.
Disponível em: http://www.walterporteiro.com.br/nomenclatura-
dos-tecidos/ . Acesso em: 17 dez. 2020.
MAXIMUS TECIDOS, Maximus Tecidos, 2020. Dicionário de
tecidos. Disponível em:
https://www.maximustecidos.com.br/dicionario-de tecidos-h21/ .
Acesso em: 17 dez. 2020.

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