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FS PQI 42

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Ed.02
ÁCIDO CLORÍDRICO
Data:Out/03

1. IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA

1.1 Identificação da substância:


Nome do Produto: Ácido Clorídrico ou Ácido Muriático
Nome Químico: Ácido Clorídrico

1.2 Utilização da substância


Principais aplicações: Indústria química, metalúrgica, farmacêutica, têxtil, vidro, cerâmica,
tratamento de metais, tratamento de águas, agente de regulação de pH.

1.3 Identificação da Empresa


Fornecedor: Quimitécnica.Com- Comércio e Indústria Química SA
Endereço: Rua 35, nº 27A- Parque Empresarial do Barreiro
Caixa Postal 5106 2831-904 Barreiro
Telefone: 21 206 9100
Fax: 21 206 9196
E.mail: quimitecnica.com@quimitecnica.pt

1.4 Número de telefone de emergência:


QuimiTécnica.com: 21 206 91 00
Telefone do Centro de Informação Anti-Venenos: 808 250 143 INEM: 112

2. COMPOSIÇÃO / INFORMAÇÃO SOBRE OS COMPONENTES

Substância
Nome Químico: Ácido Clorídrico
Formula Química: HCl ( solução aquosa )
Número CAS:7647-01-0 ( cloreto de hidrogénio gasoso)
Número CE: 231-595-7
Número ID (Anexo I): 017-002-01-X
Classificação de perigo: C - Corrosivo
Frases de Risco: R34-37 (provoca queimaduras – irritante para as vias respiratórias)

Parque Empresarial do Barreiro, Rua 35 n.º 27Caixa Postal 5106 – 2831-904 BARREIRO
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3. IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS

3.1 Principais perigos:


Corrosivo. Reage violentamente com bases fortes. Em contacto com metais liberta
hidrogénio, podendo formar misturas explosivas com o ar.

3.2 Sintomas e efeitos para a saúde humana


Provoca queimaduras graves e dolorosas em contacto com a pele, olhos e mucosas.
A inalação dos vapores provoca tosse, sufocação, irritação do tracto respiratório, edema
pulmonar e colapso cardiovascular.
A ingestão provoca queimaduras dolorosas (boca, garganta, esófago e estômago), vómitos,
diarreia e estado de choque com risco de perfuração do tracto gastrointestinal e colapso
cardiovascular.

4. PRIMEIROS SOCORROS

4.l. Inalação
Remover o sinistrado para zona arejada. Avisar imediatamente o médico. Se o paciente
respira normalmente, conserva-lo apenas quente em descanso e em posição confortável.
Administrar oxigénio se a respiração se efectuar com dificuldade. Efectuar respiração
artificial se o paciente não respira e aplicar oxigénio após a sua recuperação. Na irritação da
garganta, a administração de leite pode aliviar o desconforto. Na tosse persistente dá bons
resultados a administração de um estimulante suave como chá ou café.

4.2. Contacto com a pele


Retirar vestuário contaminado debaixo de um chuveiro de emergência. Lavar imediata e
abundantemente a pele exposta com água. Não utilizar neutralizantes. Secar com toalha sem
esfregar. Evitar o resfriamento do sinistrado, cobrindo-o com roupa macia. Consultar um
médico.

4.3. Contacto com os olhos


Com as pálpebras abertas, lavar imediata e abundantemente com água (mínimo 10 minutos).
Consultar imediatamente um médico.

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4.4. Ingestão
Providenciar urgentemente o seu transporte para o hospital.
Lavar a boca com água abundante.
Não provocar o vómito.
Se o sinistrado estiver perfeitamente consciente dar de beber grande quantidade de água ou
leite, sempre em quantidade para não provocar o vómito.

5. MEDIDAS DE COMBATE A INCÊNDIOS

5.1. Meios adequados de extinção


Produto incombustível. Utilizar os meios adequados às matérias em combustão. Utilizar água
pulverizada para arrefecimento dos reservatórios expostos ao fogo.

5.2. Riscos especiais


Rebentamento de recipientes estanques em caso de aquecimento.
No caso de decomposição por acção do fogo ou em contacto com a maioria dos metais
comuns liberta hidrogénio gasoso o qual pode formar misturas explosivas com o ar.

5.3. Equipamento de protecção para combate ao incêndio


O pessoal de combate ao incêndio deve utilizar equipamento autónomo de respiração de
pressão positiva e vestuário de protecção de combate a incêndios (capacete, casaco, calças,
luvas e botas).
Evitar o contacto com este material durante as operações de combate a incêndio.

5.4. Outras informações


Manter as pessoas estranhas afastadas do local.
O pessoal de intervenção deve manter-se sempre com o vento pelas costas e afastado das
zonas baixas.
Caso seja possível, remover os recipientes da área do incêndio.

6. MEDIDAS A TOMAR EM CASO DE FUGA ACIDENTAL

6.1. Precauções pessoais


Para equipamento de protecção ver 8
Intervir sempre com o vento pelas costas

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6.2. Precauções ambientais


Controlar o derrame de forma a evitar a sua entrada nos esgotos ou nas águas de superfície.
Evitar a contaminação da água do subsolo.

6.3. Métodos de limpeza


Conter o derrame recolhendo o produto derramado para contentor apropriado.
Utilizar pedra calcária, cal ou carbonato sódico para neutralizar. A neutralização deve ser
feita com cuidado uma vez que podem ser libertadas grandes quantidades de calor e vapor.
Limitar o produto derramado com terra ou areia e recolher os resíduos em recipientes
adequados.
Lavar a parte residual abundantemente com água.
Se a quantidade derramada for elevada e em local fechado, mantê-lo arejado, pois o ambiente
pode ficar concentrado de vapores de ácido clorídrico.
Se o derrame ocorrer na via pública, sinalizar e participar às Autoridades e Bombeiros.

7. MANUSEAMENTO E ARMAZENAGEM

7.1. Manuseamento
Medidas Técnicas
Exaustão / ventilação do local de trabalho.

Recomendações de segurança
As usuais para manuseamento de produtos químicos.
Abrir e manipular as embalagens com cuidado, sempre em áreas com ventilação adequada.

7.2. Armazenagem
Condições de armazenagem
Os locais de armazenagem devem ser amplos, bem ventilados e ao abrigo da incidência
directa da luz.
A área envolvente à armazenagem e equipamentos deve dispor de bacia de retenção.
Manter os recipientes bem fechados e afastados de fontes susceptíveis de provocar calor, e de
matérias incompatíveis.
Os depósitos e sistemas de ligação para descarga devem estar ligados a dispositivos de
absorção de vapores de ácido clorídrico ou a colunas de neutralização.
Os locais de descarga, armazenagem ou utilização devem estar equipados com chuveiro e lava
olhos de emergência e sinalização de segurança;

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Incompatibilidades
Evitar contacto com metais, bases fortes, agentes oxidantes, carbonetos, sulfuretos,
hipoclorito.

Materiais recomendados
Poliéster reforçado, polietileno, polipropileno, PVC, aço ebonitado ou grês.

8. CONTROLO DA EXPOSIÇÃO/PROTECÇÃO INDIVIDUAL

Limite de exposição:
Valor Limite de Exposição ( 8 horas / dia - média ponderada ): 8mg/m3 (5 ppm)
Valor Limite de Exposição ( curto prazo - 15 minutos ): 15mg/m3 (10 ppm)
Conforme Decreto-Lei 290/2001 de 16 de Novembro
Valor Limite de Exposição (concentração máxima: 5 ppm) conforme NP 1796 2004

Protecção respiratória
Em ambiente de neblina / fumos, quando os limites de exposição ocupacional são
ultrapassados, utilizar máscara de protecção com filtro tipo E-P2.
Em caso de emanações importantes e em ambientes confinados não suficientemente
ventilados, utilizar equipamento de respiração autónomo.

Protecção das mãos


Utilizar luvas de neoprene, PVC, ou borracha.

Protecção dos olhos


Utilizar óculos ou viseira de protecção.

Protecção da pele
Avental ou fato de neoprene ou PVC impermeável.

Equipamento de emergência colectivo


Lava olhos e chuveiros de emergência localizados nas proximidades da área de trabalho.

Medidas de Higiene
Não comer, beber ou fumar durante a utilização.
Tomar sempre banho após o trabalho.

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Protecção Ambiental
Respeitar a regulamentação sobre efluentes aquosos ( Decreto – Lei 236/98)
VLE ( valores limites de emissão): pH a 20º C: 6,0 a 9,0

9. PROPRIEDADE FÍSICAS E QUÍMICAS

Aspecto: Líquido fumante


Cor: Incolor ou levemente amarelado
Odor: Acre
Temperatura de ebulição: 75ºC
Temperatura de solidificação: -40ºC
Temperatura de inflamação: Não inflamável
Tensão de vapor a 25ºC: 60 hPa
Massa volúmica a 20ºC: 1,16 g/cm3
Solubilidade: Em Água, Etanol e Éter
PH: < 1
Estas propriedades são referentes a uma solução com concentração = 33% HCl

10. ESTABILIDADE E REACTIVIDADE

Estabilidade:
O produto é estável à temperatura ambiente. A temperaturas elevadas liberta-se HCl gasoso,
baixando a concentração da solução até se atingir a concentração azeotrópica (20,2% HCl). A
partir desta concentração a temperatura de ebulição mantém-se constante (109 ºC) e a
concentração mantém-se inalterada

Condições a evitar:
Fontes de calor e luz solar directa

Materiais a evitar:
Bases fortes e agentes oxidantes (reacção violenta)
Metais ( provoca libertação de hidrogénio)
Hipoclorito ( provoca libertação de cloro)

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11. INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA

Toxicidade aguda:
Via oral DL50 (Coelho)= 900 mg /kg
Inalação CL50 (Ratazana)= 3124 ppm/1hr

Efeitos para a saúde:

Contacto com os olhos:


Provoca irritação intensa, lacrimejo, inflamação do tecido conjuntivo, queimaduras. Risco de
lesões graves e permanentes. Risco de perda de visão.
Contacto com a pele:
Provoca irritação dolorosa, queimaduras profundas. Risco de estado de choque
Ingestão:
Provoca queimaduras dolorosas (boca, garganta, esófago e estômago), vómitos, diarreia e
estado de choque com risco de perfuração do tracto gastrointestinal e colapso cardiovascular.
Inalação de vapores:
Provoca tosse, sufocação, irritação do tracto respiratório, edema pulmonar e colapso
cardiovascular.

12. INFORMAÇÃO ECOLÓGICA

Ecotoxicidade
CL50 (peixes: Lepomis macrochirus) / 96 horas = 20 mg/litro
CL100 (peixes: Lepomis macrochirus) / 24 horas = 36,5 mg/litro
CE50 /(Daphnia) / 24 horas = 56 mg/litro
O efeito da toxicidade é devido ao pH. O produto neutralizado não tem efeitos adversos nos
organismos aquáticos.

Mobilidade
Absorção/dessorção: Infiltra-se rapidamente no solo. Elevada solubilidade em água. Elevada
volatilidade

Persistência e degrabilidade
Ioniza-se imediatamente em meio aquático seguido de neutralização natural.

Potencial de bioacumulação
Não aplicável ( produto inorgânico)

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13. QUESTÕES RELATIVAS À ELIMINAÇÃO

Tratamento de resíduos
Tratar os resíduos de acordo com a regulamentação local e nacional.
Neutralizar com uma base (calcário, cal, carbonato de sódio)

14. INFORMAÇÕES RELATIVAS AO TRANSPORTE

Este produto é abrangido pelos regulamentos aplicáveis ao transporte de mercadorias


perigosas.

Nº ONU : 1789 Nº de Perigo : 80

Classificação ADR: Classe 8, Grupo de embalagem II, Etiqueta nº 8


Designação para transporte: 1789 Ácido Clorídrico, 8, II ADR

15. INFORMAÇÃO SOBRE REGULAMENTAÇÃO

Rotulagem: DL330 A/98 e DL 195-A/2000


Classificação: C – Corrosivo ( para concentrações superiores a 25% HCl)
Frases Risco: R34- provoca queimaduras
R37- irritante para as vias respiratórias
Frases Segurança: S(1/2)- Guardar fechado à chave e fora do alcance das Crianças.
S26-Em caso de contacto com os olhos, lavar imediata e abundantemente
com água e consultar um especialista.
S45-Em caso de acidente ou indisposição, consultar imediatamente o
médico (se possível mostrar-lhe o rótulo).

16. OUTRAS INFORMAÇÕES

Motivo da actualização: Revisão geral


Ficha de Segurança conforme a Directiva 2001/58/CE

Todas as informações constantes desta ficha estão baseadas nos conhecimentos actuais.
A Quimitécnica não aceita qualquer responsabilidade pelo uso que possa ser feito destas
informações.

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