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Empacotadora de

cereais

EMPREENDEDORISMO

Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br


Expediente

Presidente do Conselho Deliberativo

José Zeferino Pedrozo

Diretor Presidente

Décio Lima

Diretor Técnico

Bruno Quick

Diretor de Administração e Finanças

Margarete Coelho

Unidade de Gestão de Soluções

Eduardo Curado Matta

Coordenação

Luciana Macedo de Almeida

Autor

Sebrae

Projeto Gráfico

Staff Art Marketing e Comunicação Ltda.


www.staffart.com.br
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Sumário

Apresentação de Negócio ........................................................................................................................ 1

Mercado ................................................................................................................................................... 1

Localização .............................................................................................................................................. 2

Exigências Legais e Específicas .............................................................................................................. 2

Estrutura .................................................................................................................................................. 3

Pessoal .................................................................................................................................................... 4

Equipamentos .......................................................................................................................................... 5
Matéria Prima/Mercadoria ........................................................................................................................ 5

Organização do Processo Produtivo ....................................................................................................... 6

Automação ............................................................................................................................................... 7

Canais de Distribuição ............................................................................................................................. 7

Investimentos ........................................................................................................................................... 8

Capital de Giro ......................................................................................................................................... 9

Custos ...................................................................................................................................................... 10

Diversificação/Agregação de Valor .......................................................................................................... 11

Divulgação ............................................................................................................................................... 11
Informações Fiscais e Tributárias ............................................................................................................ 12

Eventos .................................................................................................................................................... 13

Entidades em Geral ................................................................................................................................. 14

Normas Técnicas ..................................................................................................................................... 14

Glossário .................................................................................................................................................. 16

Dicas de Negócio ..................................................................................................................................... 16

Características Específicas do Empreendedor ........................................................................................ 16

Bibliografia Complementar ....................................................................................................................... 18

Fonte de Recurso .................................................................................................................................... 19

Planejamento Financeiro ......................................................................................................................... 19

Produtos e Serviços - Sebrae .................................................................................................................. 19


Apresentação de Negócio / Mercado
1. Apresentação de Negócio
Cereais (comestíveis) são as plantas cultivadas por intermédio do plantio de seus
frutos (do tipo cariopse), normalmente chamados grãos, e são na maior parte
gramíneas.

Os cereais são produzidos em todo mundo, em maiores quantidades do que qualquer


outro tipo de produto e são os que mais fornecem calorias ao ser humano. Em alguns
países são praticamente a dieta inteira da população. Nos países desenvolvidos, o
consumo é moderado mas ainda substancial. O tradicional “prato” dos brasileiros é
composto por um cereal, que é o arroz.

A palavra “cereal”, tem sua origem na deusa grega Ceres, que era a deusa das plantas
que brotam (particularmente dos grãos) e do amor maternal. E o nome Ceres provém
de “ker”, de raiz Indo-Europeia e que significa “crescer”, também é raiz das palavras
“criar” e “incrementar”.

Durante o Governo de Getúlio Vargas, na década de 1940, foi instalada a primeira


colônia agrícola do Brasil. Essa colônica agrícola foi estruturada no Centro-Norte
Goiano, e foi denominada de Ceres, que até hoje existe, não mais como colônia
agrícola, mas sim como a cidade de Ceres.

O serviço prestado por uma empacotadora de cereais deverá ser concebido com visão
profissional, desde o seu projeto embrionário, o que irá requerer uma avaliação
objetiva sobre a forma de atuação, bem como as expectativas comerciais que esse tipo
de empreendimento requer. Sendo assim será necessário que seja montado um plano
de negócio. E para elaboração deste plano consulte o SEBRAE mais próximo.

2. Mercado
O setor de grãos no Brasil sempre teve uma grande produção, mas nas duas últimas
décadas vem apresentando um crescimento bastante expressivo. Isto devido,
principalmente, ao incentivo do Governo Federal, via política agrícola com vultosas
somas de recursos em financiamentos para esse setor.

Com esse contínuo crescimento produtivo de grãos, a instalação de empacotadora de


cereais apresenta-se como uma opção bastante satisfatória, em especial quando
instalada em regiões com tendência agrícola.

No entanto ressalta-se que é um mercado com forte concorrência, e geralmente


composto por grandes grupos empresariais. Além da questão da concorrência, tem
também o fato que o ideal é beneficiar os grãos, para na sequência serem
empacotados. Mas isto não significa, necessariamente, que montar uma empresa

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Localização / Exigências Legais e Específicas
nesse segmento, sem o beneficiamento, poderá ensejar em fracasso.

3. Localização
A localização de empacotadora de cereais deverá ocorrer em uma área industrial, já
que esse tipo de empresa é grande geradora de ruídos e poluentes.

Assim o empreendedor deverá procurar os distritos agroindustriais, ou nos municípios


que não contarem com esse tipo de área deverá fazê-lo em bairros que seja permitido
pelo poder público municipal.

4. Exigências Legais e Específicas


O empreendedor de uma empacotadora de cereais deverá cumprir algumas exigências
iniciais e somente poderá se estabelecer depois de cumpridas, quais sejam:

1ª Etapa: a)Registro da empresa nos seguintes órgãos:•Junta Comercial;•Secretaria da


Receita Federal (CNPJ);•Secretaria Estadual de Fazenda;•Prefeitura do Município para
obter o alvará de funcionamento;•Enquadramento na Entidade Sindical Patronal
(empresa ficará obrigada a recolher por ocasião da constituição e até o dia 31 de
janeiro de cada ano, a Contribuição Sindical Patronal);•Cadastramento junto à Caixa
Econômica Federal no sistema “Conectividade Social – INSS/FGTS”;•Corpo de
Bombeiros Militar.

b)Visita à prefeitura da cidade em que pretende montar a sua empacotadora de cereais


para fazer a consulta de local e emissão das certidões de Uso do Solo e Número
Oficial.

2ª Etapaa)Antes de iniciar a produção o empreendedor deverá obter o alvará de


licença sanitária. Para obter essa licença o estabelecimento deve estar adequado às
exigências do Código Sanitário (especificações legais sobre as condições físicas).

O empreendedor deverá atentar que em âmbito federal a fiscalização cabe a Agência


Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA -, já em âmbito estadual e municipal fica a
cargo da Secretaria Estadual de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde,
respectivamente.Por se tratar de uma empresa produtora de alimento, seu produto
deverá ser registrado junto ao Ministério da Agricultura e Abastecimento, bem como
receber autorização físico-sanitária do Ministério da Saúde via ANVISA.b)Além do
processo de registro legal da empresa, o empreendedor deverá atentar ainda a
algumas legislações específicas, conforme seguem:1.Resolução CNNPA nº. 12, de 24
de julho de 1978, da Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos;2.Lei nº.
7.967/89. Dispõe sobre o valor das multas por infração à legislação sanitária, altera

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Estrutura
a Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977, e dá outras providências;3.Portaria SVS/MS
nº. 326/97. Aprova o Regulamento Técnico. Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas
Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de
Alimentos.

As legislações abaixo são assuntos correlacionados direta ou indiretamente sobre a


produção de alimentos:

a)Decreto-Lei nº. 986, de 21 de outubro de 1969;b)Lei nº. 6.360, de 23 de setembro de


1976;c)Portaria nº. 15, de 23 de agosto de 1988;d)Portaria nº. 1.428, de 26 de
novembro de 1993;e)Portaria nº. 152, de 26 de fevereiro de 1999;f)Portaria nº. 3.523,
de 28 de agosto de 1998;g)Resolução nº. 105, de 19 de maio de 1999;h)Resolução nº.
211, de 18 de junho de 1999;i)Resolução RDC nº. 18, de 29 de fevereiro de
2000;j)Resolução RDC nº. 277, de 16 de abril de 2001;k)Resolução RDC nº. 91, de 11
de maio de 2001;l)Resolução RE nº. 9, de 16 de janeiro de 2003;m)Resolução nº. 518,
de 25 de março de 2004.

5. Estrutura
O tamanho da estrutura varia, segundo a definição do empreendedor de quais serão
os cereais que serão empacotados pela sua empresa, para na sequência identificar
capacidade operacional de seu empreendimento, aliado às condições de
comercialização.

Assim, apresenta-se abaixo uma sugestão de estrutura para uma empresa de


empacotamento de cereais, considerando o empacotamento de mais de um tipo de
cereal. Dessa forma deve-se disponibilizar espaço físico para instalação do maquinário
de empacotamento, estocagem de produto a empacotar, produto acabado, bem como
espaço para a área administrativa e de vendas. Entende-se que o ideal para o início de
uma empacotadora de cereais seja de aproximadamente 1.200 m².

Os espaços indicados acima devem ser dotados de layout adequado, respeitando a


facilidade de movimentação, conforme segue:a)PRODUÇÃO 800 m² – nesse espaço
deve-se instalar as máquinas alocadas no empacotamento e selagem dos cereais.

O maquinário deve ser disposto de forma harmônica, visando possibilitar a circulação


das pessoas envolvidas na produção entre tais máquinas, de forma segura e com
facilidade. A iluminação é um item a ser bem observado, pois, o ideal é que a área de
produção seja amplamente iluminada pela luz natural; evitando sempre que possível à
utilização de iluminação artificial, mas caso seja inevitável, deve-se optar pelas
lâmpadas fluorescentes, isto porque, tais lâmpadas não emitem grandes níveis de
calor e também não exigem tanto esforço visual dos operários.

Nesse espaço, além do maquinário deverá ser reservado um espaço para


armazenamento da matéria-prima, o que requer um grande espaço físico, pois

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Pessoal
geralmente são toneladas de produtos prontos para serem empacotados.

b)ESTOQUE 350 m² - esse espaço deve ser dotado de silos graneleiros, para
estocagem de produto prontos para empacotamento e também de palettes para
armazenamento dos produtos acabados e em condições de serem comercializados.

c)ADMINISTRATIVA E VENDAS 30 m² – da mesma forma que na linha de produção, o


mobiliário, microcomputadores, dentre outros, devem estar alocados organizadamente,
possibilitando o desenvolvimento das atividades administrativo -financeiras.

d)VENDAS 20 m² – esse espaço deverá ser dotado de mesas, cadeiras, telefones e


microcomputadores, para que seja possível atender os clientes com relativo conforto e
tranqüilidade.

6. Pessoal
O quadro de pessoal irá variar de acordo com o tamanho do empreendimento e o nível
de capacidade de produção da empacotadora de cereais, no entanto poder-se-á iniciar
as atividades operacionais com um número aproximado de 09 funcionários:a)01
pessoa para recepção;b)01 pessoa para vendas;c)01 pessoa para execução de
atividades administrativas e financeiras;d)01 pessoa para a supervisão da área
produtiva;e)01 pessoa para controle de estoques, tanto produto para embalar, quanto
de produtos acabados;f)Na área de produção:a.04 pessoas, sendo um supervisor e os
três auxiliares de produção.

Esse tipo de empreendimento, por ser um grande gerador de ruídos, deve-se


dispensar atenção especial com os funcionários da área produtiva, pois esses
profissionais ficam expostos a tais ruídos e sob riscos contínuos de acidentes
operacionais. Salienta-se que para gerir essa área faz-se necessário que o supervisor
detenha alto nível de conhecimento técnico em relação ao maquinário operado na área
produtiva da empacotadora de cereais, bem como na gestão de pessoas e conhecer
normas e procedimentos preventivos contra acidentes de trabalho.

Ressalta-se que, o empreendedor deverá estar presente em tempo integral na


empresa, principalmente na área produtiva e comercial, pois será nesse ambiente que
se configurará o sucesso de seu empreendimento, ou seja, empacotar os grãos de
cereais, tornando-os passíveis de comercialização em quantidades previamente
definidas. Enfim, o empreendedor deverá se fazer presente integralmente na gestão
completa da empacotadora de cereais.

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Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria
7. Equipamentos
Os equipamentos necessários para a montagem de uma empacotadora de cereais,
considerando uma empresa de porte médio, são os seguintes: Área
produtiva1.Secadora para cereais 2.Balanças empacotadoras3.Esteiras para cereais
4.Seladora de embalagens com datadora 5.Empacotadora 6.Balanças variadas7.Silos
para acondicionamento de cereais.

Móveis para escritório1.Microcomputador 2.Impressora a laser


3.Telefone4.Fax5.Internet 6.Arquivo 7.Mesas 8.Cadeiras 9.Máquina de calcular.

Será importante e fundamental contar com um software que possibilite à integração


das diversas áreas da empresa, sendo ideal que seja um software amigável e que
venha possibilitar a gestão integrada da empacotadora de cereais.

Também é de fundamental importância que seja feito investimentos obrigatórios em


equipamentos de EPI – Equipamentos de Proteção Individual para todos os
funcionários que estejam envolvidos no processo produtivo da empacotadora de
cereais ou que de algum forma e necessidade, tenham acesso à área de produção,
tais como botinas especiais, abafador de ruídos, protetores auriculares, luvas
especiais, óculos de proteção, dentre outros.

8. Matéria Prima/Mercadoria
A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a
demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros,
os seguintes três importantes indicadores de desempenho:Giro dos estoques: o giro
dos estoques é um indicador do número de vezes em que o capital investido em
estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido em base anual e
tem a característica de representar o que aconteceu no passado.Obs.: Quanto maior
for a freqüência de entregas dos fornecedores, logicamente em menores lotes, maior
será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice de rotação de
estoques. Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indicação
do período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as
vendas futuras, sem que haja suprimento. Nível de serviço ao cliente: o indicador de
nível de serviço ao cliente para o ambiente do varejo de pronta entrega, isto é, aquele
segmento de negócio em que o cliente quer receber a mercadoria, ou serviço,
imediatamente após a escolha; demonstra o número de oportunidades de venda que
podem ter sido perdidas, pelo fato de não existir a mercadoria em estoque ou não se
poder executar o serviço com prontidão.Portanto, o estoque dos produtos deve ser
mínimo, visando gerar o menor impacto na alocação de capital de giro. O estoque
mínimo deve ser calculado levando-se em conta o número de dias entre o pedido de
compra e a entrega dos produtos na sede da empresa.A matéria-prima principal de

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Organização do Processo Produtivo
uma empacotadora de cereais são os próprios grãos de cereais beneficiados a serem
empacotados pela empresa.

A empresa poderá optar por trabalhar com vários cereais ou focar sua capacidade
produtiva em dois ou três cereais considerados mais fáceis de serem tratados e
comercializados.

Os produtos para comercialização será o cereal empacotado.

9. Organização do Processo Produtivo


A organização do processo produtivo de uma empacotadora de cereais dar-se-á
seguindo alguns pontos principais, em especial o que defina a forma de atuação da
empresa, principalmente ao manejo dos grãos e o nível de automação utilizado pela
empacotadora.

Existem formas variadas para operacionalizar uma empacotadora de cereais, quais


sejam:•Baixa produtividade: é um sistema totalmente manualizado, sem o emprego de
máquinas. Todo o trabalho é feito artesanalmente, desde a seleção dos grãos até o
empacotamento final.•Semi-automático•Totalmente automatizado.

Descreve-se abaixo o processo produtivo semi-automático, já que o primeiro é uma


produção artesanal e o terceiro é uma produção totalmente automatizada, sendo suas
etapas definidas segundo a automação de cada máquina.SEMI-AUTOMÁTICOEsse
processo é o mais utilizado nesse tipo de empresa, pois alia tecnologia com operação
manual, o que reduz razoavelmente o custo de produção, especialmente quando o
quantitativo produzido não seja de grande escala. As principais etapas são:

•Pré-limpeza dos grãos: processa o peneiramento dos grãos em peneiras automáticas,


em diferentes bitolas. Sendo esse sistema dotado de aspiração automática visando
retirar as impurezas que possa acompanhar os grãos beneficiados e também relativos
a armazenamento em silos.•Secagem: ocorre em estruturas montadas nas saídas dos
silos, que consistem em esteiras ou elevadores que possuem sistema de ventilação
acoplado a geradores de calor. Esse processo visa deixar os cereais a serem
empacotados totalmente secos, o que possibilita aumentar o prazo de validade dos
grãos. Isto porque uma vez eliminada a umidade de tais grãos a deterioração destes
levará maior tempo.•Pesagem e Empacotamento: depois de limpos e secos, os grão
são processados em máquinas empacotadeiras, que funcionam com o uso de esteiras
ou elevadores, normalmente movidas com a pressão de ar artificial.•Lacragem dos
pacotes e impressão da data de validade: os grãos depois de pesados e empacotados
passam para a seladora. Esse equipamento tem a função de processar a lacração dos
fardos anteriormente empacotados, e de forma concomitante aplicam a impressão de
etiqueta com a data de empacotamento, validade e número do lote produzido.

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Automação / Canais de Distribuição
10. Automação
O nível de automação para esse segmento empresarial, na estrutura sugerida no
tópico Organização do Processo Produtivo, que é para uma empacotadora de cereais
com produção semi-automática, não é tão expressivo. Isto porque o processo
produtivo é relativamente simples, exceto pelo fato de que o maquinário de uma
empacotadora para esse nível produtivo já vem estruturado com o processo
automatizado, restando relativamente pouco a complementar.

Ressalta-se, no entanto, mesmo sendo um processo relativamente simples é ideal que


o empreendedor invista em automação, visando dinamizar toda a sua área de
produção, controle da capacidade produtiva e de estoque tanto de matéria-prima
quanto de produtos acabados. Além do controle de estoque faz-se necessário manter
o controle integral da área administrativa, financeira, comercial e operacional da
empresa.

Para efetuar a automação de todos os processos da empacotadora de cereais o ideal


é que tenha-se um software amigável para auxiliar na gestão integrada da empresa.

Ressalta-se que a empresa é parte integrante da vida do empresário, portanto,


conhecer todos os seus atos e fatos será de fundamental importância, já que uma
empresa bem gerida estará bem encaminhada rumo ao sucesso empresarial.

11. Canais de Distribuição


O principal canal de distribuição de uma empresa empacotadora de cereais é a
formação de pontos de revendas, comoexemplo cita-se: supermercados (pequenos,
médios e grandes), padarias, frutarias, mercearias, vendas diretas para grandes
consumidores tais como hotéis, lanchonetes, dentre outros.A formação dos canais de
distribuição exigirá do proprietário da empacotadora de cereais um esforço bastante
expressivo para abrir novos pontos de vendas para seus produtos. Isto porque existe
uma concorrência muito expressiva nesse segmento, inclusive por existir marcas
tradicionais em praticamente todos os estabelecimentos comerciais que revendem
esse tipo de produto.

Por vezes, para abrir mercado o empreendedor terá que lançar mão de processos que
requerem investimentos relevantes, que é o “oferecimento” de “bônus” para os
proprietários dos possíveis pontos de vendas, incluindo nesse processo a
disponibilização de displays estilizados com a marca da empresa empacotadora de
cereais, isto dentro dos estabelecimentos revendedores de sua marca. Esses displays
deverão servir exclusivamente para acondicionarem as embalagens dos cereais
empacotados pela sua empresa.

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Investimentos
O pagamento de “bônus” ou mesmo a disponibilização de displays nos pontos de
vendas irá depender de negociações fortes e diretas com os proprietários desses
estabelecimentos. Essa operação irá depender, principalmente, da capacidade de
investimento do empreendedor da área de empacotamento de cereais, por isso
entende-se que o próprio empresário deverá tratar dessa negociação.

12. Investimentos
O investimento para montar uma empresa empacotadora de cereais de médio porte
deverá girar em torno do que segue abaixo:

Área produtiva1.Secadora para cereais, automatizada – 1 = R$ 12.000,002.Balanças


empacotadoras – 3 = R$ 21.000,003.Esteiras para cereais – 3 = R$
9.000,004.Seladora de embalagens com datadora – 3 = R$ 7.500,005.Empacotadora –
3 = R$ 15.000,006.Balanças variadas – 5 = R$ 5.000,007.Silos para acondicionamento
de cereais – 3 = R$ 12.000,00.

Valor dos itens da área produtiva ........................... R$ 81.500,00.

Móveis para área administrativa e comercial1.Microcomputador – 3 = R$


3.900,002.Impressora a laser – 1 = R$ 600,003.Telefone – 4 = R$ 200,004.Fax – 1 =
R$ 450,005.Internet – 1 = R$ 50,006.Arquivo – 2 = R$ 700,007.Mesas – 4 = R$
1.000,008.Cadeiras – 12 = R$ 1.800,009.Máquina de calcular – 4 = R$ 400,00.

Valor dos itens da área administrativa e comercial ..... R$ 9.100,00

Valor total do Investimento ........................................... R$ 90.600,00.

Será necessária também a aquisição de estoque inicial de matéria-prima, as quais


serão utilizadas no processo produtivo de empacotamento de cereais a serem
comercializados. Essa aquisição não está computada nos investimentos, pois irá
depender das opções de quantos cereais serão empacotados pela
empresa.ADEQUAÇÃO DO IMÓVEL. Para esse segmento empresarial o espaço para
funcionamento da empacotadora de cereais deve se optar por espaços amplos, de
forma que possibilite a instalação de todo o maquinário envolvido na produção, bem
como estruturar os demais espaços necessários ao desenvolvimento do
empreendimento. O mobiliário e equipamentos deverão ser disponibilizados seguindo
um layout predefinido, de forma que traduza harmonia e facilidade de deslocamento
entre as máquinas e estoque.

Assim o ideal é que o espaço definido para instalar a empacotadora de cereais, seja
em forma de galpão, com um bom pátio, visando possibilitar fácil manobras de
caminhões de grande porte, já que esse será o meio de transporte natural para esse
tipo de empresa, tanto no recebimento de matéria-prima quanto na saída de produtos
acabados comercializados.

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Capital de Giro
Deve-se resguardar, independência de cada área da empresa, visando com isto
atender o que determina a ANVISA, referente as condições físico-sanitárias para esse
tipo de empreendimento. Essa medida visa adaptar os ambientes da empresa com um
layout moderno, que denote um visual compatível com esse tipo de empresa. Se o
espaço já existir e for efetuar umareforma, o custo para tal deverá girar em torno de R$
25.000,00 a R$ 60.000,00. Já se for ter que construir o espaço o custo deverá girar em
torno de R$ 100.000,00. Nesses custos já estão previstas as instalações elétricas, rede
de computadores, hidráulicas e área administrativa.

13. Capital de Giro


Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter
para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia
imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de
caixa.O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles:
prazos médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem (PME)
e prazos médios concedidos a clientes (PMCC).Quanto maior o prazo concedido aos
clientes e quanto maior o prazo de estocagem, maior será sua necessidade de capital
de giro. Portanto, manter estoques mínimos regulados e saber o limite de prazo a
conceder ao cliente pode melhorar muito a necessidade de imobilização de dinheiro
em caixa.Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão-de-obra,
aluguel, impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem somada
ao prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de
capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponível
para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica
também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da
empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar esta
necessidade do caixa.Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos
fornecedores forem maiores que os prazos médios de estocagem e os prazos
concedidos aos clientes para pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa.
Neste caso, deve-se atentar para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário
para honrar compromissos de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto,
retiradas e imobilizações excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter
problemas com seus pagamentos futuros.Um fluxo de caixa, com previsão de saldos
futuros de caixa deve ser implantado na empresa para a gestão competente da
necessidade de capital de giro. Só assim as variações nas vendas e nos prazos
praticados no mercado poderão ser geridas com precisão. Omontante estimado para
capital de giroserá entre 35% a 65% do investimento total.

O desafio da gestão do capital de giro deve-se, principalmente, à ocorrência dos


fatores a seguir:a)Variação dos diversos custos absorvidos pela empresa;b)Aumento
de despesas financeiras;c)Baixo volume de vendas;d)Em caso de venda a prazo,
ocorrência de inadimplência;e)

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Custos
Pagamento das parcelas de possíveis financiamentos, tanto em relação à aquisição de
equipamentos quanto de mobiliário;f)Altos níveis de estoques de matéria-
prima;g)Sazonalidade de produção de cereais;h)Aumento de custos operacionais
inerentes a restaurantes

14. Custos
São todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e que serão
incorporados posteriormente no preço dos produtos ou serviços prestados, como:
aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas comerciais, insumos
consumidos no processo de prestação e execução de serviços, depreciação de
maquinário e instalações.O cuidado na administração e redução de todos os custos
envolvidos na compra, prestação e venda de serviços que compõem o negócio, indica
que o empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar
como ponto fundamental a redução de desperdícios, a compra pelo melhor preço e o
controle de todas as despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance de
ganhar no resultado final do negócio.Os custos para abrir uma empacotadora de
cereais podem ser estimados considerando os itens e valores referencias indicados
abaixo:1.Salários, comissões (caso a remuneração de serviço de colaboradores seja
feita com base em desempenho) e encargos: - R$ 4.500,00;2.Tributos, impostos,
contribuições e taxas: R$ 1.500,00;3.Aluguel, taxa de condomínio, segurança: R$
1.000,00;4.Água, luz, telefone e acesso a internet: R$ 400,00;5.Manutenção de
software: R$ 200,00;6.Produtos para higiene e limpeza da empresa e funcionários: R$
300,00;7.Recursos para manutenções corretivas e preventivas de maquinários,
equipamentos e instalações: R$ 600,00;8.Valores para quitar possíveis financiamentos
de equipamentos e construções: R$ 1.000,00;9.Propaganda e publicidade da empresa:
R$ 1.000,00;10.Aquisição de equipamentos e maquinários, além de outros produtos
para funcionamento da empacotadora de cereais: R$ 9.000,00;11.Despesas
comerciais para desenvolvimento do negócio: R$ 1.000,00.

O empreendedor deve primar pelo controle da produção, de forma criteriosa, mantendo


em níveis pré-estabelecidos no Plano de Negócio, as despesas e os custos, buscando
alternativa para minimizar esses dois elementos, mas sem comprometer a
produtividade, aliado a qualidade dos cereais empacotados.

Cita-se abaixo uma estrutura de DRE – Demonstração de Resultados de Custos que


poderá auxiliar o empreendedor a projetar seu empreendimento, bem como fazer uso
dessa ferramenta para acompanhar o desempenho contínuo do negócio:

DRE DE CUSTOS

Receitas Totais de Vendas ............................... (-) CV + DV


....................................................... (=) MC .............................................................. (-)
CF + DF ....................................................... (=) LAIR
............................................................ (-) IMPOSTOS FEDERAIS-

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Diversificação/Agregação de Valor / Divulgação
CSSL.................................................... - IRPJ .................................................... (=)
LUCRO LÍQUIDO ...................................... Legenda:- CV: Custos Variáveis- DV:
Despesas Variáveis- MC: Margem de Contribuição- CF: Custos Fixos- DF: Despesas
Fixas- LAIR: Lucro Antes do Imposto de Renda- CSSL: Contribuição Social sobre o
Lucro- IRPJ: Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas

Por intermédio desse modelo de DRE de Custos, o empreendedor, sendo bem


orientado para seu uso, irá conseguir definir o custo produtivo de cada um de seus
cereais, segundo a estrutura de lista técnica que compõe o empacotamento de cereais.

15. Diversificação/Agregação de Valor


Nesse segmento de mercado diversificar não é um processo fácil, pois o seu produto
sempre será o mesmo, ou seja, cereais empacotados, e ainda com limitação de
quantidade de cereais integrantes do seu mix de produtos.

No entanto, ser criativo e diversificar sempre será o ponto que definirá limites e
possibilidades tanto para o empreendimento quanto para o empreendedor, pois será a
capacidade de incrementar novas práticas e formatos de produtos que ensejará no
delimitador de sucesso para uns e outros nem tanto.Diante desse processo, o
empreendedor não deve “visualizar” limites para a criatividade e diversificação de seus
produtos, principalmente em busca de atender o crescimento do mercado e buscar
“neutralizar” ou “minimizar” a influência dos concorrentes sobre seu empreendimento.

16. Divulgação
A divulgação de uma empresa empacotadora de cereais deverá seguir os conceitos
tradicionais de divulgação existentes no mercado, via os meios de comunicação como,
por exemplo: televisão, rádio, outdoors, internet, jornais e revistas especializadas.

No entanto a divulgação via meios de comunicação tradicionais, apresentam em sua


grande maioria custo bastante expressivo, por isso, o empresário deverá envidar todo
o esforço possível, no sentido de abrir o maior número de pontos de revenda para seus
produtos. Esses pontos de revenda são os supermercados, mercearias, padarias,
quitandas, dentre outros. Contudo não deve ser dispensado os meios de comunicação
tradicionais.

O empresário da área de empacotamento de cereais deve estar sempre atento ao


processo de vincular o seu produto à saúde de seus consumidores, exaltando sempre
a qualidade na produção e a pureza de seu produto, e ainda o fato de estar atuando
rigorosamente dentro das normas requeridas para esse segmento.

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Informações Fiscais e Tributárias
O empresário deverá ficar muito atento a um dos principais canais de divulgação
existente nesse mercado, que são as donas de casa e chefe de cozinhas, que são os
grandes propulsores de consumo no mercado.

17. Informações Fiscais e Tributárias


O segmento de EMPACOTADORA DE CEREAIS, assim entendido pela CNAE/IBGE
(Classificação Nacional de Atividades Econômicas) 8292-0/00 como a atividade
deenvasamento, fracionamento e empacotamento para terceiros sob contrato,poderá
optar pelo SIMPLES Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos
e Contribuições devidos pelas ME (Microempresas) e EPP (Empresas de Pequeno
Porte), instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, desde que a receita bruta anual
de sua atividade não ultrapasse a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) para
micro empresa R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) para empresa de
pequeno porte e respeitando os demais requisitos previstos na Lei.

Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e contribuições,


por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de Arrecadação do
Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional
(http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/):

• IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica);

• CSLL (contribuição social sobre o lucro);

• PIS (programa de integração social);

• COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social);

• ISSQN (imposto sobre serviços de qualquer natureza);

• INSS (contribuição para a Seguridade Social relativa a parte patronal).

Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do SIMPLES Nacional, para


esse ramo de atividade, variam de 6% a 17,42%, dependendo da receita bruta auferida
pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo
SIMPLES Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês de
atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao número
de meses de atividade no período.

Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder


benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esse
imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poderá
ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS.

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Eventos
Se a receita bruta anual não ultrapassar a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), o
empreendedor, desde que não possua e não seja sócio de outra empresa, poderá
optar pelo regime denominado de MEI (Microempreendedor Individual) . Para se
enquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado conforme a
tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 - Anexo XIII
(http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm

Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuições serão efetuados em valores


fixos mensais conforme abaixo:

I) Sem empregado

• 5% do salário mínimo vigente - a título de contribuição previdenciária do


empreendedor;

• R$ 5,00 a título de ISS - Imposto sobre serviço de qualquer natureza.

II) Com um empregado: (o MEI poderá ter um empregado, desde que o salário seja de
um salário mínimo ou piso da categoria)

O empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores acima, os seguintes


percentuais:

• Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração;

• Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado.

Havendo receita excedente ao limite permitido superior a 20% o MEI terá seu
empreendimento incluído no sistema SIMPLES NACIONAL.

Para este segmento, tanto ME, EPP ou MEI, a opção pelo SIMPLES Nacional sempre
será muito vantajosa sob o aspecto tributário, bem como nas facilidades de abertura do
estabelecimento e para cumprimento das obrigações acessórias.

Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alterações das Leis


Complementares nºs 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resolução CGSN - Comitê
Gestor do Simples Nacional nº 94/2011.

18. Eventos
Existem vários eventos, com enfoques específicos, por isso é muito importante que o
empreendedor esteja sempre atento aos conteúdos e informações que são
disponibilizados nos diversos sites da área de alimentação e correlatos.

Como base de apoio as pesquisas apresenta-se abaixo alguns pontos de busca e

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Entidades em Geral / Normas Técnicas
informação:•FISPAL Food Service - Feira Internacional de Produtos e Serviços para
Alimentação. Essa feira é realizada em diversas partes do Brasil, tendo uma base
normalmente em São Paulo.www.fispal.com•FIPAN – Feira Internacional de
Panificação, Confeitaria e do Varejo Independente e Alimentos. É uma das maiores
feiras de panificação e confeitaria da América Latina.www.fipan.com.br

Além dos endereços eletrônicos indicados acima, o empresário de empacotamento de


cereais, deverá estar atento a eventos de fabricantes de máquinas e outros produtos
para o seu segmento. Assim deve-se manter sempre contato com os fornecedores de
máquinas e outros itens para o seu empreendimento.

19. Entidades em Geral


ABIA – Associação brasileira das industrias da alimentaçãowww.abia.org.br

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimentowww.agricultura.org.br


ANVISAwww.anvisa.gov.br INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normatização
e Qualidade Industrialwww.inmetro.gov.br

IPEM – Instituto de Pesos e Medidas (esse instituto tem representação em todos os


estados brasileiros, assim o endereço eletrônico sempre será seguido da indicação do
estado, conforme segue)www.ipem.sp.gov.br

20. Normas Técnicas


As normas técnicas são documentos de uso voluntário, utilizados como importantes
referências para o mercado.

As normas técnicas podem estabelecer requisitos de qualidade, de desempenho, de


segurança (seja no fornecimento de algo, no seu uso ou mesmo na sua destinação
final), mas também podem estabelecer procedimentos, padronizar formas, dimensões,
tipos, usos, fixar classificações ou terminologias e glossários, definir a maneira de
medir ou determinar as características, como os métodos de ensaio.

As normas técnicas são publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas –


ABNT.

Não existem normas técnicas que se aplicam diretamente a esse segmento


empresarial.

O empreendedor deverá atentar ao que está previsto na CNNPA 12/1978, a qual


segue a parte ligada a massas de forma direta ou indireta:

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Entidades em Geral / Normas Técnicas
CEREAIS E DERIVADOS1. DEFINIÇÃOCereais são as sementes ou grãos
comestíveis das gramíneas, tais como: trigo, arroz, centeio, aveia.

2. DESIGNAÇÃOO produto é designado pelo nome do cereal ou do derivado do


cereal, seguido de sua classificação. Ex: "arroz extra longo", "arroz inflado".

3. CLASSIFICAÇÃOOs derivados de cereais são classificados em:a) cereais inflados


(inclusive pipocas) - quando obtidos por processos adequados, mediante o qual
rompe-se o endosperma e os grãos se inflam. Podem conter ou serem recobertos de
outras substâncias comestíveis.b) cereais laminados, cilindrados ou rolados - quando
obtidos de grãos com ou sem tegumentos, e laminados por processo adequado.c)
cereais em flocos ou flocos de cereais - quando obtidos de cereais, livres do seu
tegumento, cozidos, podendo ser adicionados de extrato de malte, mel, xaropes, sal e
de outras substâncias comestíveis, secos, laminados e tostados.d) cereais pré-cozidos
ou cereais instantâneos - quando obtidos de cereais, com ou sem tegumento, pré-
cozidos e secos por processo adequado, podendo ser apresentados de diversas
maneiras, tais como: inteiros, laminados, em flocos ou sob forma de farinha.4.
CARACTERÍSTICAS GERAISOs derivados de cereais devem ser preparados com
matérias primas sãs, limpas, isentas de matéria terrosa, de parasitos e de detritos
animais ou vegetais. Os cereais podem ser polidos e lustrados com glicose, óleos
vegetais comestíveis, talco ou outras substâncias comestíveis, desde que o acréscimo
de peso não exceda de 0,5%. Não podem ser utilizados no seu polimento ou brilho,
óleos minerais ou outras substâncias resinosas ou graxas não comestíveis.

Os cereais e os produtos derivados de cereais incluídos nesta Norma, não podem ter
mais de 15% de umidade.

5. CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS.Os cereais inflados, laminados e em


flocos, devem obedecer ao seguinte padrão:* Contagem padrão em placas:: máximo,
5x104/g.Bactérias do grupo coliforme de origem fecal, ausência em 1g.* Clostrídios
sulfito redutores (a 44ºC): máximo 2x10/g.Staphylococcus aureus: Ausência em 0,1
g.Salmonelas: ausência em 25g.Deverão ser efetuadas determinações de outros
microrganismos e/ou de substâncias tóxicas de origem microbiana, sempre que se
tornar necessária a obtenção de dados adicionais sobre o estado higiênico-sanitário
dessa classe de alimento, ou quando ocorrerem tóxi-infecções alimentares.

6. CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS Ausência de sujidades, parasitos e larvas.

9. ROTULAGEMO produto deve ser rotulado de acordo com o cereal de origem e a


classificação. Ex: "Aveia laminada", "Aveia laminada instantânea", "Trigo inflado",
"Flocos de milho".(*) - Significa período de carência de 2 anos a partir da data de
publicação.

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Glossário / Dicas de Negócio / Características Específicas do Empreendedor
21. Glossário
Abrasivo: parte de uma máquina que esteja em abrasão; quente; Cilindro: qualquer
corpo roliço e alongado que tem o mesmo diâmetro em todo o seu
comprimento;Imersão: mergulhar em água ou outro líquido;Impermeáveis: que não
deixa atravessar água;In natura: o cereal em seu estado natural, que ainda não
recebeu nenhum tratamento ou processamento industrial;Microrganismos: é a
designação comum a organismos microscópicos, como por exemplo, bactérias, vírus,
fungos e protozoários;Patógenos: que produz doenças;Polietileno: substância obtida
pela polimerização do etileno, termoplástica, flexível, com importantes e variadas
aplicações;Sazonalidade: Relativo a estação do ano; período de plantio e colheita de
uma determinada cultura;Silo: Tulha, cova ou construção cilíndrica típica, fechada
hermeticamente com terra, papel grosso, plástico etc., quando cheia, para preparação
e conservação de silagem. Tulha alta, cilíndrica, para armazenagem de cereais.

22. Dicas de Negócio


As pessoas envolvidas com o trabalho de empacotamento de cereais devem estar
todas muito bem de saúde, bem como devem conhecer e aplicar adequadamente as
técnicas recomendadas para o empacotamento de cada tipo de cereal. Assim sugere-
se alguns procedimentos a serem adotados: •Lavar e desinfetar bem as mãos antes de
qualquer atividade que envolva o manuseio do cereal beneficiado; •Usar sempre
uniformes limpos; •Usar sempre boné ou gorro;•Usar máscaras, luvas e botas de
borracha; •Usar aventais impermeáveis.

A organização do processo produtivo deve obedecer alguns pontos importantes, que


passa inicialmente pela adequação da matéria-prima principal, devidamente
beneficiada segundo os preceitos legais requeridos pelos órgãos fiscalizadores, em
especial a ANVISA.

23. Características Específicas do Empreendedor


O candidato a empresário no segmento de empacotamento de cereais deve entrar
nesse negócio consciente de que terá que estar presente tempo integral, devendo
atentar também do seu desprendimento com horário; será primordial, pois poderão
existir períodos que a capacidade produtiva da empresa tenha que ser ampliada e
nesse caso talvez seja necessário operacionalizar a empresa em outros turnos.

O empresário também deverá integrar a gestão das diversas áreas da empresa


principalmente no início das atividades do novo empreendimento, tanto na parte

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Glossário / Dicas de Negócio / Características Específicas do Empreendedor
comercial, quanto operacional e na gestão financeira do negócio.

O empreendedor que tender a iniciar uma empresa de empacotamento de cereais,


deve ter algumas características básicas, tais como:

1.Ter conhecimento específico sobre produção e plantio de grãos e o período de


colheita e outras variações;

2.Estar amparado nas tendências de mercado e estar preparado para ultrapassar as


possíveis sazonalidades de plantio e colheita dos cereais a serem empacotados;

3.Ser uma pessoa que sempre busca melhorar o nível de seu negócio, tanto com a
participação em cursos específicos sobre cereais, feiras de alimentos, conservação
adequada de cereais, quanto de gestão empresarial, pois não basta ter conhecimento
de fabricação é necessário também estar preparado para gerir o seu empreendimento;

4.Ter habilidade no tratamento com pessoas, tanto com seus colaboradores quanto
com clientes, fornecedores, enfim com todos que de forma direta ou indireta tenha
ligação com a empresa;

5.Ser empreendedor com visão prospectiva, atuando com antecipação de tendências,


ter visão de futuro no que tange o interesse e expectativa de mercado e dos
consumidores, além de estar sempre antenado com as inovações tecnológicas e de
mercado. No entanto ressalta que as possibilidades de variação desse tipo de empresa
não é tão fácil, contudo com criatividade e capacidade empresarial sempre será
possível encontrar novas opções;

6.Ser humilde o suficiente para entender que empacotar cereais, apesar de ser uma
operação que se torna repetitiva não significa ter um empreendimento desorganizado,
que não atenda aos quesitos de limpeza, controle rigoroso de assepsia de todos os
equipamentos envolvidos na produção bem como dos colaboradores. Mas ressalta-se
que isso não é uma atitude extra, mais sim uma obrigação e respeito com os
consumidores;

7. Além destas características acima listadas o empresário de uma empacotadora de


cereais tem que ser uma pessoa extremamente criativa, sempre com capacidade de
criar formas inovadoras de produção e comercialização, tendo como foco e objetivo de
estar sempre a frente de seus concorrentes.

As características indicadas acima são apenas direcionamentos, isto não quer dizer
que um empreendedor que talvez não se sinta com tais características tenha que
desistir de investir neste novo negócio.

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Bibliografia Complementar
24. Bibliografia Complementar
Beneficiamento e empacotamento de cereais, de farináceos e grão. Disponível
em:http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/E4C

D4936562AD81403256FEE004C5FA3/$File/NT0003155E.pdf. Acesso em: 10 junho


2009.

Empacotamento de cereais. Disponível em: http://sbrtv1.ibict.br/upload/

sbrt5503.pdf?PHPSESSID=6aa56910df57f5c60f1bee9de0deeaf0. Acesso em: 10


junho 2009.

Cereais matinais. Disponível em: http://www.nestle.com.br/site/anestle/estudant

es/estu_prod/cereais_matinais/estu_prod_cematinais_hist.aspx. Acesso em: 10 junho


2009.

Armazenagem agrícola. Disponível


em:http://www.finep.gov.br/PortalDPP/relatorio_setorial/impressao_

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AGBOOLA, S.; NG, D.; MILLS, D. Characterization and functional properties of


Australian rice protein isolates. J. Cereal Sci., Amsterdam, v. 41, n. 3, p. 283–290, may.
2005.

BARATA, T. S. B. Caracterização do consumo de arroz no Brasil. In: CONGRESSO


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BOBBIO, F. O.; BOBBIO, P. A. Introdução à química de alimentos. 2. ed. São Paulo:


Varela, 1992. 222 p.BRASIL. Resolução nº 12, de 12 de março de 1978. Comissão
nacional de normas e padrões para alimentos – CNNPA: aprova normas técnicas
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Brasil, Brasília, DF, 24 jul. 1978.

FURLAN, E. F.; OETTERER, M. Hidrolisado Protéico de Pescado. Rev. Ciên. Tecnol.,


Recife, v. 10, n. 19, p. 79-89, jan./jun. 2002.

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Fonte de Recurso / Planejamento Financeiro / Produtos e Serviços - Sebrae
25. Fonte de Recurso

26. Planejamento Financeiro

27. Produtos e Serviços - Sebrae

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