Acao Declaratoria de Inexistencia de Negocio Juridico Danos Morais Face A Cobrança Indevida

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Este documento foi protocolado em 25/02/2015 às 14:08, é cópia do original assinado digitalmente por Tribunal de Justica Sao Paulo e ANDERSON CELESTINO DA SILVA.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código E263BE.
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código E263C0.
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Este documento foi protocolado em 25/02/2015 às 14:08, é cópia do original assinado digitalmente por Tribunal de Justica de Sao Paulo e ANDERSON CELESTINO DA SILVA.
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA DE SÃO PAULO
FORO REGIONAL I - SANTANA
9ª VARA CÍVEL
Avenida Engenheiro Caetano Álvares, 594, São Paulo-SP - 02546-000
Horário de Atendimento ao Público: das Horário de Atendimento ao
Público<< Campo excluído do banco de dados >>
DECISÃO/CARTA
Este documento foi liberado nos autos em 26/02/2015 às 16:56, por Camila Da Silva Oliveira, é cópia do original assinado digitalmente por MARCO FABIO MORSELLO.
Processo Digital nº: 1004670-42.2015.8.26.0001
Classe – Assunto: Procedimento Sumário - Responsabilidade Civil
Requerente: Danilo Mendes de Matos
Requerido: Net São Paulo LTDA, CNPJ 65.697.161/0001-21
A(o) Ilmo(a) Sr(a):

Net São Paulo LTDA
Rua Verbo Divino, 1.356, .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código E2CB9E.
04719-002 São Paulo-SP
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Marco Fábio Morsello
Vistos.
I – Processe-se pelo rito ordinário, sem alteração na distribuição, anotando-se

unicamente no sistema – SAJ.
II - Defiro a gratuidade processual almejada, ante a verossilhança fática aduzida.
Anote-se, pois.
III - No que concerne ao pedido liminar, sobreleva anotar que o periculum in
mora está escudado nos efeitos nocivos que promanam da negativação ultimada (fls. 25/26).
Ademais, a verossimilhança se fundamenta na existência, em tese, de relação de
consumo - ainda que o autor alegue o fato negativo de não ter travado relação contratual com a
ré, o que será dirimido no iter procedimental, não podendo prejudicar o autor neste momento. O
quadro viabiliza, assim, ampla discussão do débito, previamente ao eventual apontamento e
efeitos publicísticos consequentes.
Ante o exposto, CONCEDO a tutela e, por via de consequência, DETERMINO

a suspensão provisória dos efeitos publicísticos do apontamento ultimado em nome de DANILO
MENDES DE MATOS, em relação aos contratos de números 325166125/03WIC7;
336012499/040TOO; 336012499/040TOF; 336012499/040TOO e 336012499/040TOF,
elencados às fls. 25/26, dos autos, até efetiva prolação de sentença.
Expeçam-se os ofícios necessários, com urgência, cabendo ao autor proceder

ao seu encaminhamento.
IV – Sem prejuízo, CITE-SE a(o) ré(u) para os termos da ação em epígrafe, cuja
cópia da inicial segue em anexo, ficando advertida(o) do prazo de 15 (quinze) dias para apresentar
a defesa, sob pena de serem presumidos como verdadeiros os fatos articulados na inicial, nos
termos do artigo 285 do Código de Processo Civil.
Servirá a presente, por cópia digitada, como carta de citação, ficando, ainda,
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ciente de que o recibo que a acompanha valerá como comprovante de que esta citação se efetivou.
Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Intime-se.
São Paulo, 26 de fevereiro de 2015.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,
Este documento foi liberado nos autos em 26/02/2015 às 16:56, por Camila Da Silva Oliveira, é cópia do original assinado digitalmente por MARCO FABIO MORSELLO.
CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
(CÓPIA DA INICIAL SEGUE ANEXA E FICA FAZENDO PARTE INTEGRANTE DESTA)

TRIBUNAL
AGÊNCIA e
COMPROVAÇÃO DE ENTREGA DE
CE REMESSA LOCAL
DATA DE POSTAGEM
JUSTIÇA
DESTINATÁRIO CARIMBO
UNIDADE DE ENTREGA
Net São Paulo LTDA
ENDEREÇO PARA DEVOLUÇÃO DO CE
Foro Regional I - Santana - Cartório da 9ª Vara Cível
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código E2CB9E.
Avenida Engenheiro Caetano Álvares, 594
TENTATIVAS DE ENTREGA MOTIVOS DE DEVOLUÇÃO RUBRICA E MATRÍCULA
DO CARTEIRO
1º ____/____/________ _____:_____h (1) Mudou-se (4) Desconhecido (7) Ausente
2º ____/____/________ _____:_____h
(2) Endereço insuficiente (5) Recusado (8) Falecido
(3) Não existe o número (6) Não procurado (9) Outros:________________
3º ____/____/________ _____:_____h
ATENÇÃO: ( ) Informação prestada pelo porteiro ou síndico. ( ) Reintegrado ao Serviço Postal em ____/____/_______.
Após 3(três) tentativas de entrega, devolver o
objeto. Uso exclusivo do Cliente: PROCESSO Nº 1004670-42.2015.8.26.0001
ASSINATURA DO RECEBEDOR DATA DA ENTREGA
NOME LEGÍVEL DO RECEBEDOR _____/_____/__________
AGÊNCIA e Reservado espaço à
AR AVISO DE RECEBIMENTO DATA DE POSTAGEM menção MP
DESTINATÁRIO CARIMBO
UNIDADE DE ENTREGA
Net São Paulo LTDA
ENDEREÇO PARA DEVOLUÇÃO DO AR
Foro Regional I - Santana - Cartório da 9ª Vara Cível
Avenida Engenheiro Caetano Álvares, 594
TENTATIVAS DE ENTREGA Uso exclusivo do Cliente: PROC. Nº 1004670-42.2015.8.26.0001 RUBRICA E MATRÍCULA
DO CARTEIRO
1º ____/____/________ _____:_____h MOTIVOS DE DEVOLUÇÃO
2º ____/____/________ _____:_____h (1) Mudou-se (4) Desconhecido (7) Ausente
3º ____/____/________ _____:_____h (2) Endereço insuficiente (5) Recusado (8) Falecido
ATENÇÃO: (3) Não existe o número (6) Não procurado (9) Outros:
Após 3 (três) tentativas de entrega, _______________
devolver o objeto. ( ) Informação prestada pelo porteiro ou síndico. ( ) Reintegrado ao Serviço Postal em
____/____/_______.
ASSINATURA DO RECEBEDOR DATA DA ENTREGA
_____/_____/__________
NOME LEGÍVEL DO RECEBEDOR Nº DO DOCUMENTO
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FORO REGIONAL I - SANTANA Emitido em: 02/03/2015 13:29

Certidão - Processo 1004670-42.2015.8.26.0001 Página: 1
Este documento foi protocolado em 02/03/2015 às 13:29, por Lúcia Helena Ferreira Constantio, é cópia do original assinado digitalmente por LUCIA HELENA FERREIRA CONSTANTINO.
CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0067/2015, foi disponibilizado na página
1892/1896 do Diário da Justiça Eletrônico em 02/03/2015. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.
Advogado
Anderson Celestino da Silva (OAB 338089/SP)
Teor do ato: "I - Processe-se pelo rito ordinário, sem alteração na distribuição, anotando-se unicamente
no sistema - SAJ. II - Defiro a gratuidade processual almejada, ante a verossilhança fática aduzida. Anote-se,
pois. III - No que concerne ao pedido liminar, sobreleva anotar que o periculum in mora está escudado nos
efeitos nocivos que promanam da negativação ultimada (fls. 25/26). Ademais, a verossimilhança se
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código E49A56.
fundamenta na existência, em tese, de relação de consumo - ainda que o autor alegue o fato negativo de não
ter travado relação contratual com a ré, o que será dirimido no iter procedimental, não podendo prejudicar o
autor neste momento. O quadro viabiliza, assim, ampla discussão do débito, previamente ao eventual
apontamento e efeitos publicísticos consequentes. Ante o exposto, CONCEDO a tutela e, por via de
consequência, DETERMINO a suspensão provisória dos efeitos publicísticos do apontamento ultimado em
nome de DANILO MENDES DE MATOS, em relação aos contratos de números 325166125/03WIC7;
336012499/040TOO; 336012499/040TOF; 336012499/040TOO e 336012499/040TOF, elencados às fls.
25/26, dos autos, até efetiva prolação de sentença. Expeçam-se os ofícios necessários, com urgência,
cabendo ao autor proceder ao seu encaminhamento. IV - Sem prejuízo, CITE-SE a(o) ré(u) para os termos da
ação em epígrafe, cuja cópia da inicial segue em anexo, ficando advertida(o) do prazo de 15 (quinze) dias
para apresentar a defesa, sob pena de serem presumidos como verdadeiros os fatos articulados na inicial, nos
termos do artigo 285 do Código de Processo Civil. Servirá a presente, por cópia digitada, como carta de
citação, ficando, ainda, ciente de que o recibo que a acompanha valerá como comprovante de que esta
citação se efetivou. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei. Intime-se."
SÃO PAULO, 2 de março de 2015.
Lúcia Helena Ferreira Constantio

Escrevente Técnico Judiciário
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Este documento foi liberado nos autos em 06/03/2015 às 15:12, por Lúcia Helena Ferreira Constantio, é cópia do original assinado digitalmente por LUCIA HELENA FERREIRA CONSTANTINO.
9ª VARA CÍVEL
Avenida Engenheiro Caetano Álvares, 594, 2º andar, sala 245 / 246, Casa
Verde - CEP 02546-000, Fone: (11) 3951-2525, São Paulo-SP - E-mail:
santana9cv@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min
CERTIDÃO
Processo Digital n°: 1004670-42.2015.8.26.0001

Requerido: Net São Paulo LTDA
Justiça Gratuita
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código E7BD18.
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que que encaminhei nesta data, via e-mail, ofício
eletrônico ao SCPC, em cumprimento ao Provimento CG nº 43/2012
disponibilizado no Diário de Justiça Eletrônico, edição 1331, de 09 de
janeiro de 2013, em cumprimento à r. Decisão proferida em 26 de fevereiro
de 2015 (pág. 40 dos autos). Nada Mais. São Paulo, 06 de março de 2015.
Eu, ___, Lúcia Helena Ferreira Constantio, Escrevente Técnico Judiciário.
fls. 43

9ª VARA CÍVEL
Avenida Engenheiro Caetano Álvares, 594 - São Paulo-SP - CEP 02546-000
CARTA DE CITAÇÃO – PROCESSO DIGITAL

Requerido Net São Paulo LTDA - CNPJ: 65.697.161/0001-21
Destinatário:
Net São Paulo LTDA
Rua Verbo Divino, 1.356, ., Chacara Santo Antonio (Zona Sul)
São Paulo-SP
Este documento foi liberado nos autos em 09/03/2015 às 15:18, é cópia do original assinado digitalmente por ALEXANDRE DOS SANTOS NUNES.
CEP 04719-002
Pela presente, comunico que perante este Juízo tramita a ação em epígrafe, da qual fica Vossa Senhoria CITADO(A) de todo
o conteúdo da petição inicial e da decisão, nos termos dos artigos 221 e 222 do Código de Processo Civil.
ADVERTÊNCIA / PRAZO PARA DEFESA: Nos termos do artigo 285 do Código de Processo Civil, não sendo contestada
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código E7BBEB.
a ação, no prazo de 15 dias, presumir-se-ão aceitos pelo réu, como verdadeiros, os fatos articulados pelo autor, ficando,
ainda, ciente de que o recibo que acompanha esta carta valerá como comprovante que esta citação se efetivou.
OBSERVAÇÃO: Este processo tramita eletronicamente. A visualização da petição inicial, dos documentos e da decisão que
determina a citação (art. 225, II e V, do CPC) poderá ocorrer mediante acesso ao sítio do Tribunal de Justiça de São Paulo, na
internet, no endereço abaixo indicado, sendo considerado vista pessoal (art. 9º, § 1º, da Lei Federal nº 11.419/2006) que
desobriga a anexação. Petições, procurações, contestação etc, devem ser trazidos ao Juízo por peticionamento eletrônico. São
Paulo, 06 de março de 2015. Lúcia Helena Ferreira Constantio - Escrevente Técnico Judiciário.
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Este documento foi protocolado em 12/03/2015 às 10:41, é cópia do original assinado digitalmente por MARESSA DE CARVALHO SOARES.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código EB557B.
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 9ª VARA

CÍVEL DO FORO REGIONAL DE SANTANA DA COMARCA DA CAPITAL DO
ESTADO DE SÃO PAULO
Este documento foi protocolado em 26/03/2015 às 14:32, é cópia do original assinado digitalmente por Tribunal de Justica Sao Paulo e PATRICIA FELIPPE RUSSI MORENO.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código F4580A.
Processo nº 1004670-42.2015.8.26.0001
CLARO S/A., pessoa jurídica de direito privado,

incorporadora de Embratel S.A. e Net Serviços de Comunicação S/A., com filial
na Rua Verbo Divino, nº 1.356, 1º andar, Chácara Santo Antônio, CEP: 04719-
002, São Paulo – SP, inscrita no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica sob o
n.º 40.432.544/0835-06, por seu advogado, nos autos da Ação em epígrafe
que, perante esse Eg. Juízo, lhe move DANILO MENDES DE MATOS, vem,
pela presente, apresentar, tempestivamente, sua
CONTESTAÇÃO
pelos motivos de fato e de direito que a seguir expõe.
1
Rua Itapicuru, 369 – 21º andar – Perdizes
São Paulo/SP - telefone: 3872-1222
www.melloecarvalho.com.br
fls. 46
QUESTÃO DE ORDEM
Antes de adentrar a qualquer discussão a respeito da
demanda, imprescindível se faz a retificação do polo passivo da presente.
Com efeito, em sua peça vestibular, a parte autora

denomina como ―NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S/A.‖ a empresa
prestadora dos serviços contratados.
Necessário demonstrar, contudo, conforme documentos

acostados na presente peça contestatória, que esta empresa foi incorporada
pela ―CLARO S.A.‖, em razão de Operação de Incorporação, aprovada em
Assembleia Geral da Incorporadora na data de 18/12/2014.
Dessa forma, sucederá àquela empresa, em todos os

direitos e obrigações, de acordo com os ditames do artigo 227 da Lei nº
6404/1976, artigo 43 do CPC e Artigo 1.116 do Código Civil.
Assim, em decorrência disto, importante que Vossa

Excelência conheça a incorporação societária e, neste contexto, determine a
adequação do polo processual para que conste no lugar da Net Serviços de
Comunicação S/A., a empresa CLARO S/A. figurante como Ré, procedendo-se
às anotações necessárias, nos autos e no Sistema de Informação Judicial
Eletrônica.
DOS FATOS
O Autor alega em sua exordial que foi surpreendido com a

informação da existência de negativação em seu CPF, relativa a contrato
celebrado com a Ré, sem o seu conhecimento.
Destarte, visando minimizar o prejuízo de ter alguém

utilizando-se fraudulentamente de seu nome para contratação de serviços
ingressou em juízo pleiteando a baixa nos apontamentos, indenização por
2
fls. 47
danos morais e ainda, a condenação da empresa Ré ao pagamento de custas,

despesas processuais e honorários advocatícios.
Contudo, será demonstrado que o pleito do Autor não
merece prosperar.
DO MÉRITO
DA AUSÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR
Embora o Autor tenha alegado nunca ter contratado os

préstimos da Ré houve a prestação dos serviços ora discutidos e a Ré arcará,
caso fique evidenciada a fraude, com os prejuízos dos serviços prestados e não
pagos.
Ainda que o Autor alegue ter sofrido prejuízos de ordem

moral, tal sofrimento não decorre de conduta ilícita da Ré, pois tal ato foi
maliciosamente perpetrado por terceiro com a mais clara e absoluta má-fé.
Destarte, forçoso concluir que a Ré é tão vítima quanto o

Autor e qualquer indenização por dano moral que seja arbitrada só faz crescer
a injustiça, pois a Ré arcará com mais este prejuízo.
Ademais, a Ré é uma das maiores operadoras de TV a

cabo e internet deste país, de sorte que para facilitar a propagação de seus
serviços disponibiliza meios simples para a contratação, como o contato
telefônico.
Depois da solicitação de instalação um técnico, que é

pessoa de diligência normal, vai ao endereço e solicita os documentos do
contratante como forma confirmar os dados da contratação.
Feito isso os equipamentos são instalados e os serviços

passam a ser prestados, sendo certo que a Ré tem direito a uma
contraprestação pelos mesmos e faz a cobrança por meio de faturas.
3
fls. 48
Quando inadimplidas as parcelas cumpre a Ré buscar

meios de satisfazer seu crédito e um desses meios é a solicitação de
apontamento aos órgãos de proteção ao crédito.
Assim, temos que algum possível erro ocorrido no caso
em tela, foi exatamente pela documentação apresentada.
Sabe-se que os falsificadores utilizam meios complexos de

fraudar documentos de forma que os mesmo beiram a perfeição, assim, o
homem médio não tem condições de verificar se um documento é falso ou não,
sendo esta uma atividade possível apenas pelo poder público, pois em caso de
falsificações com um elevado nível de perfeição o homem comum não consegue
diferenciar.
Diante de tal situação temos uma excludente de culpa da
Ré, pois o próprio Código de Defesa do Consumidor dá o embasamento jurídico
para que não exista indenização:
“Art. 14. O fornecedor de serviços responde,

independentemente da existência de culpa, pela reparação
dos danos causados aos consumidores por defeitos
relativos à prestação dos serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
fruição e riscos.
(...)
§ 3° O fornecedor de serviços só não será
responsabilizado quando provar:
(...)
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
Portanto, temos que a empresa Ré não pode ser

responsabilizada já que agiu em conformidade com a lei, tendo a diligência
necessária nos procedimentos adotados por todas as empresas de
telecomunicações, telefonias e demais do setor existentes.
4
fls. 49
Nesse sentido:
"Ninguém poderá ser responsabilizado pelo
exercício regular de direito enquanto se mantiver
dentro da ordem jurídica, ainda que terceiro venha a
sofrer prejuízo sem ter sido parte na ação" (TJSC,
AP., 2ª CAM., REL. ERNANI RIBEIRO, J. 26/02/82, RT
563/230).
E caso não tenha sido o Autor a contratante dos serviços,

como afirma, é certo que o ocorrido deu-se por ato ilícito e criminoso
praticado por terceiro da mais absoluta má-fé, sendo a empresa Ré tão
vítima quanto o Autor.
E, no que tange o eventual ato ilícito perpetrado por
terceiro, transcrevemos sentença prolatada pelo Douto Magistrado Evandro
Pereira, em caso análogo, do Juizado Especial Cível do Foro Distrital de Vicente
de Carvalho, Comarca do Guarujá/SP, na ação n. 614/02:
"(...) Tudo leva a crer a existência de uma fraude,

vitimando a empresa, tanto quanto a consumidora, e não
seria justo que ela arcasse com o prejuízo, de modo
que julgo extinto o feito, sem julgamento, em face da
TELESP, considerando a sua ilegitimidade passiva (...)"
Veja-se, também, sentença proferida pelo MM. Juiz

Dr. Maurício da Costa Gamborgi, titular da 8ª Vara Cível do Foro Central da
Comarca de Porto Alegre, nos autos do processo n.º 001/1.07.0055548-3:
"(...) O pleito de indenização deve ser indeferido,

porquanto evidenciada a fraude de terceiro,
bastando o cotejo de assinaturas para concluir que
terceira pessoa, utilizando-se do nome e de dados
do autor, efetuou a contratação, implicando
indevidamente o nome do autor em operação
fraudulenta, sem que contudo exsurja dos autos
qualquer elemento indicativo de culpa da ré, que
igualmente foi vítima de golpe no episódio, agindo
5
fls. 50
ademais – ainda que putativamente – em exercício

regular de direito ao promover o cadastramento
daquele que, justificada pelas circunstâncias,
supunha ser o seu devedor.
Incide a meu ver com toda a plenitude a excludente de

culpa de terceiro, conduzindo à improcedência da ação.
APELAÇÃO CÍVEL. PROCESSUAL CIVIL. CERCEAMENTO DE

DEFESA. PROVA PERICIAL. DESNECESSIDADE. PROVA
DOCUMENTAL BASTANTE PARA O JULGAMENTO DA
CONTROVÉRSIA. PRELIMINAR REJEITADA. Mostrando-se
dispensável a realização de prova pericial
grafodocumentoscópica, em especial frente à prova
documental já acostada pelos litigantes, não há
cerceamento de defesa ou qualquer prejuízo ao deslinde
do feito. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL.
CONTRATAÇÃO POR TERCEIRO MEDIANTE FRAUDE.
CÉDULA DE IDENTIDADE FALSA. CONTEXTO DOS AUTOS
QUE DENOTA A EXISTÊNCIA DE CULPA EXCLUSIVA DE
TERCEIRO. EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE. ART. 14, §
3º, II, CDC. Hipótese em que terceiro, mediante
documento de identidade falso e portando comprovante
de residência e extrato bancário, contratou a aquisição de
aparelho celular com a ré. Culpa exclusiva de terceiro
caracterizada (art. 14, § 3º, II, CDC). Diligências que
estavam ao alcance da ré foram realizadas. PRELIMINAR
REJEITADA. APELO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº
70018950709, Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do
RS).
Ante o exposto JULGO IMPROCEDENTE esta ação e
condeno o autor ao pagamento de custas e honorários de
20% do valor da causa, sucumbência cuja exigibilidade
declaro suspensa, nos termos do artigo 12 da Lei nº
1.060/50 (AJG)". (grifo nosso)
6
fls. 51
A empresa Ré não tem a possibilidade de verificar a

veracidade dos dados fornecidos e posteriormente confirmados pelo contratante
quando da instalação do sistema NET no endereço indicado, pois, na condição
de empresa privada, não possui a prerrogativa do poder de polícia -
competência esta auferida tão-somente à Administração Pública - não tendo
acesso a bancos de dados para confirmar informações de seus futuros clientes.
E mais, o funcionário da empresa Ré que comparece ao

local de instalação e verifica a documentação pessoal da contratante, não tem
capacidade técnica para averiguar se o documento apresentado (RG, CPF, CNH,
etc...) é ou não falso.
Assim, como é sabido, para haver o dever de indenizar
são necessários três requisitos básicos: o fato; o dano e o nexo de causalidade.
O nexo de causalidade, por sua vez, é o mais difícil elemento de ser
determinado, sendo necessária a comprovação da relação de causalidade entre
o comportamento do agente e o dano ocorrido, sob pena de inexistir a
obrigação de reparar.
Assim, o nexo causal se torna indispensável, e, no

presente feito este inexiste.
Ensina Silvio Rodrigues in Direito Civil — Responsabilidade

Civil, vol. IV, São Paulo, Saraiva, 1986, pág. 18, que:
"Para que surja a obrigação de reparar, mister se

faz prova da existência de uma relação de
causalidade entre a ação ou omissão culposa do
agente e o dano experimentado pela vítima. Se a
vítima experimentar um dano, mas não se evidenciar que
o mesmo resultou do comportamento ou da atitude do
Réu, o pedido de indenização formulado por aquela,
deverá ser julgado improcedente".
7
fls. 52
Orlando Gomes, discorrendo sobre a culpa por fato

indireto, ensina:
"A correlação entre o dano e a conduta daquele de quem
se exige a indenização é indispensável. Nenhuma dúvida
se pode ter de que, nessa hipótese, a responsabilidade há
de se basear na culpa daquele a quem se pode atribuí-la,
estabelecendo o vínculo de conexão causal" (Obrigações,
Forense, Rio de Janeiro, pág. 362).
Caso apure-se que de fato o Autor não solicitou os

serviços da empresa Ré, temos que esta foi induzida a erro e que não houvera
má-fé ou intenção de causar os transtornos divagados.
Aliás, já decidiu o Superior Tribunal de Justiça
(Resp.868395/RJ), que mesmo em casos graves de estelionato –
através de uso de CPF falso e, em conseqüência, negativação de pessoa
diversa - a Ré não deve ser responsabilizada, pois age sempre com
lisura e não detém poder de polícia para checar dados fornecidos por
terceiros.
Senão vejamos:
"Net/Rio não tem culpa por golpe de estelionatário que

prejudicou consumidora. A Net/Rio não deve indenizar
por danos morais consumidora prejudicada por
estelionatário que utilizou seus dados cadastrais
(números de identidade e CPF) em contrato de
instalação de serviço de tevê a cabo. Decisão unânime
da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça mantém
o entendimento do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de
Janeiro (TJ) que afastou a culpa da Net (...)" (grifamos)
Concluindo, seguramente não está presente o elemento

do injusto, o dano ou prejuízo ilícito causado a outrem, de forma que não é
devida qualquer indenização no caso examinado, pois sem dano não há
ressarcimento. Logo, não há qualquer dever de reparar.
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DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
A indenização, quando devida, deve servir para a
reposição daquilo que se subtraiu do patrimônio lesado. É sabido que quando
este dano é de natureza extrapatrimonial o seu ressarcimento se torna
impossível. É exatamente por isso que os tratadistas defendem o duplo caráter
da indenização pecuniária para o dano moral. Assim, o dano moral deve ser
apreciado pelo seu resultado.
Vale, ainda, invocar as abalizadas palavras do

Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, José Osório de
Azevedo Júnior:
"O arbítrio do juiz não é ilimitado. Tem que ser razoável. E

deve ser demonstrado, indicando as circunstâncias do
caso e valendo-se dos critérios adiante indicados.
Convém lembrar que não é qualquer dano moral que

é indenizável. Os aborrecimentos, percalços,
pequenas ofensas, não geram o dever de indenizar.
O nobre instituto não tem por objetivo amparar as
suscetibilidades exageradas e prestigiar os chatos." (grifo
nosso)
Não houve ofensa à moral do Autor, ou qualquer fato que

pudesse ser considerado constrangedor que pudesse se fundar a presente ação,
não fora possível detectar a que título o Autor pretende a ansiada indenização,
não provou quaisquer abatimento psíquico, perturbação emocional, prostração,
enfim, consubstanciadores reais do dano moral.
E ainda, sequer houvera qualquer diminuição do

patrimônio devidamente comprovado ei incumbit probatio qui dici. Ora,
indenizar alguém por prejuízos dos quais não se produziu qualquer evidência
seria propiciar um odioso enriquecimento.
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O caráter de certeza que deve nortear o pedido de

ressarcimento de possíveis danos é bem conceituado pelo Juiz de Direito
Antônio Jeová dos Santos, in DANO MORAL INDENIZÁVEL, 3a Edição, Editora
Método, 2001, p.77:
"Alguns requisitos entremostram-se para a configuração

do dano, quais sejam, o de que a lesão ou angústia
vulnere interesse próprio. O prejuízo deve ser certo,
impedindo-se indenização por algo fantástico e que
só exista na imaginação do lesionado e o dano deve
existir no momento da propositura da ação. G.N.
O dano, para estar sujeito a reparação, há de ser
certo, atual e subsistente."
Quanto à ocorrência de dano, a doutrina é unânime em

afirmar que não há responsabilidade civil sem prejuízo.
Necessário seria, portanto, que o Autor provasse que a

esfera de sua individualidade foi atingida e, não o fazendo, a improcedência
do seu pedido se impõe desde logo.
DO QUANTUM – DANOS MORAIS
Mais uma vez em observância ao princípio da

eventualidade, e caso seja deferida alguma verba a título de indenização, o que
não se acredita, a devida atenção deve ser dada ao princípio da razoabilidade,
da adequação e da proporcionalidade.
Como é notório, a verba indenizatória é arbitrada pelo

Juízo levando-se em consideração as condições financeiras do autor, do réu, a
gravidade e extensão da lesão, não devendo ser um valor irrisório e muito
menos exagerado, a ponto de enriquecer a parte postulante.
Entretanto, o Autor não trouxe aos autos qualquer indício

dos supostos danos, restringiu-se apenas a narrar fatos dos quais não fez prova
e, como é sabido, vagas alegações de danos supostamente sofridos não dão
10
fls. 55
ensejo à indenização.
E, ainda, é certo que a reparação recebida por dano moral
não pode funcionar como enriquecimento sem causa à pessoa que sofreu um
suposto dano.
A propósito do valor da reparação, Wilson Melo da Silva já

dizia em 1955: "É preponderante, na reparação dos danos morais, o papel do
juiz. A ele, a seu prudente arbítrio, compete medir as circunstâncias, ponderar
os elementos probatórios, inclinar-se sobre as almas e perscrutar as
coincidências em busca da verdade, separando sempre o joio do trigo, o licito
do ilícito, o moral do imoral, as aspirações justas das miragens de lucro,
referidas por Dernburg
Esse é o entendimento firmado majoritariamente pela
nossa doutrina, senão vejamos:
"A indenização deve ser a mais completa possível, mas não

pode ser causa de enriquecimento sem causa, de
locupletamento à custa do devedor" (TRATADO DE
DIREITO ADMINISTRATIVO, 3. ED., 1955, V.I, P.423)
"Impõe-se rigorosa observância dos padrões adotados pela

doutrina e jurisprudência, inclusive dentro da experiência
registrada no direito comparado para evitar-se que as
ações de reparação de dano moral se transformem em
expedientes de extorsão ou de espertezas maliciosas e
injustificáveis". (HUMBERTO THEODORO JR.,
RESPONSABILIDADE CIVIL, 4ª ed.,RIO DE JANEIRO, AIDE,
1997, P.19).
"Por importante é o juiz na matéria, pois a "equilibrada

fixação" do "quantum" da indenização muito depende de
sua "ponderação e critério". (REPARAÇÃO DO DANO
MORAL, RT 631/36).
A doutrina atualizada, bem representada por CAIO MÁRIO,

segue exatamente essa linha de prudência, advertindo para a importância de
11
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não se transformar essa modalidade de dano em forma de enriquecimento: "E,

sem qualquer caso se dá a vítima uma reparação de damno vitando, e não de
lucro capiendo, mais do que nunca há de estar presente a preocupação de
conter a reparação dentro do razoável, para que jamais se converta em fonte
de enriquecimento" (INSTITUIÇÕES DE DIREITO CIVIL, 8ª ED., RIO DE
JANEIRO, FORENSE, 1.986, V.II, N.176, P. 235).
Desta forma, caso seja deferida alguma verba a título de

indenização, o que não se acredita, deve ser verificada com a devida atenção o
princípio da razoabilidade, da adequação e da proporcionalidade.
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DO PEDIDO
Face ao exposto, requer de Vossa Excelência a empresa Ré:
1) seja retificado o nome da empresa ré para Claro
S/A. devido à incorporação da empresa Net Serviços de Comunicação S/A;
2) seja a presente ação julgada TOTALMENTE

IMPROCEDENTE, subsidiariamente, caso deferida a indenização por danos
morais, o que se admite apenas para efeitos de argumentação, para fixação do seu
quantum, sejam observados os princípios da razoabilidade, proporcionalidade e
adequação
3) a condenação da parte contrária ao pagamento de
custas e verbas advocatícias.
Requer, outrossim, que as intimações dos atos processuais,

sob pena de nulidade, sejam procedidas exclusivamente em nome de Alexandre
Fonseca de Mello inscrito na OAB/SP sob o nº 222.219 e Eduardo de Carvalho
Soares da Costa inscrito na OAB/SP sob o nº 182.165.
Provas todas em direito admitidas, sem exclusão de

nenhuma outra, tudo por ser medida da mais lídima justiça.
Termos em que,
pede deferimento.
São Paulo, 26 de março de 2015.
Patrícia Felippe Russi Moreno Luiz Augusto B. da S. e

OAB/SP n.º 247.324 Oliveira
OAB/SP nº. 293.285
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Este documento foi protocolado em 26/03/2015 às 14:32, é cópia do original assinado digitalmente por Tribunal de Justica de Sao Paulo e PATRICIA FELIPPE RUSSI MORENO.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código F45810.
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Este documento foi protocolado em 27/03/2015 às 07:03, por Usuário padrão para acesso SAJ/AT, é cópia do original assinado digitalmente por ALEXANDRE MACIEL SETTA.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código F4A9CB.
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9ª VARA CÍVEL
Este documento foi liberado nos autos em 07/04/2015 às 17:04, por Lúcia Helena Ferreira Constantio, é cópia do original assinado digitalmente por MARCO FABIO MORSELLO.
OFÍCIO

(FAVOR MENCIONAR ESTAS REFERÊNCIAS NA RESPOSTA)
Justiça Gratuita
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código E7BBA2.
São Paulo, 06 de março de 2015.
Prezado(a) Senhor(a),
Pelo presente, determino a Vossa Senhoria suspender a publicidade da inserção

do nome do(a) requerente Danilo Mendes de Matos, CPF 384.787.858-17, no banco de dados
desse órgão, referente ao débito para com o(a)(s) requerido(a)(s) NET SÃO PAULO LTDA., nos
valores de R$ 500,00, contrato 325166125/03WIC7, vencimento em 15/05/2014; R$ 1.420,00,
contrato 336012499/040TOO, vencimento em 23/06/2013 e R$ 562,02, contrato
336012499/040TOF, vencimento em 08/06/2013, até ulterior deliberação deste Juízo que lhe
será comunicada, oportunamente.
Atenciosamente.
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Marco Fábio Morsello

Ao(A) Diretor(a) da
SERASA - Centralização de Serviços Bancários
Rua Antonio Carlos, 434 - Cerqueira César
CEP 01309-010 São Paulo - SP
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Este documento foi liberado nos autos em 07/04/2015 às 17:08, por Lúcia Helena Ferreira Constantio, é cópia do original assinado digitalmente por LUCIA HELENA FERREIRA CONSTANTINO.
9ª VARA CÍVEL
ATO ORDINATÓRIO

Classe Assunto: Procedimento Sumário - Responsabilidade Civil
Justiça Gratuita
CERTIDÃO - Ato Ordinatório
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código F9FEFD.
Certifico e dou fé que, nos termos do art. 162, § 4º, do CPC,
preparei para remessa ao Diário da Justiça Eletrônico o(s)
seguinte(s) ato(s) ordinatório(s): O ofício encontra-se
expedido e poderá ser impresso por meio do sítio eletrônico
deste Tribunal de Justiça (www.tjsp.jus.br), bem como seu
encaminhamento de forma autônoma, atendendo, a um só
tempo, os atributos da celeridade e economia processuais.
Nada Mais. São Paulo, 07 de abril de 2015. Eu, ___, Lúcia
Helena Ferreira Constantio, Escrevente Técnico Judiciário.
CERTIDÃO - Remessa ao DJE
Certifico e dou fé que remeti ao Diário da Justiça Eletrônico o(s)

ato(s) ordinatório(s) acima em ________/________/_________.
Eu, ___, Lúcia Helena Ferreira Constantio, Escrevente Técnico
Judiciário.
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Advogado
Teor do ato: "O ofício encontra-se expedido e poderá ser impresso por meio do sítio eletrônico deste
Tribunal de Justiça (www.tjsp.jus.br), bem como seu encaminhamento de forma autônoma, atendendo, a um
só tempo, os atributos da celeridade e economia processuais."
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código FB48A3.
SÃO PAULO, 9 de abril de 2015.

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9ª VARA CÍVEL
ATO ORDINATÓRIO

Classe Assunto: Procedimento Sumário - Responsabilidade Civil
Este documento foi liberado nos autos em 15/05/2015 às 14:48, é cópia do original assinado digitalmente por CELESTE REGINA DE SOUZA E CAMARGO.
Justiça Gratuita
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código 11D2297.
seguinte(s) ato(s) ordinatório(s): Manifeste-se o autor em réplica
no prazo de 10 dias.Nada Mais. São Paulo, 15 de maio de 2015.
Eu, ___, CELESTE REGINA DE SOUZA E CAMARGO,
Escrevente Técnico Judiciário.
CERTIDÃO - Remessa ao DJE
Certifico e dou fé que remeti ao Diário da Justiça Eletrônico o(s)

ato(s) ordinatório(s) acima em ________/________/_________.
Eu, ___, CELESTE REGINA DE SOUZA E CAMARGO,
Escrevente Técnico Judiciário.
fls. 102

Advogado
Eduardo de Carvalho Soares da Costa (OAB 182165/SP)
Alexandre Fonseca de Mello (OAB 222219/SP)
Teor do ato: "Manifeste-se o autor em réplica no prazo de 10 dias."
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código 1260651.
SÃO PAULO, 19 de maio de 2015.

fls. 103
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código 12F77CF.
fls. 104
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9ª VARA CÍVEL
AVENIDA ENGENHEIRO CAETANO ÁLVARES, 594, São Paulo-SP -
CEP 02546-000
SENTENÇA
Este documento foi liberado nos autos em 26/02/2016 às 11:51, por Camila Da Silva Oliveira, é cópia do original assinado digitalmente por RAPHAEL GARCIA PINTO.
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Raphael Garcia Pinto
Vistos.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código 1FFBAEC.
DANILO MENDES DE MATOS ajuizou ação declaratória de inexigibilidade de débito, cumulada
como condenatória de indenização por danos materiais e morais em face de NET SÃO PAULO, alegando,
em suma, teve seu nome indevidamente inserido pela requerida nos serviços de proteção ao crédito, por
várias dívidas que alega ser indevidas.
Afirma que o primeiro débito fora em razão da suposta ausência de devolução de aparelho
decodificador, o que taria ocorrido, tanto que a própria ré, posteriormente teria dado baixa na restrição. Com
relação as duas outras dívidas, narra que seriam em razão de contrato estabelecido em local diverso de
sua residência, não reconhecendo sua exigibilidade..
Em razão disso, propõe a presente ação, visando o reconhecimento de inexigibilidade do

alegado débito, além de compensação pelos danos morais sofridos e a devolução em dobro dos valores
cobrados.
A petição inicial veio acompanhada de documentos.
Houve a concessão de antecipação dos efeitos da tutela para imediata suspensão das restrições
impostas ao nome do autor (fls. 39/40).
Citado, o requerido apresentou contestação (fls. 45/57). Alega que agiu de boa fé e que a única
hipótese é de culpa exclusiva de terceiro ou da própria parte autora. Assim, narra não ter responsabilidade
pelo evento e alega que os fatos não configuram dano moral indenizável.
Réplica (fls. 103/106).
1004670-42.2015.8.26.0001 - lauda 1
fls. 108

9ª VARA CÍVEL
CEP 02546-000
É o breve relatório. Decido.
INICIALMENTE, TENDO EM VISTA SER FATO PÚBLICO E NOTÓRIO A

SUCESSÃO DA NET PELA CLARO, RETIFIQUE-SE O POLO PASSIVO E ANOTE-SE.
O pedido é parcialmente procedente.
O feito comporta julgamento antecipado, nos termos do artigo 330, II, do CPC.
O juiz deve sempre impedir a realização de provas ou diligências inúteis (art.130).
Se o fato foi confessado, se não é controvertido, ou se já está de outro modo provado nos
autos, não tem cabimento sobre ele a perícia (Humberto Theodoro Junior, Curso de Direito
Processual Civil, 6ª Edição, Editora Forense, vol I, pág.475)
Esse poder de indeferimento de provas inúteis ou protelatórias é, na verdade, um dever do

magistrado, porque não há nenhum motivo para retardar a prestação jurisdicional quando já tiver
nos autos todos os elementos para resolver o litígio, dando-lhe a solução adequada, matéria de
ordem pública, portanto, salvo se num primeiro momento não percebeu que as provas até então
produzidas já eram suficientes para o julgamento do mérito” (Apelação Cível nº 726.241-5, rel. Juiz
Roberto Midolla, j.19/05/97)
A presente relação é inequivocamente consumerista, devendo ser aplicada a regra de inversão

do ônus da prova, prevista no artigo 6º, VIII, do CDC.
A requerida, com sua contestação, não se desincumbiu de seu ônus, deixando de comprovar a
existência da dívida e a licitude de sua conduta.
Não há nos autos nenhum documento ou prova de que a requerente tenha mantido relação
contratual de qualquer natureza com o réu, nem tampouco sejam devidos os valores levados a
apontamento.
A responsabilidade da requerida é objetiva, e não vislumbro a presença de qualquer causa

excludente. Não são necessárias as análises da culpa nem do dolo. A requerida deve responder pelos
danos suportados, em razão do risco de sua atividade, tendo dado azo ao sofrimento e vexame
1004670-42.2015.8.26.0001 - lauda 2
fls. 109

9ª VARA CÍVEL
CEP 02546-000
experimentado, quando indevidamente insere o nome do autor em serviço de proteção ao crédito, por
dívida que jamais assumiu.
Desse modo, evidentemente, procede, quanto à declaração de inexigibilidade do débito descrito

na inicial que deu causa à restrição experimentada pela autora e os danos morais, à pretensão esposada
na prefacial.
O cadastramento indevido gera dano moral, independentemente de qualquer outra comprovação.
A propósito, o entendimento jurisprudencial a respeito:
“RESPONSABILIDADE CIVIL - ILICITUDE DA ABERTURA DE CADASTRO NO SERASA SEM

COMUNICAÇÃO AO CONSUMIDOR - RELEVÂNCIA E CABIMENTO DA DEMANDA DE REPARAÇÃO -
LIQUIDAÇÃO DO DANO MORAL - Constitui ilícito, imputável à empresa de banco, abrir cadastro no
Serasa sem comunicação ao consumidor (art. 43, § 2º, da Lei nº 8.078/90). O atentado aos direitos
relacionados à personalidade, provocados pela inscrição em banco de dados, é mais grave e mais
relevante do que lesão a interesses materiais. A prova de dano moral, que se passa no interior da
personalidade, se contenta com a existência do ilícito, segundo precedente do STJ. Liquidação do
dano moral que atenderá ao duplo objetivo de compensar a vítima e afligir, razoavelmente, o autor
do dano. O dano moral será arbitrado, na forma do art. 1.553 do CC, pelo órgão judiciário. Valor
adequado à forma da liquidação do dano consagrada no direito brasileiro. (TJRS - AC 597118926 - 5ª
C. Cív. - Rel. Des. Araken de Assis - J. 07.08.1997) (referência ao Código Civil de 1916, vigente à
época)”
A falha no procedimento adotado pela empresa não pode ser atribuída à autora, que não pode
suportar prejuízo que não deu causa. Neste sentido a jurisprudência:
“DIREITO CIVIL E CONSTITUCIONAL. DANOS MORAIS. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL.

INSCRIÇÃO INDEVIDA NO SERASA. FALHA DE COMUNICAÇÃO. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS
MORAIS CONFIGURADOS. O dano moral atinge um bem de natureza não patrimonial, um dos
direitos personalíssimos do indivíduo, tais como a honra, a vida privada, a imagem. - As instituições
financeiras, a teor do art. 37, § 6º, da CF c/c o art. 3º, § 2º, do CDC, na qualidade de fornecedoras de
serviços, têm responsabilidade objetiva perante os seus clientes, em relação aos danos causados
1004670-42.2015.8.26.0001 - lauda 3
fls. 110

9ª VARA CÍVEL
CEP 02546-000
por seus agentes. Nestes casos, basta ser provado o nexo de causalidade entre a ação do agente
causador do dano e o evento danoso para surgir o dever de indenizar. - Inscrição indevida do
demandante no SERASA em data posterior a quitação da dívida junto a Caixa Econômica Federal. -
Na fixação da indenização por dano moral, o magistrado deve realizar uma estimação prudencial,
considerando a gravidade do dano, a reputação da vítima, a sua situação familiar e sócio-econômica,
as condições do autor do ilícito, etc, de modo que o quantum arbitrado não seja tão grande que se
transforme em fonte de enriquecimento da vítima e insolvência do ofensor nem tão pequeno que se
torne inexpressivo e, assim, não atinja a finalidade punitiva da indenização. - Em assim sendo, em
coerência aos entendimentos firmados anteriormente nesta matéria por esta eg. Primeira Turma e os
valores estabelecidos em casos similares ao presente reputo justa a elevação valor da indenização
para R$ 3.000,00 (três mil reais). Apelação parcialmente provida. (TRF 05ª R.; AC 423608; Proc.
2005.81.00.005280-7; CE; Primeira Turma; Rel. Des. Fed. José Maria Lucena; Julg. 22/11/2007; DJU
30/01/2008; Pág. 622)”
O dano moral é presumido, in re ipsa, dispensado qualquer prova neste sentido, conforme
entendimento pacífico do Superior Tribunal de Justiça:
“RESPONSABILIDADE CIVIL - DANO MORAL - INSCRIÇÃO INDEVIDA EM CADASTRO DE

DEVEDORES - PROVA DA EFETIVA EXISTÊNCIA DO PREJUÍZO - Segundo a jurisprudência desta
Corte, a exigência de prova do dano moral (extrapatrimonial) se satisfaz com a demonstração da
existência da inscrição irregular. (Ac. 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, no REsp. 204.036-
RS. rel. Min. Barros Monteiro, j.11-05-99, DJU 23-08-99, p. 132).”
Sendo a requerida responsável pela inscrição indevida, conforme já assentado, há que se

estimar o montante devido para a indenização dos danos morais que causou. Deve-se desde logo estatuir
que o quantum a pagar deve ser suficiente para compensar o vexame suportado, mas não a ponto de lhe
trazer enriquecimento pelo evento ocorrido e, ao mesmo tempo, o caráter punitivo (pena civil) e pedagógico
da indenização há que se fazer presente, para que também possa prevenir a reincidência, evitando-se que
a empresa requerida persevere na conduta danosa.
A este respeito, o seguinte julgado:
1004670-42.2015.8.26.0001 - lauda 4
fls. 111

9ª VARA CÍVEL
CEP 02546-000
“O valor fixado pra o dano moral está dentro dos parâmetros legais, pois há eqüidade e
razoabilidade no quantum fixado. A boa doutrina vem conferindo a esse valor um caráter dúplice,
tanto punitivo do agente quanto compensatório em relação à vítima. (Superior Tribunal de Justiça
STJ; REsp 965.500; Proc. 2007/0152416-4; ES; Primeira Turma; Rel. Min. José Augusto Delgado; Julg.
18/12/2007; DJU 25/02/2008; Pág. 288).”
Nessa linha, “...a lição do mestre Caio Mário, extraída da sua obra Responsabilidade Civil,
pp. 315-316, pode nos servir de norte nessa penosa tarefa de arbitrar o dano moral. Diz o preclaro
mestre: 'Como tenho sustentado em minhas Instituições de Direito Civil (v. II, n.176), na reparação
por danos morais estão conjugados dois motivos, ou duas concausas: I- punição ao infrator pelo
fato de haver ofendido um bem jurídico da vítima, posto que imaterial; II- pôr nas mãos do ofendido
uma soma que não é um pretium doloris, porém o meio de lhe oferecer oportunidade de conseguir
uma satisfação de qualquer espécie, seja de ordem intelectual ou moral, seja mesmo de cunho
material, o que pode ser obtido 'no fato' de saber que esta soma em dinheiro pode amenizar a
amargura da ofensa e de qualquer maneira o desejo de vingança'”.
Ante a isto, fixo a indenização devida em R$ 6.000,00, valor que reputo suficiente e adequado
para os parâmetros supra estabelecidos.
Finalmente, contudo, com relação ao pedido indenizatório formulado para recebimento em dobro
dos valores cobrados, razão não assiste ao requerente.
É que, nada obstante se reconheça a abusividade na cobrança, a sanção civil prevista nem lei
não pode ser aplicada ao presente caso, haja vista ter sido cominada para hipótese de cobrança judicial de
dívida já paga. E, no caso sub judice, ocorreu uma cobrança extrajudicial abusiva.
Confira-se, a esse propósito, o que ensina Cláudio Luiz Bueno de Godoy, em obra coordenada
pelo Ministro Cezar Peluso:
Da mesma como se afirmou no comentário ao artigo precedente, é preciso, para que incida a
pena, que tenha havido cobrança judicial, ao revés do que prevê o art. 42, parágrafo único, da Lei n°
1004670-42.2015.8.26.0001 - lauda 5
fls. 112

9ª VARA CÍVEL
CEP 02546-000
8.078/90, aplicável para quando se cuide de dívida de consumo. 2 Código Civil Comentado: doutrina e
jurisprudência. Coordenador Ministro Cezar Peluso. 3ª ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2009, p. 904.
Nesse mesmo sentido já decidiu o C. Superior Tribunal de Justiça, in verbis:
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM PERDAS E DANOS. CONTRATO DE

RESERVA DE DOMÍNIO ATRELADO A CONTRATO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL FIRMADO COM
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA ESTRANGEIRA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL.
INOCORRÊNCIA. ALEGAÇÃO DE NECESSIDADE DE PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL.
PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. DENUNCIAÇÃO DA LIDE. INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS
CONTRATUAIS. PENALIDADE CIVIL. DESCABIMENTO. AUSÊNCIA DE "DEMANDA" COBRANDO DÍVIDA
JÁ PAGA. DANO MORAL. ATO ILÍCITO. OCORRÊNCIA. REEXAME DE PROVAS. VALOR DA
INDENIZAÇÃO. MANTIDO. 1.- [...] 2.- [...] 3.- [...] 4.- Para a imposição da penalidade prevista no art. 940 do
Código Civil exige-se a efetiva propositura de uma "demanda", ou seja, de uma ação judicial, para a
cobrança do valor já pago, além da má-fé do suposto credor. [...] RESP n° 1195792/PE Relator Ministro
Sidnei Beneti 3ª Turma do STJ DJE 23/9/2011.
Portanto, apenas parcialmente o procedente os pedidos formulados.
Diante do exposto e do mais que nos autos consta, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o
pedido, extinguindo o feito, com julgamento de mérito, nos termos do art. 269, I, do Código de Processo
Civil, para o fim de condenar CLARO S/A a indenizar o autor DANILO MENDES DE MATOS, no valor de
R$ 6.000,00 (SEIS MIL REAIS), acrescidos de correção monetária, segundo a tabela oficial do E. TJ/SP e
juros moratório de 1% ao mês, ambos contar da publicação desta sentença
Declaro, ainda, indevida as quantias de R$ 1.420,00 e R$ 526,06 referentes ao apontamento

de fls. 26, pois comprovada a inexistência de relação comercial entre as partes, não havendo que se falar
em qualquer quantia pendente, sendo vedada a manutenção do nome do autor ou nova inserção nos
serviços de proteção ao crédito, exclusivamente por estes fatos, tornando definitiva a tutela concedida, para
exclusão definitiva.
Condeno, outrossim, a requerida, em razão da causalidade e da sucumbência, ao pagamento
1004670-42.2015.8.26.0001 - lauda 6
fls. 113

9ª VARA CÍVEL
CEP 02546-000
das custas judiciais e despesas processuais, bem como honorários advocatícios, que fixo em 15% (quinze)
do valor da condenação atualizado, conforme o que determina o art. 20, § 3º, do Código de Processo Civil.
PRI
São Paulo, 25 de fevereiro de 2016.
1004670-42.2015.8.26.0001 - lauda 7
fls. 114

9ª VARA CÍVEL
ATO ORDINATÓRIO

Justiça Gratuita
Este documento foi liberado nos autos em 26/02/2016 às 11:56, é cópia do original assinado digitalmente por CAMILA DA SILVA OLIVEIRA.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código 200AA70.

seguinte(s) ato(s) ordinatório(s): Em caso de interposição
recursal, bem como considerando os termos da Lei Estadual
nº 11.608, de 29 de dezembro de 2003, em seu artigo 4º,
inciso II, aplicando-se, se o caso, a regra prevista em seu §
2º, ressalvando-se, contudo, o disposto em seu § 1º, deverá
ser recolhida, ao Estado, a taxa de preparo recursal no
montante de R$671,36 (GARE - CÓDIGO 230-6). Nada
Mais. São Paulo, 26 de fevereiro de 2016. Eu, Camila Da Silva
Oliveira, Escrevente Técnico Judiciário.
fls. 115

Advogado
Este documento foi protocolado em 29/02/2016 às 10:58, é cópia do original assinado digitalmente por MARIA CECILIA PEREIRA DA SILVEIRA.
Teor do ato: "Em caso de interposição recursal, bem como considerando os termos da Lei Estadual nº
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código 20245C2.
11.608, de 29 de dezembro de 2003, em seu artigo 4º, inciso II, aplicando-se, se o caso, a regra prevista em
seu § 2º, ressalvando-se, contudo, o disposto em seu § 1º, deverá ser recolhida, ao Estado, a taxa de preparo
recursal no montante de R$671,36 (GARE - CÓDIGO 230-6). Nada Mais."
SÃO PAULO, 29 de fevereiro de 2016.
Maria Cecilia Pereira da Silveira

Chefe de Seção Judiciário
fls. 116

Advogado
Este documento foi protocolado em 29/02/2016 às 10:58, é cópia do original assinado digitalmente por MARIA CECILIA PEREIRA DA SILVEIRA.
Teor do ato: "Diante do exposto e do mais que nos autos consta, JULGO PARCIALMENTE
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código 20245C5.
PROCEDENTE o pedido, extinguindo o feito, com julgamento de mérito, nos termos do art. 269, I, do Código
de Processo Civil, para o fim de condenar CLARO S/A a indenizar o autor DANILO MENDES DE MATOS, no
valor de R$ 6.000,00 (SEIS MIL REAIS), acrescidos de correção monetária, segundo a tabela oficial do E.
TJ/SP e juros moratório de 1% ao mês, ambos contar da publicação desta sentença Declaro, ainda, indevida
as quantias de R$ 1.420,00 e R$ 526,06 referentes ao apontamento de fls. 26, pois comprovada a inexistência
de relação comercial entre as partes, não havendo que se falar em qualquer quantia pendente, sendo vedada
a manutenção do nome do autor ou nova inserção nos serviços de proteção ao crédito, exclusivamente por
estes fatos, tornando definitiva a tutela concedida, para exclusão definitiva. Condeno, outrossim, a requerida,
em razão da causalidade e da sucumbência, ao pagamento das custas judiciais e despesas processuais, bem
como honorários advocatícios, que fixo em 15% (quinze) do valor da condenação atualizado, conforme o que
determina o art. 20, § 3º, do Código de Processo Civil. PRI"
SÃO PAULO, 29 de fevereiro de 2016.
Maria Cecilia Pereira da Silveira

Chefe de Seção Judiciário
fls. 117
EXO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 9ª VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL
I - SANTANA DA CAPITAL DE SÃO PAULO.
Processo nº 1004670-42.2015.8.26.0001
DANILO MENDES DE MATOS, já qualificado nos autos

do processo em epígrafe, promovido em face de CLARO S/A, já qualificada,
por meio de seu advogado que ao final subscreve, vem, respeitosamente,
perante Vossa Excelência, expor e requerer ao que segue:
Consoante a sentença de fls., haja vista não ter o

requerido interposto recurso, logo, apresenta o requerente os cálculos de
liquidação, nos seguintes importes:
Crédito atualizado R$ 6.117,55
Honorários Advocatícios (sucumbência) R$ 917,62
Crédito Líquido Total R$ 7.035,17
RUA ANTONIO CAVAZZAN, 226, BAIRRO CASA VERDE, CEP 02534-000, SÃO PAULO SP
TEL: (11) 39650143/972003464 – email: andersoncelesilva@adv.oabsp.org.br
fls. 118
Desta forma, vem requerer a V.Exa, que se digne de
determinar a notificação do requerido, e querendo, manifeste-se, sob pena de
homologação e multa do artigo 475-J, em caso de descumprimento.
Ademais, vindo o depósito, requer-se a emissão do alvará

para pagamento. Créditos atualizados até 31 de março de 2016.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
São Paulo SP, 22 de março de 2016.
______________________________
ANDERSON CELESTINO DA SILVA
OAB/SP Nº 338.089
RUA ANTONIO CAVAZZAN, 226, BAIRRO CASA VERDE, CEP 02534-000, SÃO PAULO SP
TEL: (11) 39650143/972003464 – email: andersoncelesilva@adv.oabsp.org.br
Este documento foi protocolado em 18/04/2016 às 16:07, é cópia do original assinado digitalmente por ANGELA FATIMA MALAGUETA GONDIM.
fls. 119
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1004670-42.2015.8.26.0001 e código 2305992.

Acao Declaratoria de Inexistencia de Negocio Juridico Danos Morais Face A Cobrança Indevida

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fls.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

A(o) Ilmo(a) Sr(a):

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Marco Fábio Morsello

I – Processe-se pelo rito ordinário, sem alteração na distribuição, anotando-se

Ante o exposto, CONCEDO a tutela e, por via de consequência, DETERMINO

Expeçam-se os ofícios necessários, com urgência, cabendo ao autor proceder

São Paulo, 26 de fevereiro de 2015.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,

(CÓPIA DA INICIAL SEGUE ANEXA E FICA FAZENDO PARTE INTEGRANTE DESTA)

NOME LEGÍVEL DO RECEBEDOR _____/_____/__________

AGÊNCIA e Reservado espaço à

AR AVISO DE RECEBIMENTO DATA DE POSTAGEM menção MP

FORO REGIONAL I - SANTANA Emitido em: 02/03/2015 13:29

SÃO PAULO, 2 de março de 2015.

Lúcia Helena Ferreira Constantio

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Processo Digital n°: 1004670-42.2015.8.26.0001

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Processo Digital nº: 1004670-42.2015.8.26.0001

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 9ª VARA

CLARO S/A., pessoa jurídica de direito privado,

pelos motivos de fato e de direito que a seguir expõe.

Com efeito, em sua peça vestibular, a parte autora

Necessário demonstrar, contudo, conforme documentos

Dessa forma, sucederá àquela empresa, em todos os

Assim, em decorrência disto, importante que Vossa

O Autor alega em sua exordial que foi surpreendido com a

Destarte, visando minimizar o prejuízo de ter alguém

danos morais e ainda, a condenação da empresa Ré ao pagamento de custas,

DA AUSÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR

Embora o Autor tenha alegado nunca ter contratado os

Ainda que o Autor alegue ter sofrido prejuízos de ordem

Destarte, forçoso concluir que a Ré é tão vítima quanto o

Ademais, a Ré é uma das maiores operadoras de TV a

Depois da solicitação de instalação um técnico, que é

Feito isso os equipamentos são instalados e os serviços

Quando inadimplidas as parcelas cumpre a Ré buscar

Sabe-se que os falsificadores utilizam meios complexos de

“Art. 14. O fornecedor de serviços responde,

Portanto, temos que a empresa Ré não pode ser

"Ninguém poderá ser responsabilizado pelo

E caso não tenha sido o Autor a contratante dos serviços,

"(...) Tudo leva a crer a existência de uma fraude,

Veja-se, também, sentença proferida pelo MM. Juiz

"(...) O pleito de indenização deve ser indeferido,

ademais – ainda que putativamente – em exercício

Incide a meu ver com toda a plenitude a excludente de

APELAÇÃO CÍVEL. PROCESSUAL CIVIL. CERCEAMENTO DE

A empresa Ré não tem a possibilidade de verificar a

E mais, o funcionário da empresa Ré que comparece ao

Assim, como é sabido, para haver o dever de indenizar

Assim, o nexo causal se torna indispensável, e, no

Ensina Silvio Rodrigues in Direito Civil — Responsabilidade

"Para que surja a obrigação de reparar, mister se

Orlando Gomes, discorrendo sobre a culpa por fato

Caso apure-se que de fato o Autor não solicitou os

"Net/Rio não tem culpa por golpe de estelionatário que

Concluindo, seguramente não está presente o elemento

DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

Vale, ainda, invocar as abalizadas palavras do

"O arbítrio do juiz não é ilimitado. Tem que ser razoável. E

NOME LEGÍVEL DO RECEBEDOR ___/_/________