Você está na página 1de 1

CONTO A CULPA É MINHA, O ERRO É MEU

Medicina sempre foi o meu sonho, um sonho que acabou por um erro por
uma falta de atenção, eu perdi tudo que tinha de mais importante emprego, amigos e
minha liberdade tudo isso se foi e a culpa é minha. Eu sou Natasha Leblanc tenho 27 anos,
sou formada em medicina e hoje vou contar como eu acabei com a minha vida.
Era só para ser só mais dia comum onde eu acordaria iria ter um dia cansativo
de trabalho e voltaria pra casa logo após meu expediente, uma rotina comum para quem
trabalha em um Hospital Municipal, mas o universo tinha outros planos pra mim naquele
dia.
13 de outubro de 2015, onze e meia da manhã, meu dia havia apenas
começado bati ponto assim que deu onze horas que era meu horário de entrada no serviço
e fui para o meu consultório, bom, teria ido se não tivessem atrapalhado meu percurso.
-Doutora Leblanc, o doutor Duarte que falar com a senhora – essa era voz da
recepcionista, Lisa era o nome dela.
Apenas concordei com a cabeça mudando meu trajeto indo na direção da
sala do Doutor Duarte /ele era o chefe na minha área do hospital.
- Entre e sente por favor, Natasha – ele disse assim que entrei no consultório e eu
apenas fiz o que me foi pedido...
Eu pouco me lembro das reações que tive naquela conversa e qual foi
assunto dela, só me recordo de sair do consultório dele e ter ido imediatamente para o meu
consultório onde eu não tive outra a reação a não ser pegar a garrafa de whisky que eu
havia escondido em minha bolsa e beber vários e vários copos da bebida amarga.
Às seis e meia da tarde do mesmo dia, meu expediente já estava quase no
final faltava só mais uma criança na ala pediátrica e logo poderia ir embora, eu não estava
aguentando mais, o dia havia sido muito cheio pra mim a briga com meu chefe e fato de eu
ter bebido em expediente não estava me ajudando a me manter em pé. Eu comecei a
atender a última criança, uma menina de 11 anos ela era loira o nome dela era Clara e ela
estava acompanhada da mãe, foi uma consulta muito rápida, de primeiro momento eu
achei que era impressão minha por estar meio bêbada, mas a consulta de fato havia sido
mais rápida do que deveria, percebi que durante a consulta a mãe da menina ficava me
olhando meio desconfiada, eu receitei alguns remédios para a menina tomar como eu
sempre faço, elas logo foram embora assim como eu, que cheguei em casa e apaguei.
Oito da manhã do dia seguinte, lembro de acordar com vários socos sendo
disferidos contra a porta da minha casa e uma voz grossa dizendo algo como “Senhorita
Leblanc, abra a porta é a polícia” eu tomei um susto com o chamado e logo fui a abrir a
porta, tudo foi como um borrão só lembro de estar algemada dentro do carro da polícia, eu
estava sendo condenada pelo homicídio de Clara, a garota era alérgica aos remédios que eu
havia passado, descobri também que garota tinha câncer, mas agora do que adiantava essas
informações? Ela estava morta e eu estava presa, e a culpa é minha.

Você também pode gostar