Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Seleção de Questões Enem Sobre Gêneros Digitais
Seleção de Questões Enem Sobre Gêneros Digitais
(ENEM 2016)
Receitas de vida por um mundo mais doce
Pé de moleque
Ingredientes
Preparo
Junte tudo com os ingredientes do Açúcar Naturale, mexa bem e deixe descansar.
Não as crianças, que não vai adiantar. Sirva imediatamente, porque pé de moleque
não para. Quer essa e outras receitas completas?
ENEM 2011
A discussão sobre “o fim do livro de papel” com a chegada da mídia eletrônica me
lembra a discussão idêntica sobre a obsolescência do folheto de cordel. Os folhetos
talvez não existam mais daqui a 100 ou 200 anos, mas mesmo que isso aconteça,
os poemas de Leandro Gomes de Barros ou Manuel Camilo dos Santos continuarão
sendo publicados e lidos – em CD-ROM, em livro eletrônico, em “chips quânticos”,
sei lá o quê. O texto é uma espécie de alma imortal, capaz de reencarnar em corpos
variados: página impressa, livro em Braille, folheto, “coffee-table book”, cópia
manuscrita, arquivo PDF... Qualquer texto pode se reencarnar nesses (e em outros)
formatos, não importa se é Moby Dick ou Viagem a São Saruê, se é Macbeth ou O
Livro de Piadas de Casseta & Planeta.
O hoax, como é chamado qualquer boato ou farsa na internet, pode espalhar vírus
entre os seus contatos. Falsos sorteios de celulares ou frases que Clarice Lispector
nunca disse são exemplos de hoax. Trata-se de boatos recebidos por e-mail ou
compartilhados em redes sociais. Em geral, são mensagens dramáticas ou
alarmantes que acompanham imagens chocantes, falam de crianças doentes ou
avisam sobre falsos vírus. O objetivo de quem cria esse tipo de mensagem pode ser
apenas se divertir com a brincadeira (de mau gosto), prejudicar a imagem de uma
empresa ou espalhar uma ideologia política.
Se o hoax for do tipo phishing (derivado de fishing, pescaria, em inglês) o problema
pode ser mais grave: o usuário que clicar pode ter seus dados pessoais ou bancários
roubados por golpistas. Por isso é tão importante ficar atento.
VIMERCATE, N. Disponível em: www.techtudo.com.br. Acesso em: 1 maio 2013 (adaptado).
ENEM 2015
Ataliba de Castilho, professor de língua portuguesa da USP, explica que o internetês
é parte da metamorfose natural da língua.
– Com a internet, a linguagem segue o caminho dos fenômenos da mudança, como
o que ocorreu com "você", que se tornou o pronome átono "cê". Agora, o interneteiro
pode ajudar a reduzir os excessos da ortografia, e bem sabemos que são muitos. Por
que o acento gráfico é tão importante assim para a escrita? Já tivemos no Brasil
momentos até mais exacerbados por acentos e dispensamos muitos deles. Como
toda palavra é contextualizada pelo falante, podemos dispensar ainda muitos outros.
O interneteiro mostra um caminho, pois faz um casamento curioso entre oralidade e
escrituralidade. O internetês pode, no futuro, até tornar a comunicação mais eficiente.
Ou evoluir para um jargão complexo, que, em vez de aproximar as pessoas em
menor tempo, estimule o isolamento dos iniciados e a exclusão dos leigos.
Para Castilho, no entanto, não será uma reforma ortográfica que fará a mudança de
que precisamos na língua. Será a internet. O jeito eh tc e esperar pra ver?
Disponível em: . Acesso em: 3 jun. 2015. Adaptado.
QUESTÃO 04. Na entrevista, o fragmento "O jeito eh tc e esperar pra ver?" tem por
objetivo
a) ilustrar a linguagem de usuários da internet que poderá promover alterações de
grafias.
b) mostrar os perigos da linguagem da internet como potencializadora de dificuldades
de escrita.
c) evidenciar uma forma de exclusão social para as pessoas com baixa proficiência
escrita.
d) explicar que se trata de um erro linguístico por destoar do padrão formal
apresentado ao longo do texto.
e) exemplificar dificuldades de escrita dos interneteiros que desconhecem as
estruturas da norma padrão.
O hipertexto permite – ou, de certo modo, em alguns casos, até mesmo exige – a
participação de diversos autores na sua construção, a redefinição dos papéis de autor
e leitor e a revisão dos modelos tradicionais de leitura e de escrita. Por seu enorme
potencial para se estabelecerem conexões, ele facilita o desenvolvimento de
trabalhos coletivamente, o estabelecimento da comunicação e a aquisição de
informação de maneira cooperativa.
Embora haja quem identifique o hipertexto exclusivamente com os textos eletrônicos,
produzidos em determinado tipo de meio ou de tecnologia, ele não deve ser limitado
a isso, já que consiste numa forma organizacional que tanto pode ser concebida para
o papel como para os ambientes digitais. É claro que o texto virtual permite
concretizar certos aspectos que, no papel, são praticamente inviáveis: a conexão
imediata, a comparação de trechos de textos na mesma tela, o “mergulho” nos
diversos aprofundamentos de um tema, como se o texto tivesse camadas, dimensões
ou planos.
RAMAL, A. C. Educação na cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem.
QUESTÃO 05. Considerando-se a linguagem específica de cada sistema de
comunicação, como rádio, jornal, TV, internet, segundo o texto, a hipertextualidade
configura-se como um(a)
a) elemento originário dos textos eletrônicos.
b) conexão imediata e reduzida ao texto digital.
c) novo modo de leitura e de organização da escrita.
d) estratégia de manutenção do papel do leitor com perfil definido.
e) modelo de leitura baseado nas informações da superfície do texto.
O hipertexto refere-se à escritura eletrônica não sequencial e não linear, que se
bifurca e permite ao leitor o acesso a um número praticamente ilimitado de outros
textos a partir de escolhas locais e sucessivas, em tempo real. Assim, o leitor tem
condições de definir interativamente o fluxo de sua leitura a partir de assuntos
tratados no texto sem se prender a uma sequência fixa ou a tópicos estabelecidos
por um autor. Trata-se de uma forma de estruturação textual que faz do leitor
simultaneamente coautor do texto final. O hipertexto se caracteriza, pois, como um
processo de escritura / leitura eletrônica multilinearizado, multisequencial e
indeterminado, realizado em um novo espaço de escrita. Assim, ao permitir vários
níveis de tratamento de um tema, o hipertexto oferece a possibilidade de múltiplos
graus de profundidade simultaneamente, já que não tem sequência definida, mas liga
textos não necessariamente correlacionados.
MARCUSCHI, L. A. Disponível em: http://www.pucsp.br. Acesso em: 29 jun. 2011.