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Exercícios - Enem

PORTUGUÊS
UNIDADE 2
Módulo 1: Aspectos fonético-fonológicos da língua portuguesa
Conteúdos: Ortografia e acentuação

1. (Enem 2015) Assum preto

Tudo em vorta é só beleza


Sol de abril e a mata em frô
Mas assum preto, cego dos óio
Num vendo a luz, ai, canta de dor

Tarvez por ignorança


Ou mardade das pió
Furaro os óio do assum preto
Pra ele assim, ai, cantá mio

Assum preto veve sorto


Mas num pode avuá
Mil veiz a sina de uma gaiola
Desde que o céu, ai, pudesse oiá

GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H. Disponível em: www.luizgonzaga.mus.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (fragmento).

As marcas da variedade regional registradas pelos compositores de Assum preto resultam da aplicação de um
conjunto de princípios ou regras gerais que alteram a pronúncia, a morfologia, a sintaxe ou o léxico. No texto,
é resultado de uma mesma regra a
a) pronúncia das palavras “vorta” e “veve”.
b) pronúncia das palavras “tarvez” e “sorto”.
c) flexão verbal encontrada em “furaro” e “cantá”.
d) redundância nas expressões “cego dos óio” e “mata em frô”.
e) pronúncia das palavras “ignorança” e “avuá”

2. (Enem 2009) Para o Mano Caetano

O que fazer do ouro de tolo


Quando um doce bardo brada a toda brida,
Em velas pandas, suas esquisitas rimas?
Geografia de verdades, Guanabaras postiças
Saudades banguelas, tropicais preguiças?

A boca cheia de dentes


De um implacável sorriso
Morre a cada instante
Que devora a voz do morto, e com isso,
Ressuscita vampira, sem o menor aviso

[...]
E eu soy lobo-bolo? lobo-bolo

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com
Tipo pra rimar com ouro de tolo?
Oh, Narciso Peixe Ornamental!
Tease me, tease me outra vez1
Ou em banto baiano
Ou em português de Portugal
De Natal
[...]

1
Tease me (caçoe de mim, importune-me).

LOBÃO. Disponível em: http://vagalume.uol.com.br. Acesso em: 14 ago. 2009 (adaptado).

Na letra da canção apresentada, o compositor Lobão explora vários recursos da língua portuguesa, a fim de
conseguir efeitos estéticos ou de sentido. Nessa letra, o autor explora o extrato sonoro do idioma e o uso de
termos coloquiais na seguinte passagem:
a) “Quando um doce bardo brada a toda brida” (v. 2)
b) “Em velas pandas, suas esquisitas rimas?” (v. 3)
c) “Que devora a voz do morto” (v. 9)
d) “lobo-bolo//Tipo pra rimar com ouro de tolo? (v. 11-12)
e) “Tease me, tease me outra vez” (v. 14)

3. (Enem 2ª aplicação 2010) Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não
espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os
paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de
uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos
muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri,
porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de
Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já
nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já
os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.

Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).

Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas
de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
a) na fonologia.
b) no uso do léxico.
c) no grau de formalidade.
d) na organização sintática.
e) na estruturação morfológica.

4. (G1 - col. naval 2020) Assinale a opção na qual o substantivo destacado tem plural metafônico.
a) Você providenciou os trocos que lhe pedimos, Gabriel?
b) A costureira esqueceu no táxi os bolsos de todos os jalecos.
c) Quantos poIvos devemos comprar para fazer a caldeirada?
d) Merecidamente, seus sogros estão de férias em Recife, não é?
e) Pelo que eu soube, alguns almoços ainda não foram entregues.

5. (G1 - ifmt 2020) Analise as alternativas abaixo e marque aquela em que todas as palavras têm a mesma
classificação quanto ao número de sílabas:
a) primeiro – saída – tragédia – consegui.

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com
b) sentia – roupa – transtorno – adjetivo.
c) loura – trabalho – superou – noite.
d) árvore – casamento – ambiente – madeira.
e) poeira – alegria – troféu – igual.

6. (G1 - ifmt 2020) Assinale a alternativa em que a separação silábica está grafada de acordo com a norma
culta da língua portuguesa:
a) em-pre-en-de-dor; sa-u-da-de; li-vra-ria.
b) des-ci-da; ra-i-nha; en-xa-gu-ar.
c) ál-co-ol, a-ni-mais; vas-sou-ra.
d) ad-vo-ga-do, his-tó-ri-a; a-d-je-ti-vo.
e) cha-péu; coo-pe-rar; fri-ís-si-mo.

7. (G1 - ifmt 2020) Analise as assertivas abaixo e marque aquela que apresenta uma informação que NÃO está
em conformidade com a norma culta da língua portuguesa.
a) O número de fonemas de uma palavra pode não ser o mesmo que o número de letras, como ocorre em táxi
e telha.
b) Algumas vezes, o fonema pode ser representado por mais de uma letra, como ocorre em zebra – casa –
existe.
c) Letra e fonema são sempre equivalentes.
d) As letras são a representação gráfica de um fonema.
e) Na palavra “humano”, o “h” não representa um fonema.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

8. (G1 - ifmt 2020) Ao considerarmos o aspecto fonético da palavra “saúde”, podemos afirmar que ocorre nela
um:
a) ditongo.
b) tritongo.
c) hiato.
d) dígrafo.
e) encontro consonantal.

9. (Ufsc 2019) OS SAPOS

Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.

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com
A luz os deslumbra.

Em ronco que aterra,


Berra o sapo-boi:
– “Meu pai foi à guerra!”
– “Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!”

O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: – “Meu cancioneiro
É bem martelado.

Vede como primo


Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.

O meu verso é bom


Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.

Vai por cinquenta anos


Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.

Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas…”

Urra o sapo-boi:
– “Meu pai foi rei” – “Foi!”
– “Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!”

Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
– “A grande arte é como
Lavor de joalheiro.

Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo.”

Outros, sapos-pipas
(Um mal em si cabe),
Falam pelas tripas:
– “Sei!” – “Não sabe!” – “Sabe!”

Longe dessa grita,


Lá onde mais densa
A noite infinita

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com
Verte a sombra imensa;

Lá, fugido ao mundo,


Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é

Que soluças tu,


Transido de frio,
Sapo-cururu
Da beira do rio...

BANDEIRA, Manuel. Melhores poemas: Manuel Bandeira. Seleção de Francisco de Assis Barbosa. 17. ed. São
Paulo: Global, 2015, p. 32-33.

Com base na leitura integral da obra Melhores poemas: Manuel Bandeira e do poema “OS SAPOS”, no
contexto sócio-histórico e literário e, ainda, de acordo com a variedade padrão da língua escrita, é correto
afirmar que:
01) em “OS SAPOS”, evidencia-se o caráter lúdico e descontraído que marcaria a poesia de Manuel Bandeira
até o final da vida, quando supera os temas clássicos da juventude, como o amor, a morte e uma visão
melancólica da existência.
02) embora inicialmente tenha escrito poemas ligados à poesia simbolista e à parnasiana, Manuel Bandeira é
considerado um dos autores mais importantes do modernismo brasileiro.
04) no poema, vários sapos debatem de modo inflamado, até que um sapo-tanoeiro ofende a figura de um
“parnasiano aguado” e prescreve ao fim de cada estrofe como deveria ser o novo cancioneiro nacional.
08) embora o sapo-tanoeiro recomende que nunca se rimem termos cognatos (versos 15 e 16), o eu poético
desrespeita essa orientação ao rimar “deslumbra” e “penumbra” na primeira estrofe do poema.
16) no verso “Em comer os hiatos!”, a palavra grifada apresenta um hiato.
32) a obra de Manuel Bandeira evoca o cotidiano das metrópoles, a fala simples do povo e as misturas de
variedades linguísticas, ao abordar temas como o amor irrealizável, o jogo erótico, a nostalgia da infância, a
ausência e a morte.

10. (G1 - ifce 2019) Apresenta um dífono gramatical a palavra


a) pilha.
b) xícara.
c) espeto.
d) xampu.
e) indexado.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


A(s) questão(ões) a seguir está(ão) relacionadas ao texto abaixo.

1
– Para mim esta é a melhor hora do dia – Ema disse, voltando do quarto dos meninos. – Com as
crianças na cama, a casa fica tão sossegada.
– Só que já é noite – a amiga corrigiu, sem tirar os olhos da revista. Ema agachou-se para recolher o
quebra-cabeça esparramado pelo chão.
– É força de expressão, sua boba. O dia acaba quando eu vou dormir, isto é, o dia tem vinte quatro
horas e a semana tem sete dias, não está certo? – Descobriu um sapato sob a poltrona. Pegou-o e, quase
deitada no tapete, procurou, 2depois, o par _____1_____ dos outros móveis.
Era bom 3ter uma 4amiga 5experiente. Nem precisa ser da mesma idade – deixou-se cair no sofá –
Bárbara, 6muito mais sábia. Examinou-a a ler: uma linha de luz dourada 7valorizava o perfil privilegiado. As
duas eram tão inseparáveis quanto seus maridos, colegas de escritório. Até ter filhos juntas conseguiram,

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com
8
acreditasse quem quisesse. Tão gostoso, ambas no hospital. A semelhança física teria 9contribuído para o
perfeito entendimento? “Imaginava que fossem irmãs”, muitos diziam, o que sempre causava satisfação.
10
– O que está se passando nessa cabecinha? – Bárbara estranhou a amiga, só doente 11pararia
quieta. Admirou-a: os 12cabelos soltos, caídos no rosto, escondiam os olhos _____2_____, azuis ou verdes,
conforme o reflexo da roupa. De que cor estariam hoje 13seus olhos?
Ema aprumou o corpo.
– Pensava que se nós morássemos numa casa grande, vocês e nós...
Bárbara sorriu. Também ela uma vez tivera a 14ideia. – As crianças brigariam o tempo todo.
15
Novamente a amiga tinha razão. 16Os filhos não se suportavam, discutiam por qualquer motivo,
ciúme doentio de tudo. 17O que sombreava o relacionamento dos casais.
– Pelo menos podíamos morar mais perto, então.
Se o marido estivesse em casa, 18seria obrigada a assistir à televisão, _____3_____, ele mal chegava,
ia ligando o aparelho, ainda que soubesse que ela detestava sentar que nem múmia diante do aparelho –
levantou-se, repelindo a lembrança. Preparou uma jarra de limonada. _____4_____ todo aquele interesse de
Bárbara na revista? Reformulou a pergunta em voz alta.
– Nada em especial. Uma pesquisa sobre o comportamento das crianças na escola, de como se
modificam 19as personalidades longe dos pais.

Adaptado de: VAN STEEN, Edla. Intimidade. In: MORICONI, Italo (org.) Os cem melhores contos brasileiros do
século. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. p. 440-441.

11. (Ufrgs 2019) As palavras experiente (ref. 5), contribuído (ref. 9), pararia (ref. 11) e ideia (ref. 14) têm,
respectivamente,
a) cinco sílabas – cinco sílabas – três sílabas – três sílabas.
b) quatro sílabas – quatro sílabas – três sílabas – quatro sílabas.
c) cinco sílabas – cinco sílabas – quatro sílabas – três sílabas.
d) cinco sílabas – cinco sílabas – quatro sílabas – quatro sílabas.
e) quatro sílabas – quatro sílabas – três sílabas – três sílabas.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:


“É Brasileiro, já passou de Português...”

A ideia de uma língua única, que não se altera, é um mito, pois a heterogeneidade social e cultural
implica a heterogeneidade linguística.
(...)
Embora Brasil e Portugal tenham uma língua comum, é nítido a qualquer falante do português que

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existem diferenças entre o português falado nos dois países – claro que elas também existem com relação aos
demais países de língua portuguesa. (...) Essas diferenças são tão grandes que podemos afirmar que no Brasil
se fala uma língua diferente da de Portugal, que os linguistas denominaram de português brasileiro. Isso é tão
evidente que, se você observar um processador de textos, o Word, por exemplo, na ferramenta idiomas há as
opções português e português brasileiro ou português (Brasil). Por quê? Como são línguas diferentes, o
corretor automático do processador precisa saber em que “língua” está sendo escrito o documento, pois o
português europeu e o brasileiro seguem regras diferentes.
Quando ouvimos um habitante de Portugal falando, percebemos imediatamente um uso diverso da
língua. A diferença mais perceptível é de ordem fonológica, ou seja, na maneira de produzir os sons da língua.
Identificamos rapidamente que ele fala português, porém com “sotaque ou acento lusitano”. Se atentarmos
com mais cuidado, perceberemos, entretanto, que as diferenças não são apenas de ordem fonológica. Há
também diferenças sintáticas (poucas) e lexicais. Um mesmo conceito é designado por significantes diferentes,
o que prova o caráter imotivado do signo linguístico. (...)

(Ernani Terra, Revista Língua Portuguesa, adaptado, julho/2018)

12. (Espm 2019) O autor defende que:


a) Há diferenças linguísticas tão grandes, com regras também tão diferentes, que se constatam duas línguas
diversas: o português de Portugal e o português europeu.
b) Diferenças de ordem fonológica ocorrem quando um mesmo significado é designado por significantes
diferentes.
c) Diferenças linguísticas em outros países, como Angola, Moçambique, Cabo Verde, Timor Leste e São Tomé e
Príncipe, são tão pequenas que não chegam a caracterizar línguas diferentes.
d) As alterações linguísticas entre Portugal e Brasil ocorrem principalmente, por serem mais verificáveis, no
campo da escrita.
e) O signo linguístico não necessita, para sua existência, de um caráter motivado.

13. (Espm 2019) O texto alude ao fato de haver diferenças fonéticas, sintáticas e lexicais entre o português de
Portugal e o do Brasil. Na listagem abaixo, há exemplos dos três casos de diferenças. Assinale o item que
exemplifica apenas diferenças lexicais:

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com
Portugal Brasil

a) económico econômico

omnipotente onipotente

b) estou a trabalhar estou trabalhando

interesso-me por si me interesso por você

c) bica café

hospedeira de bordo aeromoça

d) gostaria de falar consigo gostaria de falar com você

e) fenómeno fenômeno

dezasseis dezesseis

14. (G1 - ifsc 2018) A indústria tecnológica se desenvolveu muito nos últimos anos. Com isso, a quantidade e a
qualidade dos produtos eletrônicos surpreendem cada dia mais os consumidores.

Sabendo-se que as palavras em destaque receberam acentos gráficos por serem proparoxítonas, em qual
alternativa há somente palavras cujos acentos foram empregados com base na mesma regra de acentuação?

Assinale a alternativa CORRETA.


a) bêbado, pública, cáqui, trânsito
b) mínimo, chapéu, cândida, biquíni
c) abadá, tricô, flácido, avô
d) máxima, música, alfândega, obstáculo
e) tráfego, ímpeto, sábado, fênix

15. (G1 - cps 2018) Leia a letra da música “Segue o seco” de Carlinhos Brown.

A boiada seca
Na enxurrada seca
A trovoada seca
Na enxada seca
Segue o seco sem sacar que o caminho é seco
sem sacar que o espinho é seco
sem sacar que o seco é o Ser Sol
Sem sacar que algum espinho seco secará
E a água que sacar será um tiro seco
E secará o seu destino seca
Ô chuva vem me dizer
Se posso ir lá em cima prá derramar você
Ó chuva preste atenção

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Se o povo lá de cima vive na solidão
Se acabar não acostumando
Se acabar parado calado
Se acabar baixinho chorando
Se acabar meio abandonado
Pode ser lágrimas de São Pedro
Ou talvez um grande amor chorando
Pode ser o desabotoado céu
Pode ser coco derramado

<https://tinyurl.com/yanhydsb> Acesso em: 02.12.2017.

Um dos importantes aspectos para a interpretação dessa música é a sonoridade de seus versos. A repetição do
fonema consonantal /s/ – como em “sacar” e “ser” – colabora para a construção e representação do cenário
construído pela canção: a seca.

Selecione a alternativa em que a repetição intencional de fonema consonantal também acontece.

a) [...] sou um mulato nato


no sentido lato
Mulato democrático do litoral [...] Veloso, Caetano.

b) Eu vi quando você me viu


Seus olhos pousaram nos meus
Num arrepio sutil [...] Lins, Claudio

c) [...] Vozes veladas, veludosas vozes,


Volúpias dos violões, vozes veladas [...] Cruz e Sousa

d) [...] O meu pai era paulista/Meu avô, pernambucano


O meu bisavô, mineiro/Meu tataravô, baiano. Buarque, Chico

e) Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua! Bilac, Olavo

16. (G1 - ifal 2018) Nos estudos que inter-relacionam o gráfico e o fonético, dispomos dos dígrafos. Nesse
sentido, assinale a alternativa em que os dígrafos estão dispostos pela mesma razão.
a) folha – ninho – carro – bolha – caminho.
b) migalha – nascimento – massacre – adivinhação – assombração.
c) reminiscência – carrapato – piscicultura – florescente – cassação.
d) carinho – manhã – ferro –passeata – corrupção.
e) fascinação – velhice – bolha – assunção – descida.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


MAIS QUE ORWELL, HUXLEY PREVIU NOSSO TEMPO
Hélio Gurovitz

Publicado em 1948, o livro 1984, de George Orwell, saltou para o topo da lista dos mais vendidos (...)
1
A distopia de Orwel, mesmo situada no futuro, tinha um endereço certo em seu tempo: o stalinismo. (...) 2O
mundo da “pós-verdade”, dos “fatos alternativos” e da anestesia intelectual nas redes sociais mais parece
outra distopia, publicada em 1932: Admirável mundo novo, de Aldous Huxley.
3
Não se trata de uma tese nova. Ela foi levantada pela primeira vez em 1985, num livreto do teórico
da comunicação americano Neil Postman: Amusing ourselves to death (4Nos divertindo até morrer),
relembrado por seu filho Andrew em artigo recente no The Guardian. “Na visão de Huxley, não é necessário

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nenhum Grande Irmão para despojar a população de autonomia, maturidade ou história”, escreveu Postman.
“Ela acabaria amando sua opressão, adorando as tecnologias que destroem sua capacidade de pensar. Orwell
temia aqueles que proibiriam os livros. Huxley temia que não haveria motivo para proibir um livro, pois não
haveria ninguém que quisesse lê-los. Orwell temia aqueles que nos privariam de informação. Huxley, aqueles
que nos dariam tanta que seríamos reduzidos à passividade e ao egoísmo. 5Orwell temia que a verdade fosse
escondida de nós. Huxley, que fosse afogada num mar de irrelevância.”
6
No futuro pintado por Huxley, (...) não há mães, pais ou casamentos. O sexo é livre. A diversão está
disponível na forma de jogos esportivos, cinema multissensorial e de uma droga que garante o bem-estar sem
efeito colateral: o soma. Restaram na Terra dez áreas civilizadas e uns poucos territórios selvagens, onde
7
grupos nativos ainda preservam costumes e tradições primitivos, como família ou religião. “O mundo agora é
estável”, diz um líder civilizado. “As pessoas são felizes, têm o que desejam e nunca desejam o que não podem
ter. Sentem-se bem, estão em segurança; nunca adoecem; 8não têm medo da morte; vivem na ditosa
ignorância da paixão e da velhice; não se acham sobrecarregadas de pais e mães; 9não têm esposas, nem
filhos, nem amantes por quem possam sofrer emoções violentas; são condicionadas de tal modo que
praticamente não podem deixar de se portar como devem. E se, por acaso, alguma coisa andar mal, há o
soma.”
10
Para chegar à estabilidade absoluta, foi necessário abrir mão da arte e da ciência. “A felicidade
universal mantém as engrenagens em funcionamento regular; a verdade e a beleza são incapazes de fazê-lo”,
diz o líder. “Cada vez que as massas tomavam o poder público, era a felicidade, mais que a verdade e a beleza,
o que importava.” A verdade é considerada uma ameaça; a ciência e a arte, perigos públicos. Mas não é
necessário esforço totalitário para controlá-las. Todos aceitam de bom grado, fazem “qualquer sacrifício em
troca de uma vida sossegada” e de sua dose diária de soma. “Não foi muito bom para a verdade, sem dúvida.
Mas foi excelente para a felicidade.”
No universo de Orwell, a população é controlada pela dor. No de Huxley, pelo prazer. “Orwell temia
que nossa ruína seria causada pelo que odiamos. Huxley, pelo que amamos”, escreve Postman. Só precisa
haver censura, diz ele, se os tiranos acreditam que o público sabe a diferença entre discurso sério e
entretenimento. (...) O alvo de Postman, em seu tempo, era a televisão, que ele julgava ter imposto uma
cultura fragmentada e superficial, incapaz de manter com a verdade a relação reflexiva e racional da palavra
impressa. 11O computador só engatinhava, e Postman mal poderia prever como celulares, tablets e redes
sociais se tornariam – bem mais que a TV – o soma contemporâneo. Mas suas palavras foram prescientes: “O
que afligia a população em Admirável mundo novo não é que estivessem rindo em vez de pensar, mas que não
sabiam do que estavam rindo, nem tinham parado de pensar”.

Adaptado, Revista Época nº 973 – 13 de fevereiro de 2017, p. 67.

Distopia = Pensamento, filosofia ou processo discursivo caracterizado pelo totalitarismo, autoritarismo e


opressivo controle da sociedade, representando a antítese de utopia. (BECHARA, E. Dicionário da língua
portuguesa. 1ª ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2011, p. 533).

17. (Epcar (Afa) 2018) Assinale a alternativa em que o aspecto gramatical analisado está correto.
a) Em “Para chegar à estabilidade absoluta...” (ref. 10), se acrescentado o pronome possessivo sua antes da
palavra estabilidade, a obrigatoriedade do acento indicativo de crase se desfaz.
b) Em “stalinismo” e “egoísmo”, o sufixo utilizado nas palavras indica, além da flexão de grau, a noção de
origem, de estado ou qualidade do nome primitivo.
c) Os vocábulos “chegar”, “absoluta”, “ciência” e “temia” apresentam, respectivamente, dígrafo, encontro
consonantal, hiato e ditongo oral crescente.
d) O último período do texto foi apresentado entre aspas para indicar que nele há um erro de concordância.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Noruega como Modelo de Reabilitação de Criminosos

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O Brasil é responsável por uma das mais altas taxas de reincidência criminal em todo o mundo. No
país, a taxa média de reincidência (amplamente admitida, mas nunca comprovada empiricamente) é de mais
ou menos 70%, ou seja, 7 em cada 10 criminosos voltam a cometer algum tipo de crime após saírem da cadeia.
Alguns perguntariam "Por quê?". E eu pergunto: "Por que não?" O que esperar de um sistema que
propõe reabilitar e reinserir aqueles que cometerem algum tipo de crime, mas nada oferece, para que essa
situação realmente aconteça? Presídios em estado de depredação total, pouquíssimos programas
educacionais e laborais para os detentos, praticamente nenhum incentivo cultural, e, ainda, uma sinistra
cultura (mas que diverte muitas pessoas) de que bandido bom é bandido morto (a vingança é uma festa, dizia
Nietzsche).
Situação contrária é encontrada na Noruega. Considerada pela ONU, em 2012, o melhor país para se
viver (1º no ranking do IDH) e, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Avante Brasil, o 8º país com a
menor taxa de homicídios no mundo, lá o sistema carcerário chega a reabilitar 80% dos criminosos, ou seja,
apenas 2 em cada 10 presos voltam a cometer crimes; é uma das menores taxas de reincidência do mundo.
Em uma prisão em Bastoy, chamada de ilha paradisíaca, essa reincidência é de cerca de 16% entre os
homicidas, estupradores e traficantes que por ali passaram. Os EUA chegam a registrar 60% de reincidência e o
Reino Unido, 50%. A média europeia é 50%.
A Noruega associa as baixas taxas de reincidência ao fato de ter seu sistema penal pautado na
reabilitação e não na punição por vingança ou retaliação do criminoso. A reabilitação, nesse caso, não é uma
opção, ela é obrigatória. Dessa forma, qualquer criminoso poderá ser condenado à pena máxima prevista pela
legislação do país (21 anos), e, se o indivíduo não comprovar estar totalmente reabilitado para o convívio
social, a pena será prorrogada, em mais 5 anos, até que sua reintegração seja comprovada.
O presídio é um prédio, em meio a uma floresta, decorado com grafites e quadros nos corredores, e
no qual as celas não possuem grades, mas sim uma boa cama, banheiro com vaso sanitário, chuveiro, toalhas
brancas e porta, televisão de tela plana, mesa, cadeira e armário, quadro para afixar papéis e fotos, além de
geladeiras. Encontra-se lá uma ampla biblioteca, ginásio de esportes, campo de futebol, chalés para os presos
receberem os familiares, estúdio de gravação de música e oficinas de trabalho. Nessas oficinas são oferecidos
cursos de formação profissional, cursos educacionais, e o trabalhador recebe uma pequena remuneração. Para
controlar o ócio, oferecer muitas atividades, de educação, de trabalho e de lazer, é a estratégia.
A prisão é construída em blocos de oito celas cada (alguns dos presos, como estupradores e pedófilos,
ficam em blocos separados). Cada bloco tem sua cozinha. A comida é fornecida pela prisão, mas é preparada
pelos próprios detentos, que podem comprar alimentos no mercado interno para abastecer seus
refrigeradores.
Todos os responsáveis pelo cuidado dos detentos devem passar por no mínimo dois anos de
preparação para o cargo, em um curso superior, tendo como obrigação fundamental mostrar respeito a todos
que ali estão. Partem do pressuposto que, ao mostrarem respeito, os outros também aprenderão a respeitar.
A diferença do sistema de execução penal norueguês em relação ao sistema da maioria dos países,
como o brasileiro, americano, inglês, é que ele é fundamentado na ideia de que a prisão é a privação da
liberdade, e pautado na reabilitação e não no tratamento cruel e na vingança.
O detento, nesse modelo, é obrigado a mostrar progressos educacionais, laborais e comportamentais,
e, dessa forma, provar que pode ter o direito de exercer sua liberdade novamente junto à sociedade.
A diferença entre os dois países (Noruega e Brasil) é a seguinte: enquanto lá os presos saem e
praticamente não cometem crimes, respeitando a população, aqui os presos saem roubando e matando
pessoas. Mas essas são consequências aparentemente colaterais, porque a população manifesta muito mais
prazer no massacre contra o preso produzido dentro dos presídios (a vingança é uma festa, dizia Nietzsche).

LUIZ FLÁVIO GOMES, jurista, diretor-presidente do Instituto Avante Brasil e coeditor do Portal
atualidadesdodireito.com.br. Estou no blogdolfg.com.br.
** Colaborou Flávia Mestriner Botelho, socióloga e pesquisadora do Instituto Avante Brasil.
FONTE: Adaptado de http://institutoavantebrasil.com.br/noruega-como-modelo-de-reabilitacao-de-
criminosos/.
Acessado em 17 de março de 2017.

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18. (Espcex (Aman) 2018) Um mesmo fonema pode ser representado por letras diferentes. A sequência de
palavras que ilustra esse conceito é:
a) taxa - máxima - afixar
b) oficina - praça - cela
c) presídio - lazer - execução
d) exercício - inexorável - exórdio
e) preso - sangue - asa

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia o texto a seguir e responda à(s) questão(ões).

Um futuro singular
Ivan Jaf

Senhor diretor, estou escrevendo esta carta porque temo pela minha saúde mental, e se algo
acontecer comigo quero que todos saibam o motivo, principalmente o senhor, do qual eu esperava toda a
compreensão, já que partilha comigo a crença de que só com um profundo respeito à gramática da língua
portuguesa construiremos uma nação desenvolvida. O caso, senhor, é que o Grande Pajé está me perseguindo,
e tenho certeza de que neste exato momento ele está ali, do outro lado da janela, escondido entre as folhas da
amendoeira... e não resistirei a mais um ataque... Minhas força... forças!... estão se esgotando!
Sempre fui um dedicado professor de português, o senhor me conhece bem, tantas vezes me
elogiou... Trabalho no ensino fundamental de sua escola há mais de vinte anos! Desde quando ainda se dizia
“1º grau”! Sempre tive devoção pela língua portuguesa! É uma verdadeira religião para mim! Luto contra as
gírias, os estrangeirismos e os erros gramaticais como um cristão contra os hereges! Minha luta pelo emprego
do português correto é uma verdadeira cruzada! Uma guerra santa! E agora, quando mais preciso de apoio,
quando descubro o verdadeiro inimigo por trás da falência a que o nosso idioma pátrio está condenado,
quando passo a sofrer ameaças diretas do Grande Pajé, o senhor me abandona, e, em vez de se aliar a mim
numa batalha sem trégua pelo resgate de nossa língua, em vez de acreditar em mim, francamente... me
manda procurar um psiquiatra!
Mas não entregarei os ponto! Os pontos! Minha mente morrerá lutando! Se o Grande Pajé afinal
conseguir seu intento, e plantar à força a semente da língua Tupi dentro da minha cabeça, através desta carta
o povo brasileiro saberá que lutei até o fim!
Tudo começou naquela tarde de sábado, quando fui lavar meu carro e o rapaz me cobrou “dez real”.
Depois deixei o carro numa vaga, e me custou “dois real”. O camelô me ofereceu “três cueca”, minha
empregada tinha pedido “quatro quilo de batata”, o feirante me ofereceu “seis limão”, outro gritou “os peixe
tão fresco!”; depois, meu porteiro se prontificou a levar “as sacola” até o elevador e deu o recado de que
“meus filho” ainda não tinham chegado “das compra”. Desesperado, me dei conta de que os plurais estavam
sumindo!
[...]
Não chego a ser um tupinólogo, mas naquele sábado subitamente lembrei-me de que uma das
características da língua tupi é a ausência de plural! Uma estranha intuição me fez iniciar uma pesquisa na
internet, e eis que logo me deparo com uma declaração do conceituado crítico literário Alfredo Bosi: “O tupi
vive subterraneamente na fala de nosso povo... É nosso inconsciente selvagem e primitivo”. Levei as mão...
mãos à cabeça! Eu havia encontrado a resposta! O tupi estava voltando! A língua tupi, depois de mais de dois
séculos extirpada de nosso convívio, brotava agora das profundezas do inconsciente coletivo e começava a se
manifestar na fala do povo! E o primeiro sinal era a abolição do plural!
[...]

http://paginasclandestinas.blogspot.com.br/2011/03/licoes-de-gramatica-para-quem-gosta-de.html

19. (G1 - ifal 2018) Além da ausência de plural, a pronúncia reduzida das palavras é uma peculiaridade no
modo de falar do brasileiro. Na fala de qual pessoa citada pelo professor de português, no quarto parágrafo,
essa segunda característica se revela?

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a) No lavador de carro.
b) No camelô.
c) Na empregada.
d) Em um dos feirantes.
e) No porteiro.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

20. (G1 - ifal 2018) Os anúncios publicitários, em linhas gerais, têm como propósito estabelecer, no imaginário
social, um desejo “inconsciente” pelo consumo de um produto. Em muitos casos, há uma nítida falta de
preocupação entre o que está sendo divulgado e a norma culta da língua, já que esses exemplares de textos
circulam em várias instâncias públicas, a exemplo deste acima, disposto no Aeroporto Internacional Juscelino
Kubitschek, em Brasília, em set. de 2017.

Assim, podemos verificar que a violação gramatical se deu no plano do(a):


a) Segmentação de palavras.
b) Sentido estabelecido entre as partes e o todo.
c) Ambiguidade entre termos.
d) Polissemia entre palavras homônimas e parônimas.
e) Desrespeito ao Novo Acordo Ortográfico.

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Gabarito:

Resposta da questão 1:
[B]

É correta a opção [B], pois os termos “Tarvez” e “sorto”, característicos da linguagem coloquial em algumas
regiões rurais do Brasil, sofreram processo de rotacismo (fenômeno linguístico de troca do R pelo L ou vice-
versa) das formas cultas equivalentes “talvez” e “solto”.

Resposta da questão 2:
[D]

O efeito sonoro se faz com uma combinação linguística explorando os fonemas /l/, /b/, /t/. A linguagem
coloquial é representada pela expressão “tipo pra rimar”.

Resposta da questão 3:
[A]

A Fonologia (do Grego phonos = som e logos = estudo) é o ramo da Línguística que estuda o sistema sonoro de
um idioma. Ao comentar as variações que se percebem no falar de pessoas de diferentes regiões (“Têm uns
tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou
el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de
Raquer”), a autora analisa as mudanças fonéticas características de cada região.

Resposta da questão 4:
[A]

O plural metafônico ocorre quando há mudança no som da vogal ao flexionar a palavra para o plural. É o que
ocorre em [A]: troco – trocos.

Resposta da questão 5:
[A]

Em [A], todas as palavras têm 3 sílabas pri-mei-ro, sa-í-da, tra-gé-dia, con-se-gui.

Resposta da questão 6:
[C]

[A] Incorreta: a palavra “livraria” se separa em li-vra-ri-a


[B] Incorreta: a palavra “enxaguar” se separa em en-xa-guar
[D] Incorreta: a palavra “adjetivo” se separa em ad-je-ti-vo
[E] Incorreta: a palavra “cooperar” se separa em co-o-pe-rar

Resposta da questão 7:
[C]

A alternativa [C] apresenta uma informação incorreta, pois fonema e letra não são equivalentes. Enquanto o
fonema é uma representação sonora, a letra é a representação gráfica do fonema.

Resposta da questão 8:
[C]

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A palavra saúde pode ser dividida em três sílabas: sa-ú-de. Vemos que há um encontro vocálico que se quebra
entre as sílabas: a-ú. Assim, temos a presença de um hiato.

Resposta da questão 9:
02 + 16 + 32 = 50.

Os itens [01], [04], e [08] são incorretos, pois


[01] o poema “OS SAPOS” representou uma espécie de declaração de princípios dos modernistas,
ridicularizando os parnasianos por seu apego à “forma e à fôrma”, uma crítica à preocupação excessiva
dos parnasianos com o aspecto formal da linguagem.
[04] a fala do sapo-tanoeiro, caracterizado pelo eu lírico como “parnasiano aguado”, traduz os conceitos da
estética parnasiana que privilegiava o uso de recursos formais, como o ritmo, o horror ao hiato, as rimas
consoantes, em detrimento do conteúdo.
[08] “deslumbra” e “penumbra” não são palavras cognatas, termos derivados de uma mesma raiz ou
provenientes de uma mesma origem etimológica, pois a primeira deriva do espanhol deslumbrar e a
segunda, do latim paene, “quase”, + lat. umbra, ae, “sombra”.

Como [02], [16] e [32] são corretos, soma 50.

Resposta da questão 10:


[E]

A palavra “indexado” apresenta um dífono gramatical no som de “x”.

Resposta da questão 11:


[C]

Apenas a opção [C] transcreve o número correto de sílabas das palavras do enunciado: ex-pe-ri-en-te (5), con-
tri-bu-í-do (5), pa-ra-ri-a (4), i-dei-a (3).

Resposta da questão 12:


[E]

O texto destaca grandes diferenças linguísticas não só entre o português de Portugal e Brasil, mas também de
demais países de língua portuguesa, como Angola, Moçambique, Cabo Verde, Timor Leste e São Tomé e
Príncipe, o que contraria as opções [A] e [C]. Também [B] e [D] são incorretas, pois diferenças de ordem
fonológica ocorrem quando um mesmo significado é designado por igual significante o que demonstra que as
alterações linguísticas entre Portugal e Brasil ocorrem também no campo oral da escrita. Ernani Terra segue a
linha de análise linguística saussuriana sobre a relação arbitrária que une o significado (conceito) ao
significante (cadeia de sons), já que o signo linguístico resulta de uma convenção reconhecida pelos falantes de
uma língua: “um mesmo conceito é designado por significantes diferentes, o que prova o caráter imotivado do
signo linguístico”. Assim, é correta a opção [E].

Resposta da questão 13:


[C]

Partindo dos conceitos que a Fonética estuda os sons produzidos pela fala humana, a Sintaxe, as palavras
enquanto elementos de uma frase com relações de concordância, subordinação e ordem, e o Léxico, o
conjunto de palavras existentes em um determinado idioma, há diferenças fonéticas no par
“económico”/”econômico” e também lexicais em “omnipotente”/“onipotente”, transcritos em [A]; sintáticas,
por não correspondência no uso de tempos verbais, “estou a trabalhar”/”estou trabalhando” e pronomes
pessoais, “por si”/”por você” em [B]; sintática, no emprego dos pronome “consigo” e “com você” como forma
de tratamento em [D]; fonética, no par “fenómeno”/ “fenômeno” e lexical, no par “dezasseis”/”dezesseis” em

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[E]. Assim, é correta a opção [C], que apresenta vocábulos com diferenças apenas lexicais: “bica”/”café”,
“hospedeira de bordo”/”aeromoça”.
Partindo dos conceitos que a Fonética estuda os sons produzidos pela fala humana, a Sintaxe, as palavras
enquanto elementos de uma frase com relações de concordância, subordinação e ordem, e o Léxico, o
conjunto de palavras existentes em um determinado idioma, há diferenças fonéticas no par
“económico”/”econômico” e também lexicais em “omnipotente”/“onipotente”, transcritos em [A]; sintáticas,
por não correspondência no uso de tempos verbais, “estou a trabalhar”/”estou trabalhando” e pronomes
pessoais, “por si”/”por você” em [B]; sintática, no emprego dos pronome “consigo” e “com você” como forma
de tratamento em [D]; fonética, no par “fenómeno”/ “fenômeno” e lexical, no par “dezasseis”/”dezesseis” em
[E]. Assim, é correta a opção [C], que apresenta vocábulos com diferenças apenas lexicais: “bica”/”café”,
“hospedeira de bordo”/”aeromoça”.

Resposta da questão 14:


[D]

Em [D], há quatro proparoxítonas: má-xi-ma, mú-si-ca, al-fân-de-ga, obs-tá-cu-lo.

Resposta da questão 15:


[C]

Em [C], vemos a repetição do “v”, de maneira a remeter ao som do violão. Assim, há uma repetição intencional
que corrobora para a construção de sentido do poema.

Resposta da questão 16:


[C]

Somente em [C] vemos todas as palavras sendo dígrafos consonantais separados na divisão silábica.

Resposta da questão 17:


[A]

O uso da crase é facultativo diante de pronome possessivo que antecede substantivo.

Resposta da questão 18:


[C]

Nas palavras “presídio”, “lazer” e “execução”, as letras “s”, “z” e “x” possuem o mesmo som, o do fonema /z/.

Resposta da questão 19:


[D]

Na fala “os peixe tão fresco” do feirante, observamos a pronúncia reduzida do verbo “estão”, que é
pronunciado como “tão”.

Resposta da questão 20:


[A]

A segmentação correta em sílabas da palavra “arrasar” é ar-ra-sar.

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