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PORTUGUÊS
UNIDADE 2
Módulo 1: Aspectos fonético-fonológicos da língua portuguesa
Conteúdos: Ortografia e acentuação
GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H. Disponível em: www.luizgonzaga.mus.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (fragmento).
As marcas da variedade regional registradas pelos compositores de Assum preto resultam da aplicação de um
conjunto de princípios ou regras gerais que alteram a pronúncia, a morfologia, a sintaxe ou o léxico. No texto,
é resultado de uma mesma regra a
a) pronúncia das palavras “vorta” e “veve”.
b) pronúncia das palavras “tarvez” e “sorto”.
c) flexão verbal encontrada em “furaro” e “cantá”.
d) redundância nas expressões “cego dos óio” e “mata em frô”.
e) pronúncia das palavras “ignorança” e “avuá”
[...]
E eu soy lobo-bolo? lobo-bolo
1
Tease me (caçoe de mim, importune-me).
Na letra da canção apresentada, o compositor Lobão explora vários recursos da língua portuguesa, a fim de
conseguir efeitos estéticos ou de sentido. Nessa letra, o autor explora o extrato sonoro do idioma e o uso de
termos coloquiais na seguinte passagem:
a) “Quando um doce bardo brada a toda brida” (v. 2)
b) “Em velas pandas, suas esquisitas rimas?” (v. 3)
c) “Que devora a voz do morto” (v. 9)
d) “lobo-bolo//Tipo pra rimar com ouro de tolo? (v. 11-12)
e) “Tease me, tease me outra vez” (v. 14)
3. (Enem 2ª aplicação 2010) Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não
espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os
paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de
uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos
muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri,
porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de
Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já
nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já
os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas
de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
a) na fonologia.
b) no uso do léxico.
c) no grau de formalidade.
d) na organização sintática.
e) na estruturação morfológica.
4. (G1 - col. naval 2020) Assinale a opção na qual o substantivo destacado tem plural metafônico.
a) Você providenciou os trocos que lhe pedimos, Gabriel?
b) A costureira esqueceu no táxi os bolsos de todos os jalecos.
c) Quantos poIvos devemos comprar para fazer a caldeirada?
d) Merecidamente, seus sogros estão de férias em Recife, não é?
e) Pelo que eu soube, alguns almoços ainda não foram entregues.
5. (G1 - ifmt 2020) Analise as alternativas abaixo e marque aquela em que todas as palavras têm a mesma
classificação quanto ao número de sílabas:
a) primeiro – saída – tragédia – consegui.
6. (G1 - ifmt 2020) Assinale a alternativa em que a separação silábica está grafada de acordo com a norma
culta da língua portuguesa:
a) em-pre-en-de-dor; sa-u-da-de; li-vra-ria.
b) des-ci-da; ra-i-nha; en-xa-gu-ar.
c) ál-co-ol, a-ni-mais; vas-sou-ra.
d) ad-vo-ga-do, his-tó-ri-a; a-d-je-ti-vo.
e) cha-péu; coo-pe-rar; fri-ís-si-mo.
7. (G1 - ifmt 2020) Analise as assertivas abaixo e marque aquela que apresenta uma informação que NÃO está
em conformidade com a norma culta da língua portuguesa.
a) O número de fonemas de uma palavra pode não ser o mesmo que o número de letras, como ocorre em táxi
e telha.
b) Algumas vezes, o fonema pode ser representado por mais de uma letra, como ocorre em zebra – casa –
existe.
c) Letra e fonema são sempre equivalentes.
d) As letras são a representação gráfica de um fonema.
e) Na palavra “humano”, o “h” não representa um fonema.
8. (G1 - ifmt 2020) Ao considerarmos o aspecto fonético da palavra “saúde”, podemos afirmar que ocorre nela
um:
a) ditongo.
b) tritongo.
c) hiato.
d) dígrafo.
e) encontro consonantal.
Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: – “Meu cancioneiro
É bem martelado.
Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas…”
Urra o sapo-boi:
– “Meu pai foi rei” – “Foi!”
– “Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!”
Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
– “A grande arte é como
Lavor de joalheiro.
Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo.”
Outros, sapos-pipas
(Um mal em si cabe),
Falam pelas tripas:
– “Sei!” – “Não sabe!” – “Sabe!”
BANDEIRA, Manuel. Melhores poemas: Manuel Bandeira. Seleção de Francisco de Assis Barbosa. 17. ed. São
Paulo: Global, 2015, p. 32-33.
Com base na leitura integral da obra Melhores poemas: Manuel Bandeira e do poema “OS SAPOS”, no
contexto sócio-histórico e literário e, ainda, de acordo com a variedade padrão da língua escrita, é correto
afirmar que:
01) em “OS SAPOS”, evidencia-se o caráter lúdico e descontraído que marcaria a poesia de Manuel Bandeira
até o final da vida, quando supera os temas clássicos da juventude, como o amor, a morte e uma visão
melancólica da existência.
02) embora inicialmente tenha escrito poemas ligados à poesia simbolista e à parnasiana, Manuel Bandeira é
considerado um dos autores mais importantes do modernismo brasileiro.
04) no poema, vários sapos debatem de modo inflamado, até que um sapo-tanoeiro ofende a figura de um
“parnasiano aguado” e prescreve ao fim de cada estrofe como deveria ser o novo cancioneiro nacional.
08) embora o sapo-tanoeiro recomende que nunca se rimem termos cognatos (versos 15 e 16), o eu poético
desrespeita essa orientação ao rimar “deslumbra” e “penumbra” na primeira estrofe do poema.
16) no verso “Em comer os hiatos!”, a palavra grifada apresenta um hiato.
32) a obra de Manuel Bandeira evoca o cotidiano das metrópoles, a fala simples do povo e as misturas de
variedades linguísticas, ao abordar temas como o amor irrealizável, o jogo erótico, a nostalgia da infância, a
ausência e a morte.
1
– Para mim esta é a melhor hora do dia – Ema disse, voltando do quarto dos meninos. – Com as
crianças na cama, a casa fica tão sossegada.
– Só que já é noite – a amiga corrigiu, sem tirar os olhos da revista. Ema agachou-se para recolher o
quebra-cabeça esparramado pelo chão.
– É força de expressão, sua boba. O dia acaba quando eu vou dormir, isto é, o dia tem vinte quatro
horas e a semana tem sete dias, não está certo? – Descobriu um sapato sob a poltrona. Pegou-o e, quase
deitada no tapete, procurou, 2depois, o par _____1_____ dos outros móveis.
Era bom 3ter uma 4amiga 5experiente. Nem precisa ser da mesma idade – deixou-se cair no sofá –
Bárbara, 6muito mais sábia. Examinou-a a ler: uma linha de luz dourada 7valorizava o perfil privilegiado. As
duas eram tão inseparáveis quanto seus maridos, colegas de escritório. Até ter filhos juntas conseguiram,
Adaptado de: VAN STEEN, Edla. Intimidade. In: MORICONI, Italo (org.) Os cem melhores contos brasileiros do
século. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. p. 440-441.
11. (Ufrgs 2019) As palavras experiente (ref. 5), contribuído (ref. 9), pararia (ref. 11) e ideia (ref. 14) têm,
respectivamente,
a) cinco sílabas – cinco sílabas – três sílabas – três sílabas.
b) quatro sílabas – quatro sílabas – três sílabas – quatro sílabas.
c) cinco sílabas – cinco sílabas – quatro sílabas – três sílabas.
d) cinco sílabas – cinco sílabas – quatro sílabas – quatro sílabas.
e) quatro sílabas – quatro sílabas – três sílabas – três sílabas.
A ideia de uma língua única, que não se altera, é um mito, pois a heterogeneidade social e cultural
implica a heterogeneidade linguística.
(...)
Embora Brasil e Portugal tenham uma língua comum, é nítido a qualquer falante do português que
13. (Espm 2019) O texto alude ao fato de haver diferenças fonéticas, sintáticas e lexicais entre o português de
Portugal e o do Brasil. Na listagem abaixo, há exemplos dos três casos de diferenças. Assinale o item que
exemplifica apenas diferenças lexicais:
a) económico econômico
omnipotente onipotente
c) bica café
e) fenómeno fenômeno
dezasseis dezesseis
14. (G1 - ifsc 2018) A indústria tecnológica se desenvolveu muito nos últimos anos. Com isso, a quantidade e a
qualidade dos produtos eletrônicos surpreendem cada dia mais os consumidores.
Sabendo-se que as palavras em destaque receberam acentos gráficos por serem proparoxítonas, em qual
alternativa há somente palavras cujos acentos foram empregados com base na mesma regra de acentuação?
15. (G1 - cps 2018) Leia a letra da música “Segue o seco” de Carlinhos Brown.
A boiada seca
Na enxurrada seca
A trovoada seca
Na enxada seca
Segue o seco sem sacar que o caminho é seco
sem sacar que o espinho é seco
sem sacar que o seco é o Ser Sol
Sem sacar que algum espinho seco secará
E a água que sacar será um tiro seco
E secará o seu destino seca
Ô chuva vem me dizer
Se posso ir lá em cima prá derramar você
Ó chuva preste atenção
Um dos importantes aspectos para a interpretação dessa música é a sonoridade de seus versos. A repetição do
fonema consonantal /s/ – como em “sacar” e “ser” – colabora para a construção e representação do cenário
construído pela canção: a seca.
16. (G1 - ifal 2018) Nos estudos que inter-relacionam o gráfico e o fonético, dispomos dos dígrafos. Nesse
sentido, assinale a alternativa em que os dígrafos estão dispostos pela mesma razão.
a) folha – ninho – carro – bolha – caminho.
b) migalha – nascimento – massacre – adivinhação – assombração.
c) reminiscência – carrapato – piscicultura – florescente – cassação.
d) carinho – manhã – ferro –passeata – corrupção.
e) fascinação – velhice – bolha – assunção – descida.
Publicado em 1948, o livro 1984, de George Orwell, saltou para o topo da lista dos mais vendidos (...)
1
A distopia de Orwel, mesmo situada no futuro, tinha um endereço certo em seu tempo: o stalinismo. (...) 2O
mundo da “pós-verdade”, dos “fatos alternativos” e da anestesia intelectual nas redes sociais mais parece
outra distopia, publicada em 1932: Admirável mundo novo, de Aldous Huxley.
3
Não se trata de uma tese nova. Ela foi levantada pela primeira vez em 1985, num livreto do teórico
da comunicação americano Neil Postman: Amusing ourselves to death (4Nos divertindo até morrer),
relembrado por seu filho Andrew em artigo recente no The Guardian. “Na visão de Huxley, não é necessário
17. (Epcar (Afa) 2018) Assinale a alternativa em que o aspecto gramatical analisado está correto.
a) Em “Para chegar à estabilidade absoluta...” (ref. 10), se acrescentado o pronome possessivo sua antes da
palavra estabilidade, a obrigatoriedade do acento indicativo de crase se desfaz.
b) Em “stalinismo” e “egoísmo”, o sufixo utilizado nas palavras indica, além da flexão de grau, a noção de
origem, de estado ou qualidade do nome primitivo.
c) Os vocábulos “chegar”, “absoluta”, “ciência” e “temia” apresentam, respectivamente, dígrafo, encontro
consonantal, hiato e ditongo oral crescente.
d) O último período do texto foi apresentado entre aspas para indicar que nele há um erro de concordância.
LUIZ FLÁVIO GOMES, jurista, diretor-presidente do Instituto Avante Brasil e coeditor do Portal
atualidadesdodireito.com.br. Estou no blogdolfg.com.br.
** Colaborou Flávia Mestriner Botelho, socióloga e pesquisadora do Instituto Avante Brasil.
FONTE: Adaptado de http://institutoavantebrasil.com.br/noruega-como-modelo-de-reabilitacao-de-
criminosos/.
Acessado em 17 de março de 2017.
Um futuro singular
Ivan Jaf
Senhor diretor, estou escrevendo esta carta porque temo pela minha saúde mental, e se algo
acontecer comigo quero que todos saibam o motivo, principalmente o senhor, do qual eu esperava toda a
compreensão, já que partilha comigo a crença de que só com um profundo respeito à gramática da língua
portuguesa construiremos uma nação desenvolvida. O caso, senhor, é que o Grande Pajé está me perseguindo,
e tenho certeza de que neste exato momento ele está ali, do outro lado da janela, escondido entre as folhas da
amendoeira... e não resistirei a mais um ataque... Minhas força... forças!... estão se esgotando!
Sempre fui um dedicado professor de português, o senhor me conhece bem, tantas vezes me
elogiou... Trabalho no ensino fundamental de sua escola há mais de vinte anos! Desde quando ainda se dizia
“1º grau”! Sempre tive devoção pela língua portuguesa! É uma verdadeira religião para mim! Luto contra as
gírias, os estrangeirismos e os erros gramaticais como um cristão contra os hereges! Minha luta pelo emprego
do português correto é uma verdadeira cruzada! Uma guerra santa! E agora, quando mais preciso de apoio,
quando descubro o verdadeiro inimigo por trás da falência a que o nosso idioma pátrio está condenado,
quando passo a sofrer ameaças diretas do Grande Pajé, o senhor me abandona, e, em vez de se aliar a mim
numa batalha sem trégua pelo resgate de nossa língua, em vez de acreditar em mim, francamente... me
manda procurar um psiquiatra!
Mas não entregarei os ponto! Os pontos! Minha mente morrerá lutando! Se o Grande Pajé afinal
conseguir seu intento, e plantar à força a semente da língua Tupi dentro da minha cabeça, através desta carta
o povo brasileiro saberá que lutei até o fim!
Tudo começou naquela tarde de sábado, quando fui lavar meu carro e o rapaz me cobrou “dez real”.
Depois deixei o carro numa vaga, e me custou “dois real”. O camelô me ofereceu “três cueca”, minha
empregada tinha pedido “quatro quilo de batata”, o feirante me ofereceu “seis limão”, outro gritou “os peixe
tão fresco!”; depois, meu porteiro se prontificou a levar “as sacola” até o elevador e deu o recado de que
“meus filho” ainda não tinham chegado “das compra”. Desesperado, me dei conta de que os plurais estavam
sumindo!
[...]
Não chego a ser um tupinólogo, mas naquele sábado subitamente lembrei-me de que uma das
características da língua tupi é a ausência de plural! Uma estranha intuição me fez iniciar uma pesquisa na
internet, e eis que logo me deparo com uma declaração do conceituado crítico literário Alfredo Bosi: “O tupi
vive subterraneamente na fala de nosso povo... É nosso inconsciente selvagem e primitivo”. Levei as mão...
mãos à cabeça! Eu havia encontrado a resposta! O tupi estava voltando! A língua tupi, depois de mais de dois
séculos extirpada de nosso convívio, brotava agora das profundezas do inconsciente coletivo e começava a se
manifestar na fala do povo! E o primeiro sinal era a abolição do plural!
[...]
http://paginasclandestinas.blogspot.com.br/2011/03/licoes-de-gramatica-para-quem-gosta-de.html
19. (G1 - ifal 2018) Além da ausência de plural, a pronúncia reduzida das palavras é uma peculiaridade no
modo de falar do brasileiro. Na fala de qual pessoa citada pelo professor de português, no quarto parágrafo,
essa segunda característica se revela?
20. (G1 - ifal 2018) Os anúncios publicitários, em linhas gerais, têm como propósito estabelecer, no imaginário
social, um desejo “inconsciente” pelo consumo de um produto. Em muitos casos, há uma nítida falta de
preocupação entre o que está sendo divulgado e a norma culta da língua, já que esses exemplares de textos
circulam em várias instâncias públicas, a exemplo deste acima, disposto no Aeroporto Internacional Juscelino
Kubitschek, em Brasília, em set. de 2017.
Resposta da questão 1:
[B]
É correta a opção [B], pois os termos “Tarvez” e “sorto”, característicos da linguagem coloquial em algumas
regiões rurais do Brasil, sofreram processo de rotacismo (fenômeno linguístico de troca do R pelo L ou vice-
versa) das formas cultas equivalentes “talvez” e “solto”.
Resposta da questão 2:
[D]
O efeito sonoro se faz com uma combinação linguística explorando os fonemas /l/, /b/, /t/. A linguagem
coloquial é representada pela expressão “tipo pra rimar”.
Resposta da questão 3:
[A]
A Fonologia (do Grego phonos = som e logos = estudo) é o ramo da Línguística que estuda o sistema sonoro de
um idioma. Ao comentar as variações que se percebem no falar de pessoas de diferentes regiões (“Têm uns
tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou
el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de
Raquer”), a autora analisa as mudanças fonéticas características de cada região.
Resposta da questão 4:
[A]
O plural metafônico ocorre quando há mudança no som da vogal ao flexionar a palavra para o plural. É o que
ocorre em [A]: troco – trocos.
Resposta da questão 5:
[A]
Resposta da questão 6:
[C]
Resposta da questão 7:
[C]
A alternativa [C] apresenta uma informação incorreta, pois fonema e letra não são equivalentes. Enquanto o
fonema é uma representação sonora, a letra é a representação gráfica do fonema.
Resposta da questão 8:
[C]
Resposta da questão 9:
02 + 16 + 32 = 50.
Apenas a opção [C] transcreve o número correto de sílabas das palavras do enunciado: ex-pe-ri-en-te (5), con-
tri-bu-í-do (5), pa-ra-ri-a (4), i-dei-a (3).
O texto destaca grandes diferenças linguísticas não só entre o português de Portugal e Brasil, mas também de
demais países de língua portuguesa, como Angola, Moçambique, Cabo Verde, Timor Leste e São Tomé e
Príncipe, o que contraria as opções [A] e [C]. Também [B] e [D] são incorretas, pois diferenças de ordem
fonológica ocorrem quando um mesmo significado é designado por igual significante o que demonstra que as
alterações linguísticas entre Portugal e Brasil ocorrem também no campo oral da escrita. Ernani Terra segue a
linha de análise linguística saussuriana sobre a relação arbitrária que une o significado (conceito) ao
significante (cadeia de sons), já que o signo linguístico resulta de uma convenção reconhecida pelos falantes de
uma língua: “um mesmo conceito é designado por significantes diferentes, o que prova o caráter imotivado do
signo linguístico”. Assim, é correta a opção [E].
Partindo dos conceitos que a Fonética estuda os sons produzidos pela fala humana, a Sintaxe, as palavras
enquanto elementos de uma frase com relações de concordância, subordinação e ordem, e o Léxico, o
conjunto de palavras existentes em um determinado idioma, há diferenças fonéticas no par
“económico”/”econômico” e também lexicais em “omnipotente”/“onipotente”, transcritos em [A]; sintáticas,
por não correspondência no uso de tempos verbais, “estou a trabalhar”/”estou trabalhando” e pronomes
pessoais, “por si”/”por você” em [B]; sintática, no emprego dos pronome “consigo” e “com você” como forma
de tratamento em [D]; fonética, no par “fenómeno”/ “fenômeno” e lexical, no par “dezasseis”/”dezesseis” em
Em [C], vemos a repetição do “v”, de maneira a remeter ao som do violão. Assim, há uma repetição intencional
que corrobora para a construção de sentido do poema.
Somente em [C] vemos todas as palavras sendo dígrafos consonantais separados na divisão silábica.
Nas palavras “presídio”, “lazer” e “execução”, as letras “s”, “z” e “x” possuem o mesmo som, o do fonema /z/.
Na fala “os peixe tão fresco” do feirante, observamos a pronúncia reduzida do verbo “estão”, que é
pronunciado como “tão”.