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Vamos praticar?

1 – (FAB – EAGS – Sargento – 2012) Considerando-se a relação de sentido


estabelecida entre as orações do período composto por coordenação, em qual
alternativa não se pode utilizar a conjunção pois?

a) Invadiram meu quarto, pois as minhas roupas desapareceram.


b) Não conte seus segredos para essa mulher, pois ela não é uma pessoa
confiável.
c) A festa foi planejada durante seis meses; não haverá, pois, surpresas
desagradáveis.
d) A festa foi planejada durante seis meses, pois não haverá surpresas
desagradáveis.

2- (SOLER – Pref. Macaubal/SP – Assistente Administrativo de Trânsito –


2012) Em “No outro dia tomei o trem, ferrei no sono e acordei às dez horas na
estação central” (Graciliano Ramos), temos:

a) período simples;
b) período composto por subordinação;
c) período composto por coordenação;
d) período composto por coordenação e subordinação.

3 – (ENEM-2001)

O mundo é grande
O mundo é grande e cabe
Nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
Na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
No breve espaço de beijar.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
1983.

Neste poema, o poeta realizou uma opção estilística: a reiteração de


determinadas construções e expressões lingüísticas, como o uso da mesma
conjunção para estabelecer a relação entre as frases. Essa conjunção estabelece,
entre as idéias relacionadas, um sentido de

a) oposição.
b) comparação.
c) conclusão.
d) alternância.
e) finalidade

4 – (ENEM-2004)

Cidade grande
Que beleza, Montes Claros.
Como cresceu Montes Claros.
Quanta indústria em Montes Claros.
Montes Claros cresceu tanto,
ficou urbe tão notória,
prima-rica do Rio de Janeiro,
que já tem cinco favelas
por enquanto, e mais promete.

(Carlos Drummond de Andrade)

No trecho “Montes Claros cresceu tanto,/ (…),/ que já tem cinco favelas”, a
palavra que contribui para estabelecer uma relação de conseqüência. Dos
seguintes versos, todos de Carlos Drummond de Andrade, apresentam esse
mesmo tipo de relação:

a) “Meu Deus, por que me abandonaste / se sabias que eu


não era Deus / se sabias que eu era fraco.”
b) “No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu / a
ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu /
chamava para o café.”
c) “Teus ombros suportam o mundo / e ele não pesa mais
que a mão de uma criança.”
d) “A ausência é um estar em mim. / E sinto-a, branca, tão
pegada, aconchegada nos meus braços, / que rio e danço e
invento exclamações alegres.”
e) “Penetra surdamente no reino das palavras. / Lá estão
os poemas que esperam ser escritos.

Gabarito:

1 – Alternativa D.

2 – Alternativa C.

3 – Alternativa: A. Esta questão apresenta, para leitura e análise, o poema “O


mundo é grande”, onde os recursos lingüísticos expressivos utilizados geram
um efeito de oposição entre as idéias. A análise sintático-semântica é necessária
para a compreensão do valor de oposição assumido pela conjunção “e”:
imagens justapostas estão relacionadas, contrapondo-se em planos diferentes.
Um percentual significativo (46%) de participantes considerou que o valor da
conjunção “e”, nesse poema, é de comparação, o que não reflete o sentido
estilístico proposto pelo poeta, mas corresponde apenas à primeira operação
que se realiza para estabelecer o sentido de oposição. De maneira análoga,
pode-se analisar os equívocos daqueles que optaram pelas alternativas C e D.

4 – Alternativa D

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