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CAPÍTULO 1
NÓS
101. GENERALIDADES
(2). Passador: pequena haste de ferro ligeiramente curva, tendo uma das
extremidades em ângulo recto e outra em bico; utiliza-se para bater as
costuras e servir de espicha.
(4). Remanchador: peça de ferro que serve para fixar a anilha no ilhós,
depois deste se encontrar convenientemente colocado em outra peça
chamada « mesa do remanchador».
(8). Macete de bater: pequeno maço de madeira para bater costuras, nós,
etc.
(9). Macete de forrar: macete com goivadura que encosta aos cabos na
operação de forrar.
b. Colher: È enrolá-lo em voltas largas, ficando claro, isto é, safo para ser utilizado
sem correr risco de se poder enrascar. Os cabos podem ser colhidos em
"pandeiro", em "aduchas" e á "inglesa".
(2). De mão em mão: de forma continua, sem uma pessoa mudar de lugar,
puxando o cabo com uma e outra mão alternadamente
d. Arriar um cabo: È folgar um cabo, reduzir a tensão deixando-o correr por forma a
executar uma determinada manobra. Os cabos podem arriar-se de diversas
maneiras:
e. ARRIAR SOB VOLTA: È arriar um cabo, devagar, com volta passada num cabeço,
cunho, malagueta ou outro ponto de retorno, para maior segurança
f. ARRIAR A PEDIDO: È arriar o cabo á medida que vai fazendo força (vai
espertando).
g. SOLECAR: È folgar o cabo pouco apouco sob volta, de forma que vá recorrendo.
i. DAR VOLTA: È fixar um cabo pelo seio ou pelo chicote, fazendo-o dar as voltas
necessárias num ponto de retorno (cabeço ou cunho) de forma a não recorrer.
Ficando o cabo amarrado definitivamente.
j. DOBRAR UM CABO: È passar outro cabo ou fazer retorno com o seio do mesmo
cabo, para o reforçar.
m. GORNIR UM CABO: È passar o chicote dum cabo num gorne de uma roldana
n. RONDAR O BRANDO: È tirar a parte de um cabo que está a formar seio, por não
estar esticado, mantendo o cabo esperto, para não folgar.
Não se deve passar por cima ou por baixo de nenhum desses cabos.
a. Singela
Fig. 1
b. Dobrada
Fig.5
Fig.7
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 4546
passar o chicote a por dentro das voltas e simultaneamente por trás do chicote b,
obtém-se o indicado ma figura 6.
Este processo, mais lento que o primeiro, utiliza-se sempre que se deseje que o
nó fique com um número de voltas, para apresentar maior volume.
105. NÓ DE AZELHA
a. Singelo
Fig.12
Para completar o nó basta
seguir com o chicote b a seta
indicada na figura 12.
107. NÓ DIREITO
Usa-se para ligar dois cabos que não demandem muita força. Tem inúmeras
aplicações em Arte de Marinheiro e oferece a vantagem de não recorrer, salvo nos
casos em que os cabos a ligar são de bitolas ou materiais diferentes (ver n.º 16 deste
capítulo).
a. Vulgar
Fig. 14 Fig.15
d. Dobrado ou Nó de Cirurgião
Serve normalmente para unir dois cabos que portem em sentidos opostos e é
também usado para rematar a sutura nas intervenções cirúrgicas, daí derivando o nome
de Nó de Cirurgião.
108. NÓ TORTO
Fig.20 Fig.21
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 4546
109. NÓ CEGO
a. Derivado da Laçada
110. NÓ DE LADRÃO
Fig.22 Fig.23
É o nó que os pescadores usam para fechar as suas sacas. É muito facilmente
confundido com o Nó Direito ou com o Nó Torto, sendo porém muito menos seguro por
correr bastante, daí derivando o seu nome.Há duas espécies do Nó de Ladrão:
a. Derivado do Nó Direito
b. Derivado do Nó Torto
Fig.24 Fig.25
Ambos se diferenciam dos nós de que derivam pelo facto de ficarem com um
chicote para cada lado dos cabos a unir (confrontar com as figuras 15 e 21).
111. NÓ DE PEGA
Serve para facilitar a manobra de cabos, dando-lhe melhor pega. Deve utilizar-
se sempre que tenha de alar um cabo muito flexível e de pequena bitola. Executa-se
do seguinte modo:
Dando ao seio B o movimento indicado pela seta desta figura, obtém-se a figura
28, que nos mostra o nó já feito e a sua aplicação.
Fig.27 Fig.28
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 4546
112. NÓ DE BOMBEIRO
Quando feito em cabos que devam ser trepado por pessoal, este nó faz a vez de
degraus duma escada. Dai o seu nome, pois os bombeiros recorrem, por vezes, a este
processo.
Fig.30
Obter-se-á deste modo, uma série de laçadas que depois de convenientemente
socadas oferecem o aspecto da figura 30.
113. NÓ DE ENVERGUE
É utilizado no
envergue das velas, com
ele que se pretende os
envergues aos garrunchos
do pano. A figura 31
representa um garruncho a
Fig.31 Fig.32
114. NÓ DE BARCA
Procedendo de modo idêntico com o chicote b, de tal forma que a volta por ele
formada se sobreponha à primeira (embora de diâmetro ligeiramente menor), e
obrigando b a seguir o percurso indicado na figura 34, obtém-se o Nó de Barca que,
depois de convenientemente socado fica com o aspecto da figura 35. Deve notar-se, no
entanto, que a maior dificuldade deste nó reside no modo de o socar.
a. Singelo
Usa-se para
emendar cabos da mesma
bitola e executa-se do
seguinte modo:
Fig.36
Dá-se à espia de
chicote "a" a disposição
da figura 36 e enfia-se, de
cima para baixo, o chicote
"b" da outra espia,
Fig.37
conforme indica aquela
figura.
b. Dobrado
Emprega-se em vez
de singelo quando as
espias a emendar tem
Fig.38
bitolas diferentes. Executa-
se por um processo semelhante ao interior, tendo a mais do que aquele a volta que o
chicote b dá em torno da cruz formada pela espia do chicote a. O seu aspecto final é o
da figura 38.
Usa-se para emendar dois cabos de pequena bitola e pode apresentar duas
variantes:
a. Singelo
Fig.40
Depois de convenientemente
socado este nó apresenta o
aspecto da figura 41.
Fig.41
b. Dobrado
1 - Encurtar cabos;
a. Vulgar
b. De Cruz
Fig.48
c. De Encapeladura
Obrigando os ramos Z e V,
respectivamente das voltas V2 e V3, a
percorrer o trajecto indicado pelas setas
da figura 51, obtém-se o Catau de
Espia de Encapeladura (figura 52). Fig.51
118. Nó de cabula
a. Singelo
b. Dobrado
119. NÓ ESCOTA
É um dos nós que mais aplicação tem abordo. Goza da propriedade de não socar
quando molhado, razão por que é utilizado para emendar as escotas. Usa-se ainda
emendar cabos de bitolas diferentes ou feitos de materiais diferentes. Recorda-se que
nestas condições, o nó direito recorre.
a. Singelo
c. Dobrado
120. NÓ DE TECELÃO
Tal como o Nó de Escota, o Lais de Guia é um dos nós mais aplicado a bordo. Dá-
se no chicote de uma espia para a encapelar expeditamente num cabeço e nas bocas
das embarcações quando estas têm de ser rebocadas. Podem ainda e finalmente servir
de Balso (Cap. VII).
Singelo pelo chicote; Dobrado pelo chicote; Singelo pelo seio; Dobrado pelo seio e
Lais de guia espanhol.
Emprega-se em vez do nó
anterior quando, por motivo da fraca
resistência do cabo ou da intensidade
do esforço a suportar, a volta V da
figura 66 não oferece a necessária
segurança. Para o executar procede-
se inicialmente às operações indicadas
na figura 64 e 65. Depois dá-se com o
chicote a nova volta (V1) idêntica à
primeira (V), tendo o cuidado de deixar
V e V1 sensivelmente com o mesmo Fig.67 Fig.68
perímetro, a fim de permitir que o esforço
seja igualmente repartido pelas duas voltas. Por fim e semelhantemente ao que se
fizera na figura 66, completa-se o nó seguido com o chicote "a" a seta da figura 67,
com o que se obtém o Lais de Guia Dobrado pelo Chicote (figura 68).
Além das aplicações citadas anteriormente, este nó pode ainda utilizar-se como
Balso (Cap. VII). Executa-se operando com o cabo dobrado pelo seio, dando-lhe
Levando o seio "A" a seguir a seta S1 da figura 70 e fazendo com que todo o nó
passe por dentro de A, como mostra a figura 71, obtém-se, depois de completado o
movimento indicado por S2, o Lais de Guia Singelo pelo Seio (figura 72).
Aplica-se igualmente como Balso, tendo sobre o anterior a vantagem de ser mais
seguro, não só devido à maior resistência do cabo dobrado, como ainda por proteger o
marinheiro que dele se serve.
Fig.73 Fig.74
Finalmente, seguindo com A a seta desta figura e fazendo com que todo o nó
passe por dentro de A (comparar com a figura 71), completa-se o Lais de Guia Dobrado
Pelo Seio (figura 74).
Fig.76 Fig.77
Fig.78 Fig.79
Fig.80 Fig.81
para a direita, cruzando depois para a esquerda o chicote a da tralha (figura 80).
Flectindo o chicote a como indica a figura 81, e seguindo com o seio "a" a seta desta
figura, obtém-se o representado na figura 82. Para completar o nó e para torna-lo
Fig.82 Fig.83
mais seguro, basta morder o seio "a" pelo processo indicado na figura 83, que
representa o Catau de Bandeira pronto a disparar pelo chicote a
Emprega-se como adorno no fiador das espadas, servindo ainda para suspender
garrafas, moringues, etc.
a. Pelo seio
Obter-se-á deste modo a figura 86, que representa o Nó de Botija Pelo Seio.
Note-se que o movimento do seio M terá de ser feito com cuidado, de modo a manter
a posição relativa dos cordões, pois se tal não suceder, o aspecto final do nó será
muito diferente do representado, deixando ainda de poder ser
usado para suspender qualquer objecto.
Finalmente, socando pelos chicotes a e b por um lado, e pelo seio M por outro,
obtém-se a figura 89.
c. De meias voltas
Dá-se ao cabo a disposição da figura 90, isto é, duas Voltas Redondas para a
Fig.93
Fig.94 Fig.95
Por fim, obrigando o chicote b a percorrer o trajecto da seta S2 (figura 97), obtém-
se o Nó de Botija Pelos Chicotes, Diferente do Vulgar (figura 98).
124. NÓ DE BRANDAIS
Usa-se para emendar dois cabos e ainda para servir como encapeladura nos
mastros das embarcações miúdas.
- Direito
- Diagonal
Primeiro é preferível ao segundo, por este ter uma acentuada tendência para
recorrer.
a. Direito
b. Diagonal
Fig.99 Fig.100
Fig.102
Fig.101
Executa-se conforme mostra a figura 101 e 102, pelas quais se verifica que o seu
aspecto é muito semelhante ao do nó anterior, diferindo deste por ter um chicote para
cada lado dos cabos a emendar.
125. NÓ COBERTO
- DERIVADO DA LAÇADA
- DERIVADO DO NÓ DE FRADE
- DERIVADO DO NÓ DE TREMPE
Ao socar qualquer destes nós, ter-se-á de manter a posição relativa das voltas, a
fim de evitar que estas se cavalguem.
a. Derivado da laçada
b. Derivado do Nó de Frade
Fig.104
Fig.105
Recorrendo à analogia com a execução do nó anterior, dá-se uma Laçada
dobrada com um dos chicotes, fazendo depois o mesmo com o outro chicote mas em
sentido inverso. O aspecto final
deste nó, depois de
convenientemente socado, é o da
figura 106.
Fig.106
c. Derivado do Nó de Trempe
Fig.110
Fig.111
127. NÓ DE FIO
Para o executar,
Fig,112
separam-se os cordões de
ambos os chicotes e dá-se-
lhes a disposição da figura
112.
Utiliza-se para fazer a arreigada dum cabo, quando se deseja que esta seja tanto
mais socada quanto maior for o esforço exigido. Sob a designação genérica de Nó de
Correr ou de Laço considera-se os seguintes nós:
a. Vulgar
Obrigando o seio A a
seguir a seta daquela figura,
obtém-se o Nó de Correr Vulgar
(figura 115).
Fig.114 Fig.115
b. Dobrado
Inicia-se este nó
dando ao cabo uma Laçada,
representada na figura 116.
Leva-se em seguida o seio A a
percorrer o trajecto indicado
pela seta S1 daquela figura,
Fig.116 assim se obtém a figura 117.
Procede-se identicamente com o seio B (seta S2) para se obter a figura 118.
Para tornar o nó utilizável resta ajeitar a laçada assim formada e socar o trabalho
Fig.117 Fig.118
simultaneamente pelos chicotes, por um lado, e pelos seios, por outro.
c. Cruzado
Dá-se ao cabo a disposição da figura 119. Seguindo com o chicote "a" a seta S1
dessa figura, chega-se à figura 120. Continuando a trabalhar com o chicote a e
seguindo com ele o percurso indicado pela seta S2, obtém-se, finalmente, o Nó de
Dá-se ao cabo a disposição da figura 122. A sete S1 desta figura indica o caminho
a seguir com o chicote a para se obter a figura 123. Continuando a trabalhar com o
mesmo chicote e obrigando-o a seguir o trajecto indicado por S2 (figura 123), obtém-se
finalmente o Nó de Correr Para Dentro, derivado da Volta de Fiel (figura 124).
Seguindo com o mesmo chicote a seta S2 desta figura, chega-se por fim ao Nó de
Correr Para Fora, derivado da Volta de Fiel. Este nó, que também é conhecido por
Aspirante Nº 1, está representado na figura 127.
f. De Merceeiro
Fig.130 Fig.131
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 4546
Faz-se notar que, tal como se representou, o chicote com que se faz o nó deve ser
sempre abotoado no final do trabalho.
Tal como para o nó anterior, a extrema simplicidade destes nós dispensa qualquer
explicação.
Fig.150 Fig.151
133. NÓ DE ESQUADRIA
Fig.153 Fig.154
a. Vulgar.
A Encapeladura Vulgar pode ser «de 2», «de 3», «de 4», etc. A encapeladura «de
2», dá possibilidade de fixação a 3 plumas; à «de3» podem fixar-se 4 plumas; e, de uma
forma geral, as de ordem «n» permitem a fixação de «n+1» plumas.
(1). Encapeladura de 2
Partindo da figura 156, dá-se uma Volta Redonda com cada chicote,
encapelando-as depois como se indica na figura 52.
(2). Encapeladura de 3
Fig.158
(3). Encapeladura de 4
Operando depois
com os ramos superiores
das voltas V2 e V3, e
seguindo com eles
Fig.160
«n» torna possível a fixação de «n+1» elementos (plumas, etc.)
(4). JAPONESA
Seguindo a seta da figura 161 com o chicote a e fazendo com que este
dê uma nova Laçada passando por dentro da anterior, obtém-se a figura 162.
Fg.161 Fig.162
(5). DE ANEL
Fig.163
Para a sua execução exige-se o conhecimento da pinha de Anel de 3/8
(figura 299 do Cap. X) pelo que só depois de estudado este capitulo se poderá
entender a urdidura do presente trabalho.
Pelas razões já
apontadas anteriormente,
verifica-se que a Encapeladura
de Anel permite a fixação de 4
estais, plumas ou brandais,
para o que bastará unir
fortemente os dois chicotes.
Fig.165