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Lista de Exercı́cios de SMA0353-Cálculo I – Módulo 1

O conjunto dos números reais e algumas de suas propriedades


1. Em cada um dos itens abaixo responda se a afirmação é verdadeira (V) ou falsa (F), justificando
sua resposta. Ou seja, prove se for verdadeira ou dê um contra-exemplo se for falsa.
(a) Se x  0 e x 0, então x = 0.
(b) Se z 2 R e x  y, então xz  yz.
(c) Para quaisquer x, y, z 2 R tem-se |x y|  |x z| + |z y|.
p
(d) Para quaisquer x, y 0, tem-se xy  (x + y)/2.
(e) Se a e b são números irracionais, então a + b também é um número irracional.
(f) Se a é um número racional e b é um número irracional, então a · b é um número irracional.
(g) Se a é um número racional e b é um número irracional, então a + b é um número irracional.
(h) A reta que contém os pontos (1, 1) e (2, 2) é paralela à reta de equação x 3y = 7.
(i) Se x2 = 4, então xp = ±2.
p
(j) O número x = 1+1
p2 + 2 2 é racional.
2
2
(k) Se x 0 e x  y então p x p  y2.
(l) Se 0  x  y então x  y.
2. Mostre que para quaisquer a, b 2 R valem as seguintes propriedades:
(i) ||a| |b||  |a b|,
(ii) ||a| |b|| |a| |b|.
3. Encontre o conjunto solução das seguintes desigualdades:
a) |1 3x| < 5 b) x2 < 6x 5 c) x3 > 27
x 6 3 1 x2 x2 + 3
d) 0 e) < f) 1
x+2 x 2 2x + 1 x 2 x2 4
4. Estude os subconjuntos do plano-xy de cada item a seguir.
a) Determine a equação da reta que possui coeficiente angular 2 e contém o ponto (3, 1).
b) Determine
p p
a equação da reta tangente ao cı́rculo, centrad em (0, 0) e de raio 1, no ponto
2 2
( 2 , 2 ).
c) Calcule a distância do ponto (1, 2) à reta cuja equação é 3x 2y = 0.
d) Determine o vértice e o eixo da parábola dada pela equação y 2 4x 4y = 0, e encontre
sua representação geométrica.
5. Encontre a representação geométrica de cada um dos conjuntos soluções das seguintes equações
ou inequações:
p
(a) x2 + y 2 10y + 25 = 0 (b) x2 + y 2 1 (c) x = 1 y2

Funções elementares
6. Classifique as funções abaixo como constante, afim, polinomial ou racional:
a) f (x) = x5 + x4 3x2 ,
3x2 + 3
(b) f (x) = 2 ,
x +1
(c) f (x) = 3 2x,
(d) f (x) = c.
1
7. Dado x 2 R, denote por {x} a distância de x ao número inteiro mais próximo. Se x é equidistante
de dois inteiros, então {x} é a média aritmética entre estes inteiros. Esboce o gráfico f (x) = {x}.
8. Verifique quais das funções abaixo são periódicas e, no caso afirmativo, encontre o seu perı́odo
fundamental:
a) f (x) = sin(2x),
(b) f (x) = sin(x) + sin(⇡x),
(c) f (x) = {x},
(d) f (x) = 3 cos(x + 2).
9. Converta de
(i) graus para radianos:
a) 15o b) 135o
(ii) radianos para graus:
7⇡ 5⇡
a) b)
15 3
10. Verifique as seguintes identidades trigonométricas para quaisquer x, y 2 R:
a) 2 sin x sin y = cos(x y) cos(x + y)
b) 2 cos x sin y = sin(x + y) sin(x y)
c) cos x cos y = 2 sin x+y 2
sin x 2 y
d) sin x sin y = 2 cos x+y2
sin x 2 y
11. Em cada um dos itens abaixo responda se a afirmação é verdadeira (V) ou falsa (F), justificando
sua resposta. Ou seja, prove se for verdadeira ou dê um contra-exemplo se for falsa.
(a) A representação geométrica dapequação x2 y 2 = 1 é simétrica em relação à reta y = x.
x
(b) O domı́nio da função f (x) = 2 x é o intervalo [0, 2).
(c) A imagem da função f : R ! R dada por f (x) = 4 x2 , para x 2 R, é o intervalo ( 1, 4].
(d) O subconjunto do plano {(x, y) 2 R2 ; x2 +y 2 = 1, com y 0} é a representação geométrica
do gráfico de uma função da variável x.
sin(x)
(e) A imagem da função f : ( ⇡2 , ⇡2 ) ! R, dada por f (x) = cos(x) é toda a reta R.
(f) Se f : I ⇢ R ! R é uma função que admite inversa, então f = 1/f .
1

12. Para cada função f a seguir, determine se é injetora, sobrejetora e/ou bijetora. Caso a função
seja bijetora, calcule sua inversa.
a) f (x) = 5x + 1, com x 2 R,
b) f (x) = cos(x), com x 2 [0, 3⇡/2),
c) f (x) = tan(x), com x 2 ( ⇡2 , ⇡2 )
13. Para cada função a seguir, determine seu domı́nio e verifique se é uma função par, ı́mpar,
injetora, sobrejetora ou bijetora. Além disso, esboce seu gráfico.
a) f (x) = sin2 x,
b) f (x) = |x
p + 2| + |2x 1|,
c) f (x) = 1 x2 ,
x2 + 1
d) f (x) = .
x
14. Para cada função g a seguir, determine f tal que f (g(x)) = x, para todo x 2 Dom(g).
(a) g(x) = x1 , com x 6= 0,
2
3
(b) g(x) = 2 + , com x 6= 1,
x+1
2
(c) g(x) = x 4x + 3, com x 2.

15. Dois homens saem, no mesmo instante, numa caminhada do mesmo ponto por caminhos retilı́-
neos e perpendiculares. Um anda a velocidade de 2km/h e o outro a 3km/h. Exprima a distância
entre eles como função do tempo que eles caminharam.

16. Um reservatório contém um lı́quido, não-homogêneo, em equilı́brio, e cuja densidade aumenta


linearmente com a profundidade h, valendo ⇢0 na superfı́cie e ⇢1 no fundo do reservatório. Encontre
a função que descreve a densidade ⇢ do lı́quido, em função da profundidade h, i.e., ⇢ = ⇢(h).

17. Um objeto é lançado verticalmente e no instante t sua altura é dada por h(t) = 4t t2 . Para
t 2 [0, 4]:

(a) Esboce o gráfico da função h = h(t).


(b) Qual a altura máxima atingida pelo objeto? Em qual instante essa altura será atingida?

18. Um arame de 10cm de comprimento deve ser cortado em dois pedaços, um dos quais será
torcido de modo a formar um quadrado, e o outro a formar uma circunferência. De que modo
deverá ser cortado o arame para que a soma das áreas das regiões limitadas pelo quadrado e pela
circunferência seja a maior possı́vel?

19. Deve-se construir uma caixa sem tampa a partir de uma folha de cartolina de dimensões 50cm
e 76cm, cortando-se um quadrado de lado x em cada um dos cantos da cartolina. Expresse o
volume da caixa em função de x. Qual o domı́nio dessa função? Esboce o gráfico do volume em
função de x.

20. Encontre uma função par f e uma função ı́mpar g tal que h = f + g nos seguintes casos:
1
(a) h(x) = ,
1+x
(b) h(x) = sin(x + 1),
(c) h(x) = |x 2| + (x + 1)2 .

21. Se f, g : R ! R são funções pares (resp. ı́mpares), verifique que f g e g f são funções pares
(resp. ı́mpares). O que se pode dizer das composições f g e g f se f for par e g for ı́mpar?

22. Para cada item a seguir, determine os domı́nios maximais e as imagens de f e g. Verifique
se a imagem de f está contida no domı́nio de g e, neste caso, encontre h = g f e determine a
imagem de h.

(a) g(x) = 3x + 1 e f (x) = x + 2,


1 p
(b) g(x) = 2 e f (x) = x,
x +1
(c) g(x) = 1 x2 e f (x) = sin x,
= 1 x2 ,
(d) g(x) = ln(x) e f (x) p
x
(e) g(x) = e e f (x) = 1 x2 .
3
23.
Na figura ao lado, OP Q úm triângulo Q
isóceles cuja base OP mede 10 cm
e cuja altura, relativa à base OP ,
também mede 10 cm. A partir de
um ponto S, pertencente ao lado OP ,
traça-se uma perpendicular a esse lado.
Sendo OS = x, a área da região som-
breada ao lado pode ser descrita como
uma função de x, i.e., A = A(x). En- O
-S
P

contre a função A = A(x). x

24.
Na figura ao lado está representada
uma semi-circunferência cujo diâmetro
OB tem valor igual a b > 0. A cada
valor do ângulo ✓ corresponde a exa-
tamente um triângulo retângulo ins-
crito na semi-circunferência. Encontre ✓
a função A = A(✓) que nos fornece O B
a área do triângulo obtido quando o
ângulo é ✓.

A noção intuitiva de limite


25. Calcule, caso existam, os limites abaixo
p p
x3 + 1 (a + x)3 a3 1+x 1 x
a) lim 2 b) lim c) lim
x!1 x
p+1 p x!0 x x!0 x
1 + sin x 1 sin x tan 2x cos x cos a
d) lim e) lim f) lim
x!0 x x!0 x x!a x a
sin x cos x 1 x2 1 x
g) lim h) lim i) lim
x!⇡/4 1 tan x x!1 sin ⇡x x!1 |1 x|
1 x 1 p
j) lim k) lim 2 l) lim ( x2 + x x)
x! ⇡2 + (2x ⇡) tan x x!1 x 2x + 1 x!+1
5x3 + 7x 3 x4 2x3 + 1 sin x
m) lim n) lim o) lim
x!+1 3x4 + 2x 1 x! 1 3x4 + 1 x!0+ x3 x2

4
Gabarito da Lista de Exercı́cios de SMA0353-Cálculo I – Módulo 1

1. Solucionemos os itens do exercı́cio.


(a) A afirmativa é verdadeira. Se, por absurdo, x ̸= 0, então x ∈ (−∞, 0) ∩ (0, ∞) = ∅, o que
é uma contradição.
(b) A afirmativa é falsa, por exemplo, para z = −1.
(c) A afirmativa é verdadeira. Basta utilizar a desigualdade triangular
|a + b| ≤ |a| + |b|
para a = x − z e b = z − y e obter
|x − y| = |x + 0 − y|
= |x + (z − z) − y|
= |(x − z) + (z − y)|
≤ |x − z| + |z − y|,
como querı́amos provar.
(d) A afirmativa é verdadeira. Observe que (x − y)2 ≥ 0. Desenvolvendo:
x2 − 2xy + y 2 ≥ 0 ⇒ 4xy ≤ x2 + 2xy + y 2 = (x + y)2

√ √ x+y
2 xy ≤ x + y ⇒ xy ≤ ,
2
como querı́amos. Observe que na √ última linha usamos tacitamente o fato de que x, y ≥ 0.
(e) A afirmativa é falsa. Seja a = 2 e b = 1 − a. Então a e b são irracionais mas a + b = 1,
que, por sua vez, não é irracional. √
(f) A afirmativa é falsa. Se a = 0 e b = 2, então ab = 0, que não é irracional.
(g) A afirmativa é verdadeira. Escreva a = m n
, com m, n ∈ Z e n ̸= 0. Se, por absurdo, a + b
p
é um número racional, então a + b = q , para p, q ∈ Z e q ̸= 0. Logo,
p m pn − qm
b = (a + b) − a = − = ,
q n qn
que é racional, o que é uma contradição com o fato de b ser irracional e vinda do fato da
suposição a + b racional. Logo, a + b é irracional, como querı́amos.
(h) A afirmativa é falsa porque a reta que contém os referidos pontos possui inclinação 3, ao
passo que a reta x − 3y = 7 possui inclinação 13 .
(i) A afirmativa é verdadeira. De fato:
x2 = 4 ⇒ x2 − 4 = 0 ⇒ (x + 2)(x − 2) = 0.
Assim, x + 2 = 0 ou x − 2 = 0.
(j) A afirmativa é verdadeira, uma vez que
√ √ √ √
1+ 2 √ 1+ 2 1+ 2 √ 1+2 2+2 √
x= √ +2 2= √ · √ +2 2= + 2 2 = −3.
1− 2 1− 2 1+ 2 −1
(k) A afirmativa é verdadeira. De fato, recordemos que, se a, b ≥ 0, então a · b ≥ 0. Assim,
no contexto do exercı́cio,
(y + x) · (y − x) ≥ 0,
porque y ≥ x ≥ 0. A relação acima pode ser reescrita como
y 2 − x2 ≥ 0,
ou seja, x2 ≤ y 2 , como querı́amos.
(l) A afirmativa é verdadeira e segue do item anterior, argumentando-se por absurdo.
1
2. (i) Temos que

||a| − |b|| ≤ |a − b| ⇐⇒ −|a − b| ≤ |a| − |b| ≤ |a − b|.

Logo, basta provar as duas desigualdade do lado direito desta equivalência. Para a primeira,
temos que

|a| = |(a − b) + b| ≤ |a − b| + |b| ⇒ |a| − |b| ≤ |a − b|.

E para a outra desigualdade, temos

|b| = |(b − a) + a| ≤ |b − a| + |a| = |a − b| + |a|,

onde aqui foi utilizado que |x| = | − x|, para todo x ∈ R, logo,

|b| − |a| ≤ |a − b| ⇒ −|a − b| ≤ |a| − |b|.

Portanto, −|a − b| ≤ |a| − |b| ≤ |a − b|, como querı́amos provar.


(ii) Utilizando a propriedade que x ≤ |x|, para todo x ∈ R, temos para x = |a| − |b| que

||a| − |b|| ≥ |a| − |b|.

3. (a) |1 − 3x| < 5


−4
I. 1 − 3x < 5 ⇒ 3x > −4 ⇒ x >
3
II. − (1 − 3x) < 5 ⇒ 3x − 1 < 5 ⇒ 3x < 6 ⇒ x < 2 Logo, o conjunto solução é dado
por x ∈ S = ( −4
3
, 2).

(b) x2 < 6x − 5 ⇒ x2 − 6x + 5 < 0


Encontrando-se as raı́zes da função quadrática à esquerda da inequação (x = 1 e x = 5)
e percebendo que a concavidade é para cima, conclui-se que a função tem imagem negativa
para os valores do domı́nio entre as raı́zes. Assim, o conjunto solução é dado por x ∈ S =
(1, 5).

(c) Temos que



3

x3 > 27 ⇐⇒
3
x3 > 27 ⇐⇒ x > 3,

como descrito pelo gráfico da função f (x) = x3 abaixo


2
27

que tem um comportamento estritamente crescente √(observe que o mesmo não acontece se
fosse raiz quadrada e elevado ao quadrado, pois x2 = |x|, e também f (x) = x2 não é
estritamente crescente). Assim, o conjunto solução é dado por x ∈ S = (3, ∞).
x−6
(d) ≥ 0 É preciso analisar os dois casos que resultam em uma fração não negativa:
x+2
I. (x − 6 ≥ 0) e (x + 2 > 0)
(x ≥ 6) e (x > −2) ⇒ x ≥ 6.
II. (x − 6 ≤ 0) e (x + 2 < 0)
(x ≤ 6) e (x < −2) ⇒ x < −2.
Assim, o conjunto solução é dado por x ∈ S = (−∞, −2) ∪ [6, ∞).
3 1
(e) <
x−2 2x + 1
I. Se (x − 2) e (2x + 1) têm mesmo sinal:
Para que isso aconteça precisamos que x > 2 para ambas são positivas ou x < −1/2
para ambas negativas. Como ambas tem o mesmo sinal, o produto (x − 2)(2x + 1) é po-
sitivo e ao multiplicar os dois lados da inequação o sinal não se inverte. Assim, temos:
3(2x + 1) < (x − 2) ⇒ 5x < −5 ⇒ x < −1. A intersecção entre terem o mesmo si-
nal, x ∈ (2, ∞) ∪ (−∞, −1/2) e satisfazerem a inequação, x ∈ (−∞, −1) é simplesmente
S1 = (−∞, −1).

II. Se (x − 2) e (2x + 1) têm sinais opostos:


Esse caso acontece se −1/2 < x < 2. Como possuem sinais opostos, (x − 2)(2x + 1) é
negativo e ao multiplicar os dois lados da inequação o sinal se inverte. Logo, 6x + 3 >
x − 2 ⇒ 5x > −5 ⇒ x > −1. A intersecção entre terem sinais opostos, x ∈ (−1/2, 2), e
satisfazerem a inequação, x ∈ (−∞, −1) é simplesmente S2 = (−1/2, 2).

Unindo as duas soluções, S = S1 ∪ S2 = (−∞, −1) ∪ (−1/2, 2).

3
(f) Juntando as frações em uma só, temos que
x2 x2 + 3 x2 − (x − 2) x2 + 3
−1≥ 2 ⇐⇒ ≥ 2
x−2 x −4 x−2 x −4
x2 − x + 2 x2 + 3
⇐⇒ − 2 ≥0
x−2 x −4
(x2 − x + 2)(x2 − 4) − (x − 2)(x2 + 3)
⇐⇒ ≥0
(x − 2)(x2 − 4)
(x2 − x + 2)(x − 2)(x + 2) − (x − 2)(x2 + 3)
⇐⇒ ≥0
(x − 2)(x2 − 4)
(x − 2) [(x2 − x + 2)(x + 2) − (x2 + 3)]
⇐⇒ ≥0
(x − 2)(x2 − 4)
x3 + 2x2 − x2 − 2x + 2x + 4 − x2 − 3
⇐⇒ ≥0
x2 − 4
x3 + 1
⇐⇒ 2 ≥ 0.
x −4
Observe que x = −1 é raiz do numerador x3 + 1. Então fazendo o método da chave (ou o
dispositivo de Briot-Ruffini) para dividir x3 + 1 por x − (−1), podemos escrever
x3 + 1 = (x + 1)(x2 − x + 1),
logo,
x2 x2 + 3 x3 + 1
−1≥ 2 ⇐⇒ 2 ≥0
x−2 x −4 x −4
(x + 1)(x2 − x + 1)
⇐⇒ ≥0
x2 − 4
x+1
⇐⇒ 2 · (x2 − x + 1) ≥ 0.
x −4
Observe que y = x2 − x + 1 descreve uma parábola com a concavidade voltada para cima e
que não possui raı́z (pois ∆ = −3), ou seja, não corta o eixo x, como descrito pelo gráfico
abaixo

y = x2 − x + 1

Portanto, x2 − x + 1 é sempre um número positivo, para todo x ∈ R, logo, podemos


dividir os dois lados da desigualdade por este número e obter
x2 x2 + 3 x+1
−1≥ 2 ⇐⇒ 2 · (x2 − x + 1) ≥ 0
x−2 x −4 x −4
x+1
⇐⇒ 2 ≥ 0.
x −4
Agora, estudando o sinal do numerador, do denominador e da fração, obtemos
4
y =x+1
− − − − − + + + + + + +
x+1
−1 y = x2 − x + 1

+ + + − − − − − − − + +
2
x −4
−2 2

− − − + − − − − − + +
x+1
x2 − 4
−2 −1 2

Portanto, o conjunto solução é S = (−2, −1] ∪ (2, +∞) (observando que deve-se excluir
x = −2 e x = 2 da solução, pois anula o denominador na desigualdade enunciada, e inclui
x = −1 pois a desigualdade enunciada permite igualdade).
4. a) Sabemos que a equação (reduzida) de uma reta é da forma y = mx + q, com m, q ∈ R,
e m é o coeficiente angular desta reta. Como o coeficiente angular é −2, então m = −2 e
temos a resposta parcial
y = −2x + q.
Agora, como esta reta tem que passar pelo ponto (3, −1), então este ponto satisfaz a equação
acima, logo,
−1 = −2 · (3) + q ⇒ −1 = −6 + q ⇒ q = 5.
Portanto, a reta procurada é dada pela equação y = −2x + 5.

(3, −1)

y = −2x + 5
;

b) Sabemos que a reta tangente ao cı́rculo em um ponto é a reta perpendicular  √ √à reta que
2 2
passa pelo centro e por este ponto. Neste caso, a reta que passa por (0, 0) e 2 , 2 é dada
5
por y = x. Agora, se uma reta possui um coeficiente angular m ̸= 0, então o coeficiente
1
angular da reta perpendicular é − . Logo, a reta procurada é da forma
m
y = −x + q.
√ √ 
Como esta reta deve tangenciar o circulo no ponto 22 , 22 , então este ponto deve satis-
fazer esta equação, obtendo
√ √ √ √
2 2 2 2 √
=− +q ⇒q = + = 2.
2 2 2 2
Portanto, a reta procurada é dada pela equação

y = −x + 2.

√ √ 
2 2
2
, 2

(0, 0) √
y = −x + 2

c) A fórmula da distância de um ponto (x0 , y0 ) até uma reta dada por equação geral ax + by +
c = 0 é
|ax0 + by0 + c|
d= √ .
a2 + b 2
Utilizando esta fórmula, obtemos que a distância é
√ ! √
|3 · 1 + (−2) · (−2) + 0| |3 + 4| 7 13 7 13
d= p =√ =√ · √ = .
32 + (−2)2 9+4 13 13 13

3x − 2y = 0


7 13 (2, −1)
13

6
d) Isolando x em função de y, podemos re-escrever a equação y 2 − 4x − 4y = 0 como
1
x = y 2 − y.
4
Como x está em função de y, então é uma parábola “deitada”, e o coeficiente de y 2 é
positivo, então a parábola está com a concavidade para a direita. Neste caso, o vértice da
parábola é dada pela fórmula
(−1)2 − 4 · 14 · 0
   
∆ b −1
− ,− = − , − 1 = (−1, 2).
4a 2a 4 · 14 2· 4
Além disso, observe que esta parábola corta o eixo y em dois pontos: Fazendo x = 0 vem
a equação
 
1 2 1 1
y −y =0⇒y y − 1 = 0 ⇒ y = 0 ou y − 1 = 0 ⇒ y = 0 ou y = 4.
4 4 4
Como o eixo de simetria está paralelo ao eixo x e deve passar pelo ponto (−1, 2), segue que
o eixo de simetria é y = 2.

y 2 − 4x − 4y = 0

(−1, 2) y=2

5. a) Ponto (0, 5)
b) R2 − {(x, y) | x2 + y 2 < 1}

c) Semicircunferência no eixo x, com x negativo


6. a) Polinomial.
(b) Racional.
(c) Afim.
(d) Constante.
7
7. Observe que todo x ∈ R está unicamente entre dois inteiros consecutivos, mais precisamente,
existe um único número inteiro n tal que n ≤ x < n + 1. Agora, se x está entre n e o ponto médio
1
2
(n + (n + 1)) = 2n+1
2
,então x = x − n (que é uma reta crescente indo da altura 0 até 12 , mas não
1
atinge 2 ), e se x está entre o ponto médio 2n+1
2
e n + 1, então x = n + 1 − x ( que é uma reta
decrescente indo da altura 12 até 0, mas também não atinge 12 ), pois conforme enunciado, se x é
exatamente o ponto médio, então x é igual a 2n+12
. Portanto, a imagem é uma serra dentada, se
anulando nos inteiros, mas nos pontos médios, há um salto, conforme a figura:

4.5

3.5

2.5

1.5

0.5

−5−4.5−4−3.5−3−2.5−2−1.5−1
−0.5 00.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
−0.5

−1.5

−2.5

−3.5

−4.5

8. (a) Como um perı́odo T deve valer para todo x, em particular, deve valer para x = 0, logo,

sen(2 · 0) = sen(2(0 + T )) ⇒ 0 = sen(2T ) ⇒ 2T = 0 + 2n1 π ou 2T = π + 2n2 π,

com n1 , n2 ∈ Z. Logo,
π
T = n1 π ou T = + n2 π.
2
8
Como T deve ser o menor possı́vel, poderı́amos considerar T = π2 , mas note que isto não é
um perı́odo para f , pois para x = π4 , temos
π π 6π 6π 3π
f (x + T ) = sen(2( + )) = sen(2 ) = sen( ) = sen( ) = −1,
4 2 8 4 2
mas
π π
f (x) = sen(2 ) = sen( ) = 1.
4 2
Logo, o segundo menor é T = π. Este de fato é um perı́odo para f , pois
f (x + T ) = sen(2(x + π)) = sen(2x + 2π) = sen(2x) = f (x).
Portanto, f é periódica e o seu perı́odo fundamental é π.
(b) Pelo mesmo raciocı́nio, se T é um perı́odo, em particular, vale para x = 0, logo, devemos
ter
0 = sen(T ) + sen(πT ) ⇒ sen(T ) = −sen(πT ),
logo, no cı́rculo trigonométrico vemos que T = −πT + 2n1 π ou T = πT − π + 2n2 π, para
n1 , n2 ∈ Z. Resolvendo para T , vem
2n1 π π − 2n2 π
T = ou T = .
π+1 π−1
Assim, como T deve ser o menor possı́vel positivo, vem
2π π
T = ou T = .
π+1 π−1
Mas para x = π2 , não vale f (x + T ) = f (x), para nenhum dos dois T . Portanto, f não é
periódica. Um outro jeito de provar que não existe tal T envolve derivada. Suponha, por
absurdo, que tal T existe. Derivando a igualdade
sen(x) + sen(πx) = sen(x + T ) + sen(π(x + T ))
duas vezes em relação à x, vem
−sen(x) − π 2 sen(πx) = −sen(x + T ) − π 2 sen(π(x + T )).
Somando as duas igualdades, vem
(1 − π 2 )sen(πx) = (1 − π 2 )sen(π(x + T )) ⇒ sen(πx) = sen(π(x + T ))).
Na primeira equação, isso implica que sen(x) = sen(x + T ), logo, T é um perı́odo para
sen(x), e como o perı́odo fundamental de sen(x) é 2π, então T = 2kπ. Mas por outro lado,
sen(πx) = sen(πx + πT ) diz que sen(y) = sen(y + πT ), então novamente, πT é um perı́odo
para sen(y), logo, πT = 2k ′ π, assim, T = 2k ′ . Temos uma contradição, pois 2k ′ é racional
e 2kπ é irracional.
(c) A função f não é periódica, pois observe que o comportamento nos pontos médios 2n+1 2
,
com n ∈ Z não é periódico (ver o gráfico no exercı́cio anterior). De fato, se existisse T > 0
tal que x + T = x, para todo x ∈ R, então para x = 1.5, vem que
{1.5 + T } = {1.5} = 1.5,
logo, 1.5+T tem que ser um ponto médio de dois inteiros consecutivos, já que os demais têm
imagem entre 0 e 12 , de onde vem que T é um número natural. Logo, {1.5 + T } = 1.5 + T ,
daı́,
{1.5 + T } = {1.5} =⇒ 1.5 + T = 1.5 =⇒ T = 0,
uma contradição. Portanto, f não é periódica.
9
(d) Note que T = 2π é um perı́odo para f , pois
f (x + 2π) = 3cos((x + 2π) + 2) = 3cos((x + 2) + 2π) = 3cos(x + 2) = f (x).
Agora se T é um perı́odo para f , em particular, para x = −2, vale
f (−2) = f (−2 + T ) ⇒ 3cos(−2 + 2) = 3cos(−2 + T + 2) ⇒ 1 = cos(T ),
logo, T = 2kπ, onde k ∈ Z, logo, o menor positivo é T = 2π.
π
9. (i) a) 12
b) 3π
4
(ii) a)84◦ b)300◦
10. Basta usarmos as identidades trigonométricas
sin(a + b) = sin(a) cos(b) + sin(b) cos(a), cos(a + b) = cos(a) cos(b) − sin(a) sin(b),
sin(−x) = − sin(x) e cos(−x) = cos(x)
e desenvolver o lado direito da equação. Por exemplo:

(a) cos(x − y) − cos(x + y) = [cos(x) cos(−y) − sin(x) sin(−y)] − [cos(x) cos(y) − sin(x) sin(y)]
= [cos(x) cos(y) + sin(x) sin(y)] − [cos(x) cos(y) − sin(x) sin(y)]
= cos(x) cos(y) + sin(x) sin(y) − cos(x) cos(y) + sin(x) sin(y)
= 2 sin(x) sin(y)
11. (a) Falso.

(b) Verdadeiro. A função r


x
f (x) =
2−x
possui duas restrições. Primeiro, o denominador desta fração não pode ser 0, e segundo, o
que está dentro do radical deve ser não negativo. Vamos fazer a tabela de sinais:

x − − −+ + + + + + +
0
− + + + + + + − − −
2−x
2
x − − − + + + − − −
2−x 0 2

Assim vemos que a fração dentro do radical é não negativo em [0, 2], mas devemos tirar
o 2 por conta do denominador se anular neste número. Portanto, o domı́nio é [0, 2).
10
(c) Verdadeiro. Um número y ∈ R está na imagem de f (x) = 4 − x2 se, e somente se, existe
x ∈ R tal que
p
4 − x2 = f (x) = y ⇔ x2 = 4 − y ⇔ x = ± 4 − y.
Assim, para existir este x, devemos ter 4 − y ≥ 0, ou seja, y ≤ 4, isto é, y ∈ (−∞, 4],
provando que Im(f ) = (−∞, 4].
Uma outra forma de ver isto é esboçar o gráfico desta função. É uma parábola com
vértice em (0, 4) e concavidade para baixo.

(0, 4)

(d) Verdadeiro. Temos que o conjunto em questão é a parte superior (em vermelho) do cı́rculo
abaixo (em azul)

Podemos ver pelo teste da reta vertical que o conjunto é gráfico de uma função. Além
disso, podemos explicitar tal função. Devemos isolar y em função de x na equação x2 +y 2 =
1. Temos
p √ √
x2 + y 2 = 1 ⇒ y 2 = 1 − x2 ⇒ y 2 = 1 − x2 ⇒ |y| = 1 − x2 .
Agora, como y ≥ 0, então |y| = y, de onde obtemos que o conjunto é gráfico da função

f (x) = 1 − x2 .
(e) Verdadeiro. Observe que
sen(x)
f (x) = = tg(x).
cos(x)
Agora, pela definição de tangente e sua interpretação geométrica, temos a seguinte figura
11
R
tg(x1 )

tg(x2 )

π π
Observe que, conforme os pontos variam desde − até , as suas imagens percorrem
2 2
toda a reta real.
1
(f) Falso. Considere f (x) = x. Então para g(x) = , temos
x
 
1 1
(f ◦ g)(x) = f = ̸= x = Id(x),
x x
para todo x ∈ / {−1, 1}. Ou seja, g ◦ f ̸= Id, mostrando que g ̸= f −1 . Na verdade,
f −1 (x) = x.
12. a) Temos que f é injetora, pois
f (x) = f (y) ⇒ 5x + 1 = 5y + 1 ⇒ 5x = 5y ⇒ x = y.
Além disso, f é sobrejetora, pois dado y ∈ R, tome
y−1
x := ∈R
5
e teremos  
y−1
f (x) = 5 · + 1 = (y − 1) + 1 = y.
5
Portanto, f é bijetora. Para encontrarmos a inversa, devemos considerar a equação f (x) = y
e isolar x em função de y. Temos
y−1
f (x) = y ⇒ 5x + 1 = y ⇒ 5x = y − 1 ⇒ x = .
5
Trocando x por y, temos que f −1 é dada por
x−1
f −1 (x) = .
5
b) Considere o cı́rculo trigonométrico restrito ao intervalo em questão e a definição geométrica
da função cosseno:

12
Observe que estes dois ângulos distintos estão entre 0 e 3π/2, entretanto, possuem o
mesmo cosseno. Mais explicitamente, temos
  √  
3π 2 5π
cos =− = cos .
4 2 4
Portanto, esta função não é injetora. Observe ainda que todo número entre [−1, 1] é o
cosseno de algum x ∈ [0, 3π 2
), portanto, f é sobrejetora se o contradomı́nio for restrito a
[−1, 1].
c) Considere a definição geométrica da função tangente:
R
tan(x)

Agora observe que conforme x varia neste intervalo de ângulos, tan(x) percorre toda a
reta real e de forma única. Portanto, esta função é bijetora, e sua inversa é denotada por
arctan, que a cada número real associa o arco cuja tangente vale este número real.
13. a) Dom(f ) = R; par; não é injetora; não é sobrejetora;
Gráfico:

b) Dom(f ) = R; não é par; não é ı́mpar; não é injetora; não é sobrejetora;


Gráfico:

13
c) Dom(f ) = [−1, 1]; par; não é injetora; não é sobrejetora;
Gráfico:

d) Dom(f ) = R \ {0}; ı́mpar; não é injetora; não é sobrejetora;


Gráfico:

1
14. (a) g −1 (x) = ; Dg−1 = {x ∈ R; x ̸= 0}.
x
−1 3
(b) g (x) = − 1; Dg−1 = {x ∈ R; x ̸= 2}.
x−2

(c) g −1 (x) = x + 1 + 2; Dg−1 = {x ∈ R; x ≥ −1}.
15. Como ambos saem do mesmo ponto, podemos considerar este ponto como a origem do plano
cartesiano. Como as trajetórias são retilı́neas e perpendiculares, sem perda de generalidade, pode-
mos supor que o homem que caminha com velocidade de 2 km/h anda no eixo x e que o homem
que caminha com velocidade 3 km/h, no eixo y. Desta forma, as trajetórias em função do tempo
são, respectivamente, (2t, 0) e (0, 3t). Aplicando o Teorema de Pitágoras para calcular a distância
entre os dois homens teremos que:
p √
d(t) = (2t)2 + (3t)2 = t 13.
16. Como a densidade ρ aumenta linearmente com a profundidade h, então basta termos dois
pontos para encontrar esta reta. Seja x a profundidade do reservatório. Sabemos que na superfı́cie,
14
ou seja, h = 0, temos densidade ρ = ρ0 , e no fundo, para h = x, temos densidade ρ = ρ1 . Logo, o
coeficiente angular desta reta é
ρ1 − ρ0 ρ1 − ρ0
m= = .
x−0 x
Assim, ρ = ρ1 −ρ
x
0
h + q, e como para h = 0 temos ρ = ρ0 , então q = ρ0 . Portanto,
ρ1 − ρ0
ρ(h) = h + ρ0 .
x
17. Analisemos cada um dos itens.
(a) Observe que h(t) = t(4 − t), donde suas raı́zes são x1 = 0 e x2 = 4. Além disso, podemos
calcular que o discriminante tem valor ∆ = 16, de onde segue que o gráfico de h descreve
uma parábola com concavidade para baixo que intersecta o eixo x em (0, 0) e (4, 0) e que
possui (2, 4) como vértice, conforme a figura abaixo.

(b) A altura máxima é o y do vértice, que é dada por


42 − 4 · (−1) · 0 16
hmax = − =− = 4,
4 · (−1) −4
e o seu instante é o x do vértice, que é dada por
4 4
t0 = − =− = 2.
2 · (−1) −2
18. Coloquemos este arame sobre o eixo x, de forma que a extremidade esquerda esteja em x = 0
e a extremidade direita esteja em x = 10. Seja x a posição do corte feito a fim de se montar as
figuras, como ilustrado abaixo:

x 10 − x

0 10
x

O pedaço de arame de comprimento x formará um quadrado de lado l, logo, igualando os


perı́metros, vêm
x
4l = x ⇒ l = .
4
15
Agora, o pedaço de arame de comprimento 10 − x formará uma circunferência de raio r. Igualando
os comprimentos, vem
10 − x
10 − x = 2π · r ⇒ r = .

Assim, a área do quadrado é
 x  2 x2
2
Aq (x) := l = =
4 16
e a área do cı́rculo é
2
100 − 20x + x2

2 10 − x 1 2 5 25
Ac (x) := π · r = π · =π 2
= x − x+ .
2π 4π 4π π π
Assim, a área total é
x2
 
1 2 5 25 1 1 5 25
A(x) := Aq (x) + Ac (x) = + x − x+ = + x2 − x + ,
16 4π π π 4π 16 π π
que descreve uma parábola com concavidade para cima. Então o máximo deve ocorrer em x = 0
ou x = 10. Temos que
 
25 1 1 5 25 100 25
A(0) = e A(10) = + · 100 − · 10 + = = .
π 4π 16 π π 16 4
Como 4 > π, então
1 1 25>0 25 25
4 > π =⇒ < =⇒ < =⇒ A(10) < A(0).
4 π 4 π
Portanto, a área máxima ocorre para x = 0, isto é, para maximizar a área, não cortamos o arame
e usamos o arame todo para fazer apenas o cı́rculo.
19. O volume é dado pela largura vezes altura vezes comprimento. Ao recortar os quatro quadrados
de lado x, as dimensões resultantes são 50 − 2x, 76 − 2x e x.

Assim, o volume é dado por


V ol = (50 − 2x)(76 − 2x)x = 4(25 − x)(38 − x)x.
O domı́nio deve respeitar que não existem dimensões de valor negativo numa caixa, ou seja,
precisamos ter 38 − x > 0, 25 − x > 0 e x > 0. Logo, x ∈ (0, 25).

h(x)+h(−x) h(x)−h(−x)
20. Em todos os casos, basta tomarmos f (x) = 2
e g(x) = 2
.
1 −x
(a) f (x) = 1−x 2 e g(x) = 1−x2
16
(b) f (x) = sin(1) cos(x) e g(x) = sin(x) cos(1)
2 +2
(c) f (x) = |x−2|+|−x−2|+2x
2
e g(x) = |x−2|−|−x−2|+4x
2

21. Com efeito, se f, g : R → R são funções pares, temos que, para cada x ∈ R
(1) f (−x) = f (x)
(2) g(−x) = g(x).
Em particular,

f ◦ g(−x) = f (g(−x)) = f (g(x)) = f ◦ g(x),



Equação (1)
de onde segue que f ◦ g é uma função par. Analogamente, a equação (2) nos diz que g ◦ f também
é uma função par.

Por outro lado, se f, g são ı́mpares, ou seja


(3) f (−x) = −f (x)
(4) g(−x) = −g(x),
temos que
g ◦ f (−x) = g(f (−x)) = g(−f (x)) = −g(f (x)) = −g ◦ f (x),
↑ ↑
Equação (3) Equação (4)
isto é, g ◦ f é ı́mpar. Trocando os papéis de f e g no argumento acima, concluimos que f ◦ g
também é ı́mpar, como querı́amos.

Finalmente, se f é par e g é ı́mpar, afirmamos que as respectivas composições são funções pares.
De fato, observe que
(5) f (g(−x)) = f (−g(x)) = f (g(x))
↑ ↑
g ı́mpar f par

(6) g(f (−x)) = g(f (x)),



f par

As equações (5) e (6) nos dizem que f ◦ g e g ◦ f são funções pares, como querı́amos.
22. O domı́nio de h = g ◦ f , quando Im(f ) ⊆ Dom(g), é, por definição, Dom(f ).
Observação: Mais geralmente, podemos definir uma composta mesmo sem a inclusão Im(f ) ⊆
Dom(g) pondo
Dom(h) = f −1 (Dom(g) ∩ Im(f )) = {x ∈ Dom(f ) | f (x) ∈ Dom(g)},
mas não é o que é pedido no exercı́cio.
(a) Temos
Dom(g) = R, Dom(f ) = R,
Im(g) = R, Im(f ) = R.
Então vale Im(f ) ⊆ Dom(g). Logo, h = g ◦ f está definida e é dada por
h(x) = g(f (x))
= 3f (x) + 1
= 3(x + 2) + 1
= 3x + 7.
17
Então
Im(h) = R.
(b)
Dom(g) = R, Dom(f ) = [0, +∞),
Im(g) = (0, 1], Im(f ) = [0, +∞).
Então vale Im(f ) ⊆ Dom(g). Logo, h = g ◦ f está definida e é dada por
h(x) = g(f (x))
1
=
f (x)2 + 1
1
= √ 2
( x) + 1
1
= ,
x+1
e lembrando que Dom(h) = Dom(f ) = [0, +∞), vem que
Im(h) = (0, 1].
(c)
Dom(g) = R, Dom(f ) = R,
Im(g) = (−∞, 1], Im(f ) = [−1, 1].
Então vale Im(f ) ⊆ Dom(g). Logo, h = g ◦ f está definida e é dada por
h(x) = g(f (x))
= 1 − f (x)2
= 1 − sen2 (x)
= cos2 (x).
Então
Im(h) = [0, 1].
(d)
Dom(g) = (0, +∞), Dom(f ) = R,
Im(g) = R, Im(f ) = (−∞, 1].
Observe que Im(f ) ̸⊂ Dom(g), pois −3 = 1 − 22 = f (2) ∈ Im(f ) e −3 ∈
/ Dom(g). Logo,
h = g ◦ f não está definida.
(e)
Dom(g) = R, Dom(f ) = [−1, 1],
Im(g) = (0, +∞), Im(f ) = [0, 1].
Então Im(f ) ⊆ Dom(g). Logo, h = g ◦ f está definida e é dada por
h(x) = g(f (x))
= ef√(x)
2
= e 1−x .
Então
Im(h) = [1, e].
23. Se 0 ≤ x ≤ 5, então podemos fazer semelhança de triângulos e pelo caso AA (ângulo-ângulo)
podemos concluir que a altura do triângulo sombreado é 2x, pois
10 5
= ⇒ h = 2x.
h x
18
Logo,
x · (2x)
A(x) = = x2 .
2
Agora, se 5 < x ≤ 10, então a área sombreada é a soma da área do triângulo retângulo esquerdo,
que é 5.10
2
= 25, com a área sombreada no triângulo direito. Para encontrar a área sombreada no
triangulo retângulo direito podemos fazer semelhança de triângulos, usando o caso AA (ângulo-
ângulo), para concluir que a altura do triângulo não sombreado é 20 − 2x, pois
10 5
= ⇒ h = 20 − 2x.
h 10 − x
Logo,
(10 − x)(20 − 2x) 2x2 − 40x + 200
A(x) = 25 + = 25 + = x2 − 20x + 125.
2 2
Portanto,  2
x, 0 ≤ x ≤ 5,
A(x) = 2 .
x − 20x + 125, 5 < x ≤ 10
24. Fixado um ângulo θ, denotemos por x e y os catetos do triângulo conforme a figura.

Temos que sen(θ) = x


b
e cos(θ) = yb . Logo, x = b sen(θ) e y = b cos(θ). A área desse triângulo é
xy
2
. Assim, definimos
xy b2 sen(θ) cos(θ)
A(θ) = = .
2 2
25. (a) 1
(b) 3a2
(c) 1
(d) 1
(e) 2
(f) −√sin(a)
(g) − 22
2
(h) π
(i) 1
(j) − 12
(k) −∞
1
(l) 2
(m) 0
1
(n) 3
(o) −∞

19

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