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Caderno de Apoio
11.º ANO
António Bivar, Carlos Grosso, Filipe Oliveira, Luísa Loura, Maria Clementina Timóteo
INTRODUÇÃO
Para além das sugestões de exercícios e problemas a propor aos alunos entendeu-se
incluir também textos de apoio para os professores. Destinam-se a esclarecer questões de
índole científica que fundamentam os conteúdos do Programa e que poderão ajudar à seleção
das metodologias mais adequadas à lecionação.
Sendo a medida da altura relativa ao vértice C, é imediato verificar, por definição do seno,
que
donde, em particular,
1.2 Comentário
Optou-se, nas Metas Curriculares, por solicitar aos alunos o reconhecimento de que as
definições habituais das razões trigonométricas dos ângulos retos e obtusos são as únicas
possíveis se se pretender estender a triângulos retângulos e obtusângulos a Analogia dos Senos
e a ângulos internos retos e obtusos o Teorema de Carnot, mantendo-se também a identidade
entre a tangente e o quociente entre o seno e o cosseno.
Para que a Lei dos senos se possa aplicar a este triângulo devemos assim atribuir a o
valor .
É pois esse o valor que se deve tomar para o seno dos ângulos retos de modo que a Lei dos
senos se verifique em triângulos retângulos.
1.4
1. Considere um triângulo tal que os ângulos
internos de vértice em e são agudos e de lados
de medida de comprimento ̅̅̅̅ , ̅̅̅̅ e
̅̅̅̅ . Seja ̂ a amplitude do ângulo
interno de vértice em , considere a projeção
ortogonal do ponto sobre e seja ̅̅̅̅̅.
1.1. 1.2
1.3 1.4.
1.5. 1.6.
Como é óbvio, utilizando essas duas imagens é possível construir uma infinidade de aplicações
do plano em si próprio que a cada ponto associem uma dessas imagens, arbitrariamente
escolhida. Com o objetivo de, fixado um centro e um ângulo não nulo, nem raso, nem giro,
privilegiar duas dessas aplicações, cada uma delas traduzindo a ideia intuitiva de “rotação do
plano de centro e ângulo com determinado sentido ou orientação”, distinguiram-se então
essas duas imagens, intuitivamente, recorrendo ao movimento dos ponteiros de um relógio, de
modo a poderem associar-se imagens adequadamente escolhidas dos diferentes pontos a uma
mesma rotação do plano com determinado “sentido” ou “orientação”, por comparação com o
referido movimento. Com a definição agora dada em 2.1 de ângulo orientado torna-se possível,
fixado um ponto , associar a cada ângulo orientado uma rotação do plano bem determinada
Do que precede conclui-se que será conveniente rever os tópicos acima referidos do Ensino
Básico ao abordar-se este objetivo geral do 11.º ano.
Está implícito na conclusão que acabámos de extrair que se pretende agrupar os ângulos
orientados em exatamente duas classes disjuntas, cada uma delas correspondente a uma das
duas possíveis orientações «opostas uma da outra» que pretendemos atribuir a esses ângulos;
por outras palavras, pretendemos que seja de equivalência a relação estabelecida entre
ângulos orientados e através de « tem a mesma orientação que » e que, para essa
relação de equivalência, existam exatamente duas classes. Em particular, se dois dados ângulos
não tiverem a mesma orientação que um terceiro, pretendemos que tenham ambos a mesma
orientação. Estas propriedades traduzem de forma rigorosa o que fica expresso, fazendo apelo
à intuição, no descritor 2.2, onde, para dados ângulos orientados e , se estabelece a
alternativa de terem a mesma orientação ou orientações opostas, por comparação com o
movimento dos ponteiros de relógios. Esse procedimento intuitivo implica, como facilmente se
compreende, que a relação assim estabelecida entre ângulos orientados deva, de facto, ser de
equivalência com exatamente duas classes, pois, por um lado, o próprio processo experimental
descrito torna obviamente uma tal relação reflexiva, simétrica e transitiva, por outro lado é
fácil fixar dois ângulos orientados que, por esse critério, tenham orientações opostas (por
exemplo um qualquer ângulo orientado e o que se obtém deste permutando os lados origem e
extremidade) e qualquer ângulo orientado terá de estar na classe de equivalência de um destes
dois, já que temos a perceção intuitiva de que os movimentos dos ponteiros de um relógio, se
não puderem descrever um ângulo começando no lado origem e terminado no lado
extremidade, então poderão certamente descrevê-lo começando no lado extremidade e
terminando no lado origem.
Deste modo ficamos já com critérios rigorosos para estabelecer a identidade de orientação no
caso de ângulos orientados adjacentes ou de ângulos orientados que apenas se distinguem
Naturalmente, agora é imediato concluir que se o lado comum for lado origem de um e
extremidade do outro então deverão ter orientações opostas e que se o lado comum for lado
extremidade de ambos deverão ter a mesma orientação.
Consideremos agora o caso em que os dois ângulos orientados e apenas têm o vértice
comum mas não partilham um dos lados.
Pela transitividade pretendida e o facto de um ângulo orientado ter sempre uma das duas
possíveis orientações podemos assim concluir se e devem ter a mesma orientação ou
orientações opostas.
Como é óbvio, para legitimar esta descrição da relação assim estabelecida entre ângulos
orientados seria necessário provar, examinando exaustivamente as diferentes situações
possíveis, que esta construção é coerente e conduz de facto a uma relação de equivalência
com exatamente duas classes.
É curioso notar que as designações “sentido direto “ e “sentido retrógrado” se relacionam com
o modo como um observador pode acompanhar o movimento diurno aparente do Sol, de
sentido inverso ao do movimento de rotação da Terra; com efeito a designação “sentido
direto” pretende descrever o sentido do movimento de rotação da Terra, pelo que o
movimento diurno do Sol, seguido por um observador na Terra como tendo sentido inverso a
esse movimento de rotação executado pela Terra em torno do respetivo eixo, ou seja, o
movimento observado do Sol ao longo de um dia, seria no sentido retrógrado. Como
consequência, o movimento diurno da sombra de uma vara com a direção do eixo da Terra,
projetada num plano horizontal em que a vara está implantada e em que se situe o observador
(excluindo o caso de pontos no Equador, em que a direção do eixo da Terra é sempre paralela
ao plano horizontal), seria também efetuado no sentido retrógrado, tendo sido esse
movimento que inspirou o movimento dos ponteiros dos relógios mecânicos que assim
tentaram reproduzir os movimentos das sombras dos “gnómons” dos relógios de Sol
horizontais.
Há que levar em conta, no entanto, que o movimento das referidas sombras fica determinado
pelo movimento no plano horizontal do ponto interseção com esse plano da reta com a direção
do raios solares que passa pela extremidade da vara (gnómon) a qual reta efetua um
movimento de rotação em torno de um eixo no espaço, que se pode considerar como
coincidente com a reta que a vara determina (para efeitos práticos coincidente com o próprio
eixo da Terra, dadas as exíguas dimensões do planeta relativamente à respetiva distância ao
Sol). Assim, o movimento de rotação observado dessas sombras (centrado no ponto de
implantação do gnómon) tem, nesse plano horizontal, um sentido que, se for aferido pelo
movimento dos ponteiros de um relógio ou pelo processo alternativo acima descrito, depende
da posição do observador no espaço tridimensional, relativamente a esse plano; portanto, em
determinado dia do ano, o movimento da sombra de uma vara nas condições acima descritas
em determinado ponto da Terra terá sentido inverso ao que pode ser observado no mesmo dia
num ponto situado nos antípodas, já que, num caso, o observador estará forçosamente no
semiespaço determinado pelo plano horizontal e pelo polo Norte celeste e no outro no
semiespaço determinado pelo plano horizontal e pelo polo Sul celeste; note-se que os planos
4.1 Comentário
4.2
4.3 Neste objetivo geral é feita uma introdução aos ângulos generalizados. Considerando, por
4.4 momentos e para fixar as ideias, o grau como unidade da medida da amplitude angular (o
ângulo giro terá então medida ), os ângulos geométricos (não giros) estudados no
Ensino Básico têm amplitudes com medida no intervalo . Fixado um plano munido de
um referencial direto, os ângulos orientados, introduzidos no presente domínio do 11.º ano
admitem como medidas de amplitude, juntamente com o ângulo nulo, exatamente todos os
valores do intervalo .
Constroem-se agora ângulos, ditos «generalizados», que podem ter qualquer medida de
amplitude real. O que poderá ser, por exemplo, um ângulo de amplitude ?
Fig:1
É ainda importante referir que esta definição dos ângulos generalizados não impede de forma
alguma que se possa descrever do modo habitual um conjunto de medidas de ângulos
generalizados.
}
sendo certo que:
{ } { } { }
No descritor 4.6 identificam-se os ângulos orientados que, fixado o centro, determinam uma
mesma rotação. A interpretação intuitiva do ângulo generalizado como o “resultado da rotação
de uma semirreta em torno da respetiva origem, com determinada amplitude” não deve
induzir o erro que consistiria em supor que dois ângulos generalizados com diferentes medidas
de amplitude não podem determinar a mesma rotação. Com efeito, para começar, é imediato,
pela definição, que todos os ângulos generalizados de medidas de amplitude iguais a um
múltiplo inteiro da amplitude de um ângulo giro determinam a aplicação identidade no plano;
mais geralmente, se for um ângulo orientado qualquer, todos os ângulos generalizados ( )
determinam, por definição, a mesma rotação de um dado centro .
Finalmente, é também possível, fixado o centro , que dois ângulos orientados distintos e
determinem a mesma rotação; com efeito, se tiverem sentidos contrários e os valores
absolutos das respetivas amplitudes tiverem soma igual à medida de um ângulo giro, as
imagens de um dado ponto por rotações de centro de cada um destes dois ângulos são
obtidas através de ângulos adjacentes (já que os ângulos orientados que as determinam têm
sentidos opostos) cuja soma é igual a um ângulo giro, pelo que partilham os lados origem e
extremidade, o que tem como consequência imediata que as imagens do ponto através da
cada uma das rotações pertencem à mesma semirreta de origem e como também têm de
estar à mesma distância de , necessariamente coincidem. É imediato agora concluir que
rotações com um dado centro e de ângulos generalizados ( )e( ) apenas podem
coincidir se e tiverem a mesma amplitude ou estiverem na situação alternativa que
acabámos de examinar. Assim, sendo e as medidas de amplitude respetivamente de e
, se supusermos que , da análise geométrica acima feita, utilizando a definição de
rotação, é fácil concluir que se as imagens de uma dado ponto pelas rotações de centro e
ângulos e coincidirem então os valores absolutos das respectivas medidas de amplitude
têm de somar a medida de um ângulo giro e têm de ter sinal contrário.
5.6 Comentário
A definição de comprimento de um arco de circunferência não foi até agora dada com rigor. No
Ensino Básico (GM6-5.1) introduziu-se a noção de que o perímetro de um círculo pode ser
aproximado pelos perímetros de polígonos regulares inscritos e circunscritos, ficando implícita
a ideia de que essa aproximação pode ser tão precisa quanto se desejar aumentando
indefinidamente o número de lados dos polígonos considerados. De facto, a definição rigorosa
de comprimento de um arco de circunferência pode basear-se nestes conceitos, partindo-se da
noção de «linha poligonal inscrita no arco»; se um arco de circunferência for determinado por
um ângulo ao centro de uma dada circunferência, qualquer conjunto finito de pontos desse
arco e as respetivas extremidades determinam uma tal poligonal, bastando ordenar os pontos,
partindo de uma das extremidades, através da amplitude dos ângulos ao centro com um dos
lados fixo, determinado por essa extremidade do arco, e os segundos lados determinados pelos
pontos que se fixaram no arco. Obtemos assim uma sequência de pontos ( ),
onde e são as extremidades do arco e é crescente a sequência das amplitudes dos
ângulos (sendo o centro da circunferência); a referida linha poligonal é a sequência
dos segmentos de reta , com . Fixada uma unidade de comprimento, a soma
das medidas dos comprimentos destes segmentos (medida do «comprimento da linha
poligonal») pode ser tomada como aproximação da medida do comprimento do arco de
circunferência; mais precisamente, essa medida pode ser definida rigorosamente como o
supremo (menor dos majorantes) das medidas das poligonais inscritas no arco. Da
desigualdade triangular resulta facilmente que, se se acrescentarem pontos em número finito a
um dado conjunto finito de pontos do arco, a poligonal inscrita que corresponde ao maior
número de pontos tem medida de comprimento superior à medida de comprimento da
poligonal inicial, pelo que se obtêm progressivamente melhores aproximações do supremo
“refinando” os conjuntos de pontos fixados no arco.
O reconhecimento desta propriedade pode ser feito de modo mais ou menos intuitivo
apresentando a construção acima esboçada do comprimento de arco com apelo apenas à
intuição geométrica, ou procurando um maior suporte em propriedades já conhecidas,
nomeadamente a semelhança de triângulos, que permite comparar os comprimentos de
poligonais inscritas correspondentes a arcos com a mesma amplitude.
6.2
1. Considere uma circunferência de raio e um arco de medida de comprimento igual a .
1.1. Indique a medida de amplitude do arco , em radianos.
1.2. Justifique que a amplitude do ângulo giro é igual a
radianos.
1.3. Se e um arco é tal que o seu comprimento é
igual a cm, qual a amplitude do arco ?
1.4. Sabe-se que ̂ e que pertence à
circunferência.
1.4.1. Exprima em radianos a amplitude do ângulo .
1.4.2. Determine a área do setor circular definido pelo ângulo .
2. Nas seguintes figuras estão representados quadriláteros e assinalados alguns dos seus
ângulos internos. Exprima a amplitude, em radianos, de todos os ângulos assinalados.
2.1. Trapézio retângulo 2.2. Paralelogramo 2.3. Losango
8.1
1. Considere as funções trigonométricas e definidas por:
.
9.2 1. Tendo em conta as condições da figura, em que
pertence ao lado e, numa dada unidade, ̅̅̅̅ ,
̅̅̅̅ , ̂ e ̂ resolva o
triângulo .
1.9. ( ) √
1.10. ( ) ;
1.11. √ ( )
1.12. ( )
2.3. ( ) √ ;
2.4. √ ( ) √ ;
2.5. ( ) ( ) ;
2.6. √ ( ) √ ;
2.7. ( )( ) ;
2.8. * ( ) ( );
2.9. ( ) ;
2.14. ( ) √ ;
2.15. ( ) ;
2.16. √ ( ) ;
2.17. ( ) ;
2.18. ( ) ;
2.19. ( ) √ ( ) ;
2.20. * ;
2.21. * .
3. Determine o valor de , com aproximação à centésima de radiano, que verifica cada uma
das seguintes condições:
3.1. [ ];
3.2. ( ) [ ];
3.3. [ ].
9.4
1. Prove que as funções definidas por ( ) e ( ) coincidem no domínio
.
Por uma construção análoga, esta igualdade estende-se facilmente aos casos em que e,
para qualquer , também aos casos em que é reto ou obtuso.
2.9 Comentário
Tendo-se já verificado as propriedades do produto interno enunciadas em 2.8, 2.9 e 2.10, esta
propriedade (tal como a enunciada no descritor 2.13) é de demonstração imediata. Tomando
os vetores da base ( ) e ( ) e vetores ⃗ ( )e ( ) , e começando por
verificar, por aplicação direta da definição de produto interno, que e
, então, aplicando as referidas propriedades algébricas do produto interno e a
definição de coordenadas de um vetor:
⃗ ( )( )
.
+
3.4 1. Fixado um referencial ortonormado no espaço, considere um ponto ( ) e um vetor
3.5 não nulo ⃗ ( ).
3.6 1.1. Justifique que existe um único plano
perpendicular a ⃗ e que passe no ponto .
1.2. Sendo ( ) um ponto genérico do espaço,
justifique que ⃗⃗⃗⃗⃗ é perpendicular a ⃗ quando e
apenas quando .
1.3. Justifique que
( ) ( ) ( ) .
Comentário
As justificações pedidas nas alíneas 1.1 e 1.2 são consequências imediatas do descritor GM9-
6.7 das Metas Curriculares do Ensino Básico. Uma demonstração rigorosa destes factos pode
ser encontrada no respetivo Caderno de Apoio, nomeadamente no Texto Complementar de
Geometria, 9.º ano, 6.7.
As justificações pedidas nos descritores 3.5 e 3.6 resultam simplesmente do resultado expresso
no descritor 3.4. Com efeito, por um lado, dado um plano qualquer , um ponto ( )
de e um ponto distinto de da reta normal a passando por , se ( ) for o
sistema de coordenadas do vetor ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ , por 3.4, uma equação cartesiana de será:
( ) ( ) ( )
( )
( )
Ao solicitar-se que o aluno justifique os resultados enunciados nos descritores 3.5 e 3.6
pretende-se apenas que o faça baseado já no conhecimento do resultado expresso no descritor
3.4. O reconhecimento deste último envolve revisões da Geometria Euclidiana no espaço
estudada no Ensino Básico, mas uma vez estabelecido como resultado de Geometria Analítica,
pode depois, evidentemente, ser utilizado para justificar consequências simples como as
expressas em 3.5 e 3.6.
4.4
1. Fixado um referencial ortonormado no espaço, considere os pontos
( ) ( ).
1.1. Escreva equações paramétricas da reta .
1.2. Escreva uma equação vetorial da reta paralela ao eixo e que passa por .
5.2 1. Considere a soma dos primeiros termos da progressão aritmética de primeiro termo
e de razão , ou seja, .
1.1. Forme pares com os termos desta soma, de tal modo que a soma dos elementos
de cada par seja igual a . Quantos pares deste tipo se podem formar?
Deduza o valor de .
1.2. Utilize o método sugerido na alínea anterior para determinar a soma dos cem
primeiros números naturais.
6.2 1. Suponha que uma dada sucessão ( ) é convergente e admite dois limites distintos, e .
1.1 Calcule, em função de e de , um
valor para tal que as
vizinhanças e
sejam disjuntas.
1.2 Tendo em conta que , justifique que existe, no máximo, um número
finito de índices tais que .
1.3 Tire uma conclusão análoga à da alínea anterior para a vizinhança e conclua
que uma sucessão não pode admitir mais do que um limite.
6.8 1. **Considere sucessões ( ) e ( ) tais que a primeira é limitada e a segunda tem limite
nulo.
1.1 Justifique a existência de tal que para todo o número natural , | | .
1.2 Deduza da alínea anterior que ,| | | |.
1.3 Justifique, dado , a existência de uma ordem tal que, para todo o
número natural ,| | e conclua quanto à convergência da sucessão de
termo geral .
6.11 Comentário
6.12
6.13 Estes descritores dizem respeito a um conjunto de resultados relativos a operações com limites
6.14 que os alunos devem conhecer e saber aplicar convenientemente. Nas Metas Curriculares
6.15 foram selecionadas algumas demonstrações que os alunos devem também saber efetuar
6.16 (relativas às propriedades enunciadas nos descritores 7.11 e 7.16) e que resumem algumas das
6.17
técnicas base que permitem demonstrar todas as outras. O estudo exaustivo destas restantes
6.19
demonstrações, embora nem sempre seja mais complexo, fica ao critério do professor.
6.20
6.21
6.23 1. Considere sucessões ( )e( ) tais que e .
6.24 1.1. Seja . Justifique a existência de (respetivamente de ) tal que
6.25 | | (respetivamente tal que | | ).
1.2. Mostre que a partir de uma certa ordem, que deverá explicitar, se tem
< .
1.3. Conclua que ( ) .
3.2 Fixado , justifique a existência de tal que para todo o número natural
,
3.3 Mostre que ( ) .
6.22
1. Considere as sucessões ( ) , ( ), ( ) e ( ) de termos gerais, respetivamente,
, , e .
Justifique que e que:
1.1. e ( ) .
1.2. e ( ) .
1.3. e ( ) .
6.26
1. Considere as sucessões ( ) , ( ), ( ) e ( ) de termos gerais, respetivamente,
, , e .
1.1. Justifique que e que:
1.1.1 e .
1.1.2 e .
1.1.3 e .
1.2. Considere as sucessões de termo geral , e .
1.2.1 Mostre que .
1.2.2 Calcule e .
6.29 Comentário
6.30
A desigualdade ( ) , para e , pode ser demonstrada rigorosamente
por indução (como é pedido no texto de apoio ao descritor 3.3, exemplo 3.1).
De forma um pouco mais informal, os alunos poderão observar que ao desenvolver o produto
( ) ( ) ( ) ( )
Com este resultado é possível verificar as propriedades enunciadas nos descritores 6.29 e 6.30 :
7.1. 1. Considere a sucessão de termo geral por . Mostre que ( ) é uma sucessão
crescente.
5. Uma sucessão ( ) de termos positivos é tal que para todo o número natural ,
Justifique que a sucessão é limitada.
6. Considere a sucessão de termo geral . Mostre que existe um número real positivo
, tal que | | .
7.2
1. Determine uma expressão algébrica para o termo geral de uma progressão aritmética de
razão e cujo primeiro termo é .
4. *Prove que a soma de duas progressões aritméticas é ainda uma progressão aritmética de
razão igual à soma das razões das progressões iniciais.
11. As três medidas dos lados de um triângulo retângulo estão em progressão aritmética e o
perímetro do triângulo mede . Determine a medida dos lados do triângulo.
12. **As medidas de amplitude dos ângulos internos de um pentágono convexo estão em
progressão aritmética. Determine a medida de amplitude do ângulo mediano.
13. Determine uma expressão algébrica para o termo geral de uma progressão geométrica de
razão e cujo primeiro termo é .
16. **Sabe-se que ( ) é uma progressão aritmética de razão . Justifique que a sucessão
efinida por é uma progressão geométrica e indique a razão.
17. *Prove que o produto de duas progressões geométricas é ainda uma progressão geométrica
de razão igual ao produto das respetivas razões.
19. *Três termos consecutivos de uma progressão geométrica são dados, para um determinado
valor real de , respetivamente, por . Determine o termo geral dessa
sucessão.
21. Determine uma expressão da soma dos primeiros termos da sucessão definida por
.
22. . Em a população de uma certa cidade era de um milhão e duzentos mil habitantes e
desde aí tem crescido à taxa anual de . Se se mantiver esta taxa de crescimento qual
será a população em ?
7.3
1. Calcule o limite das sucessões cujo termo geral se indica, identificando as indeterminações
encontradas.
1.1. 1.2. 1.3.
√
1.1. 1.5. √ 1.6.
1.7. 1.8. *
√
1.9. √ √
√
7.4
1. Considere a sucessão definida por {
1.1. Justifique que se trata de uma progressão geométrica e indique a respetiva razão.
1.2. Para , determine uma expressão algébrica para a soma dos primeiros
termos desta successão.
1.3. Determine e interprete o valor obtido.
5. **Considere a sucessão de primeiro termo tal que, para todo o número natural ,
.
5.1. Mostre que existe um valor de para o qual a sucessão é constante.
5.2. Considere que . Determine tal que a sucessão de termo geral
seja geométrica.
5.3. Calcule uma expressão algébrica para o termo geral das sucessões ( ) e
( ) .
5.4. Calcule, para , ∑ , ∑ e os respetivos limites quando
tende para .
A opção privilegiada desde há bastante tempo no ensino secundário em Portugal tem sido a
que consiste em considerar, de entre as sequências no domínio da função, apenas aquelas que
nunca tomam o valor . Ou seja, tem-se optado pelo que vulgarmente se designa por “limite
por valores diferentes de ”. No presente programa optou-se pela versão alternativa que
consiste em admitir, com o mesmo objetivo, sucessões podendo tomar o valor ; considera-se,
com efeito, que esta opção apresenta diversas vantagens. Em primeiro lugar por ser mais
simples de formular e permitir também uma formulação mais simples da noção de
continuidade e em segundo porque a própria noção de “limite por valores diferentes” (como
outras afins como a de “limite à esquerda” e “à direita”) passa a poder ser encarada como
limite da restrição da função inicial a determinado conjunto. É de notar também que esta é a
abordagem seguida em grande número de cursos e manuais universitários e que a definição
até agora mais usual no ensino secundário obriga a cuidados suplementares para que se evitem
erros no enunciado de determinadas propriedades, os quais por vezes se podem detetar,
mesmo em boas obras de referência.
2.9 Comentário
A justificação da continuidade das funções trigonométricas, embora não seja requerida, poderá
ser abordada invocando propriedades geométricas, como é sugerido no Caderno de Apoio ao
12.º ano, a propósito da diferenciabilidade destas mesmas funções ( TRI12-2).
2.10 Comentário
4.1 1. Determine os zeros e estude o sinal de cada uma das funções cuja expressão analítica se
indica:
1.1. ( ) 1.2. ( )
1.3. ( ) 1.4. ( )
1.5. ( ) 1.6. ( )
2. Três torneiras podem ser utilizadas para encher determinado recipiente. Com uma delas
consegue-se encher o recipiente em horas, com uma segunda em horas e com a terceira
em horas.
2.1. *Se a três torneiras funcionarem simultaneamente, prove que a expressão do
número de horas necessárias para que o recipiente fique cheio é dado por
( ) .
2.2. Determine de modo que o tempo necessário ao enchimento do recipiente seja
de e .
1.2. ( )
1.3. ( )
1.4.
1.5.
1.6.
1.7.
| |
1.8. *
1.9. ( ( ))
1.10. (√ √ )
√ √
1.11. ( )
1.12.
√
1.13. *
√
1.14. *
√ √
2.2.
2.3. ( )
2.4.
2.5.
2.6.
2.7.
√
2.8.
2.10.
√
2.11. *
√ √
√
2.12.
√
| |
2.13.
√
2.14.
√
4.3
1. Determine o valor de de modo que a função real de variável real definida por
( ) { seja contínua em .
( ) { é contínua em
é contínua em .
Comentário
O método de cálculo de limites por vezes designado por «mudança de variável» é na verdade
uma aplicação direta do resultado enunciado no descritor 1.11. Este resultado tem como caso
particular a continuidade da composta de funções contínuas, como foi observado a propósito
do descritor 2.10.
4.4
1. Determine, caso existam, as assíntotas ao gráfico das funções definidas por cada uma das
expressões seguintes:
| |
1.1. ( ) 1.2. ( ) 1.3. ( ) 1.4. ( )
racional do tipo ( ) .
4.5 1. Determine, caso existam, as assíntotas ao gráfico das funções definidas por cada uma das
expressões seguintes:
1.1. ( ) ( )
( ) 1.3. ( ) 1.4. ( )
√
1.5. * ( ) 1.6. ( ) √ 1.7. * ( ) | |
2. *Acerca de uma função real de variável real, sabe-se que é contínua no seu domínio e que
;
( ) e ( ) ( )
( ) ;
( ( ) ) .
7.10 Comentário
( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( )
( )
7.11 Comentário
( )( )
√ √
.
7.13 1. Determine a expressão da função derivada de cada uma das funções definidas pelas
seguintes expressões:
1.1. ( )
1.2. ( ) ( ) ( )
1.3. ( ) ( )( )
1.4. ( ) ( )
1.5. ( )
1.6. ( )
1.7. ( ) √
1.8. ( ) √
√
1.9. ( )
√
1.10 * ( )
√√
9.2
1. Um ponto move-se numa reta de tal forma que, em cada instante (em segundos), a
distância (em cm) à origem é dada pela expressão ( ) .
1.1. No instante inicial, qual a distância do ponto à origem?
1.2. Determine a velocidade média do ponto nos três primeiros segundos.
1.3. Determine a velocidade no instante e indique a distância à origem nesse
instante.
1.4. Determine a expressão da velocidade em cada instante e indique em que
instante a velocidade é nula.
9.3 1. Determine os intervalos de monotonia de cada uma das seguintes funções e identifique os
extremos relativos e absolutos, caso existam.
1.1. ( ) em
1.2. ( ) em
1.3. ( ) em
1.4. ( ) em
1.5. ( ) √ em
1.6. ( ) em
2. Na tabela junta estão registados dados relativos à idade (em meses) e à altura (em
centímetros) de 12 crianças de uma comunidade.
Idade 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
altura 74,9 76,2 77,0 78,4 78,1 79,3 79,9 81,7 80,9 81,3 82,1 86,5
4. O Sr. Silva aquece a sua casa com gás natural. A quantidade de gás utilizada depende da
temperatura exterior e o Sr. Silva pretende fazer um estudo dos gastos durante os 9 meses
em que se observam menores temperaturas, para poder estabelecer uma previsão para os
gastos em função da temperatura exterior. Na tabela junta estão registadas as
temperaturas médias observadas em cada um dos meses (em graus Celsius) e o respetivo
volume de gás despendido pelo Sr. Silva (em metros cúbicos).
mês out nov dez jan fev mar abr mai jun
temperatura 16,1 12,4 10,3 8,9 10,1 12,8 13,2 15,9 16,4
Volume de gás 0,01 0.10 0,24 0,26 0,19 0,09 0,05 0,03 0,01
4.1. Qual deve ser a variável explicativa e a variável resposta?
4.2. Utilize uma folha de cálculo ou uma calculadora gráfica para responder às
seguintes questões:
4.2.1.Represente os dados num referencial ortogonal e diga se é razoável a
existência de uma relação linear entre estas duas variáveis.
4.2.2. Determine a média dos valores de cada uma das amostras representadas.
Apresente os resultados com arredondamento às décimas.
4.2.3. Determine o declive da reta dos mínimos quadrados que se ajusta a esta
nuvem de pontos. Apresente o resultado com arredondamento às décimas.
4.2.4. Determine a equação reduzida da reta dos mínimos quadrados.
4.2.5. Utilizando a equação obtida em 4.2.4. determine qual o consumo esperado
para um mês em que a temperatura média seja de 7 C.
5. Nos gráficos estão representadas três nuvens de pontos. Faça corresponder a cada gráfico
um dos coeficientes de correlação indicados , e e
justifique.