M ANU AL DE P ROCEDIMENTOS

SISTEMA DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

SUBSISTEMA NORMAS E ESTUDOS DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE

DISTRIBUIÇÃO
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CÓDIGO TÍTULO FOLHA

I-313.0006 MEDIÇÃO DA RESISTÊNCIA DO ATERRAMENTO

1. FINALIDADE

Definir os procedimentos para efetuar medições da resistência do aterramento.

2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Aplicam-se aos Departamentos da Diretoria de Distribuição, Departamento de Contabilidade –

DPCO, Departamento Econômico Financeiro – DPEF, Núcleos e/ou Unidades, fabricantes,
fornecedores de materiais, empreendedores, empreiteiras, projetistas e demais órgãos usuários.

3. ASPECTOS LEGAIS

Devem ser consultadas como complemento a esta Instrução Normativa, as seguintes normas, leis e
resoluções:

a) E-313.0002 – Estruturas Para Redes Aéreas Convencionais de Distribuição;

b) E-313.0003 – Estruturas para Equipamentos Especiais;

c) E-313.0085 – Estruturas para Redes de Distribuição Aérea com Cabos Cobertos Fixados em
Espaçadores – Rede Compacta;

d) E-313.0078 – Rede de Distribuição Aérea Secundária Isolada até 1 kV;

e) I-313.0013 – Aterramento de Equipamentos, Redes e Linhas.

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4. CONCEITOS BÁSICOS

4.1. Aterramento

Ligação intencional de parte eletricamente condutiva à terra, através de um condutor elétrico.

4.2. Condutor de Aterramento

Condutor ou elemento metálico que, não estando em contato com o solo, faz a ligação elétrica
entre uma parte de uma instalação que deve ser aterrada e o eletrodo de aterramento.

4.3. Eletrodo de Aterramento

Elemento ou conjunto de elementos do sistema de aterramento que assegura o contato elétrico

com o solo e dispersa a corrente de defeito, de retorno ou de descarga atmosférica na terra.

4.4. Sistema de Aterramento

Conjunto de todos os eletrodos e condutores de aterramento, interligados ou não entre si, assim
como partes metálicas que atuam direta ou indiretamente com a função de aterramento, tais como:
torres e pórticos, armaduras de edificações, capas metálicas de cabos, tubulações e similares.

5. PROCEDIMENTOS GERAIS

5.1. Método Utilizado

5.1.1. Método de Queda de Potencial

5.1.1.1. Princípio

O método da queda de potencial é recomendado para medição de resistência de aterramento

através de equipamento específico (terrômetro).

O método da queda de potencial consiste basicamente em fazer circular uma corrente através
da malha de aterramento sob ensaio por intermédio de um eletrodo auxiliar de corrente e
medir a tensão entre a malha de aterramento e o terra de referência (terra remoto) por meio
de uma sonda ou eletrodo auxiliar de potencial, conforme indicado no esquema de ligação a
seguir.

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Pode haver variações de identificação nos bornes de cada aparelho dependendo do fabricante,
por isso é necessário, além de consultar esta Instrução Normativa, consultar o manual do
fabricante antes da operação do aparelho.

5.2. Esquema de Ligação

No esquema de ligação a seguir, conforme NBR 15749, é necessário que o eletrodo auxiliar de
corrente seja instalado a 3x a maior dimensão da malha de aterramento. A de potencial a 62%
desta distância. Conforme indicado na Figura 1.

Exemplo: haste de aterramento de 2,4 m de comprimento – Eletrodo de corrente será instalado a

7,2 m, e eletrodo de tensão será instalado a 4,45 m.

Figura 1 – Método de queda de potencial

Legenda:

I Corrente de Ensaio

S Borne para eletrodo auxiliar de tensão

H Borne para eletrodo auxiliar de corrente

E Borne para malha de aterramento

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5.3. Materiais Utilizados

Os materiais a serem utilizados são os seguintes:

a) medidor de resistência de aterramento (terrômetro);

b) 2 hastes de 500 mm com diâmetro de 13 mm, para o eletrodo de tensão e do corrente

auxiliar;

c) trena;

d) marreta de 2 kg;

e) cabos para as interligações, de comprimentos 18 m e 30 m;

f) luvas de couro e de borracha.

5.4. Procedimentos para Atuação no Campo

Os eletrodos de prova (eletrodo de tensão e de corrente auxiliar) deverão ser de hastes metálicas,
isentas de gorduras e óxidos, não sujeitas à corrosão.

Os cabos para interligação deverão ter os comprimentos indicados no esquema de ligação e bitola
de 1,5 mm2 ou 2,5 mm2, isolados para a tensão do terrômetro.

Os comprimentos indicados referem-se a espaçamentos reduzidos, hastes alinhadas, até um

máximo de 9 hastes, a fim de evitar problemas de falta de espaço para executar a correta medição.

Com os materiais indicados, deve-se fazer as ligações conforme o esquema apresentado. Para a
medição tornar-se mais confiável, recomenda-se que os eletrodos de prova sejam enterrados cerca
de 40 cm e estejam alinhados com o terra a ser medido.

Efetuar as ligações, ajustar o equipamento na faixa máxima de medição e, se o valor medido for
muito inferior a esta escala, diminua a escala até selecionar a faixa mais próxima de sua medição,
para obter a melhor precisão.

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O terrômetro deverá permanecer o mais próximo possível do terra a será medido. O solo no local
onde será cravado a haste correspondente ao eletrodo de corrente auxiliar deverá estar úmido e
livre de pedras e cascalhos. Caso o solo nesse local esteja muito seco, poderá ser adicionado água
ou solução de água e sal.

As conexões dos cabos ao terra a ser medido e aos eletrodos de prova deverão ser firmes e livres
de gordura e ferrugens.

Para maiores detalhes de utilização e cuidados com o equipamento, o manual do fabricante deverá
ser consultado.

Sempre que se efetuarem medidas da resistência do aterramento, deverá ser preenchido o

formulário apresentado no Anexo 7.1. e anexada uma cópia a nota PS ou projeto.

5.5. Segurança durante as Medições da Resistência do Aterramento

Durante as medições da resistência do aterramento, deverão ser desconectadas do terra a ser

medido as ligações de cabos para-raios, cabos de aterramento de transformadores e equipamentos
especiais e cabos de aterramento de neutro, de modo que o terra a ser medido esteja
completamente desconectado da rede. Para que os operadores não corram riscos durante o
desligamento desses cabos das outras partes da rede, deverão ser tomadas as seguintes medidas
de segurança:

a) evitar a realização de medições sob condições atmosféricas adversas, tendo em vista a

possibilidade de ocorrência de descargas atmosféricas;

b) não tocar nos eletrodos e na fiação durante a medida e evitar que pessoas estranhas e
animais se aproximem do local;

c) utilizar calçados e luvas com nível de isolamento compatível com os valores máximos de
tensão que possam ocorrer no sistema de medição.

6. DISPOSIÇÕES FINAIS

6.1. Bibliografias

As normas e especificações listadas aqui devem ser utilizadas em suas últimas versões ou suas
substitutas.

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a) NBR – 15749 – Medição de resistência de aterramento e de potenciais na superfície do solo

em sistemas de aterramento.

7. ANEXOS

7.1. Formulário para Registro de Medição da Resistência do Aterramento

7.2. Alterações desta Revisão

7.3. Histórico de Revisões

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7.1. Formulário para Registro de Medição da Resistência do Aterramento

NÚCLEO/UNIDADE: ...............................................
LOCALIDADE:.....................................................
NÚMERO OPERACIONAL: ....................................
DATA: …/…/….

CONDIÇÕES DO SOLO: () muito úmido

() úmido
() normal
() seco

ATERRAMENTO DE: () transformador

() equipamento especial: ................................
() neutro
() outro: ....................

TIPO DE HASTE: () haste cantoneira

() haste aço-cobre

VALOR DE RESISTÊNCIA MEDIDO: [ ] Ohm

[ ] Ohm
Configuração do sistema de aterramento

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7.2. Alterações desta Revisão

DETALHES DA ALTERAÇÃO – REVISÃO 1

Remodelado todos os textos, a sequência, e a numeração dos itens em relação à versão anterior sem entretanto implicar em
alterações estruturais no Documento Normativo
ITEM PÁG. DESCRIÇÃO

2 1 Âmbito de Aplicação – Atualizado texto.

3 1 Aspectos Legais – Atualizado texto.

4 2 Conceitos Básicos – Adicionado texto com conceitos básicos.

5 2a5 Procedimentos Gerais – Atualizado texto e diagrama.

6 5 Bibliografia.

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7.3. Histórico de Revisões

REVISÃO DATA HISTÓRICO DAS ALTERAÇÕES RESPONSÁVEL

2a Dezembro Conforme Anexo 7.2. (Alterações desta DPEP/DVEN
de 2021 Revisão) RO

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