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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

SISTEMA DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

SUBSISTEMA NORMAS E ESTUDOS DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO

CÓDIGO TÍTULO FOLHA

I-313.0013 ATERRAMENTO DE EQUIPAMENTOS, REDES E LINHAS 1/9

1. FINALIDADE

Fixar os valores, padronizar os materiais e definir os procedimentos a serem utilizados nos


aterramentos do sistema de distribuição.

2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Aplica-se aos Departamentos da diretoria de Distribuição, Agências Regionais e demais usuários.

3. ASPECTOS LEGAIS

Recomendações para Aterramento de Equipamentos, Redes e Linhas de Distribuição do Comitê


de Distribuição - CODI.

4. CONCEITOS BÁSICOS

Não há.

5. PROCEDIMENTOS GERAIS

5.1. Considerações Gerais

Para efeito de escolha dos procedimentos a serem adotados, considerar-se-á o sistema Celesc
como sendo um sistema trifásico a 3 fios com o neutro da baixa tensão descontínuo, ou seja, o
neutro da baixa tensão não interliga todos os transformadores do mesmo alimentador, ou se for
o caso, não interliga o neutro de outros alimentadores.

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Para a medição dos valores de resistência de terra, deverá ser adotada a metodologia
apresentada na Instrução Normativa I-313.0006 - Medição da Resistência do Aterramento.

Os projetos de aterramento, que definirão o número de hastes a serem utilizadas, deverão ser
efetuados de acordo com as recomendações das Instruções Normativas I-313.0001 -
Metodologia de cálculo para Aterramento de Sistemas de Distribuição e I-313.0007 - Medição
da Resistividade do Solo.

5.2. Aterramento de Redes e Linhas de Distribuição

O condutor neutro deverá ser aterrado a cada 300 m, de modo que nenhum ponto da rede ou
linha fique a mais de 200 m de um ponto de aterramento, com uma resistência de no máximo 25
Ohms.

Caso não seja viável a obtenção deste valor de resistência, poder-se-á projetar aterramentos com
valores superiores de resistência, desde que esse acréscimo seja compensado por alteração do
número de aterramentos, de modo a satisfazer as seguintes equações:

Rn </= 8,33 x q e Rn </= 100 Ohm

Onde:

Rn = valor individual da resistência de aterramento

q = número de aterramentos por Km

O neutro deverá ser também aterrado em todo fim de rede secundária.

Os detalhes necessários para o aterramento do neutro podem ser observados nos desenhos dos
Anexos 7.1., 7.2. e 7.3.

5.3. Aterramento de Estais

Os estais de Âncora e contra poste deverão ser efetivamente aterrados (resistência máxima de
25 Ohms) e conectados ao neutro da rede sempre que este estiver disponível.

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5.4. Aterramento de Transformadores

Os transformadores deverão ter o terminal de terra conectado ao neutro da rede e ao cabo terra
do pára-raios, cuja resistência de aterramento não poderá ultrapassar 25 Ohms. No caso de
sistemas monofásicos com retorno pela terra, o valor máximo da resistência de terra deverá ser
de 10 Ohms.

Os detalhes necessários para o aterramento de transformadores poderão ser observados nos


desenhos dos Anexos 7.4. e 7.5.

5.5. Aterramento de Equipamentos Especiais

O objetivo do aterramento de equipamentos á assegurar a operação rápida e efetiva dos


dispositivos de proteção na ocorrência de defeitos devido a ruptura no isolamento e limitar a
valores não perigosos, as tensões de toque e passo durante a passagem da corrente para a terra.

Para tal objetivo, deverão ser adotados os procedimentos estabelecidos nos incisos a seguir:

5.5.1. Aterrar as carcaças de todos os equipamentos que compõe a instalação.

5.5.2. Os aterramentos deverão ser projetados para serem auto suficientes, com resistência máxima
de 5 Ohms para bancos ligados em estrela aterrado e 10 Ohms para os demais tipos de
instalações.

5.5.3. Quando o neutro estiver disponível no ponto de instalação, este deverá ser interligado ao
circuito de aterramento, a fim de melhorar o grau de efetividade do aterramento.

5.5.4. O circuito de aterramento deverá ser interligado à malha de terra através de um único condutor
de aterramento, seção 25 mm? de cobre.

A malha de terra deverá ser composta por hastes de aterramento cobreadas, interligadas
através de cabos cobre ou de aço cobreado. Á feita exceção ao circuito de aterramento de
banco de capacitores, cujo condutor deve ser de 70 mm2.

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5.5.5. Sempre que possível, o condutor de aterramento deverá ser instalado internamente ao poste.

5.5.6. Maiores detalhes construtivos do aterramento de equipamentos podem ser observados na


Especificação E-313.0002 - Estruturas para Linhas Aéreas de Distribuição.

6. DISPOSIÇÕES FINAIS

Para efeito de utilização desta Instrução, são considerados os casos normais de aterramento. Os
casos especiais, tais como solos de alta resistividade ou sistemas com características de neutro
contínuo deverão ser analisados isoladamente.

7. ANEXOS

7.1. Aterramento de Neutro - Estrutura com Poste de Concreto Circular

7.2. Aterramento de Neutro - Estrutura com Poste de Concreto Duplo T

7.3. Aterramento de Neutro - Estrutura com Poste de Madeira

7.4. Aterramento de Transformador - Estrutura com Poste de Concreto Circular

7.5. Aterramento de Transformador - Estrutura com Poste de Concreto Duplo T

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7.1. Aterramento de Neutro - Estrutura com Poste de Concreto Circular

Notas:

A resistência de aterramento do neutro não deverá ser superior a 25 Ohms em qualquer época
do ano.

A utilização da haste de terra depende do tipo de solo em que as mesmas serão cravadas.
Recomenda-se que sejam utilizadas hastes de aço-cobre e a conexão feita por solda exotérmica.

Caso seja necessário a utilização de mais de uma haste, a interligação delas deverá ser feita com
cabo de aço-cobre ou de cobre, sendo o condutor terra fixado em uma das hastes centrais.

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7.2. Aterramento de Neutro - Estrutura com Poste de Concreto Duplo T

Notas:

A resistência de aterramento do neutro não deverá superar 25 Ohms em qualquer época do ano.

A utilização da haste de terra depende do tipo de solo em que as mesmas serão cravadas.
Recomenda-se que sejam utilizadas hastes de aço-cobre e a conexão feita por solda exotérmica.

Caso seja necessário a utilização de mais de uma haste, a interligação delas deverá ser feita com
cabo de aço-cobre ou de cobre, sendo o condutor terra fixado em uma das hastes centrais.

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7.3. Aterramento de Neutro - Estrutura com Poste de Madeira

Notas:

A resistência de aterramento do neutro não deverá superar 25 Ohms em qualquer época do


ano.

A utilização da haste de terra depende do tipo de solo em que as mesmas serão cravadas.
Recomenda-se que sejam utilizadas hastes de aço-cobre e a conexão feita por solda
exotérmica.

Caso seja necessário a utilização de mais de uma haste, a interligação delas deverá ser feita
com cabo de aço-cobre ou de cobre, sendo o condutor terra fixado em uma das hastes centrais.

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7.4. Aterramento de Transformador - Estrutura com Poste de Concreto Circular

Notas:

O objetivo deste desenho á a apresentação do aterramento. Por este motivo não estão
representadas as chaves fusíveis nem as ligações de BT e AT do trafo à rede.

Os detalhes de montagem do transformador trifásico são ilustrativos. Os aterramentos deverão


ser equivalentes a este, qualquer que seja o tipo de montagem do transformador.

Os detalhes do aterramento propriamente dito, junto à base do poste, são os mesmos para o
aterramento do neutro, mostrado no Anexo 7.1., cuja resistência de terra não deverá superar 25
Ohms em qualquer época do ano.

A utilização do cabo extra-flexível ligado ao terminal do pára-raios, á de grande importância


para o seu perfeito desempenho.

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7.5. Aterramento de Transformador - Estrutura com Poste de Concreto Duplo T

Notas:

Os detalhes de montagem do transformador monofásico são apenas ilustrativos.

Os aterramentos deverão ser equivalentes a este, qualquer que seja o tipo de montagem do
transformador.

Os detalhes do aterramento propriamente dito, junto à base do poste, são os mesmos para o
aterramento do neutro, mostrado no Anexo 7.2., sendo que a resistência de terra não deverá
superar 10 Ohms em qualquer época do ano.

A utilização do cabo extra-flexível, ligado ao terminal do pára-raios, á de grande importância


para o seu perfeito desempenho.

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