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Daí a pouco chegou à casa de Vilela. Apeou-se, empurrou a porta de ferro do jardim e entrou. A
casa estava silenciosa. Subiu os seis degraus de pedra, e mal teve tempo de bater, a porta abriu-
se, e apareceu-lhe Vilela.
Vilela não lhe respondeu; tinha uma expressão indecifrável; fez-lhe sinal, e foram para uma
saleta interior. Entrando, Camilo vê Rita sentada no sofá com uma feição preocupada.
Camilo apenas seguiu as ordens e sentou do lado de Rita, começando a suar frio preocupado
com o que ocorreria.
-Fui eu quem enviou as cartas para vocês na esperança que parariam de mentir na minha cara,
mas pelo visto não adiantou de nada tendo em vista o jeito que se olham! Exclamou Vilela
aparentemente bem nervoso e alterado.
-Quando você descobriu? Perguntou Rita com uma voz baixa dominada pelo medo.
-Isso não importa! Vocês tiveram a chance de se separar, de concertar as coisas e jogaram essa
oportunidade no lixo! Vilela falou pegando algo de dentro de uma gaveta. Quando Rita e Camilo
viram que era uma arma logo ficaram desesperados;
-Irmão por favor, não cometa nenhuma loucura! O amor entre mim e Rita apenas foi florescendo
com o tempo, eu juro que tentamos ignorar esse sentimento por sabermos que era errado mas
falhamos por que nós amamos de verdade! Diz Camilo já ajoelhado.
-Cale-se não quero mais ouvir suas palavras, elas não valem mais nada para mim por que você
me traiu! Vilela puxa a trava da arma e aponta para Camilo.
-Esse filho não é meu, não é? Ele diz com um tom triste.
Vilela então se afasta dos dois, anda até o meio da sala e diz:
-Essa é a única maneira de vocês serem felizes! Ele em seguida leva a arma até sua cabeça e
aperta o gatilho.