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PROJETO A CARTOMANTE EM 5 MINUTOS

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(Rita de braços dados com Vilela encontram Camilo)

(Rita): - Ah! Camilo é o senhor? Vilela sempre fala de você.

Em janeiro de 1869, Vilela voltou para o Rio de Janeiro, capital do Brasil.

(Camilo): - Nossa! Somos amigos há tanto tempo!

Camilo e Vilela eram grandes amigos. Como Vilela havia se mudado para longe, não se
viam há muito tempo. Agora, Vilela de volta os dois amigos se reencontraram e Camilo
finalmente pode conhecer a esposa que Vilela tanto falava nas cartas:

(Camilo): - Nossa! A Rita é muito bonita.

O tempo passou. Todos os dias, Camilo visitava Rita e seu grande amigo. Uniram-se os
três. E essa amizade foi o que ajudou Camilo nos momentos mais difíceis. Quando sua mãe
morreu, Vilela cuidou do enterro e Rita cuidou do coração. Camilo começou a adorar passar
horas ao lado dela, gostava até mais quando Vilela não estava. Rita era como uma irmã,
leal, confidente, mas principalmente, era mulher e bonita.
Eles liam os mesmos livros, iam a teatros e passeios, jogavam as damas no fim do
dia. Camilo sempre deixava ela vencer. Faziam tudo juntos. E, quando fez aniversário,
recebeu de Vilela um presente caríssimo. De Rita, apenas um cartão com uma curta
mensagem à mão. Para Camilo, aquele cartão era como o melhor livro de Machado de
Assis. Descobriu que estava apaixonado. Era errado, mas Rita sentia o mesmo. Em meio a
vergonhas e remorsos, O desejo falou mais alto.
Tinham cautela pra se ver. Vilela não poderia descobrir nada. Mas um dia, Camilo
recebeu uma carta anônima. A carta dizia que todos sabiam do caso. Entrou em pânico.
Naquela época, era comum denúncias assim. Tinha medo que Vilela descobrisse. Para não
levantar suspeitas, aos poucos, parou de ir na casa que frequentava todos os dias. Vilela
estranhou e Rita, sem saber o motivo, ficou com medo de nunca mais vê-lo. Tanto medo,
que procurou uma cartomante. No dia seguinte, encontrou-se com Camilo:

(Camilo rindo)
(Rita): Não ria de mim! Tive medo que tivesse me esquecido.
(Camilo): E foi logo consultar uma cartomante? Que ideia boba!
(Rita): Saiba que ela acertou tudo e disse que você ainda me amava!
(Camilo riu novamente)

Rita saiu enfurecida, mas Camilo pegou suas mãos. Ele não acreditava em
cartomantes, mas ela realmente acertou: Camilo nunca deixou de amá-la. Camilo explicou a
história e Rita disse que ia tentar descobrir se Vilela tinha recebido alguma carta do tipo.
Se despediram felizes. No dia seguinte, uma mensagem de Vilela:
“Vem já já a nossa casa. É urgente.”
Camilo entrou em pânico. Será que Vilela descobriu? Se descobriu, o chamava para
matá-lo! Ele queria fugir. Não. Pensou em ir armado. Não. Poderia ser coisa da sua
imaginação. Vilela nunca o mataria. Eram amigos. A mensagem dizia que era urgente,
talvez fosse algo grave. Correu para ver Vilela.
No caminho, um acidente. A rua toda parou devido a uma carroça que bateu. Camilo
pegou um atalho e se viu diante de uma casa: a da cartomante. A mesma que Rita
consultou no dia anterior. Ele não acreditava em nada, mas Vilela disse que era urgente. O
que poderia ser? Se a Cartomante acertou antes… O que teria a perder?
Bateu a porta. Uma, duas, três vezes. Apareceu uma mulher: era a cartomante. Ela
convidou-o a entrar. A sala era escura e sombria. Ele se sentou numa mesa de frente pra
janela. Ela sentou de costas para a luz, revelando um ar místico. Pegou um baralho de
cartas e começou a embaralhar. Camilo quis dizer o acontecido, mas ela disse que não
precisava. Botou três cartas sobre a mesa, virou uma e disse:

(Cartomante - sotaque italiano): As cartas me dizem… O senhor tem medo que lhe
aconteça algo!
(Camilo): Sim! A mim e a ela!

Camilo estava boquiaberto. A cartomante virou a segunda carta:

(Cartomante - sotaque italiano): Nada tema. Nada acontecerá nem com você nem com ela.

Virou a terceira carta.

(Cartomante - sotaque italiano): O outro não sabe nem desconfia de nada. Mas é preciso
que continuem a ter cautela.

Camilo ficou deslumbrado e aliviado. Rita estava certa! A cartomante acertou tudo
novamente!

(Camilo): A senhora me trouxe de volta a paz de espírito!

E apertou a mão da Cartomante.

(Camilo): E o pagamento?

(Cartomante - sotaque italiano): Pergunte ao seu coração.

Camilo puxou uma nota de Dez mil Réis e entregou à mulher. Os olhos dela
brilharam, o preço normal era dois mil réis.

(Cartomante - sotaque italiano): Eu sabia que você gostava muito dela! E saiba que ela
gosta muito do senhor! As cartas não mentem! Vá encontrar sua amada. Vá. Vá Ragazzo
Inamorato!

Camilo se despediu e seguiu aliviado. Vilela não teria como descobrir nada! Eles
tinham cautela. A Cartomante sem saber de nada acertou tudo. Ele começou a rever suas
crenças mas lembrou:
“Vem já já a nossa casa. É urgente.”
E correu. Chegou na casa de Vilela e bateu a porta. Vilela apareceu.
(Camilo): Desculpa pelo atraso. O que era urgente?

Vilela não disse nada e o levou aos fundos da casa. Abriu a porta de um quarto,
Camilo entrou. Tentou segurar um grito mas era tarde: Rita estava morta, ensanguentada.
Vilela pegou-o pela gola. E, com dois tiros de revolver, estirou-o morto no chão.
PROJETO A CARTOMANTE EM 5 MINUTOS (MODIFICADO)

(Coro): Janeiro de 1869

(Rita de braços dados com Vilela encontram Camilo)

(Rita): - Ah! Camilo é o senhor? Meu marido sempre falava do senhor.

(Coro): Vilela havia retornado para a capital federal, Rio de Janeiro.

(Moço): Camilo e Vilela eram amigos de infância.

(Deivid): Como Vilela havia se mudado para longe, não se viam há muito tempo.

(Leticia): Agora, com Vilela de volta os dois amigos se reencontraram

(Isa): e Camilo finalmente pode conhecer a esposa que o amigo tanto falava nas cartas:

(Camilo): - Nossa! A Rita é realmente muito bonita.

(Giovana): O tempo passou. Todos os dias, Camilo visitava Rita e seu grande amigo.

(Coro): Uniram-se os três.

(Isa): E quando sua mãe morreu em maio, essa amizade foi o que ajudou Camilo nos
momentos mais difíceis.

(Deivid): Vilela cuidou do enterro

(Aisha): e Rita cuidou especialmente do coração.

(Leticia): Camilo passava tantas horas ao lado dela, que começou a gostar até mais quando
Vilela não estava.

(Felipe): Rita era como uma irmã, leal, confidente, mas principalmente, era mulher e bonita.

(Aisha): Eles liam os mesmos livros,


(Moço): iam a teatros e passeios,
(Aisha) jogavam as damas no fim do dia.

(Camilo) E eu, para ser agradável, deixava ela ganhar.

(Giovana) Quando Camilo fez aniversário, recebeu de Vilela uma rica bengala.

(Isa): De Rita, apenas um cartão com uma curta mensagem à mão.


(Leticia): Camilo não conseguia arrancar os olhos da carta. Palavras vulgares. Descobriu
que estava apaixonado.

(Moço): Camilo quis sinceramente fugir

(Coro): Mas já não pode

(Aisha): Rita, como uma serpente, foi se aproximando dele, envolveu-o todo e pingou o
veneno na boca.

(Moço): Apesar da cautela para Vilela não desconfiar de nada.

(Leticia): Ambos ignoraram os demais problemas e se entregaram a essa paixão.

(Deivid): A confiança e estima de Vilela continuavam a ser as mesmas.

(Coro): Novembro de 1869.

(Isa): Camilo recebeu uma carta anônima.

(Giovana): A carta dizia que todos sabiam do caso.

(Coro): Entrou em pânico.

(Moço): Tinha medo que Vilela descobrisse.

(Isa): Para não levantar suspeitas, aos poucos, parou de ir na casa que frequentava todos
os dias.

(Felipe): Vilela estranhou

(Leticia): e Rita, sem saber o motivo, ficou com medo de nunca mais vê-lo. Tanto medo, que
procurou uma cartomante.

(Coro): No dia seguinte, encontrou-se com Camilo:

(Camilo rindo)
(Rita): Não ria de mim! Tive medo que tivesse me esquecido.

(Camilo): E foi logo consultar uma cartomante? Que ideia boba!

(Rita): Saiba que ela acertou tudo e disse que você ainda me amava!

(Camilo riu novamente)

(Leticia, Isa, Aisha e Giovana): Rita enfurecida

(Felipe, Moço e Deivid): Camilo pegou em suas mãos.


(Felipe): Ele não acreditava em cartomantes, mas ela realmente acertou: Camilo nunca
deixou de amá-la.

(Isa): Camilo explicou tudo e Rita disse que ia tentar descobrir se Vilela tinha recebido
alguma carta do tipo. Se despediram felizes.

(Giovana): No dia seguinte, uma mensagem de Vilela:

(Deivid): “Vem já a nossa casa. É urgente.”

(Coro): Camilo entrou em pânico.

(Moço): Será que Vilela descobriu? Se descobriu, o chamava para matá-lo! Ele queria fugir.
Não. Pensou em ir armado. Não. Poderia ser coisa da sua imaginação. Vilela nunca o
mataria. Eram amigos. A mensagem dizia que era urgente, talvez fosse algo grave.

(Coro): Correu para ver Vilela.

(Felipe): No caminho, um acidente.

(Leticia): A rua toda parou devido a uma carroça que bateu.

(Aisha): Camilo pegou um atalho e se viu diante de uma casa: a da cartomante. A mesma
que Rita consultou no dia anterior.

(Giovana): Ele não acreditava em nada, mas Vilela disse que era urgente. O que poderia
ser? Se a Cartomante acertou antes… O que teria a perder?

(Coro): Bateu a porta. Uma, duas, três vezes. Apareceu uma mulher: era a cartomante.

(Isa): Ela convidou-o a entrar.

(Giovana): A sala era escura e sombria.

(Felipe): Ele se sentou numa mesa de frente pra janela. Ela sentou de costas para a luz,
revelando um ar místico.

(Aisha): Pegou um baralho de cartas e começou a embaralhar. Camilo quis dizer o


acontecido, mas ela disse que não precisava.

(Coro): Botou três cartas sobre a mesa, virou uma e disse:

(Cartomante - sotaque italiano): As cartas me dizem… O senhor tem medo que lhe
aconteça algo!

(Camilo): Sim! A mim e a ela!


(Isa): Camilo estava boquiaberto. A cartomante virou a segunda carta:

(Cartomante - sotaque italiano): Nada tema. Nada acontecerá nem com você nem com ela.

(Giovana): Virou a terceira carta.

(Cartomante - sotaque italiano): O outro não sabe nem desconfia de nada. Mas é preciso
que continuem a ter cautela.

(Felipe): Camilo ficou deslumbrado e aliviado. Rita estava certa! A cartomante acertou tudo
novamente!

(Camilo): A senhora me trouxe de volta a paz de espírito!

(Coro): E apertou a mão da Cartomante.

(Camilo): E o pagamento?

(Cartomante - sotaque italiano): Pergunte ao seu coração.

(Deivid): Camilo puxou uma nota de dez mil réis e entregou à mulher.

(Aisha): Os olhos dela brilharam, o preço normal era dois mil réis.

(Cartomante - sotaque italiano): Eu sabia que você gostava muito dela! E saiba que ela
gosta muito do senhor! As cartas não mentem! Vá encontrar sua amada. Vá. Vá ragazzo
innamorato!

(Isa): Camilo se despediu e seguiu aliviado. Vilela não teria como descobrir nada! Eles
tinham cautela.

(Giovana): A Cartomante sem saber de nada acertou tudo. Ele começou a rever suas
crenças mas lembrou:

(Deivid): “Vem já a nossa casa. É urgente.”

(Aisha): E correu. Chegou na casa de Vilela e bateu à porta. Vilela apareceu.

(Camilo): Desculpa pelo atraso. O que era tão urgente?

(Deivid): Vilela não disse nada e o levou aos fundos da casa.

(Felipe): Abriu a porta de um quarto.

(Isa): Camilo tentou segurar um grito mas era tarde:

(Coro): Rita estava morta, ensanguentada.


(Moço): Vilela pegou-o pela gola, e, com dois tiros de revólver, estirou-o morto no chão.

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