No artigo 3º, inc.

III da Constituição da República Federativa do Brasil estabelece

a redução das desigualdades regionais como um dos propósitos essenciais da
sociedade brasileira ao constatar que estabelecem objetivos da República:
“erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais (inciso III)”. E ainda, proclama a superação das desigualdades entre
Regiões como um dos Princípios da Ordem Econômica e Financeira, de acordo
com a CFRB, Art. 170, inciso VII:

Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho

humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência
digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes
princípios:

VII - redução das desigualdades regionais e sociais;

A função do Estado é o de, imprescindivelmente, consumar o desenvolvimento,

a integração nacional e a concretização de todos os princípios previstos no
Ordenamento Constitucional brasileiro. Segundo o exposto no artigo 174, § 1º, a
lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento
nacional equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e
regionais de desenvolvimento.

Não obstante, mesmo com alguns avanços recentes nos parâmetros sociais,
coexiste no Brasil duas realidades socioeconômicas, hodiernamente, dissímeis
entre as regiões Centro-Sul e as regiões Norte-Nordeste. Em um país onde se
afere uma grande tolerância à convivência com a desigualdade regional e social,
urge, neste sentido, a necessidade de continuar buscando soluções para
defrontar essa adversidade. Assim, fica perceptível que, a redução das
desigualdades regionais é uma maneira de obter o desenvolvimento. Visto que,
os cidadãos que vivem em regiões menos desenvolvidas não possuem alcance
aos privilégios do desenvolvimento. Logo, havendo um equilíbrio dessas
desigualdades os cidadãos que se encontram nessas regiões passarão a ter a
possibilidade de obter bens e a concretização de direitos que antes lhes eram
indeferidos.