Você está na página 1de 12

aula 03 TEORIA GERAL DO DIREITO CONSTITUCIONAL

Divisão espacial do poder – organização do Estado

Elementos integrantes do Estado


- soberania
-finalidade
-povo
-território
O doutrinador, Dalmo de Abreu Dallari define ESTADO como “a ordem
jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em
determinado território.”

Forma de governo, sistema de governo e forma de Estado


- forma de governo: República ou Monarquia
- sistema de governo: presidencialismo ou parlamentarismo
- forma de Estado: Estado unitário ou Federação

O Brasil adotou a forma republicana de governo, o sistema


presidencialista de governo e a forma federativa de Estado.

Princípios Constitucionais do Estado Brasileiro


REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
1) O país e o Estado brasileiro
País é a palavra que se refere aos aspectos físicos, ao habitat, ao
torrão natal, à paisagem territorial. O termo país (de pagus, pagos)
manifesta a unidade geográfica, histórica, econômica e cultural das
terras ocupadas pelos brasileiros.
Estado é, uma ordenação que tem fim específico e essencial a
regulamentação global das relações sociais entre os membros de
uma dada população sobre um dado território, na qual a palavra
ordenação expressa a ideia de poder soberano institucionalizado.

República Federativa do Brasil condensa o nome do Estado


brasileiro – REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - , o nome do
país – BRASIL -, a forma de Estado, mediante o qualificativo
FEDERATIVA, que indica tratar-se de um Estado Federal, e a forma
de governo – República. Pátria é termo que exprime sentimentos
cívicos – pátria é o lugar onde se sente bem.
Federação, consiste na união de coletividade regionais autônomas
que a doutrina chama de Estados federados (nome adotado pela
Constituição de 1988 – Título III, capítulo III.
Estado federal é o todo, dotado de personalidade jurídica de
Direito Público internacional. A União é a entidade federal formada
pela reunião das partes componentes, constituindo pessoa jurídica
de Direito Público interno, autônoma em relação aos Estados e a
que cabe exercer as prerrogativas da soberania do Estado
Brasileiro. Os Estados-membros são entidades federativas
componentes, dotadas de autonomia e também de personalidade
jurídica de Direito Público interno. – art. 25, art. 29 e art. 32 da
CRFB.

CARACTERÍSTICAS DA FEDERAÇÃO
- descentralização política: a própria Constituição prevê núcleos de
poder político, concedendo autonomia para os referidos entes;
- repartição de competência: garante a autonomia entre os entes
federativos e, assim, o equilíbrio da federação;
- constituição rígida como base jurídica: fundamental a existência de
uma Constituição rígida no sentido de garantir a distribuição de
competência entre os entes autônomos, surgindo, então, uma
verdadeira estabilidade institucional;
- inexistência do direito de secessão: não se permite, uma vez
criado o pacto federativo, o direito de separação, de retirada. Art.
1°; art. 34, I; art. 60, § 4°, I.
- soberania do Estado federal: a partir do momento que os Estados
ingressam na Federação perdem soberania, passando a ser
autônomos.
- intervenção: diante de situações de crise, o processo interventivo
surge como instrumento para assegurar o equilíbrio federativo e,
assim, a manutenção da Federação.
- auto organização dos Estados-Membros: através da elaboração
das Constituições Estaduais.
- órgão representativo dos Estados-Membros: no Brasil, de acordo
com o art. 46, a representação dá-se através do Senado Federal.
- guardião da Constituição: no Brasil, o STF.
- repartição de receitas: assegura o equilíbrio entre os entes
federativos – arts. 157 a 159 da CRFB/1988.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DOS ESTADOS


UNIDOS DO BRASIL
TÍTULO I
Da Organização Federal
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art 1º - A Nação brasileira adota como forma de Governo, sob o regime representativo, a
República Federativa, proclamada a 15 de novembro de 1889, e constitui-se, por união
perpétua e indissolúvel das suas antigas Províncias, em Estados Unidos do Brasil.

As Constituições posteriores mantiveram a forma federativa de


Estado, porém, “não se pode deixar de registrar o entendimento de
alguns, segundo o qual, nas Constituições de 1937 e de 1967, bem
como durante a vigência da Emenda n. 1/69, tivemos no Brasil
somente uma Federação de fachada”.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONSTITUIÇÃO DA


REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.

TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
  Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;       
V - o pluralismo político.

TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
  Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos
termos desta Constituição.

Portanto, podemos dizer:


FORMA DE GOVERNO: REPUBLICANA;
FORMA DE ESTADO: FEDERAÇÃO.
CARACTERÍSTICA DO ESTADO BRASILEIRO: TRATA-SE DE
ESTADO DE DIREITO, DEMOCRATIZADO, QUAL SEJA, ESTADO
DEMOCRÁTICO DE DIREITO.
ENTES COMPONENTES DA FEDERAÇÃO: UNIÃO, ESTADOS,
DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPUOS.
SISTEMA DE GOVERNO; PRESIDENCIALISTA.
FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;         (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO


BRASIL.
 Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.

OBS. SEGUNDO advertiu Celso Bastos, “a ideia de objetivos não


pode ser confundida com a de fundamentos, muito embora,
algumas vezes, isto possa ocorrer. Os fundamentos são inerentes
ao Estado, fazem parte da estrutura. Quanto aos objetivos, estes
consistem em algo exterior que deve ser perseguido.”

PRINCÍPIOS QUE REGEM A REPÚBLICA FEDERATIVA DO


BRASIL NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica,
política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade
latino-americana de nações.
IDIOMA OFICIAL E SÍMBOLOS DA REPÚBLICA FEDRATIVA DO
BRASIL.
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo
nacionais.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.
C/C
 Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a
assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e
regionais.
§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às
comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de
aprendizagem.
  

VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS IMPOSTAS À UNIÃO, AOS ESTADOS-


MENBROS, AO DISTRITO FEDERAL E AOS MUNICÍPIOS

  Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

UNIÃO FEDERAL
A República Federativa do Brasil, é composta pela UNIÃO FEDERAL,
ESTADOS-MEMBROS, O DISTRITO FEDERAL E OS MUNICÍPIOS.

A União, segundo José Afonso da Silva, “...se constitui pela congregação


das comunidades regionais que vêm a ser os Estados-Membros. Então quando
se fala em Federação se refere à união dos Estados. No caso brasileiro, seria a
união dos Estados, Distrito Federal e Municípios. Por isso se diz UNIÃO
FEDERAL.

A União possui – dupla personalidade:

- Internamente, é uma pessoa jurídica de direito público interno,


componente da Federação brasileira e autônoma na medida em
que possui capacidade de auto-organização, autogoverno,
autolegislação e autoadministração, configurando, assim,
autonomia financeira, administrativa e política.
-Internacionalmente, a União representa a República Federativa
do Brasil. A soberania elencada no inciso I, do art. 1° da CF/88, é
representada pela União Federal. Art. 21, I ao IV.

TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
  Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos
termos desta Constituição.
§ 1º Brasília é a Capital Federal.

SÃO BENS DA UNIÃO


 Art. 20. São bens da União:
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e
construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas
em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que
banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território
estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias
marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as áreas referidas no art. 26, II;
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas;
as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios,
exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas
no art. 26, II;         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005)
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,
bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração
de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de
outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona
econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios a participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos
hídricos para fins de geração de energia elétric a e de outros recursos minerais no respectivo
território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação
financeira por essa exploração.         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 102, de
2019)      (Produção de efeito)
§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras
terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do
território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
COMPETÊNCIA DA UNIÃO FEDERAL
ART. 21 COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
 Art. 21. Compete à União:
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;
II - declarar a guerra e celebrar a paz;
III - assegurar a defesa nacional;
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
VII - emitir moeda;
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza
financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de
previdência privada;
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social;
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XI - explorar, diretamente ou mediante concessão a empresas sob controle acionário
estatal, os serviços telefônicos, telegráficos, de transmissão de dados e demais serviços
públicos de telecomunicações, assegurada a prestação de serviços de informações por
entidades de direito privado através da rede pública de telecomunicações explorada pela
União.
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços
de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a
criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais;         (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:)
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens e demais serviços de
telecomunicações;
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;         (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:)
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos
de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras
nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do
Distrito Federal e dos Territórios;
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;         (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 69, de 2012)     (Produção de efeito)
 XIV - organizar e manter a polícia federal, a polícia rodoviária e a ferroviária federais, bem
como a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal e dos
Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do
Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução
de serviços públicos, por meio de fundo próprio;         (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)  
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito
Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;            (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia
de âmbito nacional;
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas
de rádio e televisão;
XVII - conceder anistia;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas,
especialmente as secas e as inundações;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de
outorga de direitos de seu uso;            ( Regulamento )
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento
básico e transportes urbanos;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aérea e de fronteira;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de
fronteiras;         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer
monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a
industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes
princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e
mediante aprovação do Congresso Nacional;
b) sob regime de concessão ou permissão, é autorizada a utilização de radioisótopos para
a pesquisa e usos medicinais, agrícolas, industriais e atividades análogas;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de
radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais;         (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006)
Na concessão, apenas pessoas jurídicas ou consórcios de empresas
podem ser delegatários. Já no caso da permissão, a delegação pode ser
feita a pessoa física e a pessoa jurídica.

c) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa;


c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de
radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas;         (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 49, de 2006)
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de
culpa;         (Incluída pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006)
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem,
em forma associativa.

ART. 22 COMPETÊNCIA LEGISLATIVA

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:


I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico,
espacial e do trabalho;
II - desapropriação;
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V - serviço postal;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII - comércio exterior e interestadual;
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;
XI - trânsito e transporte;
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIV - populações indígenas;
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de
profissões;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito
Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da
Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa
destes;             (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012)      (Produção de
efeito)
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e
mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação,
mobilização, inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros
militares;               (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;
XXIII - seguridade social;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
XXV - registros públicos;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para a
administração pública, direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, nas diversas esferas de governo, e empresas sob seu controle;
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal
e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades
de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;         (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização
nacional;
XXIX - propaganda comercial.
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a
legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste
artigo.

ART. 23 COMPETÊNCIA COMUM – CUMULATIVA-


CONCORRENTE – ADMINISTRATIVA OU PARALELA.
 Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o
patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras
de deficiência;         (Vide ADPF 672)
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,
os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros
bens de valor histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à
pesquisa e à inovação;         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições
habitacionais e de saneamento básico;         (Vide ADPF 672)
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a
integração social dos setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração
de recursos hídricos e minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Lei complementar fixará normas para a cooperação entre a União e os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e
do bem-estar em âmbito nacional.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento
e do bem-estar em âmbito nacional.         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de
2006)

CONFLITO ENTRE OS ENTES FEDERATIVOS

“se o critério da colaboração não vingar, há de se cogitar do


critério da preponderância de interesses. Mesmos não havendo
hierarquia entre os entes que compõem a Federação, pode-se
falar em hierarquia de interesses, em que os mais amplos – da
União – devem preferir aos mais restritos- dos Estados.
Mendes, Coelho e Branco – Curso de Direito Constitucional
ART. 24 COMPETÊNCIA CONCORRENTE
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;         (Vide Lei nº
13.874, de 2019)
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos
naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de
valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino e desporto;
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e
inovação;         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;         (Vide ADPF 672)
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a
estabelecer normas gerais.         (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.         (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.         (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrário.         (Vide Lei nº 13.874, de 2019)

OBS. Em relação as matérias elencadas acima, a competência da


União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. Em caso de inércia
da União, inexistindo lei federal elaborada pela União sobre norma
geral, os Estados e o Distrito Federal – art. 24, caput, c/c o art. 32,
§ 1° - poderão suplementar a União legislar, também, sobre as
normas gerais, exercendo a competência legislativa plena.
Se a União resolver legislar sobre norma geral, a norma geral
que o Estado – ou Distrito Federal – havia elaborado terá a sua
eficácia suspensa, no ponto em que for contrária à nova lei federal
sobre norma geral. – suspensão da eficácia e não revogação.

FORMAÇÃO DOS ESTADOS-MEMBROS

TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
  Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos,
nos termos desta Constituição.
§ 1º Brasília é a Capital Federal.
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou
reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou
Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através
de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

- incorporar-se entre si = fusão


- subdividir-se = cisão
- desmembrar-se = desmembramento

FUSÃO
EX. ESTADO A + ESTADO B + ESTADO C = Os Estados A/B/C,
que vão incorporar-se entre si, desaparecerão. Surge o novo
Estado
“D” ou Território Federal “E”, que não existia antes da incorporação
entre si dos outros Estados preexistentes.

ART. 8° DA LC N. 20/74, que criou o atual Estado do Rio de Janeiro


em razão da fusão dos Estados do Rio de Janeiro e da Guanabara
– antigo Município Neutro)

CISÃO
EX. ESTADO A ------------------------- SUBDIVIDE-SE EM B/C/D
Estado A, ao se Surgem dois ou mais Estados
Subdividir, desaparecerá. novos ou territórios Federais
Que não existiam antes da
Subdivisão (cisão).

DESMEMBRAMENTO
EX. ESTADO A – ESTADO PRIMITIVO A
O ESTADO A – PRIMITIVO – CONTINUA EXISTINDO, SÓ
QUE COM TERRITÓRIO MENOR E PERDA DA POPULAÇÃO.
ESTADO B = O ESTADO A – PRIMITIVO – DESMEMBRADA
SE ANEXA AO ESTADO B JÁ EXISTENTE, AMPLIANDO O SEU
TERRITÓRIO E POPULAÇÃO.
- ex. de desmembramento – art. 13 do ADCT – criação do Estado
de Tocantins.
- ex. LC n. 31/77 – criação Mato Grosso do Sul, a partir do Estado
do Mato Grosso.

Você também pode gostar