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CURSO SOFTWARE
Projeto de instalações de
prevenção e combate a incêndio
Redação Técnica:
Eng.o Julian Silva
1 ETAPA PRELIMINAR
1.1 Introdução
Vamos iniciar a atividade dando um duplo clique sobre o ícone do QIBuilder na área
de trabalho para podermos executá-lo. O programa será aberto apresentado três áreas bem
definidas:
1.3.1 Comandos
Os comandos disponíveis no programa podem ser executados de cinco maneiras:
Barras de ferramentas – Localizados na parte superior da janela do aplicativo,
variando de acordo com a janela corrente.
Botões de zoom e capturas – Dispostos na parte inferior do programa
permanecem estáticos independente da janela corrente.
Teclas de atalho – Pode-se definir para cada comando uma combinação de
teclas de atalho conforme for mais conveniente. Para defini-las deve-se acessar
o Menu Arquivo - Configurações – Sistemas – Teclas de atalhos.
Uma vez executado um comando, o programa descreve sua execução com a seguinte
sintaxe:
Redesenhar [F7].
Afastar [F2].
Zoom [F5].
Não apagar esse desenho, uma vez que será utilizado mais tarde.
O controle das cores e tipos das linhas referentes aos desenhos, assim como as
espessuras das linhas que serão aplicadas na impressão são definidas nos Níveis de desenhos.
Ponto de extremidade
É o tipo de captura que seleciona as extremidades de um elemento. O funcionamento
desta captura segue os seguintes preceitos:
O programa verifica quais os elementos contidos na região da “mira” quando
ocorre a seleção.
Com base nos elementos contidos na mira, é adotado o ponto extremo mais
próximo da posição da “mira”. Nesse caso, o ponto é destacado através de um
pequeno retângulo sobre o ponto capturado.
Caso nenhum elemento esteja na região do cursor, o próprio ponto é utilizado.
Nesse caso, nenhum elemento será destacado.
Dica! Ao tentar capturar um ponto notável evite clicar exatamente sobre o ponto no qual vai
ser efetuada a captura. Posicione o mouse um pouco antes ou depois e veja a marca da captura
do ponto notável. Este procedimento impede uma série de erros sistemáticos
Ponto médio
É o tipo de captura que seleciona o ponto intermediário de um elemento. O
funcionamento desta captura segue os seguintes preceitos:
Ponto de Intersecção
Na captura intersecção o programa tentará capturar intersecções entre os elementos.
Nesse caso, o importante é que a própria intersecção esteja contida na região da mira do
cursor, e não apenas o elemento.
O funcionamento da captura é o seguinte:
O programa verifica quais os elementos contidos na região da “mira” quando
ocorre a seleção.
Com base nos elementos selecionados, é verificado se existe alguma
intersecção entre elementos na região do cursor. Caso exista a intersecção a
mesma é destacada com uma cruz.
Caso nenhum elemento esteja na região do cursor, o próprio ponto é utilizado.
Neste caso, nenhum elemento será destacado.
Ponto próximo
O tipo de captura ponto próximo é bastante diferente dos demais e usado apenas em
situações muito específicas, pois captura um ponto qualquer no elemento, que não será
nenhuma das suas extremidades. Dessa forma, o ponto resultante dependerá da posição do
cursor, tornando seu uso basicamente visual.
O funcionamento da captura é o seguinte:
Depois de selecionado o elemento, o programa verifica todos os elementos
contidos na região da “mira”.
Com base nos elementos selecionados, é destacado o elemento mais próximo
da posição do cursor. A projeção do ponto do cursor no elemento definirá o
ponto resultante, que será o ponto da linha mais próximo ao centro da mira
(perpendicular), que é destacado com um círculo.
Dica! A captura ponto no elemento tem uso bastante restrito e, por suas características é
bastante perigosa. Lembre-se de desligá-la logo após seu uso ou selecione outra captura.
Ponto Perpendicular
Este tipo de captura se aplica quando se deseja construir um elemento perpendicular a
outro existente.
A sequência que pode ser adotada é a seguinte:
Ativar a “captura perpendicular”.
Clicar sobre um ponto qualquer da linha destino. O programa verificará todos os elementos
contidos na região da “mira”.
O ponto resultante será a projeção (perpendicular) do ponto inicial sobre a linha
encontrada, ou gerar um ângulo de 45° em relação à linha encontrada.
Caso nenhum elemento esteja na região do cursor, o próprio ponto é utilizado.
Para a definição do ponto inicial de linhas e similares, ou para a inserção de elementos
pontuais, a captura “perpendicular” comporta-se como se fosse à captura ponto “notável”.
Dica! Ao tentar construir uma linha perpendicular a outra existente, evite clicar sobre o ponto
no qual é formado o ângulo reto. Clique em qualquer outro ponto da linha e veja a linha
“correndo” até o ponto no qual é formado o ângulo reto.
Personalizada
A captura personalizada permite habilitar simultaneamente um grupo de pontos de
captura.
Quando a captura “Personalizada” está ligada (na barra de ferramentas, o botão fica
pressionado).
Para escolher o grupo de capturas a serem utilizadas, deve-se clicar na seta preta ao
lado da captura “Personalizada” e ativar as opções desejadas.
Ortogonal
Este comando não executa uma função, mas define um comportamento a construção
dos elementos no CAD.
Quando o modo “Ortogonal” está ligado (na barra de ferramentas, o botão fica
pressionado), o programa força a definição de um ponto pelo mouse como sendo sempre
ortogonal ao último ponto informado, ou em um ângulo múltiplo de 45 graus (45°, 135°, 225° e
315°).
O modo “Ortogonal” pode ser executado via teclado, através da função [F8].
As capturas de pontos sempre prevalecem sobre o modo “Ortogonal”, ou seja, cada vez
que o programa identificar uma captura de pontos vai obedecer-lhe, mesmo que desobedeça ao
modo “Ortogonal”.
Importante! Não se pode confundir a captura perpendicular, que forma um elemento em
ângulo reto com outro selecionado, e o modo Ortogonal que constrói linhas horizontais e
verticais.
Dica! A barra de espaço passa a funcionar como botão <Enter>, para confirmação de etapas e
para repetir o último comando.
Todos os desenhos que são gerados no QiBuilder já são criados em uma escala definida,
sendo que o ideal é definir o padrão da escala antes mesmo de iniciar o projeto.
Como o exemplo que será adotado neste curso possui grandes dimensões (70m x 50m)
será necessário modificar o padrão da escala.
Figura 29 – Escala
Para iniciar um novo projeto, deve-se acessar o Menu Arquivo – Novo – Nova
edificação, será apresentado um diálogo com cinco passos conforme descrito a seguir:
Passo 1
Na primeira janela opta-se pelos projetos que serão elaborados na edificação, sendo
necessário apenas selecionar os projetos apresentados no quadro “Projetos disponíveis”, e na
sequência clicar na seta direcional entre os dois quadros, associando o projeto selecionado
ao quadro “Projetos da edificação”.
Se um projeto foi associado por engano, pode-se selecionar o mesmo no quadro
“Projeto da edificação”, em seguida clicar na seta direcional retornando o mesmo para o
quadro “Projetos disponíveis”.
Passo 2
No segundo passo são estabelecidas as propriedades da edificação que serão utilizadas
no projeto como informações associadas principalmente nas pranchas, onde os dados aqui
informados são apresentados em campos que são atualizados automaticamente sempre que as
informações destas propriedades são alteradas.
Passo 3
No passo 3 estão presentes as propriedades do projeto, aqui constam informações que
serão aplicadas diretamente em alguns aspectos do dimensionamento do projeto de incêndio.
Neste exemplo, para a rede de hidrantes, iremos adotar os parâmetros conforme a NBR
13714.
Defina o “Critério” como sendo “Vazão mínima”.
IMPORTANTE: Para adequar o programa as normas de incêndio que são aplicadas em cada
Estado do Brasil, deve-se definir as propriedades de Critério, Vazão mínima, Pressão mínima e
Hidrantes em uso simultâneo.
A “Vazão mínima (l/min)” defina com 300.
Em “Hidrantes simultâneos” defina 2.
Para a “Rede de sprinkler” definida:
Defina “Risco da edificação” com “Ordinário Grupo II”.
Área de aplicação (m²): 140.
“Cobertura por chuveiro” (m²): 12.
“Critério por ramal”: Automático
Passo 4
Neste momento serão definidos os pavimentos da edificação, no quadro "Pavimentos"
podem-se identificar as seguintes colunas: “Pavimentos” (define o nome do respectivo),
“Repetições” (número de repetições de um determinado pavimento), “Altura” (altura do
pavimento que deve corresponder ao pé direito mais a espessura da laje) e “Nível”
(corresponde a elevação do respectivo pavimento em relação ao nível inferior).
Na figura a seguir uma representação esquemática da edificação:
Dica! Ao definir as alturas dos pavimentos, deve-se incluir a espessura da laje mais a altura do
pé direito.
1.10.2 Configurações
As configurações são organizadas em quatro guias sendo elas “Desenho”, “Sistema”,
“Edificação e “Incêndio”.
A guia Desenho contém configurações relacionadas aos níveis de desenho (Layers),
espessuras de linhas, cotas, hachuras e demais elementos de desenhos simples.
As configurações do Sistema apresentam informações voltadas às preferências de tela,
relatórios, teclas de atalho, definições sobre o projeto e interface.
Os condutos de incêndio são lançados tomando como referência uma planta digitalizada
que é importada pelo programa nos formatos DWG/DXF/CAD, sendo que algumas partes do
lançamento também podem ser efetuadas por meio de coordenadas em “cm”, estabelecidas
previamente de acordo com o projeto.
No exemplo deste curso, o lançamento será efetuado através da importação de uma
arquitetura digitalizada.
Usualmente, os projetos arquitetônicos digitalizados são produzidos no AutoCAD, que
grava estes arquivos no formato DWG, neste curso também será utilizada esta extensão.
A partir da versão 2019 do QiBuilder, as plantas de referência em 2D para cada
pavimento da edificação, também podem ser obtidas a partir da importação de modelos do
projeto em formato IFC, ou seja, as plantas em 2D de cada pavimento podem ser obtidas
automaticamente através da importação de um modelo IFC. Um modelo em IFC pode ser
importado para o QiBuilder através do menu “Arquivo”, “Interoperabilidade BIM”, “Vincular
modelo 3D”.
Essa prática será demonstrada ao final do curso.
Para efetuar a importação da arquitetura, que servirá como base de lançamento dos
condutos, deve-se efetuar o seguinte procedimento:
Será apresentada a janela “Inserir desenho”, altere na base da janela a opção “Arquivos do
tipo” para Arquivos DWG.
Dica! Localize a pasta onde estão as etapas do curso, na mesma será possível encontrar os
seguintes arquivos de desenhos que serão utilizados neste projeto “Garagem”, “Tipo 1”, “Tipo
2” e “Telhado”.
Para apresentar o desenho na área de CAD efetue um duplo clique sobre “Garagem”.
Após associado o desenho será necessário efetuar algumas modificações no mesmo, tais
como o ajuste de escala e o posicionamento de origem.
Figura 47 – Distância
Acesse Menu Arquivo – Salvar – Salvar , para salvar apenas o desenho aberto, ou,
Clique sobre o botão Salvar Edificação , para salvar todos os desenhos abertos.
Se o desenho for fechado sem antes ter sido salvo, será apresentado um aviso
perguntando se deseja salvar o mesmo.
Para dar continuidade ao projeto, abra a etapa indicada a seguir contendo todas as
arquiteturas inseridas.
Antes de iniciar o lançamento das colunas, será habilitada uma configuração que alerta
sobre a mudança de elevação dos elementos de incêndio em relação a uma referência, isto é,
independente da elevação definida para o elemento que será lançado, se a configuração de
aviso da mudança de elevação não estiver habilitada, a elevação adotada será a do elemento
de referência.
O próximo passo será efetuar o lançamento dos condutos de incêndio entre a coluna HI-
1 e os hidrantes, este lançamento será efetuado dentro do detalhe isométrico.
Será apresentado um diálogo para definir o ângulo do detalhe isométrico, selecione “30º”.
Para abrir o detalhe criado, efetue um duplo clique sobre o retângulo vermelho do mesmo.
.
Defina o material “Ferro maleável
classe 10 – 21/2””, conforme
apresentado na figura ao lado.
Figura 58 – Definindo o material do conduto
Estando com as tubulações que vão da coluna até os hidrantes já lançadas, é possível
neste momento inserir os hidrantes nas duas extremidades localizadas a 110 cm do piso.
Para inserir o hidrante devem-se aplicar os seguintes passos:
Certifique-se que captura
“Personalizada” esteja ativa.
Importante! O ideal é manter todos os filtros, com exceção o de Projeto, ativados. Quando
necessário pode-se desativar os filtros, mas na sequência é recomendado ativa-los, pois desta
forma será mais fácil encontrar a peça compatível com a conexão. Em algumas situações
poderão ser apresentadas na lista peças em vermelho, neste caso é uma indicação de que a
peça em questão é incompatível geometricamente com a conexão selecionada. A peça
selecionada na lista corresponde a inserida na conexão.
Os demais comandos desta janela serão apresentados, no momento em que for
efetuado o lançamento das peças pendentes deste detalhe.
Agora dar-se-á continuidade ao lançamento do hidrante.
Importante! Se for atribuir peça a peça, e não houver uma peça sugerida (em negrito) na lista,
basta selecionar a peça desejada e clicar no botão para passar para próxima
conexão, desta forma a peça é inserida, contudo permanece pendente até que o comando
seja finalizado. Caso haja uma peça sugerida, se a mesma for a desejada pelo usuário, basta
clicar no botão que a peça será inserida, sai da lista de pendência, passando
automaticamente para a próxima. Para inserir automaticamente todas as peças de acordo com
a sugestão do programa deve-se aplicar o botão .
Mantenha todos os filtros acionados, atribua nas duas conexões de 90º a peça “Cotovelo 90
- 3”, selecionando-as e clicando em .
Atribua na posição do te a peça “Te de redução central e lateral - 2.1/2” x 3” x 2.1/2”,
selecionando-a.
Finalizada a definição tecle <ESC> para concluir o comando.
Posteriormente será corrigido o problema de fluxo e definida a peça na coluna que no
momento permanecerá pendente.
Esse comando pode ser acionado a qualquer momento durante o andamento do projeto.
Após visualizado retorne para o modo “exibir Croqui” e feche o detalhe D1.
Será apresentado um aviso pedindo para mudar a ordenada para a elevação zero, que
corresponde a elevação da arquitetura, clique em “Sim” para adotar a ordenada da
arquitetura.
Importante: Esta alteração de ordenada não interfere na posição em que os elementos serão
inseridos, desde que a ordenada do ponto de origem esteja na mesma elevação do ponto de
destino.
Nos avisos de confirmação de cópia que serão apresentados, ative a opção “Repetir esta
operação para os demais desenhos” e clique no botão “Sim”.
Importante: Ao efetuar a cópia entre pavimentos, pode-se optar em selecionar como
referência um determinado projeto de um pavimento, ou o pavimento. A diferença é que ao
selecionar o projeto somente os elementos contidos no projeto serão copiados para o outro
pavimento, e ao selecionar o pavimento todos os elementos do projeto inclusive a planta
arquitetônica será copiada para o destino.
Para criar o detalhe serão necessários três pontos, dois deles definindo uma reta base
abaixo das colunas e do reservatório, e o terceiro envolvendo os mesmos gerando a área do
detalhe.
Será apresentado um diálogo para definir o ângulo do detalhe isométrico, selecione 30º.
Para abrir o detalhe criado, efetue um duplo clique sobre o retângulo vermelho do mesmo.
Definia a rede que está sendo lançada em Lançamento – Rede – Rede com .
O material deve ser “ Ferro maleável classe 10 – 21/2””,
Feito o lançamento dos condutos entre as colunas, agora será efetuado o lançamento
do conduto entre o fundo do reservatório e o ramal que interliga as colunas.
A verificação dos fluxos pode ser efetuada acessando pavimento por pavimento, ou
através de uma verificação geral do projeto.
Acesse a janela de Edificação em
Elementos – Acessar – Edificação .
Na janela de edificações selecione o
nome do projeto “Curso QiIncêndio”
indicado na figura ao lado pela seta
maior.
Na sequência selecione o menu ao
lado direito do botão “Opções" ,
indicado na figura ao lado pela seta
menor. No menu apresentado acesse
Relatório – Problemas de fluxo. Figura 80 – Verificando problemas de fluxo no projeto
No relatório que será apresentado pode-se observar que somente foram apresentados
problemas de fluxo no pavimento de cobertura que deverá ser solucionado antes de prosseguir
com o dimensionamento.
Será apresentada uma janela com problemas de diâmetros indicando como valor
calculado 3”, e no desenho estes condutos são apresentados com um triângulo vermelho.
Para aplicar os diâmetros de acordo com o dimensionado, na janela de dimensionamento
clique no comando “Atribuir todos” . Os triângulos vermelhos no centro dos condutos
serão eliminados.
Pressione <ESC> sequencialmente até que a linha de comando apresente somente o texto
”Comando”.
4.3 Convergência
Estando com a rede montada, pode-se neste momento efetuar as verificações das
pressões, recordando que o objetivo é atingir nos dois hidrantes mais desfavoráveis em uso
simultâneo a vazão de 300 l/min.
Neste momento será necessário ativar as indicações de pressões e em seguida processar
novamente o projeto para atualizar as informações do projeto, sendo que ao efetuar o
processamento automaticamente o programa definirá os hidrantes em uso simultâneo.
O Gerenciador é uma janela que permite dar acesso a várias verificações que serão
apresentadas a seguir, tais como: planilhas de pressões, diagrama de pressões entre outros.
No Gerenciador são preenchidos automaticamente todos os elementos de incêndio que
possuem numeração, por exemplo, colunas, hidrantes, bombas e áreas de operações.
Efetue um zoom próximo aos hidrantes “Hi3” e “Hi4” aplicando o comando “Zoom” .
Observe que no ponto em que há uma ligação entre os condutos e os hidrantes é
apresentado um triângulo amarelo.
Coloque o mouse sobre o triângulo amarelo, será apresentado o aviso “Pressão disponível
(5.96) inferior à necessária (32.82)”.
Constatando assim que a pressão disponível está bem abaixo da pressão mínima
necessária que é de 32.82m.c.a.
Importante: a pressão 32.82 é valor mínimo necessário para atingir a vazão configurada de 300
l/min quando se é adotado um esguicho com 16 mm.
Normalmente quando a diferença entre a pressão obtida e a pressão mínima não é
muito grande, é possível atingir a pressão desejada subindo o reservatório ou aumentando o
diâmetro dos condutos, contudo na situação deste projeto a única formar será inserir uma
bomba hidráulica na rede, procedimento que será feito a diante.
Antes de inserir a bomba no projeto, vamos ver detalhadamente a situação atual das
pressões através da geração da planilha de pressões e do diagrama de pressões.
A primeira tabela consta a vazão e a pressão dos dois hidrantes em uso simultâneo, a
segunda tabela apresenta os trechos calculados entre o reservatório e o hidrante que foi
selecionado, a terceira tabela apresenta um resumo das pressões no hidrante selecionado, e a
quarta tabela apresenta as peças com os respectivos comprimentos equivalentes aplicados no
dimensionamento.
Importante: Caso o seu diagrama seja gerado com uma conformação diferente, ou seja, não
apresentando a mesma quantidade de números conforme a imagem acima, informamos que
trata-se de uma definição ajustável nas “configurações”. Para verificar acesse “menu
principal” – “Configurações” – “Incêndio” – “Preferências” – “diagramas” e altere a opção
“planilhas de pressões” para “completa”.
Estando com o grupo criado agora será incluído no grupo os hidrantes do pavimento
garagem abastecidos pela coluna Hi-1.
Na janela Gerenciador clique com o botão direito do mouse sobre o grupo “+ favoráveis”.
No menu que será apresentado clique em “Adicionar hidrante”, a linha de comando pede
para selecionar um hidrante no desenho.
Clique exatamente no ponto de união entre o conduto e o símbolo do hidrante “Hi1”,
conforme indicado pela seta 1 na figura a seguir.
Repita o mesmo procedimento para adicionar o hidrante “Hi2” indicado na figura acima
pela seta 2 ao grupo “+ favoráveis”.
Como resultado se terá o indicando na figura a seguir.
Será gerada uma planilha com os valores atuantes de pressão e vazão nos dois hidrantes
inseridos no grupo “+favoráveis”. Os hidrantes Hi1 e Hi2 apresentarão pressões iguais a 11,65
m.c.a e vazões iguais a 2,93 l/s.
Mesmo localizados na situação mais favorável do projeto, ainda estão abaixo do mínimo
necessário que seria uma vazão de 5 l/s ou 300 l/min.
Para solucionar os problemas de pressões nos hidrantes, será inserida uma bomba
hidráulica de incêndio na rede.
No QiIncêndio a bomba pode ser aplicada para complementar a pressão gerada por um
reservatório localizado na cobertura da edificação, que será o caso deste exemplo, ou para
gerar toda a pressão quando o abastecimento é proveniente da cisterna tal como será
apresentado no exemplo dos sprinklers.
Na janela de peças defina a classe do material como sendo “Bomba hidráulica – Incêndio”.
Mantenha todos os filtros da janela de peças habilitado, menos o de “Projeto” .
Importante: como a bomba ainda será dimensionada, não há como neste momento definir a
bomba correta, e caso não fosse apresentada nenhuma opção na janela de peças poderia ser
desabilitado o filtro diâmetro , pois os diâmetros de ligação da bomba nem sempre são
compatíveis com a tubulação, sendo necessário em algumas situações cadastrar bombas com as
reduções excêntricas e concêntricas.
Selecione temporariamente a peça 3”x3” – 50CV R230, e posicione a simbologia conforme
indicado na figura anterior.
Inicialmente cancele todas as seleções teclando <ESC> até que a linha de comando
apresente somente o texto “Comando”.
Dica: caso não queira que a bomba de incêndio inserida inicialmente seja alterada pela
dimensionada, basta na janela de propriedades da bomba, definir a propriedade “Fixar” com o
valor “Sim”.
Clique com o botão direito do mouse sobre o item referente a bomba hidráulica Bh-1.
Entre as opções que serão apresentadas no menu, acesse “Definir bomba”.
Pode-se observar na janela gerada que no topo é possível definir a bomba a ser
utilizada no programa, sendo que ao alterar o grupo, a peça a ser apresentada corresponderá a
que irá gerar a vazão e pressão mais próxima da mínima necessária.
No centro da janela é apresentado um gráfico com o cruzamento entre a curva da
bomba e as curvas do sistema hidráulico (hidrantes desfavoráveis e + favoráveis). O desejável é
que as curvas estejam se cruzando e que os valores de funcionamento sejam maiores que os
mínimos.
E na base os resultados do dimensionamento, na janela da esquerda os resultados do
dimensionamento do grupo de hidrantes mais desfavoráveis e na direita o resultado do grupo de
hidrantes + favoráveis.
É possível ainda tentar encontrar uma bomba que gere um resultado mais econômico.
Altere na janela “Definir bomba” o grupo de 3” x 3” para 3” x 2.1/2”, resultará uma
bomba de 12.5CV.
Dica: essas tentativas podem ser feitas repetidamente nos demais grupos até encontrar a
bomba que mais agrade ao projetista.
Neste momento onde todas as informações já estão inseridas, antes de partirmos para
as verificações é importante efetuar a renumeração dos elementos tais como detalhes e
colunas, visando organizar o projeto.
5.4.1 Renumeração
Importante! Nem todos os itens apresentados no relatório são problemas, como por exemplo, a
adoção de tubos maiores que o calculado para resolver o problema de pressões.
A linha de comando indica “Cota ortogonal – Ponto inicial”, clique na conexão localizada no
ponto de ligação com o reservatório indicado na figura a seguir por Pt2.
A linha de comando passa a indicar “Cota ortogonal – Ponto final ou altura”, clique na
conexão do trecho horizontal, indicado na figura a seguir por Pt3.
A linha de comando pedirá “Cota ortogonal – Posição”, clique em um ponto qualquer
afastado do conduto para definir a posição da cota, e tecle <Enter>.
Agora serão inseridas a lista de
materiais e as legendas no detalhe.
Acesse o comando Operação – Tabelas –
Lista de materiais , e clique ao lado
do desenho.
Acesse o comando Operação – Tabelas –
Legenda de indicações , e clique ao
lado do desenho.
Acesse o comando Operação – Tabelas –
Legenda de símbolos , e clique ao
lado do desenho.
Acesse o comando Operação – Tabelas –
Legenda detalhada , e clique ao lado
do desenho. Figura 116 – Cotas, lista e legendas
Para inserir a tabela de “Legenda de Peças
Acesse a guia “Lançamento – Conexão –
Indicação Peça”
Selecione todo o desenho presente no
Detalhamento e tecle “Enter”
Acesse o comando “Operação – Tabelas –
Legenda de Peças”
Dica! Caso deseje editar informações das tabelas tais como cor, tipo de texto, cor de borda
entre outras informações deve-se selecionar a tabela em seguida acessar as propriedades
através do comando Elementos – Acessar – Propriedades .
Trace inicialmente uma linha vertical ao lado da coluna, em seguida envolva a tubulação
que abastece os hidrantes.
Criada a região do corte efetue um duplo clique sobre a região para visualizar o corte.
O desenho do corte não pode ser editado na janela atual, será possível editar o mesmo
somente após a geração das pranchas.
As configurações pertinentes ao Corte podem ser realizadas acessando o Menu Arquivo -
Configurações – Projeto de incêndio – Preferências – Cortes.
Através da visão 3D pode-se visualizar toda a rede de incêndio com suas dimensões
reais, facilitando ao usuário verificar se as tubulações foram lançadas corretamente ou as
interferências entre as redes.
A visualização tridimensional de todo projeto pode ser feita através de qualquer croqui
do programa.
Acesse Lançamento – 3D
Note que nesse grupo existem algumas opções diferentes para gerar a visualização 3D,
sendo “Visão 3D Geral”, “Visão 3D do pavimento” e “Visão 3D local”
Consta também a opção “Configurações 3D” através da qual pode-se definir previamente
algumas configurações do 3D que será gerado. Clique em “Configurações 3D”
Vale destacar também que além das informações geométricas os dados dos projetos de
instalação, tais como, vazão, Fator K dos sprinklers, potência, rendimento, entre outros dados,
também são incorporados no arquivo IFC. Realize a visualização dessas opções você também.
O projeto exemplo que será apresentado agora relacionado a rede de sprinkler, conta
com a mesma arquitetura utilizada para o lançamento da rede com hidrantes, no entanto não
constam os lançamentos realizados nos passos anteriores, ou seja, a arquitetura está preparada
para receber os lançamentos da rede de Sprinklers. Sendo assim deve-se neste momento abrir
a etapa Curso QiIncêndio (Etapa 18) que já apresenta as arquiteturas corrigidas.
Neste lançamento de sprinkler será considerado o “Risco Ordinário – Grupo 2”, onde de
acordo com a NBR 10897 se enquadram as lojas.
Para o “Risco Ordinário – Grupo 2”, a área máxima a ser protegida por uma válvula de
governo e alarme corresponde a 4800 m², e como o exemplo possui uma área total aproximada
a 10500 m² será necessário a adoção de três válvulas de governo e alarme.
As configurações aqui citadas foram definidas no início do curso, sendo necessário
apenas definir o critério de dimensionamento da rede.
Note nesse preview que o lançamento automático gerará uma rede do tipo ramificada.
Vale ressaltar que o QiIncêndio também realiza o dimensionamento da rede em malha, também
conhecida como grelha.
Para o QiIncêndio considerar a rede em malha ou grelha o projetista deverá efetuar o
lançamento manual de tubulações providenciando o fechamento da rede. Automaticamente o
programa reconhecerá os anéis e os cálculos serão efetuados considerando as vazões e pressões
que atendam as necessidades desta rede.
No exemplo desse curso prosseguiremos com o dimensionamento da rede aberta. Sendo
assim, defina os dados da janela conforme apresentado a seguir
Defina a orientação como “Horizontal”
O número de ramais e chuveiros é
calculado pelo programa de acordo com o
dado Cobertura do chuveiro definido na
propriedade do projeto.
“Numero máximo em um ramal” defina
7, esta informação é útil para
posicionar os ramais de contorno e
distribuir os sprinklers nos ramais.
“Elevação – Sprinkler (cm)”: 470.
“Elevação – Ramais (cm)”: 485.
“Elevação – Ramais de contorno (cm)”:
500.
“Diâmetro da rosca (mm)”:15
“Fator K”: 115.
“Material”: Ferro maleável classe.
“Grupo”: Tubos.
Figura 129 – Janela de lançamento dos sprinklers
“Peça”: 1”.
Importante: Junto com o lançamento automático dos sprinklers também será efetuado o
lançamento da área de operação, sendo que a mesma é posicionada sempre na posição mais
afastada do pondo de alimentação. O tamanho da área inserida no lançamento será um valor
aproximado ao definido na configuração.
Se for necessário, após o lançamento dos sprinklers, outras áreas de operação podem
ser inseridas aplicando os comandos Lançamento – Pontos – Área de operação ou Lançamento –
Pontos – Área de operação poligonal.
Neste passo será efetuado o lançamento dos condutos entre a cisterna e as colunas,
nestes condutos também serão definidos mais a diante as válvulas de governo que irão
alimentar cada um dos pavimentos.
Será apresentado um diálogo para definir o ângulo do detalhe isométrico, selecione 30º
efetuando um duplo clique sobre o mesmo.
Para abrir o detalhe criado, efetue um duplo clique sobre o retângulo vermelho do mesmo.
.
Defina o material “Ferro maleável
classe 10 – 21/2””, conforme
apresentado na figura ao lado.
Ative o comando conduto em
Lançamento – Conduto – Conduto , a
linha de comando pede uma referência.
Figura 133 – Definindo o material do conduto
Defina a rede que está sendo lançada em Lançamento – Rede – Rede com .
O material deve ser “Ferro maleável classe 10 –1””,
Após lançados os ramais deve-se especificar o tipo de tubo para ir de encontro com as
necessidades do projeto. Para isso vamos acessar as propriedades em Elementos – Acessar –
Propriedades
Selecione todos os ramais lançados e clique em “propriedades”
Especifique na guia propriedades a opção “Condutos (8)”
Localize entre as propriedades a opção “Conduto – Tipo” e altere a opção para “Ramal”,
conforme figura abaixo
Figura 145 – Alterando as configurações dos tubo de acordo com as necessidades ddo projeto
A opção ramal visa informar ao programa que será considerado uma determinada
quantidade de sprinkler que serão acionados simultaneamente em um ramal. A outra opção
efetua as somas dos sprinklers até a quantidade máxima definida para a área de operação.
Ambos limites estão estabelecidos na janela da edificação, estando lá identificados
como número máximo de sprinklers e número de sprinklers por ramal
Para facilitar o lançamento, deve-se abrir um detalhe isométrico envolta dos ramais
recém-lançados.
Será apresentado um diálogo para definir o ângulo do detalhe isométrico, selecione “30º”
efetuando um duplo clique sobre o mesmo.
Efetuado o lançamento deste sprinkler, será necessário agora lançar os sprinklers nos
demais pontos destes ramais recém-lançados, para isso será efetuado a cópia do sprinkler e do
pequeno tubo ligado ao mesmo.
Estando com a cópia efetuada pode-se agora colar este ramal nos respectivos pontos
que estão faltando.
Depois de colado todos os ramais nos seus respectivos pontos, como resultado se terá o
seguinte lançamento.
Efetue um zoom na região do banheiro que está localizada na região direita superior do
pavimento Tipo 2, aplicando o comando “Zoom” .
Estando com toda a tubulação lançada, pode-se passar agora para o dimensionamento
da rede. Antes de efetuar o dimensionamento é importante verificar se os fluxos estão
corretos, pois condutos com fluxo errados ou problemas de conectividade resultam um
dimensionamento incorreto. Além do fluxo deve-se ajustar nas propriedades da edificação os
valores da área de operação conforme o real lançado.
Atribua nas conexões apresentadas com problemas em 90º “Cotovelos 90” com seus
respectivos diâmetros, e nas situações com Tês atribua as peças sugeridas pelo programa.
Em todas as situações clique no botão “Atribuir todos” .
Neste detalhe ainda será inserida a válvula de sucção no inicio da rede, por ser apenas
um exemplo didático os demais registros necessários neste lançamento não serão aplicados.
botão “Atribuir todas” . No final será apresentada apenas uma pendência na válvula de
sucção que deve ser desconsiderada.
7.5 Renumeração
Para dimensionar pressões nos sprinklers, será necessária a aplicação de uma bomba
hidráulica na rede.
Em um projeto real seria necessário a aplicação de registros antes e depois da
bomba, contudo, como este é apenas um exemplo didático, optou-se em não inserir os
registros visando não estender muito o exemplo.
9 GERAÇÃO DE PRANCHAS
Visto que todos os desenhos do projeto estão completos, pode-se efetuar a geração das
pranchas finais. Esta operação permite agrupar os diversos desenhos associados ao projeto em
folhas de tamanho personalizado e o programa encarrega-se de distribuir os elementos nas
folhas.
Para manter a área útil é necessário salvar o desenho aplicando o comando Menu arquivo -
Salvar – Salvar...
Após definida a folha que será utilizada na geração de pranchas, pode-se agora efetuar
a geração das mesmas.
Para editar o desenho na prancha é necessário efetuar um duplo clique sobre o desenho
que se deseja alterar. Serão apresentadas duas opções de edição:
“Abrir original”: Abre o desenho na área de projeto, possibilitando alterar
efetivamente o lançamento.
“Alterar apenas na prancha”: Abre o desenho sem associação ao projeto,
editando o mesmo como um desenho simples, ao fechar o detalhe retorna-se
para a prancha com a modificação efetuada. Caso desejar desfazer a alteração,
deve-se selecionar o desenho em questão em seguida aplicar o comando
Elementos – Detalhamento – Reassociar ao projeto .
Quando for necessário trocar o desenho de prancha, deve-se efetuar o seguinte
procedimento.
Selecionar o desenho desejado, em seguida aplicar o comando Desenhos – Editar – Recortar
.
O BIM é um conceito que está se consolidando cada vez mais no cotidiano dos
projetistas. Ele é um conjunto de regras e modelos digitais que contém informações sobre todo
ciclo de vida de uma construção e que permite uma visualização 3D compatível entre projetos,
possibilitando solucionar problemas de incompatibilidade de forma mais prática, rápida e
eficaz.
A partir da versão 2019 do QiBuilder, está disponível uma nova funcionalidade que
permite gerar plantas baixas de forma automática a partir de um modelo 3D, que conta com
uma representação integrada e mais realista da edificação.
Abra o arquivo “Etapa BIM”, disponibilizado entre os demais arquivos de apoio para o
curso.
Com o projeto aberto, o passo seguinte será importar o arquivo IFC denominado
“Arquivo de etapa – BIM”. Para isso:
acesse a guia “Arquivo”, em seguida “Interoperabilidade BIM”
clique em “Importar modelo IFC”.
Altere a extensão do arquivo para “Modelos 3D (*.ifc)” e localize a pasta onde os arquivos
de apoio do curso foram descompactados.
Finalizada a importação, note que na janela “Edificação”, na opção “Modelos 3D”, estará
disponível o arquivo IFC importado anteriormente.