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A reprodução
Você pode já ter ouvido alguém dizer que, se tirarmos um braço de uma estrela-do-
-mar, este poderá dar origem a um novo indivíduo inteiro, e a estrela que ficou sem um
braço pode regenerar o que foi perdido. Essa situação é possível em algumas espécies de
seres vivos. Outras espécies de animais, no entanto, reproduzem-se de forma diferente,
em que células chamadas de gametas são geradas por dois indivíduos e, ao se unirem,
formam uma célula chamada zigoto, que dará origem a um novo ser vivo.
A capacidade de reprodução é uma das características dos seres vivos. Assim, tanto
seres unicelulares quanto multicelulares conseguem passar suas informações genéticas
às gerações seguintes, contribuindo, dessa forma, para a perpetuação das espécies. No
entanto, a maneira como eles a realizam diferem entre uns e outros. Agora, vamos ver
como pode se dar a reprodução dos seres vivos.
Tipos de reprodução
Existem diferentes tipos de reprodução, que podem ser classificados em reprodução
assexuada e sexuada, cujas características estão resumidas na tabela a seguir.
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Mitose
Importante
Na mitose, uma célula-mãe duplica seu material e o divide igualmente em duas
células-filhas, as quais são geneticamente idênticas à célula-mãe; logo, há pouca ou
nenhuma variabilidade genética nesse tipo de reprodução.
324
KLM BioScientific
A Reservas
nutritivas Mitocôndria
Vacúolo
Broto
Núcleo
Parede celular
B C
Broto
Nova hidra
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Esporulação
A esporulação consiste na capacidade do organismo de produzir e liberar esporos, cé-
lulas que atuam tanto na proteção quanto na dispersão e produção de novos indivíduos.
Esporos
liberados
Esporângio
(A) Fotomicrografia de bactérias causadoras do tétano (Clostridium tetani) com esporos formados.
(B) Representação de esporulação em fungo.
Os esporos podem ser móveis, dotados de flagelos que auxiliam na sua locomoção,
os quais são denominados zoósporos, ou sem tais estruturas, que levam o nome de apla-
nósporos.
326
Filamento
jovem
Laceração
A laceração é um processo que ocorre comumente nas planárias, caracterizada pelo
“estiramento” do corpo do animal, resultando em sua ruptura em vários pontos. A partir
disso, os fragmentos produzidos iniciam um processo de regeneração, originando novas
planárias.
Representação
esquemática da
laceração seguida
de regeneração em
uma planária.
327
Célula-ovo Processo de
estrobilização
Pólipo
Esquema da reprodução por estrobilização em cnidários fixos (pólipos), originando medusas, formas
dotadas de livre movimentação.
Reprodução sexuada
Nos processos assexuados de reprodução, os novos indivíduos formados apresentam
praticamente o mesmo conjunto gênico dos seres que os geraram. Portanto, esses tipos
de reprodução têm baixa variabilidade genética, diferentemente da reprodução sexuada,
que representa um fator de grande influência na evolução dos organismos, pois possibi-
lita a geração de variabilidade genética.
Meiose
328
Essas diferenças de um organismo para outro fazem com que um consiga utilizar
melhor os recursos naturais do que o outro, ou sobreviva por mais tempo ou gere mais
descendentes, possibilitando a evolução.
Rich Carey/Shutterstock
Marie C Fields/Shutterstock
Vasilii Aleksandrov/Shutterstock
A B C
Nas fotos, podem-se observar diferentes situações relacionadas à reprodução sexuada. Em (A), corais
liberam seus gametas no mar para que haja a fecundação externa. Já em (B), há o detalhe de uma
flor, mostrando seus grãos de pólen, estruturas que contêm os gametas masculinos da planta. Eles
precisam ser transportados para que alcancem os gametas femininos e realizem a fecundação. Em
(C), verifica-se a cópula entre duas aves, em que o galo introduz seus espermatozoides na galinha,
realizando fecundação interna.
329
Shutterstock
1 2
3 4
Ciências 67
De acordo com suas estruturas, as plantas estão classificadas em quatro grupos: (1) briófitas,
(2) pteridófitas, (3) gimnospermas e (4) angiospermas.
Glossário
Seiva bruta é a solução de água e sais minerais que a planta absorve do solo.
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As plantas são seres com alternância de gerações, sendo uma geração o gametó-
fito, que produz gametas por reprodução sexuada, e a outra o esporófito, que produz
esporos por reprodução assexuada.
Briófitas
São pequenas plantas, delicadas e aparentemente frágeis. No entanto, elas são muito
resistentes e suportam grandes variações ambientais. Os exemplos de briófitas mais co-
muns e conhecidos são os musgos. Eles formam a cobertura vegetal em muitas rochas e
troncos na natureza.
Shutterstock
331
Representação do gametófito
de um musgo. Os rizoides são
um conjunto de filamentos
responsáveis por fixar a
planta no solo. O cauloide é
uma haste que sustenta os
filoides, pequenas estruturas
clorofiladas que realizam a
fotossíntese.
|
Ciclo de vida de um musgo
Observe na imagem a seguir como ocorre a alternância de gerações em um musgo.
kcotsrettuhS/iahcipam
Os gametas
masculinos se juntam
aos femininos e surge
a célula-ovo ou zigoto,
A água leva os gametas o qual se desenvolve e dá
masculinos até as origem ao esporófito, que
plantas femininas. cresce sobre a planta-mãe.
Gametófito
feminino
Gametófito
masculino
O esporófito é uma
planta com uma
O processo cápsula em sua
recomeça. extremidade com
Esporos esporos dentro.
Os esporos caem
no solo e dão origem
a novos gametófitos.
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Pteridófitas
Após a colonização dos continentes pelos ancestrais das briófitas, surgiram as primei-
ras plantas com sistema de vasos condutores que transportam seiva bruta e elaborada:
as pteridófitas. Esse sistema facilita a circulação da água pela planta e permite que tenha
um tamanho maior. Essas plantas são formadas por raiz, caule e folhas.
Iain McGillivray/Shutterstock
Iain McGillivray/Shutterstock
joloei/Shutterstock
Somchai Buddha/Shutterstock
Somchai Buddha/Shutterstock
joloei/Shutterstock
Samambaia.
| Avenca.
|
Da esquerda para a direita: samambaia, xaxim e avenca.
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polaris50d/Shutterstock
no ambiente por um tempo mais longo do que o gametófito e é muito maior do que este.
Noppharat46/Shutterstock
polaris50d/Shutterstock
Noppharat46/Shutterstock
Frondes
Báculos
As folhas têm importante papel na reprodução dessas plantas porque é na face in-
ferior delas que se desenvolvem estruturas denominadas soros. Estes são um conjunto
formado por esporângios, responsáveis pela formação de esporos.
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alinabel/Shutterstock
Oosfera
Esporos
Anterozoides
Soro com
esporângios
Zigoto
Esporófito em
desenvolvimento
Sobre o protalo se
desenvolve a nova
Folha com soros
planta adulta
Gimnospermas
As gimnospermas formam um grupo muito variado de plantas, que podem ser en-
contradas em quase todos os ambientes da Terra. Da mesma forma que as pteridófitas,
as gimnospermas são plantas vasculares e apresentam estruturas como raiz, caule e fo-
lhas. No entanto, diferenciam-se por serem o primeiro grupo de vegetais a se reproduzir
sem necessidade de água, devido ao surgimento dos grãos de pólen e do tubo polínico,
e a ter total domínio do ambiente terrestre, com o surgimento do óvulo e das sementes.
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yykkaa/Shutterstock
A A • as Cycas; B B
• a Ginkgo biloba;
• a Welwitschia mirabilis;
• os pinheiros em geral.
• •osos
pinheiros emem
pinheiros geral.
geral.
yykkaa/Shutterstock
B •BB os pinheiros em geral.
yykkaa/Shutterstock
yykkaa/Shutterstock
v.apl/Shutterstock
AA A B
yykkaa/Shutterstock
A A B B
iladm/Shutterstock
DC ED
eral.
iladm/Shutterstock
iladm/Shutterstock
DDCC ED
E
E D CD
yykkaa/Shutterstock
Lane V. Erickson/Shutterstock
iladm/Shutterstock
iladm/Shutterstock
CB B ED
Lane V. Erickson/Shutterstock
C C EE
Lane V. Erickson/Shutterstock
Lane V. Erickson/Shutterstock
C E
Lane V. Erickson/Shutterstock
Iuliia Timofeeva/Shutterstock
iladm/Shutterstock
ED
(A) Cycas revoluta. (B) Ginkgo biloba –
(A)(A)
Cycas
de leque. (C) Pinheiros
| |
gimnosperma com folhas em formato
revoluta.
Cycas (B)(B)
revoluta.
diversos,
Ginkgo
também
Ginkgobiloba
biloba |
gimnosperma
gimnosperma com
comfolhas emem
folhas formato
formato
conhecidos como
de de
leque. coníferas.
leque.(C)(C)
Welwitschia
Welwitschia mirabilis
mirabilis
(D) Welwitschiagimnosperma
mirabilis – gimnosperma
gimnosperma que vive
que nono
vive deserto.
deserto.(D)(D)
que vive noAraucaria
deserto.
Araucaria(E)angustifolia
Araucaria
angustifolia – pinheiro-do-
– pinheiro-do-
angustifolia -paraná. (E) (E)
-paraná. Pinheiros diversos,
Pinheiros
– pinheiro-do-paraná. também
diversos, também
conhecidos
conhecidos como
comoconíferas.
coníferas.
E
Reprodução das gimnospermas
Assim como as pteridófitas, a geração duradoura é o esporófito. Isso significa que as
árvores que pertencem
(A) ao grupo
Cycas das(B)gimnospermas
revoluta. Ginkgo biloba são os próprios esporófitos. |
gimnosperma com folhas em formato
de leque. (C) Welwitschia mirabilis
336 gimnosperma que vive no deserto. (D)
Araucaria angustifolia – pinheiro-do-
-paraná. (E) Pinheiros diversos, também
conhecidos como coníferas.
Heiti Paves/Shutterstock
Heiti Paves/Shutterstock
VladoV/Shutterstock
Monika23/Shutterstock
Alguns exemplares de estróbilos.
Quando os esporos masculinos germinam, eles dão origem aos gametófitos mascu-
linos, os grãos de pólen, cada um com um gameta masculino. Já os esporos femininos,
quando germinados, dão origem aos gametófitos femininos, também chamados de óvu-
los, outro diferencial das gimnospermas. No interior dos óvulos maduros, existem células
responsáveis pela formação do gameta feminino (oosfera).
337
Brian Maudsley/Shutterstock
transferência de grãos de pólen de um
estróbilo a outro é realizada principal-
mente pelo vento. Esse tipo de polini-
zação recebe o nome de anemofilia. A
água também pode realizar o trans-
porte de pólen, chamado de hidrofilia.
Pinhas e pinhões.
338
SAS
Estróbilo masculino
Grãos de pólen
Estrutura feminina
Estróbilo feminino
Embrião – desenvolvi-
mento da semente
Angiospermas ribeiroantonio/Shutterstock
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Órgãos de suporte
• Pedúnculo – ramo que sustenta a flor.
Órgãos de proteção
• Sépalas – folhas modificadas que apresentam coloração geralmente esverdeada.
O conjunto de sépalas forma o cálice, que protege as estruturas da flor durante o
desenvolvimento inicial.
Órgãos de reprodução
O conjunto de órgãos masculinos forma o androceu, e o conjunto de órgãos femini-
nos, o gineceu.
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BlueRingMedia/Shutterstock
Estigma
Estilete
Anteras
Corola –
Filete conjunto de
pétalas
Ovário
Cálice –
Receptáculo
conjunto de
sépalas
Pedúnculo
As flores podem ser hermafroditas, isto é, ter os dois tipos de órgãos reprodutores
ao mesmo tempo ou apresentar sexos separados, havendo uma flor feminina e outra
masculina. Existem plantas com apenas flores de um sexo, flores de ambos os sexos ou,
ainda, flores hermafroditas.
341
Daniel Prudek/Shutterstock
Ao lado: abelha polinizando
flor. Acima: ser humano
polinizando flor.
Muitas flores são extremamente vistosas, muitas exalam forte cheiro, outras, perfu-
me, e há as que exalam odor de carne podre. Essas características têm por objetivo atrair
agentes polinizadores, como aves, insetos e até morcegos. Alguns fatores, como o vento,
a água e a polinização artificial realizada pelos seres humanos, também contribuem para
essa atração.
342
Shutterstock
Estigma
Transportado até o estigma, o grão de pólen fica
aderido a ele e inicia o desenvolvimento de uma longa
Tubo polínico
projeção: o tubo polínico. Essa estrutura leva os núcleos
reprodutores masculinos até o saco embrionário, que
está dentro do óvulo. Se a fecundação ocorrer, haverá o Estilete
O fruto abriga as
sementes. Sementes
Em cada germinam.
semente há
um embrião.
Planta adulta.
Ciclo de vida de uma
angiosperma, por exemplo,
a macieira.
O ovário da flor
se desenvolve
gerando o fruto.
Jakinnboaz/Shutterstock
Flor.
Ciclo reprodutivo de Grão de pólen cai sobre o estigma da flor. Um tubo polínico se forma,
transportando o núcleo espermático até a oosfera, ocorrendo a fecundação.
uma angiosperma. O zigoto levará ao surgimento do embrião dentro da semente.
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B and E Dudzinscy/Shutterstock
Os frutos são formados por uma porção
que envolve as sementes. Essa porção recebe o
nome de pericarpo. Alguns frutos, como o aba-
cate, o tomate, a manga e o mamão, têm paredes
espessas e, nesses casos, comestíveis. Esse tipo
de fruto é denominado fruto carnoso.
Semente
Mesocarpo
Endocarpo
Epicarpo
Pericarpo
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As plantas com dois cotilédones são chamadas eudicotiledôneas. As que contam com
apenas um cotilédone são chamadas monocotiledôneas.
PRILL/Shutterstock
se espalharem pelo ambiente é o que conhecemos como
costumam ter adaptações que facilitam o
deslocamento a grandes distâncias;
vento – sementes dispersas pelo vento costumam ter
• aves
adaptações que – frutos
facilitam brilhantes, coloridosa egrandes
o deslocamento sa-
borosos atraem as aves que deles se ali-
mentam. Posteriormente, as sementes são
aves – frutos brilhantes, coloridos, saborosos atraem
eliminadas com as fezes e, assim, trans-
as aves que deles se alimentam. Posteriormente, as
portadas a longas distâncias;
sementes são eliminadas com as fezes e assim, trans-
• mecanismo explosivo – alguns frutos
se rompem violentamente, lançando as
mecanismo explosivo – alguns frutos se rompem vio-
sementes ao longe;
|Frutos de um dente-de-leão
voando com o vento.
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Ethan Daniels/Shutterstock
Ethan Daniels/Shutterstock
EF17_7_CIE_L4_U4_04.indd
NCIAS
Coco-da-baía na água.
Germinação
Você sabe que todos os seres vivos precisam de água para garantir sua sobrevivência.
No caso das sementes, é a água que as faz saírem da condição de dormência em que
se encontram para passar a desenvolver um intenso metabolismo interno e dar origem
a uma nova planta. A germinação é influenciada pelo estado da semente, que deve estar
madura e inteira, além de não ser muito velha. A umidade do solo também é importante.
Água em excesso apodrece a semente; pouca água impede a germinação (crescimento
do embrião) e a formação da nova planta.
Bogdan Wankowicz/Shutterstock
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