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Formação da pessoa e pastor

José Alfredo Lopes Oliveira

“Espiritualidade da Cruz” - Gene Edward Veith Jr.

São Leopoldo, 01 de abril de 2022

Um resumo sobre o conteúdo exposto é feito quando observamos a jornada


do autor em buscar sua espiritualidade, encontrando-se em muitas das igrejas e
repousando suas dúvidas e anseios sobre a teologia da cruz, utilizada na igreja
luterana, baseando-se no mérito de Cristo como eficaz apenas, sem o atributo
humano como suficiente para a religiosidade, eliminando alternativas utilizadas no
período pós-moderno: o Moralismo, a Especulação e o Misticismo; como tentativa de
justificação perante Deus.

O livro “Espiritualidade da Cruz” é organizado pelo autor em 6 principais


tópicos, porém nos aprofundaremos apenas sobre a introdução e o primeiro capítulo.

Em sua primeira abordagem ao tema, descreve a situação talvez encarada


por muitos de nós e até mesmo inclui-se no fato, já nos apresentando o primeiro
conflito: a busca pela espiritualidade baseada na experiência própria e as
frustrações que podem derivar dessa busca à realização pessoal, somente
concluindo seu senso crítico no último parágrafo do texto, quando utiliza do
argumento:

“Esta é uma fé particularmente centrada na cruz de Jesus Cristo. Como tal,


ela oferece uma estrutura para abranger, de uma maneira honesta e compreensiva,
todo o espectro da vida espiritual”

(“Espiritualidade da Cruz” – Pág. 13)

Nas páginas seguintes, defende sobre a originalidade do termo “Evangélico”


referindo-se primeiramente aos luteranos, mostrando assim a herança carregada
pela igreja, apresentando o segundo conflito, que é desenrolado nas páginas 15 e
16, mas resume-se na frase:
“Elas (pessoas) querem ter experiência religiosa sem crença religiosa”

(“Espiritualidade da Cruz” – Pág. 15)

Isso admite e enfatiza a importância quanto a área de ensino e a divulgação


conforme a exposição correta das Escrituras, pois o erro deriva da má administração
da Palavra de Deus, e falha em mostrar que a Espiritualidade é algo a ser
alcançado. Sabemos que pela justificação em Cristo somos livrados da pena, pelo
favor do próprio Deus para conosco, então a espiritualidade em que falamos não se
trata de uma experiência mística ou disciplinada, mas sim algo que precisa ser vivido
em conformidade com as Escrituras, como descrito posteriormente:

“A espiritualidade, afinal, precisa ser vivida, não apenas intelectualizada, e o seu


locus são mistérios que acontecem em uma igreja local comum. ”

(“Espiritualidade da Cruz” – Pág. 18)

Ao concluir o primeiro capítulo do livro, não tive nenhum ponto de


discordância conforme o autor, mas vale ressaltar quanto a perspectiva vivida por
ele, mostrando que atos sobrenaturais por nós vividos são tidos como mistérios,
exemplo temos como o ato de orar, da eucaristia, batismo, entre muitos. Fato nem
sempre atentado por nós na racionalidade de sua realização, pois até mesmo no
fechar dos olhos e no confessar, estamos tratando com o Criador de todo o
universo.

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