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Pancreatite 2
Pancreatite 2
Alterações tomográficas
A tomografia computadorizada com contraste
pode identificar áreas de má perfusão do
pâncreas, havendo estreita correlação com a
necrose macroscópica. Quanto maior o
volume de tecido necrótico maios o risco de
infecção do mesmo.
Princípios do tratamento
Referencias
Leitura complementar
Anatomia e fisiologia do pâncreas
É constituído por células acinares, ductais e das ilhotas. As células das ilhotas, que respondem pela
função endócrina, e representam apenas 1 a 2% do total da massa do pâncreas, são representadas
pelas células alfa (produtoras de glucagon), células beta (insulina), células delta (gastrina,
somatostaina)e células PP (polipeptideo pancreático). Pode haver mais de um milhão de ilhotas de
Langerhans, no pâncreas, mais concentradas na região da cauda.
O ácino pancreático, composto por células acinares e ductais é a unidade funcional do pâncreas. As
células acinares secretam as enzimas amilase, lipase, ribonuclease, proelastase,
procarboxipepetidase, quimiotripsinogenio e tripsinogênio no interior do sistema ductal, em forma
inativa. Essas enzimas são secretadas pelo pâncreas em resposta ao estímulo de colecistoquina
(CCK), um peptídeo produzido no trato gastrointestinal. A liberação da CCK por sua vez depende
de dois mecanismos, que coordenadamente regulam o nível de CCK no trato gastrointestinal: o
primeiro denominado peptídeo monitor, é produzido nas células acinares pancreáticas e secretado
na luz intestinal, e o segundo é o fator intestinal , o fator liberador de CCK luminal, que estimula a
liberação de CCK em resposta a ingestão de proteína ou gorduras.
Existem dois receptors para a CCK, o CCKb, localizado no Cérbero e o receptor CCKa, localizado no
piloro. A colecistoquinina exerce sua ação sobre o CCKa determinando a constrição do piloro e
dessa forma determinando retardo do esvaziamento gástrico
Gastroenterologia Semiologia - GESEP
As células ductais secretam água, bicarbonato e eletrólitos, que mantém o pH adequado para que a
secreção alcance de forma inativa o duodeno. Essa secreção é estimulada pela secretina, liberada
pelo duodeno.
Ácino pancreático
Ao entrarem em contato com a secreção duodenal, as enzimas inativas são ativadas em reação
autocatalítica.
Fisiopatologia
Dependendo do tipo de agressão exercido sobre o pâncreas, na maioria da vezes calculo biliar
encravado na ampola de Vater, ou exposição ao álcool, ocorre lesão ao ácino pancreático, com
retenção e ativação das enzima digestivas, que iniciam processo de autodigestão. As principais
enzimas envolvidas neste processo são a tripsina, quimiotripsina, elastase e fosfolipase. Tendo
ocorrido lesão do ácino, com a conseqüente liberação das enzimas é ativado o sistema de
complemento e as cascatas inflamatórias, alem de substancias que causam aumento da
permeabilidade vascular, e citocinas, que estimulam a chegada de leucócitos, amplificando o
processo inflamatório local, estabelecendo condições para ciclagem de eventos inflamatórios que
eventualmente culminam em isquemia e necrose do órgão. À medida que o processo evolui, áreas
maiores são envolvidas, incluindo gordura peripancreática e da região retroperiotoneal. A liberação
na circulação das moléculas inflamatórias determina efeitos sistêmicos, ocorrendo permeabilidade
capilar generalizada, hipotensão, hipóxia e febre, configurando resposta inflamatória sistêmica que
pode culminar em disfunção de múltiplos órgãos.