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EVIDÊNCIA DE QUE AS DATAS DE 1914 A.D.

E 607 A.C. DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ ESTÃO ERRADAS

PORQUE 1914 A.D. É IMPORTANTE PARA AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

A data de 1914 A.D. tem representado um papel dominante na escatalogia das Testemunhas de Jeová desde
seu começo em 1879 com os escritos de Charles Taze Russell, fundador da Sociedade Torre de Vigia de
Bíblias e Tratados. Por mais de 100 anos, as Testemunhas de Jeová têm ensinado que 1914 marca a
conclusão de um tempo profético a que chamam “Tempo dos Gentios” ou “tempo designado das nações”
que alegam, começou com a queda de Jerusalém em 607/606 a.C.

Antes de 1914, as Testemunhas de Jeová proclamaram que o fim desse período culminaria com a destruição
de todos os governos terrestres na “Batalha do Armagedom.”1. Com o rompimento da Primeira Guerra
Mundial em 1914, parecia-lhes que tais declarações proféticas proferidas pela Sociedade Torre de Vigia,
estavam de facto tendo o seu cumprimento e que o novo sistema de coisas debaixo do reinado milenar de
Cristo estava já ao virar da esquina. Proclamando tais declarações, as Testemunhas de Jeová saíram para as
ruas, instando com prospetivos conversos a juntarem-se à organização Torre de Vigia, de forma a evitarem a
destruição eminente que proclamavam, iria ocorrer perto dessa data.

Quando Cristo falhou em aparecer em 1914 e a Primeira Guerra falhou em abolir os governos terrestres,
Joseph F. Rutherford, sucessor de Charles Taze Russell, adotou uma grande mudança no modo como as
Testemunhas de Jeová viam 1914. Este ano de 1914, não mais era destacado como sendo a conclusão do
profético “tempo do fim,”2. mas antes, como é visto em nossos dias, o “principio” deste período.3. Esta
grande mudança na doutrina cronológica da Torre de Vigia relativo a 1914, tem permitido às Testemunhas
de Jeová continuar a promover esta data falsa como o tempo para Cristo iniciar um “invisível” reino nos céus.
Eles afirmam de que este período de tempo irá chegar ao clímax, com o fim do governo humano na Batalha
do Armagedom.

COMO 1914 É CALCULADO

As Testemunhas de Jeová calculam o período de tempo de 2.520 anos entre 607 a.C. a 1914 A.D. por
pegar numa simples profecia de Daniel, capítulo quatro, que se aplica especificamente aos sete anos (“sete
tempos”) que o Rei Nabucodonosor de Babilónia iria se tornar um exilado do seu reino, aplicando-a
erradamente a Jerusalém, que eles afirmam representar “o governo de Deus.”

Eles assim afirmam que Jerusalém foi “pisada” em 607/606 a.C. por Babilónia e que os “sete tempos”
referem-se a sete anos proféticos de 360 dias cada, correspondendo a um dia por um ano. Assim, 7 anos
X 360 dias = 2.520 dias X um dia por um ano = 2.520 anos. Assim, eles afirmam que para 2.520 anos,
de 607/606 a.C. a 1914 A.D., as nações pisaram o reino de Deus até 1914, altura em que “os tempos
designados das nações” terminaram e Jesus Cristo foi entronizado como o Rei Celestial de Deus.”4.

SE 1914 ESTÁ ERRADO, SÃO AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ FALSOS PROFETAS?

Absolutamente fundamental para a predição de 1914, concernente ao alegado reinado invisível de Cristo nos
céus, é a afirmação de que 607 a.C. marca a data para a destruição de Jerusalém por Babilónia. Contudo,
todos os historiadores seculares discordam da data apontada pela Torre de Vigia, por declarar que a queda
de Jerusalém não ocorreu senão 20 anos mais tarde em 587 a.C. Deste modo, se a data da Torre de
Vigia para a queda de Jerusalém em 607/606 a.C. é incorreta, as suas predições sobre 1914 caem
por terra de acordo com a condenação de Jesus dos falsos profetas em Mateus 24. Não é apenas a
cronologia por detrás da data de 1914 da Torre de Vigia que deve ser considerada, mas os fortes avisos que
Jesus deu acerca daquilo com que deveríamos ter cuidado quando ele retornasse.

“Enquanto estava sentado no Monte das Oliveiras, aproximaram-se dele os discípulos, em particular,
dizendo: “Dize-nos: Quando sucederão estas coisas e qual será o sinal da tua presença e da terminação
do sistema de coisas?” … E surgirão muitos falsos profetas, e desencaminharão a muitos … Então, se
alguém vos disser: ‘Eis aqui está o Cristo!’, ou: ‘Ali!’, não o acrediteis. Porque surgirão falsos cristos e
falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios, a fim de desencaminhar, se possível, até mesmo os
escolhidos. Eis que eu vos avisei de antemão. Portanto, se vos disserem: ‘Eis que ele está no deserto!’,
não saiais; ‘eis que ele está nos aposentos interiores!’, não o acrediteis. Pois, assim como o relâmpago sai
das regiões orientais e brilha sobre as regiões ocidentais, assim será a presença do Filho do
homem.” — Mateus 24:3, 11, 23-275.

UMA VINDA VISÍVEL OU INVISÍVEL?

Jesus alertou que um dos sinais do Seu regresso em breve seria que falsos profetas iriam proclamar uma data
errada para a Sua presença (parousia). Para impedir que os seus verdadeiros seguidores fossem enganados,
Jesus relacionou a Sua presença com o relâmpago que brilharia de leste a oeste. Quão gradual e invisível
é o relâmpago? Não aparece rápida e imediatamente? Independentemente deste facto, a Sociedade
Torre de Vigia argumenta que a presença de Cristo começou em 1914 e que a Sua presença irá
gradualmente fazer-se sentir até certo ponto no futuro, quando Jesus voltar invisivelmente (erkhomai) e
executar julgamento contra os governos terrestres na “guerra do Armagedom”.6. Contudo, Jesus passou a
explanar sobre o aparecimento visível da Sua presença e vinda quando Ele disse:

“Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se


baterão então em lamento, e verão o Filho do homem vir nas nuvens do céu, com poder e
grande glória.” —Mateus 24:30

Se “todas” as tribos da terra irão “lamentar” quando “virem” Cristo, como pode ser a Sua Vinda
invisível para todos, exceto para os seus verdadeiros seguidores? Certamente, não iriam lamentar se
fossem seguidores verdadeiros de Jesus. Contudo, a Sociedade Torre de Vigia esforça-se em rodear estas
declarações claras sobre o retorno visível de Jesus, por declarar que Ele tem um corpo espiritual invisível, de
forma a que a única maneira de alguém na terra o “ver” é por ser capaz de discernir os eventos da Sua vinda
que ocorrerão à sua volta.7. Encarar este texto de forma simbólica, apenas prova o esforço usado pelos
falsos profetas, de forma a convencer as pessoas das suas profecias falhadas.

Não é apenas esta passagem clara acerca da visibilidade da vinda de Jesus, mas claramente demonstra que
Jesus ressuscitou num corpo humano físico (João 2:18-22 e Lucas 24:39). Está além do âmbito deste artigo
mostrar todos os argumentos que as Testemunhas de Jeová levantam contra a física, corpórea ressurreição
de Cristo. Contudo, se estiver interessado em mais informação sobre este assunto, encorajamo-lo a ler o
nosso artigo intitulado: SERÁ QUE JESUS RESSUSCITOU DOS MORTOS EM UM CORPO
ESPIRITUAL INVISÍVEL? – Por dentro da Visão da Ressurreição da Torre de Vigia” –
http://dev.4jehovah.org/the-resurrection-of-jesus-a-spirit-body/

Nós estabelecemos o porquê da predição da Torre de Vigia acerca da presença de Cristo em 1914 ser tão
séria. De facto, se está errada, as Testemunhas de Jeová são falsos profetas e não estão “na verdade.”

SERÁ QUE DATA DA TORRE DE VIGIA SOBRE 607 A.C. CONCORDA COM A BÍBLIA?

O TEMPLO EM JERUSALÉM ESTEVE DESOLADO POR 70 ANOS OU 90 ANOS?

A Sociedade Torre de Vigia admite que a sua data de 607 a.C. para a queda de Jerusalém não concorda
com a cronologia secular que coloca a destruição de Jerusalém em 587/586 a.C.8. Contudo, eles afirmam
que a sua data está mais de acordo com a cronologia Bíblica, do que a data dada pelos historiadores
seculares. É isto verdade? Examinemos o que as Escrituras têm a dizer sobre este assunto.

A primeira linha de evidência a partir da Bíblia que suporta a data secular de 587 a.C. para a queda de
Jerusalém, é o facto de que no quarto ano do reinado do rei Dario, o templo de Jerusalém havia estado em
ruínas por setenta anos, não noventa. O relato Bíblico de Zacarias proclama:

“ ‘E virão os que estão longe e realmente construirão no templo de Jeová… Além disso,
sucedeu no quarto ano de Dario, o rei, que veio a haver a palavra de Jeová para Zacarias …
dizendo: “Chorarei no quinto mês, observando abstinência, assim como fiz, oh! por tantos
anos? … ‘Quando jejuastes e houve lamentação no quinto [mês] e no sétimo [mês], e isto
por setenta anos, jejuastes realmente para mim, sim, para mim?’ ” —Zacarias 6:15; 7:1, 3, 5

Quando é que este pranto por Jerusalém e seu templo começou? Foi o templo em Jerusalém destruído
setenta anos (em 587 a.C.) ou noventa anos (em 607 a.C.) antes do quarto ano do reinado do rei
Dario? Visto que Zacarias 7:1 claramente mostra que foi “setenta anos” antes desta data, que a destruição
ocorreu, tudo o que precisamos de saber de forma a calcular quando o templo foi destruído é saber a que
data corresponde o quarto ano de reinado do rei Dario. É aqui que a Sociedade Torre de Vigia realmente
concorda com a data atribuída pelos historiadores seculares, quando declara:

“Dario I, também conhecido como Dario, o Grande, ascendeu ao trono em 521 AEC, a
obra da reconstrução do templo em Jerusalém estava proscrita. Quando descobriu o
documento com o decreto de Ciro, nos arquivos em Ecbátana, Dario fez mais do que apenas
eliminar a proscrição em 520 AEC. Ele forneceu também fundos do tesouro real para a
reconstrução do templo.” —Preste Atenção à Profecia de Daniel!, 1999, pág. 52

Então se o primeiro ano de reinado de Dario foi em 521 a.C., que data assinala o “quarto ano de
reinado de Dario, o rei” em Zacarias 7:1? Não será a data de 517 a.C.? Setenta anos antes a partir
de 517 a.C. aponta para 587 a.C. como sendo a queda de Jerusalém, não a data de 607 a.C.
atribuída pela Torre de Vigia.

70 ANOS OU 90 ANOS DE SERVIDÃO PARA BABILÓNIA?

A próxima linha de evidência da Escritura Bíblica para a data de 587 a.C. é o facto de que as “nações” iriam
“servir” o Rei de Babilónia por apenas setenta anos, não noventa anos. Falando da terra de Israel e suas
nações vizinhas, Jeremias afirma:
“E toda esta terra terá de tornar-se um lugar devastado, um assombro, e estas nações terão
de servir ao rei de Babilónia por setenta anos.”’ “‘E terá de acontecer que, quando
tiverem cumprido setenta anos, ajustarei contas com o rei de Babilónia e com aquela
nação’, é a pronunciação de Jeová, ‘pelo seu erro, sim, com a terra dos caldeus, e vou fazer
dela baldios desolados por tempo indefinido.” —Jeremias 25:11-12

De acordo com esta passagem, que evento iria marcar o pleno cumprimento dos setenta anos de
servidão, que as nações em redor de Israel, deveriam dar ao “rei de Babilónia”? Jeremias 25:12 diz
“quando tiverem cumprido setenta anos” Jeová irá ‘ajustar contas com’ quem? O REI de Babilónia!

De acordo com o versículo doze, existiria alguma possibilidade de o julgamento de Jeová contra o “rei de
Babilónia” ocorrer antes do cumprimento pleno dos setenta anos de servidão? Não! Diz: “quando tiverem
cumprido setenta anos.”

Contudo, quer a Torre de Vigia quer os historiadores seculares concordam que Babilónia foi destruída pelos
Medos e Persas quando o “rei de Babilónia” morreu em 539 a.C.9. Até mesmo Daniel descreve a noite em
que o julgamento de Jeová se cumpriu contra o “rei de Babilónia.” Diz:

“Naquela mesma noite foi morto Belsazar, o rei caldeu, e o próprio Dario, o medo,
recebeu o reino ao ter cerca de sessenta e dois anos de idade.—Daniel 5:30-31

Porque é isto importante? De acordo com a cronologia da Torre de Vigia, se os setenta anos de
servidão começaram em 607 a.C., deveriam ter terminado em 537 a.C.10. Isto são dois anos APÓS
Belsazar, o rei Caldeu de Babilónia, ter morrido! Como poderia Jeová “ajustar contas” com um rei
MORTO em 537 a.C., mas que havia morrido 2 antes em 539 a.C.?

Visto que a Bíblia é clara ao mostrar que foi a morte do “rei de Babilónia” em 539 a.C. que marcou o
“cumprimento” dos “setenta anos” de servidão, que data marca o começo? É 609 a.C. e não 607 a.C.
Então o que existe de significante acerca deste ano, 609 a.C.? O historiador Stefan Zawadzki comenta:

“Em 609 a Assíria foi mencionada pela última vez como ainda existindo, mas apenas de
forma marginal no noroeste da Mesopotâmia. Após esse ano a Assíria deixou de
existir.”—The Fall of Assyria, (A Queda da Assíria), (Poznan: Adam Mickiewicz University
Press, 1988, (edição em inglês), pág. 16

Assim, embora Nínive, a primeira capital da Assíria, tivesse caído em 612 a.C., foi apenas em 609 a.C.
quando a Assíria tentou reconquistar Harran e foi novamente derrotada por Babilónia, que a sua influência foi
plenamente sentida pelas nações. Nós podemos, assim, apontar razoavelmente para 609 a.C. como a data
em que os setenta anos de servidão a Babilónia pelas nações começaram a ser contados. Como se pode
ver, estas datas estabelecidas por historiadores seculares, encaixam perfeitamente com o relato
Bíblico da cronologia.

Não obstante estes factos, a Sociedade Torre de Vigia discorda destas datas e acrescenta vinte anos
adicionais ao período Neo-Babilónico. Deste modo, colocam a queda de Nínive para trás, até ao ano 632
a.C. e a última derrota da Assíria no ano 629 a.C.11. Estas datas atribuídas pe la Sociedade Torre de
Vigia (sem qualquer apoio histórico) claramente discorda com o relato Bíblico porque eles
requerem que as nações tenham servido Babilónia por noventa anos até 539 a.C., em vez de
setenta anos!

Como tenta a Sociedade Torre de Vigia justificar a sua data falsa para a queda de Jerusalém? A Sociedade
cita Jeremias 29:10 a partir da Bíblia das Testemunhas de Jeová, a Tradução do Novo Mundo e afirma que
a servidão apenas se refere ao tempo em que os judeus estiveram exilados “em Babilónia.” A Sociedade
Torre de Vigia declara:

“A “boa palavra” de Jeová está relacionada com o período predito de 70 anos, porque Deus
disse: “Assim disse Jeová: ‘De acordo com o cumprimento de setenta anos em Babilónia,
voltarei minha atenção para vós, e vou confirmar para convosco a minha boa palavra por
trazer-vos de volta a este lugar.’” (Jeremias 29:10) … Assim, contando para trás 70 anos a
partir de quando os judeus voltaram à sua pátria em 537 A.E.C., chegamos a 607 A.E.C.
como data em que Nabucodonosor, no seu 18.° ano de reinado, destruiu
Jerusalém…”—“Venha o Teu reino”, 1981, pág. 189

Contudo, note a discrepância entre como a Tradução do Novo Mundo verte Jeremias 29:10, comparada
com a maioria das traduções modernas:

TNM: “…De acordo com o cumprimento de setenta anos em Babilónia, voltarei minha atenção para
vós…”

BJ: “Quando se completarem, para a Babilónia, setenta anos eu vos visitarei e realizarei a minha
promessa…”

NVI: “Quando se completarem os setenta anos da Babilónia eu cumprirei a minha promessa…”

NTLH: “Quando os setenta anos da Babilónia passarem, eu mostrarei que me interesso por
vocês…”

RA: “Logo que se cumprirem para a Babilónia setenta anos, atentarei para vós outros…”

Enquanto algumas poucas traduções, tais como a João Ferreira de Almeida, podem ser usadas para apoiar
a tradução de “em Babilónia” em vez de “para Babilónia”, a vasta maioria das traduções apoiam a tradução
de “setenta anos… para Babilónia.” Até mesmo a Bíblia Interlinear Hebreu-Inglês de Jay P. Green,
publicada por Hendrickson, concorda com a tradução de “para Babilónia.” Deste modo, a pretensão da
Torre de Vigia de que a servidão não começou, senão após os judeus serem exilados para Babilónia na
queda de Jerusalém, baseada em Jeremias 29:10 é injustificável. Para além disso, note quem realmente
iria servir Babilónia por setenta anos. Eram os judeus exilados ou as nações em redor de Israel?

“E toda esta terra terá de tornar-se um lugar devastado, um assombro, e estas nações terão
de servir ao rei de Babilónia por setenta anos.” —Jeremias 25:11

Note, são as “nações” em redor de Israel que iriam servir durante setenta anos, NÃO o próprio Israel!
Novamente, isto aponta a queda da Assíria às mãos de Babilónia como o começo dos setenta anos de
servidão pelas nações; não os noventa anos de servidão, conforme pretendido pela Sociedade
Torre de Vigia.

Então, como conhecer o início da data dos setenta anos de servidão, começando com a queda da Assíria
por Babilónia em 609 a.C. estabelece 587 a.C. para a queda de Jerusalém? Jeremias explica que a
destruição e o exílio de Jerusalém ocorreram no 18º ano de reinado de Nabucodonosor. Declara:

“E no quinto mês, no décimo dia do mês, isto é, [no] décimo nono ano do Rei
Nabucodorosor, rei de Babilónia, Nebuzaradã, chefe da guarda pessoal, que estava de pé
perante o rei de Babilónia, entrou em Jerusalém. 13 E ele passou a queimar a casa de
Jeová e a casa do rei, bem como todas as casas de Jerusalém; e a toda casa grande ele
queimou com fogo… No décimo oitavo ano de Nabucodorosor havia de Jerusalém
oitocentas e trinta e duas almas.”—Jeremias 52:12-13, 2912.

Visto que a Torre de Vigia concorda com os historiadores seculares que afirmam que Nabucodonosor
começou a reinar após a morte de seu pai Nabopolassar, após a Batalha de Carquemis, que ocorreu quatro
anos após a queda da Assíria,13. podemos facilmente calcular o 18º ano do reinado de Nabucodonosor. Ao
se estabelecer 609 a.C. como a data em que a Assíria caiu e Babilónia começou a reinar sobre as
nações, podemos facilmente calcular 587 a.C. como sendo a data em que ocorreu a queda de
Jerusalém no 18º ano de reinado de Nabucodonosor.

Posto de forma simples, coloque a queda da Assíria em 609 a.C., adicione quatro anos para a Batalha de
Carquemis, ocorrendo esta em 605 a.C., quando Nabucodonosor começou a reinar após a morte de seu
pai. Agora, adicione 18 anos a partir de 605 a.C. e chegamos a 587 a.C. para a queda de Jerusalém.

Assim, nós podemos ver que do ponto de vista Bíblico, a conquista de Babilónia sobre a Assíria em 609
a.C. e esta sendo servida pelas nações em sujeição por setenta anos até 539 a.C., juntamente com as
declarações de Zacarias de que Jerusalém estava em ruínas no quarto ano de Dario o medo em 517 a.C.,
estabelece solidamente a evidência Bíblica para a queda de Jerusalém em 587 a.C., não em 607 a.C.

O QUE O REGISTO HISTÓRICO REVELA?

Tendo estabelecido o sólido suporte Bíblico para as datas providenciadas pelos historiadores seculares,
agora iremos virar a nossa atenção para os registos arqueológicos preservados nas tabuinhas cuneiformes
Neo-Babilónicas. Será que estes registos concordam com o período de noventa anos da Torre de
Vigia, para o reinado de Babilónia sobre as nações ao redor de Israel, ou será que realmente estão
de acordo com o registo Bíblico de “setenta anos …para Babilónia”?

Nas páginas 186 e 187 do seu livro de 1981, “Venha o Teu Reino,” a Sociedade Torre de Vigia admite
que a cronologia secular baseia as suas datas para o reino de Babilónia sobre um vário número de
documentos históricos. Estes documentos incluem o seguinte: As Crónicas Neo-Babilónicas, o Canon de
Ptolomeu (também chamado de Cânon Real), registo dos reis de Beroso, a Lista dos Reis de Uruque,
inscrições reais, tabuinhas de comércio Neo-Babilónico da época, registo de eclipses e diários astronómicos.
Juntos, estas fontes confirmam os seguintes anos de ascensão e reinado para os reis de Babilónia:

NOME DO REI ANOS DE REINADO DURANTE O PERÍODODE DATAS HISTÓRICAS


70 ANOS
Nabopolassar 4 Anos (O reinado Assírio terminou no 17º ano do seu 609-605 A.C.
21º ano de reinado)
Nabucodonosor 43 Anos 605-562 A.C.
Evil-Merodaque 2 Anos 562-560 A.C.
Neriglissar 4 Anos 560-556 A.C.
Labasi-Marduque 0 Anos (apenas reinou 2-3 meses) 556 A.C.
Nabonido 17 Anos 556-539 A.C.
TOTAL 70 ANOS EM QUE AS NAÇÕES SERVIRAM 609-539 A.C.
BABILÓNIA

Agora iremos examinar cada uma destas fontes para ver como elas confirmam a informação na tabela acima.

AS CRÓNICAS NEO-BABILÓNICAS:
Diversos registos históricos cobrindo a história da Neo-Babilónia foram preservados em antigas tabuinhas
cuneiformes feitas de argila. A.K. Grayson publicou no seu livro Assyrian and Babylonian Chronicles
(Assíria e as Crónicas Babilónicas), uma tradução inglês das crónicas cuneiformes, que são mantidas no
Museu Britânico, em Londres. Nas suas séries, Crónicas 2-7 começam com o ano de ascensão de
Nabopolassar em 626 a.C. e terminam com o início do reinado de Ciro em 538 a.C. Iremos agora examinar
alguns destes documentos.

CRÓNICA 3 (BM 21901) confirma que o reinado da Assíria terminou em 609 A.C. no 17º ano de
Nabopolassar.

“Eventos registados pelo B.M 21901… “609 Nabopolassar 17… Assur-uballit e um exército
Egípcio avançou sobre Harran. Cerco Assírio-Egípcio de Harran terminou com a
aproximação de Nabopolassar. Operações Babilónicas em Izalla e terminaram na fronteira
Arménia. Nabopolassar regressa a casa.” — D.J. Wiseman, Chronicles of Chaldaen Kings
(626-556 B.C.) in the British Museum, (Crónicas dos Reis Caldeus (626-556 a.C.) no
Museu Britânico), 1956, pág. 45 (edição em inglês)

CRÓNICA 5 (BM 21946) confirma que Nabucodonosor tornou-se rei no 21º ano de reinado de seu
pai Nabopolassar.

“[O vigésimo primeiro ano]: O rei de Acade permaneceu em casa (enquanto) Nabucodonosor
(II), seu filho mais velho (e) o príncipe herdeiro, reuniu [o exercito de Acade]. Ele liderou o seu
exercito e marchou para Carquemis que está na margem do Eufrates. … Naquela ocasião
Nabucodonosor (II) conquistou toda a Ha[ma]th. Por vinte e um anos Nabopolassar reinou
Babilónia. No oitavo dia do mês Ab ele morreu. No mês Elul Nabucodonosor (II) retornou
a Babilónia e no primeiro dia do mês de Elul ele ascendeu ao trono real em Babilónia.”
—A.K. Grayson, , Assyrian and Babylonian Chronicles, (Assíria e as Crónicas
Babilónicas), 1975, págs. 99-100 (edição em inglês)

CRÓNICA 7 (BM 35382), também chamada Crónica de Nabonido, mostra que Babilónia foi
conquistada no 17º ano do reinado de Nabonido.

“O décimo sétimo ano: …o exercito de Ciro (II) entrou em Babilónia sem uma batalha. Após
isso, depois de Nabonido recuar, ele foi capturado em Babilónia.” — A.K. Grayson, ,
Assyrian and Babylonian Chronicles, (Assíria e as Crónicas Babilónicas), 1975, págs. 109-
110 (edição em inglês)

AS LISTAS DE REIS

A lista de reis difere das crónicas Neo-Babilónicas, porque ela apenas lista os nomes de reis e o número de
anos que reinaram, e não dá detalhes sobre os eventos históricos que ocorreram durante os seus reinados.
Enquanto as crónicas que temos disponíveis não nos dão a completa cronologia para o período Neo-
Babilónico, a importância de uma lista de reis, tais como o Cânon de Ptolomeu, é que este registo
provavelmente deriva do conjunto de Crónicas Neo-Babilónicas assim como de outras listas de reis do
tempo de Babilónia. O facto de que o Cânon de Ptolomeu e o registo de reis providenciado por Beroso
serem independentemente derivados um de outro e no entanto, ambos concordarem, indica que estes
registos são confiáveis.

CANON DE PTOLOMEU (O CANON REAL) confirma os reinados de todos os rei excepto


Labasi-Marduque.
O Cânon de Ptolomeu lista os reis e seus reinados desde Nabonassar em Babilónia (747-734 a.C.) através
dos impérios Romano e Bizantino. Enquanto esta lista foi preparada por Cláudio Ptolomeu, um astrónomo no
primeiro século A.D., existe evidência de que listas de reis tal como esta existiam muito antes de Ptolomeu.
Assim, podemos assumir que esta lista foi o resultado de fontes mais antigas, incluindo o conjunto de
Crónicas Neo-Babilónicas. Enquanto o Cânon de Ptolomeu não menciona o reinado de Labasi-Marduque,
confirma de facto, todos os anos de reinados atribuídos para todos os reis durantes este período. A versão
Grega da lista é reproduzida em um livro alemão intitulado Handbuch Der Matematischen Und
Technischen Chronologie, vol. 1, pág. 139 de F.K. Genzel (Leipzig 1906), e a tradução inglesa da porção
do Cânon de Ptolomeu que cobre a era Neo-Babilónica, diz o seguinte:

“Caldeu… Nabopolassar 21… Nabucodonosor 43 …Amel-Marduck 2 …Neriglissar 4 …


Nabonido 17”— Leo Depuydt, “More Valuable Than All Gold”: Ptolemy’s Royal Canon
and Babylonian Chronology in Journal of Cunieform Studies, (“Mais Valioso que Todo o
Ouro”: Cânon Real de Ptolomeu e a Cronologia Babilónica no Jornal de Estudos
Cuneiformes), vol. 47, 1995, pág. 98 (edição em inglês)

O REGISTO DOS REIS DE BEROSO confirma os reinos de todos os reis, havendo apenas uma
discrepância no reinado de Labasi-Marduque.

Beroso foi um escritor babilónico que viveu no século III a.C. durante o período helenístico. Fragmentos
dos seus escritos foram preservados nos escritos de historiadores romanos e judeus do primeiro século
A.D., tais como Flávio Josefo, que regista suas declarações sobre os reis babilônicos nos seus livros, Contra
Apion e As Antiguidades dos Judeus. Quanto à batalha de Carquemis e à ascensão de Nabucodonosor ao
trono, Josefo cita Berosus (Beroso) como afirmando que Nabopolassar reinou por 21 anos antes que
seu filho Nabucodonosor o sucedesse.

“Agora Beroso faz menção das suas acções no seu terceiro livro da sua História Caldéia, onde
ele diz o seguinte: — (220) ‘Quando o seu pai [Nabopolassar] ouviu que o governador que ele
havia estabelecido sob o Egito, e que lugares como a Celesíria e Fenícia, se haviam revoltado
contra ele… ele escolheu a seu filho Nabucodonosor, que era ainda um jovem, algumas
partes de seu exercito, e enviou-os contra ele. (221) Então quando seu filho Nabucodonosor
batalhou, e lutou contra o rebelde, ele o venceu… e fez uma sucursal do seu próprio reino; mas
aconteceu naquele tempo que seu pai [Nabopolassar] ficou doente, e terminou sua vida
na cidade de Babilónia, onde havia reinado vinte e um anos” — The Antiquities of the
Jews, Book 10, Chapter 11, The Works of Josephus, (As Antiguidades dos Judeus, Livro
10, Capítulo 11, Os Escritos de Josefo), (Hendrickson Publishers, 1987) pág. 281 (edição em
inglês)

Em outros lugares, no livro I de Josefo, Against Apion (Contra Apion), ele cita Beroso como fornecendo
uma lista de anos de reinado para cada um dos outros reis babilônicos:

“Agora, quanto ao que eu havia dito acerca do templo em Jerusalém, contra o qual os
Babilónicos haviam lutado, e havia sido queimado por eles, mas que foi aberto novamente
quando Ciro conquistou o reino da Ásia, ficará agora demonstrado a partir do que Beroso
acrescentou; (146) Pois ele afirma no seu terceiro livro: — ‘Nabucodonosor, após ter
começado a construir a muralha anteriormente mencionada, ficou doente, e partiu desta vida,
quando havia reinado quarenta e três anos; sendo o seu filho Evil-Merodaque que
obteve o reino. (147) Ele governou depois os assuntos públicos de forma ilegal e impura, e
teve uma trama montada contra ele por Neriglissar, marido de sua irmã, e foi morto por ele
quando havia reinado apenas dois anos. Após ele ser morto Neriglissar, a pessoa que
tramou contra ele, sucedeu-o no seu reino, e reinou quatro anos; (148) o seu filho Labasi-
Marduque obteve o reino, embora fosse apenas criança, e manteve-o por nove meses;
mas devido ao seu mau temperamento e más práticas exibidas ao mundo uma trama foi feita
contra ele pelos seus amigos e ele foi atormentado até à morte. (149) Após a sua morte, os
conspiradores juntaram-se, e por comum acordo, puseram a coroa sob a cabeça de
Nabonido, um homem de Babilónia, e um daqueles que havia pertencido àquela insurreição.
No seu reinado aconteceu que os muros da cidade de Babilónia foram curiosamente
construídos com tijolos queimados e betume; (150) mas quando ele chegou ao décimo
sétimo ano do seu reinado, Ciro veio da Pérsia com um grande exercito; e tendo já
conquistado todo o resto da Ásia, ele veio apressadamente para Babilónia.” —Flavius
Josephus Against Apion, Book 1, The Works of Josephus, (Flávio Josefo Contra Apion, Livro
1, Os Escritos de Josefo), (Hendrickson Publishers, 1987) pág. 782 (edição em inglês)

A única discrepância no registo dos reis de Beroso é o reino de Labasi-Marduque, que ele lista como sendo
de nove meses em vez dos dois ou três meses atribuídos por outros registos históricos. No entanto, esta
discrepância pode ser reconciliada visto que alguns consideram a possibilidade de um possível erro de
escriba nas obras de Josefo. Paul-Alain Beaulieu explica:

“Segundo Beroso, Labasi-Marduque reinou nove meses, o que é impossível de acordo com
documentos datados. É provável que, se o manuscrito do próprio Beroso usou um
algarismo em vez de um número escrito por extenso, uma confusão entre 9 (theta) e 2
(beta) podia ter facilmente surgido, portanto, o texto original pode ter dito dois meses
(Parker e Dubberstein 1956:13). A lista de reis de Uruque atribuí-lhe um reinado de três
meses (Grayson 1980:97), dados que não estão em desacordo com os documentos desta
cidade, especialmente YBC 3817, que mostram que Labasi-Marduque foi reconhecido como
rei lá, pelo menos até 19 de Junho (Goetze 1944:44). O mais antigo documento datado de
Nabonido de Uruque é de 1 de Julho (YOS VI:1). O arquivo de Sippar fornece datas
semelhantes: a última data de Labasi-Marduque é 20 de Junho (Lab 3), enquanto o mais antigo
de Nabonido é 26 de Junho (Nbn 1). A situação em Babilónia, no entanto, é problemática. O
último documento de Labasi-Marduque desta cidade é datado de 24 de Maio (NBC 4534),
cerca de um mês após a sua ascenção. No dia seguinte Nabonido foi reconhecido como rei
na região de Nippur. Tem sido geralmente assumido nesta base, que a conspiração
ocorreu em Babilónia e teve sucesso no final de Maio, enquanto regiões periféricas
como Uruque e Sippar reconheceram Labasi-Marduque por mais um mês, possivelmente
porque a sua morte fora escondida até ao final de Junho. …Considerando todas estas
evidências, a reconstrução usual de ascensão de Nabonido parece correta. Ele foi
provavelmente reconhecido como rei, tão cedo quanto 25 de Maio, na Babilónia central
(Babilónia e Nippur), mas as regiões periféricas teriam reconhecido Labasi-Marduque até ao
fim de Junho. Esta reconstrução de eventos se ajusta perfeitamente aos dados
fornecidos pela lista de reis de Uruque e de Beroso, se aceitarmos que, enquanto este
último diz nove meses para Labasi-Marduque, dois meses é o correto.” — Paul-Alain
Beaulieu, The Reign of Nabonidus, (O Reinado de Nabonido), 1989, pág.s 86-88 (edição em
inglês)

A LISTA DE REIS DE URUQUE confirma 21 anos para Nabopolassar, 43 anos para


Nabucudonosor, 2 anos para Evil-Merodaque e 3 meses para Labasi-Marduque.

A Lista de Reis de Uruque foi composta aproximadamente 300 anos após o período Neo-Babilônico e foi
baseada em documentos antigos. Apesar de certas porções da Lista de Reis de Uruque estarem mal
conservadas, o facto de que ela foi escrita muito antes do Cânon de Ptolomeu e baseada em textos que são
mais antigos que a obra de Beroso, fornece uma confirmação valiosa para os anos de reinado constantes
desses registos. A porção da lista que cobre os 70 anos do Estado de Babilónia, diz o seguinte:

“A lista de Reis de Uruque desde Kandalanu a Seleucus II …21 anos: Nabopolassar 43 [anos]:
Nabucodonosor (II) 2 [anos]: Amel-Marduque [X] + 2 anos, 8 meses: Neriglissar […] 3
meses: Labasi-Marduque [x] + 15 anos: Nabonido”— James B. Pritchard, The Ancient Near
East, Volume II – A New Anthology of Texts and Pictures, (O Antigo Médio Oriente,
Volume II – Nova Antologia de Textos e Pinturas), 1976, págs. 118-119 (edição em inglês)

AS INSCRIÇÕES REAIS:

Até agora, todos os registos que revimos foram constituídos mais de 200 anos depois da era Neo-
Babilónica. Embora se possa argumentar que estes registos podem ser imprecisos, devido ao material
limitado disponível no momento da sua escrita, essas preocupações são atenuadas quando se comparam as
informações contidas nestes documentos, com as inscrições reais e tabuinhas comerciais contemporâneas ao
período Neo-Babilônico.

AS INCRIÇÕES HARRAN NABON H 1 Bou ESTELA DE ADAD-GUPPI (NABON Tadmor Nº


24) confirma os reinados para todos os Reis Babilónicos, excepto Labasi-Marduque e Nabonido.

Escrito durante o 9º ano do reinado de Nabonido, esta estela comemora a vida da mãe de Nabonido, Adda-
guppi, que nasceu durante o 20º ano do rei Assírio Assurbanipal e viveu até ao 9º ano de Nabonido. À
medida que esta estela lista os anos de reinado dos Reis Assírios e Babilónios sob os quais ela viveu, provê
forte confirmação para os dados fornecidos pelos registos anteriores. Ela declara:

“Desde o 20º ano de Assurbanipal, Rei da Assíria, em que nasci (em) até ao 42º ano de
Assurbanipal, ao 3º ano de Assur-etillu-ili, seu filho, ao 21º ano de Nabopollassar, ao 43o
ano de Nabucodonosor, ao 2º ano de Awel-Marduque, ao 4º ano de Neriglissar, em 95
anos de Sin, Deus, Rei dos deuses do céu e da terra…ele olhou para mim com um sorriso pois
ele ouviu as minhas orações … Desde a época de Assurbanipal, Rei da Assíria, até ao 9º
ano de Nabu-na’id Rei de Babilónia, o filho, fruto de meu ventre 104 anos de felicidade
… Nos 21 anos de Nabopolassar, Rei de Babilónia, nos 43 anos de Nabucodonosor, filho
de Nabopolassar, e 4 anos de Neriglissar, Rei de Babilónia, (quando) eles exerceram o
reinado, por 68 anos eu reverenciei-os de todo o meu coração, …(Agora) no 9º ano de
Nabu-na’id, Rei de Babilónia, o destino de si mesmo foi levado dele, e Nabu-na’id, Rei de
Babilónia, (seu) filho, produção de seu ventre, seu cadáver sepultado…” — C.J.Gadd, “The
Harran Inscriptions of Nabonidus” in Anatolian Studies, Journal of the British Institute of
Archaeology at Ankara, (“As Incrições de Harran de Nabonido” em Estudos Anatolia,
Jornal do Instituto Britânico de Arqueologia de Ancara), vol. VIII, 1958, págs. 47-51
(edição em inglês)

INSCRIÇÃO DA ESTELA DE HILLAH (NABON Tadmor Nº 8 ou Beaulieu Nº 1 ou


FRAGMENTO DA ESTELA Berger XI) confirmam astronomicamente 555 a.C. para o primeiro
ano de reinado de Nabonido (Ano de ascensão em 556 A.C.) e 610 A.C. para o 16º ano de
Nabopolassar.

Segundo Paul-Alain Beaulieu, esta estela foi inscrita durante os dois primeiros anos do reinado de
Nabonido.14. Menciona a conclusão de três de 18 anos de ciclos lunares que totalizaram 54 anos, em que o
templo do deus-lua Ehulhul em Harran permaneceu desolado depois da sua destruição pelos Medos, que
ocorreu no 16º ano do reinado de Nabopolassar. Visto que fenómenos astronómicos, como os ciclos lunares
são tão precisos, é possível calcular a data exata em que estes eventos ocorreram na história. Assim, esta
inscrição real fornece uma data exata, não apenas para o início do reinado de Nabonido em 556/555 a.C.,
mas para o 16º ano de Nabopolassar em 610 a.C. Beaulieu traduz a coluna X desta estela da seguinte
forma:

“Col. X …(Sobre) Harran (e) o Ehulhul, que tem estado em ruínas por 54 anos por
causa da sua devastação pelos Medos (que) destruíram os santuários, com o consentimento
dos deuses o tempo para a reconciliação se aproximou, 54 anos, quando Sin deve retornar
ao seu lugar.” —The Reign of Nabonidus, (O Reinado de Nabonido), 1989, págs. 106-107
(edição em inglês)

Embora esta estela mencione que o templo de Harran foi destruído 54 anos antes do primeiro ano de reinado
de Nabonido, ele não declara quem estava a reinar na época da sua destruição pelos Medos. No entanto,
esta informação é encontrada em Nabon H 1 B e no pilar deAdad-Guppi, que declara:

“Considerando que no 16º ano de Nabopolassar, Rei de Babilónia, Sin, Rei dos deuses,
estava zangado com sua cidade e seu templo e subiu ao céu — a cidade e as pessoas que
(estavam) nela foram arruínadas.”— C.J.Gadd, “The Harran Inscriptions of Nabonidus” in
Anatolian Studies, Journal of the British Institute of Archaeology at Ankara, (“As
Incrições de Harran de Nabonido” em Estudos Anatolia, Jornal do Instituto Britânico de
Arqueologia de Ancara), vol. VIII, 1958, pág. 47

De acordo com estes registos, Hayim Tadmor testifica:

“…col. X de Nab. 8 …Os 54 anos são contados a partir de 610, o décimo sexto ano de
Nabopolassar (quando Sin ‘estava zangado com a sua cidade e a sua casa e subiu ao
céu’), até 556, o ano de ascensão de Nabunaid. A importância especial que se atribui ao
período de 54 anos não deveria ser surpreendente; representa, como o Professor A. Sachs
gentilmente me informa, o ciclo completo da lua (i.e., três vezes 18 anos de ciclos). Sendo
assim, ‘Sin retornar ao seu lugar’ significaria que o ciclo da lua estava concluído. Eu
acredito que esta coincidência—a chegada de Nabunaid ao trono exatamente 54 anos depois
da destruição de Harran—foi interpretado como um presságio mais favorável, de que o deus-
lua ter-se-á reconciliado. …Hildegard Lewy sugeriu (ArOr XVII 2, pág. 54) que os
fenómenos celestiais mencionados no texto (vii 1 ff.) tiveram lugar no 3º mês de
555/554, ano 1 de Nabunaid.”] — Hayim Tadmor, “The Inscriptions of Nabunaid: Historical
Arrangement,” in Studies in Honor of Benno Landsberger on his Seventy-Fifth Birthday
April 21, 1965 (“As Incrições de Nabunaid: Acordo Histórico,” em Estudos em Honra de
Benno Landsberger no seu Septuagésimo-Quinto Aniversário 21 de Abril, 1965) [Estudos
Assiriológicos, No. 16], ed. H. Guterbock & T. Jacobsen, The Chicago University Press,
1965, pág. 355 (edição em inglês)

ONDE ESTÃO OS 20 ANOS QUE FALTAM?

De modo a colocar a queda de Jerusalém no 18º ano de reinado de Nabucodonosor, a Torre de Vigia data
o seu reinado entre 624 e 582 A.C.15., no entanto, todos os historiadores seculares colocam os anos de
reinado de Nabucodonosor entre 604 e 562 a.C. Assim, a cronologia da Torre de Vigia requer um extra de
20 anos para ser acrescentado ao período Neo-Babilónico perfazendo um total de 43 anos, entre o fim do
reinado de Nabucodonosor e a queda de Babilónia em 539 a.C., 16. em vez dos 23 anos indicados pelos
registos históricos. Assim, devemos perguntar: Onde estão os registos que faltam? Onde vamos colocar
esses 20 anos que faltam?

AS TABUINHAS COMERCIAIS CONTEMPORÂNEAS NEO-BABILÓNICAS

Os documentos económico-admninistrativos e legais de Babilónia, são talvez a evidência mais convincente


contra a cronologia dos 90 anos para Babilónia, da Torre de vigia. Eles provam sem sombra de dúvida que
não há nenhuma maneira de adicionar os 20 anos adicionais para colocar a queda de Babilónia em 607 a.C.
em vez de 587 a.C. Como eles fazem isso?

De acordo com Paul-Alain Beaulieu, mais de 3.000 textos cuneiformes legais e administrativos datados da
época dos reinados dos Reis Neo-Babilónicos foram descobertos.17. Assim como os contactos de
negócios e os recebimentos de hoje são datados ao mês, dia e ano de um determinado período, também
estes documentos são datados ao mês, dia e ano do Rei Babilónico reinante. Porque é isto significativo?
Devido à grande quantidade de textos económicos disponíveis e ao facto de que alguns dos documentos
sobrepõem os períodos entre cada Rei reinante, os historiadores têm sido capazes de calcular com grande
precisão exatamente quanto tempo cada rei reinou. O resultado, W. St. Chad Boscawen resume:

“A partir da análise da árvore genealógica da família Egibi, passamos a seguir para os anos de
reinado dos Reis, como nos é fornecido pelas tabuinhas, com os seguintes resultados:
— Temos tabuinhas datadas de 43 anos de Nabucodonosor…2 anos de Evil-
Merodaque…4 anos de Neriglissar…17 anos de Nabonido…9 anos de Ciro…”— W.
St. Chad Boscawen, Transactions of the Society of Biblical Archaeology, (Transações da
Sociedade de Arqueologia Bíblica), vol. VI (Londres, Jan.1878), pág. 10 (edição em inglês)

Vamos agora examinar a evidência dada nestas tabuinhas comerciais contemporâneas, que interligam os
reinados de cada Rei Babilónico, para provar que não há lugar onde possa ser inserido um extra de 20 anos
na cronologia de 70 anos para Babilónia.

O 43º ANO DE NABUCODONOSOR INTERLIGA NO ANO DE ASCENSÃO DE EVIL-


MERODAQUE

A Sociedade Torre de Vigia admite, “Nabucodonosor reinou como Rei por 43 anos…”18. No entanto, a
Sociedade move os anos deste reinado 20 anos para trás, tornando-o anterior a qualquer registo histórico
existente nos nossos dias. Assim, levantamos a pergunta: É possível acrescentar 20 anos ao reinado de
Nabucodonosor ou ao período entre o seu reinado e o da ascensão ao trono de Evil-Merodaque? A
resposta é “Não” como veremos a seguir.

BM 30254

A primeira tabuinha empresarial contemporânea de Babilónia que iremos examinar é a BM 30254. Ela
interliga o período de um ano, entre o 43º ano de Nabucodonosor e o ano de ascensão ao trono de Evil-
Merodaque. A tradução em inglês de Ronald H. Sack diz o seguinte:

“…a senhora Lit-ka-idi… foi colocada à disposição de Nabuahheiddina, filho de


Sula…quadragésimo-terceiro ano de Nabucodonosor, Rei de Babilónia… no mês de
Kislimu, ano de ascensão de [Amel]-Marduque, Rei de Babilónia, …Gugua comprou (Lit-
ka-idi) [para] Nabuahheiddina. …[access]ion year of [Amel-Mar]duque, Rei de
Babilónia.”—Ronald H. Sack, Amel-Marduk 562-560 B.C., (Amel-Marduque 562-560
a.C.), (Neukirchen-Vlyun: Verlag Butzon & Bercker Kevelaer, 1972), pág. 63 (edição em
inglês)
Sack resume esta transação da seguinte forma:

“Uma tal transação envolveu a compra da jovem escrava Litka-idi, e teve lugar durante o nono mês do ano
de ascensão de Amel-Marduque. …Parece que a escrava foi colocada à sua disposição no
quadragésimo-terceiro ano de Nabucodonosor. Em troca, ele produziu doze siclos de prata, que
‘garantiam’ o retorno da escrava. No entanto, no ano seguinte, ele comprou Litka-idi ‘pelo preço total
(ana simi gamrutu) de dezanove e meio siclos de prata.”—Ronald H. Sack, Neriglissar-King of Babylon
(Neriglissar-Rei de Babilónia), (Neukirchen-Vluyn: Neukirchener Verlag, 1994), págs. 37-38 (edição em
inglês)

EVIDÊNCIA BÍBLICA

Não só a BM 30254 impede a adição de 20 anos entre o 43º ano de Nabucodonosor e o primeiro ano de
Evil-Merodaque, a própria Bíblia confirma que Nabucodonosor só reinou por 43 anos. Aqui está como ela
faz isso. Em 2 Reis 24:11-12, lemos acerca do exílio de Jeoiaquim, o rei de Judá, e os que habitavam em
Jerusalém que foram tirados de Babilónia durante o “oitavo ano de se ter tornado Rei”, falando de
Nabucodonosor. Ela declara:

“E Nabucodonosor, rei de Babilónia, passou a vir contra a cidade enquanto seus servos a
sitiavam. Finalmente saiu Joaquim, rei de Judá, ao rei de Babilónia, ele com sua mãe e com
seus servos, e seus príncipes, e seus oficiais da corte; e o rei de Babilónia foi tomá-lo no seu
oitavo ano de rei.”

Este mesmo exílio de Jeoiaquim e Jerusalém é descrito como tendo lugar no “sétimo ano” do reinado de
Nabucodonosor em Jeremias 52:28. Esta discrepância entre os anos enumerados é colmatada quando se
percebe que o “oitavo ano” em 2 Reis 24:12 conta o “ano de se ter tornado Rei” de Nabucodonosor, ou o
ano de ascensão, enquanto o “sétimo ano” em Jeremias 52:28 apenas conta os anos de reinado, que são o
número total de anos completos que Nabucodonosor tinha reinado até essa altura. Assim, para o nosso
cálculo, vamos considerar a declaração de Jeremias de que Jeoiaquim foi exilado no 7º ano de reinado de
Nabucodonosor. A seguir, vamos olhar para a declaração sobre a duração deste exílio em Jeremias 52:31:

“Por fim aconteceu, no trigésimo sétimo ano do exílio de Joaquim, rei de Judá, no décimo
segundo mês, no vigésimo quinto dia do mês, que Evil-Merodaque, rei de Babilónia, no ano
em que se tornou rei, ergueu a cabeça de Joaquim, rei de Judá, e passou a fazê-lo sair da
casa do cárcere.”

Assim, 7 anos de reinado de Nabucodonosor, mais 37 anos de exílio que levaram até ao ano de ascensão de
Evil-Merodaque, equivale a um total de 44 anos. Assim, a Bíblia confirma 43 anos para Nabucodonosor e
interliga isso com o ano de ascensão de Evil-Merodaque no 44º ano.

O 2 º ANO DE EVIL-MERODAQUE INTERLIGA COM O ANO DE ASCENSÃO DE


NERIGLISSAR

Tendo estabelecido o facto de que não se pode adicionar um extra de 20 anos entre o quadragésimo-
terceiro ano do reinado de Nabucodonosor e o primeiro ano de reinado de Evil-Merodaque, vamos agora
voltar a nossa atenção para o sucessor de Evil-Merodaque, Neriglissar. É possível adicionar 20 anos ao
período entre Evil-Merodaque e Neriglissar? Mais uma vez, a resposta é “Não.”

A Sociedade Torre de Vigia admite que a evidência arqueológica indica que Evil-Merodaque reinou por dois
anos e o seu sucessor Neriglissar reinou por quatro anos. Eles afirmam:
“Referente a Avil-Marduque (Evil-Merodaque, 2Rs 25:27, 28), encontraram-se tabuinhas que
datam até o seu segundo ano de governo. Referente a Neriglissar, considerado ser o
sucessor de Avil-Marduque, sabe-se de tabuinhas de contratos datados do seu quarto
ano.”—Estudo Perspicaz das Escrituras, vol 1, 1988, pág. 607

NBC 4897

Uma das melhores tabuinhas comerciais contemporâneas para demonstrar a impossibilidade de adicionar 20
anos entre os reinados de Evil-Merodaque e Neriglissar é a NBC 4897. Olhando para esta tabuinha, os
historiadores G. van Driel e K.R. Nemet-Nejat comentam:

“NBC 4897 é um texto bidimensional resumindo o crescimento anual de um rebanho


institucional de ovelhas e cabras, as suas respetivas produtividades de lã e pelo de cabra, e o
número de couros e o número de animais que receberam como salário, desde o trigésimo-
sétimo ano de Nabucodonosor II ao primeiro ano de Neriglissar. …A tabuinha lida com
o crescimento normal de um rebanho de um ano para o outro…”— G. van Driel e K.R.
Nemet-Nejat, Journal of Cuneiform Studies (Jornal de Estudos Cuneiformes), vol. 46:4,
1994, pág. 47 (edição em inglês)

Visto que NBC 4897 lista meticulosamente o crescimento do rebanho de ovelhas e cabras “de um ano para
o outro”, desde o fim do reinado de Nabucodonosor ao primeiro ano de Neriglissar, ela prova de forma
conclusiva a impossibilidade de adicionar 20 anos extra entre os reinados destes reis. A tradução de NBC
4897 diz o seguinte:

“Grande total: 487, no 43º ano… Total: 104 como renda a partir do mês de Addaru, o ano de
ascensão de Amel-Marduque … Grande total: 665, o 1º ano… Grande total: 789, no 2º
ano… Grande total: 922, no 1º ano de Nergal-sarra-usur, rei de Babilónia…”— G. van
Driel e K.R. Nemet-Nejat, Journal of Cuneiform Studies, (Jornal de Estudos
Cuneiformes), vol. 46:4, 1994, pág. 53 (edição em inglês)

AO 8561

Outra tabuinha de interesse é a AO 8561 (ou o texto de Sack nº 95). Ela regista a colheita estimada para
três anos. Ronald H. Sack comenta:

“Outro texto interessante é o nº 95…Este provavelmente vem do ano de ascensão de


Neriglissar, visto que o mês de Kislimu do seu ano de ascensão é indicado como o momento
em que este ‘rendimento estimado’ a partir dos reinados de Amel-Marduque e
Nabucodonosor foi distribuído.”—Ronald H. Sack, Amel-Marduk 562-560 B.C.,
(Neukirchen-Vlyun: Verlag Butzon & Bercker Kevelaer, 1972), pág. 41 (edição em inglês)

A tradução de Ronald H. Sack da AO 8561 diz:

“Documento sobre …o rendimento estimado do primeiro ano de Amel-Marduque, rei de


Babilónia …Mês de Kislimu, ano de ascensão de Nergal-sarra-usur. Total de cento e
oitenta e cinco kurru, dois pi, e doze qa de datas recebidas (do pessoal acima). Os
restantes trezentos e quarenta kurru, um pi, nove qa de datas estão à disposição de Nabu-
ahhe-sullim. …(Sobre) os [mil e duzentos] kurru de datas, o rendimento estimado para o curso
de água de [Iddina] [para] o quadragésimo-segundo e quadragésimo-terceiro anos… Um
total de setecentos e trinta e nove kurru, um pi, de datas foram recebidos …
Quatrocentos e oitenta e dois kurru, trinta qa de datas, o rendimento estimado para o curso de
água de Iddina para o primeiro ano está à disposição de Zerija, filho de Nabu-iddina.” —
Ronald H. Sack, Amel-Marduk 562-560 B.C., (Neukirchen-Vlyun: Verlag Butzon & Bercker
Kevelaer, 1972), págs. 116-117 (edição em inglês)

Uma vez que esta tabuinha mostra que os rendimentos destes campos (abrangendo o período de três anos
desde o último ano de Nabucodonosor e o ano dois do reinado de Evil-Merodaque) foram distribuídos no
primeiro ano de Neriglissar, ela prova a impossibilidade de adicionar um extra de 20 anos entre
Nabucodonosor e Neriglissar, visto que 23 anos teria sido um longo tempo de espera para a distribuição
desta colheita.

O 4º ANO DE NERIGLISSAR INTERLIGA COM OS 2-3 MESES DE LABASI-MARDUQUE E


O ANO DE ASCENSÃO DE NABONIDO

YBC 4012

YBC 4012 é uma tabuinha económica da Coleção Babilónica da Universidade de Yale que regista a prata
que foi paga a Babilónia para a construção feita no templo Eanna durante o “3º ano de Nergal-[sarra-usur],
rei de Babilónia.” O documento é datado do “Mês de Ajaru, 22º dia, ano de ascensão de Labasi-
Marduque, Rei de Babilónia.”19. Isto é significativo porque prova que Labasi-Marduque assumiu o trono no
início do 4º ano do reinado do seu pai. Como ele faz isso? A Sociedade Torre de Vigia admite:

“Anos de reinado eram os anos oficiais do exercício da realeza, e eram em geral contados de
nisã a nisã, ou de primavera a primavera [do hemisfério norte].” — “Toda a Escritura é
Inspirada por Deus e Proveitosa”, edições de 1963, 1990, pág. 284

Visto que o mês de “Ajaru” corresponde a Abril/Maio, meses do nosso calendário, e vêm imediatamente a
seguir ao mês de Nisan20., a partir do qual os anos de reinado eram contados, fica claro que Labasi-
Marduque assumiu o trono logo no início do 4º ano do reinado de seu pai, Neriglissar. Quanto às tabuinhas
comerciais que documentam o curto reinado de Labasi-Marduque, Parker e Dubberstein explicam:

“A morte de Nergal-shar-usur ocorreu no fim de Abril ou início de Maio, 556.


…Labasi-Marduque parece ter sido reconhecido como rei em Maio e Junho, 556, e
mesmo assim, possivelmente, não em toda a Babilónia…Nabonido deve ter sido um
concorrente para o trono quase desde a morte de Nergal-shar-usur. No final de Junho,
556, ele era o único governante de Babilónia.”—Richard A. Parker e Waldo H. Dubberstein,
Babylonian Chronology 626 B.C. – A.D. 45 (Cronologia Babilónica 626 B.C. – A.D. 45),
(University of Chicago Press, Chicago, IL 1942, edição de 1946), pág.s 10-11 (edição em
inglês)

NABON 13

Nabon 13 é outra tabuinha que prova a impossibilidade de adicionar 20 anos extra entre o reinado de
Neriglissar e o ano de ascensão de Nabonido. O historiador Muhammad A. Dandamaev explica:

“Nbn 13 [cf. Peiser’s transliteração e tradução em KB 4:206-209]: ‘Belilitu …declarou o


seguinte aos juizes de Nabonido, rei de Babilónia: “No mês de Abu, no primeiro ano de
Nergal-sar-usur, rei de Babilónia, eu vendi o meu escravo …mas ele não pagou em dinheiro e
elaborou uma nota promissória.” Babilónia, no 12º dia de (o mês) Sabatu, o ano de ascensão
de Nabonido, Rei de Babilónia.’ Como está claro no texto, Belilitu vendeu um escravo…
mas três anos depois ela apresentou uma queixa que ainda não tinha recebido o dinheiro
pelo seu escravo.”—Muhammad A. Dandamaev, Slavery In Babylonia from Nabopolassar
to Alexander The Great (626 – 331 BC), [Escravatura em Babilónia desde Nabopolassar
a Alexandre o Grande (626 – 331 BC)], (Dekalb, IL: Northern Illinois University Press,
1984), págs. 189-190 (edição em inglês)

“Três anos” desde o primeiro ano de Neriglissar ao “ano de ascensão de Nabonido” parece ser uma
quantidade de tempo razoável para uma pessoa esperar antes de apresentar uma queixa acerca de não ter
recebido o pagamento de uma transação. No entanto, se fossemos adicionar mais 20 anos a este período
para fazer Belilitu esperar um total de 23 anos, isto seria muito improvável. Assim, temos ainda outro texto
económico que confirma os reconhecidos 4 anos entre Neriglissar e Nabonido.

OS 17 ANOS DE REINADO DE NABONIDO INTERLIGAM COM A QUEDA DE


BABILÓNIA EM 539 A.C.

A partir das declarações feitas pelas publicações da Torre de Vigia, fica claro que a Sociedade concorda os
historiadores seculares sobre a duração do reinado de Nabonido e as datas fornecidas durante o seu
reinado. Por exemplo, acerca do rei Babilónico Belsazar mencionado na Bíblia, a Sociedade Torre de Vigia
menciona na nota de rodapé na pág. 139 da sua publicação “Toda a Escritura é inspirada por Deus e
Proveitosa,” que ele “começou a reinar como co-regente a partir do terceiro ano de Nabonido… que foi
553 AEC. – Daniel 7:1” Esta declaração, juntamente com a citação da Sociedade de Beroso na obra de
Josefo, afirmando que Babilónia caiu às mãos da Pérsia “no décimo-sétimo ano de seu [Nabonido’]
reinado”21. confirma que a Sociedade Torre de Vigia concorda com os historiadores nos 17 anos de
reinado de Nabonido. No entanto, para demonstrar a impossibilidade de adicionar mais 20 anos ao reinado
de Nabonido e à queda de Babilónia, vamos examinar outras tabuinhas comerciais contemporâneas do
período Neo-Babilónico.

SAKF 165 ou OBERHUBER FLOREZ 165

Existem várias tabuinhas comerciais que interligam o 17º ano de reinado de Nabonido com o 1º ano de
reinado de Ciro da Persia. Enquanto vamos concentrar a maior parte da nossa atenção no texto n.º 165 dos
registos de Oberhuber Florez, uns poucos dos outros documentos que interligam o 17º ano de Nabonido
com o 1º ano de Ciro merecem destaque. O Historiador Jerome Peat comenta:

“Assim como esta evidência direta para a co-regência no primeiro ano de Ciro, há também
referência no CT 57 56 ao ‘Ano 17,’ claramente Ano 17 do reinado de Nabonido. …Em
contraste, CT 57 52:3 menciona ‘Ano 17,’ e em seguida o próprio texto é datado do Ano
1 de Ciro, sar matati. ….Oberhuber Florenz 165 lista artigos para os templos de Uruque
para o Ano 17 ao Ano 1 de Ciro, sar babili sar matati.”—Jerome Peat, “Cyrus ‘King of
lands,’ Cambyses ‘King of Babylon’: the Disputed Co-regency,” Journal of Cuneiform
Studies, (“Ciro ‘Rei das Terras,’ Cambises ‘Rei de Babilónia’: A Co-Regência Disputada,”
Jornal de Estudos Cuneiformes), vol. 41/2, Autum 1989, pág. 209 (edição em inglês)

Como pode ser visto, a interligação do 17º ano de Nabonido com o 1º ano de reinado de Ciro está
claramente estabelecido nas tabuinhas comerciais deste período. Em relação a SAKF 165 mencionado
acima, J.A. Brinkman do Oriental Institute, Universidade de Chicago, explica:

“Em 1958 e 1960 o Professor Karl Oberhuber da Universidade de Innsbruck publicou 165
textos cuneiformes na coleção do Museu Arquológico em Florença. Destes textos, trinta são do
período Neo-Babilónico… Com a excepção de duas cartas (nºs. 139 e 152), todos os
documentos são comerciais, isto é, judiciais ou administrativos no carácter. …Noutro
interessante documento que faz o inventário de peças de lã feitas a partir do culto das
estátuas dos deuses em Uruque, descobrimos que esses procedimentos de culto não
sofreram nenhuma interrupção durante a tomada de posse Persa da administração
política do território.”—J.A. Brinkman, “Neo-Babylonian Texts in the Archeological Museum at
Florence,” Journal of Near Eastern Studies, (“Textos Neo-Babilónicos no Museu
Arqueológico de Florença,” Jornal de Estudos do Médio Oriente), vol. xxv, Jan-Out 1966,
pág. 202 (edição em inglês)

Nas páginas 208 e 209 do mesmo artigo, Brinkman continua a descrever o texto SAKF 165, dizendo:

“Nº. 165 …Este texto é também um inventário único de peças de lã na medida em que está
disposto por ordem cronológica. Além disso, cobre os anos vitais antes e depois da
conquista Persa de Babilónia…Nabonido, ano 17 …Ciro, ano 1”— J.A. Brinkman, J.A.
Brinkman, “Neo-Babylonian Texts in the Archeological Museum at Florence,” Journal of Near
Eastern Studies, (“Textos Neo-Babilónicos no Museu Arqueológico de Florença,” Jornal de
Estudos do Médio Oriente), vol. xxv, Jan-Out 1966, págs. 208-209 (edição em inglês)

Então, através destas tabuinhas comerciais contemporâneas, temos clara evidência que a queda de Babilónia
ocorreu no 17º ano do reinado de Nabonido, quando foi tomada por Ciro Rei da Pérsia. Quanto à data de
539 a.C. para a queda de Babilónia, a Sociedade Torre de Vigia, menciona outra confirmação para esta
data na página 453 da sua publicação, Estudo Perspicaz das Escrituras, volume 1.

Aqui a Sociedade fala de uma tabuinha Babilónica de argila datada do “sétimo ano de Cambises II” que
fornece evidência de dois eclipses lunares” que “podem ser identificados com os eclipses lunares que foram
visíveis em Babilónia, a 16 de Julho de 523 a.C., e em 10 de Janeiro de 522 a.C. (Cânon de Eclipses de
Oppolzer, traduzido por O. Gingerich, 1962, pág. 335). (edição em inglês).” Eles explicam:

“De modo que esta tabuinha especifica o sétimo ano de Cambises II como tendo início na
primavera setentrional de 523 AEC. Esta data é confirmada pela astronomia. Visto que o
sétimo ano de Cambises II começou na primavera de 523 AEC, seu primeiro ano de governo
foi 529 AEC, e seu ano de ascensão, e o último ano de Ciro II como rei de Babilónia, foi
530 AEC. Visto que o nono ano de Ciro II como rei de Babilónia foi 530 AEC, seu
primeiro ano, segundo este cálculo, foi 538 AEC, e seu ano de ascensão foi
539 AEC.”— Estudo Perspicaz das Escrituras, vol. 1, 1988, pág. 607

Deste modo, a Sociedade Torre de Vigia concorda com a datação astronómica que confirma a data dada
pelos historiadores seculares para a queda de Babilónia em 539 a.C. Visto que provamos conclusivamente
que não existe maneira de adicionar 20 anos ao período Neo-Babilónico, iremos examinar agora outro
documento arqueológico que substancia uma data astronómica comprovada para o 37º ano de reinado de
Nabucodonosor.

DIÁRIOS ASTRONÓMICOS

VAT 4956 PROVA QUE 568/567 A.C. FOI O 37º ANO DE NABUCODONOSOR.

Numerosos relatos de eclipses e diários astronómicos do período Neo-Babilónico que foram descobertos
têm sido usados pelos astrónomos para confirmar datas durante este período. Estes providenciam detalhes
da localização da lua e dos então conhecidos cinco planetas do nosso sistema solar. Um dos diários
astronómicos de interesse é o VAT 4956 datado do 37º ano de Nabucodonosor. Declara:

“Ano 37º de Nabucodonosor, rei de Babilónia. …Mês II …Saturno estava em frente da


Andorinha …O 10º, Mercúrio [rosa] no oeste por detrás dos [Pequenos] Gémeos… Vénus
estava equilibrada 1 cúbito 4 dedos acima de Leonis. …Mês III …Mercúrio passou por baixo
de Marte para o Este; Júpiter estava acima de Scorpii; Vénus estava no oeste oposta a Leonis
… O 15º, um deus foi visto com o outro; nascer do sol ao nascer da lua: 7° 30’. Um eclipse
lunar que foi omitido …”—A.J. Sachs & H. Hunger, Astronomical Diaries and Related
Texts from Babylonia,(Diários Astronómicos e Textos Relacionados de Babilónia), vol. I
(Wien: Verlag der Osterreichischen Akademie der Wissenschaften, 1988), págs. 47, 49 (edição
em inglês)

Comentando sobre este diário, Bartel L. VanderWaerden afirma:

“O texto VAT 4956, datando do ano 37º de Nabucodonosor II (–567) …Está preservado
apenas numa cópia mais tardia, mas parece ser uma transcrição fiel (aparentemente
ortograficamente modernizada) de um original do tempo de Nabucodonosor. …No 15º
Simanu nós encontramos a seguinte declaração: ‘Eclipse da lua, que não ocorreu’. Isto
refere-se ao eclipse da lua de 4 de –567, que foi invisível em Babilónia porque a lua cheia
ocorreu pouco depois do meio-dia.” — Bartel L. VanderWaerden, Science Awakening,
(Despertar da Ciência), vol. II, (New York: Oxford University Press, 1974), págs. 96-97
(edição em inglês)

Existem vários factos que confirmam a data deste eclipse. A posição de Saturno é claramente indicada em
relação a quatro outros planetas. Visto que a órbita de Saturno leva 29 anos a ser completada,22. tal
posição, juntamente com as posições dos outros planetas, prova a impossibilidade de datar este eclipse a
qualquer outro período. Dada a precisão de tais diários, a Sociedade Torre de Vigia admite:

“Cronologistas modernos salientam que tal combinação de posições astronómicas não


aconteceria novamente em milhares de anos. Estes diários astronómicos contêm
referências aos reinados de certos Reis e parecem coincidir com os dados constantes no
cânon de Ptolomeu.” Estudo Perspicaz das Escrituras, vol. 1, 1988, pág. 610

Assim, a Sociedade Torre de Vigia admite o peso dos diários astronómicos, tais como o VAT 4956, que
confirmam os reinados dos reis no Cânon de Ptolomeu e os muitos outros artefatos arqueológicos que
discutimos antes. Contudo, o que faz a Torre de Vigia com esta evidência esmagadora que vai contra as
suas datas para o reinado de Nabucodonor e a queda de Jerusalém? Iremos examinar os seus argumentos a
seguir.

IGNORANDO A EVIDÊNCIA SEM QUALQUER BASE

DESCULPA Nº 1: Diários Astronómicos e Registos de Eclipses podem ter contido erros.

Apesar do facto da Torre de Vigia não ter nenhum problema em aceitar a precisão dos diários astronómicos
que confirmam a data de 523 a.C., data fornecida pelos historiadores para o reinado de Cambises II e a
queda de Babilónia em 539 a.C., quando estes diários discordam das suas datas para a queda de Jerusalém,
a Sociedade Torre de Vigia sugere que estes registos “podem ter contido erros.”23. Por citar o Professor
O. Neugebauer que observou que “Ptolomeu se queixou acerca ‘da falta de observações planetárias
confiáveis [de Babilónia],’” a Torre de Vigia questiona a sua veracidade.

Embora houvesse alturas, devido a tempestades de areia e nuvens, que os Babilónios não pudessem
observar certos movimentos celestes, isto não significa que as observações que eles faziam não eram fiáveis.
Por exemplo, o texto VAT 4956 afirma que a localização de Saturno era “em frente da Andorinha” que
estava na parte sudoeste da constelação de Peixes.24. É altamente improvável que esta declaração seja
imprecisa, visto que Saturno pode ser observado dentro “de cada uma das 12 constelações do zodíaco por
cerca de 2 anos e meio.” Mais uma vez, as alegações da Torre de Vigia contra a fiabilidade dos diários
astronómicos, como o VAT 4956, são injustificadas dada a evidência.

DESCULPA Nº 2: Os Diários Astronómicos que possuímos hoje podem estar errados porque são
cópias.

Em relação ao VAT 4956, a Sociedade Torre de Vigia declara: “…essa tabuinha é admitidamente uma
cópia feita no terceiro século A.E.C., de modo que é possível que sua informação histórica seja
simplesmente a que era aceita no período selêucida.”25. Da mesma forma, eles afirmam: “Os historiadores
presumem que se trata de cópias de documentos anteriores. Na realidade, faltam textos astronômicos
contemporâneos pelas quais se possa determinar a plena cronologia dos períodos neobabilônico e persa
…”26. Embora seja verdade que o VAT 4956 é uma cópia do texto original do período Babilónico, não há
NENHUMA indicação de que algo substancial tenha sido alterado no processo de cópia. Quanto à
fiabilidade do texto de VAT 4956, Bartel L. VanderWaerden declara:

“É preservada somente em uma cópia de data muito posterior, mas que parece ser uma
transcrição fiel (ortograficamente um pouco mais modernizada) de um original do tempo de
Nabucodonosor.” — Bartel L. VanderWaerden, , Science Awakening, (Despertar da
Ciência), vol. II, (New York: Oxford University Press, 1974), pág. 96 (edição em inglês)

Enquanto a Sociedade Torre de Vigia se queixa da falta de “textos astronómicos contemporâneos” do


período Neo-Babilónico, eles ignoram completamente o facto de que o VAT 4956 e outros textos
astronómicos copiados no período Selêucida, concordam totalmente com a informação dada nas inscrições
reais contemporâneas e as tabuinhas comerciais, escritas durante a era Neo-Babilónica. Novamente, as
alegações da Sociedade Torre de Vigia contra estes documentos são totalmente injustificados.

DESCULPA Nº 3: O Cânon de Ptolomeu, o registo de Beroso dos Reis e as Crónicas Neo-


Babilónicas foram escritas durante o período Selêucida, por isso, refletiam a cronologia “popular”
daquela época.

Respeitante às Crónicas Neo-Babilónicas, a Sociedade Torre de Vigia afirma:

“Estudantes casuais da história antiga muitas vezes têm o conceito errôneo de que as tabuinhas
cuneiformes (tais como talvez fossem usadas por Beroso) foram sempre escritas no mesmo
período ou pouco depois dos eventos que registram. Mas, exceto os muitos documentos
comerciais cuneiformes realmente contemporâneos, os textos históricos babilônicos e até
mesmo muitos textos astronômicos freqüentemente dão evidência de serem dum período bem
posterior. … Portanto, este escrito não só estava separado dos eventos registrados nele por
uns 150 a 250 anos, mas também era uma cópia de um documento anterior, defeituoso, que
talvez fosse ou não um original. … Já vimos que dados, inclusive números, podem
facilmente sofrer alteração ou mesmo deturpação às mãos de escribas pagãos, no
decorrer de uns poucos séculos. Em vista de todos esses fatores, certamente não é sábio
insistir em que as cifras tradicionais para os reinados dos reis neobabilônicos sejam aceitas
como definitivas.”27.

Em relação aos diários astronómicos, dos quais Ptolomeu compilou a sua informação, a Sociedade Torre de
Vigia afirma:

“Finalmente, como no caso de Ptolomeu, embora as informações astronômicas (como agora


interpretadas e entendidas) nos textos descobertos sejam basicamente exatas, isto não prova
que a informação histórica acompanhante seja exata. Assim como Ptolomeu usou os reinados
de reis antigos (conforme ele os entendia) simplesmente como estrutura em que colocar seus
dados astronómicos, assim também os escritores (ou copistas) dos textos astronômicos do
período selêucida talvez simplesmente inserissem nos seus textos astronómicos aquilo que
então era a cronologia aceita, ou “popular”, daquele tempo.”— Estudo Perspicaz das
Escrituras, vol. 1, 1988, pág. 610

Em outra publicação, a Sociedade continua a afirmar:

“Ptolomeu evidentemente baseou sua informação histórica em fontes que datavam do período
selêucida, o qual começou mais de 250 anos depois de Ciro ter capturado Babilónia. Portanto,
não surpreende que as cifras de Ptolomeu concordem com as de Beroso, sacerdote
babilônico do período selêucida.” —“Venha O Teu Reino,” 1981, pág. 186

Que evidências tem a Sociedade Torre de Vigia apresentado, para alegar que os copistas dos textos
astronómicos e das crónicas Neo-Babilónicas “inseriram…cronologia popular” do período Selêucida nos
seus textos? Como já vimos, numerosas tabuinhas comerciais contemporâneas do período Neo-
Babilónico que foram encontradas, são datadas dos reinados dos reis Babilónios. Estas NÃO são
cópias do período Selêucida, mas sim documentos originais escritos durante o período Babilónico.
Porque seriam diferentes os textos astronómicos originais e os documentos, a partir dos quais as Crónicas
Neo-Babilónicas foram compiladas desde esse período? Porque haveria um copista do período Selêucida,
ser obrigado a“inserir” uma data contrária às datas encontradas nos textos originais de Babilónia que estavam
copiando? Mais uma vez, a Sociedade Torre de Vigia faz estas alegações sem NENHUMA evidência.

Embora seja verdade que os reis atribuídos nos escritos de Beroso e Ptolomeu foram inseridos nos seus
textos, isto não muda o facto de que eles estavam lidando com documentos escritos muito antes do seu
tempo e estavam compilando a sua informação dos reinados dos reis nesses documentos. Novamente, a
Sociedade Torre de Vigia ignora o facto de que a informação dada nesses escritos e as crónicas Neo-
Babilónicas concordam plenamente com as tabuinhas comerciais contemporâneas e as inscrições reais do
período Neo-Babilónico.

DESCULPA Nº 4: Os registos Babilónicos podem ter sido alterados por reis


desonestos ou talvez estar incompletos por “material não descoberto” que poderia
alterar a sua cronologia.

Tentando lançar a dúvida sobre o antigo testemunho dado pelos historiadores seculares, a Torre de Vigia
especula:

“Do ponto de vista secular, tais tipos de evidência talvez pareçam confirmar a cronologia
neobabilônica que fixa o 18.° ano de Nabucodonosor (e a destruição de Jerusalém) em
587/6 A.E.C. No entanto, nenhum historiador pode negar a possibilidade de que o atual
quadro da história babilônica pode ser enganoso ou errado. Por exemplo, sabe-se que os
antigos sacerdotes e reis às vezes alteravam os registros para os seus próprios fins. Ou
mesmo quando a evidência descoberta é exata, poderá ser interpretada mal pelos eruditos
modernos ou ser incompleta, a ponto de que matéria ainda a ser descoberta poderá
alterar drasticamente a cronologia do período em questão.”—“Venha O Teu Reino,”
1981, pág. 187

Que objectivo serviria ao escritor, alterar o ano de reinado de um rei numa inscrição real contemporânea ou
numa tabuinha económica comercial? Atendendo ao facto de que mais de 3.000 textos jurídicos e
administrativos têm sido encontrados para o período Babilónico e que atestam a precisão dos anos de
reinado dos reis, listados nas inscrições reais contemporâneas e nas crónicas Neo-Babilónicas, como
poderia a alteração de um único texto “alterar drasticamente a cronologia do período”? Que evidência
apresenta a Sociedade Torre de Vigia que indique que isto foi feito? NADA! Novamente, a Torre de Vigia
especula sem NENHUM tipo de evidência. Ao contrário, Hayim Tadmor testifica:

“Ao contrário das inscrições de Sargão, considera-se a Crónica Babilónica muito mais fiável.
Isto é evidente quando se considera que esta crónica menciona não apenas derrotas Assírias ou
Elamitas, mas também as Babilónicas. …Assim não há razão para suspeitar que o autor
das Crónicas Babilónicas tenha abusado dos factos de modo a colocar Babilónia numa
luz mais favorável. …No que diz respeito a evidências internas, o princípio foi estabelecido
acima que a Crónica Babilónica é um documento histórico objetivo enquanto as inscrições
reais Assírias são exatamente o oposto.”— Hayim Tadmor, “The Inscriptions of Nabunaid:
Historical Arrangement,” in Studies in Honor of Benno Landsberger on his Seventy-Fifth
Birthday April 21, 1965, (“As Inscrições de Nabunaid: Acordo Histórico,” em Estudos em
Honra de Benno Landsberger no seu Septuagésimo-Quinto Aniversário, 21 de Abril,
1965) [Estudos Assiriológicos, Nº. 16], ed. H. Guterbock & T. Jacobsen, The Chicago
University Press, 1965, págs. 341-342 (edição em inglês)

Na medida que qualquer “material não descoberto” poderia “alterar drasticamente a cronologia do período,”
perguntamos novamente: Onde poderia um Rei ausente ou 20 anos ausentes ser inseridos na cronologia do
período Neo-Babilónico? Uma vez que os 3.000 textos jurídicos e administrativos que foram
descobertos confirmam totalmente os reinados de cada Rei e exclui qualquer possibilidade de
inserir 20 anos adicionais neste período, como pode QUALQUER “material não descoberto…
alterar drasticamente” a cronologia Babilónica? Visto que o testemunho de interligar cada reinado de
um Rei com o do anterior ocorre ao longo dos textos comerciais deste período, não seria qualquer
documento “não descoberto” que desafiasse este testemunho, considerado sob forte suspeita como sendo
um texto aberrante ou um documento falso? Claro que seria! Mais uma vez, perguntamos: Como podem 20
anos adicionais serem acrescentados a este período sem destruir completamente a imagem do sistema
económico de Babilónia, dada nestes documentos contemporâneos?

DESCULPA Nº 5: A Bíblia apoia a data da Torre de Vigia de 607 a.C. data essa em desacordo
com a de 587 a.C. indicada pelos historiadores seculares.

Quando tudo o mais falha, a Sociedade Torre de Vigia alega que a sua interpretação das profecias Bíblicas a
respeito de Babilónia encaixa melhor nas datas que as datas indicadas pelos historiadores seculares.28. No
entanto, já vimos que a Bíblia NÃO apoia a cronologia da Torre de Vigia, mas sim as datas indicadas pelos
historiadores. Então, mais uma vez, a Torre de Vigia é deixada sem NENHUMA evidência para as suas
datas defeituosas de 607 e 1914. Na verdade, esta organização passa no teste de ser um dos falsos profetas
condenados pelas palavras de Jesus’ em Mateus 24:11, 23-25:

“E surgirão muitos falsos profetas, e desencaminharão a muitos… ‘Então, se alguém vos


disser: ‘Eis aqui está o Cristo!’, ou: ‘Ali!’, não o acrediteis Porque surgirão falsos cristos e
falsos profetas… Eis que eu vos avisei de antemão.”

PARA MAIS INFORMAÇÕES VEJA:

OS TEMPOS DOS GENTIOS RECONSIDERADOS—Cronologia e a Volta de Cristo 3ª


Edição, por Carl Olof Jonsson (Commentary Press, Atlanta 1998)
http://www.amazon.com/Gentile-Times-Reconsidered-Carl-Jonsson/dp/0914675079

TESTEMUNHAS DE JEOVÁ E A FALSA PROFECIA

===============

1. Veja The Time is At Hand, Studies in the Scriptures, (O Tempo de Deus está Próximo, Estudo das
Escrituras), vol. 2, 1886, 1911 edição, pág. 101 (edição em inglês)
2. Veja Thy Kingdom Come, Studies in the Scriptures (Venha O Teu Reino, Estudo das Escrituras)
volume 3, 1891, 1914ed, pág. 23; Zion’s Watch Tower, (Torre de Vigia de Sião) 15 de Julho 15, 1894,
pág. 226-231 [Watchtower Reprints, p. 1677] (edição em inglês)
3. Veja Testemunhas de Jeová–Proclamadores do Reino de Deus, 1993, pág. 135
4. O que a Bíblia realmente Ensina?, pág. 217
5. A menos que seja mencionado, todas as citações das Escrituras são da Bíblia das Testemunhas de Jeová,
A Tradução do Novo Mundo.
6. Veja Raciocínios à Base das Escrituras, 1989, pág. 433-334
7. Veja Raciocínios à Base das Escrituras, 1989, pág. 435-436
8. Veja“Venha o Teu Reino”, 1981, pág. 138, 186-189
9. Veja Preste Atenção à Profecia de Daniel!, 1999, pág. 112
10. Veja “Toda a Escritura é Inspirada por Deus e Proveitosa,” 1963, 1990 edition, pág. 285
11. Veja Estudo Perspicaz das Escrituras, vol. 1, pág. 258
12. A diferença entre o “décimo oitavo ano” e o “décimo nono ano” mencionado neste texto, é devido ao
facto de que uma referência adiciona o ano de ascensão de Nabucodonosor ao total, enquanto a outra
referência não o faz. Veja Estudo Perspicaz das Escrituras, vol.3, 1988, pág. 54 e “Toda a Escritura é
Inspirada por Deus e Proveitosa,” 1963, edição de 1990, págs. 284-285 para uma explanação sobre os
Anos de Reinado e Ascensão.
13. Note que as datas da Torre de Vigia para esses eventos são 20 anos antes das datas atribuídas pelos
historiadores seculares. Enquanto os historiadores listam 609 a.C. para a queda da Assíria, a Torre de Vigia
lista 629 a.C. no Estudo Perspicaz das Escrituras, Vol. 1, pág. 205. Do mesmo modo, historiadores
seculares listam 605 a.C. para a Batalha de Carquemis quando Nabucodonosor ascendeu ao trono
Babilónico, enquanto a Torre de Vigia atribui 625 a.C. para Carquemis em Preste Atenção à Profecia de
Daniel, 1999, pág. 31.
14. Veja o livro The Reign of Nabonidus (O Reinado de Nabonido) por Paul-Alain Beaulieu, 1989 págs.
20-22 (edição em inglês)
15. Veja Estudo Perspicaz das Escrituras, vol. 3, 1988, pág. 53
16. Veja Preste Atenção à Profecia de Daniel!, 1999, págs. 50-51
17. Paul-Alain Beaulieu, Legal and Administrative Texts from the Reign of Nabonidus, (Textos Legais e
Administrativos do Reino de Nabonido), New Haven and London, Yale University Press, 2000), pág. 1
(edição em inglês)
18. Estudo Perspicaz das Escrituras, vol. 3, 1988, pág. 53
19. Ronald H. Sack, “Some Remarks on Sin-Iddina and Zerija, qipu and shatammu of Eanna in Erech…
562-56 B.C.,” (“Algumas Observações sobre Sin-Iddina e Zerija, qipu e shatammu de Eanna em Erech…
562-56 B.C.,”) Zeitschrift Fur Assyriologie, Band 66 (Berlin, Ney York: Walter de Gruyter, 1976), pág.s
287-288 (edição em inglês)
20. Veja Muhammad A. Dandamaev, Slavery In Babylonia From Nabopolassar to Alexander the Great
(626-331 B.C.), [Escravatura em Babilónia desde Nabopolassar a Alexandre o Grande (626-331
B.C.)], (Dekalb, IL: Northern Illinois University Press, 1984), pág. Xiii (edição em inglês)
21. Estudo Perspicaz das Escrituras, vol. 1, 1988, pág. 512
22. Veja Duncan Brewer, Saturn, (New York: Marshall Cavendish Corporation, 1992), pág. 8 (edição
em inglês)
23. Estudo Perspicaz das Escrituras, vol. 1, 1988, pág. 610
24. Veja Bartel L. VanderWaerden, Science Awakening, (Despertar da Ciência), vol. II, (New York:
Oxford University Press, 1974), pág. 97 (edição em inglês)
25. “Venha O Teu Reino,” 1981, p. 186
26. Estudo Perspicaz das Escrituras, vol. 1, 1988, pág. 610
27. Estudo Perspicaz das Escrituras, vol. 1, 1988, págs. 608
28. Veja “Venha O Teu Reino,” 1981, págs. 186-189

Tags: 1914 e 607 a.C, Falsa Profecia


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