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TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES I

Aula 14 – Estruturas de Concreto


Armaduras, Concretagem
e Disposições Construtivas

Professor: TIAGO FERREIRA CAMPOS NETO

Rio Verde – GO
2017
1. Armaduras

1.1. Conceito
• Barras: produtos de diâmetro nominal 6,3 mm ou superior, obtidos por
laminação a quente sem processo posterior de deformação mecânica;
• Fios: produtos de diâmetro nominal 10,0 mm ou inferior, obtidos a
partir de fio-máquina por trefilação ou laminação a frio.

1.2. Normatização
• ABNT NBR 14931 – Execução de estruturas de concreto –
Procedimento;
• ABNT NBR 7480 – Aço destinado a armaduras para estruturas de
concreto armado – Especificação;
• ABNT NBR 7481 – Tela de aço soldada – Armadura para concreto;
• ABNT NBR 7482 – Fios de aço para estruturas de concreto protendido
– Especificação;
• ABNT NBR 7483 – Cordoalhas de aço para concreto protendido –
Requisitos.
ABNT NBR 7480:2007
ABNT NBR 7480:2007
1.3. Classificação quanto a resistência de escoamento
• Barras: CA-25 e CA-50;
• Fios: CA-60.

1.4. Geometria das barras nervuradas – Categoria CA-50


• Os eixos das nervuras transversais oblíquas devem formar, com a
direção do eixo da barra, um ângulo entre 45° e 75°;
• Para diâmetros maiores ou iguais a 10,0 mm, a altura média das
nervuras deve ser igual ou superior a 4% do diâmetro nominal, e para
diâmetros inferiores a 10,0 mm, essa altura deve ser igual ou superior
a 2% do diâmetro nominal;
• O espaçamento médio das nervuras deve estar entre 50% e 80% do
diâmetro nominal;
• A projeção das nervuras deve abranger pelo menos 85% do perímetro
da seção transversal da barra.
ABNT NBR 7480:2007
ABNT NBR 7480:2007
1.5. Geometria das barras lisas – Categoria CA-25
• A categoria CA-25 deve ter superfície obrigatoriamente lisa,
desprovida de quaisquer tipos de nervuras ou entalhes.

1.6. Geometria dos fios – Categoria CA-60


• Os fios podem ser lisos, entalhados ou nervurados;
• Os fios de diâmetro nominal igual a 10,0 mm devem ter
obrigatoriamente entalhes ou nervuras.

1.7. Recebimento e aceitação do aço na obra


• O comprimento de fornecimento das barras e fios retos deve ser de
12,0 m e a tolerância de ±1%;
• Barras nervuradas e fios devem ser identificados por marcações em
relevo;
• Barras lisas devem ser etiquetadas indicando o produtor, a categoria
do material e o respectivo diâmetro;
1.8. Estocagem
• Local próximo à central de armação;
• Barras separadas em baias pela categoria e diâmetro;
• Não devem estar em contato com laje ou solo;
• Base de apoio com caibros e camada de brita.
1.9. Corte e dobra
• Executados mecanicamente em fábricas, como por exemplo,
ArcelorMittal;
• Quando cortados e dobrados em fábrica, as barras de aço e estribos devem ser
devidamente identificados com etiquetas indicando a qual elemento possuem e
sua posição da composição da armadura do elemento.
• Executados manualmente na obra;
• Executados mecanicamente na obra com equipamentos alternativos.
1.10. Disposições construtivas básicas
• Diâmetro das barras (bitolas);
• Espaçamento entre as barras longitudinais;
• Espaçamento entre as camadas longitudinais;
• Espaçamento entre os estribos;
• Cobrimento nominal;
• Espaçadores.
2. Concreto

2.1. Conceito
• Concreto: material formado pela mistura de cimento, água, agregados
(areia e brita) e, eventualmente, aditivos e adições minerais.

2.2. Normatização
• ABNT NBR 14931 – Execução de estruturas de concreto –
Procedimento;
• ABNT NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento;
• ABNT NBR 12655 – Preparo, controle e recebimento de concretos -
Procedimento;
• Todas as normas pertinentes aos materiais constituintes e
procedimentos de preparo, dosagem e uso do concreto.
2.3. Etapas básicas
2.3. Etapas básicas

2.3.1. Recebimento
• Independentemente do local de preparo do concreto (na obra ou em
usinas – ABNT NBR 7212), o material deve passar pelo procedimento
de recebimento antes da aplicação;
• Ensaios de consistência conforme ABNT NBR 12655 são exigidos
para dar o concreto como recebido;
• A moldagem dos corpos de prova deve ser realizada conforme ABNT
NBR 5738 (mínimo de dois corpos de prova por exemplar);
• Documentar o recebimento do concreto na obra por meio de relatório
que consta data de produção, traço do concreto, relação água/cimento
(a/c), dentre outros.
2.3. Etapas básicas

2.3.2. Transporte
• Carrinho-de-mão
• Jerica;
• Elevador de carga;
• Bomba-lança;
• Grua.
2.3. Etapas básicas

2.3.3. Aplicação
• Lançamento;
• Espalhamento*;
• Adensamento*;
• Nivelamento*;
• Acabamento;
• Cura.

* Depende do tipo de concreto.


Lançamento (como não fazer!)
Espalhamento
Adensamento
Adensamento (anomalias)
Nivelamento e acabamento
Cura
Cura

Mas e a retração plástica, professor???


2.3. Etapas básicas

2.3.4. Controle de recebimento e aplicação do concreto na obra


• Atribuição de responsabilidades (ABNTNBR 12655);
• Mapas de concretagem;
• Retiradas do escoramento.
3. Bibliografia

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS DE


CONCRETAGEM DO BRASIL. Manual do concreto dosado em
central. São Paulo: ABESC, 2007.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118:
Projeto de estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 2014.
______. NBR 7480: Aço destinado a armaduras para estruturas de
concreto armado – Especificação. Rio de Janeiro, 2007.
______. NBR 14931: Execução de estruturas de concreto –
Procedimento. Rio de Janeiro, 2004.
______. NBR 12655: Concreto de cimento Portland – Preparo, controle e
recebimento – Procedimento. Rio de Janeiro, 2015.
RODRIGUES, G. S. S. Execução de estrutura de concreto. Pontifícia
Universidade Católica de Goiás: Notas de aula. Goiânia, 2013.

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