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A nova ordem internacional

Globalização

Aula 1.5 - Com referência nos textos do livro didático “Geografia


Geral e do Brasil - Vol 3.” de João Carlos Moreira e Eustáquio de Sene
e do Livro “Fronteiras da Globalização - Vol. 2 “ - de Lúcia Almeida e
Tércio.

Prof. Alexandre
Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.
Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.
No mundo pós-Guerra Fria, o conflito Leste-Oeste foi substituído pelo conflito
Norte-Sul, marcado por grandes desigualdades:

de um lado, a riqueza, a tecnologia e o alto nível de vida; de outro, a pobreza,


a exclusão das inovações tecnológicas e científicas e os baixos níveis de
vida.

Em resumo: uma nítida fronteira econômica entre países desenvolvidos


e ricos e países mais pobres, não desenvolvidos nem industrializados.
Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.
Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.
A globalização e a economia-mundo

A grande novidade da nova ordem mundial foi a “revolução” nos


meios de transporte e nas comunicações - fator fundamental para
que se estabelecesse uma economia globalizada.

O fenômeno de mundialização econômica, que tem ao mesmo


tempo uma dimensão política, social e cultural, é chamado
globalização.
Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.
A globalização e a economia-mundo

Imagine um carro de uma empresa dos Estados Unidos, projetado


por um arquiteto italiano, montado no Brasil com autopeças
chinesas e comercializado em países do Mercosul. Ou, então,
uma teleconferência entre um presidente de empresa na França,
um diretor canadense e executivos
mexicanos. Na pauta, a estratégia de corte de funcionários na filial
brasileira.

Esses são dois exemplos de situações relacionadas ao processo


de globalização ou mundialização.
Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.
A globalização e a economia-mundo

O avanço da globalização deu-se após o fim da Guerra Fria. A


conversão de países ex-socialistas à economia de mercado
permitiu que passasse a existir, de fato, um sistema econômico
integrando a maior parte do globo terrestre.

Outro fator foi o avanço da informática e dos meios de transporte,


que facilitou, como nunca na história, a circulação internacional de
informações, produtos, capitais, serviços e pessoas. (principal
aspecto do processo da globalização!)
Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.
Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.
A globalização e a economia-mundo

Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.


A globalização estritamente econômica pode ser entendida como
a aceleração da interdependência das economias de todos os
povos, provocada por mudanças tecnológicas e pela redução das
barreiras à circulação de mercadorias, capitais e pessoas.

Esses movimentos, que se complementam com o fluxo de


informação, constituem as chamadas redes, tanto materiais
(transportes) quanto virtuais (internet).
Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.
Com a facilidade e a rapidez dos fluxos de capitais do
mundo globalizado, os países se tornaram extremamente
dependentes uns dos outros, apesar da “concorrência”
entre eles.

Ex: crise econômica de 2008, deflagrada no setor


imobiliário dos Estados Unidos, a maior economia do
mundo.
Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.
Essa crise espalhou-se por outros setores do país e também por outros
países, atingindo a economia mundial. Em 2009, seus efeitos eram
sentidos em todo o planeta:

Ø aumento do desemprego,
Ø queda da produção industrial,
Ø diminuição na venda de produtos,
Ø falência de indústrias e de estabelecimentos comerciais,
Ø adiamento de obras da construção civil,
Ø maior desigualdade econômico-social, entre outros problemas.
Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.
A globalização econômica deu origem a uma globalização de
ideias.

Para se estabelecer mundialmente, a grande empresa precisa


da globalização cultural. O lazer, as formas de se vestir, as
revistas, os jornais, as formas de consumo precisam ser
parecidas em qualquer lugar do mundo, isto é, devem ser
padronizadas.
Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.
O rádio, a televisão e a internet exercem papel importante na
formação dessa cultura, pois, ao mesmo tempo que divulgam
músicas, filmes e informações, sugerem um padrão ideal de
vida e de consumo que deve ser seguido para “alcançar a
felicidade”.

Daí a importância de preservar e valorizar a cultura e a


identidade próprias de cada país, ameaçadas de desaparecer.
Globalização - A internacionalização do capital

Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.


O fluxo comercial de capitais nas diferentes regiões do mundo
não é uma situação nova.

D u ra n te o m e rc a n t i l i s m o ( s é c u l o s X V - X V I I ) h o u v e a
internacionalização do capital comercial.

No imperialismo (séculos XIX e XX), ocorreu a


internacionalização do capital industrial.
Globalização - A internacionalização do capital

Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.


Após a Segunda Guerra (1939-1945), o capital produtivo
t a m b é m s e i n t e r n a c i o n a l i zo u , q u a n d o a s e m p r e s a s
transnacionais se instalaram nos países não desenvolvidos.

Mais recentemente, a década de 1990 foi marcada pela


internacionalização do capital especulativo (smart money).
Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.
Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.
No pós-guerra, os Estados Unidos investiram pesadamente na

Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.


recuperação econômica da Europa Ocidental e do Japão, empregando
uma estratégia de fortalecimento do sistema capitalista.

Segundo o historiador Eric Hobsbawm, após o conflito, as empresas


estadunidenses com filiais no exterior passaram de 7,5 mil, em 1950,
para mais de 23 mil, em 1966.

As empresas perceberam que, para entrar em mercados não atendidos


por suas exportações, o ideal seria estarem presentes em outros países.
Isso se deu por meio do investimento estrangeiro direto, ou seja,
investindo diretamente na construção de fábricas fora do país de origem
da empresa.
Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.
Um exemplo histórico é o de uma indústria automobilística
alemã que, atendendo ao pedido do presidente Juscelino
Kubitschek, montou uma fábrica no Brasil, no fim dos anos
1950. Nessa época, a economia brasileira era bastante
protecionista, isto é, fechada à importação de bens de consumo.

Apesar do surgimento de companhias internacionais nos países


emergentes, o maior número de transnacionais ainda se
concentra na chamada tríade do mundo desenvolvido: América
Anglo-Saxônica, Europa Ocidental e Japão.
Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.
Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.
Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.
Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.
Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.
Fluxo de capitais produtivos: as empresas globais

Com as facilidades do espaço mundializado, surge a empresa global, que


pode se originar de uma empresa transnacional ou, simplesmente, já
nascer global.
Fluxo de capitais produtivos: as empresas globais

Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.


Na empresa global, os processos de produção são mundializados, isto é,
possuem unidades de produção complementares em vários países.

Ela pode, por exemplo, fazer seu projeto nos Estados Unidos, fabricar os
componentes em Taiwan e montar o produto na Argentina. Pode ter seu
sistema de produção em um país onde seus produtos não são
consumidos. Por outro lado, seu mercado mais importante pode estar
em um lugar onde ela não possui nenhuma unidade de produção.
Fluxos de capitais especulativos

Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.


O alto nível tecnológico alcançado pelos meios de comunicação permite
que o capital especulativo, aplicado a curto prazo, circule com rapidez
por vários mercados com o fim de gerar lucro.

Os principais atrativos que esses mercados podem oferecer são juros


altos e segurança. Como esse capital pode ser transferido de uma hora
para outra, ao menor sinal de insegurança do mercado, ele é retirado
por seus aplicadores, o que gera graves crises nas economias onde havia
sido aplicado.

* ver site auditoriacidada.org.br


As Bolsas de Valores

Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.


O movimento das Bolsas de Valores na atual fase do capitalismo retrata
as transformações pelas quais o sistema financeiro tem passado:

de um lado, estão as empresas tradicionais, medidas pelo índice Dow


Jones da Bolsa de Nova York.

Do outro, a Nasdaq, da mesma instituição e dedicada exclusivamente a


empresas de computadores, informática e telefonia.

O índice Dow Jones mede as ações da Velha Economia e o Nasdaq, as da


Nova Economia.
As Bolsas de Valores

Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.


Como Velha Economia entendemos o mercado das empresas
tradicionais: indústrias automobilísticas, de tabaco, companhias de
petróleo, entre outras.

Mas a grande novidade da globalização é a Nova Economia, que de certa


forma alterou profundamente o mundo dos negócios e o mercado de
trabalho. Reunindo empresas de computadores, a internet e a telefonia,
ela é a responsável pelo processo de internacionalização dos mercados,
uma vez que forneceu as facilidades tecnológicas para que isso
ocorresse.
Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.
Exercícios

Página 82 do livro didático - 1 a 8.

Fonte: Moreira e Sene, 2016; Almeida e Rigolin, 2016.


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