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Nomes científicos e comuns

Nomes científicos de animais


A seguir, estão apresentadas regras resumidas para nomenclatura científica de animais.

Para consultar as regras completas de nomenclatura das espécies, recomenda-se acessar o código
internacional que as sistematiza (que consta ao fim desta aba).

Para consultar os nomes das espécies, recomenda-se acessar as bases de dados autorizadas (que constam
ao fim desta aba).

Taxonomia

Os animais são classificados, por convenção, nos seguintes grupos principais (táxons ou taxa), em sequência
descendente: reino, divisão ou fi lo, classe, ordem, família, gênero e espécie. Todas essas categorias são
nomeadas em latim.

Embora sejam palavras em latim, as categorias de classifi cação acima de gênero (família, ordem, etc.)
são escritas em letra redonda e com inicial maiúscula.

Exemplo :
O reino Animalia é composto por seres vivos pluricelulares.

Observação: Em Entomologia, para registrar as categorias acima de gênero (por exemplo, ordem e
família) de um determinado animal, segue-se a notação adotada em alguns periódicos (como Austral
Entomology e Annals of the Entomological Society of America): escrever, entre parênteses, a ordem, seguida de
família (ambas as categorias com iniciais maiúsculas), sem destaque e separadas por dois-pontos.

Exemplo :
Essas plantas apresentam um potencial enorme a ser explorado quanto à preservação da fauna de abelhas (Hymenoptera:
Apoidea) e à proteção ambiental.

Gênero e espécie
O nome científico de animais é uma combinação binária, que consiste do nome do gênero, seguido do epíteto
específico, ambos em itálico. O gênero deve estar com inicial maiúscula, e o epíteto específico com inicial
minúscula.

Em textos taxonômicos, o nome científico deve ser seguido do nome de seu autor por extenso e de sua
data de publicação (autor e data sem destaque) na primeira vez em que é mencionado no texto.

Exemplo :
Conotracheclus psidii Marshall, 1922

Em textos não especificamente taxonômicos, a exigência de citação do autor varia de acordo com a
publicação considerada. A citação do autor somente necessita ser feita na primeira vez. O ano em que foi
proposto o nome científico deverá constar, se isso for importante, por questões históricas ou outras.
Exemplo :
Aphis gossypii Glover, 1877

No caso de mudança de gênero, a citação do autor original deve aparecer junto com a data, entre parênteses;
porém, deve-se sempre consultar as bases de dados quanto à nomenclatura.

Exemplo :
Blatella germanica (Linnaeus, 1767)

Nas publicações da Embrapa, o nome binário será sempre grafado em itálico, independentemente de eventuais
destaques e do tipo gráfico do texto circundante.
O gênero e espécie devem sempre ser grafados por extenso na primeira citação no texto (capítulo ou artigo).
Daí por diante, o gênero pode ser abreviado, utilizando-se a inicial maiúscula e o ponto de abreviação, desde que
o epíteto específico esteja por extenso (ou seja, não se pode usar gênero abreviado seguido de sp. e spp.).

Exemplo :
Canis lupus Linnaeus, 1758
C. lupus

Se for mencionada uma nova espécie de um mesmo gênero já citado, o nome completo da nova espécie (isto é,
o conjunto gênero e epíteto específi co) deverá ser grafado por extenso em sua primeira ocorrência.
 

Exemplo :
Na região, foram identificadas as presenças de Canis lupus Linnaeus, 1758 e Felis silvestris Schreber, 1777. Já Canis latrans Say,
1823 não foi encontrada na área pesquisada. Para o presente estudo, foi selecionada a espécie C. lupus para um detalhado estudo
morfológico e fisiológico.

Observação 1: Uma vez adotada a forma abreviada, deve-se mantê-la até o fim do texto. Portanto, deve-se evitar a
oscilação entre as formas por extenso e abreviada ao longo de um mesmo texto.

Exemplo :
Na região, foram identificadas as presenças de Canis lupus Linnaeus, 1758, Canis aureus Linnaeus, 1758 e Felis silvestris Schreber,
1777. Já Canis latrans Say, 1823 não foi encontrada na área pesquisada. Para o presente estudo, foram selecionadas as espécies C.
lupus e C. aureus para um detalhado estudo morfológico e fisiológico. No caso de C. aureus, observou-se [...]

Exceção : Não se deve usar gênero abreviado quando o nome científico iniciar a frase
(mesmo que sua forma por extenso já tenha sido apresentada antes no texto).

Exemplo :
Nesta região, Canis lupus Linnaeus, 1758, Canis aureus Linnaeus, 1758 e Canis
simensis Rüppell, 1840 são as espécies mais comuns. Canis aureus é a espécie que
tem mais indivíduos catalogados.

Observação 2: Para o uso de nomes científicos (gênero e espécie) em tabelas e figuras, ver Abas Tabela
(https://www.embrapa.br/manual-de-editoracao/padronizacao-e-estilo/tabela)e Figura
(https://www.embrapa.br/manual-de-editoracao/padronizacao-e-estilo/figura).
Observação 3: Para menção de diferentes gêneros cujas letras iniciais sejam idênticas e cujas abreviaturas
possam causar dificuldade de entendimento e falta de clareza, deve-se grafar os gêneros por extenso ao longo de
todo o texto.

Exemplo :
Na região, foram identificadas as presenças de Canis lupus Linnaeus, 1758, Canis aureus Linnaeus, 1758 e Chrysocyon brachyurus
Illiger, 1815. Já Canis latrans Say, 1823 não foi encontrada na área pesquisada. [...] Esse método de aumento da população de Canis
aureus na região teve êxito, atingindo índices superiores aos índices internacionais para Chrysocyon brachyurus e Cerdocyon thous
Linnaeus, 1766.

Quando a espécie ainda não foi identificada, o nome do gênero é seguido de sp. (abreviatura de espécie) ou
de spp. (abreviatura de espécies). Nesse caso, o gênero (que não pode ser abreviado) é grafado em itálico, e as
abreviaturas sp. e spp. são grafadas em fonte normal, com ponto abreviativo.

Exemplo s:
Aphis sp.
Aphis spp.

Observações gerais
Diante de nome científico, não se deve usar artigo definido (a ou o) e, por consequência, tampouco sinal
indicativo de crase:

Exemplo s:
As cultivares X, Y e Z são de baixa resistência a Meloidogyne sp.
O objetivo deste trabalho foi identificar espécies de Myrtaceae resistentes a Meloidogyne mayaguensis.

No entanto, se há algum substantivo antecedendo o nome científico, adotam-se as regras gerais para crase.

Exemplo :  
As cultivares X, Y e Z são de baixa resistência ao nematoide Meloidogyne sp.

O nome comum de animais deve vir acompanhado da denominação científica binária, quando citado pela
primeira vez no texto.

Exemplo :
O cão doméstico (Canis lupus familiaris L., 1758) foi o primeiro a ser classificado no gênero Canis.

Para uso do hífen em nomes comuns compostos, ver aba Hífen


(https://www.embrapa.br/manual-de-editoracao/gramatica-e-ortografia/normas-
ortograficas/hifen).

Código de nomenclatura científica


Código Internacional de Nomenclatura Zoológica – International Commission on
Zoological Nomenclature (http://iczn.org)
Bases de dados para consultar os nomes de espécies de
animais
Encyclopedia of Life (http://eol.org)
Global Biodiversity Information Facility (http://www.gbif.org/species)
Animal Diversity Web (http://animaldiversity.org/)
World Register of Marine Species (WoRMS) (http://www.marinespecies.org/)
Integrated Taxonomic Information System (ITIS) (http://www.itis.gov/)
Oxford University Museum of Natural History
(http://www.oum.ox.ac.uk/collect/lifecoll2.htm)
Index to Organism Names (ION) – Thomson Reuters
(http://www.organismnames.com/query.htm?searchType=tree&q=Animalia)
FishBase (http://www.fishbase.org/)
Natural History Museum Data Portal (http://data.nhm.ac.uk/)
Catalogue of Life (http://www.catalogueoflife.org/annual-checklist/2015/)
Museum of Comparative Zoology (MCZ/Harvard University)
(http://mczbase.mcz.harvard.edu/)
Entomological Society of America (http://www.entsoc.org)
The Pherobase (http://www.pherobase.com/)
Iowa State Entomology Index of Internet Resources
(http://www.ent.iastate.edu/list/directory/)
Antbase.org (http://antbase.org/)
Illinois Natural History Survey: Insect Collection
(http://inhsinsectcollection.speciesfile.org/InsectCollection.aspx)

O conteúdo desta página foi atualizado em 5/9/2019.

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(https://www.embrapa.br/manual- (https://www.embrapa.br/manual-
de-editoracao/nomenclatura- de-editoracao/nomenclatura-
cientifica/nomes-cientficos) cientifica/nomes-cientficos-virus)

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(Lei nº 9.610/1998).

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